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InstaLacoes ELeTRICAS RESIDE? INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Julho de 2003 Esta edi¢ao foi baseada nos Manuais de Instalacoes Eletricas Residenciais - 3 volumes, 1996 © ELEKTRO / PIRELL! complementada, atualizada & ilustrada com a revisao tecnica do Prof, Hilton Moreno, professor universitario ¢ secretario da Comissao Tecnica da NBR 5410 (CB-3/ABNT) Todos os direitos de reprodugao sao reservados, © ELEKTRO / PIRELLI eee MAY SPM Col Re Oct Mere c lly Sera permitido o download gratuito do(s) arquivo(s) Heke Cnc E cic RUT Cte Para uso proprio, podendo inclusive ser impressa PEM aeig CUMeRRTEe Z et te MITE Te) Nenhuma parte desta publicagao podera ser reproduzida, traduzida ou comercializada total ou parcialmente UMW cola clr Col CEB ele rete Re eR Une seNe Loca ole) dos direitos autorais e responsaveis pela sua criacao. OMe er ee eres lta MO uE Re al INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS a J -_/~s eal oe = 5g N f Oy a wg GARANTA UMA INSTALAGAO ELETRICA SEGURA Insratagoes EteTaicas Resioencials [npice ApresenTacho 2 INTRODUCGAO. 2 TENSAO £ CORRENTE ELETRICA 6 POTENCIA ELETRICA 7 Faror DE POTENCIA 1" LEVANTAMENTO DE CARGAS ELETRICAS . 12 TIPOS DE FORNECIMENTO E TENSAO . 23 PADRAO OE ENTRADA. « . . 25 QUADRO DE DISTRIBUIGAD svc vseeevvves vite teeeeen rr BB DISIUNTORES TERMOMAGNETICOS ss aera a1 DiSIUNTOR DIFERENCIAL-RESIDUAL (DR) 32 INTERRUPTOR DIFERENCIAL-RESIDUAL (IDR) 33 CiRCUITO DE DISTRIBUIGRO 37 CiRCUITOS TERMINAIS 38 SiMBOLOGIA . . 49 ConpuToREs ELéTRICOS . . 56 CONDUTOR DE PROTECAD (FIO TERRA) : 58 O uso Dos DisPositivos DR . . 61 © PLANEIAMENTO DA REDE DE ELETRODUTOS : 66 ESQUEMAS DE LIGAGAO 2 z 74 REPRESENTAGAO DE ELETRODUTOS € CONDUTORES NA PLANTA 5: 83 CALCULO DA CORRENTE ELETRICA EM UM CIRCUITO 86 CALCULO DA POTENCIA DO CIRCUITO DE DISTRIBUICAO 388 DIMENSIONAMENTO DA FIAGAO E DOS DISJUNTORES DOS CIRCUITOS 91 DIMENSIONAMENTO DO DISIUNTOR APLICADO NO QUADRO DO MEDIDOR 98 DIMENSIONAMENTO DOS DisPositivos DR 99 SECAO DO CONDUTOR DE PROTEGAO (FIO TERRA) : 102 DIMENSIONAMENTO DE ELETRODUTOS : 102 LEVANTAMENTO DE MATERIAL : : 108 © sto Do INMETRO ss. satan wera 119 Q ivsravacoes Eteraicas Resi DENCIAIS APRESENTAGAO ‘A importancia da eletricidade em nossas vidas ¢ inquestionavel Ela ilumina nossos lares, movimenta nossos eletrodomesticos, permite o funcionamento dos aparethos eletronicos e aquece nosso banho Por outro lado, a eletricidade quando mal empregada, traz alguns perigos como os choques, as vezes fatals, e os curto-circuitos, causadores de tantos incendios. ‘A melhor forma de convivermos em harmonia com a eletricidade ¢ conhecé-la, tirando-Ihe 9 maior proveito, desfrutando de todo 9 seu conforto com a maxima seguranca © objetivo desta publicacao eo de fornecer, em linguagem simples e acessivel, as Informacoes mais importantes relativas ao que ¢ a eletricidadle, a0 que é uma insta- tacao eletrica, quais seus principais componentes, como dimensiona-los ¢ escothe-los, Com isto, esperamos contribuir para que nossas instalagoes eletricas possarn ter melhor qualidade e se tornemn mais sequras para todos nos. Para viabilizar esta publicacao, a Pirelli Energia Cabos e Sistemas S.A., a Elektro Eletricidade e Servicos S.A. e 0 Procobre - Instituto Brasileiro do Cobre reuniram SeUS esforcos. A Pirelli tem coneretizado ao longo clos anos varios projetos de parceria que, como este, tem por objetivo contribuir com a methoria da qualidade das instalacoes eletricas por meto da difusao de informnacoes tecnicas, A Elektro, sempre preocupada com a correta utilizagao da energia, espera que esta iniciativa colabore com 0 aumento da seguranca ¢ redugao dos desperdicios energeticos. © Procobre, uma instituicao sem fins lucrativos e voltada para a promogao do cobre, esta empenhada na divulgagao do correto e eficiente uso da eletricidade. Esperamos que esta publicacao seja util € cumpra com as finalidades a que se propoe. Sao Paulo, julho de 2003 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Vamos comecar falando um pouco a respeito da Eletricidade. Vocé ja parou para pensar que esta cercado de eletricidade por todos os lados? Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Pois 6! Estamos tao acostumados com ela que nem percebemos que existe. INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q Na realidade, a eletricidade é invisfvel. © que percebemos sao seus efeitos, como: e... esses efeitos sao possiveis devido a: o4 CORRENTE ELETRICA TENSAO ELETRICA POTENCIA ELETRICA 9 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS TENSAO E CORRENTE ELETRICA Nos fios, existem particulas Para que estes elétrons livres invisiveis chamadas elétrons passem a se movimentar de livres, que estao em cons- forma ordenada, nos fios, é tante movimento de forma necessdrio ter uma forga que os desordenada empurre. A esta forca ¢ dado o nome de tensao elétrica (U) Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provoca- do pela acao da tensao, forma uma corrente de elétrons. Essa corrente de elétrons livres é chamada de corrente elétrica (I) Pode-se dizer entao que: BE ANIy.( Lol Tia hiatal Ley E a forca que E 0 movimento impulsiona os ordenado dos elétrons elétrons livres livres nos nos fios. fios Sua unidade Sua unidade de medida de medida 6 0 ampere (A) 6 0 volt (V) Iusmuagoes Exerercas Resioewciats Q POTENCIA ELETRICA Agora, para entender potencia eletrica, observe novamente o desenho A tensao elétrica faz movimentar os elétrons de forma ordenada, dando origem a corrente eléetrica. 0< ie Tendo a corrente elétrica, a lampada se acende e se aquece com uma certa intensidade. Essa intensidade de luz e calor percebida por nos (efeitos), nada mais € do que a potencia eletrica que foi trasformada em potencia luminosa (luz) e potencia térmica (calor). E importante gravar: Para haver poténcia elétrica, 6 necessario haver: Tensao elétrica Corrente eletrica 7 Q instauagoes Etereacas RESIDENCIAIS Agora... qual é a unidade de medida da poténcia elétrica? a intensidade da tensao é medida em volts (V). Muito simples! a intensidade da corrente é medida em ampere (A). Entao, como a poténcia é o produto da agao da tensao e da corrente, a sua unidade de medida € 0 valt-ampere (VA). x A essa potencia da-se o nome de poténcia aparente. isTALAGOES ELeTaICAS ResiDENCIAIS A potencia aparente Potencia ATIVA 6 composta por duas parcelas: PoTENCIA REATIVA A poténcia ativa é a parcela efetivamente transformada em: a> th = om errant } > \ f AWW A unidade de medida da potencia ativa 6 o watt (W). 9 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS A poténcia reativa 6 a parcela transformada em campo. magnético, necessario ao funcionamento de: z= > TEES A unidade de medida da poténcia reativa € 0 volt-ampeére reativo (VAr). Em projetos de instalacao elétrica residencial os calculos efetuados sao baseados na potencia aparente e potencia ativa. Portanto, 6 importante conhecer a relacao entre elas para que se entenda 0 que é fator de potencia. 10 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS © Fator DE POTENCIA Sendo a poténcia ativa uma parcela da potencia aparente, pode-se dizer que ela representa uma porcentagem da poténcia aparente que é transformada em potencia mecanica, termica ou luminosa. A esta porcentagem da-se 0 nome de fator de potencia. Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber 0 quanto da potencia aparente foi transformada em potencia ativa, aplica-se os seguintes valores para tomadas de fator de potencia: de uso geral para iluminagao potencia fator de potencia ativa de potencia de iluminagao a ser iluminagao (W)= (aparente) = | | aplicado = 1x660VA= 660W 660VA 1 Ext potencia fator de potencia ativa de tomada potencia de tomada de de aser uso geral = uso geral = aplicado = | |9,8x7300Vi 7300 VA 0,8 5840W Quando o fator de poténcia é igual a 1, significa que toda poténcia aparente é transformada em poténcia ativa. Isto acontece nos equipamentos que s6 possuem resistencia, tais como: chuveiro elétrico, torneira elétrica, lampadas incandescentes, fogao elétrico, etc. u Q Istavacoes ELeraICAS REsIDENCHAIS 12 Os conceitos vistos anteriormente possibilitarao. 0 entendimento do proximo assunto: levantamento das poténcias (cargas) a serem instaladas na residéncia. O levantamento das potencias € feito mediante uma previsao das poténcias (cargas) minimas de iluminagao e tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a poténcia total prevista para a instalacao elétrica residencial. A previsao de carga deve obedecer as prescricoes da NBR $410, item 4.2.1.2 A planta a seguir servira de exemplo para o levantamento das potencias. Q Wvstata goes Eterarcas Resipenciats RECOMENDACOES DA NBR 5410 PARA © LEVANTAMENTO DA CARGA DE ILUMINACAO 1. Condicées para se estabelecer a quantidade minima de pontos de luz. prever pelo menos um arandelas no banheiro ponto de luz no teto, devem estar distantes, comandado por um no minimo, 60cm interruptor de parede. do limite do boxe. 2. Condicoes para se estabelecer a potencia minima de iluminagao. A carga de iluminacao é feita em funcao da area do comodo da residencia latribuir um minimo| para are: aa de 100VA para os atribuir um Pp primeiros 6m?, superio! minimo de 100VA | Sper acrescido de 60VA ome para cada aumento de 4m? inteiros. NOTA: a NBR 5410 nao estabelece critérios para iluminacao de areas externas em residencias, ficando a decisao por conta do projetista e do cliente. 4 Iusratagors Eteracas Resioencias Q Prevendo a carga de iluminagao da planta residencial utilizada para o exemplo, temos: rea] copa cozinha dormitério 7 dormitario 2 banho area de servigo hall area externa Pye area (m’) A=3,25 3,05 = 9,91 A= 3,75x 3,05 = 11,43 A= 3,25 x 3.40 = 11.05 A= 315x340 = 10,71 A= 1,80x2,30= 4,14 A= 1,75 x 3.40 = 5,95 Pe Cur CRUEL iL) 9.91m? = 6m? + atm | 190VA 945m? = Gm + Stent | 100VA 11,43m?=6m? + 4m? + Tac It 10OVA + 6OvA 11.05" = 6m? + Ame + Doe | I 10DVA + 60VA 10,7 1m? = Gm + 4m? + Dae I ood 1OOVA + 6OVA 4,14mn? => 100A. 5,95" =» 100VA 1,80m! => 100VA 100A 400VA 160VA 160VA 160VA 100VA 100A 100VA 100A 15 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS RECOMENDAGOES DA NBR 5410 PARA O LEVANTAMENTO DA CARGA DE TOMADAS 1. Condicoes para se estabelecer a quantidade minima no minimo uma tomada no minimo uma tomada para cada 5m ou fracao de perfmetro, espagadas tao uniformemente quanto possivel uma tomada para cada 3,5m ou fragao de perimetro, independente da area de tomadas de uso geral (TUG’s). pelo menos uma ‘tomada no minimo uma tomada junto ao lavatorio com uma distancia minima de 60cm do limite do boxe NOTA: em diversas aplicacdes, 6 recomendavel prever uma quantidade de tomadas de uso geral maior do que o minimo calculado, evitando-se, assim, 0 emprego de extensoes e benjamins (tes) que, alem de desperdicarem energia, podem comprometer a seguranca da instala¢ ao. INSTALAGOES ELeTaICAS RESIDENCIAIS QO Tomabas DE Uso Gerat (TUG's) Nao se destinam a ligacao de equipamentos especificos e nelas séo sempre ligados: aparelhos moveis ou aparelhos portateis. aBet 2. Condicoes para se estabelecer a potéencia minima de tomadas de uso geral (TUG's). > atribuir, no minimo, 600A por tomada, ate 3 tornadas. - atribuir 100VA para 0s excedentes. - atribuir, no minimo, 100VA por tomada. Q stacagoes Eieraicas Resiveneiais 3. Condigoes Para se estabelecer a quantidade de tomadas de uso especifico (TUE’s). A quantidade de TUE's 6 estabelecida de acordo com o numero de aparelhos de utilizagao que sabidamente vao estar fixos em uma dada posicado no ambiente. TomaDaAs DE Uso EspeciFico (TUE’s) Sao destinadas a ligacao de equipamentos fixos e estacionarios, como € o caso de: NOTA: quando usamos o termo “tomada” de uso especifico, nao necessariamente queremos dizer que a ligacao do equipamento a instalacao elétrica ira utilizar uma tomada. Em alguns casos, a ligagao podera ser feita, por exemplo, por ligacdo direta (emenda) de fios ou por uso de conectores. INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS 4. Condicoes para se estabelecer a potencia de tomadas de uso especifico (TUE’s). Atribuir a poténcia nominal do equipamento Ear un coe Conforme o que foi visto: Para se prever a carga de tomadas € necessario, primeiramente, prever a sua quantidade. Essa quantidade, segundo os critérios, 6 estabelecida a partir do comodo em estudo, fazendo-se necessario ter: * ou o valor da area * ou o valor do perfmetro * ou o valor da area e do perimetro Os valores das areas dos cOmodos da planta do exemplo ja estao calculados, faltando 0 calculo do perimetro onde este se fizer necessario, para se prever a quantidade minima de tomadas. 19 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Estabelecendo a quantidade mfnima de tomadas sala copa cozinha dormitério 1 dormitério 2 banho area de servigo hall ‘area externa de uso geral e especifico: Pony (m) 991 | 3,25x2 + 3,05x2 = 12.6 9.45 | 3,10x2 +3,05x2 = 12.3 toa es 35435435431 | tomeira eter, qory 4 1 geladeira 11.43 | 3,76x2 + 3,05x2 = 13.6 = 545433 = 11.08 | 3,28x2 + 3,40x2 = 13.3 AT aes 10,71 | 3,15x2 + 3,40x2 = 13.1 Siibcam a (1 ys3 414 1 chuveiro eletr, OBSERVAGAO ‘Area inferior a 6m: nao interessa ‘© perimetro 1 maquina lavar roupa 5.95 1,80 Prevendo copa cozinha dormiterio 1 dormiterio 2 anno fea de servigo halt area externa 9.91 4100VA = ce waioova | aaa 3x800VA | 1x8000W (tornsira) Ve100VA | 1x500W (geladeira) 11,05 4100VA zs 10.71 4100VA = 414 1x600VA | 1x5600W (chuveiro) 5.95 2x600VA | 1x1000W (maq.lavar) 1.80 vc100VA = Obs.: (*) nesses comodos, optou-se por instalar uma quantidade de TUG's maior do que a quantidade minima 20, calculada anteriormente, INSTALAGOES ELETAICAS RESIDENCIAIS Reunidos todos os dados obtidos, tem-se 0 seguinte quadro: ers Trot td 7) dermitario 2 area de servico ‘rea externa potencia potencia aparente ativa Para obter a potencia total da instalagao, faz-se necessdrio; a) calcular a potencia ativa b) somar as potencias ativas. ai Q instatacoes teracas Resioencras LEVANTAMENTO DA POTENCIA TOTAL Calculo da potencia ativa de iluminacao e tomadas de uso geral (TUG's) Calculo da potencia ativa total Potencia de iluminagao | 1080 VA Fator de potencia a ser adotado = 1,0 1080 x 1,0 = 1080W Potencia de tomadas de uso | geral (TUG’S) - 6900 VA Fator de potencia a ser adotado = 0,8 6900 VA x 0,8 = 5520W potencia ativa de iluminagao: 1080W potencia ativa deTUG's: 5520W potencia ativa de TUE’s: 12100 W 18700 W Em fungdo da poténcia ativa total prevista para a residéncia é que se determina: 0 tipo de fornecimento, a tensao de alimentacgao e o padrao de entrada. 22 InsTALAGOES EveTaICAS ResiDenciais TIPO DE FORNECIMENTO E TENSAO Nas areas de concessdo da ELEKTRO, se a poteéncia ativa total for: Até 12000W Fornecimento monofasico - feito a dois fios: uma fase e um neutro - tensao de 127V Acima de 12000W ate 25000W. Fornecimento bifasico + feito a tres fios: duas fases e um neutro - tensoes de 127V e 220V Fornecimento trifasico = feito. a quatro fios: tres tases e um neutro - tensdes de 127V e 220V 23 Q Wnsrauacoes eras ResibeNcras No exemplo, a poténcia ativa total foi de: Portanto: tem-se fornecimento disponiveis bifasico, pois ei snto| dois valores fica entre de tensao: 12000W 127V e 220V. e 25000W. : NOTA: nao sendo area de concessao da ELEKTRO, © limite de fornecimento, o tipo de fornecimento e os valores de tensao podem ser diferentes do exemplo. Estas informacoes sao obtidas na companhia de eletricidade de sua cidade. Uma vez determinado © tipo de fornecimento, pode-se determinar tambem o padrao de entrada. Voltando ao exemplo: Consequentemente: Potencia ativa ae O padrao de Paani entrada devera atender ao fipa/de fornecimento forneciment. Gitasies: bifasico. 24 Ismuapors Evereicas Resibenciats Q E... 0 que vem a ser padrao de entrada? Padrao de entrada nada mais € do que o poste com isolador de roldana, bengala, caixa de medicao e haste de terra, que devem estar instalados, atendendo as especificacoes da norma técnica da concessionaria para © tipo de fornecimento. Uma vez pronto o padrao de entrada, segundo as especificagoes da norma técnica, compete a concessionaria fazer a sua inspecao. 25 Q Wwsracapoes Eveeicas Resioencias Estando tudo certo, a concessionaria instala e liga > o medidor e , o ramal de servico, A norma técnica referente a instalagao do padrao de entrada, bem como outras informacoes a esse respeito deverao ser obtidas junto a agéncia local da companhia de eletricidade. Uma vez pronto o padrao de entrada e estando ligados ; © medidor e 0 ramal de servico, > a energia elétrica entregue pela concessiondria estaré dispontvel para ser utilizada 26 Iusmuapoes Evereicas Resioenciats Q REDE PUBLICA DE BAIXA TENSAO Ramal de ligacao Quadro de distribuigao Através do circuito de distribuigao, essa energia € levada do medidor até o quadro de distribui¢ao, também conhecido como quadro de luz. 21 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS © que vem Quadro de distribuigao a ser é © centro de quadro de distribuicao de toda distribuicgao? a instalacao elétrica de uma resideéncia. Ele 6 o centro de distribuicao, pois: recebe os fios que vem do medidor. nele é que se encontram os dispositivos de protecao. dele 6 que parte! que vao alin lampadas, tot Circuito 1 Circuito 2 Circuito 3 (TUG's) lluminacao lluminacdo de Tomadas de social servigo uso geral Circuito 5 (TUE) Circuito 6 (TUE) Tomada de uso Tomada de uso especifico especifico Circuito 4 (TUG's) Tomadas de usa. geral (ex. torneira eletrica) | | (ex. chuveiro eletrico) 28 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS 2 O quadro de distribuicao deve estar localizado: em lugar de facil acesso eo mais proximo possivel do medidor Isto € feito para se evitar gastos desnecessarios com os fios do circuito de distribuigao, que sao os mais grossos de toda a instalacao e, portanto, os mais caros. Através dos desenhos a seguir, vocé podera enxergar os componentes e as ligagoes feitas no quadro de distribuicao. 29 Q Ivstatagoes Eierarcas ResiDEnciats Este ¢ um exemplo de quadro de distribuigao para fornecimento bifasico. Fase Protec ao Neutro Disjuntor diferencial residual geral Barramento de neutro. Faz a ligacao dos fios Deve ser ligaco Barramento neutros dos circuitos eletricamente de interligacao, terminals com 0 neutro acaixa do QD. das fases do circuito de Disjuntores distribuigao, devendo ser dos circuitas isolado eletricamente terminals bifasicos. da caixa do QD. Recebem a fase do Disjuntores disjuntor geral dos circuitos e distribuem para terminais os circuitos monofasicos. terminais. Um dos dispositivos de protecao que se encontra no quadro de distribuicao € o disjuntor termomagnético. Vamos falar um pouco a seu respeito. 30 Iusauapoxs Evereicas Resivenciats Q Disjuntores termomagnéticos sao dispositivos que: oferecem prote¢ao aos fios do circuito Desligando-o automaticamente quando da ocorréncia provocada por um curto-circuito ang ou sobrecarga. permitem manobra manual Operando-o como um interruptor, secciona somente 0 circuito necessario numa eventual manutencao. Os disjuntores termomagneticos tem a mesma fungao que as chaves fusiveis. Entretanto: © fusivel se queima O disjuntor desliga-se necessitando ser trocado necessitando religa-lo a & No quadro de distribuigao, encontra-se tambem: - 0 disjuntor diferencial residual ou, entao, - 9 interruptor diferencial residual. 31 Q lsracapoes Exevrcas Restoencias DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL E um dispositivo constituldo de um disjuntor termomagnético acoplado a um outro dispositivo: © diferencial residual, Sendo assim, ele conjuga as duas fungdes: a do disjuntor e a do dispositivo termomagnetico diferencial residual protege as pessoas contra choques protege os fios do eletricos provocados circuito contra Por contatos diretos sobrecarga e @ indiretos curto-circuito Pode-se dizer entao que: Disjuntor diferencial residual é um dispositivo que protege: - os fios do circuito contra sobrecarga e curto-circuito e; - as pessoas contra choques elétricos. 32 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL E um dispositivo composto de um interruptor acoplado. a um outro dispositivo: 0 diferencial residual. Sendo assim, ele conjuga duas funcoes: a do interruptor que liga e desliga, manualmente, © circuito a do dispositivo diferencial residual (interno) que protege as pessoas contra choques elétricos provocados por contatos diretos e indiretos Pode-se dizer entao que: Interruptor diferencial residual é um dispositivo que: liga e desliga, manualmente, o circuito e protege as pessoas contra choques eleétricos. 33 Q sracapoes Exerarcas Retoencias Os dispositivos vistos anteriormente tem em comum 0 dispositivo diferencial residual (DR). proteger as pessoas contra Sua funcao é: (Mier ICRP Cee ere C ont evn eM MT tty E 0 contato acidental, seja por falha de isolamento, por ruptura ou remocao indevida de partes isolantes: ou, entao, por atitude imprudente de uma pessoa com uma parte elétrica normalmente energizada (parte viva) Contati direto E o contato entre uma pessoa e uma parte metalica de uma instalagao Contato ‘ou componente, normal- indireto mente sem tensao, mas que pode ficar energizada por falha de isolamento ‘ou por uma falha interna 34 Ismuapors Evereicas Resioenciats Q A seguir, serao apresentados: jos de untores termomagnéticos; * tipos de disjuntores DR de alta sensibilidade; * tipo de interruptor DR de alta sensibilidade. TIPOS DE DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS Os tipos de disjuntores termomagnéticos existentes no mercado sao: monopolares, bipolares e tripolares. Tripolar Bipolar Monopolar NOTA: os disjuntores termomagnéticos somente devem ser ligados aos condutores fase dos circuitos. 35 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS TipOS DE DISJUNTORES DIFERENCIAIS RESIDUAIS Os tipos mais usuais de disjuntores residuais de alta sensibilidade (no maximo 30mA) existentes no mercado sao: Bipolar Tetrapolar NOTA: os disjuntores DR devem ser ligados aos condutores fase e neutro dos circuitos, sendo que © neutro nao pode ser aterrado apos o DR. Tipo DE INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL Um tipo de interruptor diferencial residual de alta sensibilidade (no maximo 30mA) existente no mercado é 0 tetrapolar (figura ao lado), existindo ainda o bipolar. NOTA: interruptores DR devem ser utilizados nos circuitos em conjunto com dispositivos a sobrecorrente (disjuntor ou fusivel), colocados antes do interruptor DR. 36 INSTALAG OES ELETRICAS RESIDENCIAIS 9 Os dispositivos vistos sao empregados na protecao dos circuitos elétricos. Mas... 0 que vem a ser circuito elétrico? Circuito ELeTRICO meet Lag SC CUTE emir ie Lutes dois tipos de circuito: o de distribuigao @ os circuitos terminais. E 0 conjunto de equipamentos e fios, ligados ao mesmo dispositivo de protecao. CIRCUITO DE DisTRIBUICAO Liga o quadro do medidor ao quadro de distribuicao. Rede publica de baixa tensao Ponto de derivagao Ramal de ligacao QF +N) Circuito de distribuigao (2F + N + PE) Caixa de Vai para medicao | Origem da instalacao © quadro de Medidor distribuicao Dispositivo geral de comando e protecao Ramal de entrada Terminal de aterramento principal Ponto de entrega Condutor de aterramento Eletrodo de aterramento 37 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS CIRCUITOS TERMINAIS Partem do quadro de distribuigao e alimentam diretamente |ampadas, tomadas de uso geral e tomadas de uso especifico. NOTA; em todos os exemplos a seguir, sera admitido que a tensao entre FASE e NEUTRO ¢ 127V ¢ entre FASES € 220V. Consulte as tenses oferecidas em sua regiao Disjuntor diferencial residual geral Quadro de distribuicao 38 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q Exemplo de circuitos terminais protegidos por disjuntores termomagnéticos: CIRCUITO DE ILUMINACAO (FN) isjuntor ———— | Neutro D DR Disjuntor monopolar * so possivel, ligar 0 condutor de protecao (terra) a carcaga da luminaria. Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR: CIRCUITO DE ILUMINACAO EXTERNA (FN) Barramento de protecao Disjuntor diferencial residual bipolar 39 2 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS CircUITO DE TOMADAS DE Uso GeRAL (FN) Barramento de protecao Disjuntor diferencial residual bipolar Exemplos de circuitos terminais protegidos por disjuntores DR: Circuito DE TOMADA DE Uso EspeciFico (FN) 40 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q CIRCUITO DE TOMADA DE Uso Especirico (FF) Disjuntor diferencial residual bipolar Exemplos de circuitos protegidos por interruptores DR: CIRCUITO DE TOMADA DE Uso Especirico (FN) Barramento de protecao Disjuntor termomagnetico a 2 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS CIRCUITO DE TOMADA DE Uso EspeciFico (FF) Barramento Ligacao bifasica ou trifasica Exemplo de circuito de distribuicao bifasico ou trifasico protegido por disjuntor termomagnético: Disjuntor ou interruptor DR tetrapolar Quadro de distribuigao 42 Ismuapors Evereicas Resioenciats Q A instalagao elétrica de uma residéncia deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a manutengado e reduz a interferéncia. (F + N+ PE) (F + N+ PE) (2F + PE) Neutro Protecao (PE) Quadro de distribuicao A divisao da instalagao elétrica em circuitos terminais segue critérios } estabelecidos pela NBR 5410, > apresentados em seguida. 43 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS CRITERIOS ESTABELECIDOS PELA NBR 5410 + prever circuitos de iluminacao separados dos circuitos de tomadas de uso geral (TUG's). prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento com corrente nominal superior a 10A Por exemplo, equipamentos ligados em 127V com potencias acima de 1270VA (127V x 10A) devem ter um circuito exclusivo para si. Além desses critérios, o projetista considera também as dificuldades referentes a execucao da instalagao, Se os circuitos ficarem muito * a instalacdo dos fios carregados, os fios nos eletrodutos; adequados para suas ligacées irao resultar numa seco nominal (bitola) muito grande, dificultando: * as ligacoes terminais (interruptores e tomadas). Para que isto nao ocorra, uma boa recomendacao 6, nos circuitos de iluminacgao e tomadas de uso geral, limitar a corrente a 10A, ou seja, 1270 VA em 127V ou 2200VA em 220V. 44 snstatagors Euerarcas Resioewciass Aplicando os critérios no exemplo em questao (tabela da pag. 22), devera haver, no minimo, quatro circuitos terminais: * um para ilum inacao; * um para tomadas de uso geral; * dois para tomadas de uso especifico (chuveiro e torneira elétrica). Mas, tendo em vista as questoes de ordem pratica, optou-se no exemplo em dividir: OS CIRCUITOS DE ILUMINAGAO EM 2: Bey OS CIRCUI sala dormitorio 1 dormitério 2 banheiro hall TOS DE TOMA copa cozinha area de servico| area externa DAS DE USO sala dormitorio 1 dormitorio 2 banheiro hall GERAL EM 4: cozinha copa area de servico Com relacao aos circuitos de tomadas de uso especifico, permanecem os 2 circuitos independentes: CR ae) Torneira elétrica Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Essa divisdo dos circuitos, bem como suas respectivas cargas, estao indicados na tabela a seguir ri Mee ae = Chuvsire Quadro de cistibuicda| Dierituigsa — estes campos serao preenchidos no momento oportuno 46 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS 92 Como o tipo de fornecimento determinado para 0 exemplo em questao é bifasico, tem-se duas fases e um neutro alimentando o quadro de distribuicao. Sendo assim, neste projeto foram adotados os seguintes critérios: eka cunedis Foram ligados na menor TROL oar tensao, entre fase e DE USO GERAL (TUG'S) neutro (127 V). a eer Une | | DE USO EsPECIFICO (TUE’s) Foram ligados na maior COM CORRENTE MAIOR tensao, entre fase e PET) fase (220V). Quanto ao circuito de distribuicao, deve-se sempre considerar a maior tensao (fase-fase) quando este for bifasico ou trifasico. No caso, a tensdo do circuito de distribuicao é 220V. Uma vez dividida a instalacao elétrica em circuitos, deve-se marcar, na planta, © numero correspondente a cada ponto de luz e tomadas. No caso do exemplo, a instalacao ficou com 1 circuito de distribuicao e 12 circuitos terminais que estao apresentados na planta a seguir. 47 oa — pane b* 3 e g Ls6s 4 9 Rene’ gel” | , iQ 3 porwiron1 = 30S | los S| @ (| @ 2 @ 10 o ll \sos_ eo Legenda i) ponto de luz no teto Gr tomada média monofisica com terra © ponto de luz naparede A cx de saida média bifasica com terra S _ interruptor simples Al cx de saida alta bifasica com terra interruptor paraleto 8 campainha tomada baixa monofasica 5 @; fentacas © botdo de campainha 48 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q SIMBOLOGIA GRAFICA SEDI OR TC ECE CR Cem a te a POE ES TOR Maer © projetista pode dar inicio ao desenho do projeto elétrico na planta residencial, Pra ea eR Cr eR eT Neste fasc{culo, a simbologia apresentada é a usualmente empregada pelos projetistas. Como ainda nao existe um acordo comum a respeito delas, o projetista pode adotar uma simbologia propria identificando-a no projeto, através de uma legenda. Para os exemplos que aparecem neste Manual, sera utilizada a simbologia apresentada a seguir. SiMBOLO Quadro de = distribui¢ao 49, Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS SIMBOLO ‘ > Ponto de luz no teto QL? ; : 100 - potencia de iluminagac 2 - numero do circuito a - comando SIMBOLO [Ponto de tz na pare SiMBOLOS Q Tomada baixa monofasica com terra Tomada baixa bifasica com terra INS TALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q SimBoLos Qi Tomada media monofasica com terra a Tomada media bifasica com terra SiMBOLOS ei Caixa de saida alta monofasica com terra SAI Caixa ae saida atta bitasica com terra SiMBOLO Ss Interruptor simples 51 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS SIMBOLO S Interruptor paralelo SIMBOLO A > Campainha 52 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS 9 SIMBOLO © > Botdo de campainha SIMBOLO Eletroduto embutido — na laje = SIMBOLO Eletroduto embutido = na parede 53 g INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Eletroduto embutido no piso SiMBOLO SimBOLO —|— SIMBOLO a . Fio fase “h Fio neutro {necessariamente azul claro) . SIMBOLO a SiMBOLO —— i > INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS 9Q Fio de retorno — Condutor de protegao (fio terra necessariamente verde ou verde-amarelo} 55 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS CoOnDuTORES ELETRICOS O termo condutor elétrico ¢ usado para designar um produto destinado a transportar corrente (energia) elétrica, sendo que os fios e os cabos elétricos sao os tipos mais comuns de condutores. O cobre é o metal mais utilizado na fabricagdo de condutores elétricos para instalacoes residenciais, comerciais e industriais. Um fio € um condutor solido, macigo, provido de isolagao, usado diretamente como condutor de energia eletrica. Por sua vez, a palavra cabo é utilizada quando um conjunto de fios é reunido para formar um condutor eletrico. Dependendo do numero de fios que comp6e um cabo e do diametro de cada um deles, um condutor apresenta diferentes graus de flexibilidade. A norma brasileira NBR NM280 define algumas classes de flexibilidade para os condutores elétricos, a saber Classe 1 Classes 2, 4, 5e 6 Py iP sao aqueles condutores sao aqueles condutores formados sdlidos (fios), os quais por varios fios (cabos), sendo que, apresentam baixo grau quanto mais alta a classe, maior de flexibilidade durante a flexibilidade do cabo durante © seu manuseio © manuseio. E qual a importancia da flexibilidade de um condutor nas instalagoes elétricas residenciais? Geralmente, nas instalagoes residenciais, os condutores sao enfiados no interior de eletrodutos e passam por curvas e Caixas de passagem até chegar ao seu destino final, que €, quase sempre, uma caixa de ligacao 5 x 10cm ou 10 x 10cm instalada nas paredes ou uma caixa octogonal situada no teto ou forro. 56 InstaLAgoes ELetaicas Resipencials O Além disso, em muitas ocasides, ha varios condutores de diferentes circuitos no interior do mesmo eledroduto, o que torna o trabalho de enfiacgao mais dificil ainda. Nestas situagdes, a experiéncia internacional vem comprovando ha muitos anos que o uso de cabos flextveis, com classe 5, no minimo, reduz significativa- mente o esforco de enfiagdéo dos condutores nos eletrodutos, facilitando também a eventual retirada dos mesmos. Da mesma forma, nos tltimos anos também os profissionais brasileiros tém utilizado cada vez mais os cabos flexiveis nas instalagdes elétricas em geral e nas residenciais em particular. Cabos Fios sélidos flexiveis oeeye 64 ce 2 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS CONDUTOR DE PRoTEGAO - PE (FIO TERRA) Dentro de todos os aparelhos ~\ eletricos existem elétrons que =" querem “fugir” do interior i dos condutores. Como o corpo humano ¢ capaz de conduzir eletricidade, se uma pessoa encostar nesses equipamentos, ela estara sujeita a levar um choque, que nada mais 6 do que a sensacao desagradavel LL provocada pela passagem aa dos elétrons pelo corpo. : E preciso lembrar que = correntes elétricas de apenas 0,05 ampere ja podem provocar graves danos ao organismo! Sendo assim, como podemos fazer para evitar os choques elétricos? O conceito basico da protecao contra choques é 0 de que os elétrons devem ser “desviados" da pessoa. Sabendo-se que um fio de cobre é um milhdo de vezes melhor condutor do que o corpo humano, fica evidente que, se oferecermos aos elétrons dois caminhos para eles circularem, sendo um 0 corpo e o outro um fio, a enorme maioria deles ira circular pelo ultimo, minimizando os efeitos do choque na pessoa. Esse fio - pelo qual irdo circular os 5 A s elétrons que “escapam” dos aparelhos é¢ chamado de fio terra Iusmuapors Evereicas Resioenciats Q Como a funcao do fio terra é “recolher” elétrons “fugitivos”, nada tendo a ver com o funcionamento propriamente dito do aparelho, muitas vezes as pessoas esquecem de sua importancia para a seguranca. E como em um automovel: € possivel fazé-lo funcionar e nos transportar até o local desejado, sem o uso do cinto de seguranca. No entanto, é sabido que os riscos relativos a seguranca em caso de acidente aumentam em muito sem o seu uso. Como INSTALAR O FIO TERRA A figura abaixo indica a maneira mais simples de instalar o fio terra em uma residéncia. Observe que a bitola do fio terra deve estar conforme a tabela da pagina 102. Pode-se utilizar um unico fio terra por eletroduto, interligando varios aparelhos e tomadas. Por norma, a cor do fio terra é obrigatoria- mente verde/amarela ou somente verde. 50 g INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Os APARELHOS E AS TOMADAS Nem todos os aparelhos elétricos precisam de fio terra Isso ocorre quando eles sao construfdos de tal forma que a quantidade de elétrons “fugitivos” esteja dentro de limites aceitaveis Nesses casos, para a sua ligacao, é preciso apenas levar até eles dois fios (fase e neutro ou fase e fase), que sao ligados diretamente, através de conectores apropriados ou por meio de tomadas de dois polos (figura 2). Por outro lado, ha varios aparelhos que vém com o fio terra incorporado, seja fazendo parte do cabo de ligacao do aparelho, seja separado dele. Nessa situagao, é preciso utilizar uma tomada com trés polos (fase-neutro-terra ou fase-fase-terra) compativel com 0 tipo de plugue do aparelho, conforme a figura 1 ou uma tomada com dois polos, ligando o fio terra do aparelho diretamente ao fio terra da instalagao (figura 3). Como uma instalacao deve estar preparada para receber qualquer tipo de aparetho elétrico, conclui-se que, Fig. 1 conforme prescreve a norma brasileira | de instalacées elétricas NBR 5410, todos os circuitos de iluminagao, tomadas de uso geral e também os que servem a aparelhos especificos (como chuveiros, ar condicionados, microondas, lava roupas, etc.) devem possuir o fio terra. 60 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q O Uso bos Dispositivos DR Como vimos anteriormente, © dispositivo DR é um interruptor automatico que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampére), que um disjuntor comum nao consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem 0 corpo humano. Dessa forma, um completo sistema de aterramento, que proteja as pessoas de um modo eficaz, deve conter, além do fio terra, o dispositivo DR. 61 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCEAIS RECOMENDAGOES E EXIGENCIAS DA NBR 5410 OTS ar ML exige, desde1997: A utilizacao de protecao diferencial residual (disjuntor ou interruptor) de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a: tomadas de corrénte em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, areas de servico, garagens e, no geral, a todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a lavagens; tomadas de corrente em areas externas; tomadas de corrente que, embora insta- ladas em areas internas, possam alimentar equipamentos de uso em areas externas; pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro. NOTA: 0s circuitos nao relacionados nas recomendacoes e exigéncias acima poderao ser protegidos apenas por disjuntores termomagnéticos (DTM). 62 INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS 2 Aplicando-se as recomendagoes e exigéncias da NBR 5410 ao projeto utilizado como exemplo, onde ja se tem a divisdo dos circuitos, o tipo de protegao a ser empregado € apresentado no quadro abaix ieee — er | syrupedo =e Soro Dem. 1 Dern 2 Bonito Hat Chuvsiro Quadra clewibuigso ‘Guacre: madidor Diseituigas | 220 pm | 2 (DTM = disjuntor termomagnetico. IDR = interrupter diferencial-residual) 63 Q strapons Exeracas Resioencias DESENHO ESQUEMATICO DO QUADRO DE DiIsTRIBUICAO A NBR 5410 tambem preve a possibilidade de optar pela instalacao de disjuntor DR ou interruptor DR na protecao geral. A seguir serao apresentadas as regras ea devida aplicacao no exemplo em questao. 64 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q OPcAO DE UTILIZAGAO DE INTERRUPTOR DR NA PROTEGAO GERAL No caso de instalacao de interruptor DR na protecao geral, a protecdo de todos os circuitos terminais pode ser feita com disjuntor termomagnético. A sua instalacao é necessariamente no quadro de distribui¢ao e deve ser precedida de protec4o geral contra sobrecorrente e curto-circuito no quadro do medidor. Esta solucao pode, em alguns casos, apresentar © inconveniente de o IDR disparar com mais frequencia, uma vez que ele “sente” todas as correntes de fuga naturais da instalacao. 65 Q INSTALAGOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Uma vez determinado o numero de circuitos elétricos em que a instalacao elétrica foi dividida e ja definido © tipo de proteca4o de cada um, chega 0 momento de se efetuar a sua ligacao. Essa ligacao, entretanto, precisa ser planejada detalhadamente, de tal forma que nenhum ponto de ligacao fique esquecido. Para se efetuar esse planejamento, desenha-se na planta residencial 9 caminho que o eletroduto deve percorrer, pois é através dele que os fios dos circuitos “= irao passar. o 66 INSTALACOES ELETRICAS RESIDENCIAIS Q Entretanto, para o planejamento do caminho que o eletroduto ira percorrer, fazem-se necessarias algumas orientagoes basicas: A Locar, primeiramente, o quadro de distribuicaéo, em lugar de facil acesso e que fique o mais proximo possivel do medidor. B Partir com o eletroduto do quadro de distribuicao, tragando seu caminho de forma a encurtar as distancias entre os pontos de ligacao C Utilizar a simbologia grafica para representar, na planta residencial, o caminhamento do eletroduto Eletroduto embutido na laje acinar 7 embutido na parede = ISEEIDEUC SS: embutido NO pisO + e+e me D Fazer uma legenda da simbologia empregada E Ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de cada comodo. 67 68 || Cas ao Om | |sso= 8 ® oD * 286 2 ie J © : * . © 26 2 . 4 “3 3 i a g ® Is 3 8 oO Go pe Eg l f © Legenda S pono de uz na puede GA oxdesalda méda biltsiea com tera S interrptorshples cx de sata ata isca com era } interruptor parselo G1 campainha @ mada bana monotisiea horse de campalnha Ins taLagoes Etetaicas Resiwencials Para se acompanhar o desenvolvimento do caminhamento dos eletrodutos, tomaremos a planta do exemplo (pag. 68) anterior ja com ‘0s pontos de luz e tomadas e os respectivos — numeros dos circuitos Os representadas. Iniciando JO? sora | 0 caminhamento dos eee @ ‘ eletrodutos, seguindo as gig fibuigao | |, 4 |_| orientagoes vistas ie anteriormente, deve-se primeiramente: f ¢ b “ef DETERMINAR O ‘Giusare ce) do LOCAL DO Imedidor ||| 1 QUADRO DE sa: __20 ||: DISTRIBUIGAO . Uma vez determinado o local para o quadro de distribuigao, inicia-se 0 caminhamento partindo dele com um eletroduto em direcao ao ponto de luz no teto da sala e daf para os interruptores e tomadas desta dependéncia. Neste momento, representa-se também o eletroduto que contera o circuito de distribuigao 69

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