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Estado de Santa Catarina Pagina 33 de 33 Municipio de Riqueza Projeto de Lei n° 003, de 25 de marco de 2019. MENSAGEM DO PODER EXECUTIVO Senhores Membros da Camara Municipal: Temos a honra de submeter A elevada considera~ cao de Vossas Exceléncias, o Projeto de Lei em anexo, Estabelece a Estrutura e o Funcionamento do Conselho Tutelar de Riqueza e dé tras providéncias. A norma tem como finalidade manter o Conselho Tutelar que foi criado pela Lei Municipal n. 0169 de 23 de abril de 1997 como érg&o permanente e auténomo, no jurisdicional, encarrega~ do de zelar pelo cumprimento dos direitos da crianga e do adole’scen- te, com funcao precipua de planejamento, supervisao, coordenacao ~€ controle das atividades que constituem sua 4rea de competéncia, con- forme previsto na Lei Federal n. 8.069/1990. Ainda a norma possui a intengao de disciplinar, de forma pormenorizada, 0 Conselho Tutelar, considerando que muitas vezes a falta de previsdo legislativa, dé origem a problemas de di- ficil enfrentamento. Ao submeter o Projeto @ apreciacao dessa Eg: gia Casa, estamos certos que os Senhores Vereadores saberdo aperfei- goad-lo e reconhecer 0 grau de prioridade a sua aprovacao. Aproveitamos o ensejo pare reiterar as Vossas Exceléncia os protestos de elevado apreco e distinta consideracao Riqueza/SC, * marco de 2019. - FAT seal wae Prefeito de Riqueza Rua Joo Mari, 55 — Centro — CEP: 89.895-000 — RiquezalSC NPI: 95.988, 309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: jar Estado de Santa Catarina Pagina 1 de 33 Municipio de Riqueza PROJETO DE LEI N°003, de 25 DE MARCO DE 2019. ESTABELECE A ESTRUTURA E © FUNCIONAMENTO DO CONSELHO TUTELAR DE RIQUEZA E DA OUTRAS PROVIDENCIAS RENALDO MUELLER, Prefeito de Riqueza, Estado de Santa Catarina, usando de suas atribuigées legais, na forma da Lei Organica, submete A Camara de Vereadores o presente Projeto de Lei, com os dispositivos seguintes: cAPETULO I DO CONSELHO TUTELAR Art. 1° Fica mantido o Conselho Tutelar de Riqueza, criado pela Lei Municipal n. 0169 de 23 de abril de 1997, érgdo municipal de carater permanente e auténomo, nao jurisdicional, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da crianga e do adolescente, com fungées precipuas de planejamento, supervis4o, coordenagdo e controle das atividades que constituem sua 4rea de competéncia, conforme previsto na Lei Federal n. 8.069/1990 (Rstatuto da Crianca e do Adolescente), e integrante da Administracdo Piblica Municipal, com vinculacéo or samentaria e administrativa ao Gabinete do Prefeito. Art. 2° Fica instituida a func&o péblica de membro do Conselho Tute- lar do Municipio de Riqueza, que seré exercida por 05 (cinco) mem- bros, com mandato de 04 (quatro) anos, permitide uma recondugdo, me- diante novo processo de escolha. $1° 0 membro do Conselho Tutelar & detentor de mandato eletivo, nao incluido na categoria de servidor piblico em sentido estrito, no gerando vinculo empregaticio com 0 Poder Piiblico Municipal, seja de natureza estatutéria ou celetista. § 2° 0 exercicio efetivo da funcdo de membro do Conselho Tutelar de Riqueza constituira servico piblico relevante e estabeleceré presun- cdo de idoneidade moral. $ 3° Sem prejuizo da fiscalizacado do Ministério PUblico, compete ao 6rg%o da administracao ao qual o Conselho Tutelar estiver adminis- trativamente vinculado, como apoio da controladoria e da procurado- ria juridica municipal, o controle externo do Conselho Tutelar, a defesa de suas prerrogativas institucionais e a aplicagio de sances isciplinares aos membros do Conselho Tutelar, obedecido o previsto nesta Lei e na Lei que dispoe sobre o Regime Juridico dos Servidores PGblicos do Municipio de Riqueza, aplicando-se, no que couber, a Lei Federal n. 8.112/1990. Art. 3° Caber4 ao Fxecutivo Municipal criar e manter novos Conselhos Tutelares, observada, preferencialmente, a propor¢ao minima de 01 (um) Conselho para cada 100.000 (cem mil) habitantes. Paragrafo nico. Havendo mais de 01 (um) Conselho Tutelar, caberé a gestdo municipal definir sua localizagao, hor4rio de funcionamento e Rua Joo Mari, 55 ~ Centro — CEP: 89,805-000 — Riqueza/SC (CNPI: 95.988, 309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.sc.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 2 de 33 Municipio de Riqueza organizagao da area de atuagao, através de Decreto do Executivo Mu~ nicipal, podendo considerar a configurac&o geogréfica e administra~ tiva da localidade, a populacéo de criancas e adolescentes e a inci- déncia de violagtes de direitos, assim como, observados os indicado- res sociais do Municipic. SECA I Da Manutengéo do Conselho Tutelar Art. 4° A Lei Orcamentéria Municipal deveré estabelecer dotacdo es- pecifica para implantacao, manutencado e funcionamento do Conselho telar, incluindo: | = 0 processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar; ll - custeio com remuneracao e formacéo continuada; M- custeio das atividades inerentes as atribuigdes dos membros do Conselho Tutelar, inclusive para as despesas com adian diarias quando necessério deslocamento para outros Municipios, em servico ou em capacitagdes; IV~ manutengao geral da sede, necess4ria ao funcionamento do érgao. § 1° Fica vedado 0 uso dos recursos do Fundo Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente para quaisquer destes fins, com excecao ao custeio da formagao e da qualificacao funcional dos membros do Conselho Tutelar. § 2° 0 Conselho Tutelar, com a assessoria dos érgdos municipais com- petentes, participaré do processo de elaboracdéo de sua proposta or- gamentéria, observados os limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orcamentarias, bem como o principio da prioridade absoluta a crianca © ao adolescente $ 3° Para o completo e adequado desempenho de suas atribuicdes, o Conselho Tutelar poderé requisitar, fundamentadamente e por meio de decisao do Colegiado, salvo nas situagdes de urgéncia, servicos di- retamente aos 6rgaos municipais encarregados dos setores da educa~ a0, saiide, assisténcia social e seguranca piblica, que deverao atender a determinagao com a prioridade e urgéncia devidas. $4° Ao Conselho Tutelar € assegurada autonomia funcional para o exercicio adequado de sues funcdes, cabendo-lhe tomar decisdes, no ambito de sua esfera de atribuicSes, sem interferéncia de outros ér- gdos e autoridades. § 5° 0 exercicio da autonomia do Conselho Tutelar nao isenta seu membro de responder pelas obrigacbes funcionais e administrativas junto ao érgéo ao qual esta vinculado. Art. 5° 0 Poder Executivo Municipal poderé dotar o Conselho Tutelar de equipe administrativa de apoio, composta, preferencialmente, por servidores efetivos, assim como sede prépria, de f4cil acesso, e, no minimo, de telefones fixo e mével, veiculo de uso exclusivo, compu- tadores equipados com aplicativos de navegasdo na rede mundial de computadores, em nimero suficiente para a operacdéo do sistema por todos os membros do Conseiho ‘utelar, e infraestrutura de rede de comunicagéo 1écal e de acesso a Internet, com volume de dados e ve- . Jolla Mari, 55 — Centro CEP: 89,805.00 Riqueza/SC CNPI: 95.988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 3 de 33 Municipio de Riqueza locidade necessarias para o acesso aos sistemas operacionais perti- nentes as atividades do Conselho Tutelar. $ 1° A sede do Conselho Tutelar dever4 oferecer espaco fisico e ins- talacdes, que permitam o adequado desempenho das atribuicdes e com- peténcias dos ce pUblico, contendo, no minimo: | - Placa indicativa da sede do Conselho Yutelar; ll - Sala reservada para a recepcao do piblico; I~ Sala reservada para o atendimento dos casos; e IV- Banheiros §2° 0 nlimero de salas deveré atender a demanda, de modo a possibili- tar atendimentos simultaneos, evitando prejuizos a imagem e a inti- midade das criancas e adolescentes atendidos. $ 3° Para que seja assegurado o sigilo do atendimento, a sede do Conselho Tutelar devera, preferencialmente, ser em edificio exclusi- § 4° 0 Conselho Tutelar podera contar com o apoio do quadro de ser- vidores municipais efetivos destinados a fornecer ao érg&o o suporte administrativo, técnico e interdisciplinar necessario para avaliacdo preliminar e atendimento de criancas, adolescentes e familias. $5° & autorizada, sem prejuizo da lotacaéo de servidores efetivos pa~ rao suporte administrativo, a contratagao de estagiérios para o au- xilio nas atividades administrativas do Conselho Tutelar. § 6° Poderé ser lotado em cada Conselho Tutelar, um auxiliar admi- nistrativo, e, um motorista exclusivo; na impossibilidade, o Mun. pio deve garantir, por meio da articulacéo dos setores competentes, a existéncia de motorista disponivel sempre que se fizer necessdrio para a realizacado de diligéncias por parte do Conselho Tutelar, in- clusive nos periodos de sobr ros do eo acolhimente digne ao Art. 6° Ae atribuicdes inerentes ao Conselho Tutelar ao exercidas pelo Colegiado, sendo as decisces tomadas por maioria de votos dos integrantes, conforme dispuser o regimento interno do érgao. Parégrafo tnico. As medidas de cardéter emergencial tomadas durante os pericdos de sobreaviso serdo comunicadas ao colegiado no primeiro dia atil imediato, para ratificagdo ou retificacao do ato, conforme © caso, observado o disposto no caput do dispositivo, Art. 7° Cabe ao Poder Executivo Municipal fornecer ao Conselho Tute- lar os meios necessarios para sistematizacéo de informactes relati- vas as demandas e as deficiéncias na estrutura de atendimento a po- pulacdo de criancas e adolescentes, tendo como base o Sistema de In- formacdo para a Infancia e Adolescéncia - Médulo para Conselht Tutelares (SIPIA-CT), ou sistema que venha o suceder. $ 1° Cabe aos érgéos plblicos responsaveis pelo atendimento de cri- ancas e adolescentes, com atuacéo no Municipio, auxiliar o Conselho Tutelar na coleta de dados e no encaminhamento das informacées rela- tivas as demandas das politicas piblicas ao Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente (CMDCA). § 2° 0 preenchimento do Sistema de Informacdo para a Infancia e Ado- lescéncia (SIPIA-CT), ou sistema que venha o suceder, pelos membros do Conselho/Tutelar, & obrigatério. § 3° Cabe ao Conselho Municipal Rua Jodo Mari, 55 — Centro — CEP, 89.895-000 — RiquezalSi CNPE: 95.988.309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov-br Estado de Santa Catarina Pagina 4 de 33, Municipio de Riqueza § 3° Cabe ao Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adoles- cente acompanhar a efetiva utilizacéo dos sistemas, demandando ao Conselho Estadual dos Direitos da Crianga e do Adolescente (CEDCA) as capacitactes necess4rias. SECKO IZ Do Funcionamento do Conselho Tutelar Art. 8° 0 Conselho Tutelar deve estar aberto ao piblico em horario compativel com 6 funcionamento dos demais érgaos e servicos piblicos municipais, permanecendo aberto para atendimento da populacdo das 08h 30 min as 1ih 30 min e das 13h 30 min as 16h 30 min, § 1° Todos os membros do Conselho Tutelar deveréo ser submetidos 4 carga horaria semanal de 30 (trinta) horas de atividades, com esca- las de sobreaviso idénticos aos de seus pares, proibido qualquer tratamento desigual § 2° © disposto no paragrafo anterior nao impede a divisao de tare- fas entre os membros do Conselho Tutelar, para fins de realizacdo de diligéncias, atendimento descentralizado em comunidades distantes da sede, fiscalizacdo de entidades e programas e outras atividades ex ternas, sem prejuizo do carter colegiado das decisdes. § 3° Cabera aos membros do Conselho Tutelar registrar o cumprimento da jornada normal de trabalho, de acordo com as regras estabelecidas ao Funcionalismo piiblico municipal Art. 9° 0 atendimento no periodo noturno e em dias nao Gteis seré realizado na forma de sobreaviso, com a disponibilizacao de telefone mével ao membro do Conselho Tutelar, de acordo com o disposto nesta Lei ¢ na Lei que dispe sobre o Regime Juridico dos Servidores Pi blicos do Municipio de Riqueza. § 1° 0 sistema de sobreaviso do Conselno Tutelar tuncionard desde o término do expediente até o inicio do seguinte. $ 2° Os periodos semanais de sobreaviso serdo definidos no Regimento Interno do Conselho Tutelar, e deveré se pautar na realidade do Mu- § 3° Para a compensaggo do sobreaviso, poderd o Munics Colegiado do Conselho Tutelar, prever indenizacdo ou gratificacao conforme dispuser a legislacdo pertinente ao servidor publico muni- cipal. § 4° Caso o Municipio nAo opte pela remuneracdo extraordinaria, o membro do ConseTho Tutelar teré direito ao gozo de folga compensaté- ria na medida de 02 (dois) dias para cada 07 (sete) dias de sobrea- iso, limitada a aquisicdo a 30 dias por ano civil. § 5° 0 gozo da folga compensatéria prevista no parégrafo acima de- pende de prévia deliberacdo do colegiado do Conselho Tutelar e nao poder4 ser usufruida por mais de um membro simultaneamente e nem prejudicar, de qualquer maneira, o bom andamento dos trabalhos do orqao. $ 6° Todas as atividades internas e externas desempenhadas pelos membros do Conselho Tutelar, inclusive durante o sobreaviso, devem ser registradas, para fins de controle interno e externo pelos 6r- gaos competentes. 1 ouvido o Centro CFP: 89 895-000 CCNPI: 95.988. 309/0001-48 - Fone: 49 367 eh E-mail: juridico@riqueza.sc.gov.br iqueza/SC Estado de Santa Catarina Pagina 5 de 33 Municipio de Riqueza Art. 10. 0 Conselho Tutelar, como érgao colegiado, devera realizar, no minimo, uma reuniao ordinaria semanal, com a presenca de todos 0s membros do Conselho Tutelar em atividade para estudos, andlises e deliberacdes sobre os casos atendidos, sendo as suas deliberacdes lavradas em ata ou outro instrumento informatizado, sem pre: atendimento ao piblico. § 1° Havendo necessidade, serdo realizadas tantas reunides extraor~ inarias quantas forem necessérias para assegurar o célere e eficaz atendimento da populagao. § 2° As decisdes serdo tomadas por maioria de votos, cabendo ao Co- ordenador administrativo, se necessério, o voto de desempate § 3° Em havendo mais de um Conselho Tutelar no Municipio, sera tam- bém obrigatéria a realizacdo de, ao menos, uma reuniao mensal en- volvendo todos os Colegiados, destinada, dentre outras, a uniformi- zar entendimentos e definir estratégias para atuagdo na esfera co- letiva. uizo do SECAO III Do Processo de Escolha dos Membros do Conselho Tutelar Art. 11. 0 processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocor- reré em consonancia com o disposto no § 1° do art. 139 da Lei Fede- ral n, 8.069/1990 (Estatuto da Crianca e do Adolescente), observan- do, no que couber, as disposicées da Lei n. 9.504/1997, e suas alte- ragées posteriores, com as adaptacées previstas nesta Lei. Art. 12. 0s membros do Conselho Tutelar sergo escolhidos mediante sufragio universal e pelo voto direto, secreto e facultativo dos eleitores do municipio. $ 1° A eleicao sera conduzida pelo Conselho municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente, tomando-se por base o disposto na Lei n. 9.708, de 18 de novembro de 1998, e fiscalizada pelo Ministério Piblico. § 2° Para que possa exercer sua atividade fiscalizatéria, prevista no art. 139 da Lei Federal n. 8.069/1990 (Estatuto da Crianga e do Adolescente), a Comissdo Especial Eleitoral e o Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente notificaréo, pessoalmente, © Ministerio Publica de todas as etapas do certame @ seus inciden- tes, sendo a este facultada a impugnacdo, a qualquer tempo, de can- didatos que nado preencham os requisitos legais ou que pratiquem atos contrérios 2s regras estabelecidas para campanha e no dia da vota~ § 3° O Ministério Pablico ser4 notificado, com a antecedéncia minima de 72 {setenta e duas) horas, de todas as reunides deliberativas a serem realizadas pela comissao especial encarregada de realizar o Processo de escolha e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Crian- ca e do Adolescente, bem como de todas as decisdes nelas proferidas © de todes os incidentes veri ficados. § 4° As candidaturas devem ser individuais, vedada a composicac de chapas ou a vincvlagto a partidos politicos cu instituigées religio- sas. § 5° 0 eleitor votaré em apenas um candidato. ‘Centro — CEP: $9.895-000 — Riquez CINPE: 95.988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 6 de 33 Municipio de Riqueza Art. 13. 0 Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adoles- cente (CMDCA) instituiré a Comissdo Especial Eleitoral, que deveré ser constituida por conselheiros representantes do governo e da so- ciedade civil, observada 2 composicao paritaria. § 1° Poderdo compor a Comissdo Especial Eleitoral até 02 (dois) i tegrantes alheios ao Conselho, a titulo de colaboradores, desde que aprovados pela plendria do Conseiho. § 2° A constituicdo e as atribuicées da Comissao Especial Eleitoral deverao constar em resolucao emitida pelo Conselho Municipal dos Di- reitos da Crianca e do Adolescente. § 3° 0 Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente poderé instituir Subcomissdes, que serao encarregadas de auxiliar no processo de escolha dos mem- bros do Conselho Tutelar. § 4° 0 Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente poderé convocar servidores péblicos municipais para auxiliar no pro- cesso de escolha dos membros do Conselho Tutelar, os quais ficarao dispensados do servico, sem prejuizo do salario, vencimento ou qual- quer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocacao, em analogia ao disposto no art. 98 da Lei Federal n. 9.504/1997 § 5° 0 processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar seré rea- lizado a cada 04 (quatro) anos, no primeiro domingo do més de outu- bro do ano subsequente ao da eleicdo presidencial, ou em outra data que venha ser estabelecida em Lei Federal. § 6° Podem votar os cidad4os maiores de 16 (dezesseis) anos que pos- suam titulo de eleitor no Municipio até 3 (trés) meses antes do pro- cesso de escolha. S 7° A posse dos membros do Conselno Tutelar ocorrerd no dia 10 (dez) de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha. § 8° 0 candidato eleito deveré apresentar, no ato de sue posse, de~ claragao de seus bens e prestar compromisso de desempenhar, com re- tidao, as fungdes do cargo e de cumprir a Constituicao e as leis. Art. 14. © processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ser organizado mediante edital, emitido pelo Conselho Municipal dos Di- reitos da Crianca e do Adolescente, na forma desta Lei, sem prejuizo do disposto na Lei Federal n. 8.069/1990 (Estatuto da Crianga e do Adolescente) e demais legislacdes. § 1° 0 edital a que se refere o caput deverd ser publicado com ante- cedéncia minima de 6 (seis) meses antes da realizacao da eleicao. § 2° A divulgacado do processo de escolha deveraé ser acompanhada de informagdes sobre as atribuigdes do Conselho Tutelar, sobre a impor- tancia da participacdo de todos os cidaddos, na condigso de candida- tos ou eleitores, servindo de instrumento de mobilizacao popular em torno da causa da infancia e da adolescéncia, conforme dispée o art. 88, inc. VII, da Lei Federal n. 8.069/1990 (Estatuto da Crianca e do Adolescente) . § 3° 0 edital do processo de escolha deveraé prever, entre outras disposicses: a) 0 calend4rio com as datas e os prazos para registro de candida- turas, impugnagdes, recursos e outras fases do certame, de fort © processo de escolha se inicie com no minimo 6 (seis) meses antes do dia estabelecido para o certame; io Mari, 55 — Centro CEP: $9.895-000 — RiquezaiSC CNPJ: 95.988.309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 7 de 33, Municipio de Riqueza b) a documentacao a ser exigida dos candidatos, como forma de com~ Provar o preenchimento dos requisitos previstos nesta Lei e no art. 133 da Lei n° 8.069/1990; ©) as regras de divulgacao do processo de escolha, contendo as condutas permitidas e vedadas aos candidatos, com as respectivas sancOes previstas em Lei; d) _criagao e composicao de comisso especial encarregada de reali- zar 0 processo de escolha; e fe) formacao dos candidatos escolhidos como titulares e dos 5 (cin- co) primeiros candidatos suplentes. § 4° 0 Edital do processo de escolna para o Conselho tutelar nao po- dera estabelecer outros requisitos além daqueles exigidos dos candi- datos pela Lei n° 8.069/1990 (Estatuto da Crianga e do Adolescente), @ pela legislacao local. Art. 15. 0 processo de escolha para o Conselho Tutelar ocorrera, 10 (dez) pretendentes, de~ preferencialmente, com o numero vidamente habilitados. $ 1° Caso o numero de pretendentes habilitados seja inferior a 10 (dez), 0 Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente poderé suspender o trémite do processo de escolha e reabrir prazo para inscri¢ao de novas cendidaturas § 2° caso, o Conselho Municipal dos Dire: nGe = do Adolescente deveré envidar esforcos para que o nimero de candi- dalos seja o maior possivel, de modo a ampliar as opgdes de escolha pelos eleitores e obter um nimero maior de suplentes. SECAO IV Dos Requisitos & Candidatura Art. 16. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar o interes- sado devera comprovar: | - reconhecida idoneidade moral; Nl - idade superior a 21 (vinte e um) anos; lll residéncia no Municipio; \V- experiéncia ma de 01 (um) anos na defesa dos direitos da crianca e do adolescente ou curso de especializacdo/e ou qualifica~ gdo em matéria de infancia e juventude com carga hordéria minima de 360 (trezentos e sessenta) horas; V- conclusao do ensino médi: VI - comprovacéo de conhecimento sobre o Direito da Crianga e do Ado- lescente, sobre o Sistema de Garantia de Direitos das Criancas e Adolescentes e sobre informatica basica, por meio de prova de caré- ter classificatério e eliminatério, a ser formulada e aplicada pelo Conselho Municipal de Direitos da Crianca e do Adolescente local, tendo por objetivo informar o eleitor sobre o nivel minimo de conhe~ cimentos tedricos especificos dos candidates; Vil - nao ter sido anteriormente suspenso ou destituide do cargo de membro do Conselho Tutelar em mandato anterior, por decisao adminis- trativa ou judicial; Y7 Rua Joio Mari, 55 — Centro CEP: 89,895-000 — Riqueza/SC ae ‘NPI: 95.988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 8 de 33 Municipio de Riqueza Vill - ndéo incidir nas hipoteses do art. 1°, inc. I, da Lei Complemen- tar Federal n. 64/1990 (Lei de Inelegibilidade) ; 1X - nao ser membro, no momento da publicacao do edital, do Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente; X - n&o possuir os impedimentos previstos no art. 140 e paragrato tinico da Tei Federal 8.069/1990 (Estatuto da Crianga e do Adolescen- te) Parégrafo Gnico. 0 Municipio oferecer4, antes da realizacdo da prova a que se refere o inciso VI deste artigo, minicurso preparatério, abordando © contetido program4tico da prova, de frequéncia obrigaté- ria dos candidatos. Art. 17. 0 membro do Conselho Tutelar titular que tiver exercido o cargo por periodo consecutivo superior a um mandato e meio néo pode- xa participar do processo de escolha subsequente, salvo alteracao em Lei Federal superveniente. SECAO V Da Avaliacdo Documental, Impugnacées e da Prova Art, 18. Terminado 0 periodo de registro das candidaturas, o Conse- lho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente, no prazo de 3 (trés) dias uteis, publicara relagao dos candidatos registrados, idos e indeferia § 1° Apés a publicagao da relagao de que trata o caput, seré facul- tado ao candidato inabilitado pela Comissao o direito a recurso, no prazo de 2 (dois) dias iteis, a contar da referida publicacao. § 2° Passado o prazo previsto no § 1°, a Comiss4o Especial Eleitoral publicaré edital informando 0 nome dos candidatos habilitados. § 3° Seré facultado a qualquer cidadao impugnar os candidatos, no prazo de 03 (trés) dias uteis, contados da publicacéo do edital pre- visto no § 2°, indicando os elementos probatérios. § 4° Ultrapassado © periodo de impugnacéo, sera facultado ao candidato impugnado o di- reito a recurso junto 4 Comiss4o Especial Eleitoral, no prazo de 02 (dois) dias Uteis, contados da publicagao de que trata o § 3°. $ 5° Vencido o prazo recursal, no prazo de 02 (dois) dias uteis, a Comiss4o Especial Eleitoral publicaré a lista dos candidatos aptos a participar da prova de avaliacéo do processo eleitoral, em conformi- dade com o art. 20, desta Lei. Art. 19. Das decisées da Comissdo Especial Eleitoral, relativas aos recursos dos candidatos em razéo da impugnac4o, cabera recurso 4 Plenaria do Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adoles- cente, no prazo de 5 (cinco) dias uteis, a contar da publicacao a que se refere o § 5° do art. 18 desta Lei. Art. 20. vencidas as fa 0 Muni- cipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente publicaré a lista dos candidatos habilitados a participarem da etapa da prova de avalia~ cao. / de impugnagao e recurso, o Cons: ‘Rus Jol Man, $5 ~ Centro ~ CEP. 69.895-000 — RiquezalSC CCNPS:95.988.309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueca.se,gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 9 de 33 Municipio de Riqueza SECAO VI Da Prova de Avaliac&o dos Candidatos Os candidatos habilitados ao pleito passarao por prova de © sobre o Direito da Crianga e do Adolescente, o Sistema de Garantia dos Direitos da Crianca e do Adolescente e informatica basics, com questdes miltiplas e de carater eliminatério. § 1° A aprovacao do candidato tera como base a nota igual ou superi- or a 6,0 (seis). $ 2° 0 Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente deveré definir os procedimentos para elaboracao, aplicac&o, correcdo e divulgac&o do resultado da prova. Art. 22. Seré facultado aos candidatos interposigao de recurso junto & Comissao Especial Eleitoral, no prazo de até 2 (dois) dias iteis, apés a publicagao do resultado da prova. Paragrafo Gnico. Ultrapassado 0 prazo de recurso, 0 Conselho Munici- pal dos Direitos da Crianca e do Adolescente publicara edital no prazo de 5 (cinco) dias Gteis com 0 nome dos candidatos habilitados a participarem do processo eleitoral. SECAO VII Da Campanha Eleitoral Art. 23. Aplica-se, no que couber, as regras relativas 4 campanha eleitoral previstas na Lei Federal n. 9.504/1997 e alteracdes poste- riores, inclusive quanto aos crimes eleitorais, observadas ainda as seguintes vedacdes: 1- abuso do poder econdmico na propaganda feita através dos veiculos de comunicagéo social, com previsao legal no art. 14, § 9°, da Cons- tituicéo Federal; na Lei Complementar Federal n. 64/1990 (Lei de Ineli idade); e art. 237 do Cédigo Eleitoral, ou as que as suce- Il- doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor; lM - propaganda por meio de anincios luminosos, faixas, cartazes ou inscricdes em qualquer local piblico, exceto nos espacos privados mediante autorizacdo por parte do proprietaério, locatario ou deten- tor de concessao de moradia; Il - a participacso de candidatos, nos 3 (trés) meses que precedem o pleito, de inauguragées de obras piblicas; WV ~ a vinculago politico-partid&ria das candidaturas e a u da estrutura dos partidos politicos para campanha eleitoral; V - a vincuiagao religiosa das candidaturas e a ut: tura das Igrejas ou Cultos para campanha eleitoral; Vi - favorecimento de candidatos por qualquer autoridade piblica ou a utilizacao, em beneficio daqueles, de espacos, equipamentos e servi- gos da Administracdo Publica Municipal; vii- confeccad de camisetas e nenhum outro tipo de divulgacao em ves- tuario; / ilizacao izagao da estru- 7 Rua Joao Mari, 55 — Centro — CEP: 89.895-000 — Riqueza/SC ‘CNPI: 95,988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 10 de 33, Municipio de Riqueza Vill = propaganda que implique grave perturbagao a ordem, aliciamento de eleitores por meios insidiosos e propaganda enganosa: a) considera-se grave perturbacdo 4 ordem, propaganda que fira as posturas municipais, que perturbe 0 sossego ptblico ou que prejudi- que a higiene e a estética urbana; b) considera~se aliciamento de eleitores por meios insidiosas, doa- cdo, oferecimento, promessa ou entrega ao eleitor de bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive brindes de pequeno valor; ©) considera-se propaganda enganosa a promessa de resolver eventuais demandas que nao séo da atribuicéo do Conselho Tutelar, a criacao de expectativas na populacdo que, sabidamente, nao poderdo ser equacio- nadas pelo Conselho Tutelar, bem como qualquer outra que induza do- losamente o eleitor a erro, com o objetivo de auferir, com isso, vantagem a determinada candidatura K- propaganda eleitoral em radio, televiséo, outdoors, carro de som, luminosos, bem como através de faixas, letreiros, banners, ade- sivos e cartazes com fotos ou outras formas de propaganda de massa, ressalvada a manutencao, pelo candidato, de pagina prépria na rede mundial de computadores. § 1° £ vedado aos 6rgdos da Administraco Publica Direta ou Indire- ta, Federais, Estaduais ou Municipais, realizar qualquer tipo de propaganda que possa caracterizar como de natureza eleitoral, res- salvada a divulgag&o do pleito, sem a individualizacao de candida~ tos. § 2° & vedado, aos atuais membros do Conselho Tutelar e servidores pUblicos candidatos, utilizarem-se de bens méveis e equipamentos do Poder PUblico, a beneficio proprio ou de terceiros, na campanha para a escolha dos membros do Conselho Tutelar, bem como fazer campanha em horério de servico, sob pena de indeferimento de inscrigéo do candidato e nulidade de todos os atos dela decorrentes. § 3° No dia da eleicao, é vedado aos candidatos: a) utilizacao de espaco na midia; b) transporte aos eleitores; () uso de alto-falantes e amplificadores de som ou promogio de comi- cio ou carre d) distribuicdo de material de propaganda politica ou a pratica de aliciamento, coacao ou manifestacdo tendentes a influir na vontade do eleitor; e) propaganda num raio de 100 (cem) metros do local da votacaéo e nas dependéncias deste; f) qualquer tipo de propaganda eleitoral, inclusive "boca de urna”. § 4° £ permitida a participacdo em debates e entrevistas, garantin- do-se a igualdade de condicées a todos os candidatos. $ 5° 0 descumprimento do disposto no pardgrafo anterior sujeita a empresa infratora as penalidades previstas no art. 56 da Lei Federal n. 9.504/1997. Art. 24. A violacdo das regras de campanha também sujeita os candi- datos responsdveis ou beneficiados 4 cassacéo de seu registro de candidatura ou Diploma, sem prejuizo das sangées penais previstas na Lei Eleitoral "Rua Jodo Mari, 55 — Centro — CEP: 89,895-000 — Riqueza/SC (CNPI: 95,988.309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juriico@riqueza se-gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 11 de 33 Municipio de Riqueza $ 1° A inobservancia do disposto no art. 23 sujeita os responsaveis pelos veiculos de divulgacéo e os candidatos beneficiados 4 multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) a RS 10.000,00 (dez mil reais) ou equivalente ao da divulgacdo da propaganda paga, se este for maior, sem prejuizo da cassacdo do registro da candidatura e outras san¢ées cabiveis, inclusive criminais $ 2° Compete 4 Comissdo Especial Eleitoral processar e decidir sobre as deniincias referentes a propaganda eleitoral, podendo, inclusive, determinar a retirada ou a suspensdo da propaganda, o recolhimento do material e a cassac&o da candidatura, comunicando 0 fato ao Mi- nistério Piblico. Art. 25. A propaganda eleitoral somente poder ser feita com santi, nhos constando apenas numero, nome e foto do candidato ou através de curriculum vitae, admitindo-se a realizacao de debates e entrevis- tas. $ 1° A veiculacéo de propaganda eleitoral pelos candidatos somente é permitida apés a publicagdo, pelo Conselho Municipal dos Diretos da Crianga e do Adolescente, da relagao oficial dos candidates conside- rados habilitados. $ 2° £ admissivel a criag&o, pelo Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente, de pégina propria na rede mundial de com- putadores, para divulgacdo do processo de escolha e apresentacao dos candidatos a membro do Conselho Tutelar, desde que assegurada igual- dade de espaco para todos. $3° © Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente deveré, durante o periodo eleitoral, organizar sess&o, aberta a toda a comunidade e amplamente divulgada, para a apresentacao de todos os candidatos a membros do Conselho Tutelar. secho vrrr Da Votaco e Apuracéo dos Votos Art. 26. Os locais de votagdo serdo definidos pela Comissao Especial Eleitoral e divulgados com, no minimo, 30 (trinta) dias de antece- déncia, devendo se primar pelo amplo acesso de todos os municipes. Art. 27. A Comiss4o Especial Eleitoral poderd obter, junto & Justica Eleitoral, o empréstimo de urnas eletrénicas, observadas as disposi- gdes das resolugdes aplicéveis expedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelo Tribunal Regional Eleitoral. $ 1° Na impossibilidade de cessao de urnas eletrénicas, a Comissao Especial Eleitoral poderé obter, junto a Justica Eleitoral, o em- préstimo de urnas comuns e o fornecimento das listas de eleitores a fim de que a votacao seja feita manualmente. § 2° A Comissdo Especial Eleitoral poderé determinar o agrupamento de urnas para efeito de votacéo, atenta 4 facultatividade do voto ¢ as peculiaridades locais. $ 3° Seré de responsabilidede da Comissae Especial Eleitoral a con- feccaéo e distribyicao de cédulas para votacdo, em caso de necessida~ de / ‘Rus Joio Mari, 55 — Centro — CEP, 89.895-000 — RiquezalSG NPI: 95.988 309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se-gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 12 de 33 Municipio de Riqueza Art. 28. A medida que os votos forem sendo apurades, os candidatos poderao apresentar impugnacées, que seréo decididas pelos represen- tantes nomeados pela Comissdo Especial Eleitoral e comunicadas ao Ministério Piblico s1° dato poderé contar com 1 (um) fiscal de sua indicagao para cada local de votacéo, previamente cadastrado junto a Comissao Especial Eleitoral. $ 2° No processo de apuragéo sera permitida a presenga do candidato e mais 1 (um) fiscal por mesa apuradora. $ 3° Para o processo de apuracéo dos votos, a Comisséo Especial Eleitoral nomeara representantes para essa finalidade. SEGAO 1x Dos Impedimentos para o Exercicio do Mandato Art. 29. Séo impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, companheiro e companheira, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmAos, cunhados, durante o cunhadio, tio ¢ sobrinho, pa- drasto ou madrasta e enteado, seja o parentesco natural, civil in- clusive quando decorrente de unido estavel ou de relacionamento ho- moafetivo. Paragrafo tnico. Estende-se o impedimento do caput 20 membro do Con- selho Tutelar em relacéo A autoridade judicidrie e ao representante do Ministério Piblico com atuac&o na Justica da Infancia e de Juven- tude da mesma Comarca. SEGAO X Da Proclama¢io do Resultado, da Nomeagéo e Posse Art. 30. Concluida a apuracéo dos votes, o Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente proclamar4 e divulgaré o resul- tado da eleicao $ 1° 0s nomes dos candidatos eleitos como titulares e suplentes, as- sim como o numero de sufrdgios recebidos, deveré ser publicado no Orgao Oficial de Imprensa do Municipio ou meio equivalente. $ 2° 0s 5 (cinco) candidatos mais votados serao considerados elei- tos, ficando os demais candidatos como suplentes, seguindo a ordem decrescente de votacao. $ 3° 0 mandato serd de 04 (quatro) anos, permitida uma reconducao, mediante novo processo eleitoral. § 4° Havendo empate na votac&o, sera considerado eleito o candidato com melhor nota na prova de avaliacéo; persistindo o empate, sera considerado eleito 0 candidato com mais idade. § 5° Os candidatos eleitos serao nomeados e empossados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, através de termo de posse assinado onde constem, necessariamente, seus deveres e direitos, assim como a des- crig&o da funcéo de membro do Conselho Tutelar, na forma do disposte no art. 136, da Lei Federal n. 8.069/1990 (Estatuto da Crianca ¢ do Adolescente) . $6° Os candidatos eleitos tém o direito de, durante o periodo de transicao, copnsistente em 10 (dez) dias anteriores a posse, ter Rua Jodo Mari, 55 — Centro — CEP: 89.895-000 — RiquezalSC t NPI: 95,988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se-gov.br Estado de Santa Catarina gina 13 de 33, Municipio de Riqueza acesso ao Conselho Tutelar, acompanhar o atendimento dos casos, e ter acesso aos documentos e relatérios expedidos pelo érgao. $7° 0s membros do Conselho Tutelar que nao forem reconduzidos ao cargo, deverio elaborar relatério circunstanciado, indicando o anda- mento ca se encontrarem em aberto na ocasido do periodo de transigao, consistente em 10 (dez) dias anteriores a posse dos novos membros do Conselho Tutelar. § 8° Ocorrendo a vacéncia no cargo, assumiré o suplente que se en- contrar na ordem da obtengao do maior nimero de votos, 0 qual rece- beré remuneracao proporcional aos dias que atuar no érgao, sem pre- juizo da remneracao dos titulares quando em gozo de licencas e fé- rias regulamentares. $ 9° No caso da inexisténcia de suplentes, deveré o Conselho Munici pal dos Direitos da Crianca e do Adolescente realizar, processo de escolha suplementar para o preenchimento das vagas respectivas, quando a vac&ncia ocorrer no ultimo ano do mandato do membro do Con- selho Tutelar, poderé o suplente ser escolhido por meio de processo de escolha indireto organizado pelo CMDCA. $ 10 Dever4 4 municipalidade garantir a formagao prévia dos candida~ tos ao Conselho Tutelar, titulares e suplentes eleitos, antes da posse. captroo x2 DA ORGANIZACAO DO CONSELHO TUTELAR Art. 31 A organizacdo interna do Conselho Tutelar compreende, no mi- nimo 1 - a coordenacao administrativa; - © colegiado; ll- os servicos auxiliares. sEgho I Da Coordenagao Administrativa do Conselho Tutelar Art. 32. 0 Conselho Tutelar escolhera, conforme previsto em seu re- gimento interno, o seu Coordenador administrativo, para mandato de 01 (um) ano, com possibilidade de uma reconducdo. Art. 33. A destituicao do Coordenador administrativo do Conselho Tu- telar, por iniciativa do Colegiado, somente ocorrera em havendo fal- ta grave, nos moldes do previsto no regimento interno do é6rgao e nesta Lei. Parfgrafo Gnico. Nos seus afastamentos e impedimentos 0 Coordenador administrativo do Conselho Tutelar sera substituido na forma previs- ta pelo regimento interno do érgao. Art. 34. Compete ao Coordenador administrative do Conselho Tutela: | = coordenar as sessées deliberativas do 6rg&o, participando das discussdes e votacées; ll - convocar as sessées deliberativas extraordinarias; ‘Rua Jouo Mari, 55 — Centro — CEP: 89.895-000 — RiquezalSC CNPI: 95.988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov.br Estado de Santa Catarina Pagina 14 de 33 Municipio de Riqueza lll - representar o Conselho Tutelar em eventos e solenidades ou dele- gar a sua representago a outro membro do Conselho Tutelar; WV assinar a correspondéncia oficial do Conselho Tutelar; V - zelar pela fiel aplicacao e respeito ao Estatuto da Crianca e do Adolescente, por todos os integrantes do Conselho Tutelar; Vi- participar do rodizio de di: uigdo de casos, realizacéo de diligéncias, fiscalizacao de entidades e da escala de sobreaviso; Vil- participar das reunides do Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente, levando ao conhecimento deste os casos de ameaca ou violacdo de direitos de criancas e adolescentes que nao puderam ser solucionados em virtude de falhas na estrutura de aten- dimento a crianca © ao adolescente no municipio, efetuando sugestoes para melhoria das condigdes de atendimento, seja através da adequa- cdo de 6rgaos e servicos piblicos, seja através de criacdo e amplia~ G40 de programas de atendimento, nos moldes do previsto nos artigos 88, inc. III, 90, 101, 112 e 129, da Lei Federal n. 8.069/1990 (Es- tatuto da Crianca e do Adolescente); Vill = enviar até o quinto dia titi] de cada més ao Conselho Munici-~ pal dos Direitos da Crianca e do Adolescente e ao 6rgéo a que o Con- selho Tutelar estiver administrativamente vinculado a relagao de frequéncia e a escala de sobreaviso dos membros do Conselho Tutelar; 1K = comunicar ao 6rgao da administracao municipal ao qual o Conselho Tutelar estiver vinculado e ao Ministério Piblico os casos de viola~ cao de deveres funcionais ou suspeita da pratica de infrac&o penal por parte dos membros do Conselho Tutelar, prestando as informacées e fornecendo os documentos necessérios; X - encaminhar ao 6rg&éo a que o Conselho Tutelar estiver administra- tivamente vinculado, com antecedéncia minima de 15 (quinze) dias, salvo situacdo de emergéncia, os pedidos de licenca dos membros do Conselho Tutelar, com as justificativas devidas; Xl - encaminhar 20 Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente ou ao 6rgdo a que o Conselho Tutelar estiver administra- tivamente vinculado, até o dia 31 (trinta © um) de janeiro de cada ano, a escala de férias dos membros do Conselho Tutelar e funciond- rios lotados no Orgao, para ciéncia; Xil- submeter ao Colegiado a proposta orcamentéria anual do Cons Tutelar; Xill- encaminhar ao Poder Executivo, no prazo legal, a proposta orca ment4ria anual do Conselho Tutelar; XiV = prestar as contas relativas 4 atuacdo do Conselho Tutelar pe- rante o Conselho Municipal dos Direitos da Crianca e do Adolescente @ a0 6rgao a qne o Conselho Tutelar estiver administrativamente vin- culado, anualmente ou sempre que solicitados XV- exercer outras atribuicdes, necessarias para o bom funcionamento do Conselho Tutelar. elho SECAO IT Do Colegiado do Conselho Tutelar ‘Rua Joo Mari, 93 — Centro— CEP: 89,895-000 — Riqueza/SC CNPI: 95,988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riqueza.se.gov br Estado de Santa Catarina Pagina 15 de 33, Municipio de Riqueza Art. 35. 0 Colegiado do Conselho Tutelar ¢ composto por todos os membros do érg&o em exercicio, competindo-lhe, sob pena de nulidade do at 1 - exercer as atribuicdes conferidas ao Conselho Tutelar pela Lei Federal n. 6.069/1990 (Bstatuto da Crianga e do Adolescente) e por esta Lei, decidindo quanto a aplicacao de medidas de protecao a cri- angas, adolescentes e familias, dentre outras atribuigdes a cargo do 6rgao, e zelando para sua execugao imediata e eficdcia plena; N= definir metas e estratégias de a¢do institucional, no plano co- letivo, assim como protocolos de atendimento a serem observados por odos os membros do Conselho Tutelar, por ocasido do atendimente de criangas e adolescentes; MW - organizar as escalas de férias e de sobreaviso de seus membros e servidores, comunicando ao Poder Executivo Municipal e ao Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente; WV - opinar, por solicitac3o de qualquer dos integrantes do Conselho Tutelar, sobre matéria relativa 4 autonomia do Conselho Tutelar, bem como sobre outras de interesse institucional; V - organizar os servicos auxiliares do Conselho Tutelars Vi - propor ao érgéo municipal competente a criacéo de cargos e ser- vigos auxiliares, e solicitar providéncias relacionadas ao desempe- nho das fungdes institucionais; Vil- participar do processo destinado & elaboracgao da proposta orca ment4ria anual do Conselho Tutelar, bem como os projetos de criacao de cargos e servi- cos auxiliares; Vill - eleger 0 Coordenador administrativo do Conselho Tutelar; K - destituir © Coordenador administrative do Conselho Tutelar, em caso de abuso de poder, conduta incompativel ou grave omissao nos deveres do cargo, assegurada ampla defesa; X - elaborar e modificar © regimento interno do Conselho Tutelar, encaminhando a proposta ao Conselho Municipal dos Direitos da Crianga e do Adolescente para apreciacao, sendo lhes facultado o envio de propostas de alteracaos $ 1° As decisdes do Colegiado serdo motivadas e comunicadas aos in- teressados, sem prejuizo de seu registro em arquivo préprio, fisico ou digital, pelo prazo minimo de 18 (dezoito) anos. $ 2° A escala de férias e de sobreaviso dos membros e servidores do Conselho Tutelar deve ser publicada em local de facil acesso ao pu- blico. SEgKO 111 Dos Impedimentos na Andlise dos Casos Art. 36. © membro do Conselho Tutelar deve se declarar impedido de analisar 0 caso quando: 1-0 atendimento envolver cénjuge, companheiro ou companheira, pa- rente em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau, seja o parentesco natural, civil ou decorrente de uniao estavel, inclusive quando decorrente de relacionamento homoafetivo; ll - for amigo intimo ou inimigo capital de qualquer dos interessa- do! Rua Joao Mari, 55 — Centro — CEP: 89,805-000— RiquezalSC ‘CNPI: 95.988,309/0001-48 - Fone: 49 3675-3200 E-mail: juridico@riquoza.sc.gov.br

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