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Deus Manifestado
Deus Manifestado
Um texto , que de forma clara , esmiúça o que se Passa por detrás do Véu de Ilusão criado por
Lúcifer , o qual perpassa pela vida de cada um de nós , sêres humanos , dêsde o nascimento
até á morte física , e do qual só nos conseguimos Libertar , SE Entregues consciente e
fielmente , ao Podêr Superiôr que é o nosso Criadôr .
Backhuysen,_Ludolf
Estamos a Vivêr o Apocalipse , que , ao contrário do que muita gente julga , não é
exclusivamente um Tempo de Destruição , mas sim , simultâneamente , um Tempo de
Revelação . Revelação , em primeiro lugar , a um nível Individual(não confundamos Indivíduo
com ego...) , mas , consequentemente , estendida á Humanidade inteira , da forma que cada
um possa Compreendêr , e adaptada ás diferentes Tradições e culturas , pois Dêus , É PAI de
tôdos e não só de alguns que se julgam salvos só porque dizem pertencêr a esta ou aquela
religião ...
Faz-me , portanto , tôdo o sentido , publicá-lo e , melhor do que tudo , Partilhá-lo com
quem quiser aprendêr .
Deixo-vos , portanto , em Paz , para que possam desfrutar desta Excelente leitura que tanto
bem pode fazêr á nossa alma .
S. João 1, 1-5
1545-1573
(Nota: Francisco de Holanda era Português.Privou com El-Rey Dom Sebastião .
Quiz ligar a sítios Portuguêses , mas os que encontrei estavam quase tôdos infectados com o
AO.)
Deus manifesta-se assim através da Criação. A Criação cresce no meio das trevas, do
nada, preenchendo-o. Cresce harmónicamente, através do que muitos teólogos e pensadores
chamaram “a Música Celestial” ou “a Música das Esferas”; a “Música de Shiva”, segundo os
hindus.Um crescimento harmónico equivale a um crescimento cristalino.
Assim, o Universo da Criação cresce, expande-se como um imenso cristal, numa estrutura
multifacetada – conceptual, energética, material – e perfeita. É uma matriz cristalina de
perfeição absoluta, onde se cruzam energias, matéria, tempo, destinos, sonhos...
É a “Teia de Wyrd” da Tradição Nórdica, de base ternária (as três nornas que a tecem),
Assim, desde a mais remota antiguidade, o Homem quase venera as mais puras dessas
estruturas como pedras “preciosas”, imagem que são da estrutura da Criação.
Temos então uma analogia entre a ordem – símbolo da Criação, do Universo manifestado e
onde se manifesta Deus –
Contudo, tal massa, a existir, será uma adulteração da matéria-prima da Criação, parte que
cresceu desordenadamente, como um carcinoma maligno.
Anomalia que decompõe a Criação, que deriva dela, que tem existência, embora
aberrante. Assim sendo, essa anomalia não pode ser resultado do nada, do vazio, da treva.
O nada é estéril; do nada, nada resulta, nada é criado, já que o nada é a própria antítese da
Criação.
Sionismo
Assim, capaz apenas – no seio de uma imensa massa de “criação” amorfa – de elaborar,
quando muito, pequenos cristais de uma beleza duvidosa e passageira como uma ilusão –
Lúcifer é o senhor das ilusões – roído pelo orgulho e pela inveja, o Anjo Caído e os seus
companheiros tentam então destruir a Criação Divina, destruir a Matriz Cristalina de Luz que a
sustenta.
É, no fundo, uma tarefa destinada ao fracasso, já que a “criação” diabólica é instável e volátil
como as ilusões. E uma vez destruída a Matriz de Luz (nunca o será!), a estrutura da Criação, a
Teia de Wyrd, toda a estrutura de dissolução da sombra seria num momento desconjuntada e
aspirada no turbilhão do nada.
Lúcifer sabe-o bem. Mas não recua. Sabe que a sua salvação – e a da sua “criação” aberrante e
ilusória – seria o abandonar a sombra para regressar à Luz.
Lúcifer perante Dêus PAI de Mihály Zichy
Só assim poderia fazer face à treva. Mas não cede. Por orgulho. O mesmo orgulho que lhe
provocou a queda, ao se recusar a adorar a Criação de Deus.
de Thitipon Dicruen
Ele, que havia sido criado a partir do fogo, iria “rebaixar-se” a adorar uma Criação feita de
barro (Corão, Capítulo XVII, suras 61 a 65)?
Só que, no imenso orgulho que o dominava, Lúcifer não compreendeu que ele fora criado a
partir de um só elemento – o fogo – e com características próprias desse mesmo elemento; e a
Criação Divina, sendo a manifestação de Deus, era constituída pelos quatro elementos
alquímicos. E que sendo a manifestação de Deus, seria a Deus que Lúcifer estaria a adorar
quando adorasse a Criação.
Gustave Doré
Lúcifer caiu e tornou-se Satanás ou Satã, que quer simplesmente dizer “adversário”,
“parte contrária”. Escondeu-se nas sombras dos mundos inferiores, ele que fora portador da
Luz, agora dela privado. Errando nas sombras da orla da Criação, quase na “terra de ninguém”
que a separa da treva, do abismo, do nada.
Na sombra, nos mundos mais densos e materiais, tenta a sua criação de aprendiz. Não
possui o “código sagrado”, o “código inviolável” – para alguns estudiosos o próprio código do
ADN – , chave da vida na Matriz Divina.
de Mark Henson
Ou, pelo menos, não consegue reproduzir esse código na sua perfeição original e, assim, dele
resulta degeneração e corrupção. Criam-se monstros de “vida” efémera e dolorosa. Então,
apenas na posse de parte desse código, dominado pelo ódio e pelo orgulho ferido, Satanás cria
imensos exércitos de minúsculos semi-seres, quase micro-autómatos de destruição – os vírus –
para, no plano material, corromper a Criação.
Desenho de David Dees
Repare-se que um vírus não é própriamente um ser vivo (não é flora, como as bactérias), mas
apenas uma cápsula com receptores moleculares, contendo uma porção de código de ADN – o
suficiente para se reproduzir, auto-copiando-se, e penetrar e destruir o ADN das células vivas.
No início, causando uma infecção; no extremo, um cancro.
Ao nível de macro-cosmos, o ataque à Matriz cristalina toma outros contornos. No que diz
respeito a este continuum de espaço-tempo em que estamos, ou seja, a esta matriz de
realidade, esse ataque dissolutivo focou-se na substituição – ou antes, na sobreposição – da
Matriz Cristalina por uma matriz corrompida, uma matriz de sombra, que age como uma
espécie de “véu pintado”, um cenário sombrio, como diziam alguns filósofos chineses. Mas de
que modo se pode a matriz de sombra sobrepor à Matriz original?
de Hieronymus Bosch
O Dilúvio de FRAGGIE
Novamente uma separação, uma dissolução, embora ilusória. Assim, sobre uma matriz
sombria, começaram a construir o seu templo escuro. Pelas acções nefastas de seres humanos
dominados por pensamentos de cobiça, ganância, orgulho, inveja e ódio. Pela instalação, a
partir dessa matriz de sombra, da ilusão do medo no coração do homem, da ilusão da
conquista e subjugação violenta dos outros e da própria Natureza – face bem visível da Criação
– como forma (sempre ilusória) de tentar ultrapassar esse mesmo medo.
Gandi
Assim, Satanás não deverá ser chamado “Príncipe do Mundo” mas, mais propriamente,
“Príncipe da matriz de sombra”, da realidade sombria ilusória que tem coberto o Mundo.
Uma pequena esfera azul onde se cruzam uns quantos fios da “Teia de Wyrd”, onde existe um
dos muitos nós da Matriz inicial. E onde se cruzam tantas e tantas vidas, tantas e tantas
alegrias e sofrimentos. Um cruzamento de destinos é mesmo isso. Um lugar movimentado... e
atribulado.
Os mensageiros são muitas vezes conhecidos como Anjos ou génios, muitas vezes por
esse mesmo nome – mensageiros – como Maomé, por exemplo. Ou por profetas, ou por
Mestres, como Buda, Confúcio, Lao-Tseu. Ou por Messias ou Ungidos, como Jesus de Nazaré.
Jesus que disse “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, por oposição a Satanás, o caído, que
se diz “o abismo, a mentira (ou ilusão) e a morte”. A ordem e a harmonia, por oposição ao caos
e à dissolução. Jesus foi o “Christos”, o Ungido, pois nele – no homem Joshua Ben Joseph
(Jesus Filho de José) – habitou o Cristo Cósmico, o filho do Verbo Divino, a Energia Criadora de
Deus. A força de um Universo inteiro a condensar-se em pouco mais de trinta anos terrenos
num corpo material e humano, minúsculo à escala universal, nesta parte do Universo, nesta
pequena-grande encruzilhada da “Teia de Wyrd”, neste nó da Matriz original.
João 1-5
Com que finalidade? Pregar? Ensinar? Isso fizeram tantos e tantos mensageiros,
conhecidos e desconhecidos, que esta e outras humanidades encontraram.
« ... O Verbo era a Luz verdadeira,que, ao vir ao mundo,a todo o homem ilumina.
João 1:9-10
por uma outra lei, a ela superior: a Lei do Perdão, ligada às Leis do Amor. Amor ao próximo,
amor ao não-próximo, amor por toda a Criação. Perdão através do arrependimento interior,
através da consciencialização dos erros cometidos. Não como faltas, repare-se, pois o Criador
não castiga, mas como erros, como ilusões negativas, vindas da sombra.
A Dispensadora da Misericórdia,
A Santa Sofia,
A Protectôra da Sabedoria ,
Por outro lado, temos os opostos, característicos da matriz de sombra: o medo, a ganância, o
ódio, a inveja, a estupidez, a mentira, a fraqueza face a solicitações negativas, a força
destruidora e violenta, a maldade, a dor, o sofrimento, a desolação.
O Jardim dos Prazêres Terrênos - Inferno (o painel direito)
Hieronymus Bosch
Podemos, especulando um pouco mais, eleger como representativo das duas matrizes –
a de Luz e a de sombra – as qualidades do Amor e do medo, respectivamente. O medo, ainda
mais do que a maldade, é o que leva todos os seres vivos deste planeta a serem subjugados
por uma mera ilusão.
de João de Dêus
É quase – e aqui a parábola é directa – o efeito paralisante do olhar de uma serpente sobre a
sua presa, que fica paralisada de medo, em vez de se defender ou de fugir. E da paralisação
das suas faculdades deriva a sua manipulação pela matriz de sombra, que se alimenta
literalmente das energias negativas citadas, principalmente da do medo. Alimenta-se e cresce,
como um tumor maligno, assim como a Matriz Divina o faz, mas crescendo cristalinamente a
partir das energias e pensamentos positivos. Da energia do Amor, principalmente. “Amai-vos
uns aos outros, tal como eu vos amei a vós”, disse Jesus.
“Em nome de Deus, beneficente e misericordioso!”, assim diz a primeira sura ou versículo do
Corão, aquela que entra em todas as orações muçulmanas. Também para afastar o medo dos
corações dos homens. E, assim, ensinar a construir a Matriz de Luz e a não fornecer energia à
matriz de sombra.
Mas, dissemos, ensinar foi o que fizeram quase todos os mensageiros, profetas, e
Mestres que esta Terra conheceu. A missão de Jesus, o Cristo, foi de um alcance infinitamente
maior.
de William Strut
Como também dissemos, durante os trinta e poucos anos da sua vida terrena, o Homem
Jesus foi acumulando – por assim dizer – no seu corpo físico e energético a energia de todo um
Universo, a energia manifestada do Criador. Por isso mesmo, os muçulmanos chamam a Jesus
– para eles Issá, de Joshua – o “Filho do Verbo Divino”. Do Verbo como energia criadora[1].
«Êste É O Meu Filho Muito Amado No Qual Pus Tôda a Minha Complacência ! »
Restaurada, portanto.
“Qualquer movimento ou perturbação num dos fios da teia, fá-la vibrar na sua
totalidade”, diz a Tradição nórdica, numa antecipação notável do “efeito borboleta”. E este
não foi um simples movimento, foi uma explosão de magnitude cósmica. Tão grande e tão
poderosa que arrancou todos os “pontos de ancoragem” da matriz de sombra, desarticulando-
a e destruindo-a.
“À hora sexta, houve trevas sobre toda a Terra, até à hora nona” (S. Marcos, 15, 33).
“Então, o véu do Santuário rasgou-se em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as
rochas fenderam-se.” (S. Mateus, 27, 51). O véu do Templo não só se rasgou, rasgando-se
simbolicamente o véu da ilusão, mas o próprio Templo ruiu. E a escuridão assinalou a
destruição da matriz de sombra. Por todo o Universo.
Três dias depois, Jesus ressuscita. É Ele o primeiro ponto de ancoragem da nova Matriz
de Luz. É Ele o reconstrutor do Templo. Do Templo que sempre deveria ter sido, e que agora é.
A Charola do Templo em Tomar
de Paulo Pereira
Mas, pensamos, então porquê este arrastar das condições negativas, mesmo deste
exacerbar do medo, do ódio, do mal?... Tudo próprio da matriz de sombra? Bom, temos de
considerar primeiro uma certa inércia de todo o processo no denso mundo material que
habitamos. Depois, podemos comparar essas energias negativas a “materiais de construção”
do templo negro que Satanás e os seus seguidores edificavam sobre a matriz de sombra. Só
que essa matriz já não existe há dois mil anos. E, quando os trabalhadores da sombra se
preparavam para assentar a abóbada, verificaram que o edifício já não tinha alicerces (dois mil
anos são um instante, em termos de tempo cósmico) e que ruía por toda a parte.
de Gustave Doré
Apesar de saberem já não conseguirem salvar o seu sinistro edifício. Apesar de saberem que a
sua estrutura desconjuntada – e os que nela participaram – separada do “Centro onde a
Vontade de Deus é Conhecida”, separada da Criação, será inelutavelmente “aspirada” para o
vazio do nada, para as trevas.
Mas Deus é o Criador infinitamente bondoso e, no seu infinito perdão, pede aos seus
Anjos e Mensageiros que estendam a mão aos obreiros da sombra, que seguem agarrados ao
seu destroço condenado, à sua matriz negra. E logo infinitas mãos de Luz se estendem para
esses caídos, até para Satanás, oferecendo-lhes a Salvação da Luz. Mas, obcecados pelo
orgulho, os obreiros sombrios têm recusado a ajuda que lhes é oferecida. Afadigam-se a
remendar o seu destroço gigantesco, na ilusão de poderem evitar que ele seja tragado pelo
nada, tentando angariar mais mão-de-obra e mais matéria-prima.
Remendá-lo com elementos furtados, desviados da Criação, da Matriz Divina. Em vez de a Ela
se juntarem e assim enfrentarem o nada no seio do maravilhoso projecto criativo do Ser que
Foi, que É e que Será. Para todo o Sempre. Conhecido por todos os seus nomes e por eles
chamado: Deus, Alá, Ali, Eli, Eloi, Elohim, o Ser Supremo, o Grande Espírito Branco, Manitú,
Tyr, Odin, Wotan, Brama, Osíris, o Grande Arquitecto do Universo...
Contribuamos pois para a construção da Casa de Deus, sobre a Matriz de Luz da “Nova
Jerusalém Celeste”. Os materiais, já os conhecemos... já os sabemos escolher. Os planos e
métodos de construção também – ensinaram-nos Jesus, Buda, Maomé e tantos outros.
Mãos à Obra!