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ESCOLA SECUNDARIA GERAL 7 DE ABRIL

=CHIMOIO=

Tema: potências europeias diante do movimento nacionalista

Discente:
 Otília Adriano Nº 54

CCS-B 11ªclasse

Docente:

Chimoio,
Setembro de
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2023

Índice

1. Introdução..................................................................................................................3

2. Potências europeias diante do movimento nacionalista.............................................4

3.1. Independência de Gana...........................................................................................5

3.2. Independência do Gana.......................................................................................6

4. O Movimento de Libertação Nacional nos Territórios Franceses.............................7

5. Independência do Congo ou Zaire...........................................................................10

5.1. Crise pôs independência.......................................................................................12

6. Conclusão.................................................................................................................13

7. Referências bibliográficas...........................................................................................14
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1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa a ser apresentado aborda acerca da essência do


movimento de libertação dos africanos as influencias das colónias francesas no
movimento de libertação a história da independência do gana e do Congo e a crise pos
independência no Congo. A história do Congo é a saga de um mal sem tréguas
por parte dos seus líderes, quer se trate de europeus ou congoleses, e no entanto, em
todos os estágios desta história, pessoas comuns recusaram desistir da sua compaixão
uns pelos outros, da sua busca de felicidade e da sua esperança num futuro melhor.

1.1. Objectivos

1.1.1.Objectivos geral

 Apresentar a história da libertação dos povos africanos;

1.1.2.Objectivos específicos

 Descrever as influências das colónias francesas no movimento de libertação


africano;
 Conhecer a história da independência do Gana e as suas influencias para a
libertação do resto da África;
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2. Potências europeias diante do movimento nacionalista

Nacionalismo

Nacionalismo é um conceito desenvolvido para a compreensão de um fenômeno típico


do século xix: a ascensão de um certo sentimento de pertencimento a uma cultura, a
uma região, a uma língua e a um povo (ou, em alguns dos argumentos nacionalistas, a
uma raça) específicos, tendo aparecido pela primeira vez na frança comandada por
napoleão bonaparte e nos estados unidos da américa.

As duas guerras mundiais que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século
XX deixaram os países europeus sem condições para manterem um domínio económico
e militar nas suas colónias. A esta realidade juntou-se o surgimento e a intensificação do
movimento independentista, particularmente após a Conferência de Bandung, que levou
as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias.

O processo de independência das colónias europeias no continente africano teve início


após a Segunda Guerra Mundial e prolongou-se até à década de 70. Durante a guerra, a
pressão das metrópoles no crescimento da produção colonial, o avanço dos meios de
comunicação (aviação, rádio, construção de estradas) e a desestruturação das metrópoles
europeias - Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha e Itália - favoreceram o surgimento
de movimentos de libertação. A descolonização dar-se-ia de forma lenta e desigual em
todo o continente.

A atitude das potências coloniais diante do movimento nacionalista foi variável. Alguns
países, com destaque para Inglaterra e França, que já tinham, nas colónias, uma posição
económica firme (sobretudo graças as companhias aí instaladas), optaram por soluções
neocoloniais.

Diante da intensificação do movimento nacionalista e das pressões internacionais, estes


países concederam autonomia política às suas colónias mantendo, porém, governos leais
à antiga metrópole e, sobretudo, o domínio económico.

O novo estado, «independente», continuava assim vinculada «antiga» metrópole, no


quadro de uma comunidade de estados independentes - Commonwelth, por exemplo -
ficando as relações exteriores condicionadas por essa comunidade.
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Neste contexto, muitas colónias africanas sob domínio inglês ou francês ascenderam à
independência de forma pacifica com base num quadro estabelecido para o efeito. Foi
assim na Costa do Ouro, Nigéria, Tanganyika, Uganda, Senegal, Costa do Marfim,
Mali, Guiné, entre outras colónias inglesas e francesas.

Outros países, como Portugal e Bélgica, até meados do século XX, quando o
movimento nacionalista começou a intensificar-se, não possuíam nas suas colónias uma
estrutura suficientemente forte para assegurar a manutenção dos seus interesses apos a
independência; por isso, foram relutantes em aceder ao desejo de independência dos
africanos.

3. Os Países Africanos Rumo à Independência

3.1. Independência de Gana


Os países africanos colonizados pelos europeus conquistaram a independência no
século XX, mas em diferentes anos. O Gana serve de paradigma para explicar o
caminho dos países africanos rumo à independência.

Motivos para Gana ter como exemplo no caminho da independência

Foi assim que, em 1947, J. B. Danquah fundou o partido United Gold CoastConvection,
UGCC, cujo secretário era Francis KwameNkrumah. A UCGCC tomou várias
iniciativas para quebrar os laços de dependências face à metrópole. Entre essas acções,
destacam-se as seguintes:
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 Em 1948, a UGCC organizou um boicote aos produtos europeus a fim de baixar


os preços;
 Organizou marchas pacíficas sobre o palácio do governador. O objectivo destas
manifestações era a introdução de reformas na liderança constitucional;
 O governo colonial, através de uma comissão de inquérito, verificou a realidade
e a gravidade do ressentimento popular promovido pela UGCC. E concluiu
que a autonomia política (self-government) era imprescindível para a colónia
ganesa. Esta foi provavelmente a maior vitória da UGCC, a de mostrar
metrópole que era necessário mudar a sua política nesta colónia.

3.2. Independência do Gana

O Gana foi o primeiro pais africano a alcançar a sua independência da dominacao


colonial, 1957; o seu partido eram mais avançados a luz de uma analise das situacoes
neo-colónias.
A independência do Ghana é fruto da intervenção dos antigos combatentes regressados
da Índia e da Birmânia. Estes reivindicavam para a África a independência que acabava
de si impor na Ásia. Todas forças de constatação actuação colonial vão se agrupar em
torno de um advogado J. B. Dunquah através do seu partido United Gold Cost
Convention (UGCC), o que equivale dizer a convenção unida da costa do ouro,
constituída em 1947. Este partido deu frente a marcha de libertação quando Dunquah
nomeou Francis Kwame Nkrumah para desempenhar o cargo de secterário geral do seu
partido.
Em 1948, a UGCC, organizou um boicote de produtos europeus que visava baixar os
preços. Organizou-se também marchas pacíficas ao palácio do governador. A este
boicote, o governador respondeu com a intervenção policial abrindo fogo contra os
manifestantes e a maior parte destes foram feitos prisioneiros incluíndo os seus líderes
Danquah e Nkrumah. Devido a certas desconfianças no seio do partido, Nkrumah
separou-se da UGCC e forma o partido de convenção do povo (C.P.P) em 1949.
Os dois partidos revelaram os seus métodos. A UGCC “propós a discussão para a
autonomia o mais breve possível”. O CPP lançou a “acção positiva para uma
independência imediata: self goverment now”. Afirmava Nkrumah de que num país
onde a maioria não sabe escrever nem ler a única escolha válida é a acção.
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Durante o período da acção positiva defendida por Nkrumah, seguiram-se greves dos
sindicatos mais uma vez os membros da comissão executiva do CPP foram presos e os
dirigentes sindicalistas severamente castigados.

Nos termos do relatórios Coussey, as eleições gerais deviam ser realizadas em Fevereiro
de 1951, eleições estas que vieram a ser realizadas em 1976 e o CPP decide participar
nas eleições, dito feito este partido saiu victorioso. O governador Sir Ch. Arden Clark
entrou em conversações com Nkrumah e reconheceu-o como o líder parlamentar e no
ano seguinte o Nkrumah era nomeado primeiro ministro do Ghana. Assim, a
independência do Ghana foi proclamada a 06 de Março de 1957 por Nkrumah e seus
companheiros. Durante os anos seguintes, as outras colónias britânicas na África
Ocidental tornaram-se independentes - a Nigéria em 1960, a Serra Leoa em 1961 e
a Gâmbia em 1965.

4. O Movimento de Libertação Nacional nos Territórios Franceses

A seguir à Segunda Guerra Mundial, a França enfrentava insurreições na Argélia e na


Indochina e perdeu Marrocos e a Tunísia, em 1956, como resultado de movimentos
independentistas, aos quais foi obrigada a ceder.

Tentando conter o movimento nacionalista nos restantes territórios aprovou, em 1956,


uma «Lei-Quadro» e, em Setembro de 1958, organizou um referendo sobre a
«autonomia» das suas colónias, no quadro de uma «Comunidade Francesa».

Este processo iniciou-se ainda durante a Segunda Guerra Mundial, quando, sob a
liderança do General Charles de Gaulle, se realizou em Braza-Ville, em 1944, uma
conferência de funcionários coloniais que recomendou alterações na estrutura do
império colonial, entre as quais se destacam as seguintes:

Todos os súbditos das colónias deveriam tornar-se cidadãos franceses com direito a
representatividade na Assembleia Constituinte, que tinha a tarefa de elaborar uma
constituição para a França e para as colónias.

O império devia ser transformado numa União, na qual as colónias deveriam


compartilhar uma parte das responsabilidades do seu governo através das assembleias
eleitas.
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Estas ideias foram integradas no projecto constitucional de 1946 que, entretanto, viria a
ser rejeitado num referendo dominado por eleitores da metrópole. Assim, a constituição
da IV República aprovada em Outubro de 1946 não reflectia os interesses das colónias,
na medida em que ao povo das colónias, embora se atribuísse estatuto de cidadãos, não
tinha os mesmos direitos que os franceses da metrópole, o direito de cidadania era
restrito, as eleições eram feitas separadamente, em círculos que davam maior influência
aos franceses das colónias e a alguns, poucos, africanos e a autonomia local estava
aquém das expectativas.

A descolonização da África Ocidental Inglesa teve repercussões directas na política


francesa. O caso mais evidente foi o da Togolândia, onde, face aos acontecimentos na
Costa do Ouro, os franceses tiveram de conceder autonomia em 1956, tendo-se tornado
República Independente em 1960.

No final dos anos de 1950, os franceses tentavam libertar-se dos problemas causados
pelo recuo em relação às promessas feitas em Brazzaville, através dum hábil
aproveitamento da fraqueza política da IV República e pelo regresso de De Gaulle ao
poder. Apesar das restrições, os africanos possuíam, agora, uma base legal para o
exercício da actividade política e, embora em menor escala, estavam representados na
Assembleia Francesa.

O contexto político dos anos de 1940 permitiu a criação do RDA (Rassemblement


Democratique Africain) ao qual estavam ligados todos os líderes políticos e cooperava
com o Partido Comunista Francês. Esta aliança alimentou a hostilidade das autoridades
francesas que, através dos seus administradores em África, quase eliminaram o RDA
entre 1948 e 1950.

Sob a liderança de Félix Houphouet-Boigny desde a sua fundação, nos anos 50, o RDA
mudou a sua estratégia, que consistia em apoiar os governos que se propunham fazer
concessões a favor das colónias. O quadro político francês nos anos 50 tornava o apoio
do RDA importante para a manutenção de qualquer governo, pelo que Boigny e outros
africanos começaram a beneficiar de nomeações ministeriais.
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A lei-quadro de 1956 e a viragem

No seguimento das concessões a favor dos africanos, em 1956 foi aprovada uma lei-
quadro, luz da qual foi estabelecida, em cada colónia, uma assembleia eleita localmente
com poderes sobre a política e as finanças.

No Senegal, o RDA nunca foi muito forte, pois os eleitores preferiam uma opção mais
independente, com Leopold Senghor cabeça. Segundo Senghor, a lei-quadro dividia as
federações da Africa Ocidental e da Africa Equatorial em territórios isolados e
incapazes de fazer face as pressões da França.

Sendo a base de todos os serviços federais na África Ocidental, o Senegal safa


prejudicado com a implementação da lei-quadro. A ideia de que a lei-quadro era
desvantajosa para os interesses dos africanos foi também sustentada por Ahmed Sekou
Touré, um influente líder sindical na Guiné Francesa (Guiné-Conacri).

Em 1958, a tendência de evolução nas colónias francesas alterou-se.

De Gaulle retomara o poder e decidira tomar algumas posições sobre as colónias.


Rompendo com a tradicional ideia de que as colónias eram possessões francesas, propôs
uma alteração constitucional para acomodar a criação de uma comunidade francesa. Em
Setembro de 1 958, a nova constituição foi a referendo para que cada colónia decidisse
entre integrar a comunidade e a independência fora dela.

Todas as colónias votaram na comunidade excepto a Guiné que, por influência de Sekou
Touré, votou contra a comunidade, optando pela independência. Neste contexto a Costa
do Marfim, o Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram formar a «União Sahel-Benin»
e, mais tarde, o «Conselho do Entendimento», enquanto o Senegal se unia ao «Sudão
Francês» para formar a «Federação do Mali». Estas uniões não duraram muito tempo, e
a França, em 1960, reconheceu a independência da maioria das suas colónias africanas.

A decisão da Guiné de se opor comunidade francesa levou a que a França retirasse todo
o seu apoio material e humano. Entretanto, e contra as expectativas da Franca, a Guiné
conseguiu sobreviver, pois teve de imediato o apoio do Gana e, sobretudo, dos países
comunistas da Europa e Ásia.

O sucesso da Guiné estimulou outros estados integrados na comunidade a lutar pela sua
independência. Inicialmente, o Senegal e o Sudão Francês formaram, em 1959, a
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Federação do Mali. Pouco depois, o seu pedido para a independência total foi aceite
pela França. Em 1960, a Federação desfez-se.

As diferenças entre os líderes dos dois estados à volta das prioridades em relação ao
futuro eram muito grandes. O Senegal queria manter o auxílio francês, enquanto o Mali
aspirava a uma evolução mais autónoma, que lhe permitisse desenvolver o interior, mais
pobre. Depois disso, os outros territórios perceberam como a comunidade era
desnecessária e começaram a negociar a sua independência legal e completa.

A Argélia, no entanto, só se tornou independente depois de oito anos de guerra, que


forçou o governo francês, dirigido pelo General Charles de Gaulle, a entrar em
conversações com o principal movimento independentista (a Front de Libération
Nationale ou FLN) e a conceder-lhe a independência.

Djibuti foi uma das colónias francesas que decidiu, em 1958, manter-se na
«Comunidade Francesa» mas, devido a problemas de governação, a população local
começou a manifestar-se a favor da independência. Depois de um novo referendo, em
1977, o Djibuti tornou-se um pais independente.

Nas Comores, a história foi semelhante, mas com uma declaração unilateral de
independência, em 1975, que foi reconhecida no mesmo ano, mas que não abrangeu a
ilha Mayotte, onde a população votou para se manter um território francês.

A ilha de Reunião é igualmente um departamento francês, governando, para além da


ilha principal, várias outras ilhas, que são reclamadas por Madagáscar e Maurícias.

Apesar da independência, todos os estados do antigo império francês continuaram a


receber o apoio da ex-metrópole, excepto a Guiné e o Mali, pela orientação política que
adoptaram, e a Costa do Marfim e o Gabão, que não tinham conseguido uma autonomia
considerável.

5. Independência do Congo ou Zaire

A independência do Congo ocorreu na década de 1960, passando por um golpe de


Estado que perdurou por 32 anos.

O Congo ainda sofre com problemas gerados por sua trágica herança colonial.
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No século XIX, a ação imperialista belga se estabeleceu na região do Congo, na parte


central do continente africano. Em 1885, o domínio belga nessa região foi confirmado
na chamada Conferência de Berlim, quando o rei Leopoldo II transformou o extenso
território em sua propriedade pessoal. No ano de 1908, o território congolês voltou a ser
controlado pelo governo, recebendo o nome de Congo Belga. Até a década de 1940, o
território colonizado experimentou uma fase de relativa prosperidade econômica.

Chegando à década de 1950, observamos que a população congolesa passou a aderir o


discurso nacionalista de lideranças locais que exigiam o fim da dominação belga no
território. Em 1955, uma visita oficial do rei Balduino I reforçou o sentimento
autonomista ao não atender as várias demandas sociais, políticas e econômicas da
população nativa. Nesse instante, uma associação chamada Abako entrou em evidência
e logo se transformou em um partido político defensor da independência definitiva.

Em 1957, o fracasso das eleições municipais alimentou ainda mais o sentimento


autonomista. No ano seguinte, o Congresso Pan-Africano fortaleceu as lideranças
nacionalistas, entre os quais se destacava o congolês Patrice Lumumba. No ano de 1959,
a radicalização das manifestações acabou forçando o reino belga a reconhecer a
independência congolesa. No ano seguinte, foi inaugurado o Estado Livre do Congo,
tendo como presidente Joseph Kasavubu e Lumumba no cargo de primeiro-ministro.

A conquista dos congoleses foi logo ameaçada pelo movimento de independência


ocorrido na província de Katanga, onde soldados e mercenários belgas instituíram um
violento conflito a serviço da empresa Union Minière. Sem contar com o apoio da
Organização das Nações Unidas, Lumumba foi deposto do cargo e preso. A partir de
então, várias facções dissidentes se formaram com o objetivo de assumir o governo do
país.

Mediante as tensões geradas pela violenta guerra civil – agravada pelo assassinato de
Lumumba – a ONU interferiu no país e repassou, em 1964, o governo congolês para
Moisés Tshombe, um antigo apoiador de Katanga. A ação acabou não surtindo efeito
esperado, já que, no ano seguinte, um golpe político impôs uma ditadura pessoal
liderada por Mobutu Joseph Désiré. Esse regime ditatorial perdurou até 1997, quando
Mobutu foi retirado do poder por uma guerrilha liderada por Laurent-Désiré Kabila.
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A partir de então, o país, que era chamado de República do Zaire, passou a ser nomeado
como República Democrática do Congo. Até hoje, o Congo enfrenta sérios desafios não
somente relacionados ao fortalecimento de suas instituições políticas. Uma antiga crise
econômica, as disputas étnicas e as facções políticas rivais completam a formação desse
quadro de difícil resolução.

5.1. Crise pôs independência


Em 30 de Junho de 1960, através de uma cerimónia em Léopoldville em que discursou
Balduíno, o Rei dos Belgas, a Bélgica concedeu a independência ao Congo. Este
acontecimento foi marcante na história de África, não só porque seguia a lógica dos
movimentos para a auto-determinação dos povos do pós-guerra, mas também pelo que
se iria suceder nos dias que se seguiram à independência. A cerimónia de independência
do Congo recebeu uma atenção mediática importante, que aumentou ainda mais quando
se as Force Publique se amotinaram, fazendo com que o interesse mediático pelo Congo
tenha uma importância acrescida. O caos político e social que se seguiu, em que se
assistiu à anarquia e à violência e em que o Estado central se viu incapaz de poder
controlar, irá ter impacto na opinião pública mundial.

No ano de 1961, Lumumba foi sequestrado e assassinado num golpe de Estado


financiado e apoiado pelos Estados Unidos. O golpe de Estado no Congo somente foi
possível em razão do apoio dado aos Estados Unidos pelo antigo oficial da Força
Pública Colonial, Joseph Désiré Mobutu.

O apoio dado aos Estados Unidos renderia a Mobutu o governo do Congo, tornando-se
ditador de 1965 a 1997. Ele ficou 32 anos no poder e transformou o Congo em seu
quintal particular. Mobutu foi sempre financiado pelos Estados Unidos e França em
troca do seu anticomunismo e pela liberação da exploração capitalista ocidental nas
minas de minérios do Congo.

O ditador, nos seus mais de 30 anos no poder, instalou um dos governos mais cruéis e
corruptos do Congo. Considerado um dos homens mais ricos do mundo, Mobutu só foi
derrubado do poder em 1997.
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6. Conclusão

Com o meu trabalho de pesquisa conclui que Em 30 de Junho de 1960, através de uma
cerimónia em Léopoldville em que discursou Balduíno, o Rei dos Belgas, a Bélgica
concedeu a independência ao Congo. Este acontecimento foi marcante na história de
África, não só porque seguia a lógica dos movimentos para a auto-determinação dos
povos do pós-guerra, mas também pelo que se iria suceder nos dias que se seguiram à
independência. A cerimónia de independência do Congo recebeu uma atenção mediática
importante, que aumentou ainda mais quando se as Force Publique se amotinaram,
fazendo com que o interesse mediático pelo Congo tenha uma importância acrescida. O
caos político e social que se seguiu, em que se assistiu à anarquia e à violência e em que
o Estado central se viu incapaz de poder controlar, irá ter impacto na opinião pública
mundial. De 1960 até 1965, o Congo ex-belga, vai viver um período de instabilidade
política e social, caracterizado por um primeiro-ministro assassinado, duas secessões
internas, uma revolta comunista e um Governo de influência comunista. A chamada
“Crise do Congo” terminará quando o General Mobutu tomar o poder através de um
Golpe de Estado, a 25 de Novembro de 1965.

7. Referências bibliográficas
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 FERNANDES Dominguinhos, BASTOS Juliano, História 11ª classe,Diname.


 SUMBANE, Salvador Agostinho. H11 - História 11ª Classe. 2ª Edição. Texto
Editores, Maputo, 2017.
 Fage, Jonh Donnaly, História da África, Edições 70, Lisboa, 2010.
 Gaddis, john Lewis, A Guerra Fria, Edições 70, Lisboa, 2005.

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