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Trabalho de Historia Otilia
Trabalho de Historia Otilia
=CHIMOIO=
Discente:
Otília Adriano Nº 54
CCS-B 11ªclasse
Docente:
Chimoio,
Setembro de
2
2023
Índice
1. Introdução..................................................................................................................3
6. Conclusão.................................................................................................................13
7. Referências bibliográficas...........................................................................................14
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1. Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1.Objectivos geral
1.1.2.Objectivos específicos
Nacionalismo
As duas guerras mundiais que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século
XX deixaram os países europeus sem condições para manterem um domínio económico
e militar nas suas colónias. A esta realidade juntou-se o surgimento e a intensificação do
movimento independentista, particularmente após a Conferência de Bandung, que levou
as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias.
A atitude das potências coloniais diante do movimento nacionalista foi variável. Alguns
países, com destaque para Inglaterra e França, que já tinham, nas colónias, uma posição
económica firme (sobretudo graças as companhias aí instaladas), optaram por soluções
neocoloniais.
Neste contexto, muitas colónias africanas sob domínio inglês ou francês ascenderam à
independência de forma pacifica com base num quadro estabelecido para o efeito. Foi
assim na Costa do Ouro, Nigéria, Tanganyika, Uganda, Senegal, Costa do Marfim,
Mali, Guiné, entre outras colónias inglesas e francesas.
Outros países, como Portugal e Bélgica, até meados do século XX, quando o
movimento nacionalista começou a intensificar-se, não possuíam nas suas colónias uma
estrutura suficientemente forte para assegurar a manutenção dos seus interesses apos a
independência; por isso, foram relutantes em aceder ao desejo de independência dos
africanos.
Foi assim que, em 1947, J. B. Danquah fundou o partido United Gold CoastConvection,
UGCC, cujo secretário era Francis KwameNkrumah. A UCGCC tomou várias
iniciativas para quebrar os laços de dependências face à metrópole. Entre essas acções,
destacam-se as seguintes:
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Durante o período da acção positiva defendida por Nkrumah, seguiram-se greves dos
sindicatos mais uma vez os membros da comissão executiva do CPP foram presos e os
dirigentes sindicalistas severamente castigados.
Nos termos do relatórios Coussey, as eleições gerais deviam ser realizadas em Fevereiro
de 1951, eleições estas que vieram a ser realizadas em 1976 e o CPP decide participar
nas eleições, dito feito este partido saiu victorioso. O governador Sir Ch. Arden Clark
entrou em conversações com Nkrumah e reconheceu-o como o líder parlamentar e no
ano seguinte o Nkrumah era nomeado primeiro ministro do Ghana. Assim, a
independência do Ghana foi proclamada a 06 de Março de 1957 por Nkrumah e seus
companheiros. Durante os anos seguintes, as outras colónias britânicas na África
Ocidental tornaram-se independentes - a Nigéria em 1960, a Serra Leoa em 1961 e
a Gâmbia em 1965.
Este processo iniciou-se ainda durante a Segunda Guerra Mundial, quando, sob a
liderança do General Charles de Gaulle, se realizou em Braza-Ville, em 1944, uma
conferência de funcionários coloniais que recomendou alterações na estrutura do
império colonial, entre as quais se destacam as seguintes:
Todos os súbditos das colónias deveriam tornar-se cidadãos franceses com direito a
representatividade na Assembleia Constituinte, que tinha a tarefa de elaborar uma
constituição para a França e para as colónias.
Estas ideias foram integradas no projecto constitucional de 1946 que, entretanto, viria a
ser rejeitado num referendo dominado por eleitores da metrópole. Assim, a constituição
da IV República aprovada em Outubro de 1946 não reflectia os interesses das colónias,
na medida em que ao povo das colónias, embora se atribuísse estatuto de cidadãos, não
tinha os mesmos direitos que os franceses da metrópole, o direito de cidadania era
restrito, as eleições eram feitas separadamente, em círculos que davam maior influência
aos franceses das colónias e a alguns, poucos, africanos e a autonomia local estava
aquém das expectativas.
No final dos anos de 1950, os franceses tentavam libertar-se dos problemas causados
pelo recuo em relação às promessas feitas em Brazzaville, através dum hábil
aproveitamento da fraqueza política da IV República e pelo regresso de De Gaulle ao
poder. Apesar das restrições, os africanos possuíam, agora, uma base legal para o
exercício da actividade política e, embora em menor escala, estavam representados na
Assembleia Francesa.
Sob a liderança de Félix Houphouet-Boigny desde a sua fundação, nos anos 50, o RDA
mudou a sua estratégia, que consistia em apoiar os governos que se propunham fazer
concessões a favor das colónias. O quadro político francês nos anos 50 tornava o apoio
do RDA importante para a manutenção de qualquer governo, pelo que Boigny e outros
africanos começaram a beneficiar de nomeações ministeriais.
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No seguimento das concessões a favor dos africanos, em 1956 foi aprovada uma lei-
quadro, luz da qual foi estabelecida, em cada colónia, uma assembleia eleita localmente
com poderes sobre a política e as finanças.
No Senegal, o RDA nunca foi muito forte, pois os eleitores preferiam uma opção mais
independente, com Leopold Senghor cabeça. Segundo Senghor, a lei-quadro dividia as
federações da Africa Ocidental e da Africa Equatorial em territórios isolados e
incapazes de fazer face as pressões da França.
Todas as colónias votaram na comunidade excepto a Guiné que, por influência de Sekou
Touré, votou contra a comunidade, optando pela independência. Neste contexto a Costa
do Marfim, o Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram formar a «União Sahel-Benin»
e, mais tarde, o «Conselho do Entendimento», enquanto o Senegal se unia ao «Sudão
Francês» para formar a «Federação do Mali». Estas uniões não duraram muito tempo, e
a França, em 1960, reconheceu a independência da maioria das suas colónias africanas.
A decisão da Guiné de se opor comunidade francesa levou a que a França retirasse todo
o seu apoio material e humano. Entretanto, e contra as expectativas da Franca, a Guiné
conseguiu sobreviver, pois teve de imediato o apoio do Gana e, sobretudo, dos países
comunistas da Europa e Ásia.
O sucesso da Guiné estimulou outros estados integrados na comunidade a lutar pela sua
independência. Inicialmente, o Senegal e o Sudão Francês formaram, em 1959, a
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Federação do Mali. Pouco depois, o seu pedido para a independência total foi aceite
pela França. Em 1960, a Federação desfez-se.
As diferenças entre os líderes dos dois estados à volta das prioridades em relação ao
futuro eram muito grandes. O Senegal queria manter o auxílio francês, enquanto o Mali
aspirava a uma evolução mais autónoma, que lhe permitisse desenvolver o interior, mais
pobre. Depois disso, os outros territórios perceberam como a comunidade era
desnecessária e começaram a negociar a sua independência legal e completa.
Djibuti foi uma das colónias francesas que decidiu, em 1958, manter-se na
«Comunidade Francesa» mas, devido a problemas de governação, a população local
começou a manifestar-se a favor da independência. Depois de um novo referendo, em
1977, o Djibuti tornou-se um pais independente.
Nas Comores, a história foi semelhante, mas com uma declaração unilateral de
independência, em 1975, que foi reconhecida no mesmo ano, mas que não abrangeu a
ilha Mayotte, onde a população votou para se manter um território francês.
O Congo ainda sofre com problemas gerados por sua trágica herança colonial.
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Mediante as tensões geradas pela violenta guerra civil – agravada pelo assassinato de
Lumumba – a ONU interferiu no país e repassou, em 1964, o governo congolês para
Moisés Tshombe, um antigo apoiador de Katanga. A ação acabou não surtindo efeito
esperado, já que, no ano seguinte, um golpe político impôs uma ditadura pessoal
liderada por Mobutu Joseph Désiré. Esse regime ditatorial perdurou até 1997, quando
Mobutu foi retirado do poder por uma guerrilha liderada por Laurent-Désiré Kabila.
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A partir de então, o país, que era chamado de República do Zaire, passou a ser nomeado
como República Democrática do Congo. Até hoje, o Congo enfrenta sérios desafios não
somente relacionados ao fortalecimento de suas instituições políticas. Uma antiga crise
econômica, as disputas étnicas e as facções políticas rivais completam a formação desse
quadro de difícil resolução.
O apoio dado aos Estados Unidos renderia a Mobutu o governo do Congo, tornando-se
ditador de 1965 a 1997. Ele ficou 32 anos no poder e transformou o Congo em seu
quintal particular. Mobutu foi sempre financiado pelos Estados Unidos e França em
troca do seu anticomunismo e pela liberação da exploração capitalista ocidental nas
minas de minérios do Congo.
O ditador, nos seus mais de 30 anos no poder, instalou um dos governos mais cruéis e
corruptos do Congo. Considerado um dos homens mais ricos do mundo, Mobutu só foi
derrubado do poder em 1997.
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6. Conclusão
Com o meu trabalho de pesquisa conclui que Em 30 de Junho de 1960, através de uma
cerimónia em Léopoldville em que discursou Balduíno, o Rei dos Belgas, a Bélgica
concedeu a independência ao Congo. Este acontecimento foi marcante na história de
África, não só porque seguia a lógica dos movimentos para a auto-determinação dos
povos do pós-guerra, mas também pelo que se iria suceder nos dias que se seguiram à
independência. A cerimónia de independência do Congo recebeu uma atenção mediática
importante, que aumentou ainda mais quando se as Force Publique se amotinaram,
fazendo com que o interesse mediático pelo Congo tenha uma importância acrescida. O
caos político e social que se seguiu, em que se assistiu à anarquia e à violência e em que
o Estado central se viu incapaz de poder controlar, irá ter impacto na opinião pública
mundial. De 1960 até 1965, o Congo ex-belga, vai viver um período de instabilidade
política e social, caracterizado por um primeiro-ministro assassinado, duas secessões
internas, uma revolta comunista e um Governo de influência comunista. A chamada
“Crise do Congo” terminará quando o General Mobutu tomar o poder através de um
Golpe de Estado, a 25 de Novembro de 1965.
7. Referências bibliográficas
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