A Luta por Direitos e a Criminalização dos Movimentos Sociais

O processo de criminalização dos movimentos sociais e suas estratégias

adotadas pelas classes dominantes como por exemplo, a violência, com vistas
a bloquear as lutas sociais por direitos se dá em várias dimensões e âmbitos,
sejam eles através da distorção de fatos e ações realizadas pelas organizações
populares ou por meio da criminalização judicial e diversas formas.
Os movimentos sociais são de extrema importância para a formação de
uma sociedade democrática ao tentarem possibilitar a inserção de cada vez
mais pessoas na sociedade de direitos. Todos são iguais perante a Lei sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no
país a inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a
propriedade, ou seja, todo o indivíduo sem exceção tem direito a essas
garantias, independente da raça, cor da pele, origens familiares, ideologia
partidária ou posição social.
O processo de criminalização avança no Brasil com ares de potência
institucional, associado a sofisticação da violência. Este trabalho tem como
objetivo debater em um estado democrático de direito, os movimentos sociais
instrumentos de resistência e reivindicação, quando enfrentam pautas que a
sociedade civil ou outras entidades não teriam meios ou vontade política de
abordar a criminalização. O controle penal e a classe trabalhadora são um
fenômeno orgânico ao advento das relações de produção capitalista que
afirmavam e difundiam que o crime era aplicado basicamente para punir as
chamadas classes perigosas.
Enfrentam uma poderosa coalização de interesses que combatem,
visando mudanças e avanços políticos e jurídicos. Os movimentos sociais
conseguiram evoluir e se enquadrar em contexto histórico distintos, por meio de
estratégia e reinvindicação de direitos na sociedade demonstrando os conceitos
relevantes para compreender a realidade brasileira, que cada dia caminha para
o silenciamento de mais movimentos sociais, visando fortalecer a sociedade
civil e a democracia para valer seus princípios em suas lutas diárias pela
igualdade no Brasil.
Francis Meire dos Santos da Rocha Prado