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DlRBCÇhO-GEUL DB OBOLOOIA B MINAS

SBRVIÇOS G E O L ~ G I C O SD E PORTUGAL

CARTA

PORTUGAL
NA ESCALA DE 1/50000

NOTÍCIA EXPLICATIVA DA FOLHA 1 9 4

FIGUEIRA DA FOZ

ROG-O R-
GIUSEPPE MANUPPBWA
REN* MOU!l%XDE
-N& RuGEl'
GEORGES ZBYSZEWSgI

LISBOA
1981
h':

SERVIÇOS GEOL~GICOSDE PORTUGAL


Rua da A c a d d a das Ciencias, 13-2."
1200 LISBOA- PORTUGAL
D ~ A O - O F X A LDE GEQLOOIA E MINAS
SERVIÇOS OEOLÓGICOS DE PORTUGAL

CARTA GEOLÓGICA

PORTUGAL
NA ESCALA DE 1 / 50 000

FIGUEIRA DA FOZ

, LISBOA
1981

(1) Centro de E~tratfgFPflPe Poleobiologfo da Universidade M w a de W8k>n.


(9 Laboratoire de Cbotogie dca Fsoolt& Catnoliput~de Lym e& Càitn da PoldontologL
Stratjpphipoe et P o l ~ & s ,LA 11 B(U.4 CNRSv
p) semipi.Wl6gICc4 dè Portugal. . . 1
! o;~ym&
-d(aeQiç# Gieblbgicos, P&l@)4 Aqtyol*.
'.*-&FSo,m '@&,i&&& &All &,fs-&&o w-
tada B cmtar& geoUgk:do CWáidco da mgião de Montemore-
-Velho, a Norte do Ria nirdndego.
JoAO C. P~~s;(Ceptro~ de Bstratigmiip e PaleobpIogia, UNL)- Micro-
.,2
flora do.^^^^^. . . .
< I Q, ,
< .
A área abrangida pela falha 19-C (Figueira da Foz) 4 cons-
+.ituída por terrenos cuja idade estende-se desde o Hetangiano-
-Tfiásico até os tempos modernos. .
Do ponto de vista geológico-estrutural é dividida em duas
bacias constituídas por terrenos cretácicos e terciários, separadas
por estrutura antidhal complexa de origem diapírica, formada
por terrenos jurksicos, que atravessa o mapa em diagonal de
NW para SE softendo algumas torsões locais.
É possivel distinguir deste modo, a N E a zona sinclinal que
se estende entre Arda, Ega, Vila Nova de Anços e Alfarelos,
prolongando-se para NW até as proximidades de Maiorca e Alhadas.
A Sul, uma segunda zona sinclinal estende-se ao longo do
bordo meridional do mapa entre Soure, Marinha das Ondas e
Figueira da Foz.
A estrutura antkliml intermédia é constituida de NW para
.SEpela estrutura monoclinal da Serra de Boa Viagem, pelo anti-
clinal de Verride e pelo diapiro de Soure.
O ponto mais alto da Serra de Boa Viagem atinge 258 rn
(v. g. Bandeira), o do anticlinal de Verride atinge 148 m e o do
diapiro de Soure 154 m (v. g. Cabeça Gorda).
O extremo SE do mapa abrange uma área de extensão redu-
zida pertencente ao bordo NW do Maciço calcário estremenho.
A regi50 coberta pelo mapa é atravessada na parte norte,
de NE para SW, pelo baixo vale do Mondego que vai desaguar
.no mar junto de Figueira da Foz.
A parte sul do mapa é atravessada de S para N por três vales
-afluentes do rio Mondego ou sejam os vales do rio dos Mouros,
do rio Arunca e do seu afluente, o no Anços, e, finalmente, mais
a W, o do rio Pranto.
-4-

I1 -GEOLOGIA

O Jurássico está representado na carta da Figueira da Foz


por quatro grupos diferentes de &orarnentos, cujas séries diferem
quer em extensa0 geogrdfica quer em ligeiras variaçíks de fácies
e espessuras:

1-A Norte do Rio Mondego, desde o Cabo Mondego e Quiaios


até Maiorca, um grande afloramento de direcção WSW-ESE,
constituidó pOr terrenos daiadm desde o Lláçico inferior
- até o LuJitaniano e Kimeridgiano. arenítico, apresenta4e
em estrutura monoclinal constituindo a sua metade norte .as
serras de Boa Viagem e de Alhadàs.
2 -A Sul do Mondego aquele afloramento prolonga-se até %
re&o de Verride, Bninha e Abrunheira, onde é afectado
por fractmação importante, em Jigação sem ddvida com .a
estrutura diapfnca de Soure.
3 -No nficleo anticlinal diapfrico de Soure, a Este do Rio Arunca,
aflora uma série liásica quase completa, cortada por nume-
rosas falhas. Ela encontra-se coberta a Este por terrenos
do Dogger (Aaledano, Bajociano.. .) .
4 -A Norte de Montemor-o-Velho locaiiza-se um monoclinal
liásico de direcção NNE-SSW, cortado por uma série ,de
falhas transversais, que constitui o niicleo da Serra de Mon-
temor. Ele contacta a W, por falha, com formações do Cre-
tácico inferior e médio. O afloramento continua a Sul da
estrada Coimbra-Figueira da Foz, repousando o castelo e
a d a de Montemor-o-Velho sobre o Dogger.

Por comodidade de utilizaçtio da noticia expiicativa


os diferentes afimarnentos silo tratados -independenternehte
uns dos outros, sempre pela ordem aqui apresentada, no
interior da descrição de cada unidade cronostratigráfíea.
O afioramento que se estende do Cabo Mondego a Maiorca,
.sendo o menos atingtdo pela tectónica, é aquele que permite
, melhor conhecimenta das sucessões litol6gica e bioestra7
tigráfica do Jmissico da carta da Figueira da Foz; dai o facto
de ser tratado sempre em primeiro lugar. .
-6-

JURASSICO INFERIOR

Constituem espessa série de argiias cinzentas e acastanhadas,


bem visíveis no niicleo do anticlinal diapfrico de Soure, a NEda
vila. Elas contêm importantes camadas de gesso que tem dado,
desde h&anos, lugar a explorações locais (Lage, S. José do Pinheiro).
Niveis de calcários dolomiticos e algumas rochas eruptivas (relevo
de cota 80, Outeiros, a N de Alencarce de Baixo) encontram-se
muitas vezes associados As margas.
As margas de Dagorda conhecem-se também em Ereira,
2,6 krn a Norte de Verride, numa pequena estrutura anticlinal
diapírica (?) que é visível no meio das aluviões do rio Mondego.
A sondagem de Vemde-2, situada 2 k m a NW de Verride
e 1km a N E de Reveles atravessou entre - 644 e - 693 metros
(fim da sondagem) uma alternância de margas de cor cinzento-
+&curo, com intercalações de sal-gema, de anidrite compacta
e de calcário dolomitico, atribuídas a esta formação:

-
e n w 644 m e 6443 m Calcários em parte dolomitizados com
;ia;'J,%ii:~ii,rm
-. ,d,,,,
i- 2'; alguns fragmentos de aaidrite.
% 646 m e %Z8 m -Anidrite com pequenas intercalações de
argila cinzenta-eswa, finamente micá-
cea e possivelmente algum sal-gema.
Raríssimos fragmentos de calcário5 dolo-
miticos.
668 ni e $60m -idem com mais cdcário b l d c o beje,
abundante argila cimento-escura e algwn
calchio compacto acastaal.rado mârpo.
h %O rn e 659 m -idem com anidrite (80%).
662 m e 656 m -idem com ligeiro aumento de ar@
cimentas-escuras e de 'calcaos ddohzi-
ticos beje.
-
P 666 nn e 664 m -idem com mais anidrite (90%).
. s 664 m e 666 m -idem com ligeiro aumento de calcário
dol~miticoe de argila dolomitizada.
666 rai e 668 m -idem novamente com mais anidrite (90%).
entre 668 m e 672 m -idem com menos aníãiite (80%) é' c h .
mais calcário e mais dolomitizada.
Possfvel sal-gema. . . . ..
. I i .

B 672m e 676m-idem com algum sal-gema.


i, 676 m e 684 m - Testemunhos: - Ma%a cimenta-escura
com intercalações de argiia negra, com
vstfgios carb0nosos e filonet? de &ite
6ranca. Pendores: 26 'a 3W. Compri-
níento da amostra: 2,40 m. ..
-Marga negra (pendor 200). ~ d m ~ r i r n e1' n i o
da amostra: O,6O m.
-Aniárite branca com impre&a@es de
calcite (pendor 20 a 260). Comprimento
da amostra: 0,60 m.
B 684 m e 686 m- Anidrite (100%), @-gema., dom cal-
cáno e marga dolomitizada. , .'
B 686 m e 690 m -Testemunhos: -S a l incolor e amarelo
passando a róseo ou a quase negro
(0,70 m).
-Marga dolomítiea negra (pendor 230),
Comprimento da amostra: 0,12 m.
'
- Sal-gema (0,22 m) .
-Marga dolomitica negra com interca-
lações de anidrite branca (0,230 m).
- Sal-gema (1,W).
-Marga dolomitizada negra com interca-
l a * ~ de anidrite branca (pendor: 20 a
200). Camadas com 0,10m:
w 690m e 693 m -Argila dolomftica cinzenta, &&te e
sal-gema:

Este' afloramento estende-se desde o SW de Quiaios (Vale


das Fontes, vidé carta I9A-Cantadede) até Alhadas de Baixo.
O corte mais completa (210 metros), que compreende apenas a
parte 'média e sulpenor do conjunto Sinemuriano-Lotaringiano,
situa-se *aobngo da estrada Figueira da Foz-Aveiro, a NW de
Brenha (WOUTERDE, ROCBIA e RUGET,1980, pp. 79-97); a parte
superior do Lotaringiano (mais de 26 m) é também visivel ao
longo da estrada Baa Viagem-Quiaios, a Sul desta vila (MQ~TERDE,
R O Ce ~RUGET,1978, pp. 97-99).
A paúrte inferior e média do corte de Breiiha (121,a 130m) é
constituída por bancos de calcáno compacto (0,20 a 1m de espes-
sura} alternando com leitos margo-calcános menos espessos.
Algumas superfícies de bancos apresentam fama de ostreídeos
e outros lakelibriinqnim, onde é possível citar: Gryphaea obliq~a
( ~ L D F . G?y$haea
), sp., Qstrea iwepkris (M~NsT.), 0.szcblamellosa
D m . , Gerviilia coplimbrica CHOF., ModZ-oEa bffmalu)pP Nas.,
PlagZostoma sp., Isocypri~a (Eotrapezium) gemari (DuNx.),
I . (E.). heeri (CHOF.),I . ( E . ) seebachi (BOEHM),Plmromya sp.
var., Homomya cua& B o E ~ ,U~icaiditkmellifiticm BOEHM,
Pholadomya decorata H ~ T H .Ph. , idea ~ ' O R B .
Na parte superior (80 a 8Fi rn), fossilffera, podem distinguir-se
quatro conjuntos litol@cos, dos quais os dois últimos se podem
observar também na estrada Boa Viagem-Quiaips (vidé corte
da estrada d e , Quiaios .ilz MOUTERDE, ROCHAe R u G ~ 1978,,
pp. 97-99):
a) ~lternânciade calcários margosos corppactos e margo-
-calcários (26 a 30 m). atribuída com certas reservas à zona de
OxynoCum, dada a presença de 0xy.noticeras doris REYN. ( S ~ O T T
e STAESCHE,1967, p. 866). A fama presente é particularmente
rica de Tevebratala deiroi CHOF. Numerosos l m e l i b r ~ q u i o s
como G. obilipa (GOr,m.),0. ir~egzckris(MUNS'S.),G. cmimbrica
CHOF., M . hoffmanmi Nas., I . ( E . ) keri (CHOF.),PZeuromya sp.
var., Ph. horata HEARTM. foram recolhidos neste conjunto,, bem
como alguns outros braquiópodes (Tersbi.atw!aosatissiw QUENST.,
Zeilleria spicseroidcaZis Q&sT.).
b) CalCários margosos compactos (20m) em bancos de 0,20
a 1,60 m, com uma fama de braquiópodes (Terebratulagr. pllrcctat~
Sow., Zeilleria quiaiosercsis CHOF., Rhymchodk raniw S ~ S )
e lamelibr&nquios [Gryphaea cymhi~mLu.,G. geyeri (TAUSCH),
Mactromya liasilzla AG., Ph. idea ~'ORB,].
c) Alternbcia de calcánoç-margosos, de &tos betuminosos
e de margas (26 a 30 m) com P&eclzzoceras rõsbZEe T R ~ Ne .WILI,.
e Le$techioceras mdotiartum (&ORB.), que permitem datar a zona
de Raricostatum. A macrofauna de lamelibrânquios e braquiopodes
é abundante:

Grypbea obliqzca (GoLRP.), Gvyplsaaa aff. c y d i u m LAM.,


Phladomya decorata HARTM.,Mactrowzya liasina AGAS., Teve-
bratuh pzlnctata Sow., T. aff. d a d s o n i Ebna, Zeilbia q~iaio-
sensis CHOP., 2. cor (L-.), RkyncJ20m1Eía oxynoti (QUENST.),
R. aff. pilzcla (QUENST.),R. aff. thalia dJOw.

A microfauna, por vezes mal conservada, é rica de:

Lirtgzclina gr. tenera-pzlpa, Mavgin~nopsisradiata (TERQ.),


M. vetusta (~'ORB.),M. sfi'rzata TERQ., F~.o&icula~ias u h t a
Bom., Flabellina paradoxa (BERTH.) , Psetcdowodosavia m ~ l t i -
costata (BoRN.).

d) Calcários maciços (7 m) em bancos espessos (0,20 a 0,40 m),


com patina esbranquiçada, bem marcados na morfologia da região.
Nos cortes de Brenha e de Quiaios estes calcários são pduco fossiií-
feros; apenas se pode citar a presença de fragmentos de lameli-
brsnquios (Oxytomainuequivdve Sow.), Rhync3tow2la thdia ~'ORB.,
R. deffrcem OPP., Zdleria ~zzlnaismalis(LAx.) e escamas de peixes.
Mais a NNW, já fora dos limites da carta (corte de Vale das Fontes,
carta 19A), foi possível recolher nestas bancadas uma associação'
de Eoderoceras sp. var., Apoláes.ocerm sp., TragophyGoceras sp.
e GmwzeUaroceras (Leptonotoceras) Zeptmotzcm SPA*H, que anuncia
já. a passagem do Lotaringiano ao Carixiano.

2. VERRIDE

O Sinemuriano-Lotaringiano conhecqse na região apenas


nas sondagens de Verride 1 e de Verside 2, sob forma de calcários
margosos compactos, muitas vezes semicristaiinos, alternando
com margo-calcários. Alguns níveis de calcários betuminosos
conhecem-se 60 a '70 metros abaixo do topo do Lotanngiano.
Em Venide 1 a espessura do Liásico inferior calcáfio é da
ordem de 200 a 260 m (-1230 a -1494 m com inclinação de cerca
de 209; dcários betuminosos conhecem-se aqui a .60/70 m abaixo
t2o b p o do Lotarhgia~.~.
Na h e da sumlagemT entre -149%
e -1494 m, obsmowse ma s ; s ; ~ de
w P e t m sp., &ido&
v., OstPac~dee.hgmexdm de Eqrain-a.
'Em V&& 60 Libico infdtarYcom cmw 560 m
9 a SMQ!
4e m p ~ ~ n $ a s&-3k8 m a$& .-6Um e m helinaeo média.
rt%
de 359 m~(5.nWdse WCa& na,b w FII arna falha. En*e -640
e -546 rn foi mmAhi&t i m p o ~ huwt ~ de a~mronite,camcto.
&tim da zona ck Obt-: AsLrocma (P@GM$~&Bs) $@yclaogsru,s
Bw., A. (Pmpakio;~e~aj e~~hce$bi?~~? POMP., A. ( P @ E ~
t+&] sp. juv. g @qd~aor~? sp.

3. SOURE

O Liásico inferior compreende essencialmente duas formações


litostratigráficas, de baixo para cima:

a) Calcários dolomíticos cridalinos, granulosos, escuros ou


cor de mel, por vezes subcristalinos, muito cavernosos ( R o a a ~ ~ ~ z ,
1960, pp. 13-18), aflorando largamente a N e a E de Soure, bem
como a E de Alencwce de Baixo, ao longo da linha de @a situada
a N da falha Soure-Couce. Este conjunto corresponde aproxi-
madamente às & m s de Coimbrm de P. Choffat.
b) Calcários margosos compactos em bancos de 0,26 m a
0,80 m de espessura, alternando com níveis de calcário margoso
noduloso, visfveis sobre cerca de. 40 rn, P. CHOPFAT(1880, p. 9)
cita aqui a presenqa de Le$teckiocevas nodotiafiwtz (~'ORB.)e da
fauna clássica de lamelibr&nquioslotaringianos. Terebratzckz vibeiraz'
CHOF. encontra-se presente na parte superior destes calcários.
Este conjunto é o equivalente das Lamadas com G~y5kaeaobliiqwa,
da região de Coimbra.

4. MONTEMOR-O-VELHO

Apenas o Lotaingiano .se conhece em Montemorio-Velho


e d e corresponde à arriba que limita a ocidente a serra de Montemor
e que contacta por &lha com 6 Crétácico inferior arenftico.
Ele compreende na parte inferior cerca de 40 rn de calcários
compactos. sublitogr&ficos, de cor creme ou cinzento-azulada,
em bancos de 0,26 a 1 m; alguns niveis sâo ricos de lamelibr%nquios
[Gryphaea obliqua (GoT,Ds.), Pholtrdomya sp.] e braquiópodes
(Terebratula &&roi CHOP., Z&ZZera'a sp.).
Na parte superior as, camadas que. fazem a passagem ao
Cari- compreendem $0 a 16 m de eaic&ios margosos compactos
em bancos de O,l6 a+O,20m que &eram comaníveis de margas
cinzentas mais ou menos xistosas. Na Éauna de amoktes aí reco-
lhida identificaram-se grandes ~&?e~ocsras sp., Ga91pmellaroce~as
sp., PoEymorphites sp. juv., Lipavaceras ( Vicz'ni%odiceras)sp. e
Phricodocep.as sp.

O Liásico médio de Quiaios-Maiorca 6 constituido por conjunto


de camadas tenras, A excep~ãoda metade superior do Domeriano,
mais calcário e que forma relevo acentuado. Ele enco-ra-se
geralmente mascarado pela vegeta@o sendo os cortes de pormenor
apenas poçsiveis em ' barreiras de estradas; particularmente na
estrada Figueira da Foz-Aveiro, nos arreaores j Bfenha, e na
estrada de Boa Viagem a Qulaios, a Sul desta povoação (Mou-
TÉRDE,ROCHA e R u G ~1978,
, pp. 99-103; 1980,.pp. 79-97).
Em Quiaios e em Brenha o Carixiano começa ppr conjunto
de margas xistosas tenras (16 a 26 m), cbm intercalaçEleç de finos
bancos de calcário argiloso, cada vez mais imbi~tantes&medidaque
se caminha para o topo do conjunto.' Foi aí recolhida associação
fadstica do Ca.tixiano inferior, zona de Jamesoni: femwaellaro-
ceras (Leptomtoceras) le@tonatum SPATH, Metadwoceyas submu-
t i c m (OPP.), M. m~ticum( ~ ' O R.)B, Platy#leuroceras ,, r o t u ~ u m
(QUENST.), P. caprarium (QwNsT.), Polpnorphites ' costatus '

(QUENST.), P. qzladrtdus ( Q ~ N s T),.Oxynotkeras invohútum POMP.,


0. ~zumisnsale(QUENST.),BatamwiIt~ssp. var. (artfcuios abun-
dantes). Na microfauna citam-se especialmente FJabtrlh para-
doxa ( B E R ~ . Margi.nulina
), @ma ~'ORB.,Lenticulina polygomta
FRAIWCE! e S$i~~phhhidZum coItceSCtr~c~m(TEPQ. e BE~TE.).
A dternância de margas e.cai&os (24 m) que se segue é tica
de pequenas concreções calcárias (qpmnús). A metsrde inferior
é atribuida ainda à zona de J m w n i pela presenga dh Pdymor-
phites brami (QTJENST.), Uphniu ignota ( S m s . ) , U. jawzesoni
(Som),'RhjmchoneZld W i a .d?Om.; na microfauna p o d h citar-se
Lkgwktse~a~iw&a .:BZR.R.*Mmgircdimx bwgmdiae TICRQ.,M .
$r* d'w-A mb3e aapwior, onde foram recolhidos U$tmia
d@ar~iBis,;(So#.), A++YOW~S SP. VW,, a a w r a s q~iaio-.
s m e (m.); D.-4%?i&1?i{ h o ~ . )ikf6tad~o~eVas
, b&veptse MoUT.,
M. .s&artms6. $~EsL), Mmgimliwa p~ima~'ORB.e LePaticwBw
i

(Aslacok) f w i v ~d'Chm.,, !B atribnida a0 C&no mbdio, zona


de Ibezr.
. A .p@e s+r do W m o carresponde a conjunto de
margaa wii3adq~(?,60.m), a o gywmosas, com fósseis p@tosos,
WQ~W p r .dveis ae e t o s btnminosos e bancos de
Ç~J&D rnwgmis teato. A ptesmp de L i # a ~ w ~ rsp., a Bm~ictrr~s
d d w w (Sxwm.),.B. cosWdymc SPATB, TragiphyZbm(fs sp. e Aego-
m a s sp. permite atrib~i-10-ao topo da zona de Ibex e à zona de
Davoei.
Este m&o ccxqplexo lito16gico continua no Domeriano
(zonag de StQkesi e Xwgaritatus). Os 6 metros da *baseforam
datados pela p m s v . de. Probg~~~mwoeeras iss& &c., P. Zzcsi-
t r a d w t CHO~.-MQOII,A. (Pyaawd&ats)s1Eokm. (Sow.) e uFroca-
~OEOV& &esc;ms (Yume Q Bm). Nus 12 metr~sseguintes,
cnja base, em BrenhaZse s i t w ao,&vd da QiParagemw de autowro
existente junto da freati norte da pedreira, e a E. do km, 112,3 da
estrada Figueira da. Foz-Aveiro, form z e c o ~ o s :
' na base, fama e ';niicfofaunzi.da zQna de Stokesi:

(REZI&S), Rwi&wdcs sp., a P r ~ c a w a r i asp.


~ (d.Ae~thoplezc-
rowas k w g i Mos. asope GPW.), Lytoceras sp., formas de grande
&betro, Fr&WrP;q s t h t a BORN., F. dClfYiB BORN.,F. h-
g m ' ~'ORB.,F. biwsokcta ~'ORB.,BoJiwi~ta rh@mbJe& FIUNXB,
B. Zimsiica TE~Q.,Mm@&w bntrg~~diae T~Q.;

e uma riiimofaw que, em conjunto, não difere da ant&ormente


&da que ph ãu&ny:ia de B~tiuinasp..a a p r m n p de' D&alin&
t&o[@& &Om. . . L
A parte superior da zona. de Margaitatas é formada por
altenr%n~ia(15 m) de calcános margosos e de margas com Arie-
ticeras domarercse MEN. in MMON.,Aplidkevas sp., Lytocerias s&-
broszcm MEIST. e Lytomras sp. var., de grande diâmetro; como
microfauna podem citar-se Psezldon~dos~a ~Eticastata~ R B I . ,
Lingulim gotti~gmsis F -, Lea$ic~ti~a(Pla~zclaG)cordi-
formis TERQ., L. (L.) gottingem's (Bom.).
O Domeriano superior, zona de Spinatum (29 m em Brenha,
35 m em Quiaios), é constituído por caícários margosos, de cor
clara, bastante compactos, em bancos espessos, separados por
finos leitos de margas, bem visíveis em relevo a meio da pedreira
de Brenha. Numerosos PZeuroceras soiare (Pa.)são acompa-
nhados, na base por AwzaMms mrgaritattls MONTF., e na parte
superior por PLeuract?ras spt'scat~rm(BRuG.),P. sakebrostcm (HYATT)
e P . bzcckma~ii(Mox.).Nos 6 Últimos metros, mais margosos, a
fama de Pleurowas é substituída por iauna mesogeiana de
Emaciaticeras emaMatzmz (CAT.), E. fmidum Fuc.; E. demsi-
radiatum (GEw.), E. fzexicostat~mFm.,E. i d o r Fuc., Tau-
romeniceras .nwina (Fuc.), Naxensicevas tima' ( G E ~ . ) N, . imbelle
Fuc., N . mattmccii (GEMM.),Paldarpites sp. e ~~ceratoides scuderi
(Fuc.).
No que respeita a espessuras assinalam-se as diferenças
existentes ao nível de duas unidades cronostratigrAficas: a zona
de Jamesoni é mais espessa em Brenha do que em Quiaios (37
contra 27 m), pelo contrário a zona de Spinatum é mais espessa
em Quiaios (35 contra 29m).

Apenas o Domeriano superior é conhecido em afloramento


(20 m visfveis), sob a forma habitual de calcários margosos com-
pactos em bancos espessos com fauna clássica de PZe2croceras
solwe (PH~;.)e AmaZthe~sntarg~ritatusMorna. na parte inferior.
Em sondagem, as espessuras calculadas para o Liálsico médio
são bastante superiores às dos afioramentos conhecidos. Em
Werride I o Liásico médio foi assinalado sobre cerca de 470 m
de espessura, desde -735 até -1230 m; em Verride 2 ele teria
mais de 280 m (desde O a -300 m, com inclinações de 2OJ250).
. ~.
,
Em Verride 1 podem assinalar-se:
-a -1210 m, duas pequenas amonites (GemmdEa.ciwas? sp.
e rn peque~oEod&hcerhtideo)quue' indicam a base do C&ano
ou'tdvez
,. ainda o topo' do ~otaringiario;
-a -104.6 m um jovem dagoo&as sg., ou Beaniceras sp. piritbso;
que marca o topo 'do ~arixiiaomédio ou o Carixiano superior1
Em V d d e 2 apenas é conhecida microfauna importante:
Bdierina sp. da zona de Stokesj a -130 m e entre -1401-166 m
e S$iro$htctE~iJ&wa conueniric~m (TERQ.e BERTH.)a -180
e -210 m.
As fortes espessuras destas sondagens são pmsivelmente
devidas a repetiyh por falhas, especialmente em Verride 1 onde
os valores calcuiadas são quase duplos dos de Verride 2. Os escassos
fósseis assinalados não permitem confirmar ou não mta ideia.
..

O Liásico médio 6 visível a NNE de Soure na regi30 do vértice


gd6sico de Mucata, e a N de Alencarce de Cima, para lá da falha
Soure-Couce.
, Os cóees de pormenor são pouco precisos dada a estruturá
tectonisada da região; assim será apenas dada ideia geral da lito-
logía e espessuras cdcUi1adas, uma vez que as sucessoes de asso-
ciações fannisticas si30 difíceis de precisar.
Em Mucata o Canxiano e o Domeriano inferior formam pe-
quena depresstio correqkndente a espessura de cerca de 100metros.
A alternância de margas e calcários rnargosos t e m contém fauna
de pequenas arnollites prritosas. O Domeriano s u M o r está repre-
sentado por cdctkios margosos compactos em bancos espessol;
(15-20 m), com nmerosos Pleurocmm soIttre7 (Bar,.).
A Norte de Alencarce de Cima as margas e calcários mar-
gosos tenros do Çânxiano-Domeriano inferior tem espessura da
ordem de 70180 metros (60/60 m para o Carixiano e SQ]30m para
o Domeriano inferior). O Domeriano superior (26 m) da origem
a um relevo na morfologia da região; ele bem caracterizado
pela presença de P. sobre (PHIZ.), Amakfhews marg1~ritatusMONTP.
e Lioçerat0Z'd.s sp. ,na parte inferior, e de Lioceratoidas sp., Cana-
uaka kzagi G m . , NamsZeeras SP. e Emaci@iicarassancZeanzlm
(Fuc.) nas cinco ~ h o metros, s de litologia ligeiramente mais
4. MONTEMOR-O-VELHO

O Liásico médio de Montemor constitui banda de &arameato


em estrutura monachal, com in&ação ligeira para ESE, que
se estende desde Montemor, em direcção NNE, até. o limite da
carta. Apenas a parte inicial da estrada de ~ o n i e m o rao vkrtice
geod'esico de Cavalinho a o está t k a d a sobr?e esta unidade.
O Canxiano inferior é constituido por a l t e r n u a de mqgas
e calcárias.margosos tenros, com intercalações de nídeis gwmosos,
onde se recolheram fdsseis piritosos e calçános, a saber:

- base, Mdaderocwas.s ~ ~ b ~ r ~ u t(QPP.),


i c ~ ~ r ~obyrnorfihites
n
sp., Upltolzia sp; . ,
-na parte inferior P a I y ~ $ h i t e ssg. var., U@t@nia jamesomi
(Sow.);
-na parte média numerosos Dayic6ras quiaiosense (CHOF.),
D. ribeiroi (CHOF.),Metadevoceras sp.;
-na parte superior, Aegocaras sp.

As margas e calcários margosos azul-acinzentados, teq-os,


do Domeriano inferior contêm abundante fama de amonites
piritosas; foram recolhidos Trago~hy~lowas sp., hfetacymbztes
centhglab~s ((OPPEL), AmaZtkms . ~ubmdosws (YOUNGe B m ),
A. margaritatzls MoN~F., Lytoceras sp. e BeZernwites (Hastites)
clavatzls STAHL.
O Domeriano superior corresponde a cerca de 3'5 m de cal-
cários margosos compactos em bancos espessos com numerosos
Ple~roc~as.soE~re (PKe.),P. Fcazvskermse (PomG e B m ) e Ama&
thezls margaritabus MONTF.,e, nos cinco metros superiores Erna-
daticeras densiradiatum ( G E ~ . ) ,Naxe~sicarassp., Lioceratdes
sp. e Paltar$ites sp.

O Torciano do afloramento de Quiaios a Maiorca 'corresponde


a conjunto de terrenos relativamente tenros com alguns relevos
bem marcados (dveis de calcários de plaquetas da base da zona
de Serpentinus, horizonte de Hildocevas szçblevisoni).
I
I
: 0 s mdhores corte de,úbnjunko são os mesmas jB cítdos
1 ante&omente a h Brenha e na estrada de .Quia.ios-Boa Viagem.
11 . A'eona de ~emieelatum(30 m)-coaie;ça por um 0x1 dois bltneos
d & r i ~ s ricos de D*hiouei*ras (EadactyEates) gr. $ S ~ N & - M Y # ~ -
Fm, e. da; D. 43.)p s t y c q b h Fm.; estes bancos são. visi-
I veis no tapo da frente sul dia pedreira de Brenha.
I Segw-se: m a séde esse11ÇiaSmente mwgesa cortada pot.
dpns bancas ;cslc6crias. Na.,parte inhior mccdbmn-se ISW-
Ià~ceraspiritmos, pequenos braqui6pdes [ N C M S & Y ~ J W # yCg m ~~u aQ
(YBx.], P s d h p &btzg;~Mt9t$si (Dm.), hfo~&&sLh W a a
(Jikmat.), Z d b ~ i a(2.)sw&~oemis ($Um.)], gãster&pods e
;EV'wt.& sp..'Na parte ~upmior,lig&cunente mais calc~sz,é fre-
quente DactyZiwe~as(C)dlio&@JB"W) stmieeWylp ( S ~ F S . ) &ta .
série mãrgasa, tema, encontra-se sempre marcada por uma
depmssb na mografia da regi&. .
A zona de Çerpenüntls (60 a 60@ come@ par CaJcános
c o ~ p a su;b~isgjr&í5eos
~ t ~ ~ (10~~) em plaquetas de 2 a 8 em de
. ~ ~ u rcontendo
a , .raros HZSdaidex sp. Segue-se Jtm%n&(40
a 5Om) de dc&ias margosos ~ P W O W e de dv&s margosos
ma& ~ B ~ D com S , B&?ai#es s i w $ m 8 8 ~(REm.)na base, e, na pwte
supdor, P~&pla&w $d1)~&~8stdat&hs (HAAs), SozEjcdoc~dls"sp.,
~cw!$owdoidessp. e ~ & h d8wetztdea'
~ i [ ~ ~U G ) .
C ) Torciano médio (zorias da; Bifrons e de V9I.iabfi) {cerca
de 6101x1) 6 co~istitufdopor alte~n.&ciade b d a s de cdcário
nadd~ssamarekdo e de mwgaS; â metade inferior & um popco
mais edciúk Q? resistente. Foram ai recolhidas as seguintes asso-
daryw.
-nos primeiros 15 rn: HGGLZutwas wàlsvRs0)e~Fm., Frecloielùt
&CBP~I.~& Çucmm e B m ) , HurpOceram fak@wwm (Saw.);
-entre os 16 e os 30 m: RiMomas I ~ s i t ~ s i ~ zMt m~ E R ;
'
-entre os 30 e os 45 tn: Ri&ce~abifroas (BRUG.), Rtzrpo-
E ~ s%bpbapa&m
S O P P ~ #Pmamooerm
, sp.;
- w quarto superior: P h . o c ~ a smrbme.lsse (BuCx.),
P+#Escd~s disddes (Zm.) , Pmocerm sp., nweroãos,
Esta sucess%oC bem visível na estrada de Quiaios-Boa Viagem;
em Brenha apenas os í O primeirm m & m &o b m wSsivds, a
resto correspondendo a zona em depres53o.
A meta& inferi~rdo Toarciano superior (zonas de Thawrnnse
e Insigne) é formada por %O a 26 rn de cal&as margpsoã tenros,
fossilíferos, com uma associação de: Pseudogrammoceras aratzma
(BucK.), P. faWaciosw (BAYLE),BrodzeZa (Merhites) bayawi
.(DUM.),B. (M.) aZticar2.iaratcl (MPXUA), B. (M.) t1caZda (MEU),
Pdyplectzls discoides (ZIET.), Dmkm&&a venust& (MERILA),
Hammahxeras sp. Para ,o topo,podem absenrar-se pbquenos bios-
tromas de espongiános.
AS zonas de Levequei (30 m) e de Aalensis .(cerca de 10 m)
apre'sentam litologia com predominância margasa. Na parte
inferior d& zona de Levesquei podem citar-se: Hammztocmas gr,
meneghinia' BoN., C@&Hoce+@ssp., OsperZioceras sp. Mar. (gr. b.w1
,Zizieme, reynesi, wlastwfi). Na metade superior ia fauna de
Os$mZa'oceras é dominante com O. w%mterrfi (MoN.), 0. s~bcoshdu-
t&m (MoN.) e 0. dtwnans ( u ~ ~ . ) .
A zona de Aalensis está marcada pela presenw de Cottes-
woldia sp. var., PZeydeZIia aalemis (Z~T.), P . b.lcck&nrizi MAUB.
e os .illtimos OsperZioceras sp.
No terreno é impossível marcar limite visível entre o tapo
%do Toarciano e a base do Aaieniano, ambos sob fácies calcário-
emargosa; este limite apenas é percepüvd ao estudar a fauna de
amonites. Assim, por facilidade dè execuflo prática o Toarciano
superior (zonas de Levesquei e de Aalensis) foi cartografado junta-
mente com as formaç0es deriana$ isso fioou a dever-se ao facto
de a zona de Levesquei, predominantemente argilosa (náueis com
RhynchodZa brachyplicata CHO ' P. in cal. da região de Coimbra),
originar pequena depressão bem marcada no terreno e em fotografia
-aérea, o que permite traçar limite cartogr4fico visível na morfo-
logia da região.
. Em Brenha a base do Toarciano superior é difícil de pôr em
evidência; as zonas de Levesquei e de Aalensis apesentam-se
.sob fdcies calcário-margosa e. aflqr&n no b p l o NW da grande .
pedreira de Brenha, actualmente (1979-1980) transfòrmada em
lago.

- Na região de Verride b Toarciano corresponde a d i k u t o


aflorarhento de terrenos essenciaimente margosos, sobretudo na
base e no topo, onde é no entanto possível assinalar nfveis mais
compactos (<cplaquetasb, nível de H. s~bkvisoni).A espessura
.é de cálculo dificil dado a skrie se apresentar fortemente fracturada.
Foi ;rssin&& & - a de todh as s&ks taarcisnaar HiatEait~
sp. e &tMa$bs v. ds T ~ h 5 t n oinferior; Hih?ocw$s s w b h i ~ o @ i
Fm. e H . s~mi@Ji&m Bacg, do Toareiimo mddio; Brodieia sp.
w, e P u E y p b ~d&s~&dt33(8213~s~) do Toarciuia suptrlkr.
i4 sondagem dii Vmride 1 atravessou o Tomimo antke -200
s -786 m, o que corresponde a kpessura de cerca ,de SOO m
(inc~ilaq3iode 10125~).Pd pssivd c l ~ a ~ 6 i falguns
i c ~ f b e i s coIhidos
nesta sondagein:
-a -2181-aSSm, Pleycle8ia gr. úraJerns2s (Zm.)e P, gr.
hckmtt*~irtiXAW. (Taareiano superior, zona de Adensis];
-a -390 m, Hm&ocar& sp. e nm fragmento de Cai&
Iaç&rts sg. ou de Daitmortkia ãp. (Toarcimo su.perior,
zona de Levesqueir;
-eetre -420 e -440 mJfragmentm de H f b m a s gr. 2 ~ ' -
$miewm B~ISTSR (Towciano mWo, zona \de Bifrons);
-m4re -730 e -732 m, fragmenkos de DactyJ40c~as( O r t b
aWr:&yIit&s) sp. (Toarciano inferior, zona de ~emicelatum).

O Liásicu superior é visível a Oeste do vértice geodésico de


Mucate e a Norte de Alencsce de Cima, de ambos OS lados da
falha Suure-Couce. No primeiro afloramento a parte superior
do Tomiano encontra-se coberta, em &scord%nciacartográfica,
pelos &enitos cretácicos de Casrascâl,); o mesmo acontece no
afloramento de Alencarce, a S d da falha, onde o T o ~ i a n odesa-
parece ora sob os IcPIfenitos de Carrasd, ora sob a uFormação
argibgresosa e conglomerática da Senhora do 'Bom Sucesso)).
Encontram-se em so&e os mesmos conjuntos litol6gicos
reconhecidw no resto da carta:

-margas com pequenos DactyZiociwas sp. (6m) e bancadas


(6 m) &e calch50 margoso tenro com D. (O.)sem.ceJatum
( S w s . ) da zona de: Semicehtum;
-calcários em plaquetas (&o 10 m) seguida-s por alter-
nkcia (Sl)/âQm) de calcános margosoa e margas com
Hdduites sp., Hav$ocer&m'des sp., PoEy$Jat~s $hrzCos-
t a t ~ s(Wus) e Nodilrodowas sp., que formam a zona de
Serpentinus;
2
-altern&ncia (cerca de 40/W m) de, calcários margosos e
margas com níveis de espongiários na parte superior,
correspondente às zonas de Bifrons e Variabilis (?);
- alternancia (cerca de 76 m) de margas e calcános margosos
tenros, bem visfveis nas ravinas a SW do morro onde se
situa o vértice geodésico de Cabeça Gorda. Neste conjunto,
de idade Toarciano superior, pode observar-se a sucessão
de Peronoceras, Psezcdogrammoceras, Brodieia, Hamwzato-
ceras, Cat.ulloceras, Osperlioceras e PEeydeZlia.

O Toarciano superior reaparece no Anguio sudeste da carta,


na extremidade do braquianticlinal de Degrácias. Observam-se
ai cerca de 20 metros de calcários m a r g o s relativamente com-
pactos separados por margas cinzento-azuladas, com fósseis
piritosos na base: Cotteswoldia costzllata (ZIET.),Hammatoceras sp..
Na parte superior, mais calcána, recolheram-se abundantes
PZeydelZia aalensis (ZIET.).

4. MONTEMOR-O-VELHO

O Toarciano corresponde a um afloramento Norte-Sul, com


uma largura máxima de 200 metros, que se estende desde o vértice
geodésico Cavalinha até à base da subida para o Castelo de Mon-
temor-*Velho .
O Toarciano inferior (zona de Semicelatum) corneGa no topo
dos calcários brancos de fácies Domeriano superior, cujos úItirnos
bancos contêm numerosos Dactyliocwas (EodaciyZites) gr. $seudo-
-commzme Fuc. e D. (E.) gr. polymorphecwz Fuc. Seguem-se 20
metros de margas com pequenos DactyZiocwas sp. piritosos, Harpo-
ceratoides sp. juv. e braquiópodes das camadas de Leptaenau
[Nannirhynchia pygmaea (MoR.) , Psezldokingeaa deslongclzam$si
(DAv,) e Koninckella liasina (Borrca.)], associados a Spiriferina
gr. rostrata (SCHLOT.)e Plicatzlla (P.) spinosa (Sow.) var. pecti-
noides (La.).A zona de Serpentinus corresponde a cerca de 10 m
de calcário sublitográfico em bancos pouco espessos.
O Toarciano termina, a Norte da estrada Coimbra-Figueira
da Foz, por altemancia de calcários margosos e margas, mal
expostos, pouco fossíliferos (Hildocwas? sp., fragmentos), cobertos
em discordhcia cartográfica pelos rArenitos de Carrascalu.
A sul da estrada nacional, no inicio da subida para o castelo;
o Toarciano reaparece sob a fácies de margas acinzentadas com
alguns bancos intercalados de calcário margoso; a presença de
PkydeIIia sp. e C o ~ w o l d i usp. permite atribuir este conjunto
ao Toarciano superior, zona de Aalensis. O limite com a série
aaleniana faz-se por falha.

Devido à má qualidade dos afloramentos e às dificuldades


encontradas na definição dos diferentes andares nos afloramentos
de Verride, Soure e Montemor-o-Velho, eles serão tratados de
modo global após a descrição inicial, mais pormenorizada, da
série do Cabo Mondego-Maiorca.

1. CABO MONDEGO-MAIORCA

A litologia do Jurássico médio é bastante monótona, corres-


pondendo geralmente a bancos de calcário compacto mais ou menos
argiioso alternando com camadas ou simples interleitos margosos.
Os limites cronostratigráficos utilizados baseiam-se essencialmente
na sucessão da fauna de amonites, de que serão aqui dadas apenas
as grandes linhas. Alguns cortes de pormenor foram já publicados
(RUGET-PERROT, 1961; EGMI,MANGOLD, MOUTERDE e RUGET,
1969; MOUTERDE,RUGET e CAI<OO, 1972; M O U T E ~ EROCÉA
,
e RUGET,1980).
Os resultados apresentados correspondem a síntese de vários
cortes executados, uns ao longo da praia desde Murtinheira até
A entrada da Fábrica de Cimentos e Carvões do Cabo Mondego,
outros ao longo das estradas que ligam Murtinheira ao Farol,
Quiaios à Serra da Boa Viagem, Brenha e Alhadas à Figueira
da Foz.
Estes cortes foram executados entre os anos de 1956 e 1972.
A intensa exploração das pedreiras do Cabo a partir de 1970 e os
entulhamentos executados tornam impossivel a observação con-
tínua das camadas batonianas e calovianas; somente o Aaleniano
e o Bajociano escaparam até agora (1980) à woracidades da explo-
ração.
O Adniano aflora, de moda c õ n t h ~ odesde ~ o litoral até
Maiorca, sob fácies de c a l d o margoso mais ou menQscompaet~,
litologia getalnente mais' W a que a do Tomcima.
Como j& d a i d o anteriormente, por facilidade de execngãa
da ccVtogra&, as zonas de Levesquei e Adensis (margsls e cal&&
margosos) foram cartagrafadas juntamente com as forma~fies
aalenianas.
O Aaleniano inferior, zona de OpaIinum, 6 comtituida p@r
10 a 16 m de altern&aciâde calcQsio m ~ g o s ocislzmto-clam, mais
ou menos ÇompacAo, e de m g a s da mesma cor, com Leiocapas
sp., Vaeekaa q.e Hammik,caras sp.; na metade supehr recolhe-
ram-se t a x ~ b í bTmetow$s scissacm (J.&N.), AncurlS&e~(zs sp. e
PZmarwwta8maras sp. O Adenian.a inferior parece ser m a c s
a p s o em Qníaios .do que em Eras ou a Sul de Murtinheira,
talvez devido a fenómenos locais de condensag5.0.
O Aaleniano médio, zona de Murehkmae (c& de 301x1)~
comega por alguns banm caicários mas no wnjunb dominam
as margas com abundantes fbsseis piritosos: Aadioctwrrks g~.
o j W ~ o i d (MAYER),
~s FTm~kkstepkenai BUCK.,Tmbckras se&stm
(BEN.),T . ~egGsyi (TFIIOIX.),E~yCr;hsp., AmoZioc&as m&m
(BucK.). No topo da zona citqn-se: Ludh'gia (Br&) b&!fir-
dms& (BVCK.), Sfi~amIXIZafOcmsgr. pwmax (VACBH), Spinw-
madocevas gr. (V;ACSK), P ã r m d o ~ # a ssp., 2eGkvia [Z.)
skwpei (CEOB.).
A zona de Murchisonáe é partiadamente argilosa e encontra-se
bem exposta a Norte do sinal geodeco de Alhadas, onde foram
feitas as me3bares d e i t a s de f&çseiseis- I
A zona de. Concatnun (15 a 20 m) forma,pequeno relevo devido
a alternhncias de bmms (0,9-0 a 0'70 m) de cal~ddomargoso
compacto e de leitm mais argiiosas. A fauna é bastante rica,
geralmente no estado de moldes cal~rio-margos6~. ?Ia metade
inferi02 identificaram-se: Gp.rrrpkeras [G.) gr. m ~ a a c ~. (Sow,),
m
abundante, G. (G.)gr. $&E$rm (BwcE.), G. (hdwigddg] CDPW
[Bveg.),Ba$lsgZm~ac~m w d w r r s Bua., D ~ c ú h w a sperjpech
Buck., PEawmmatocmas sp., Euap&&ceras sp., Edmdocwas sp.;
na metade superior: Gra#hce~as(G.) Zirrsit&m BUCF.,G. (G.)
V-sers$fecm (BDcK.),G. (G.) f'msm PucK.), G. (G.)p&
(BucIc.), G. (G.)cmcawm (SOW.), G. (G.)&torzm BUCK.,G. (hT
dwigella) cornw [BUCP.), G. (L.) casta (BucK.), G. (L.) attsutuata
{Bum.),G. (L.) s~brwdis(BucK.), HapC~$teurocevas sw6spieatww
BUCK.~H. i n a q z c a d ~ s t a t m GÉRARD, H . eximium G B m ,
H. m u d u w B m . , Pkzi!yg~aphoc~m apertuwz (BucK.), Brawsha
@@era BUCK., B. sIkbqwdrata Buc'K., Eua$tetoceras i~ferneme
(ROMAN) , Plaraamwtmeras sp., Docidoceras perfectuna BUCK.,
B d f o r d i a sp.; no topo: Fontannesia clarkei (ARE;.), F. torliva
Bvczs., .Solafiinita sp., Sonninia (Ewkoploce~as)sasbsbuz'ata Bus.,
S. (E.)altemda Bu-. Pequenos braquiópodes do grupo de Z&Ueria
(2.) shr6ei (CHOF.) são correntes em toda a zona.

J.-Bajociano
Bajeano inferior -Zonas de Sowerbyi e de Sauzei (cerca de 86 m)

I No conjunto o Bajociano inferior corresponde a alternancia


de cdcários margosos compactos, em bancos de 0,20 a 0,60 m,
por vezes sublitográficos ou ligeiramente nodulosos, e de calcários
margosos tenros ou de margas, em igual proporção. De baixo para
cima podem distinguir-se as seguintes unidades litológicas:

a) Na base, uma alternancia cdcária (cerca de 8 m) bastante


regular e mais ou menos compacta forneceu abundante fauna
da subzona de Discites: Sonninia (Ewho$loceras) dominarzs BUCK.,
S. (E.) marginata BUCK.,S. (E.) alte~nata BUCK., Zurcheria
inconstax& BUCK., Fontannesia grammoceroides HAUGi n BUCK.,
Ha$.Io$lencroceras mwdwm BUCK.,H. subspinatzçm B&., Doci-
doceras sp.; numerosos Toxolioceras sp. var., Reynesella sp. var.
e Brazcsina sp. var.; raros Strigoceras sp. e Bradfordia sp.

b) A parte m&%a e superior da zona de Sowerbyi é formada


por alternancia (38 m) margo-calcária cortada por alguns bancos
de calcários compactos, postos em evidência pela erosão (fig. 1;
RUGET-PERROT, 1961, pl. I, fig. 1). A fauna, menos abundante do
que na subzona de Discites, não permite o estudo pormenorizado
d a sua sucessâo e a definição de limite nítido com a zona seguinte:
Sonninia connata BUCK.,Solznircia sp., fragmentos, Bradfordia
gr. praeradiata Dom., abundantes em toda a unidade, Docidoceras
sp, var., Trilobitzceras sp., Strigoceras sp., braquiópodes, frequentes
nalguns níveis.
Figura 1 -0 Bajodanooinferior e mWo do Cabo Mondego, I km a Norte do farol.
Vista de Norte para Sul (vide R u G ~ - ~ R 1961, , I. fig. 1).
R ~ pl.
Na parte superior desta unidade recolheram-se também:
WitcklEia gr. laewiuscaGa (Sow.), W . pacnctatissiwza HAUG.

c) Alternância dcário-margosa bastante tenra (13m) com


intercalações de bancos de calcário mais compacto. A fauna,
datada da zona de Sauzei, compreende: Bradfordia firaeradiata
Dow., Sonninia sayni HAUG,S. sulcata BUCK.,Sonainiu sp.,
fragmentos, WitcIteWia sp., Trilobztz'cwas (T.) & ~ k i &ARSONS,
O. gr. s a ~ z e i(Com.),braquiópodes,
OtoZtes dozcvillei PECARSONS,
abundantes nalguns níveis.

d) A l t d n c i a (26 m) de calcátios margosos mais ou menos


compactos, em bancos de 0,30 a 0,60 rn, e de margas em bancos
de igual importância. A f a m a recolhida, tambem da zona de Sauzei,
compreende: Brradfordia praeradiata Dom., Smninia pro$inqwns
(BAPLE),S. &cata BUCK.,Otoites sazczei (~'ORB.),Norwzanrzites
(N.) bvaikenvidgi (Sow.), Stephamceras (Skirroceras)sp., na metade
superior, Strigoceras sp., Terebratuja infraoolithica DESI,., Rhyn-
chonella sp.

Bajodano médio -Zoas de H u m p M h u m (cerca de 80 m)

De baixo para cima individualizam-se (fig. 1):

e) Calcários margosos mais ou menos compactos (24m),


bem estratificados, com fractura conchoidal, alternando com
pequenos leitos xistosos e margosos. Algumas destas camadas
apresentam irregularidades de sedimenta@o tais como variações
laterais de espessura e bancos em bisel. A fauna forneceu: Ste$Pla-
noceras nodosm (Q~ENsT.), S . humphriesianzcm (Sow.), Stspha-
noceras sp., Oppedia gr. s&adiada (Sow.), Terebratda gerda OPPE.&,
T. psedog~rdaCHOF.,T. armaria BUCK.,T . infraooEitlczca DESL.,
RIsynchrz& sp. var.

f ) Calcários em bancos maciços (516 m), sem fósseis, formando


aniba que constitui bom nível de referência na morfologia da
Serra da Boa Viagem.

g) Calcános (2Om) menos espessos que os de a,


em leitos
de 0,20 a 0,40 m, separados por pequenas leitos xistosos ou mar-
gosos, muitas vezes apresentando alteração nodulw. O topo está
marcada por 1 , 6 0 1 ~dk caicários s u b t i t o ~ c o 5bicolores, com
pátina violeta, em bancos regulares de 0,08 a 0,10 m de espessura;
reco1herax-n-se aqui raros fragmentos de StepSul~erassp. e Oppdia
subradiata (Sow.).

h) Aos calcários bicolores sucede-se uma barra calcária


(6 a 7 m) bem visível na topografia, formada por bancadas espessas
de cdc&rio sublitogrzlfico sem fósseis.

i ) Alternância (17 m) de bancadas de calcário compacto


sublitográfico, com 0 3 0 a 0,60 m de espessura, e de níveis xistosos
e margosos bastante finas, que t d n a por 2 m de bancos irregu-
lares com figuras de (1~1umpinp.
Para o topo recolheu-se rica fauna de: ~ t e $ d o c r a rkuik
$hri&anwm (Sm.), S. zieteni (QuE~sT.), S , ~mbiZicum(QWEWST.),
S . gigrcouxi Roa&, NomaiIEmites ( N . ) orbdgfiyi Buc;in., Poecilo-
wwrphss cycio2des (~'ORB.),D o ~ ~ d e m iedozcardialxa
a (~'ORB.) ,
Oppdia subxadi&a (Sow.).

j) Calcário margoso compacto (3m) em bancos de 0,10 a


0,20 m que termina por bancos menos e ç p o s e com superfície
irregular nodulosa. A fauna recolhida pertence ?i subzona de
Blagdeni: Teloceras bZag&iIEi (Sw.), T . blagdmzforme ROCEI&,
T . wrowdum ( S C ~ T . ?) L6piosphinctes
, (Pvoirsz'spha'ncies)psedo-
wrtirzsi ( S ~ M . )L., (Leptosphincks) hptss BUCE.

A litdogia do Bajociano superior 8 muito monótona e mais


argilas que a do Bajociano médio. As unidades litológicas são
de distinga difícil; das foram aqui feitas apenas para marcar
as diferentes açsociagões fosilííeras. De baixo para cima distin-
guem-se (fig. 2):

k) AlternAncia (6,60mj de calchios mmargosos e de margas


em bancos de igual importhcia, com fauna da zona de Subfur-
caturn: Strmoceras fiiwteme (d'Om.), Le#iosPhi&es tenzci$Z~us
(BRAIJN),L. (Prorsisphimctes)sp., Spiioceraa bifzcrcdw QUENST.,
S. a b i ~ n y iS. e BAUGI~.
Batoniano infertor

L- -

1
Figura 2 -0 Bajociano-Batonimo do Cabo Mondego, 500 metros a Norte do farol.
Vista de Norte para Sul (vide RUGW-PSRRoT. 1961, pl. 11, fig. 1).
1) Alterdncia (6 m) de calcários margosos e de margas,
mais tenras que o conjunto precedente, com fauna de Le@os-
phinctes sp., Cadomites sp. com costilhas finas, Spiroceras sp.
e Garantiauta? sp.
m) Alternância (12 m) de calcários margosos, ' em bancos
de 0,15 a 0,25 m, e de margas em bancos de igual jmporthncia;
o metro inferior apresenta-se nitidamente em depressão. Uma
associação faunística recolhida na metade inferior é atribuída
à zona de Garantiana: GaraMiasa sp., Bigotites larzgt@ei Nrco~.,
1
Peris+hinci!es (V+mnispkinctes) sp., Cadomites I i n g u z f ~ ~(18~ 0 ~,~ ) . \,
Lissoceras oolithicum (~'ORB.),S$iroceras walcoti (MokRIs). \
n ) Alternbcia (12 m) de calcário margoso em bancos de
0,16 a 0,30 m e de margas em bancos mais espessos (0,30 a 0,60 mJ,
com fauna da zona de Parkinsoni: Oppelh (Oxycm'tes) falZax
(GuER.), O. zcmbilicata BUCK., Li~socwas oolithicm (~'ORB .),
Perisphinctes (Vmisphinctes) $~mspicacus PAR,, Leptosphiwtes
tenuipdicatus (SCHLOE~ACH) , Bigotites nicolescoi DE GROSS.,
B. thewenini NICOL.,Parkinsonia dorn4ARK., P . parkirtsoni (Sow.),
P. depressa (QUENST.),Bositra hchi {ROEX.),Liutg~ithyriscumi-
concha (OPPEI,),Rhynck~nelladefkuxa OPPEL.
No conjunto dó afloramento Cabo Mondego-Maiorca verifica-
-se que as espessuras da sCrie bajociana se mantêm sepivelrnente
constantes, enquanto que a íitologia do Bajociano médio se torna
mais calcária de Oeste para Este.

Batoniano inferior -Zona de Zigtag (cerca de B@m)

O Batoniano inferior constituí arriba bem marcada na topo-


grafia do Cabo Mondego (fig. 2-3; RUGET-PERBOT, 1961, pl. 11,
fig. 1, relevo em primeiro plano ao centro da figura). De baixo
para cima, distinguem-se:
a) Na base (5,õO m),em níveis mais tenros de calcános argi-
losos cinzento-escuros, em bancos pouco espessos (0,10 a 0,26 m)
separados por interleitos de aspecto xistbide (camadas FC7 a
FC43 is S. E4m e al., 1969, p. 442), foi recolhida associação carac-
terística da subzona de Convergens [Eohecticoceras do gr. de
E. (Zeissoceras) primamum (DE GROSS.),Procerites subprocerzcs
(Bum.), CadomzEes ~xtinturn (Q~ENsT.) e PoLys@hinctites sp.].
LamelibrClnquios do grupo de BosZtra bwhi (ROEM.)são abundantes
na base deste conjunto.

Fig. 3 - 0 Batoniano do Cabo Mondego, 300 metros a Norte do farol.


Vista de Sul para Norte (ELMIet al., 1969, p. 442, fig. 2).

6) Seguem-se cerca de 10 m (camadas FD1 a FD66) de cal-


cários mais resistentes, que formam a base da arriba do Batoniano
inferior. A fama ai recolhida data a subzona de Macrescens:
Morplioceras macrescens (BucK.), Ebrayiceras j a c h m BUCK.,
E. jactatzcnz mmdegoe.ptse MANG., E. filicosta W E ~ . E. , stvtcattvwt
( Z ~ T . ) ,Asphinctites fi.ptgzcis (DE GROSS.),Procerites sp. var.,
Zigzagiceras nov. sp., Procerozigzag sp. e PhauZozigzag sp.
O topo da subzona de Macrescens (FD60 a FD67) e a base
da subzona seguinte (FE1 a FE4) formam zona deprimida (cerca
de 2 m de espessura) na parte superior da arriba (fig. 2).
c) A parte superior da arriba e o <treplato superior (FD67
a FF 21) correspondem à subzona de Yeovilensis (13,Eim) . Duas
associações fossilíferas foram aí evidenciadas.' Na base: OxycerZtes
yeovilensis ROL&. , O. (Oecotraustes) bradleyi ARK., Eohecticoceras
(2.)p r i m a e v m (DE GROSS.), S i e m i r a L k k a w i g m a (OPP.), S .
parabolifer (DE GROSS.),Pvocerites imitator BUCK.;da parte supe-
rior: Oxycerites yeovilensis ROLL., Procerites fowleri ARK., P.
fzcZloniczls BUCK.,Bzcllatimorphites sp.

Batoniano mddio -Zona de Subeontractus (16 m)

d ) O Batoniano m6dio corresponde a um conjunto de cal-


cários mais argilosos que os anteriores, muitas vezes com bancos
nodulosos, separados por niveis argilosos cada vez mais espessos
para a parte superior do conjunto (FF21 sup. a FK 2). Dois hori-
zontes fossilíferos foram postos em evidência:
1) Horizonte de Bdíatimorphus (12,80m), caracterizado
pela presença de BzlUQtimorPhiks sp. de grande diâmetro (B. gr.
b.ulkatimmphzcs BUCK.,B. serpentzconzcs ABK.),abundantes Siemi-
radzkia sp. [S. berthae (Lrss.), S . matisconmsis (Lrss.), S . psedor-
jasanensis (L~ss.)],Pseudoperis$ltilzctes rotundatus (ROEM.), Homo-
eoplanzclites aqaalis (R~EM.), H. acuticosta ROEM.), Cadomites
. .n G B ~ .P.
dazcbenyi L ~ s s m , (Paroecdra~stes)prevalensis STEPH.
e Schwandorfiu marginata A=.
2) No topo, o horizonte de Wagnericeras (2,20im) contém:
H. (Prohectzcoceras) ochrucezcm ELMI,H. ( P . ) crassasm ELMI, Siemi-
radzkia matisconensis (L~ss.),S . pseudorjasarsensis (Lrss.), S. ber-
thae (Lrss.), Procerihs 6 d s o n i BUCK.,WagnerZceras kzcdematschi
(Lrss.), Pseadopevisphinctes fortecostatzlm (DE GROSS.), Bzllla-
timorphites costatw ARK.
Estas faunas pertencem já parte superior do Batoniano
médio (subzona de Morrisi pars). Falta portanto a metade inferior
do subandar (subzonas de Orbignyi, de Subcontractus e base
de Morrisi) sem que nenhum traço de fenómeno sedimentar (lacuna,
bise1 estratigráfico, ressedimentação) seja visivel no terreno.

Batoniano superior -Zona de Retrocostatum (26 a 28 m)

e) Esta série é ainda mais argdosa que a precedente; ela é


essencialmente constituída por camadas argilo-calcásas acinzen-
tia- nas qa&uiâ-&gawdveis mais c ~ o dão s origem a bancos
bem ma;ra&wdosík f6sseis pizitoo8 são frequentes nos niveis
6u:giaasos. A fama permite a dafini@%o
de duas sub~onas: .

1) $ u h m de Jdii(FK3 a FM4, cerca de 8 m) com associação


&a de OpelIdmsseP~do@sfinctfdeos: Qxyw&s o@eZi EZMI,
H. (E@h&cvc~.ras)ooWwm h,,
H. (PvoWi~:weras)m d e -
gad$ Eurr, R. c&.) axgdimskaba (Lóay), BuW#car$hites
bawxw.fiinecs (R-.), EorraoeopIta7tdites a e q d i s (R-*), h.
ac&os& (R~M.) .
%) Subzma de Histrieoides (FM6 a FP% 18 a %Qm) -a
1;' , ,
monotof&x da &Pie m&o-cd&a é interrompida pela preisenqa
de dois níveis de &tos Betuminosos, situadas no segundo quarto
da m p u r a dit s&mm. Identzficsm-se, no conjunto: Oycergtes
i[ oj3jM-i 23,m, H. [~mkG&oc61~) -modegoartsis E m , H. (P.)
aqgtimJta&m (L&z?r), E@strmoag>ras ~oretrdww(d'Om.), Si&-
ir d a k i a m&!icosfaEca~ M T . ) Cazlmites
, sp., Pa~a$&oceras sp.

1. No que s e p i t a aos fósseis indica das duas subzonas, Hmi-


gurarttia +JIi( d ' m . ) mcontra-se até A metade inferior da subzona
1
b
I
de Histncoides e Ejdstr&ocevas histricoideã (RoGI,.)
no topo da subzona de Julii.
começa já

r'

No conjunto da? a&s.amentos d a Serras de Boa Viagem


e de &hadas a $doaiao conserva espessurw da @&1 mdem
da grandeza, apms a Uollogia p~)dg~OFIIW-se um pouco mais
calc&rid l o c h ~ n t ce- ~ níveis orgmodetrfticos ou pseudooli.tícos.

$ -Caloviano
Cdoviano inferior -Zonas de Mauocephalus e Gra* (cerca de 8B m)

i O Cdoviémo iafenor começa por série de altem<Inciasrnargo-


-cd&zls tesas (14m)a que se segue dteaibcia de bancos
(0,20 a 0,40 m) de calcásios margosos e margas (cerca de 20 m);
de tamim (5 m) por bancos de d & o magtso (0,145a 0,40 a)
mais compacto, alterwdrr com camadas margwas menos èspessas
(0,15 a O,20 m), d o os tUtimos bancos muita rica0.s de f&&.
Nestes primeiros 39m foi recolhida &$%o carbte~fsticada
zona de MacrwepMm: M&60c&$Mh (H.) írsáww#drss (Sm-
zm.), M,(M.) s&&$~aiw (W'GBN], M. (M.) f&mw (SDW.),
Kam~hphZiCUssp., K. &mwws (WAA@.),E. FQ&&S (Q~~sT.),
R. hervdyi (Sow.),inda~phinctes$ 4 (N~ s ~ . ) ,BGWrnwpW~s
cf. @ o k q w w ~ x T c ~ ,B.~gs. c 8,JIa&s (&-,), k?i~~t?koc~~
(LmoiEocpras) M & & s Kn;., Parag,d~cer$s tip;, nuBmms \

Choffdiu sp. V%. e Nqmm'wm sp. [pwticulmmeirte C . Joffret


r
&TI-&C e C. b s r l h s a ' s (Msm)]. I
1

A parte ~upxiordo sut,&


ir
(=na de Gmcitis çomep por
conjunto (2,60 m) atargoso com três gra,hdes bânca de: o&&o
compacto, seguido por altere$ncias de d & o s mpgosc3s com-
pactos e margas (? m) e w g w e piarg~-cdobnos$em- (10 m).
No conjunto a fama 6 rica Se Mâ.w~f.alitídtam,kehquddeos
e Perisfinctfdeos; os Hwti(~oeet.aitfdeos apa;rwem nn p"te mrpior:
Macmíe$Wids (M.)Mmprssw (Qomsr.),Bá.
(Sow.), A&. Ja~ZZospis(Sm.),
(k)
~ ~ B A ~ 5w~qddals
fmosus
$ W ~(mm-), ~ S
Rek%h%ia(R.) gr. (#h.), R. (E.) t f l a r t ~ SPATE,
~ s
REEineck&h doi%ve'Jlei (Smm.), lbhww& grtzp&~i (OPPM;),
CTaoffetZ~~jaflr~i Pmncz&zc, C . v:la~dtZes( T a )
C.,r~ewperoi
(WNST.) Pr@Ln2cIdes
~ Wioe~a'gi (Sow.). ~nl&nctes $&na
(NSm), G r o s s u ~ ~waagtwi a (Tmg.), C, Zytow&&es (L~czY),
Hectkoceras (Chamaia) sp., Li~gocQfgwis bif- I (OPPEL) ia
C ~ P ' P A T1947,
, pl. 16, fig. 7, E. Wmdicdt& (Do@.), Par&-
@@chia g.. ~ i w t a(Bw.),Dorso~w&yyr%s#. &s4cwva$a.

De baixo para cima individ&am-se as is@r+es unidades


litológicas:
I

a) O Caloviano m a o colnega por altemhua (13 m) de


bancas (0,ló a 0,40 m) da baiçado mwgoso e de r n + p escu~as
xis%osas.com fauna &ca m ReSnequeibs na parte inferior e
Hec~cweratfdeosna parte superior, A w&@o zíí assinalada
-- -
. .,
- -
* I

compreende: Reineck.&tes dowviLZei (Smm.),


(OPPE~), Indosphz'mtes $dina (N
metompFzaE~mBoN., H. (B.) pwnctatum (STLUH), H. (B.) .svevum
BON.

b) Bancos de calcário acastanhado compacto (7,60 m), com


fauna de lamelibranquios e braquiópodes (Rhynchonella roym'ana
- -

C-.), acompanhados de raras amonites [Choffatia waageni


(TEYs,), Grossouvria sp., Ery~znowrasaff. leuthurdti Rom., Ery-
mrcocaras sp.]. Esta fauna uidica a presença da zona de Coro-
natum. A presença de fragmentos de carvão e de raras amonites
e a frequência de lamelibrânquios e braquiópodes indica uma dimi-
nuição da profundidade das águas.

c) Calcários margosos compactos e margas (10 a 16 m) com


numerosas ostras e outros lamelibrânquios, e um conjunto (8 m)
de calcários muito compactos constituindo verdadeira lumachela
de ostreideos, com fragmentos de crlnóides e alguas braquiópod6
(Dorsoplicathyris sp., tcRhynchowella, royeriana ~ ' O R B .uRI1.n
, nov.
sp. af£. spathica Lu.).

d ) Calcários pseudoolíticos e crinóidicos (8 m) com numerosos


fragmentos de conchas, radíolas e foraminíferos, por vezes um
pouco arenosos na parte inferior.

e) Margas piritosas (4m) com numerosos foraminíferos (Len-


ticaclina sp.) e ostracodos (Bairdia sp.), que originam zona em
depressão.

f) Calcários pseudoolíticos (8 m), com calhaus negros par-


ticularmente para o topo, ricos de gastéropodes, braquiópodes,
ostreideos, foraminíferos (Textularidae, Miliolidae, sandes Are-
ndceos) e algas solenoporáceas.

g) Conjunto (5,6 m) de margas e calcários compactos, cri-


nóidicos e arenosos, com fauna de braquiópodes [Digonella @seu-
doantiflecta (CHOP.)] da zona de Athleta, associados a ostras,
crinóides e cidarfdeoor. Trata-se de depósito marinho de pequena
profundidade, formado na vizinhança do litoral.
h) Atribuem-se ainda ao Caloviano superior calcários (9 m)
de crinóides e arenosos, .com aiguns b h c w ricos de polipeiros,
níveis pseudooliticos, algares ou com espiculas de dspongiários e
secções de N d m sp., bem representados no rochedo de Pedra
da Nau. Este mesmo conjunto encontra-se reduzido a 2 m de
espessura na Serra da Boa Viagem, perto da casa dos guardas
florestais da estrada Quiaios-Baa Viagem; foi aqui recolhida rica
fama de equinodennes (Hemidrtaris mdegoertsis h., Cidaris
,
guinclzoefisis Loa., Acrocidaris ~obijisAG., GLypticus barrgecnd&czls
MICH.),polipeiros e larnelibr%nquios. Estes mesmos calc&ics
reduzem-se a 1m de espessura na estrada de Brenha à Figueira
da Foz.
O desenvolvimento de camadas com ostras e a presenp de
calcários organog6nicos com algas, crinóides, lamelibr%nquios
e polipeiros indicam nítida tendência regressiva, bem conhecida
em toda a Peninsula Ibé-rica. 0s 30140 últimos metros citados
não representam pois senão a parte inferior do Caloviano superior
(zona de AtNeta par^).
No afloramento do Cabo Mondego-Maiorca 'nota-se evi-
dente reduflo de espessura do Caloviano em direcçFio a Este
(130/140m no Cabo Moadego e em Boa Viagem; 22 m em Brenha);
ao mesmo tempo as fácies tornam-se um. pouco mgs calcárias.
O Caioviano médio e superior, particularmente as fá.4es de ostrei-
deos, reduzem-se fortemente para leste de Boa Viagqm.
Contrariamente A representação dada na carta geoltigica
o afloramento de Caloviano não termina a Sul de Breaha. O Calo-
viano inferior está presente ainda a SW de C m a l e a E e a SE
do v6rtice geodésico de S. Bento, datado por Macrocephalites
compressus (Q-NST.) , Ckoffütia $ s e z c d o ~ i ~PI~~~ITCZERC
t~~ e (30s-
souv~us&iLis (NEuM.)(Ru~m-~?WEROT, 1961, p. 67).'

Na região de Verride o Aaleniano &ora 600 m a Este de


Fresalvm, em bancos de calcário compacto e de margas com
amonites pintosas (Leioceras sp., Twtoceras sp., ~Vacekiu ssp.
S. 1. e HaPlopLeurocerm sp.). A parte terminal, mais calcária (3 m),
é visival ao longo de linha férrea, a Norte de Outeiro da Moua;
recoíheram-se af fragmentos de Fowta.~enesiasp. e G. (Gra$l%oceras)
V-scripttmz Bu-.
Na sondagem de Verride-1 a base do Aaleniano situa-se a
-200 m, não tendo sido possível precisar a sua espessura. A
-163,40 m foi identificado um fragmento de Vacekia sp.
O Bajociano e o Batoniano estendem-se, a SW de Verride,
desde Presalves até Bninhos. Esta série contacta por falha, a
Norte e a Este, com os Arenitos de Boa Viagem e os de Cmaçcal;
a Oeste e a Sul ela é coroada pelo Caloviano inferior fossillero,
cujo limite inferior 4 simples de traçar no terreno.
A SW de Verride, ao longo da estrada para Abrunheira e
após atravessar as Arenitos de Boa Viagem, podem observar-se:

1) Na base (4 m), alternancia de calcários margosos compactos


e de margas, com fauna da zona de Discites (Zurcheria sp. e Fon-
tamnesicr. sp.). Estas camadas encontram-se tambem em Vale
Moreira, a Sul de F'resalve3, e ao longo do caminho de ferro a
Norte de Outeiro da 'Moura, onde foi recolhida associação faunfstica
da mesma idade e que incliiia: Toxolioeeras toxeres (Bwm.), T .
f~rcatzm(BUCx.),Ha$b$le~roceras exim'wm G$É;RARI), H. inueqw-
licostatacnz G A m , Zzlrchria sp., Fontannes& sp., Bradfordia
sp., Sonninia (Ezlho$loceras) sp. juv., Zeilleria (2.) shar@i
(CHOF.).

2) Seguem-se 140 m de calcário margoso compacto em bancos


espessos, separados por níveis margosos de espessura muito variá-
vel. A faunct recolhida é do Bajoeiano inferior: B~adjordiaprae-
radiata (Dom.), abundante, So~niniasp., Strigoceras sp., Emi'EeZa
sp., SKi~vocer&ssp.
Na estrada de Verride ao Tanque do B d o recolheram-se
tambem: Somninia (Pa@i&ceras)arenata (QTTENST.),S. f6zx BUCK.,
WitchZlZa laeviwsczcla (Sow.), W . col??nata(BucK.).
Na barreira do caminho de ferro, a Norte de Outeiro da Moura,
recolheram-se: Labyrin$hoceras sp., WitcheEZia roma%oides?(Dom.).

3) Ao km 5 uma pedreira explorou wm conjunto [cerca de


30 m) de calcários brancos, cresosos, a que se segaem calcários
3
Estes mesmos cd&ios são visíveis entre Vale Moreira e a
estrada de,Reveles, onde contêm fragmentos de ostreideos e My-
tizzds sp..
No caminho que liga Outeiro da Moura à linha férrea obser-
vam-se cdc4ris brancos com ouriços e crindides, cuja fácies é
idhtica B do caloviano superior do Cabo Mondego (rochedo de
Pedra da Nau).

9) Na estrada de Abrunheira esta sucessão termina por série


greso-aredtica cuja idade não foi possivel precisar até agora
( ~ u r ~ isuperior
co i').

O Aaleaiâno foma a crista do relevo onde se situa o vMce


geod6si~o de Cabeça Gorda, o afloramento prolonga-a para
Oeste a &e@o ao dxtice geodésico de Onteirm o para SSE
at$ para além da falha Soure-Cõuce. O Wte Toarcimo-Aale&mo
passa aproximadamente a meio da vertente sudoeste do releva
de Cabeça ,Cada.
A zona de Opalínxam (cerca de 2Om) cmnpreencb bancos
de cdcário m a g m bastante compacto, com p b h a esbranquiçada,
dtmaado com d v e á s ~EVQOSOS; Leioceras sp. é frequente acoaa-
p d a d o de Tm8bcwss s&ssum (BEN.).
A zona de Murchisonae, de espessura idêntica & anterior,
apresenta litolo& mais argilosa; predominam a@ rnargas com
f&seis piritosos dtmgndo com alguns bancos de calcário margoso
c~mpacto. A asaociaç%o Iaunística compreende Hammatocwas
sp., Zwokia ,sp., Tmetweras sp. e RmoZZoceras ac&m (B*.).
A aona de Conczaviun, igualmente com cerca de 20 rn, &ora
de um e outro lado do v&%ce geodésico, iomando a crista do
r&vo; ai, bancos de cdckio margoso compacto estão sepatados
por niveis m w g w menos espessos. A fauna é abundante na
metade ~tzpa5.0~ deste conjunto (Gra#hoctwas sp., EecdMacwaS
sp,, M~$topZewroç~rassp. et Zurchia sp.) com P6;seis piiitosos
e calcaulos.
O Aaleniano reaparece a Sul da Serra do Circo, no gngulo
SE da carta, sob fbcies de calcclnos compactos sublito~ficos
em bancos de 030 a O,50 m, com níveis de calcários mais tenros.
As tr&szonas clássicas puderam ser postas em evidência:

-a zona de Opalinum (12 m) com numerosos fioceras sp.


na base e T~etocerassp. e VaceFaia sp. no topo;
-a zona de Murchisonae (cerca de 20 m), com Ancatioceras
subaczctum (BucK.) na base; ,
- a zona de Concavum (cerca de 26 a 27 m) c& fama de
Graphceras sp., G. (Ludwigdk) sp. e Edmetocerm sp.

Em S o m a base do Bajociano está representada pgr 10 a 20 m


de caicános compactos cinzento-claro, cuja base é bem visível
no flanco norte do relevo de Cabeça Gorda e 660 m a S E do vértice
geodésico, com fauna da subzona de Discites: Brausina rota6iZis
BUCK., Todioceras gr. mundum BUCE., T . reiaikem" BUCK., T .
(Reywsdla) cf. junctum BWCK.,H u . E o p ~ r ~ e r sp..
as
Seguem-se calcários compactos subfitográficos e mlíticos,
atribuídos ao Bajociano-Batoniano, bem desenvolvidos para
leste, em direcção a Couce e A Serra do Circo (vértice geodésico
do Circulo).
O Bajociano encontra-se ainda no %n@o SE da carta, nos
flancos do branquianticlinal de Degrkcias, cujo nilxclpo se situa
na folha 19-D, Lousã. Um corte visivel 1km a ENE de Casai
Cimeiro, ao longo do Vaie da Grota, permite observar, de baixo
para cima:
1) Calcário bege de grão fino (120 m), compacto, em bancos
pouco espessos, com raros nódulos siliciosos para o topo. Frag-
mentos de Sonninia sp. conhecem-se em toda a série. Para o tapo
a associaçã;~de Emileia poZyschides (WAAG.),Noymannites (N.)
braikent.9:1& (Sow.), Sonninia wrmgata (Sow.), S. s q n i HAUG,
S . pro#inqwns (BAYLE),Strifoceras sp. e Acanfhthyris sp. permite
atribuir o conjunto ao Bajociano inferior.
2) Conjunto (100 m) de calcário bege sublitográfico (76 m),
em bancos cada vez mais finos e tenros para o topo, sem fósseis,
coroado por caicári.~bege. com grão fino, dolomiticd na parte
superior. A este conjunto é atribuída idade Bajociano médio a
superior.
I
3) Calcários com nóduios de silex (4 m).
4) Calcários oolíticos e pseudoolíticos (50m) com polipeiros
na base e traços de lamelibrtlnquios no topo. É sobre estes calcários
que se encontra a aldeia de Casal Cimeiro. A atribui950 de idade
B difícil; pensa-se que estas camadas representem o t6po do Bajo-
cimo superior e o Batoniano.
Outro corte realizado entre a falha da Serra do Círculo e a
Capela da Nossa Senhora do Círculo forneceu os seguintes resul-
tados:
1-2 Intramicrite (calc$rio sublitogr$fico) (1m) .
3 Intrabiopelsparite. Raros ~olitos.Secç6es de lamelibr&nquios.
N~beculariasp., artículos de crinóides e restos de equino-
dermes (0,90 m) .
4 Biornicnte. Filamentos (1m).
6 Pelintramicrosparite. Raros oolitos (5 m).
6 Intrapelbiosparite. Gadryina sp., NazctZEoc~lita oolithica
MoH., A taxofihragminae (3 m) .
7 Biointrasparite. Solenofiora sp., restos de equinodermes,
corallários (1 m).
8 Intrapelbiosparite, raros oolitos. Egerella sp., Va.lv&zasp.,
Gaecdryi~asp. e Mesoedothyra (?) sp. (L20 m).
9 Intrapelsparite. Associação microfaunística idêntica à ante-
rior (1,80 m).
10-11 Intrapelsparite. Contém coraliários e TRa~1~2atoporella par-
vovesiceclijera (-=RI) (5 m).
12 Oopelintrasparite. Contém Egerella sp. e pequenos Ataxo-
phragwzitae (L20 m).
13 Intrapelspafite. Contém Trochamminoides sp., HawanZa
sp., Lit~olidaee restos de equinodermes e tubos de vermes
I (2 m).
14 Peloointrasparite. Contem NaectiEocwZina oolithicu MoH.,
Mesoertdobhyra (?) sp., Gadryina sp. (2 m).
15 Bandas alternadas de pelintrasparite e de pelintramicrite
(1,501.
16 Pelmicrite com litoclastos e restos de equinodermes (3,60 m).
37-18 Oopelbiosparite. Caieecxia sp. e restos de equinodermes,
gastrópodos e lamelibr&nquios (2 m).
19-21 Peloobiosparote. Contém Na~tilocwlinaoolitlsica MoH., peque-
nos Ataxophragínzmu, secções de gastrópodos, braquiópodos
e equinodermes (8 m).
22 Peloosparite. Haurania sp., pequenos Akxophragminae
e restos de equinodermes.
23 Intrapeloosparite com abundantes litoclastos. (Microcon-
glomerado).
24 Pelmicrosparite (esparitizaçgo). Restos de anelidios e equi-
nodermes.
26 Pelsparite. Raros litoclastos. Contém Proto$enero#s striata
WE~SCHENB, pequenos Ataxophrag+ninae e Tisa~mato-
pwella pawovesicuZifera (RAINERI) .
26 Oosparite com Protopeneroplis strhta W E Y N S C ~ N eKSole-
lao#ora sp.. A espessura das camadas de 22 a 36 B de 18 m.
27 IntrapeImicrite (1,CiO m).
28-29 Peloosparite com Proto#enereropfis striata WBYNSCH.,Ammo-
baceclites sp., EgereLla sp., Verneuilinu sp., fiautibculina
oo12thicd MoH., Lituoldae (?), pequenos Ataxophragminae
e Thaumatoporella pamovesicuEi$era (RAINERI) (4 m).
30-31 Pelbiointramicrosparite mm litoclastos e zona esparfticas.
Raros oolitos. Contém ProtopmeropJis striata WEYNSCE.,
Ammobacdites sp., restos de equinodemes, TkumatoporelEa
~aruouesicrClijera(RAINERI)(6 111).
32 Pelbiomicrosparite. Contém ProtopenerOplis str.kta WEYN-
SCH., pequenas Atazo$hvagmina~ (6 m).
33-34 Pelmicrosparite, raros oolitos. Peqnenos AtasdopBragminae
e ThanmatoporeUa $uwovesic&fera (RAIN.) (4 m).
36 Oobiopelintramicrosparite. Contém Tisaumatoporella fiar-
vovesicdijera (RAfiú.) e Lituolidae (3,60 m).
36 Pelspaxite. I

37 Pelbiomicrospante. Contém Mesoendothyra sp., ValvuEi.iea


cf. Zugeoni SEPTFONTAINE.
38 Pelbiomicrosparite argiiosa. Mesma associação microfau-
nfstica da 37 e ainda secções de lamelibr&nquios. Espessura
36 a 38 (8,lOm). ,
39-40 Pelbiomicrosparite. Contém Nesoendothyra sp., Vdveclita
cf. Iugeoni SEPTF., pequenos A taxophragminae e Thauma-
tofiorelha fia~ovesicul9fera (RAIN.) (7.30 m).
41 Pelbiointramicrosparite com zonas esparíticas. Pequenos
Ataxo$hragminue, coraliários, restos de equinodennes e
TkarCmatopordla pawovesicalifera (RBIN.)(2 v).
42 P~Imicritecontendo Hazcrania sp., Textuluria sp. e grandes
A tuxophrapinae (2,60 m).
43 Oopelesparclte com raros intraclastos (4,Mm).
44 Bh@pari.te; Contém V&&&dae . e Th~cscw&o$oreEfa
'

~rrroe~~sicCkfwa (RAIN.)(1,40 m) .
45 Biop&n.traspwite contendo Amnsobaczclites sp., HapZo-
9iS~agrnWsp., Sdertápora sp. (1 m).
46 Peibidawp8í'ite com Iitodwtos, contendo abmdantes
Ata%opFkYagdPtm e TrochoEina sp. (2 m).
47 Pelbiomictwparite com zonas espadrtrm. O'hMMiEae,
N a ~ t i h c d i n asp., Egerelta sp. e Tkamato$or& -pdtmove
sicajtifm ( R m , ) (2 m).
48 Pelintramicrosparite com zonas espw4ticas e líiwlast.a%.
Contem Protupt~eerofilisstriata WEYNSW., Ammabac~tites
sp., Caimxia sp, e Sotenopora sp. (10 m).
49 ,Peiintrasparite contendo Sokmofiora sp, Esta zona cst&
afectada por acent.uada esparitização (8,M m).
fio Pelbiomicrite contendo EgerdIa sp., L i ~ t ~ l i wsp.,
z Nodo-
sarh sp. e restos de lam&brhlnquios. W ~ e m - s ainda e
CaiewiEli sp. e Sole9sopora sp. (11 m).
8 1 PStemh~ade camadas mnstitufdas por ~ c r o ~ p a r i t e
e biomide. Nas primeiras distíngwmmse V a N d w 6.
Ilwgemi SE^., Cdcisfwa sp. e T h a d W * fiar~otw-
sic&f~va (RILW.), enquanto que nas bidcrites & t h
guem-se somente abundantes ostracodos (13 m) .

O corte que acabmos de descrever att.avewou arnadas


que na base (& 1 a 4) podem pertencer ainda a~ Baja-
cimo, enqtianto -as camxclas superiores a 4 e at& a 51, devido h
presença da Pra&pmwoplis striata WBPN$CH.,pertacem j5 ao
Batoniano inferior podendo atingir o Batoniano médio.

C. MONTEMOR-O-VELHO

O Aaleniano é visfvel ao longo do caminho de acesso ao Castelo


de Montemor, numa espessura de cerca de 20 m. Trata-se de
dternhcia de calcário margoso compacto um pouco nodulaso,
em bancos de O,IO~O,16m, e de margas de espessura idkntica,
com Tmetoceras sp. e Vu~ekiasp.. A base do andar nãd parece
estar representa& o contacto com as formaçães toarcimas faz-se
por falha. ,
O Bajociano inferior (35-40 m) começa por 10 m de alternan-
cias de caldrios rnargosos tenros, cimento-claros, e margas, com
fauna da subzona de Discites: Brawsiwa ehgan&la BVCK.,Grapho-
ceras sp., Toxolioceras sp.; a zona de Sauzei, de litologia análoga,
está marcada pela presença de Otoz'tes sazczez' (~'ORB.),Brradfordia
firaeradiata (Dom.) e Emileia sp.
Seguem-se-lhes calcários rnargosos compactos (Bajociano
mkdio?) (10 m visíveis) sobre os quais está construido o Castelo
de Montemor.

~mAss~co
SUPERIOR
As últimas camadas do Caloviano, rnarcadas por nítidas
influências litorais, pertencem à base do Calovimo superior.
Segue-se importante lacuna e a sedimentação recomeça apenas
no decurso do Oxfordiano (Oxfordiano médio?) com depósitos
essencialmente lacustreç ou lagunares, no meio dos quais se inter-
calam algumas bancadas de fácies marinha litoral. Eqte conjunto,
que corresponde ao andar tLusitanianoo senszc P. CHOFF+T,encontra-
-se bem desenvolvido e é observável ao longo da costa em frente
à Fábrica de Cimentos e Carvões do Cabo Mondego, que o explorou
activamente. A sua importancia e espessura diminuemrapidamente
para Este.
Mo Cabo Mondego, ao ~Lusitaniano))correspondem três for-
mações litostratigráficas, a saber, de baixo para ciml:
1) o complexo carbonoso (Oxfordiano médio a superior);
2) os . calcários hidráulicos (Oxfordiano médio , a superior);
3) as camadas marinhas ricas de lamelibrânq*os (Kimeri-
dgiano inferior?).
O Jurássico superior termina por complexo arenítico (= Areni-
tos de Boa Viagem) que se prolonga pr.ovavelmente p4a base do
Cretácico; não se conhecem actualmente dados pdeontológicos
que permitam datar pormenoxizad.amente esta unidade.

p*--Odordiano médio e superior


. I

1, O comphyo carbmoso (40 m) é actualmente visível, se bem


que apenas parcialmente, na escarpa em frente. $a Fábrica do
Cabo Mondego. Esta unidade foi particularmente estudada por
P. Choffat (relatório inédito); tendo sido antigamente explorada
como unidade produtiva, muitos elementos conhecidos baseiam-se
em observações feitas em galerias, hoje não utilizáveis.
Na parte inferior (20130 m), a um conglomerado de base nem
sempre visível, segue-se conjunto (10120 m) de margas e calcários
I
em plaquetas com numerosas Ostrea sp. e Corbula sp.. A série
carbonosa propriamente dita (cerca de 10 m) vem a seguir; trata-se
, de altemkcia de margas xistosas com leitos de lignite que foram
intensamente explorados no passado, e de bancadas calcárias
com Paludina ribeiroi CHOF., M y t i l ~ ssp. e Unio sp..
Na parte superior (20 m), bancos de calcário compacto com
odor betuminoso alternam com bancos de arenitos avemelhados,
com pátina ocre e superfície ondulada, onde silo correntes impres-
sões de pegadas de dinossáurios (Megalosa~izcs pombali LAPPARZNT
e ZBYSZEWSIU), Ultio sp. e fragmentas de vegetais.
No conjunto do complexo carbonoso foram recolhidos:

Flora (HEER, 1881; TEXXEIRA, 1948, 1972; PAIS, 1974):


Toditesfalciforwis PAIS, Otozamites mundae (MORRIS)[= 0. akgus-
t$olius HEER; = 0. ~ibeiroan~s HEBR,= 0 . ~zatividadeiTEZX.],
Pterophyl1~mmondeg~ensisPAIS, Brachyplzyllzcm lusitclnicwn PAIS,
Eqzcisetum sp., Çzcpressimdadus micromerum (HEER), Elatides
f&zfoZia Tzur. [= Lycupodites wiZZiamsonis LINDL. e HuTT.],
Nilssonia sp., CzekanowsKk sp., Baiera viannai TEIX.,Cylindro-
a>orella lusitanica RAMALHO,Oogónios de Clzarar sp..

I Paldimz ribeiroi C ~ F . ,Planorbis sp., Corbzch sp., Leda sp.,


Cypina miqov CHOP.,Isocardia striata ~'ORB.,Cyreaa sp., Perw
foZiacea CHOF.,MytiZ~ssp., Astarte sp., Ostrea cf. ermonItz'maT m ,
Unio mozlssoni CHOF., U . cf. mayevi CHOE'.,U. vezia4 CHOF.,
U.mondegoensis CHOF., U.hermi CHQF., U . variabilis CHOF..

. 2. Os cpZcá~iosItidvduEicos (ou ((calcairesà c h e n b de P. CHOP-


FAT) (cerca de 80 m), desde há muito explorados pela upedreira
Sul* da Fábrica, a W da estrada que sobe ao farol, encontram-se
aí bem expostos.
Eles começam por calcários cinzentos escuros, compactos,
em bancadas espessas, sobrepostos por uma alternancia de argilas,
c a i & ~ cinzento compacto e argilas lignitosas e piritasas. Este
conjunto, com 15 a 2Om de espessura, é pouco foswilífm: UmZo
v e A a ~ iC-., abundante, Ueio bwarc~iumisCEOP., U ~ i Issberti
o
CHOW.,abundante, PaZzcdha ribei7az' C ~ F . ,Trd&tes sp., M y t i k
sp., Zmites sp..
Parecem pertencer à parte inferior dos sc&lCários hidráulicos,
pelo menos dois dos exemplares de h01bsf;eos citados do Lusita-
niano do Cabo Mondego: Profitwus nlicrostms A~assrz(V=&,
1939) e Lepidotccs sp. (GONÇALVES,1959). I

Seguem-se cerca de 30m de calcário niargoso dampacto em


bmcos pouco espessos, separados por interleitos de &os òetumi-
nosos. Na parte inferior são correntes fragmentos de lasnelibrh-
qdos e gasterópodes. Na parte média e $u&rior foranb assinalados
carófitas, ostracodos, 1amelibrQnquios (Psr.raomydtlecs sp.), ouriqos
(Hemicidaris sp.). Nalguns destes bancos wnhecem-se, em frente
B Fábrica do Cabo Mondego, belas pegaáas de din~5$Imios(Mega-
Zosawus imigsis DI~.,ON-PS e L B ~ R ) .
Os calc cá rios hidráulicow terminam por cerca de 30m de
calcário margoso compacto que forma parede verticit2 de acesso
dificil. Este conjunto mostra associaflo fawilstica de água doce
(Usio sp., Chapa sp., Pdudimz sp.), evidenciando-se no entanto
algumas ulnuências marinhas (presenga de ouriços).
Um corte realizado pela CPP ( G o m , 1962) aio bngo das
arribas a Sul do Cabo Mondego entre a Mina de lignito e a povoaflo
de Buarcos, mostrou a seguinte sequencia do compIeEo, de baixo
para cima:

1- Em cima dos caicários macipx, b e n t o s , dciclásticos,


com raros fragmentos de fbsseis: alternhcib (10 m) de
brechas com coralibios e de @és cal~tkig por vezes
Egnitoso, com intercd@es de calçaxios ma2s ou menos
fenuginosos e de lumachelas com ostras.
2 -Alternaneia (46 m) de calc&rios margosos, mmgas ligni-
tosas com uma camada de lipito de 2 m e de ~ 6 s
c a l d a s apresentando na base intercalações de brechas
recifais. Contém associação Inicmfaunfstica com E a g e
.
tdiw cf Potigornt (TERQWEY), C@her~l€us@raju~asica
-%I, Eocydhetro~terwsp., pequenos Mekacyprid sp.,
restos de algas e de car6fitas.
d o s , de calcários margosos e de margas, com níveis de
Inmachelas na base e intercalações gresosas na parte
superior. Presença de TerebratuZa sp., Ostrea sp., Myta'lus
sp., Posidonia sp. e Ttichitss sp. Associação microfau-
nistica com Alveosepta jaccaudi (SCHB.), Btdbobacaclites cf.
mahci BIUIN,Damin& legacmida (FORB .), Lmtidina
sp., Hutsmia sp. e raras carófitas.

Tal como já foi dito, este complexo é mal visiwl na estrutura


de Verride onde está afectado por numerosas falhas.
As possibilidades de realizar bons cortes estratigráficos estão
iimitadas devido à falta de bons afloramentos e B cobertura vegetal.
Na entanto; a ME de Serro Ventoso, foi possível realizar u m a
amostragem que permite descrever, mesmo sucintamente este
conipko; trata-se de alternAncia de calcários mais ou menos
gresosos, feldsp&icos, calcidásticos, raramente oolíticos e de
magas arenosas As vezes carbonosas.
Os dcários crrntêm geralmente restos carbonosos e raras
m~çõesde ostracodos e de yófit_as. A p p s u r a , .$*te com,plex~
$ da ordem dos 25 a 30 m.
Em Unnar a sequência litológica é praticamente a mesma
vestfgros de lignito. São frequentes as intercalaçeíes de
argila cimata, de margas lignitosas e de calcários
margosos f&eros.
Os f&ds são raros (Mytilzcs? sp., Ostrea? sp.);
nhel de rdmdmia rico de TebwiteIa? sp. foi também
assinaladoao antklinal de Verride e na região de Pombal.
A assodaç%o microfaunfstica coatém: Miliolideos,
grandes for@eros arenáceos, Le~ticulima m ~ m t e r i
{Roma.), Dam'nullr legebminella (FoD.) , ScbMdetl.
$.rZeh& (Sztca.) , pequenos Metaciprys sp., Comptocy-
t k e sp., bem como restos de algas e de carófitas.

MEMBRO B
6 -Margas vermelhas areniticas com intercalaqões de are-
nitos de grgo fino a médio, amarelos, vermelhas ou
cimentas, destacandocçe bancadas com elementos gros-
seiro$ otz mesmo conglomeráticas (5'7 m). Contém pe-
quenas cardeas.
7 -Alterngncizl (48nz) de rnargas arenfticas e de wenitos
glaumdticos finos a grosseiros amarelo-rosados, ver-
melbers ou verdes, micáceooj. Contém Danerinulu legeb-
m i ~ e l k(Foa~.)e outros ostracodos de pequeno porte.
8 -Margftç medti~~as, rnicáçeas, vedes, com laivos ver-
melhos e c m intercalações lenticulares & arenitas
h o s a grosseiros, por vezes microconglomeráticos(93 m) .
Quando os arenitos sãio glauconíticos apresentam por
vezes dmeato calcário. Contem Dam'nwla legaminella
(EoRE.) e pequenos Metacifirys sp..

MEMBRO C

I ' , ' _

-i
i" 8 -
r -
,- 8
-
- 8
8 , L-'
10 -Alternilncia (40 m) de arenitos de g r k médio, com
níveis grosseiros, bem estLa@cados, amwdo-esverdeados
e de a r d a compacta arenitica verde e vermelha. S%o
frequentes pisólitos e restos de ofiurideos.
.I1-Margas cinzentas compactas com intercalações de
calcários margosos mais o menos noduloss, raramente
calciclásticos, com PQYMsp. I
12 -Alt&cia (77 m) de arenitos de grão médio com
níveis grosseiros amarelo-esverdeados e de 'argila arenosa
verde e vermelha. 0 s arenitos podem eventualmente \

conter calhaus siliciosos e outros calcários, bem como


nódulos argilosos e pisóiitos. I

13 -Margas mais ou menos plásticas com intercala@es de


c a l c ~ o scriptocxistalinos, calckios margmas em ban-
cadas finas e arenitos finos lignitosos. na parte superior.
A associação microfaunfstica contém Atlveosepta jac-
cardi (SCHR.), Le~DicuZi~ua sp., Ammodbsc~ssp., D~trwi-
mia legz4mi~eZla (FoRB.) , pequenos Mehzciprys sp.,
bem como restos de algas e cmófitas. A ,macrofauna 6
constituída por gasterópodos, pequenos bivalves e restos
de eguinfdeos. I

No sector de Verride, o complexo está recortado por nume-


rosas falhas e coberto por fonnaçães mais recendes, creiácicas
e cenozóicas. Aqui, tal como na Serra de Boa Viagem, o complexo
é canstituído por alternancias de arenitos finos a grosseiros, de
a r d a s e de calcános mais ou menos margosos, âs vezes arenosos,
com espessura visível da ordem de 300 m a NE de Serro Ventoso.
A topografia local e a forte cobertura vegetal nâio permitiram a
realização de cortes nesta área.
Na Serra de Boa Viagem e em Brenha o tLusit+o~ conserva
sensivelmente a mesma espessura. As condições de observaçtio não
permitem aí a diferenciação das várias unidades in@vidu&zadas
no litoral; os níveis lignitosos, por exemplo, nunca aí foram asssi-
nalados. I
Em Brenha as camadas marinhaas ricas de larnelibrânquios,
e com raros equinóides, encontram-se reduzidas a alguns metros
e são mais ricas em elementos detriticos que no litoral; 1krn mais
a Este elas são substituidas por calcários ooliticos e com grãos de
areniticas, micáceas, nodulares, vermelhas que d b
passagem a calcários margosos, nodulares, areníticos,
vermelhos e esverdeados.
-
16 Alternância (89 m) de margas calcárias com concen-
trações de calcário margoso, arenitich, micáceas,
avermelhadas, amareladas e esverdeadas e de arenito
margoso, geralmente fino, micáceo, avemelhado.
I7 - Conglomerado margoso, vermelho, com elementos de
calcário cristalino róseo (6 m).
18 -Arenito margoso micáceo de grilo fino a grosseiro, As
vezes com elementos de grandes dirnensóis e lentículas
conglomeráticas vermelhas, cinzentas e' esverdeadas
(69 m). Raras intercalações de margas aren+as, míc&ceas,
de cores variadas e de calcários margoeos nodulares.
19 -Arenito de grão médio a muito grosseiro, argilo-mar-
goso, micdceo, pouco feldspcítico, com elementos de
grandes dimensfks, cimentos ou amardados. Inter-
calações de a r d a s margoças, areníticas, micáceas, ver-
melhas.
20 - Conglomerado grosseiro a muito grosseii-o, caulínico,
da base do Cretácico.

Em 1946 o Serviço do Fomento Mineiro, pretendendo avaliar


as reservas de lignito existentes no Couto Mineiro do Cabo Mondego,
procedeu ao reconhecimento do Complexo carbonoso, realizando
5 sondagens profundas na vertente S da Serra iie Boa Viagem.
Entre elas cita-se apenas a sondagem N.0 2, realizada a SE do
Fard Velho, por ser a mais profunda e por ter penorado franca-
mente nas formações do Dogger. O corte apresentado baseia-se
apenas em classificaç%olitológica sem classificação de micro ou
macrofaunas. De cima para baixo a coluna litológica atravessada .
é constituída por:

I -Arenitos de Boa Viagem (J4-9

Entre 0,00 m e 100,OO m -Alternância de arenito rtjseo e de


leitos de argila com intercalações
de margas em camadas de 1 m.
Entre 100,OO m e 120,90 m -Alternancia de arenitos e de margas.
i, 120,90 m e 131,30 m -Arenito calcário e margoso.
131,30 m e 139,OO m -Altedncia de arenito calcário por
vezes micáceo e de margaç areníticas
verde-escuras. Raras intercalações
de calcário margoso.
R 139,OO m e 160,50 m - Arenito calcário cinzento com uma
intercalação de calcArio margoso
entre 145,OO m e 146,60 m.

I1 - Complexo C d ~ O - a r ~ O - ~ e n i (t iJ:~ )o ( =&amadas marinhas


ricas de lamelibr<lnquios)))

Entre 160,50 m e 160,70 m - Calcário com f6sseis animais e


intercalações de arenito cinzento.
160,70 m e 318,30 m -Alternancia de arenitos predomi-
nantemente calcários, micáceos, por
vezes margosos, esbranquiçados,
esverdeados e avemelhados e de
margas por vezes areníticas, pouco
micáceas. Raras intercalações de
leitos de argilas.
i, 318,30 m e 324,20 m -Alternancia de margas mais ou
menos arenosas e de arenitos. Raras
intercalações calcárias.
R 324,20 m e 404,OO m -Alternhcia de arenito de grão
fino a médio e grosseiro, por
vezes margoso, rosado, e de margas
areniticas matizadas. Nesta zona
há forte predominiincia de fácies
arenítica siliciosa.
s 404,OO m e 409,60 m - Calcáno margoso fossilífero.
R 409,60 m e 468,20 m -Alternancia de arenito de grão
fino a grosseiro e de margas ma-
tizadas, por vezes pouco micáceas.
Intercalações lumachélicas entre
446,OO e 446,70 m e entre 448,OO
e 449,OO m.
Entre 468,20 m e 477,60 m -Arenito de grão fino as grosseiro
com fósseis. Intercalação calcária
entre 463,60m e 465,OO m.
. , 4'77,430 m e 495,50 m -Alternância de arenito fino a gros-
seiro e de marga arenítica com
predominhncia de arenitos.
495,50 m e 496,60 m - Calcário margoso com intercala-
ções de níveis lumach6licos.
496,60 m e 626,20 m -Alternância de arenitos margosos
e de margas matizadas. Raras
intercalações de leitos de argiia
fossilífera.
626,20 m e 533,28 ni - Calcá.no com leitos de carvão e
com zonas lumach6licas.
1) 533,28 m e 565,30 m -Alternância de arenito fino a médio,
vermelho, esbrmquiçado, e de mar-
gas areníticas.
n 665,30 m e õ68,15 m -Altemância de calcários e de mar-
gas fossiliferas.
u 568,15 m e 674,SO m -AltemAncia de arenitos calcários
e de margas areníticas.
) 674,50 m e 577,60 m -Alternância de calcários e de are-
nitos.

I11 -Complexo carbono50 e caicários hidr8ulicos (g,,)

Entre 677,50 m e 690,20 m - Calcário margoso com fósseis.


B 590,20 m e 601,20 m -Arenito calco-margoso com restos
de vegetais e intercalações de marga
arenítica.
B 601,20 m e 694,OO m - Calcário margoso com fósseis e
diversos níveis lumachélicos.
u 694,OO m e 739,80 m -Calcário margoso com~im~re&~ões
de betume com apreciável fluidez;
fósseis raros.
739,80 m e 795,75 m - Calcário margoso com vegetais in-
_t carbonizados e níveis fossilíferos.
Filetes de carvão e vestígios de
pinte.
Entre 796,76 m e 811,30 m -Arenito de grão m6dio a grosseiro,
por vezes micáceo, com interca-
lação margosa entre 796,76 m e
797,50m e intercalação de calcário
fossilffero entre 800,OOm e 803,00m
is 811,30 m e 823,40 m - Calcário margoso fwilifero e leitos
de lignito com concentrações de
pirite.
823,40 m e 832,88 m - Calcário margoso negro com leitos
de lignito.
832,88 m e 833,48 m -Lignito.
w 833,48 m e 848,OO m -Calcário margoso negro com restos
e leitos de lignito.
r> 848,OO m e 856,60 m -Calcário margoso com fósseis.
is 856,60 m e 874,20 m - Calcário microcnstalino com poli-
@os e outros fósseis.
t) 874,20 m e 880,30 m -Calcário margoso fossillfero.
is 880,30 m e 881,90 m -Lumachela de ostras.

-
Doggm (Caloviano J:)

Entre 881,90 m e 904,OO m - Calcáno margoso cinzento com ce-


fal6podes e outros f6sseis.
Entre 759,OO m e 454,OO m os pendores das camadas man-
tem-se entre 10 e 160. Acima de 454,OO m as camadas sofrem
brusco aumento de inclinação que passa de 10-150 para 32-450,
indicando uma discordgncia angular na passagem do Oxfordiano
ao Kimeridgiano.
Q

C1'S- Arenitos de Cmwd (Cretácico inferior e médio)

' Esta formação assenta em discordiincia sobre as formações


do Jurássico. I? constituída em geral por aresitos mais ou menos
argilosos, finas a grosseiros e por argilas em geral arenosas. Do
ponto de vista granulométrico, a formação apresenta uma dimi-
niliçã-o no calibre dos grãos, da base para o topo.
O &te inferior corresponde à discord&nciajá mencionada:
O superior é marcado pelo apalwimento da f~rma~ão.carbonatad+
da Costa de Arnes.
Os afloramentos de ÇreMcico inferior e médio distribuem-se
de f a m a I k k o d o s a circundando as estruturas anticlinais jurás-
sicâs. Dividem-se em quatro grupos:

I -Afloramentos da eicosta sui da Çerra de Boa Viagem.


11 -Aflormntos d a regi80 de ~ontemor-Q-&lho
I .
-
111 Afloramentos do anticlinal de Verride.
N -Afloratnentos da dgitto de Soure.

I -ENCOSTA SUL DA SERRA DE BOA VIAGEM

P. CHOFPAT(1900 b) referiu-se pela primeira vez aos cGrés


do Belasiano* que afloram na encosta sul da Serra de Boa Viagem,
limitando as observações aos primeiros 10 a 16 m e assinalando a
discord%nciaexistente entre os Arenitos de Boa Viagem e os Are-
nitos de Carrascal.
Segundo este autor, a base da formação é constituída por
areias grosseiras avemelhadas com calhaus de q u d z i t o branco,
irregularmente dispersas, um rolados e .outros subangulosos,
atingindo 2s vezes o tamanho de um punho.
As camadas sobrepostas s&oconstituídas por arenitos brancos
compactos alternantes com camadas de areias com cdhaus, seme-
lhantes aos do nfvel anterior. A 10-16 m da base observam-se
intercalações lenticulares de a r d a s brancas com restos de vegetais.
Os fósseis ai recolhidos (jazidas de Buarcos e Tavarede) após
estudo de M. DE SAPORTA (1894) foram revistos por C. T E ~ I R A
(1948). P. CHOFFAT (1894) refere existirem três lazidas situadas
nas proximidades da colina do Mhrtir Santo.
O nível mais baixo é o mais rico; C. T E I ~ I R A (1948, p. 16)
cita as seguintes formas:

Sphenopteris rna~telli BRONGN.,S. tenuifissa SAP., S . fla-


b&%a SAP., S. recurrm SAP., S. involvens SAP., Adiant'um
eximium SAP., A . e~pafisumSAP., Phlebomeris falciformis
SAP., Ph. spectawla SAP., Psezcdocycas te%uisectus (SAP.),
Podozamites sp., Brachyphyllwn obesum HEER, Sfihenolepi~
de $cwwsz ms subretnds peh &&&ncI& de;
4 jas& de Twkatdct! sita-se ma9 longe
w~jxmtoa flam ai m a e-*&,
ehm1388périwe+m-
&qMd6w4
Con@vales
Arawriacites australis COOKSON,
A bietineaepollenites sp.,

Angiospermae, Dimtyledoneae-Incertae sedis


TricoZpo~ollm~es sp. 1 , I

Trtco@o$oUertites retifmis PFGUGe THO'MSON,


TricoZpofioWenites massimurz1s G ~ o me P E m ,
Tricolpofiokides sp. 4,
Striatopollis sarstedtefisz's KRUTZ- .
La.ti$oWis vlclgavis J . e C. GROOT,
Lati$ollis verwosus J. e C. GROOT.

J. e C. Groot atribuiram este conjunto sob reserva ao Ceno-


maniano superior. T ; /,!I L -
" :-i.
Recolha de sedimentos na lenticula argdbsk Infeior que for-
neceu os macrorrestos descritos por M. DS Saporta e por C. Tei-
xeira, forneceu microflora rica e variada; J. PAISe Y. REY~E.
(1980) citam:

Concavis$orites punctatus DELCOURT e SPRUMONT,


A~riiblimsporites com$Ée'xis BUIPGER,
Cf. Chomotrihtes forma 1, I . 1 .
,
I -

Cf. Chomotriletes forma 2, , .


Tdobosphtes cf. b&nissartensis DEI,^. e S P R ~ . ) ,
A@'cuZatisporites vu.lgaris J. e C. GROOT,
t ~ s1, .
C o ~ i c í ? s ~ $ o y 'isp.
Ci~afre'ms4s$ari&ssp, 2 (Horogem's),
CZcatricasis$o~itt?~ s i . 3 (Bim %O),
Cim*w's@rh sp. 4 (Bior. 26),
Cimd~cosZsp&pvit~ sp. 6 (Bior. 28),
Ciçlobr<6osi~porOlessg. 6 ,
C~sa"at~o"f~ospO&tes fisd&ms D&M,
Cur&P&es sp. 1, . .
C~atos$mibscf. qydiis Coozcsow e DETTÃ~APTN,
Iscftyosj50P'Ztes teztezn82~ae PNS e R ~ Y L u ~ ,
LGurw.aspo&s sp.,
Aquztr$radPt%sc$. spi%zlE:ows(Cooss.e D m x . ) ,
Ced&wes k i t a ~ i c (J, t ~ e C. GROOT),
CIte.vati~ol~i;tes cf. kflgha' C,-
A ~ ? a u ~ r i o $ ~ Zsp., ~it~s
Ctd;lsso~llis major J, e C. GROOT,

Este conjunto 5 indubitaveantente mais antigo que o descrito


por J. e C. Groot. É ab?bufvel ao Barremia~ro-Api5ano sqeriado
a associação Aficdatisjwris mlg-a~is-ÇlassapotUs major idade
aptiama.
Conpa~andoo conjunto de maçrorrestos desaitos por C. Teí-
xeira com os esporos e polknes recolhidos no'mesttio nfvd deve
salientar-se a arrsência, entre as microf4$seis, de qualqwer p6len
atribuível a angios#rsnica, enquanto nos mamorrestos existem
várias imprw& foliares deste grupo de plantas. Desteed o ,
dado o tipo de depósitos expasto em Buârcos (continentais e de
mo& geral grosseiros), não 6 de eãclnir a possibilidade de os aparos
e pol&z& estarem ~edepositados> pr~vindode níveis mais antigos.
É tamb6m possível qne os pulgnes de angiuspddcas, leves e
pequenos, ténham sido transportados para mais loxge que a res-
tante axsociação aqd conse~ada.

I1 -MONTEMOR-0-VEUZO
. Os Arenitos de Carrascal aflorm na Serra de Pdontemor. No
f b c o oriental amentam em discor&ncia sobre m.calicária mar-
psos e mal@ do ToaCiano; na flanco ocidental contactam por
falha com os calçartos do Lataringiano.
A. F. S L ) (1846)
~ fez estudo muito, completo .desta forma-
$0 dividindo-a em três membros, de baixo para &a:

MEMBRO A -Cár~cttxiadofundamentdmnte por are-


nitos p s s e i r o ~a muito grosseiros, mal calibrados, com grãos de
quartzo angulosos ou subangulosos, ricos em seixos e calhaus.
Na vertente orientd da Serra de Montemor, a base &te membro
e3tb marcsda pela presen~~a de um congzOmeradol ferruginoso.

MEMBRO B -Constituído essencialmente por arenitos gros-


seiros a muito grassebs, localmente subarc6sicos ou arcósicos,
mais ou menos asgiiosos, com estruturas entrecruzadas. Junto de
Montemor-o-Velho a parte superior da unidade conti5m lentículas
silto-argilosas e lentículas de seixos. A cor predominante B branca-
-acinzentada.

MEMBRO C - Constituído fundamentalmente por arenitos


groseiros a médios, pobpes em matriz, com estrutura entrecru-
õãda e muito raras lentlculas de seix~sfinos a muito finos.
Segundo A. F. Soares, na vertente ocidental da Serra de
Monternor, observa-se apenas m a parte do membro C, não apare-
cendo o conglomerado ferruginoso da parte inferior. Os membros
B e C estgo parciahente cobertos por formações quaternárias.

: Nesta h,os ,Arelaitos de Carrascal assentam em discor-


dbcia, por intmedio & um cr>nglmerado, sobre o Jurássico
m6&0 elou superior.
Entre B-h09 e Cereal. a" formafão contacta por falha
com o Caloviano, contornando o anticlinal jurássico, dom excep@a
da sua parte norte.
De modo geral, nesta regigo, as Arenitos de Carrascal, além
do já mencionado congiome~ado,s%oformadas por w a d a s are-
nStiw mais ou menm compactas, por vezes feldBpAticas ou con-
glomdticas, com intercalsções de argilas mais QU menos arenosas
As cores predominantes são o amarelo e o branco
e .miclceasrasr
acinzeritado. São frequentes camadas lenticulares e eshturas
enhmdas.
I
I
Um corte realizado ao longo do caminho entre Quinta. de
I Santa Cruz e Santo Isidro, mostrou a seguinte-sequência:
I

I
1 -Sobre as argilas areníticas do Kimeridgiano-Portlan-
I diano, junto do v. g. Santa Cruz, conglomerado grosseiro
a mdto grosseiro com matriz constituída por arenito
grossWo caulinico, feldspático, pouco michceo (5-6 m).
2 -Aredto de grão médio a fino, caulinico, com calhaus
rolados dispersos e outros formando níveis lenticulares
(2 m-2,60 m).
3 -Conglomerado muito grosseiro (diametro dos elementos
at4 0,lSm) ravinando um arenito f i o micáceo, câulf-
nico, com 0,20 m de espeSJura. Na massa wnglomdtica
observam-se dispersos grandes cristais de feldspato
branco, rolados e muito alterados (2,60 m).
4 -Arenito grosseiro a muito grosseiro, feldspático, cauli-
nico, com níveis e concentrações de calhaus brancos
( 5 6 m).
6 -Arenito de grão médio a grosseiro com calhaus brancos
(0,40 m).
6 - Conglomerado com grandes cristais de feldspato dispersos
e com inte&çi%o lenticular de arenito de grão fino a
médio, cauiínico (2 m).
7 -Arenito de grão m4dio a grosseiro, caulhico, pouco
feldspático, micáceo, com calhaus rolados disperso6
(0,õQm a 0,70 m).
8 -Leito de calhaus bem rolados (0,20 m).
9 -Arenito de grão médio a grosseiro, feldspático, mi&eo,
caulinico, amarelado, com leitos de calhaus rolados, mais
abundantes na parte superior (130 m).
10 -Argila arenosa branca (0,60 m) .
11 -Arenito grosseiro com matriz caulínica e abundantes
calhaus rolados (0,80 rn).

Os elementos dos niveis conglomeráticos e os calhaus dispersos,


são coastituidos por quartzo e quartzito. Apresentam-se geralmente
d a d o s ou sub@osos e com diâmetro máximo inferior a 20-25 em.
Foram também encontrados calhaus de calcário jurhsiw com
dihmetro inferior a 40 cm. Em corte d possivel observar figuras de
canais com. grande desenvolvimento horizontal. A cor dominante
é o branco.

12 -Niveis de calhaus subangulosos.


13-Arenito de grão médio a grosseiro feldspático, cinzento,
com cdhaus e niveis =$o-arenfticos intercalados (4-6m).
14 -Arenito grosseiro, muito feldspático, cinzento-amarelado,
com niveis de calhaus mal rolados (4-6 m).

Junto do cruzamento do caminho para Alagoa, observa-se:

16 -Afenito fino tornando-se muito grosseiro para a base,


com níveis e lenticulas de calhaus rolados (6 a 10m).
16 -Arenito, muito fino, argiloso, cinzento-ferruginoso
(0,50 m).
17 -Arenito de &%o médio a ' grosseiro, feldspá.tico, com
' calhaus rolados (1,20 m).
18- Argila siltosa cinzenta (0,70 m).
19 -Arenito de grão médio a grosseiro, feldspático, amarelo
12 4.
20 -Argila pouco arenosa, cinzenta (0,80 m).
21 -Arenito de grão médio a muito grosseiro, feldspático,
argiloso, cinzento e branco, com niveis e mncentrações
de calhaus (3 m).

O conjunto de camadas 15 a 21 observa-se junto do cruza-


mento do caminho para Alagoa.

22 -Arenito grosseiro a médio, cinzento, compacto (0,60 m) .


23 -Arenito de grão fino a médio, friável, cinzento-amare-
lado (0,BO m).
24 -Arenito de @&o médio a &o, feldsp&ico, amarelo
(1,220 m).
26 -Arenito cinzento (6 m) de grão médio a grosseiro, com
niveis argdosos intercalados.

Comparando a sequência descrita com os membras A;B e C


definidos a N do rio Mondego por A. F. Soares é possivel estabe-
lecer um paralelismo; de facto existe uma diminuição do tamanho
-59-'.' S;5.3iYW,m$
, , - J%O' ,nM.!r,*,,.
.; .., ;;$i' 24:y
dos grãos *dequartzo da base @a 'o i0po.o qug'leva
a admitir que
tatinb6m nesta região estejam representados os três membros.
anteriormente descritos.

mm '81.1
Sobre as formações do Jur&ssicodo v. g. da Mucata, do anti-
k .L- ,8
- &na1 de Cabeça Gorda e da vertente oeste da Serra do Circo,
. afloram espessa%camadas areníticas que P. CHOPPAT(1900)quali-
ficou de &r& do Belasiano,.
a)
Os afloramentos distribuem-se a N e NW de Soure bem como
E:F nos flancos do anticlinal de Cabeça Gorda.

Os Arenitos de Carrascal afloram, aqui, entre Casa Velha e a


vertente aic?den.tal do Cabeço da Mucata, onde assentam em dis-
_
cord%nMa sobre fornações calchio-margosas do Toarçiano, desen-
volvendo-se para N de Vila de Anços e para E em direcção a Fatacos
e Cavaleiros, onde assentam em discordbcia sobre o Liásico e o
Dogge~hdiferenciados.
'
Um estudo realizado por J. F. G. CRUZ(1961) sobre nove
amostras colhidas nas proximidades de Soure, com valor estatis-
tico, permite verificar que se trata de arenito dundamentalmente
constituido por grãos de quartzo de vários calibres, normalmente
c l o s , ligados coerentemente por cimento c a ~ c O~ mesmo ,
autor conclui que as amostras estudadas são constituídas por
arenitos muito finos, finos, médios e grosseiros, sendo os grãos
de quartzo muito bem calibrados,

Aflortrmehtos de Cabe@ &?da

No flanco norte deste anticlinal, estende-se estreita faixa


que se desenvolve em direcçfio de Ega, desde Cavaleiros at6 E de
Arrifana. As camadas areníticas são geralmente discordantes sobre
o Bajociano e o Batoniano.
Na vertente sul da estrutura de Cabeça Gorda, a mesma forma-
ção desenvolve-se para NE, desde Mencarce de Cima.até a povoa-
ção de Senazina. A partir destaqlmalidade,prolonga-s&para S em
direcçgo de Tapem.
1-AFLORAMENTOS DA VERTENTE SUL DA SERRA DE BOA VIAGEM
Estes afloramentos, com cerca de 500 m de largura, estendem-se
entre Figueira da Foz e Lares onde são cortados abruptamente
pelo rio Mondeg~.Constituem' uma das zonas preferenciais para
o estudo do Cenomaniano-Turoniano calcários.
Foi nestes afloramentos que P. Choffat baseou a descrição
'
do Cretiicico superior, dácies calcária com amonites,, com base
em diversos cortes realizados em Salmanha, Vila Verde e Lares.
O estudo destes cortes foi retomado por J. LAUVERJATe
P. Y. BEXTHOU (1973-1974)com amplas referências aos cortes rea-
lizados por P. Choffat. Em face da carência em macrofauna,
estes autores apresentaram estudo das microfaunas e das micro-
fácies.
P. CHOFFAT (1897 a, b) sintetiza do seguinte modo as dife-
rentes unidades estratigráficas do Cretácico da Figueira da Foz
(as referências taxonómicas foram aqui actualizadas):

A) -Arenito sem fósseis marinhos, mais ou menos conglo-


merático, com flora terrestre.
B) -Marga caleiiria com Pterocera incevta ~'ORB.(10-14m).
C) - Camada com raros Neobbites vz'brayeanus (~'ORB.),
equinfdeos e ostras (4 m).

b Tmniano inferior

D) - Calcáxio oolítico com Anortho$ygzts ovbkzclaris ~'ORB.


e, no topo, Pwzosz'a cf. planwZata (Sow.) (2-3 m).
-
E) Camada com I;U.ynckostreon (Amphidode) colzMlzbum
LAM. forma major, Ceratostreorc flabelLatum GOLD.,
'

Ezogyra oktsiponensis SHARPE,Pycnodonte bz'uuricu-


h t a ( L u . ) , Anorthopygus oráicularis ~'ORB.,V ~ S C O -
ceras g a w i C-., V . mundae CHOF. e, na base,
Puzosia cf. +Zarculaia (Sow.) (3-4 m) .

F)- Camada com Vmcoceras mzcndae CEIOP., V . gamai


CHOF. vax. s&tria1zg&wis.
G, H) - C m o brm& com povpeirm, gasterdpodos e
os-t.ras. Na p g t e superior cani P S ~ ~ @ C L I Icf. BS
' f o o ~ w m [$)roubj,Pse+(~sfidowm $wwdowdo-
soides(CROB.), PwSia Cf. ga&a, ~ & t & SpCbixmddid-
t ~ (CEOS.).
k P i ~ a s ~ ~ e s~r va ia1 k 6 ( ~ ~ d(7.W8
a . ) m):
I, J, K) - Caicário do1omíticu e margas cal&, noddares,
com Pycnubde b i a & k (Lm.),numerosos Hmimttw
swddgw (PQRB.], m s V(zsco~cxis'cf. b ~ ~ q ' m mC~IOB.
I
is
f9,2Qm).
L) -Camadas c m Inowapn%ts k b i h s~&.,Leoniceras
bmjmd (CHOW.),T~ZOS& Sp., ~ w ~ i sp., & P<lclry-
waacmsraa ~0%- (C-.), zagaia su+&st-es (~cwx.)
I
e R. &msiens.eS (PBROM:] (4 m).

M) - Calcário branco com ActeonelàB grossorcvrai, Nerima sp.


e restos de SfikawzcEZtes sp. e Toucask sp. ,(4 m).
N) - Calcário micáceo, arenftico, com Adeonella sp. e Nerina
sp. (4 m). I

O) - Calcário rosado, em placas, separadas por leitos micii-


ceos (2,50 m).
I
Dos três cortes realizados por J. Lauverjat e P. Y. Berthou
referem-se somente os de Saimanha e de Lares par serem mais
completos. Para melhor correla@ío das sequências manteve-se a
marcação das camadas de P. Choffat. I

CORTE DE SALMANHA

A) -Arenitos de Carrascal.
B) -Alteniância de argiias, areias, calcários e margas
apinhoadas (16- 17 m).
B,) -Margas esverdeadas mais ou menos & n w (4 m).

Bd -Marga arenítica amarelada (0,35 rn) com Liostrea mre-


mensis (CHOF.)e restos de larneiibr$nquios e de equi-
nodmes. Associação microfaunistica: LdtwEidae, Tex-
tulariidae e ostracodos.
Bd - Calcária amarelado arenitico. (2 m), com rastos de
.. .. lamelibrânqiaios, gasteropódes e. quincsdermes, que
passa a calcário cinzento com L. owemmsis (Caos.).
,. Assacia@.o microfaunística: Miliolidm, Discmbith e

, , PithoneWa sp., No topa margas brancas areniticas,


nodulares, com. restos de moluscqs e de algas do género
NeomerZs sp.
Ba -Arenito com cimento esparítico com lafnelibrhquios
.(0,70 m).
BJ -Margas brancas com Liostrea owewhzsis (Cao~.)
' . (1,30m).
BJ -Cdcdrio argiio-arenitico noddar com restos de lame-
libdncquibs, gasterópodes, equinodemes, raras algas
(Neomeris sp.) e estromatoporfdeos (0,30 m).
B,) -Areias amareladas (3 m).
B,) -Argila arenosa vermelha com lamelibrhquios, gaste-
rópodes e braquiópodes (@$Om).
BJ -Calctixio argiloso branco-amarelo (3-4 m), com inter-
calaçães m a x g m , com restos de gasteiópodes e lame-
librhquios. Associaq5io microfaunistica: ostracodos,
. P i t h e l l a sp. e Calpionelhz sp.
B,,) - Calciúio em plaquetas com raros ostracodos (0,80 m).

Cenomaniano superior

q)-Calcário margoso e arenítico, bege-amarelo, com gas-


terópodes e lamelibrânquios (2 m-2,50 m).
CJ - Margas cinzento-amareladas (0,80m) a que se sobrepõem
calcários argiiosos amarelados (0,30 m) e argila com-
pacta (0,40 m). Presença de karos foraminíferos e abun-
dantes fragmentos de peixes.
C,) - Calcários margosos (1 m) cinzento-azulados, dolo-
míticos, com grandes Ostrea sp., Tylostoma sp. e P i ~ n a
sp., restos de equinodermes, lamelibrihquios e gas-
terópodes. Associação microfaunistica: Simplalveolha
cf . simpiex (REI~B.),Litzlolidae e Textzclariidae; raras
melobesiáceas e foraminíferos planctónicos.
D) - Calcário margo'so (2 m), nodular, amarelado, passando
a azulado para o topo. Associação microfaunística:
Simpldveolina simpalex (REICR.), Ovalveolina o v w
(~'ORB.) , Hemicyclammina sigali MAYNC,Dicyclina
schhmbergeri (MuN.-CH.);Psezidorhipidionina casertana
(DE CASTRO),Numr~~o1oczcZina regdaris I?EII,L., Tro-
chummina cf. kzcgifangensis BYK., Psezcdocyc~mmina
rzcgosa (~'ORB.) , Pldco$silina cf. cenoma.lea ~'ORB.,
Cyclolina sp., Viddina sp., Nzcmmofaalloliia sp., Textzc-
lariidae, Miliolidae, Litzlolidae, D z s c o r b ~ e ,forarnini-
feros rotaliformes, Heterohelicidae, Globotrzmcanidae
indeterminbveis, Stomiosferas, Caldisferas, Globoque-
tas e Calpiondla sp.; raros ostracodos e restos de lame-
librânquios, gasterópodes, equinodermes, polipeiros e
briozoános.
EJ - Calcáno margoso (1 m) azulado com abundantes lame-
librânquios [R. (A.) columhm ( L u . ) , C. falabellaDum
(Gom.), E. o~siponensisSHARPE,Pycnodonte Irz'auri-
, czclata (LAM.)], moldes internoç de grandes Gasterópodes,
Neri~easp. e polipeiros isolados. Associação micro-
faunística: Sim$lalveolZrsa simplex (BIcH.) Hemicy-
clammina sigali MAYNC, T r o c k a ~ m i m cf. kzcgi-
tange~sisBYK., Placopsilina cenomana ~'ORB.,Th-
masinella fmnica ( S ~ U M B . Dictyoj5sella
), sp., Milio-
didae, Discorbidae, Textzclariidae, etc., bem como nume-
rosas algas, nomeadamente Halimeda sp., ,Bozceina sp.,
Neomeris sp. e Piasella sp.
Ed - Calcário bege-amarelado (2 m), compacto, cristalino,
com grandes gasterópodes e Rhynchstreon (Amphi-
donde) cohmbzcm ( L u . ) forma mayor.
Associação microfaunística: HemicycZawdmina sigali
MAYNC, Diçtyopsella sp., Cyclolina sp., Trochammina
sp., bem como numerosas algas: Permocalczclzcs sp.,
Neomeris sp., Halimeda-Bogeina,
F) - Calcário nodular bege (2,60 m),com os mesmos ostrei-
deos que os da camada E. Associação microfaupística:
Hmicyclammifia sigali MAYNC,Thomasinella pzcnku
( S C H L ~ . ) , T~ochamminakzcg.it4ngens.i~BYK.e nume-
rosas Placopsilina cenomana ~ ' O R Be. DictyopseWa sp.
.#hmla de passagem ao Turoniana inferior

G) - Calchrio cinzento a bege, compacto (3 m), com lame-


libr%nquios, gasterópodes e equinodermeç. Contém
numerosas algas, nomeadamente Neowzeris sp., Hali-
meda sp., PmocalcuIus sp., PianeIIa sp., etc. Asso-
ciação microfaunistica: Placo$silifia cenomcwa-d'O~~.,
Heterohelix sp., Hedbergella sp.

H) -Calcário bege, com polipeiros isolqdos e restos de


moluscos, equinodemes e briozoários. A microfauna
é constituida. por' Plac~psilinacertomana CORB., Dis-
corbidud, Miliolidae, etc.
I) - Calcário margoso t~rnando~se nodular para o topo
(1,20 m),'com Pyc?zodonte bi1~uricacZata(LAM.)e Hamias-
ter scactigw (Fom.). A miçrofauna é constituida por
PlacopsiZina sp., TextuZariidae, TrocFsammi&dae e
ostracodos.
J, K) - Calcho branco a bege, com moluscos dificilmente
extraíveis, seguido por outro calcário idêntico, muito
carsificado. AssociaçC4.g microfaunfstica: PlacopsiZzrta
sp., Discoróidae, ~tomibsferase Calcisferas.

CORTE DE LARES

O grande corte aberto pelo rio Mondego em Lares permite


observar uma série cenomano-turoniana contínua entre o v. g. Lares
e a povoação do mesmo nome.

A) -Arenitos de Carrascal, muito grosseiros na parte


superior.

Cenomaniano medi0 terminal

B,) -Calcário arenftico com moldes de moluscos (1,240m.)


B,,)- Arenito um pouco calcário com abundantes Liostvea
ouremeuasis (CHOF.), lamelibrhquios e gasterbpodes
(1,513m).
B,,) - Fina alternhcia de"arenitos e deS'mafgascom inter~
calações de calcários com ostras (2 m).
) - Calcário eín plaquetas, acinzentado (1 m).
B
,
s) -Alterniincia de calcário bege e de finas camadas de
maxgas arenosas (3-4 ..
m).

Cenomaniano superior

C) - Calcário dolomítico bege (4 m).


D) - Calcário pseudo-oolftico branco (3 m) com R. (AmpIsZ-
donte) columbum (LAM.) , Pecten sp., R cteonella sp.,
Neriwa oolis.ipon8nsis SHARPS, equinodeilines e polipei-
ros. Associação microfaunística: S.implatvqolina simplex
(REICH.), Dktyopsella sp., Trochnsmina qp., Placopsi
lina sp., Textulariidae, MifiolZdaeSDisco~idae,Pitho-
raebla cf. ovdis (KAUFPM.)e foraminíferos rotaliformes.
'E) - Caleário apinhoado (3 m), bege a branco, 'com R. (Am-
phidonte) columb~m(LAM.)forma major? Pycnodonte
B.iauriczdata ( ~ b . ) Tylostma
, sp., ouriços e Selli-
thyris pbseolina (LAM.).Associação microfaunística:
Placofisilifia sp., Tlzomzsinella pzcnica 1 ( S C H T , ~ .,)
TextuZa1.iidae e Discorbidae.
F) - Calcário apinhoado , (3 m) branco a bege1com R. (A .)
cohmbum (LAM.),pycnodonte biauriczclatal (Lm.), Vas-
coceras gaw& CROF., grandes gasterópoges e equino-
dermes. Associação microfaunfstim: Platopsilina sp.,
Textula~iidaee ThomnsinelEa punica ( S ~ U M B.. )

Camada de passagem ao Twoniano inferior

G) - Caleário apinhoado (3 m) branco a bege, com restos


de equlaodermes, peixes, algas e ostracodos. Associa-
ção microfaunística: Placopsilina cf. ceulomana ~ ' O R B .
Textulariidae, MiZi~lidaee Heterohefix sp.

Tnroniano inferior

H) - CalcArio branco ( 6 6 m), espesso, com polipeiros, gas-


terópodes e briozoários, associados a algas. Associação
microfaunística: Placopsilina sp., TextuZarGdae, Dis-
corbidae, Stomiosferas e Calcisferas; raros Het6-
rohelix sp.
13 -Nivel margo-dolomitico, amarelado, com restos de
equinodermes (0,lO a 0,30 m). Associação microfau-
nistiea: PJacogsiZina sp. e algas.
IJ -Dolomito amarelado com restos de equinodermes e
alguns ostracodos.
IA -Calcário argiloso (0,40 m) em plaquetas amareladas
com Hmiaster sczctiger (FoRB.).Associação micro-
faunistica: Placofisitk sp.
J) - Calcáno bege duro, nodular, com gasterópodes e equi-
noderrries (6,5O m). Associação micrafaunística: Tro-
chammina sp,, Stomiosferas, PEaEopsiJina sp., Tex-
tzcZa~iid@e e HetevoIleEiddae.
K) -Calcário dolomitico amarelado em plaquetas (6,50 m).

L) - Calcário margoso (6-6 m) em bancadas finas passando


para a base a bancadas ainda mais &as. Contém gas-
terópodes e lamelibrhquios. AssociaçZio m i c r o f a d -
tica: algas, briozoários, Placopsilina sp., Xextwlariidae
e HeteroWicidae.
M,) -Calcário compacto (2,50 m), branco a bege, com moldes
de rnoluscas, polipeiros e briozoários. Microfauna for-
mada por: Trochammina cf. kwgitangemis BYK.,PZa-
copsilina sp., Dictyofiseíla sp., Milioíidae, TextaçEa-
riidae, Vmmllinidae.
na - Calcário intraclástico branco com Turritella sp. e
Neyinea sp. (2-3 m). Associação micmfaunística: TYO-
chmmiwa cf. kwgitangensis Bm., Placo#siJ+nu sp.,
Dictyopsella sp., Mibiotidae e TextIciariidae.

A F L O R A ~ N T O S DO FLANCO OCIDENTAL DA SERRA DE MONTEMOR-


-0-VELHO

Trata-se de estreita faixa estudada por A. I?. SOARES (1969),


que se estende desde Santa Eulália at6 o limite norte do mapa.
O corte pormenorizado descrito por este autor a W de Quinhendros,
ao longo da estrada de Coimbra para Figueira da Foz, até Santa
Eulália, apresenta a seguinte sucessão:

Cenoanani~osuperior

1-Arenito calcário com abundantes pistas endógenas,


assentando sobre os arenitos do Aptiano-Cenomaniano
(C1-%)os quais são grosseiros e pouco feldspAticos na
parte superior (O,% m).
2 -Arenito calcário grosseiro, medianamente calibrado,
amarelo-acastanhado com estratifica$o entrecruzada.
Alternancia de lflminas de calcário margosb e de marga
arenosa (0,46 m).
3 -Lentfcula margo-arenosa, fina, amarela (0,08 m).
4 - Calcário margo-arenftico com abundantes fragmentos
de conchas de moluscos (0,14 m).
5 a 9 -Alternhcia de calcálno margo-arenítico e de leni
tículas de marga arenosa com ~ i o s f e aourernensis
(CHOF.),Trigomarca sp. do grupo de Dicerds sp. e Myti-
Ias sp. (0,34 m).
10 a 12 -A l t d n c i a de calcário arenftico compacto e de
mafgas areníticas amareladas (0,47m).
13 a 16 -Alteniância de calcário margoso muito fossilífero
e de lenticulas de margas cinzentas e amarel4das (0,28 m).
16 - Calcasio arenitico compacto amarelado com Liost~ea
owremmis (CHOP.), Liostrw sp., Pinna sp. (0,04 m).
17 a 19 -Altern&ncia de calcário margoso e de lenticulas
de margas cinzentas com Liostra o u ~ e m e (CHOF.)
~s e
Lima sp. (0,32 m).
20 a 27 -Alterngncia de marga cinzenta e de calcário mar-
goso fossilífero com fragmentos de conchas de rnoluscos
(1,16 m).
28 -Calcário margo-arenftico fossilífero compacto amarelado
(O, 52 m) .
29 -Marga b e n t a .
30 a 32 -Alterdncia de calcário margoso e de margas
ciirzentas com Liostrea owmensis (CHOF.), Turritelk
sp., Nes-bneth sp., pistas exógenas, restos de conchas
de moluscos diversos (0,64 m).
33 - Terreno coberto (1m).
34 a 36 -Calcário detritico compacto (0,50 m);
36 -Calcário margoso amarelado, passando a marga arenitica
para a parte superior (0,60 m).
37 -Marga com lenticulas margo-calcárias (0,30m).
38 - Calcátio aredtico amarelado, passando lateralmente a
alternâncias de lenticulas de calcário arenitico e de
margas arenosas, seguindo-se 0,20 m de calcário arenitico
, passando a calcário compacto e com passagem lateral
a calcarenito com sedimentação entrecruzada (0,90 m).
39 a 44 - Alternhcia de marga amarelada e de calcário
arenitico com Lkstrea o ~ r m m s i s( C E ~ . )(0,77 m).
45 - Calcário margoso esbranquiçado apinhoado com Mytihs
sp. (0,80 m).
46 - Terreno coberto (1 m).

Camadas com Neolobites vibrayeanus ($0~13.).

47-48 -CalcArio margoso apinhoado esbranquipdo com


Hemiaster sp. (2,16 m).
49 - Calcário margo-arenítico esbranquiçado com ndeleos
dolomiticos (0,46 m) .
60 - Calcário margoso apinhoado com R. (Ampbidorate)colzóm-
&m (Lu.)forma iratemed4a (1,68rn).
51 -Calcário aredtico amarelado, localmente dolomitico
com Hemiastm sp. (0,40m).

NSvel com Anorthopygw michdid CUtT.

62 - Calcário detrítico compacto (2,64 m), esbranquipio


com R. (Am#hidoltte)coG'ccmbocwz(Lu.) (miram,i M Z a ,
major), Pycwodolzt8 uesicocla~isLU., P. biaarz'whta
(Lu.),NtSthea Zuevis DROU.,N . aeqai~ostata.Lu.,
Coxicardia glohsa (SARPS) , C r a ~ c w d i w(&ara.)
prodwctm (Sow.), Plesiopty%is olisip4s (S-),
Nerhelda sp., CalZiostoma claofatti Som., Cidblrz's (Dor.)
figocLFZ're'~zsis
LOR.,Am&o$ygus na2cWini C m . , Hmias-
. ter sp., Hexacorallia.
Taroni8no inferior

53 - Calcário ma,rg;oso apinhodo esbfmquiçado com R. (A*


phidonh) c o w r o m (h .)
(mimr, major)+ Pycnad&e
biaw'czclata (Lu.), P. vesdc~hvis(Lm.) d var. Icippo-
diwm, T&gomayca o l i s i ~ o n ~ nSEW@S,
s~ 1 T. Mbo-
%iam( d ' h . ) ,PZicutula au~essemis[GQ.), N & t h aeq&-
costata (LAM.), N. lamis DROO., Gp.Brcocar~iam(Gvan.)
prodzcckrn (Sow.), Tylostomz ou&m S~ARBE, T. towzc-
hiae SHARPZ, Avelama avsEla12aefds CBOP., VoEZ4tili-
thes ( Vol.) gmpwini ~'ORB.,Apowhais (Hel.). costa6
CHOF., V ~ S C O sp.,C ~ Cidavis
S (Dor.) figuSrmsis LoR.,
H m i a s t ~scutiger (FoRB.), Hemkter sp.
Além destas fonnas o autor refere ainda uma l p g a lista de
fósseis não citados. Segundo A. F. Soares, o corte de Quinhendros-
-S. Eulália, mostra a sucessão completa das unidades calcárias
até o alvel com R. (A.) cohbwnc rraajor (Lu.).

2 -AFLORAMENTO DA COSTA DE ARNES


Neste afloramento, com cerca de 2 krn c com 04entaçCio sen-
csivelmente N-S, o Cretácico está representado peloq Arenitos de
Casr~scale pelos Calcários apinhoados de Costa de Ames, estes
bem expstos ao longo da costeira que originaram.
A forma@o cstlc4xia estk coberta pelos ~renitode argilas de
Taveiro sem interposição dos Arenitos finos de ~ o d e s .
P. CHOPFAT(1900) descreveu o corte da Costa de Ames dis-
I
tinguindo as seguintes unidades:
H 17 -Calcário mioáceo em ca-
madas finas
Parte superior 1
J 16 e 16 - Calcário branco com
,,ta
-
Trnoniano
. superior
I
I 14 Caldrio um I pouco mar-
goso, branco~amarelado
G, H 11 a 13- Calcário branco
com polipeiros estiiifor-
Parte inferior mes
F 10-Camadas com Vascocr?ras
m d a s e V, gamai
E 9 - Camada com R. ( A . ) co-
TuToniano inferior .... . i lumbum f. major
D 8 ;-Camada com Anorthopy-

, C 7 a, b - Camada com Neolobites


Belasiano a Cenomaniano '. . I1 e vibrayeanzcs
B 1 a 6 - Alternhcia de arenitos
e de calcários margosos

A. F. SOARES(1969), ietornou este corte de modo extremamente


pormenorizado e que referiremos sucintamente:

1 a 6 - Arenitos de Carrascal (12 m).

7-8 - Arenitos argilosos cinzento-amarelados com lamelibrgn-


quios, entre os quais Liostrea ouremensis (Caoi.) e Aniso-
cardia orientdis (Com.) (0,23 m) .
9 - ~ a k á r i omargoso passando na parte superior a calcário
esbranquiqado com Liostrea ozcremensis (CHOS.), Dosiaia
delettrei CW., Neithaa sp., Tzcrritella sp., etc. (O,14 m).
10 -Argila margosa cinzenta (0,03m).
11- Calcário margoso com Liostrea ourmernsis (CHOF.), Lios-
trea sp., Glycymeris ( Velectzlceta) sp., ArnisocardZa orien-
talh (CONR.)e Astarte sp. (0,30m).
12 - Arenito margoso com lenticulas de areenito grosseiro
cinzento-esverdeado (0,08 m).
13 - Calcário arenítico amarelado com Liostrea ourmemis
(CHOF.) (0,36 m).
14 - Arenito margo-argiloso castanho-amarelado, passando
localmente a arenito argilo-margoso grosseiro com Lios-
trea oure.mehsis (CEOP.) (0,07 m).
15 - Arenito calcário mal calibrado (0,56m), passando bcal-
mente a calcário compacto, acabando por um aredto
com estruturas entrecruzadas.,No topo apresenta finas
lentículas argilo-arenfticas esverdeadas. Contém Lios-
trea o~remensis (CHOF.), R. (Amphidolzte) columbzlm
.(Lm.)forma minar, Pycnodonte vesic&ris (LAM.),
Psdoptera awomaEia (Sow.), Glycymeris (Velectzcceta)
sp., L.imo#sis (Limopseta) kf.' gzceiangmi (~'ORB.), Gm-
nocardi~m(G.3 prod~ctzcm(Sow.), Anisoca~ázaorientalis
(CONR.),Aphrodina (ABhr.) plana (Sow.), Paraesa faba
(Sow.), Proveniella oblonga (~ORB.), Codok5a (Epilzccina)
sp., Cercomya sp., dentes de peixe, fragmentos de ossos
e coprólitos (0,81m). I

16 - Calcário arenitico compacto amarelo-claro, com estru-


tura graduada positiva e fragmentos de conchas (0,52m).
17 -Arenito argiloso mal calibrado, esbranqui~do,com R.
(Amphidonte) col~mbzcm( L u . ) forma miaor (0,lO m).
I&- Arenito calcário grosseiro, passando a calcário arenítico
amarelado (0,20 m) .
19 -Argila arenosa cinzento-esverdeada (0,02 mj .
20 - Calcário margo-arenitico acastanhado, passando a cal-
cário arenítico esbranquiçado com Liostrea ozc~emensis
(CEOF.) (0,35 m).
21 -Arenito argiloso amarelo com raros cropólitos (0,10 m).
22 - Arenito calcário médio a grosseiro passanqo a calcário
arenítico esbranquiçado com Liostrea ozcrembnsis (CHOF.)
'(0~38 m). I

23- Argila arenosa cinzento-esverdeada (0,Ol b).


. 24 - Calcário compacto castanho, rico de fra&neotos de
conchas (0,08 m). I

26 - Marga argilo-arenosa castanha amarelada aom Liostrea


ozcremensis (CHOF.)(0,04 m). I

26 - Calcário cinzento localmente calcirudítico com estruturas


nidiformes, tornando-se localmente dolodtico na parte
superior (0,54 m). Contém R. (Amphihnte) colwwlb*um
(LAM.)(formas mimr e inlermedia), Liostre? ozcrmensis
(CHOF.),Pycreodode biaaricalata (LAM.)e gemiaster sp.
27 -Argila arenosa amarelada com Liostrea ozcr~mensis
(CHOF.)(0,OBm).
. 28 -Arenito calcário passando na parte superior a marga
calcário-arenitica cinzenta com Liostrea ozsremensis
(CHOE'.)(0,SBm). '
29 -Marga calcário-arenítica cinzento-esverdeada,seguida por
arehito margoso grosseiro a médio, por arenitos calcá-
rios amarelos-acastanhados, arenitos margo-argilosos e
terminando por marga argilosa cinzento-esverdeada.
Contém Liostrea ozkrmensis (CHOF.)e R. (Amplvidonte)
columbum (Lu.)forma minor (O,55 m).
30 -Dolomito margoso esbranquiçado a que se segue cal-
cário arenftico (0,50 m).
31 -Arenito margoso castanho-claro (0,06 m).
32 -Marga calcíina esbranquiçada (0,03m) .
33 -Arenito margoso castanho-amarelado (0,02 m).
34 - Calcário margoso conquffero localmente lumachélico,
muito rico de Liostrea ouremensis (CHOF.)( 1 rn). Lateral-
mente os últimos 10 cm passam a calcário lumachélico
com Liostrea ouremensis (CHOF.),CeratostreonflabeJlatum
(GoGD.), R. ( ~ m p k i h n t ecolumbum
) (LAM.)forma minor,
Pycnodonte vesiculads (LAM.)var. hippopodium, Septifer
Zifleatas (Sow.), Pseivdoptera a m a l a (Sow.), Anismar-
dia orientalis (COM.) e ((Dosinia~inelegans (SHARPE).
35 -Arenito argiloso compacto, larninado, castanho (0,12 m).
36- Caícário rnargoso esbranqui~adó,seguido por arenito
calcário de grão médio a fino. Fauna com Liostreg ouve-
lusensis (CHOF.),C~atostreon f1al)elZatum (GoLD.), R. (Am-
phidonte) coGzcmbz6m (LAM.) . f orna minor e Awisocardia
orientnlis (Com.) (0,70 m).
37 -Arenito argiloso cinzento, tornando-se mais margoso e
grosseiro para a parte superior (0,OS m).
38 -Argila arenosa amarelada, seguida por arenito margo-
-argiioso passando a calcário margo-arenítiço com Cera-
tostreon fZabellatu1ít (GoLD.), R. (Ampbidorste) colzcmbum
(LAM.)forma minor, Ndthea aequicostata (LAM.)e Ani-
socardia orientalis (CONR.)(0,75 m).
39 - Argila margosa castanho-amarelada (0,03 m).

Camadas com Neolobites vibrayeanus.

40 - Marga calcária, apinhoada, esbranquiçada (0,15 m).


41 - Marga calcáno-arenitica amarela, seguida por calcário
margoso, localmente dolomitico e castanho na parte
.
superior (i,36 m) Contém Cerabstreoaflabelldwz (GoLD.),
Exogpa oLisi@nmsis SKARPE, R. (Ampholete) c o h
bacm (LAM.)forma mhor, P y c d o r t t e vesic~haris(LAM.),
P. biaacricactata (LAM.), Neitha a$qacicostata (LAM.),
N . brevis (DROWT), Anisocardia orientdis (CONR.),
Lumtia fig't6eZrensis (CEOF.), Tylostma o v d t ~ mSHARPE,
A m # d i n a (Pseud.) puwtata (SHARPE)e Hemiaster sczl-
tiger (FORB.) .
42 - Marga calcária passando gradualmente a calcário mar-
goso esbranquiçado com estrutura apinhoda (3,70 m).
Fauna com Liostrea ozlremensis (CHOF.) , Ceratostreola
flabellatum (GoLD.), Exogyra olisiponensis SHARPE,
R. (Amphidofite) columbm ( L m . ) forma minor, Pycno-
donle vesicularis (LAM.)e var. hippopodiacm, P. biazcricw
lata (LAM.), Neithea aeqzcicostata (LAM.), Pinna sp.,
Grafiocardiwm (Gan.) prodzcctum (Sow.), Anisocardia
'
orientalis (Com.), Dosinia delettrei COQ., A m p d i n a
(Pseacd.) pacnctata (SHARPE),Tylostoma ovatum SHARPE,
Apovrhcais costae CHOP.,Nerinea sp. Tetrágramma marti-
censis Com., Hemiaster lusitanicus LoR., H. scutiger
(FO*.), Hmiaster sp., Nmlobites vibrayeanzcs ( ~ ' O R .)B.

N i v l com Anorthoppgos micbciini

43 -Calcário compacto, calcaredtico, muito fassilifero com


R. (Amphidonte) columbacm (LAM.) formas minor, inter-
media e major, Pycnodonte vesic'tltaris (I+i.) e var.
hippopodiwm, P. biaurZcubta ( L u . ) ,Neithea aequicostata
(LAM.), N . laevis DROUET, N . dutrzcgei (COQ.),W . fle21-
risiana (~'ORB.) , N. happarertti (CEOP.), Comptoltactes
sp., Pinna sp., Granocardium productum (Sow.), L u w t i a
jFgue&ensis (CEOB.),Ampullina ( P s e ~ d .punctata
) (SHAR-
PE), Tylostoma ovatum SHARPE, Plesioptyxis olisiponensis
SHABPE,Calliostoma (Calí.),choffati SOAR., Acteonella sp.,
Cidatu figueirewis LoR., O*UopSIS miliaris ~'ARcH.,
Tetragramma marticensds C m . , Amwtho$ygzcs miche-
lini Com., Hemiaster lusita~icusLoR., H . scudiger (FORB.),
H. tzlmidows LoR., Hemiaster sp. e celenterados (2,40 m).
. 44 -Cdcáxio znaqmo, apinhoado com Exogya olisipo~ensis
, SBAIWB,R. (Amg5Aidonte)c o b k n z (Lm.)formas winor,
h&ms$&a e mjw, Pyonodofite v~sic$clans(LAw.)var.
kP$pipoditm, P. biazcnczcJda ( L u . ) ,Weiitkea aequicastuta
(L&.), M. hwwk D R O ~N., dutrzcgwei (COQ.)var. bei-
r e ~ s i s ,N. mmcZsi (Prm. e C=.), Dosinia dedetirei
C;ramwr&m (GaN.) po&chm (Sow.), L w ~ t a ' @
figwi~msds[CHOF.),Am$u&na (Ps&.)Pzc1~ctda(SHAR-
PE), T y b s W m o v a W SSIABFE,T. ~ Z O ~ O S W H SKBRPE,
T. coaswi (THOM. e PER.), Oligp$tyxZs te~ouklmsis
. (CDQ.), C*dtwG sp., MoMypws owmmsZs LoR., Henzias-
W b s i t a d c m LoR., H. scuta'ger (WB.) (O,67m).
' 46 - Calcbno coapacto, esbranquiçado, calcarenítico a cal-
ciniditico com Exogya oi%sipm&sis S m s , R. (Amphi-
donfc] ÇoEzc- (LAM.)(formas mimr, i&eymedia e
major), P y ~ ~ d o l evetc'8chris
tt ( L m . ) e v=. kippo$odium,
F. biwzkrZc&tet (Lm.) , N e i h a aq~icostata (LAM.),
N. hmis bom, N. d~zrzlgei(COQ.),Inocsram~ssp.,
G r a n ~ m r a i m(Gra~.)prod~ctum(Sow.), LmdOa figuei-
rert&g (CBOF.), TyIoSema uvabm SEARPE,T. gZobowm
SzW@x%,Rmia&er sc~digtv(Fom.),H. tumidoszls LOR.
e H. h&t*s LOR. (0,61m).
46 - CalcW rnaqpso, apùihoado, esbranquiçado (2,35m).
Assop,i~@ofadstica identiica à da camada 46, além de
TyZ&w tayw6ke SXAEP~e Vascoctwa w n d a d CHOIF.
47 - WC&O mbraagwlgâdo localmente margoso e apinhoado
com R. (dwphido@&)cohbzcm (L-.) forma minor,
T,Z@tmm wybCm S~AIUB, Hemiastiw scutigar (FoRB.),
seguihf por 3 m de cdc&rio margoso apinboado com
R. ( A m . i d m t e ) c o h m b m (L-.) forma miaw, ~ymo-.
do& ~om'vackr& (Lu,).e var. hip$o$odi~mc, P. %a&-
~Zatet (Zs;aù.), Exogyra oZisifiownsis S z m t ~ ~Nez'bCtea ,
sq~bosi%& &m.), N. laeveiu D R O ~ T Trigomarca
, sp.,
X$ostwa m & ~ m SEARPS,T . globowm S ~ ~ PT .Etowu- ,
biiu S B ~ E ,Vásco~e~as mzcpzdlze CZTOF., Hemiaster
scectig@~ ( F o ~ . )H.
, 1Yumidosw LoR., H. ZusZdaytiws LOR.
(7 m).
48 - Calcário maxgoso esbranquiçado seguido por 2 m de
calcário branco compacto, terminando por 20 cm de
calcário margoso. Conténi: E%ogyrao l i s i ~ o ~ y l sSKABPE,
is
R. (Amphidonte) columbwm ( L u . ) ,forma 71tinor, Pyc%o-
donte veslcdaris ( L u . ) e var. hippopodium, P. biawi-
cdata (LAM.), Meithea aeqw.icostaáa (L&), N. laevis
DROUET, Trigomarca mathermiwna (~'ORB.) , TyJostoma
ovahm SRARPE, T . gl~bosum SWE, T. torrwbiae
SHARPE, FdJotites (Fall.) szcbconciIiatwn (CHOF.),He-
miaster hsitanicws LoR., H. t ~ ~ i d o s wLOR.s (3,70m).
49 -Marga calcAria passando localmente a calcArio margoso,
apinhoado, com R. (Am$hdonte) colitmbwn (LAM.)
forma minor, Pycnodonte vesicwZal.is ( L m . ) e var. bi$po-
podium, P. bia"u~iculata(LAM.),Exogyra oJisiponensis
SHARPE,Liostrea ouremensis (CHOP.),Coxicardia gEobosa
(SIZARPE),Granocardi~m(Gran.) prodwctwm (Sow.), Tri-
gomarca matãceroniana (~'ORB,),Tylostoma ovatum SHAR-
PE, T . globos~mSHARPE, T . tmrwbiae SEARPE~Dre-
fio~ocheihs (Drep.) olisi~onensis ((CHDF,),Fallotites
(Fall.) sz4bconciEiatam (CHOP.),Padzyvascocmas kossrnati
(CHOF.),Hemiastw $al$ebratws LoR., H. scwtigei. (FQRB.),
H. lusitanicws LoR., H. twmidosws LOR.
Segue-se calcário mais ou menos do$mitico com
fama mais pobre mas semeIhante nas suas linhas gerais
à fauna anterior.

3-AFLORAMENTOS DAS REGIÕES DE VERRiDE E DE S o m

Nesta região a formação calcdsia da Costa de Ames forma


vánas faixas estreitas, evidenciando-se dois aflorameatos maiores.
O primeiro a W e NW de Soure, entre o Moinho de Almoxarife
e Casa Velha e o segundo a E de Soure, dividido em dois ramos,
respectivamente, os de Vila Nova de Anços-Cavaleiros-Palhacana
e de Alencarce de Cima-Venda Nova.
. P. Choffat já se referia às dificuldades de realizar observa-
ções nos afloramentos que delimitam o anticfinai de Verride. De
facto, uma extensa cobertura não permite efectuar cortes que
tornassem viável um reconhecimento desta formação. De modo
geral ela diminui de espessura a partir de Bieanho, estando os seus
afloramentos iLç vezes exagerados no mapa quanto B sua verdadeira
dhens%o no terreno.
Na estrada que segue do cruzamento para S. Isidro, em direcção
da v. g. Santa C m , foi posçivel observar, sobre um arenito médiq
a grosseiro de cor b e n t a com nfveis argil0sos intercalados, um
calcasio calcic1áaitico compacto, cinzento, coberto por calcários
margosos apinhoados cinzentos. A espessura da formação calcária
C de 1,õ a 2 m de espessura.
C. R-z (1960) mostrou que, entre a linha férrea e Casa
Velha, a formaçgo 6 constitttida na base por calcários francamente
ooííticos, brancos, compactos, com R. (Amphidonte) wlwnbum
I ( L m . ) , Nerirtea sp., Actascmelia sp., etc., passando mais acima a
[ calcário margoso apinhoado com Tylostoma ouatum SHAEPE.
I P. Choffat citou no aflomento de Casa Velha, a N da esta-
1 ção, os seguintes fósseis: Cardim cf. gentianum Sow., Alzisocardia
hermitei CHOF., Alzodaq5ygus michelini Corr. e polipeiros.
A N da Corujeira, em cima dos arenitos do C1-2 observa-se
calcário muito compacto, avermelhado, passando na parte supe-
rior a calcário margoso apinhoado, carregado de dethtos arenosos
com Tylostoma ou&- SHARPE,R. (Am+hi&nte) colzcmbum (Lm.),
N m ' w olisiponensis SHARPE, Nez'tkea Zaevis DROUET; N . aequicos-
tata (LAM.).
Segundo C. Roa6sllrz (1960),neste afloramento estariam repre-
sentados os níveis de AnortIlopygzcs michelzki e R. (Amphidonte)
coiumbum.
Tal como foi dito anteriormente, a E de Soure, os calcános
I
da Costa de Ames formam estreitas faixas nos flancos N e S do
anticlinal de Cabeça Gorda.
I
No pequeno aflorarnento de Vila Nova de Anços, constituído
por caleários mkgo50s brancos, P. CEOFFAT(1900) citou a presença
de Nazctilus mzcnieri C.- , TyZostoma sp., Lzccina aff . laevis e R.
(Amphidont8) cokzcdzcm (Lm.)forma major; no afloramento a
NW da Telhada citou a presença de Pterocera incerta ~ ' O R B .R. ,
(Am#hicZonte) colzcmàmrrc (LAM.)forma major, Hemiaster sczctiger
( F m . ) e Tylostoma sp.
Entre Junqueira e Eureça afloram calcários maxgosos apinhoa-
dos e caicários ooliticos-calciclásticos, nos quais se recolheram
Tyiostoma madum SWE, Exogym olisiponerasis 9 - e R. (Am-
pkidolzte) columhm (LAN.), citados por C. R o w z (1960). P.
Choffat citou, além disto, a presença de Hemiaster Zusitaniczcs Loa.
A partir de Eureça, as bancadas calcárias formam &eira
que se estende, salvo pequenas interrupções, até Palhacana.
Neste daamento, de espessura muito liaaitada, c o ~ t u í d o
por calcáinos calcic~ásticose calcá~ios.margosoç apinhoados, &s
vezes dolomíticos, C. Aonariz assinalou R. (Arpy$kfd&] c o Z w
bum (L-.), N e i t h Zaevk D R Oe numerosos
~ TyJQshmamatecm
SHAXF-E. N.a parte superior, as camadas calcárias carregam-se de
grãos de quartzo. I
No flanco sui do anticiinai da Cabep Gorda7 os calcários
cenomano-turanianoç formam afiorammto continuo que se es-
tende desde N de .Podengos até Rebolla, ande &&em brusca
mudança de direcção estendendo-se para S e SW por Relvas e
Venda Mova até .o limite sul da carta.
Um corte realizado em Alencarce de Cima, evidenciou a ,

seguinte sequhcia:

1-Calchio arenítico,umpouca margoso, cinzento, assentando


sobre arenitos feldçpbticos finos a. grosseiros 'doCM (3 m).
2 - Calc&rio caicidástico rosado (130 a).
3 - Calcário calciclástico cinzento, margosO, apinhoado
(1,70 m).
4 -Argila siltma castanha com intercalaçõ& de arenito
muito .fino (0,40 m).
6 - Calcário margoso apinhoado cinzento, um pouco arení-
tico, com uma intercalafio de a r g h siltosa a 2 m da
base (3,30 m).
6 -Zona coberta 1.3 a 4 m).
7 -Calcário calcidástico apinhoado cinzento (3,60 m).
8 -Zona coberta (7 m). I
I

9 -Arenito fino a médio muito rnichceo do C4.


I
Neste conjunto, foi possível identificar os se&intes fóaseis:
TyZostoma ovatum SHARPE,Iiemiaster sczctiger (FoRB.)de pequeno
formato, R. (Amphidon-te)coZuIltbzcm ( L u . ) e N&thaa aegecicostata
(LAM.) .
Para S da Rebolia, no Casal das Freiras, C. Rornariz citou a
presença de R. (A.) cohmbzcm (LAM.), Neithea ~aevisiDROUET,N .
aequicostata ( L u . ) , Cardigym geatia~um Sow. e N e r i w olisi-
$osle.nsis SHARPE.Em Relvas o mesmo autor citou a presença de
T . ovatum SHARPEe de R. (A.) columbzlm ( L m . ) .
(J -Arenitos h o s de Lousões (Emscheriano)
.Esta forrnaçã;~.foi definida por C. Ro- (1930) na regi80
de Sowe e por A. F..SOBRES(1968) na regiao a N do rio Mondego,
onde aquele autor a cartografou pela prim~iravec (1).
Segundo C. RopiaSz, em cima .do Twoniarao calcário fossi-
'lifero assenta em ~ o n k o ~ d b cuma
i a série arenltica que, de baixo
pwa cima, & formada por:

a) Areias de grão médio a grosseiro de tonalidades vermelhas.


' '
b) Areias de gr%ofina avermelhadas.
c) Areias muito &as carregadas de moscovito.

Sobre esta sequência assentam em diScordheia as Arenitos


e argilas de Tasreiro.
Esta s6rie p d e ser observada em maitos l&;'nomeadamente
entre Vila da Rainha, onde diminui de espessura, Lousaes e Coru-
jeira* assim como no sinclinal de Aiencarçe de Cima-Relvas e ainda
no dmamento de Cavaleiros-Ega-Palhacana.
Estmos de acordo com C. Romariz quando afirma ser dificil
cartografâr o limite superior desta unidade sempre que não exiske
a já assinalada discordância* Por nossa parte, escoIhemos como
limite superior o aumento de tamanho dos grãos de quartzo, o que
-se verifica no topo da forma90 de Lousões; dada a dificuEdade do
seu -do, @te limite deve ser considerado apenas como prov$vel.
Corte r e h d o a N de Vinha da Rainha forneceu a seguinte
sequência para os Arenitos finos de Lousões:
- Os primeiros 7 a 10 m do corte, assentes sobre a formação
calcária inferior, não puderam ser observados por estarem eobertos
por t e m s de cultivo.

1-Arehito fino a muito fino, argiloso, passando na parte


superior a arenito micáceo feldspático amarelado.
2 -Arenito fino argiloso arroxeado (0,20 a 0,30 m).
3 -Arenito de grgo fino a médio, pouco feldspático, ala-
ranjado (1,580 m).

(f)Ap~oveita-sea ocasi% para apontax um erro de impress$io que aparece no


mapa. Entre WeiTa da FOEe Lares foi marcada mancha de CL qae naiO existe,
I visto que os calcários apinhoados do Cenomaniano-Turoniano kferior dwem at6
os temqoa qaaterdrios,
I
4 - Arenito fino a muito fino, cinzento, algo argdoso, com
níveis ferruginosos (2 m).
5 - Leitos finos de argila muito siltosa cinzento-arroxeada
com intercalação de um nivel de arenito de grão médio
a grosseiro, acastanhado (0,30 m).
6 -Altemância de arenitos finos e de arenitos de grão médio
a grosseiro, alaranjados (3-4 m).
7 -Arenito muito fino, muito arj$oso, micáceo, cinzento-
-acastanhado (2-3 m).
8 - Arenito de grão fino a médio, argiloso, cinzento (1,6 m) .
9 -Alternhncia de arenitos finos a médios e de arenitos
mais grosseiros, compactos, em camadas espessas, pouco
argilosas, cinzento-avermelhadas (3 m) .
10 -Arenitos finos a médios, cinzentos, com laivos vermelhos
(2,S-3m). O contacto com a formação seguinte (Arenitos
e argilas de Taveiro) não é visível.

Mais a E, na estrada de Alagoa e Quinta de S. Cruz, é possivel


observar esta formação e o seu contacto com a formação calcária
de Costa de Ames. Afloram aqui arenitos de grão fino a muito fino,
pouco micáceos, amarelados, tornando-se mais grosseiros na parte
superior.
Finalmente, junto da passagem de nível de Cavaleiros, obser-
vam-se arenitos finos a muito finos, muito micáceos, argdosos,
rosados, que constituem a quase totalidade do afloramento entre
a formação calchia e a passagem de nível, inclinando para SW.
Em areeiro recentemente aberto entre a estrada para Casa
Velha e o caminho de ferro, foi observada a seguinte sequência:

1 -Arenito grosseiro a muito grosseiro, pouco argiloso, felds-


pático, com calhaus subangulosos a mal rolados.
2 -Alternância de arenitos finos a médios, muito micáceos,
.e de arenitos de grão médio a muito grosseiro, feldspáticos,
pouco micáceos. As micas formam níveis de separação
entre as diversas camadas.
3 -Arenito de grão fino a médio com zonas grosseiras,
feldspático, midceo, avermelhado.

A espessura observada é da ordem de 6 m.


- 81-
Afhramento do sinciinal de Alencarce de Cima -Relvas

No corte, já citado, no caminho para Mosqueiro, a S de


Alencarce de Cima, foi evidenciada a seguinte sequência, de baixo
para cima:

- Calcário calciclástico apinhoado cinzento.


- Zona coberta (7 m).
- Arenito de grão médio a grosseiro, pouco argdoso, alaran-
jado (3,90 m).
- Arenito de grão fino a médio, argiloso, feldspático, rilaran-
jado (0,80 m).
-Arenito médio a grosseiro, cinzento-esbranquiçado (3,80 m).
-A r d a amarelada siltosa, micácea, amarelada (0,90 m).
- Arenito fino a médio, argiloso, micáceo, amarelado (0,30 m).
- Arenito fino micáceo, argiloso, avermelhado (O,15m).
-Argila micácea um pouco quartzosa, folhetada, cinzenta
(0,28 m).
-Argila micácea, quartzosa, folhetada, amarelo-acinzentada
(0,50 m).
- Argila muito miciicea e.siltosa, folhetada, amarelo-acinzen-
tada (0,30 m).
-Arenito fino a médio, micáceo, pouco argiloso, carregando-se
de seixos mal rolados na parte superior (2,70 m).

Segundo C. Romariz, em cima do Turoniano calcário da


faixa Cavaleiros-Ega, assentam finas areias amareladas, muito
moscovíticas, passando para N a formações mais grosseiras.
De facto, corte realizado ao longo do caminho que vai da
Torre para Sobral Grande forneceu a seguinte sequência:

-Arenito muito micáceo com leitos de areia grossa (1,50 m).


-Arenito grosseiro a muito grosseiro, feldspbtico, argiloso,
cinzento (0,30 m).
-Alte&cia de arenito fino a muito fino, muito micáceo,
+mareio-acinzentado e de aenito fino a grosseiro, daran-
jado (2 m) .
-Arenito fino a muito fino, muitissirno micaceo, cinzento-
-alaranjado (0,60 m).
-Arenito fino a medi0 com areia grossa cinzenta (0,80 m).
'
-Arenito fino a muito fino, muito micáceo (0,25111). . .
-Arenito fino a médio, argiloso, feldspático, amarelado
(0,70 m).
-Crosta ferruginosa (0,02 m).
-Argila siltosa micácea, acinzentada (0,lO m).
-Alternância de arenito grosseiro e de arenito fino a médio,
com concentrações de calhaus (2 m).
- Arenito de grão fino a médio, amarelado.
-Delgado nível argiloso, siltoso, micáceo, amarelado.
- Arenito muito fino, muito micáceo, amarelado.
-Arenito fino a muito fino, micâceo, argiloso, cinzento-ama-
I
1
relado.

O contacto com a formação da Costa de Arnes não foi obser-


vado em virtude de estar coberto pelas aluviões.
E m arieiro próximo do cruzamento das estradas para Con-
deixa e Montemor, foi observada a seguinte sequência, de baixo
para cima:
1-Arenito feldspático, amarelado (1,50 m).
2 -Arenito fino a muito fino, micáceo, friável, amarelo-acas- I

tanhado (1m).
3 - Arenito fino a muita fino, muito micáceo, branco (0,20 m).
4 -Arenito fino a muito fino, muito micáceo, rosado (3 m).
Quanto à datação desta formação, não se possuem elementos
suficientes. Segundo C. ROMARIZ(1960) não contém fósseis na
região de Soure; na sua opinião seria de idade turoniana. Mais
tarde A. F. SOARES(1966) admitiu, a N do Mondego, idade Turo-
niano superior - Senoniano inferior. Não existem, no entanto, ele-
mentos suficientes que confirmem idade senoniana.

C6-Arenitos e argilas de Taveiro (Maestrichtiano-Eocénico)


i
Foram vários os autores que estudaram os depósitos atribuídos
ao Cretácico superior das regiões de Taveiro e de Soure. Entre eles
citam-se C. TEIXEXRA (1952), G. CARVALHO (1955), A. F. SOARES
(1966), F. MARQUESe A. F. SOARES(1974), M. T. ANTUNES
e J. PAIS(1978).
Cabe a A. F. Soares o mérito de ter definido esta formação,
que estudou pormenorizadamente na região a N do Mondego.
- Na região de Sure, C. Rornariz refere-se a esta formação
englobando-a no ucornplexo de .Sanguinheira, definido por C. TEI-
-IRA (1952). Este complexo é agora dividido em duas formações:
Areniaos e argilas de Taco e Formação de Bom. Sucesso.
Escolheu-se como limite superior para os Arenitos e a r d a s
de Taveiro, o arenito grosseiro s@o-conglomerático, às vezes
muito consolidado e sficificado, bem visível a S de C a s W o s ,
junto da Igreja de Bom Sucesso.
O limite inferior foi mwcado pela discord%nciaexistente, pelo
menas na reg& de Soure, entre os Arenitos e argilas de Tamiro
e os Arenitos de Lousães, quando visível, ou ainda pelo amento da
granulometria com dimhuiç%o de micas, quando a dismrd%ncía
não se t o m perceptfvel.
Esta fomação é constituida essencialmente por azenitos finos
a grosseiros, conglomeráticos, argilas e argilitos, em geral verme-
lho-rosados que d b lagar a alteniiincias muito frequentes e crtsacte-
nZadas por estruturas entramzadas.
De modo geral esta fomação apresenta vâriaç6es laterais de
Ékcies, especialmente de N para 5.
Os afloramentos distribuem-se entre quatro &as diferentes:
I -Flanco W da Serra de Montemor-+Velho.
I1 - Gmnde mancha de Ega ao Mondego.
I11 -Moramento sinclind de Alencarco-Relvas.
IV -Afloramentos de CâsWos-Vinha da Rainha e de
Corujeira.

I-FLANCO W DA SERRA DE MONTEMOR-O-VEbHO

Segundo A. F. Soares, a passagem dos Arenitos de Lousões


para a Formação de Taveiro é progressiva e não foi evidenciada
a W da Serra de Montemor. Assim, a estreita faixa de C' delimitada
a S do v. g. Cumeaiia, deve ser considerada como fazendo parte
integrante da Formação de Taveiro. De facto, segundo o mesmo
autor, existe descontinuidade entre a formação que estamos a
descrever e os calcários do Turoniano superior.
Em corte na área de Quinhendros, A. F. Soares observou a
seguinte sequência:
1 - Calcário arenítico, mic;iceo, passando localmente a ârenito
calcário, micáceo.
2 -Arenitc) de grão médio a grosseiro, ar&loso, esbranqui-
çado, com manchas vermelhas. ,,
3 -Arenito de grão fino a grosseiro, argiloso, pouco compacto,
amarelado, com manchas vermelhas e castanhas (10-20 m).
Segundo o mesmo autor (...à medida que se caminha para
ocidente há sobreposição de grés finos a muito finos cinzentos ou
amarelados... que passam lateralmente a grés grosseiroç,a médios...
...
Subindo na formação estes grés dão lugar a horizontes mais
arg-dosos com interposições frequentes de grés fino a muito fino
às vezes com micas,.
Tendo em conta o que foi dito, é possfvel que os afíoramentos i
de Biscainhos e de Vala do Sapagal, pertençam à Fornação de f
Taveiro e n%o à de Lousões. ,
I
I1-GRANDE MANCHA DE EGA AO MONDEGO 1

C. ROMARIZ (1960) refere-se a esta mancha eqglobando a


formação que descrevemos no uComplexo de Sanguinheira,.
Neste vasto afloramento os bons cortes não são abundantes,
devido à presença de pinhais ou de áreas de cultivo. O único local
onde se pode reconhecer a litologia deste afioramento é nas barreiras
de Taveiro (já fora do mapa) onde uma jazida fossilífera por n6s
evidenciada foi estudada por M. T. ANTUNESe J. PAIS(1978), que
admitem para esta formação idade Maestrichtiano-Paleogénico.
Neste corte os autores distinguiram duas unidades:
a) Unidade superior, constituída por areias cauliníferas de
idade paleogénica (?) .
b) Unidade inferior, dividida em duas sub-unidades, respecti-
vamente: I
.-Areias e a r d a s com Dabeya Eecsitanku (TE=.), Cima-
momecm broteri TEIX. e Frendopsis.
- Argilas, areias e conglomerados com vertebrados.

I11-AFLORAMENTO SMCLINAL DE ALENCARCE-RELVAS

Segundo C. Romariz, o contacto entre a séne arenltica de


Lousões e a Formaçãb de Taveiro é discordante, o que pode ser
observado em Alencarce de Cha, Rexio de Rebolia e Venda Nova.
I
Num caminho que segue de Alencarce de Cima para Mosqueiro,
foi observada a:seguinte sucessão, de baixo para cima:

-Arenitos de grão fino a médio, micáceo, pouco argiloso,


a

1
carregando-se de seixos mal rolados na parte superior
(2,70 m) . Esta camada parece pertencer ainda aos Arenitos
d6 Lousões.
2 -Arenito de grão fino a médio, feldspáti~o,branco (0,30 m).
3-Zona coberta (arenito argiloso variegado). Espessura
calc* em cerca de 12 m.
4 -Arenito de grão médio a grosseiro, por vezes muito argi-
loso, cinzento-avemelhado (6 m) .
5 -Arenito de @o fino a grosseiro, por vezes muito argiloso,
feldspático, cinzento-rosado (6 m).
6 - Arenito de g ~ ã omédio a grosseiro, rosado a branco, ar@-
loso (1,80 m).
' 7 - Zona predominantemente argilosa, vermelha, com inter-
calações aredticas, bastante coberta (22,60 m).
8 -Arenito de grão fino a médio, argiloso, micáceo, feldspático
(2,60 m) .
9 -Zona mal visivel, predominantemente argilosa, vermelha,
com intercalações areniticas (50-70 m).

corres&nd& A faixa relativamente estreita, em que os bons


cortes são quase ineXistentesdevido âs zonas de cultivo. No entanto,
no caminho que sobe ao Bom Sucesso, foi possivel observar a
seguinte sequência devendo os valores das espessuras ser tomados
apenas' como ordem de grandeza:

1-Arenito de grão fino a grosseiro, argiio-feldsp&tico,micá-


ceo, avemelhado, passando a arenito fino a médio,
feldspático, pouco argiioso, cinzento-avennelhado.
2 -Arenito de grão médio a grosseiro, argilo-feldspitieo,
branco-avermelbado (7 m) .
. 3 -Arenito fino, pouco feldspático, pouca miczkeo, argiloso,
vermelho (1,60 m).
4 -Arenito de grão médio a grosseiro, argilo-ifeldspático,
com calhaus mal rolados e outros esquimlosoS (4 m).
5 -Arenito grosseiro argiloso, vermelho, com calhaus pouco
ou mal rolados (1,SO m).
6 -Alternancia de arenitos grosseiros, pouco feidspáticos e
de arenitos finos a médios, feldspáticos, midceos, ver-
melhos (8,80 m).
7 -Arenito grosseiro argiioso compacto, conglomerático,
avermelhado, localmente silicificado.

Outro corte observado a S da Comparsa, mostrou a seguinte


sequência:

1-Argila muito siltosa, micácea, englobando ní%s areníti-


cos grosseiros e calhaus rolados pouco abundantes (8-10 m).
2 -Arenito grosseiro, argiloso, pouco feldspático, pouco
micáceo, tornando-se muito fino, cinzento acastanhado
para a base (4 m).
3 -Argila siltosa pouco micácea, pouco feldspática, cinzento-
-acastanhada (3 m).
4 -Arenito grosseiro feldspático, argloso, acinzentado (2 m).
6 -Arenito muito fino micáceo cinzento.
6 -Nível arenítico de grão fino a médio, pouco feldspático,
I
argloso, cinzento.
7 -Argdas siltosas micáceas acinzentadas (1 m).
8 -Arenito de gráo médio a grosseiro, micáce{, conglome-
rático, argiloso, cinzento (2 m).

Mais a W, a não ser numa barreira a 200 m SW do,cruzamento


para S. Isidro, não foi possível observar outros cortes devido ao
intenso aproveitamento agrícola.
A camada que limita superiormente os Arenitos e argilas
de Taveiro &ora a N do v. g. Corujeira, formando aqui, tal como
no Bom Sucesso, uma costeira.
A formação é também arenítica, com diminuição na granu-
lometria. Não foi possível observar nenhum perfil, devido & intensa
cobertura vegetal que caracteriza este afloramento.
RM-Formação argiio~gresosae cbng~omeráticada Senhora do
- Bom-Sucesso (Paleogeaico e Miocénico indiferenciados)

. Os afloramentos deste complexo estendem-se na metade sul


do mapa, com maior desenvolvimento a Ocidente entre Lavos,
Alqueidão, Paião, Marinha das Ondas e Vilarinho.
Naquela área, dois furos realizados a N de Lavos atravessaram
as seguintes camadas

PURO 1 (o mais ocidental)

Entre 0,OO m e 2,20 m -Areia média rija acinzentada.


H 2,20 m e 3,3O m -Argila ' muito arenosa amarela.
H 3,30 m e 4,6O m - Areia cinzenta com burgau.
H 4,60 m e 6,20 m -Areia média branca.
a 6,20 m e 6,80 m -Lignito.
H 6,80 m e 7,70 m -Areia muito grosseira branca cauli-
nffera.
H 7,70 m e 8,lO m -Areia grosseira branca com a r e b e
burgau.
u 8,10 m e 10,20 m -Arenito muito argiloso cinzento-es-
verdeado.
u 10,20 m e 12,20m - Argila silto-arenosa cinzenta com lai-
vos vermelhos.
u 12,20 m -
e- 13,30 m Arenito muito argiloso castanho com
laivos cinzentos.
H 13,30 m e 17,20 m -idem -cinzento-esverdeado com lai-
vos vermelhos e em parte com areão.
H 17,20 m e 20,OO m -Arenito conglomerático argdoso, es-
verdeado, com laivos castanhos.
20,00 ni e 20,70 m - Arenito fino a médio bastante argi-
loso, castanho-avermelhado, com al-
guns elementos grosseiros.
1) 20,70 m e 21,5O m -Arenito muito grosseiro, argiloso,
acastanhado, friável, com areão.
H 21,50m e 21,80m-idem.-azulado.
u 21,80 m e 23,60 m -Argila siltosa vermelha, com laivos
acinzentados.
H 23,60 m e 24,OO m - Arenito argiloso fino a médio, azula-
do, com laivos rosados.
Entre 2400 m e 25,2C) m.- Arenito fino.rriiuto argloso, iinakelo-
-acinzentado, :com laivos avm5neIha-
dos e s e g o disperso.
9 28,20 m e 26,30 m -Argilalsilto-arenosa castanho-avme-
Ihada,
26,30 m e 29,W m -Arenito fino a grossei)o, argiloso,
, castanho-avermelhado, cbm areão e
com raros burgaus rniiidos.
o 29,00 m e 34,00 m -idem -com laivos vermelho-escuros
e sem burgau.

FURO 3 (situado am pouco mais a SE)

Mais profundo que o anterior, atravessou as seguintes camadas:

Entre 0,OO rn e 5,50 m -Arenito muito argloso.


H 5,5O m e 21,50 m -Argilas avemelhadas em parte are-
nosas. Aos 21,50 m arenito muito fino,
muito argiloso, castanho, com laivos
acinzentados.
R 21,50 m e 72,00 m -. Formaflo de arenito de g ã o diverso,
de cores branca, amarela, acastanhada
e muito raramente com burgau.
-Aos 34,OO m arenito de grão médio,
argiloso e esbranqui~adocom laivos
róseos.
-Aos 39,75 m -Arenito muito gros-
seiro, caulinífero, branco, com bur-
gaus dispersos.
-Aos 62,50 m -Arenito muito fino,
muito argiloso, amarelo-acasta-
nhado.
-Aos 61,OO m -Arenito muito fino,
muito argiloso, acinzentado com
laivos castanhos.
-Aos 66,20 m -Arenito fino a mé-
dio, argiloso, esbranquiçado.
-Aos 72,OO m -Arenito muito @os-
seiro, argiloso, amarelado.
Entre 72,OO m e 82,W m -Arenito muito grosseiro, a r ~ O s oama-
,
relado.
-Aos 77,OO m -Arenito grosseiro
argiloso, amarelo-escuro.
. , 82,OO m e 87,00 m -Arenito de grão fino esbranquiçado-
-acinzentado.
-Aos 82,15 m -Arenito fino, argi-
loso, esbranquiçado.
- Aos 84,713 m -Arenito fino muito
argiloso, acinzentado, com laivos
castanhos.
-Aos 87,OOm-Argila castanha
muito plástica.
87,00 m e 229,OO m - Argilas castanhas e castanho-aver-
melhadas em parte com núcleos
a

azulados e apenas com uma passa-


gem arenítica a 127,OO m.
Aos 94,30 m -Argila castanho-
-avemelhada com punctuações
cinzentas e com algum areão de
calcário negro disperso.
- Aos 97,OO m -Argila castanha
a castanho-avemelhada com nú-
cleos acinzentadoselaros.
-Aos 100,OO m - .idem - com
' areão disperso.
-Aos 103,70m - idem.
-Aos 121,50 m- Argila cinzenta-
-parda com laivos castanhos,
siltosa.
-Aos 127,OO m -Arenito muito
fino, argiloso, cinzento-42lar0,com
laivos castanhos.
-Aos 141,50m -Argila vermelha
com núcleos cinzento-azulados.
-Aos 150,OO m - Argila veme-
lho-escura.
-Aos 158,65 m - Argila casta-
nho-avemelhada escura com pe-
quenas punctuações esverdeadas.
Entre 87.,001m e 229,OO m -A r d a s castanhas e castanho-aver-
melhadas em parte com niicleos
azulados e apenas com uma passa-
gem arenítica a 127,OOm (cont.).
- Aos 176,OO rn -Argila um pou-
co margosa, cinzento-azulada,
com raro areão muito disperso
e com Ostracodos.
-Aos 179,30 m -Argila casta-
nho-avermelhada muito escura,
com núcleos azulados e com al-
gumas concreções brancas cal-
cánas.
-Aos 188,70 m - & d a casta-
nha com raros núcleos azulados.
-Aos 200,OO m -Argila levemen-
te margosa azulada com laivos
vermelhos, um pouco arenosa.
- Aos 206,40 m -Ar@a cinzenta
com pequenos grAndos calcários
brancos.
-Aos 213,60 m -Argila arroxea-
da com laivos cinzento-azulados.
229,OO m e 235,OO m - Arenito de grgo variável, muito
argiloso acinzentado.
-Aos 230 m -Arenito fino argi-
loso cinzento claro.
-Aos 233,OO m -Arenito de grão
variável muito argiloso, acinzen-
tado, com intercalações de argda
cinzenta.
235,OO m e 250,OO m - Ardas mais ou menos siltosas cas-
tanhas e castanho-acinzentadas.
-Aos 238,OO m - A r d a casta-
nho-acinzentada.
-Aos 244,OO m - Argila siltosa
castanho-escura com alguns lai-
vos cinzentos.
- Aos 260,OO m -idem -com Iai-
vos cinzentos e avemelhados.
- - - a - - c

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-91-

Skgundo J. Martins Ferreira, os terrenos atravessados'pdo


segundo furo podem ser' divididos em 3 complexos.
O Complexo I, desde a superficie até 84,75m de profundidade;
corresponde a sedimentação dk fácies continental com depjsitos
sobretudo areniticos com base em clastos de quartzo hialino ou
citrino sem rolamento.
O Complexo 11, entre 84,711 m e 188,70m, corresponde a
cz: .: argilas ligeiramente margosas e sempre siltosas de tons
$7.; i Os clastos de quartzo apresmw-SG qp
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_, que os do Complexo I. ,. - , ,- 7-'2
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+

- -.- Do ponto de vista paleontológico, o Complexo 11 apresenta


ir;, ,, mma flora de Carófitas representada por Tectochra sp. e C h r a sp.
Deste modo, por comparação com floras francesa3 mediterrhicas e
norte-marroquinas, os Complexos I e 11, segundo J. Martins Fer-
reira, seriam rniocdnicos.
Por sua vez o Complexo 111; entre 188,70 m e 250 m, seria
de idade Paleogénica indeterminada.
Na área de Marinha das Ondas, algumas centenas de metros
a E da povoaç<ro, barreira explorada para fabrico de telhas e tijo-
los apresenta, de cima para baixo, a seguinte sucessão:
,
c) Ma parte superior, por baixo do Pliocénico, argla fina
pouco arenosa, znicácea, acastanhada, c q laiyos ,acb~~en-
tâdos e acastanhados.
b) Argila acinzentada (2 m a 2,5 m).
a) A r d a acastanhada um pouco rosada passando às vezes
a arenito muito argiloso, mais escura que a da camada
um, As vezes compacta e lembrando alguns aspectos do
Paleogénico.

Mais a SE, na estrada de Outeiro para o Convento de Seiça,


observa-se a E de Casal Novo, argila arenosa acastanhada com
laivos castanho-avemelhados e outros acinzentados. Ainda mais
a SE, na mesma estrada, trata-se de argilas castanho-avemelhadas
com laivos de diaclases esbranquiçados, em contacto por falha
com m i t o s argilosos acastanhados com laivos amarelos e com
Seurw rniúidos. Os armitos argilosos estão em posiçsio um pouco
m a i s baixa e são cobertos por areias acastanhadas de dipo plio-
cénico, com aigum seixos.
Finalmente, no cruzamento das estradas, a cerca de 300 m
a N do Convento de Seiço, observa-se arenito argiioso grosseiro
muito consolidado, acastanhado, com laivos cimentos e castanho-
-avennelhados e com seixos dispersos. Mais abaixo, os arenitos
são acastanhados, com níveis acinzentados, e outros alaranjados
com seixos dispersos e enchimento de canais.
Na área de Arneiro da Amda, a NE do local anterior, as
trincheiras da estrada nova mostram areias cauliniferas brancas
e outras acastanhadas, finas, com seixos miúdos bem rolados e com
aspecto de miacénico.
Entre o rio Pranto e o rio Arunca, no bordo sul do mapa* o
corte passando pela Capela da Senhora do Bom-Sucesso apresenta,
de cima para baixo, a seguinte sucessão:

6 - Próximo do Casal da Venda, nas trincheiras da estrada,


areias argilosas amareleas e acastanhadaç'.
6 -Mais a Norte, areias argilosas castanho-avermelhadas
com níveis de areias com seixos e com algumas interca-
laç6es de areias muito argilosas, passando a Argilas muito
arenosas, castanho-avermelhadas, com laivos cinzentos.
4 -Arenitos congíomeráticos, vezes argdosos, com níveis
muito consolidados de cor castanho-amarelada, com laivos
avermelhados, arroxeados e acinzentados, com seixos,
assentando sobre os Arenitos e argilas de TaveUo.
3 -Arenito argdoso acastanhado e avemelhado: com seixos,
uns rolados e outros angulosos.
2 -Argila arenosa acastanhada e avemelhada.
1 - Junto de Casalinhoç, arenito argiloso acastanhado.

Entre o v. g. Pedreira e a Capela da Senhora do Bom-Sucesso,


o conglomeradoque serve de limite entre Q M e C' forma costeira com
escarpa de mais de 10 m, voltada para NE, cujo prolongamento
para E se observa até o Alto da Corujeira.
As camadas aredtico-conglomeráticas que ai se observam são
constituídas por elementos mal calibrados, 40-areníticos naigmu
pontos.
Noutros ~pontos,. trata-se de conglomerados com elementos
quartzosos, os quais, segundo C. Rornariz, podem atingir, $s vezes,
15 a 20 cm. O cimento B argiloso avemelhado. Os pendores das
camadas atingem em muitos pontos, 10 a 200 SSW.
Alguns cabeçck situados a S de Senhora do Bom-Sucesso apre-
sentam camadas fortemente impregnadas de sílica tal como no
alto do v. g. Corneiro (cota 112 m) a 3,6 km a S do v. g. ,Pedreira.
Na área de Soure, a forhação argilo-arenítica de Senhora do
Bom-Sucesso corresponde a grande parte do *Complexo de Sangui-
nheira* de C. T m m (1962),
~ o qual é constituído sobretudo por
arenitos e conglomerados sem fósseis, cuja parte superior é miocé-
nica e a parte inferior ainda senoniana.
Segundo C. Rornariz, na região de Soure, o *Complexo de
Sanguinheirm é constituido de cima para baixo por:
c) Arenito fino, a r d a s arenosas e argilas brancas, amareladas,
avermelhadas ou esverdeadas, hs vezes com bancadas
arenitico-conglmaAticas intercaladas.
b) Camadas arenítico-conglomeráticas com elementos quartzí-
ticos mal calibrados. O cimento argdoso, caulinífero, cons-
titui, nalguns locais, grande parte da rocha.
a) Arenitos grosseiros com calhaus mal rolados.
Os afloramentos da formação da Senhora do Bom-Sucesso são
separados em duas partes pela estrutura diapfrica de Soure, de
orientação sensivelmente E-W.
A N do diapiro o complexo constitui alguns relevos bem mar-
cados na topografia local. Tais são os de Onofre Branco, Outeiro
Redondo, Sanguinheira e Pouca Pena, cobertos por depósitos
píiocénicos.
Na área situada a W de Figueiró do Campo, no Alto da Portela
e descendo para W, observa-se o seguinte corte:
d ) Camada conglomerática muito consolidada, com numerosos
elementos mal rolados e de cor castanho-averrnelhada,
com laivos esbranquiçados e acinzentados.
c) Arenito consolidado, muito fendido, no caminho que segue
a crista para SE. É mais compacto do que a formação tb,.
b) Em p~siçãomais baixa, na estrada nova, os depósitos
apresentam-se ondulados, mostrando enchimentos de canais
e algumas zonas com maior abundancia de seixos. Os
arenitos apresentam-se As vezes arcósicos, esbranquiçados,
acastanhados e amarelados com laivos castanho-averme-
lhados, muito grosseiros, com seixos dispersas de vários
tatnanhos e com muitos elementos negros.
.a) Arenitos argiiosos acastanhados.com seixos .e com interca-
lações de argilas acimntadas e avermelhadas.
Na beira da estrada, a cerca de 2 km a NE de Vila Nova de
'Anços, observa-se conglomerado muito consolidado, com elementos
bem rolados e outros não, de cor a c a s t d a d a com ldivos acinzen-
tados e castanho-avermelhad& que corresponde $ base desta
formação.
A Sul do diapiro de Soure, estes afíoramentos fo+am mancha
triangular recortada pelos vales das ribeiras de Milhariça, da Venda
Nova e de Juncal. Trata-se tamb6m de formações arenitico-con-
glomeráticas mais ou menos argilosas.
Segundo C. Romariz, no fundo do Vale de Mós a W de Serrado,
as camadas inclinam 10-120 SW ao passo que na Charneca, entre
Casal de. Qvelheiros e Vale da Velha, os pendores atingem 20-300
NNW.

P -Areias, grés e argilas (Pliocénico)


Está representado por complexo de areias, As vezes finas ama-
reladas, com estratificação entrecruzada, com seixos, de grés
argilosos e de argilas. Forma série de afloramentos que se estendem
I
tanto a N como a S do no Mondego.
A N do rio Mondego a cobertura arenosa piiocénica estendese
a N da Serra de Boa Viagem entre Cova da Serpe, Alhadas, Maiorca
e Quinta da Foja. Os depósitos encontram-se a cota máxima da
ordem de 97 m a NW de Santo Amaro das Amoreiras e descem
para E até ao nível das aluviões entre Maiorca e Quinta da Foja.
Em areeiro em exploração a Sul de Casal do Grelo (N de Alha-
das) e numa altura de cerca de 10 m, observam-se areias cauliní-
feras muito finas, brancas e amareladas, apresentando na parte
superior intercalação de argila lignitosa com 0,60 a 0,70m de
espessura.
A Sh de Alhadas de Cima estendem-se areias amarelas-claras,
com seixos, cobertas e ravinadas por outras de cor acinzentada,
com seiiros, mostrando em corte alguns enchimentos de canais.
A Sul do rio Mondego, os terrenos pliocénicos constituem os
seguintes afloramentos:
u) Afloramentos de orientação N-S entre Paião e Marinha
das Ondas que se desenvolvem entre 77 e 89 m de altitude.
Entre Outeiro e Marinha das Ondas, onde existem saG
breiras, trata~se. de areias e saibros grosseiros, .argilosos,
acastanhados, com laivos avemelhados e com maitds sei-
. . xos mifdos. ,
b) Afloramentos NE-SW entre Torneira e Cipreste, situados
- entre 83 e 108 m de altitude.
1 c) Afloramentos entre Vila Nova da Barca (91m), Abrunheira,
Samuel, Palhais (138 m) e Casalinho.
Na estrada a SE de Vila Nova da Barca, uma areia fina ama-
relada micácea assenta &bre o Jurássico superior: Mais a NW, nas
Ginchiiras da mesma estrada e por cima d& areias, observa-se
saibro acastanhado e amarelado, com laivos cinzentos 4 oitr&
avekn~hados. O saibro é consolidado e mostra altenhacia de
niveis mais grosseiros com muitos seixos miiidos alinhados e bem
rolados e de outros niveis mais finos.
Os afloramentos da área de Vila Nova da Barca, pela posição
que ocupam (cotas de cerca de 90 m) podem ser restos de antigo
terraço de Siciliano I I?)'.
1
Entre Abninheira e Çerro Ventoso, as areias finas amareladas,
às vezes com rnica, são ravinadas por camadas de arenitos argiloços
grosseiros, acastanhados, com seixos, mostrando em corte enchi-
mentos de c a n a .
Finalmente, junto do cruzamento das estradas a SW de
~Samuel,o P11oc6nico situa-se A cota de 137 m. Trata-se de areias
argjlosas finas, acastanhadas, com seixos miftdos bem rolados e
outros maiores. No Casalinho; os depósitos são arenosos, micáceos,
amarelados, com leitos sub-horizontais de seixos.
d) Afloramentos entre Figueiró do Campo, S a n w e i r a ,
Outeiro Redondo, Pouca Pena, Soure, Pinheiro, Paleao
1
e Gasconho.
A NE de Vila Nova de Anços, o Pliocénico é constituído por
aredos argilosos grosseiros, acastanhadas ou castanho-averme-
Ihados, alkernantes com delgadas camadas de seixos, uns bem rola-
dos e outros não. Na parte inferior o depósito passa a arenito
argiloso. acastanhado ou amarelado, possivelmente mioc4nico (?),
sem seixos na parte inferior.
. Na área de Soure, o Pliocénico é constituído por formações
arenosas continentais, com intercalações de lignito (minas do
Pinheiro e de Alencárce). Segundo C. Rombz, a estes depósitos
sobrepõem-se outros, marinhos. Em Alencarce de Baixo,em barreira
de 12 a 16 m situada na margem N da ribeira que passa junto da
fábrica de briquetes, foi citado pelo mesmo autor corte. mostrando
areias de grão médio, às vezes com alguns calhaus, com nível
branco ou acinzentado na base e avemelhado na, parte superior.
A várias alturas, intercalações lenticulares de lignito envolvem
troncos de madeira mais ou menos incarbonizada. Nas lentículas
maiores sobre os níveis de lignito, observa-se delgada: argila ama-
relada, imprebada de matéria organica.
Mais a Sul, no retalho pliocénico de Fuseiros, é conhecida
uma cascalheíra com abundantes calhaus bem roiados.
Segundo C. R o a ã ~ ~(1960),
~ z na mina do Pinheiro as meias
pliocénícas cont6m _intercalaçõesde lignito com troncos de Jmi-
pwuxyZon $achyderma (GOPPERT)KRAUSE~;.
Na área da mina de lignito de Pinheiro f o r a realizados vários
faros de pesquisa dos quais um dos mais representativos (5.2)
mostrou a seguinte sucessão de camadas:
I

Entre 0,00 m e 0,60 m - Terra vegetal castanhi.


9 0,BOm e 6,00 m -Argila muito arenosa amarela com
seixos.
10,OO m -Argila castanha.
11,OO m -Areia de grão fino e grfosseiro, argi-
losa, castanho-amarelada, passando
a arenito argiloso. I
15,OO m -Argila negra com lignito.
20,OO m -Lignito com argila negra acasta-
nhada.
26,OO m -Argila negra com lignito.
41,W m -Arenito argiloso cimento-acasta-
nhado com elementos ;ferruginosos.
43,OQm -Argila lignitosa castar&o-escura.
51,76 m -Arenito muito argildo, castanho,
com elementos ferru@nosos.
56,00 m -Argila castanha ligni)osa.
80,OO m -Arenito lignitoso e argiloso, cas-
tanho, com vestígios de vegetais
incarbonizados.
Entre 80,OO m e 120,QOm -Arenito amarelo-acastanhado com
numerosos elementos ferruginosos.
n 120,OO m e 125,OOm - A r d a castanho-clara.
n 125,OO m e 126,30 m -Arenito argiloso einzento-acasta-
nhado.
126,30 m e 128,30 m - Argila castanha com elementos lig-
nitosos e laivos castanho-averme-
lhados.
2) 128,30 m e 130,OOm -Argila castanho-acinzentada.
a 130,OO m e 143,30 m - Arenito ferruginoso acastanhado.
n 143,30m e 144,70m - Argila castanho-escura com ele-
mentos lignitosos, restos de vege-
tais incarbonizados, seixos e frag-
mentos de conchas marinhas (Cla-
lamys excisa BRONN.)
) 1,44,70m e 150,OO m - Lignito argiloso negro.
B 150,OO m e 158,20 m -Argila lignitosa com lignito.
n 158,20 m e 175,OO m -Areia argilosa acastanhada com
elementos ferruginosos.
n 176,OO m e 180,OO m -Argila arenosa avermelhada inter-
calada entre areias argilosas acas-
tanhadas com elementos ferrugi-
nosos.
b 180,OO m e 182,OO m -Arenito argiloso acastanhado com
elementos ferruginosos.

A parte superior do Pliocénico a N E de Pinheiro, proximo


do km 25 da estrada Soure-Condeixa, é constituída por areias
grosseiras com muitos calhaus bem rolados.
A N de Portela, entre Relva Redonda e Pinhal do Vale Cutelo,
as areias do Pliocénico, englobando cascalheiras raras mas bem
roladas, situam-se entre 80 e 100 m de altitude, prolongando-se
para W.
A SW do v. g. Jarda, o Pliodnico, com cascalheira rolada,
assenta sobre o Miocénico e Paleogénico de Sanguinheira entre 60
e 70 m.
Na área de Outeiro do Cabeça Gorda, a SE de Pinheiro, exis-
tem areias brancas e vermelhas de grão m6dio com algumas cas-
calheiras.
7
Na mancha de Casal dos Ovelheiros, entre 120 e 130 m obser-
vam-se areias brancas. finas.
Segundo C. Romanz, no Outeiro do Cabeça Gorda e nalgumas
.outras manchas pliocénicas, sobre as f o m q õ w arenpas existem
restos de camada aredtico-conglomerática consolidada com cimento
atiótico e com blocos de mais de 1 m de digmetro. Vwtigios de
crosta ferruginosa de mesmo tipo, pliocénica ou pds-pliocénica,
foram observados em outros afloramentos da regiiio, repousando
sobre o Liásico, o Cretácico, etc.; seriam restos de croçh píiocénica
ou pós-pliocénica.
'Segundo o mesmo autor, raras seriam as manchas píiocénicas
situadas a cotas superiores a 80 m. A maioria situa-se entre 30 e
70 m na parte Central do diapiro de Soure onde teria havido rebai-
xamentos devido aos movimentos do diapiro. As formações de
Alencarce seriam, conjuntamente com outras, vilafranquianas.
Sobre os depósitos continentais ter-se-iam depositado outros de ori-
gem torrencial (Vilafranquiano superior) ou marinha (Calabriano).
1 (
. I

PLISTOCJ%JICO

É: constituido por tufos calcários e também por vestígios de


praias quaterncaiias e de terraços fluviais, representrtdbs por areias
e cascabeiras.

Qt -Tufos caichios
São conhecidos em duas áreas diferentes:

1 -A NE do diapiro de Soure, observam-se no vale da ribeira


de Cernache, junto da Quinta da Melhora de Baixo e do
Casal do Paraíso, no bordo este do mapa.
Segundo C. ROMARIZ (1960) tufos calcários em ban-
cadas, podem ser observados a SOO m a S de Ponte
de Ega onde assentam sobre delgada camada argilosa
que cobre o Cretácico. Os níveis inferiores são constituídos
por calcários pulveruientos, ao passo que as camadas
superiores são bastante compactas e constituem um
travertino.
Qx- Terraços de 75 a 100 m

Situam-se a Sul do rio Mondego nas áreas entre Reveles,


Vila Pouca, Arzila, Carqueja e Santiago.
Na trincheira do caminho junto do cemitério de Arzila, tra-
ta-se de saibro grosSWo acaçtianhado e de cascalheira assentando
sobre Arepitos e argilas de Taveiro.
Um pouco mais acima, perto do v. g. Carqueja, o depósito
siciliano é constituído pelas seguintes camadas:

c) Na parte superior, areia grosseira e cascalheira com seixos


bem rolados e outros menos, ravinando a camada tb9.
O corte apresenta indícios de enchimentos de canais e de
solifiux%oiíitraformacional.
h) Arenitos argilosos castanho-amarelados com alguns seixos
e alguns níveis acinzentados.
a) Argila arenosa acastanhada e castanho-avermelhada com
intercalaç8es de areias acinzentadas.

JbB -Terraços de 50-70 m


Observam-se nas áreas de Ameal, Arzila, Montes de Luna e
Montes da Torre, a Sul de Pereira.

Q8-Terraços de 25-40 m
A N do rio Mondego são conh&das na area ae Moinho da
Mata a N de Montemor-o-Velho.
A SUL do Mond* existem na &a de Granja do Ulmeiro e de
Alfwdos. No vale do rio Pranto observam-se junto de Alquddão
e mais a Sul, a SW de Vilannho.
Finalmente, silo conhecidos na área de Lavos onde se trata
de depbito fluvio-marinho.

9' -Terraços de 8-20 m


São conhecidos na margem norte do n o Mondego entre Lares
e Figueira da Foz.
A SSE de Vila Verde, na beira da estrada para Lares o corte
de um barranco apresenta a seguinte sucessão:

c) Na parte superior, areias argilosas consolidadas, grosseiras,


acastanhadas, com alguns seixos dispersas e recortadas
por diversas diaclases (espessura de 16 a 20 m).
b) Pequena intercalação de a r d a cinzenta.
a) Areia grosseira e cascalheira com seixos bem rolados, com
enchimentos de canais e indicios de solifíuxão intraforma-
cional.

Outro corte, a SE do anterior, mostra, de cima para baixo:

c) Na parte superior da barreira, areias amarelo-acastanhadas


com intercalações de niveis de seixos, enchimentos de
canais e indícios de solifluxão intraformacional.
b) Areia castanho-amarelada (2 m).
a) Areia e cascalheira grosseira com calhaus bem rolados (4 m),
Um cccoupde-poingo acheulense antigo, rolado, foi encon-
trado <<insitu)).

Na margem sul do rio Mondego, os baixos terraços são conhe-


cidos junto de Santo Varão e de Ereira e, mais a juzante, na área
de Lavos. Nos vales afluentes do vale do rio Mondego, os baixos
terraços existem no vale do n o dos Mouros, junto de Ega e, mais a
juzante, junto de Granja do Ulmeiro, assim como no vale do rio
Anços a SE de Soure, e mais a norte, a montante e juzante d e
Vila Nova de Anços.
No vale do rio Aninca um baixo terraço observa-se na área
de Sobral de Baixo.
Finalmente, nos vales do rio Carnide e do rio Pranto, são conhe-
cidos baixos terraços a SE e NE de Vilarinho, junto de Vinha da
Rainha e, mais a juzante, junto de Alqueidão.

MODERNO

Os terrenos modernos são representados por aluviões, areias


de praia e areias de dunas.

d, Ad -Dunas e areias de dunas


Formam extensa faixa de orientação N-S a qual se desenvolve
a Sul do rio Mondego, desde o Cabedelo, passando por Cova e
alargando progressivamente entre Costa, Lavos, Leirosa e Marinha
das Ondas onde os depósitos de areias atingem largura máxima
da ordem dos 6 km.Trata-se de areias de granulometria fina, bem
calibrada. As areias assentam sobre formações mais antigas, mioc6-
nicas, pliocénicas e plistocénicas.

A -Areias de praia
Estendem-se ao longo do litoral na parte ocidental do mapa,
onde se observam nas seguintes áreas:

1 -A N do Cabo Mondego na zona de Murtinheira onde


correspondem à extremidade sul de faixa N-S, desenvol-
vida na folha vizinha 19-A.
2 - Entre o Farol Velho do Cabo Mondego, Buarcos e Figueira
da Foz.
3 -A Sul do rio Mondego entre Cabedelo, Cova, Costa, Lei-
rosa, etc., e com prolongamento para a folha 23-A.

Trata-se na generalidadedos casos de areias h vezes com seixos


e calhaus rolados os quais aparecem sobretudo na base.
As ~uviõessão bastaate daenvolvidos ao longo do rio Mon-
dego e imnb6rn ao longo d o ~prkipaig vales afluente, tanto da
margem direita como da margem esquerda.

1
Ao longo do no Mondego as aluvi6es estendem-se e montante
para juzante entre Vila Pouca, Momtemor-o-Velho e @eira da
Foz. S%Eoconstituídas por formações fluvio-marinhas.
Sondagens realizadas entre Monternor-+Velho e Alfarelos
apresentam bom corte transversal, em r&@o ao vale.
Na margem norte do rio a 1 km a E de Montemor-o-Velho,
2 furos atravessaram de cima para bsino mais de 30 m de aluvibes,
represeatadas pelas seguintes camadas:

6 -Terra vegetal (espessura entre 0,60 e 1,O0 mj .


6 - Areia lodosa fina a grosseira, marelada e pcastanhada
(espessura entre 1,80 e 3,80 m). I
4 -Lodo c s W o passando a cinzento, com arei8. fina e con-
chas (Cardiurrz &deLrm., S c 7 o b ~ 7 k fikocp
3 DACOSTA,
&c.) na parte .inferior (espessura entn 2,8b e 6.20 m). I
-
-
3 Areia fina a m6cliaalodosa, c-h, As v a e s atas* ' I
ou mesmo asiwelada, com, conchas (Cm&aw;&h Lm.,
Ostrea sp., etc.) c;om areão e restos de madeira incarbo- I
1
nizada na base (espessura entre 19 e 21 m). 1
2 -Lodo cinzento com conchas, tomandrsse afnarelado na 1 1

base e com areia grosseira na parte superil (espessura


variando entre 4 e 6,Wm). I I II

1-Arda de grão m6dio a grosseiro, amarelada, com conchas I


e areão (espessura entre 4,60 e $,O0 m). Assenta sobre os
arenitos amarelados e avermelhadm do Cretácico. I

Outros dois furos situados na margem sul do 150 Mondego, I

a cwm de 800 m a E das faros anteriores, etni frente da Casal Novo


do Rio, junto da estrada de Montemor-+Novo paka Alfcblrelos,
mostram corte parecido, embora com algumas variaç8es nas espes- I

suras.das camadas:

7 -Areia fina castanha com humus (espessura entre 1 e 2 m)-


6 -Areia castanha com seixos (3,BO m).
5 - Lodos castanhos. e .cinzentos com areia fina (espessura
entre 6'50 e 8,lfim). .
4 -Areia fina lodosa cinzenta-com conchas (2,3B m).
3 - Lodo cinzento (2,50 m) .
2 -Areia fjna lodosa com conchas (12,80 m).
1-Areia cinzenta com seixos e calhaus rolados, 'assentando
sobre as areias e os calcários do Cretácico.

A cerca de 1km a SE dos furos anteriores, outro furo situado


no meio da baixa aluvial atravessou as seguintes cámadas:

6- Terra vegetal e areia fina (2,M m).


6- Lodos arenosos castanhos e amardo-ackentados com
conchas na parte inferior (15,66 m).
4 -Areia fina cinzenta com conchas (16,65 m).
3 -Areia cinzenta com seixos 'e calhaus rohdus (8,80 m).
2 - Lodo cinzento (1,60 m).
1-Areia com seixos e calhaus (3,60 m).

Finalmente, no bordo sul do vale, no intervalo entre a linha;


fdrrea e a Vala de Alfarelos, um dltirno furo, situado a cerca de
1800 m a; SE do anteriar, atravessou as seguintes camadas aluviais:

6 -Tema vegetal castanha (2 m).


4 - Lodo castanho acinzentado com areia e sehos @,76 m).
3 -Lodo amarelo ferruginoso com areia e calhaus rolados
(1,O5 m) .
. 2 -Areia lodosa acastanhada com seixos e burgau (5,46a).
-
1 Argila amarelas e avermelhadas do Cretácico (espessura
atravessada 40,76 m) .
Mais a juzante no vale do rio Mondego, a cerca de 500 m a SE
de Lares, um furo com 114 m atravessou as seguintes camadas
aluviais:

4 -Areia castanho-acinzentada com seixos (1,20 m).


3 - Lodo cinzento-escuro (1,60 m).
2 -Areia fina a grosseira acinzentada com seixos (2,66 m).
1-idem - com muitas conchas e assentando sobre o Cre-
tdcico (26 m).
8 -+aro vegetal can homps castanho ( s i m a entre
1,ao &3,&0m), I

7 -Lado W n t o ~ c m o(espessura entre 2,%&e 2,78 m).


6 -Ar&€& hlodo= GOrn c o a i a (l m).
-
5 Lado &mio. w m o bi93.w~ m).
I -M a fina bâwa c3azdnta (apeasma entre 2,90 e 390 m).
-
Q Areia msodja a gr~saiUra~
2 -Areia m*
Iodma, cinzenta,
talado%t s p u p a t entke 2fi6 e 4,35 m).
r c""""
a f$xosBeisa a%namIa&(1*25 m)b, com
de: lodo ciÚ?wmt-cwo (Q,N m).
n-ível

I-~~ B a c & ~ & a c- areia


entre. B,90 e 6%m).

A W dos fura citados dtua~si~


o a h grupo de cindu, &&da
& N par& S, + q1íaJs ~tmv- as s w t e n ; c b a d a e m
&gamas v&ç&s lata&. i

6 -M a fma ammdlada e aapshnhadaYbrnab$lo-se lodosa


4 a&nze?s7ada m parte inferior ( ~ p m m entre 7,95 e
l0*20m) I

. 4 c ~ o i í a a a m t o emoro,' armaao q parte sopkior, e oom


an- mais abaixo (espessura entre 2,âd e 6,65m].
3- Areia; fim acbmtada com cr~ncbias(espdsti~âsentre
#,60 e 8,M 4. I

2 -Lado Úwento com espesmra de 0,ló m dm fums.


I -Argilas mstanhzas* 4is avemdh~daswm csslohas,

Num dos furos situados mais a Norte, as camadas atravessadas


foram as seguintes:

S -Areias finas castanhas e amareladas (1,71m) .


4- Lodo cinzento escuro com conchas na parte inferior
(3,60 m).
3 -Areia fina cinzenta com conchas (2,80 m).
2 -idem -com seixos (3,10 m) .
-
1 Argilas castanhas (2,20 m).
Um pouco mais a NW em relação aos furos anteriores e a
cerca de 500 m a W do v. g. Noventa Talhos, a Sul de Gala, dois
furos atravessaram as seguintes camadas:

4 -Areia fina amarelada tornando-se acinzentada na parte


inferior e com conchas num dos furos (espessura entre
5,BO m e 6,50 m).
3 -Lodo cinzento escuro arenoso com conchas num dos furos
e com lignito no outro (espessura entre 2,75 e 3,60 m).
2 - Areia fina a média, lodosa, acinzentada, com conchas
(espessura entre 6 e 7 m).
1- Lodo cinzento arenoso com conchas.

Na margem N do rio Mondego, um furo realizado nas aluviões


I
da ribeira de Carritos, a juzante daquela povoação (a NE de Figueira
I
da Foz), atravessau as seguintes camadas:
I

4 -Aterros e terra vegetal castanha (4m).


3 -Lodo cinzento escuro com conchas (14 m).
2 -Areia fina cinzenta (2 m).
1- Areia fina a grossa cinzenta-acastanhada com conchas e
com seixos mitidos, lodosa na parte superior (14 m).

Na zona litoral, a Sul de Leirosa, diversos furos atravessaram


I areias eólicas entrando em seguida nas camadas mais antigas
subjacmtes.
Verifica-se, deste modo, a presença nalguns furos situados a
I Sul do Rego do Estrecal, a presença de calcários cretácicos a pe-
quena profundidade entre 13 e 20m.
! Na mesma Area existem, por baixo das areias eólicas modernas,
vestlgios de areias e cascalheiras de antigas praias quaternárias
i de 6-8 m.
Finalmente, alguns furos alinhados de N para S mastraram,
em corte, a presença de pequeno vale que vinha desaguar no litoral
e que se encontra actualmente preenchido por aluviões consti-
tuídas, de cima para baixo, pelas seguintes camadas:

3 -Areias finas esbranquiçadas, acinzentadas, amareladas e


acastanhadas (espessura entre 8 e 10 m).
-Lodo castanho escuro com conchas, tenmiaando em 'bise1
I

2
lateralmente. A &pesara. mmanima no centro do canal
atinge 4,lOm. .
1 - Areias finas a médias, acinzentadas e acastamhadas, com
coixebas a carregando-se de sdxas na base (espessura
variando entre 8 e .l2 m e diminuindo lateraifaente).
I

ROCHAS ERUPTIVAS

Na área coberta pela folha da Figueira da Foz, os afloramentos


de rochas eruptivas estão relacionados com a estrutura diapírica
de Soure.
A NE desta vila, entre Alencarce e Cavaleiros, situa-se um
cabeço de rochas doleriticas sobre o qual assenta o vértice geodésico
de Outeiro. O dolerito recorta os calcários dolorníticos do Sine-
muriano.
A rocha encontra-se quase totalmente reduzida a um solo.
0 s raros blocos visíveis na superfície do terreno são de tons cin-
zento-escuros e de grão grosseiro. Existem no entanto outros de
grão fino e de tons claros.
Segundo C. ROMARIZ (1960), é possivel distinguir no aflora-
mento do Outeiro, três tipos de dolerito:

1 -Dolerito de grão grosseiro;


2 -Dolerito esfénico;
3 -Dolerito com feldspato dominante.

Dolerito de grão grosseiro


Trata-se de rochas meso a meso-melanocráticas, de grão
grosseiro e de textura ofítica, podendo-se distinguir dois grupos
minerai6gicos:

a) Tipo com feldspato dominante em que os minerais essen-


ciais são: andesina passando a labradorite, augite verde
não titanffera e anfibola verde; minerais acessórios: ilme-
nite, rútilo, magnetite e hematite rara.
8) Tipo cam elementos mificos dominantes em que os mine-
rais essenciais são: labradorite, augite titanifera e horn-
blenda castanha; minerais acessórios: prenite, magnetite,
esfena e maleite. Trata-~eneste caso de um dolerito anal-
cftico.

I
I
Dolerito edMco
Trata-se em m m t r a de mão de rochas meso e leucocráticas,
de textura subofftica. Os minerais essenciais s8o: feldspato ( a o
identifidvel), &ma, auglte verde e augite titadfera rara; minerais
acessÓr3os: biotite,. dorite, magnetite, hematite, nitilo, ilmenite,
epidodo, prenite, anddte e ze6litos.

Dderito com feláspato 'dominante


Apresenta textura subofítica de g ã o médio ou fino. Os mine-
rais essenciais sãlo: fddspatos (80%-90%) que nClo foi possfvel
classificar e sete n%o titanifera; minerais acessórios: magnetite
e esfena.

A área cartografada. está englobada em ampla zona limitada


a SE pelo grande acidente Lousã-Pombal-Nazaré, que, segundo
A. RIBsmo i%A. RIBEIRO et al. (1979), corresponde a flexura em
compressão com levantamento do bordo SE até Leiria.
Segundo J. R. PARGA (1969) e P. GRUNEISEN et al. (1973) os
grandes acidentes de orientação N GBOE, que é a orientação da
falha da Nazaré, estão na origem das três famílias de fracturas
que afectam a área cartografada e que nomeadamente são:

1) Fracturas de orientação NNE-SSW.


2) Fracturas de orientação NW-SE.
3) Fracturas de orientação SW-NE.

(1) Ressalvam-se os erros de impressão na Carta relativos a:


1) a seta, situada a S de Carvalhais de Adia, é um sinal do impressor.
a) O troqo de fsltra tragado a cheio entre v. g. Casas Derrubadas e v. g.
Santa EuWa
3) a falha marcada entre W Eiircadas e o v. g. Outeiros.
1- Ainda segundo P. G R ~ I S I ~etXal. (19733, as fracturas
de orientação NNE-SSW, caso da falha que afecta o bordo W
da Serra de Montemor ou da falha de Brurrhos e ainda da falha de
Reveles, seriam provocadas pelo escorregamemto do soco, ao longo do
grande acidente da Nazaré, que induziria na cobertura mesazáica
falhas e fracturas com aquela direcção e cam acçiio essencialmente
fracturante, nomeadamente na área cartografada, enqumto noutras
áreas produziram falhas de grande dimeas&o, cujo smessivo alar-
gamento permitiu a subida das formações evaporíücas.
2 -A segunda família de fracturas e falhas, ,de direcção
NW-SE, coincide com as três grandes falhas de Degracias, Brunhos-
-Presalves e Santa Eulália-Cova da Serpe. Em gemi inclinam para
NNE cerca de 700-800.Segundo P. GR~NEBEN et a?.' (1973), este
sistema de fracturação est0 provavelmente iigado a um sistema
conjugado da falha da Nazaré. É ao longo desta direcção que se
inserem as estruturas diapíricas que afectam a região em análise.
São elas: a estrutura de Soure, caracterizada pela extrusão das
Margas de Dagorda e pelas duas estruturas do Outeirb da Moura,
em que a extrusão se dá ao nivd do Toarciano; e a de Ereira, da
qual se desconhece a sua efectiva magnitude.
Para NW de Santa Eulália não se conhecem estruturas extru-
sivas, comportando-se a já mencionada fractura como falha, por
vezes cavaigante.
3-A última família de fracturas, de orientação SW-NE,
está representada pela falha da Serra do Circulo que c l t a a estm-
tura anticlinal da Serra do Rabaçal provocando o abatimento do
flanco N W , inclinando 70 a 800 para NW.
As grandes estruturas mesozóicas estíio representadas pelos
anticlinais salfferos cuja orientação varia a NE e a SW do sistema
de f&as NW-SE; de facto, enquanto as estruturas de Monte-
mor-o-Velho e de Cabeça Gorda possuem direcção aproximadamente
NNE-SSW o alinhamento anticlinal constituído pela Serra de
Boa Viagem e de Vemde possui uma direcçfio NW-SE.
Segundo A. F. SOARES(1966) a...quando se tenta; estabelecer
uma relaçzo entre o dobramento e as f1;acturas de orientação
NNW-SSE tem que se reconhecer valor rotativo a dgumas das
falhas daquela família.
Analisando as diferentes estruturas, notamos 'como mais
importante o anticlinai complexo Buarcos-Verride, @posto em
arco e falhado no flanco NE com abatimento do bordo NE e levan-
tamento do flaneo 4;W. O empolamento desta estrutura deve-se
ter iniciado durante o Malin, tendo as sucessivas compressões e
a téctánica gravitica influenciado consideravelmente o levantamento
de toda a estrutura.
No que se refere à estrutura de Montemor-o-Velho trata-se
de antichal falhado na seu flanco ocidental. Esta falha, que
segundo A. F. SOARES(19661, é responsável pela orientaGo N-S
dos afloramentos carbonatados cenomano-turonianos de Quinhen-
dros, inclinapara ocidente cerca de 70-800, encontrando-se abatidos
os blocos ocidentais. Um conjunto de falhas subparalelas retalha
o n&cleo do anticlinal dando lugar a estrutura em cctecla de piano*.
Finalmente o anticlinal de Cabeça Gorda, ligado indubitavel-
mente à estrutura diapinca de Soure,da qual 6 parte integrante, apre-
senta oorintaqãla NESW. Os seus flancos norte e sul, constituídos
por formações cretácicas, apresentamasemuito inclinados, chegando
a atingir os 800 no f2anco sul. O n&cleo jurhico apresenta as mes-
mas estruturas em uteda de piano*, já postas em evidência no
antSclinal de Montemor.
Com a migração das format$es evaporiticas para o niícleo
dos anticlinais, formaram-se bacias como a de Figueiró do Campo
e outras de menores proporções.
Por fim, fracturas e falhas pós-pliocénicas foram evidenciadas
deetando depósitos plioe6nicos que cobrem as Margas de Dagorda
na estrutura diapírica de Soure. Estas falhas estão orientadas
com a falha da Serra do Círculo. No limite SSE dos dois aflora-
mentos pliocénicos de Pinheiro e de Soure, o Pliocénico apresen-
ta-se com pendores muito fartes e afundados. Segundo A. RXBSIRO
4% A. R I B E ~ O et ai. (1979) estas estruturas seriam devidas aos
diapiros terem funcionado como grabens em compressão.

Considerando os efeitos do grande sismo de 1909 com epicentro


em Renavente, no Ribatejo, foram notadas na região abrangida ,

pela folha da Figueira da Foz as seguintes intensidades:


Montemor-o-Velho: grau VI a VI1 na escala de Mercalli;
Soure: algumas fendas abertas nos edifícios;
Figueira da Foz e Buarcos: graus IV e V;
Santo Varão: grau IV.
A maioria dos outros sismos sentidos na região apresentou,
na mesma área, intensidades mais pequenas.

V -HIDROLOGIA

Do ponto de vista hidrológico, há que distinguir na área


abrangida pelo mapa os seguintes complexos:

As formaç6es jurássicas, tal como se tinha dito, sã6 constituídas


por arenitos, argilas.,margas, calcários margosos e às vezes calcários
compactos, mais ou menos lapiazificados. No conjunto apresentam
permeabilidade reduzida.
Na Serra das Alhadas, a SW da povoafio, uma galeria com
1'200 m de comprimento aberta nos arenitos e calcários do Jurássico,
dá, em períodos de estiagem normal, cerca de 600 majdia, podendo
descer até 360 nP/dia em anos muito secos.
Na área citada existem algares e os calcários do Dogger estão
bastante carsificados até muito abaixo da galeria, de modo que,
quando chove, as águas turvam.
No vale de Sampaio, a E do v. g. Condado, a NE da Figueira
da Foz, uma galeria com 900 m de comprimento capta água do
Jurássico superior. Em período de estiagem normal dá um caudal
de cerca de 360 m8/dia, podendo descer no decurso de anos secos
até 200 m8/dia.
Um furo realizado no Jurássico superior a NW de Buarcos
atingiu 120 m e dá apenas .0,2 11s.
Diversos furos de pesquisa de carvão atravessaram o Jurássico
superior da Serra de Boa Viagem penetrando no Dogger. Do ponto
de vista hidrológico mostraram-se praticamente improdutivos.
No que diz respeito ao anticlinal de Verride, as condiçBes
gerais são as mesmas; no entanto há que citar o caso especial das
exsurgências do Brulho, entre Reveles e Verride. Albm de alguns
poços que dão caudais de 2 1/s, existem ali nascentes localizadas
numa área muito fracturada dos calcários do Liásico e do Dogger.
A mais abundante corresponde ao $Tanque do Bruihoe cujo cau-
dal atinge 110 11s; trata-se das dguas de Verride, analisadas por
Ch. Lepierre.
.Cretácico
. ,

. Estão. aproveitadas por sondagens as águas do Cretácico


inferior, médio e superior.
A E de Buarcos, um furo com 138,60 m de profundidade,
iniciado no Cretácico inferior terminou no Jurássico superior.
Dá caudal de 16 11s com nível hidrodin%mmicoa -11,30 m e nivel
hidrostAtico a +0,30 m. Por artesianismo repuxante dá 3 11s.
. A E da Figueira da Foz, no vale da ribeira de Carritos, dois
4111-0s atingiram respectivamente 246,lO m e 293 m. O primeiro
capta água de 26 aquiferos entre -96,6 m e -236,6 m; dá 40 11s
com nfvel hidrodin&mico a -35 m e nível hidrostático acima dos
O m. O segundo capta também Agua de 26 aquiferos entre 92,b m
e 282,6 m; dá 26 11s com nivel hidrodinfimico a -29,30 m.
A SE de Lares um furo com 114 m capta as águas, de caldrios
do Cenomaniano entre -91 m e -108 m, dando 10 11s com nível
hidrodinâmico a -30 m e nivel hidrostático a +0,50 m.
Na área a N das Alhadas, a N da Serra de Boa Viagem, dois
furos captap água do Cretácico. O primeiro com 30 m capta água
entre 4 , 8 0 e -9,70 m e entre -26,lO e -27,20 m; dá 8 l/s, com
nivel hidrodinamico a -3,60 m. O segundo com 66,BO m, dá 6 11s
com nível hidrodingmico a -6 m e nível hidrostático a -1 m.
Finalmente, na área de Verride, junto da Quinta da Boa
Vista a cerca de 1,6 km a N E de Vila Nova da Barca, dois furos
captam água no Cretácico inferior e médio. Um deles com 147 m
dá 13,8 11s com rebaixamento de 18 m; o segundo, com 161m,
dá com pequeno rebaixamento 5,6 l/s.

Na área abrangida pelo mapa, o Miocénico é geralnaente muito


argiloso e pouco penneAve1, dando caudais ponco importmtef.
. Assim na zona sitnada a N EZe Lavas, uma sondagem com
3 4 m de profundidade capta Agua entre 4 e 9 rn e d4 -caudal de
0,l l/s, com nível hidrodin%mico a -7 m e nivel hi&ost&tico a
-1,48 m.
Ais candiçães hidrol6gicas citadas prolongam-se para Sul, pas-
sando para a folha de Pombal onde os depúsitras tornam-se uni
pouco mais arenosos.
Até agora os melhores resultados obtidos foram na área de
Louriçal onde um furo com 100m de profundidade deu caudal de
7.6 11s com nivel hidrodinknico a -16 m e nivel hidrostá-
tico a -9 m.

Aluviões modernas

Nas aluviões do rio Mondego a E de Montemor-o-Velho,


quatro furos com profundidades variando entre 38 e 39,43 m
captam @a entre -22 e -47 m, dando caudais entre 19,36 e
27,6 lis, com níveis hidrodin%micosentre -1,40 e -4,20 m e
níveis hidrostáticos entre -5 e +2,20 m.
Outro furo aberto a SE dos anteriores, no meio da baixa
aluvial, captou água entre -32,20 e -46,20 m; deu 27 11s com
nível hidrodinilmico a -2,20 m. Foi abandonado devido ao excesso
de cloretos na água.
Dois outros furos abertos no bordo sul da faixa aluvial, um
deles a N E de Vila Pouca e outro a SW de Granja do Ulmoiro,
foram abandonados por serem pouco produtivos (caudais inferiores
a 1 11s).
Na margem sul do rio Mondego, junto da foz, um furo com
17 m aberto na área de Gala a W do v. g. Noventa Talhos, deu
caudal de 2 l/s, com nivel hidrodin%micoa -6 m e nível hidros-
t$tico a -6 m.
Outro furo, situado a pequena distancia a W do primeiro,
atingiu 70 m, captando água entre -9,60 e -13,50 m; deu caudal
de 1,6 11s com nível hidrodinhnico a -6 m e nivel hidrostático
a -4m.
Na área situada a W de Ararnazéns (N de Lavos) cinco son-
dagens com profundidades de 21 a 27 m, realizadas em aona coberta
por areias de dunas, captam água nos depósitos fiuvio marinhos
subjacentes, entre -8,60 e -24,30 m; dão caudais entre 2,5 e 6 l/s,
com níveis hidrodiniimicos entre 4 , 4 0 e -2,50 m e riíveis hidros-
+ +
táticos entre 1,30 e 7,1 m.
Mais a E, a N do Casal da Fonte, seis sondagens com profun-
didades entre 4,70 e 22 m dgo caudais entre 0,l e 6,4 l/s, com níveis
hidrodinâmicos entre 4,36 e -6,28 m e níveis hidrostáticos a
-0,6ú e -1,lO m.
Areias de dunas

Na zona litoral, a Sul de Leirosa, diversos furos captam água


na base de areias eólicas e em níveis aluviais subjacentes. A pro-
fundidade dos furos varia entre 22 e 46 m. Aproveitam água de
aquiferos situados entre -6,50 m e -28 m e dão caudais entre
5 e 16 l/s, com níveis hidrodinhmicos entre -3,75 e -10,70 m e
nfveis hidrostáticos entre -1,12 e -8,25 m.

Na área coberta pela folha de Figueira da Foz são conhecidas


as seguintes águas minerais:
Nascente N.0 7 -Amie.ira (Banhos de Amaeira)-Coordenadas
aproximadasna carta militar na escala 1/25000: M= 147,6; P= 347,6.
Está situada a cerca de 11krn a SE de Figueira da Foz, na freguesia
de Samuel, concelho de Soure. O caudal é da ordem de 4000 metros
ciibicos/dia. A água foi analisada pela primeira vez em 1885 por
J. S. S a v ~ e mais tarde, em 1911, por Ch. L E P ~ R R E .
Trata-se
de água bicarbonatada cálcica e cloretada utilizada nos tratamentos
de reumatismos, doenças de pele, etc. As suas características são
as seguintes: temperatura em 5/2/1911: 25,80, resíduo seco a
1300: 792 mg; C1: 8,725; C0,H: 4,400; Na: 7,440; Mg: 2,360;
Ca: 3,605 mval/l.
Nascente N." 124 - Bicainho - Coordenadas aproximadas:
M=148,2; P=346,5. Está situada na margem direita do rio Pranto
(estabelecimento termal), na freguesia de Samuel, concelho de
Soure. Sai de um calcário lacustre e o caudal é da ordem de 420 me-
tros ciíbicos/dia. A água foi analisada por Ch. L E P ~ R R(1
E91l , 1922).
Trata-se de água bicarbonatada cálcica e cloretada, utilízada em
tratamentos de reumatismos crónicos, dermatoses e afecções do
aparelho digestivo. As suas características são as seguintes: tem-
peratura em 28/7/1921: 280; resíduo seco aos 1800:673,6 mg;
C1: 6,80; C0,H: 3,90; Ma: 6,50; Ca: 250; Mg: 1,72mval/l.
Nascente de Geiras, perto de Amieira, freguesia de Samuel,
concelho de Soure. Trata-se de água cloretada, sddica, bicarbona-
tada cálcica-magnesiana. Temperatura em 6/10/1895: 23,4Q;resíduo
seco a 1800 :714 mg; C1: 6,960; SO,: 0,835; CO,H: 4,860; Na: 6,380;
Mg: 2,190; Ca: 3,60Omval/l.
Nascertte N.0 125 - Bamhs da Azenha -Coordenadas apso-
ximadas: M=148,7; P=345,8. Situa-se na freguesia de Vinha da
Rainha, concelho de Soure. Trata-se de ,água cloretada e bicarbo-
natada utilizada no tratamento de reumatismos e de dermatoses.
Sai de calcários cretácicos com temperatura .de 270 e caudal de
cerca de 123 maldia.
' .

Agua de Verride

A água minero-medicinal de Verride é localmente conhecida


por Tanque do Brulho e situa-se a cerca de 1 krn a SW de Verride,
no local de'Brulho, freguesia de Verride, concelho de Montemor-o-
-Velho. Coordenadas: M= 149,850; P= 351,626. A captkção corres-
ponde a uma exsurgência nos calcários jurássicos, fio fundo de
vale formado pelos montes de Reveles e de Verride. O caudal é da
ordem de 400 metros cúbicos/hora. Trata-se de água fria, bicarbo-
natada cálcica com resíduo seco a 1300 igual a 430,4 mgJ1. A compo-
sição em gases espontiineos, segundo Ch. LEPTERRE (1919), apre-
sentava 92,66% de azoto; segundo este autor, o teor de azoto e a
pequena quantidade de oxigénio provocavam, em poucos segundos,
a morte de peixes que se pusessem dentro desta água.
Embora já conhecida n a bibliografia do século ' passado, a
água nunca esteve concessionada'. Foi objecto de exploração clan-
destina em pequeno balneário tendo sido utilizada para doenças
de pele e do aparelho digestivo; era considerada como digestiva e
diurética. As características da água são as seguintes: temperatura
em 14110/1919: 18,20; residuo seco a 1300: 430,4 mg; C1: 1,185;
SO,: 0,480; C0,H: 6,320 :Na: 1,195; Mg: 1,155; Ca: 6,618 mval/l.
na das últimas análises (1967) a água foi classiiicada como
mediamente mineralizada e quimicamente potável.

Outras Hguas minerais

Segundo Gaspar Gomes, era conhecida na mina de carvão do


'Cabo Mondego uma água sulfatada cálcica, tornando-se sulff-
drica ao contacto do ar. Foi analisada em 1887 por FERREIRA
LAPA.A temperatura era de 200 (sendo a do meio ambiente de 256).
Caudal: 130 ms/dia. Finaimente, em 1860, descobriu-se uma água
sulfiirea em Montemor-o-VeJho num local em que existem vestígios
r
de construções romanas e árabes.

VI -RECURSOS MINERAIS

Estão representados por matérias-primas utilizadas para


1 indfistriâs do vidro e fundição, indústria cerâmica, construçao

1
1
civil e obras pdblicas, produtos qulmicos e combustíveis.

1I

L
Areias comuns
I
Particularmente utilizadas na construção civil, são extrafdas
de dunas e areias eálicas que se estendem ao longo do litoral, de
areias depositadas pelo rio Mondego e seus afluentes e também
1-
de areias de praias da orla marftima, junto do molhe norte do
porto da Figueira da Foz e das praias de Quiaios e Murtinheira.

1
I

Areias siiiciosas do Plioc6nico

Com tipo de utilização mais nobre que as areias anteriores,


mercê das suas caraçterlsticas próprias, constituem fonte de abas-
tecimento das indústrias de vidro e de fundição.
0 s principais areeiros situam-se na área de Fonte Quente,
na freguesia de Alhadas. Os seus afloramentos estendem-se para
norte, muito provavelmente até à região de Tocha.

&@ia hiper-aluminwa
,
I Actualmente em total paralizaçgo, o seu aproveitamento teve
C papel apreciável no abastecimento da indhstria de produtos re-
v fractários.
Yi Tratava-se de explorações muito rudimentares e de reduzidas
dimensões instaladas na região de Andorinha, nos afloramentos de
Cretácico médio e inferior (Belasiano).
&ta agiia resultou de enriquecimento que se deu u base dw
aredtos, a que P. Chffat chama a r d e mugm.

Argila utilizada para «barro vermeihow

É aproveitada para cerâmicas de construção pesada, para


telhas e tijolos.
Actualmente o número de explorações é bastante reduzido.
Na região da Figueira da Foz situam-se nas áreas de Costeira e
de Alhadas, em formações do Cretácico médio (CC5), em zonas
de enriquecimento dos Arenitos de Lousões.
Na região de Condeixa-a-Nova, aproveitam-se igualmente
argiias do Cretácico médio (C4') da área de Anobra (Alto da Serra).
Alguns anos atrás foram também exploradas com o mesmo
objectivo formações do Cretácico médio e inferior (C1-') das zonas
de Tavarede e norte de Vila Verde, do Cretácico mhdio (CC5)a
sul de Gesteira e em mancha aíuvionar a N daquela localidade-
A NE de Soure, em Pinheiro, a exploração situa-se no Plio-
cénico a N de Alencarce, em zona de carsificação dos calcários do
Domeriano superior (J:) com preenchimentos de argila mais
recente.

São utilizados sobretudo para abastedmento dei indústrias


de cimento, cai hidráulica, construção civil e obras gdbhcas (neste
caso sob forma de britas e alvenarias). I

Para abastecimento da indústria de cai hidráuiica cimentos


as eq1omções situam-se nas regiões de Buarcos e Q\.laio~(Ei-
gueira da Foz), as quais fazem parte integrmte da ~ & ada Boa
Viagem. Trata-se de cal&ios do Dogger (Jh), do Aaieniano 0:)
e do Tomiano (Ji).
Nas áreas de Feteira e Centieira (vila Verde) as formações
do Cemmaniano-Turoniano vêm sendo utilizadas produ*
de cai.
Na Are8 de Figueira da Foz utilizam-se para alvenarias e
britas, obras públicas e construção civil, os calcários do Lotarin-
giano (Jd) das zonas de Mosqueiro e de Vale de S. Jorge (Brenha)
e do Toarciano (Jg) da Serra das Alhadas e das zonas de Fava-
nnho e Carrasqueira (Maiorca).
Na região de Corrdeixa-a-Nova aproveitam os calcários do
Bajociano-Batoniano (Jt,,)
da área de S. Gardão (Furadouro)
e os do Cretácico médio e inferior (C1-"de Ega.

As margas do Carixiano-Domeriano inferior de Brenha (Je)


são utilizadas para produção de cal e as do Kimeridgiano inferior
(JS,) do Cabo Mondego, para. produção ,r :,de'- cimento.
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A única exploração ainda em actividade des&a-se às indús-


..
trias cimenteiri e de vidro. Situa-se a NE de Soure em afloramento
de Retiano-Hetangiano ( Jtb).

Foi encontrada na sondagem Vemde N.0 2 da CPP em


associação com argila, calcários dolomiticos e sal-gema.

Foi observado na sondagem Verride N.0 2 da CPP a partir


de 672 m de profundidade, em associação com argilas, margas
dolomiticas e anidrite.

Segundo P. CHOFFAT(1900, p. 261) existiria jwida de silex


deste tipo no Te~ciárioa 2 km a NE de Paj%o.Outra jazida foi
citada pelo mesmo autor 200 m a NNW do v. g. Facho (Casal
Verde), perto de Acoelha ou de Pedreiras, a W de Soure. Trata-se
de amontoado de silex, de cascalheiras e de arenitos.
Na sondagem Verride N.0 2 foram encontrados apenas alguns
indícios entre 392 e 638 m e também pequenas manchas de petr6leo
liquido castanho claro em finas fracturas, poros isolados e pequenas
concentrações de calcite.

A área abrangida pela carta da Figueira da Foz é uma das


mais ricas em estações arqueológicas e que deu maior n h e r o de
o22jectos pré-históricos. '

Considerado até agora como o mais pobre, o Paleolitico antigo


foi encontrado nas seguintes áreas: Fontela (Acheulense.h-situ))
nas cascalheiras dos terraços do rio Mondego), Mateo, V4rzea do
Lkio, Junqueira, Pinheiral, Figueira, Caceira, Charneca da Cabreira,
Brenha e Asseiceira.
Na freguesia de Paião, a sul do rio Mondego, foram encontradas
lascas do ~ a l e o ~ t i cinferior
o e médio.
Muitos silices do Paleolítico superior (sobretudo Aurigpacense)
e do Epipaleolftico foram encontrados nas estações de V h e a
do Lírio e de Junqueira.

O Neolítico antigo é conhecido nas estações de Várzea do


Lírio (Arneiro) e de Junqueira e o Neolítico médio e recente nas
estações de Santa Olaia e de Cubelo. O Neo-Eneolitico existe nas
localidades de Camarido, Quinta das Pitanças, Arneiro de Sazes
e Areias.
No megalitismo, são abundantes os monumentos de tipo
dolménico ou em grande galeria coberta trapezoidal. Citaremos
assim os monumentos de Porto Saboroso, Asseiceira, Cumieira,
Cabeço de Moinhos, Serra de Brenha, Carniçosas, Mama do Furo,
Santo Amaro da Serra, Capela, Feital, Cabeço da Mamoinha,
Covões das Cavadas, Corredoura, Prazo, Estrumeira, Casal da
Serra das Afiadas, Cabecínha Grande, Facho, Santa Olaia, Casal
do Mato.
Id& ãe Cobre

EstA representada pelas estações de Loriga e pelos acbdos


de pontas de cobre de Crasto, Cumieira e Brenha.

Idade do Bronze

Nao s%o conhecidos atd h, data elementos seguros desta época.


No entanto, alguns instrumentos do Crasto de ~avarbdeparecem
poder ser abibuidos a esta idade.

Idade do Ferro

Está bem representada na região de Figueira da Foz onde


se podem citar as seguintes estações: Arieiro-Brenha, Bizorreiro,
Chõeç, Crasto, Ferrestelo, Fonte de Cabanas, Pardinheiros, Santa
Olda e Santo Amwo da Serra.
O Qasto da Santa Olaia deu cerbmica pdnica e lukitana; cons-
titui a única estação tipo desta natureza em ~ 0 r t u ~ a . i .
I
I
Época romano e lusitano-romana

As estações desta dpoca estendem-se desde o Cabo Mondego


até S. João do Campo onde os achados se traduzem por moedas
até à epigrafia., passando por restos de habitações, muito prova-
vdmente vilas lusitano-romanas.
. No sitio de Enindas, em Buarcos, e em Pardinheiros aparecem
restos de tegzcíae e imbrices
Abundantes restos lusitano-romanos sBo conhecidos em Caba-
nas, Várzea do Lírio, Alhadas, no Monte do Cavalo, próximo de
S. Fins, no Outeiro dos Mosquitos, em Paião, próximo de Barraqueira,
na Lagofia, em Reveles, na Granja do Ulmeiro e em Formoselha.
Perto de Montemor-o-Velho, a antiga capela de Nossa Senhora
do Desterro, assenta sobre balneArio de fábrica romana com mosai-
cos de figuras geométricas.
Em úItimo 1ugar.háque citar ainda os fornos lusitano-romanos
da freguesia de Brenha, na povoação de Pednilha.
- 121-
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