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Carta: Portugal
Carta: Portugal
SBRVIÇOS G E O L ~ G I C O SD E PORTUGAL
CARTA
PORTUGAL
NA ESCALA DE 1/50000
FIGUEIRA DA FOZ
ROG-O R-
GIUSEPPE MANUPPBWA
REN* MOU!l%XDE
-N& RuGEl'
GEORGES ZBYSZEWSgI
LISBOA
1981
h':
CARTA GEOLÓGICA
PORTUGAL
NA ESCALA DE 1 / 50 000
FIGUEIRA DA FOZ
, LISBOA
1981
I1 -GEOLOGIA
JURASSICO INFERIOR
-
e n w 644 m e 6443 m Calcários em parte dolomitizados com
;ia;'J,%ii:~ii,rm
-. ,d,,,,
i- 2'; alguns fragmentos de aaidrite.
% 646 m e %Z8 m -Anidrite com pequenas intercalações de
argila cinzenta-eswa, finamente micá-
cea e possivelmente algum sal-gema.
Raríssimos fragmentos de calcário5 dolo-
miticos.
668 ni e $60m -idem com mais cdcário b l d c o beje,
abundante argila cimento-escura e algwn
calchio compacto acastaal.rado mârpo.
h %O rn e 659 m -idem com anidrite (80%).
662 m e 656 m -idem com ligeiro aumento de ar@
cimentas-escuras e de 'calcaos ddohzi-
ticos beje.
-
P 666 nn e 664 m -idem com mais anidrite (90%).
. s 664 m e 666 m -idem com ligeiro aumento de calcário
dol~miticoe de argila dolomitizada.
666 rai e 668 m -idem novamente com mais anidrite (90%).
entre 668 m e 672 m -idem com menos aníãiite (80%) é' c h .
mais calcário e mais dolomitizada.
Possfvel sal-gema. . . . ..
. I i .
2. VERRIDE
3. SOURE
4. MONTEMOR-O-VELHO
4. MONTEMOR-O-VELHO
1. CABO MONDEGO-MAIORCA
J.-Bajociano
Bajeano inferior -Zonas de Sowerbyi e de Sauzei (cerca de 86 m)
L- -
1
Figura 2 -0 Bajociano-Batonimo do Cabo Mondego, 500 metros a Norte do farol.
Vista de Norte para Sul (vide RUGW-PSRRoT. 1961, pl. 11, fig. 1).
1) Alterdncia (6 m) de calcários margosos e de margas,
mais tenras que o conjunto precedente, com fauna de Le@os-
phinctes sp., Cadomites sp. com costilhas finas, Spiroceras sp.
e Garantiauta? sp.
m) Alternância (12 m) de calcários margosos, ' em bancos
de 0,15 a 0,25 m, e de margas em bancos de igual jmporthncia;
o metro inferior apresenta-se nitidamente em depressão. Uma
associação faunística recolhida na metade inferior é atribuída
à zona de Garantiana: GaraMiasa sp., Bigotites larzgt@ei Nrco~.,
1
Peris+hinci!es (V+mnispkinctes) sp., Cadomites I i n g u z f ~ ~(18~ 0 ~,~ ) . \,
Lissoceras oolithicum (~'ORB.),S$iroceras walcoti (MokRIs). \
n ) Alternbcia (12 m) de calcário margoso em bancos de
0,16 a 0,30 m e de margas em bancos mais espessos (0,30 a 0,60 mJ,
com fauna da zona de Parkinsoni: Oppelh (Oxycm'tes) falZax
(GuER.), O. zcmbilicata BUCK., Li~socwas oolithicm (~'ORB .),
Perisphinctes (Vmisphinctes) $~mspicacus PAR,, Leptosphiwtes
tenuipdicatus (SCHLOE~ACH) , Bigotites nicolescoi DE GROSS.,
B. thewenini NICOL.,Parkinsonia dorn4ARK., P . parkirtsoni (Sow.),
P. depressa (QUENST.),Bositra hchi {ROEX.),Liutg~ithyriscumi-
concha (OPPEI,),Rhynck~nelladefkuxa OPPEL.
No conjunto dó afloramento Cabo Mondego-Maiorca verifica-
-se que as espessuras da sCrie bajociana se mantêm sepivelrnente
constantes, enquanto que a íitologia do Bajociano médio se torna
mais calcária de Oeste para Este.
r'
$ -Caloviano
Cdoviano inferior -Zonas de Mauocephalus e Gra* (cerca de 8B m)
~rrroe~~sicCkfwa (RAIN.)(1,40 m) .
45 Biop&n.traspwite contendo Amnsobaczclites sp., HapZo-
9iS~agrnWsp., Sdertápora sp. (1 m).
46 Peibidawp8í'ite com Iitodwtos, contendo abmdantes
Ata%opFkYagdPtm e TrochoEina sp. (2 m).
47 Pelbiomictwparite com zonas espadrtrm. O'hMMiEae,
N a ~ t i h c d i n asp., Egerelta sp. e Tkamato$or& -pdtmove
sicajtifm ( R m , ) (2 m).
48 Pelintramicrosparite com zonas espw4ticas e líiwlast.a%.
Contem Protupt~eerofilisstriata WEYNSW., Ammabac~tites
sp., Caimxia sp, e Sotenopora sp. (10 m).
49 ,Peiintrasparite contendo Sokmofiora sp, Esta zona cst&
afectada por acent.uada esparitização (8,M m).
fio Pelbiomicrite contendo EgerdIa sp., L i ~ t ~ l i wsp.,
z Nodo-
sarh sp. e restos de lam&brhlnquios. W ~ e m - s ainda e
CaiewiEli sp. e Sole9sopora sp. (11 m).
8 1 PStemh~ade camadas mnstitufdas por ~ c r o ~ p a r i t e
e biomide. Nas primeiras distíngwmmse V a N d w 6.
Ilwgemi SE^., Cdcisfwa sp. e T h a d W * fiar~otw-
sic&f~va (RILW.), enquanto que nas bidcrites & t h
guem-se somente abundantes ostracodos (13 m) .
C. MONTEMOR-O-VELHO
~mAss~co
SUPERIOR
As últimas camadas do Caloviano, rnarcadas por nítidas
influências litorais, pertencem à base do Calovimo superior.
Segue-se importante lacuna e a sedimentação recomeça apenas
no decurso do Oxfordiano (Oxfordiano médio?) com depósitos
essencialmente lacustreç ou lagunares, no meio dos quais se inter-
calam algumas bancadas de fácies marinha litoral. Eqte conjunto,
que corresponde ao andar tLusitanianoo senszc P. CHOFF+T,encontra-
-se bem desenvolvido e é observável ao longo da costa em frente
à Fábrica de Cimentos e Carvões do Cabo Mondego, que o explorou
activamente. A sua importancia e espessura diminuemrapidamente
para Este.
Mo Cabo Mondego, ao ~Lusitaniano))correspondem três for-
mações litostratigráficas, a saber, de baixo para ciml:
1) o complexo carbonoso (Oxfordiano médio a superior);
2) os . calcários hidráulicos (Oxfordiano médio , a superior);
3) as camadas marinhas ricas de lamelibrânq*os (Kimeri-
dgiano inferior?).
O Jurássico superior termina por complexo arenítico (= Areni-
tos de Boa Viagem) que se prolonga pr.ovavelmente p4a base do
Cretácico; não se conhecem actualmente dados pdeontológicos
que permitam datar pormenoxizad.amente esta unidade.
MEMBRO B
6 -Margas vermelhas areniticas com intercalaqões de are-
nitos de grgo fino a médio, amarelos, vermelhas ou
cimentas, destacandocçe bancadas com elementos gros-
seiro$ otz mesmo conglomeráticas (5'7 m). Contém pe-
quenas cardeas.
7 -Alterngncizl (48nz) de rnargas arenfticas e de wenitos
glaumdticos finos a grosseiros amarelo-rosados, ver-
melbers ou verdes, micáceooj. Contém Danerinulu legeb-
m i ~ e l k(Foa~.)e outros ostracodos de pequeno porte.
8 -Margftç medti~~as, rnicáçeas, vedes, com laivos ver-
melhos e c m intercalações lenticulares & arenitas
h o s a grosseiros, por vezes microconglomeráticos(93 m) .
Quando os arenitos sãio glauconíticos apresentam por
vezes dmeato calcário. Contem Dam'nwla legaminella
(EoRE.) e pequenos Metacifirys sp..
MEMBRO C
I ' , ' _
-i
i" 8 -
r -
,- 8
-
- 8
8 , L-'
10 -Alternilncia (40 m) de arenitos de g r k médio, com
níveis grosseiros, bem estLa@cados, amwdo-esverdeados
e de a r d a compacta arenitica verde e vermelha. S%o
frequentes pisólitos e restos de ofiurideos.
.I1-Margas cinzentas compactas com intercalações de
calcários margosos mais o menos noduloss, raramente
calciclásticos, com PQYMsp. I
12 -Alt&cia (77 m) de arenitos de grão médio com
níveis grosseiros amarelo-esverdeados e de 'argila arenosa
verde e vermelha. 0 s arenitos podem eventualmente \
-
Doggm (Caloviano J:)
I1 -MONTEMOR-0-VEUZO
. Os Arenitos de Carrascal aflorm na Serra de Pdontemor. No
f b c o oriental amentam em discor&ncia sobre m.calicária mar-
psos e mal@ do ToaCiano; na flanco ocidental contactam por
falha com os calçartos do Lataringiano.
A. F. S L ) (1846)
~ fez estudo muito, completo .desta forma-
$0 dividindo-a em três membros, de baixo para &a:
I
1 -Sobre as argilas areníticas do Kimeridgiano-Portlan-
I diano, junto do v. g. Santa Cruz, conglomerado grosseiro
a mdto grosseiro com matriz constituída por arenito
grossWo caulinico, feldspático, pouco michceo (5-6 m).
2 -Aredto de grão médio a fino, caulinico, com calhaus
rolados dispersos e outros formando níveis lenticulares
(2 m-2,60 m).
3 -Conglomerado muito grosseiro (diametro dos elementos
at4 0,lSm) ravinando um arenito f i o micáceo, câulf-
nico, com 0,20 m de espeSJura. Na massa wnglomdtica
observam-se dispersos grandes cristais de feldspato
branco, rolados e muito alterados (2,60 m).
4 -Arenito grosseiro a muito grosseiro, feldspático, cauli-
nico, com níveis e concentrações de calhaus brancos
( 5 6 m).
6 -Arenito de grão médio a grosseiro com calhaus brancos
(0,40 m).
6 - Conglomerado com grandes cristais de feldspato dispersos
e com inte&çi%o lenticular de arenito de grão fino a
médio, cauiínico (2 m).
7 -Arenito de grão m4dio a grosseiro, caulhico, pouco
feldspático, micáceo, com calhaus rolados disperso6
(0,õQm a 0,70 m).
8 -Leito de calhaus bem rolados (0,20 m).
9 -Arenito de grão médio a grosseiro, feldspático, mi&eo,
caulinico, amarelado, com leitos de calhaus rolados, mais
abundantes na parte superior (130 m).
10 -Argila arenosa branca (0,60 m) .
11 -Arenito grosseiro com matriz caulínica e abundantes
calhaus rolados (0,80 rn).
mm '81.1
Sobre as formações do Jur&ssicodo v. g. da Mucata, do anti-
k .L- ,8
- &na1 de Cabeça Gorda e da vertente oeste da Serra do Circo,
. afloram espessa%camadas areníticas que P. CHOPPAT(1900)quali-
ficou de &r& do Belasiano,.
a)
Os afloramentos distribuem-se a N e NW de Soure bem como
E:F nos flancos do anticlinal de Cabeça Gorda.
b Tmniano inferior
CORTE DE SALMANHA
A) -Arenitos de Carrascal.
B) -Alteniância de argiias, areias, calcários e margas
apinhoadas (16- 17 m).
B,) -Margas esverdeadas mais ou menos & n w (4 m).
Cenomaniano superior
CORTE DE LARES
Cenomaniano superior
Tnroniano inferior
Cenoanani~osuperior
seguinte sequhcia:
tanhado (1m).
3 - Arenito fino a muita fino, muito micáceo, branco (0,20 m).
4 -Arenito fino a muito fino, muito micáceo, rosado (3 m).
Quanto à datação desta formação, não se possuem elementos
suficientes. Segundo C. ROMARIZ(1960) não contém fósseis na
região de Soure; na sua opinião seria de idade turoniana. Mais
tarde A. F. SOARES(1966) admitiu, a N do Mondego, idade Turo-
niano superior - Senoniano inferior. Não existem, no entanto, ele-
mentos suficientes que confirmem idade senoniana.
1
carregando-se de seixos mal rolados na parte superior
(2,70 m) . Esta camada parece pertencer ainda aos Arenitos
d6 Lousões.
2 -Arenito de grão fino a médio, feldspáti~o,branco (0,30 m).
3-Zona coberta (arenito argiloso variegado). Espessura
calc* em cerca de 12 m.
4 -Arenito de grão médio a grosseiro, por vezes muito argi-
loso, cinzento-avemelhado (6 m) .
5 -Arenito de @o fino a grosseiro, por vezes muito argiloso,
feldspático, cinzento-rosado (6 m).
6 - Arenito de g ~ ã omédio a grosseiro, rosado a branco, ar@-
loso (1,80 m).
' 7 - Zona predominantemente argilosa, vermelha, com inter-
calações aredticas, bastante coberta (22,60 m).
8 -Arenito de grão fino a médio, argiloso, micáceo, feldspático
(2,60 m) .
9 -Zona mal visivel, predominantemente argilosa, vermelha,
com intercalações areniticas (50-70 m).
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-91-
PLISTOCJ%JICO
Qt -Tufos caichios
São conhecidos em duas áreas diferentes:
Q8-Terraços de 25-40 m
A N do rio Mondego são conh&das na area ae Moinho da
Mata a N de Montemor-o-Velho.
A SUL do Mond* existem na &a de Granja do Ulmeiro e de
Alfwdos. No vale do rio Pranto observam-se junto de Alquddão
e mais a Sul, a SW de Vilannho.
Finalmente, silo conhecidos na área de Lavos onde se trata
de depbito fluvio-marinho.
MODERNO
A -Areias de praia
Estendem-se ao longo do litoral na parte ocidental do mapa,
onde se observam nas seguintes áreas:
1
Ao longo do no Mondego as aluvi6es estendem-se e montante
para juzante entre Vila Pouca, Momtemor-o-Velho e @eira da
Foz. S%Eoconstituídas por formações fluvio-marinhas.
Sondagens realizadas entre Monternor-+Velho e Alfarelos
apresentam bom corte transversal, em r&@o ao vale.
Na margem norte do rio a 1 km a E de Montemor-o-Velho,
2 furos atravessaram de cima para bsino mais de 30 m de aluvibes,
represeatadas pelas seguintes camadas:
suras.das camadas:
2
lateralmente. A &pesara. mmanima no centro do canal
atinge 4,lOm. .
1 - Areias finas a médias, acinzentadas e acastamhadas, com
coixebas a carregando-se de sdxas na base (espessura
variando entre 8 e .l2 m e diminuindo lateraifaente).
I
ROCHAS ERUPTIVAS
I
I
Dolerito edMco
Trata-se em m m t r a de mão de rochas meso e leucocráticas,
de textura subofftica. Os minerais essenciais s8o: feldspato ( a o
identifidvel), &ma, auglte verde e augite titadfera rara; minerais
acessÓr3os: biotite,. dorite, magnetite, hematite, nitilo, ilmenite,
epidodo, prenite, anddte e ze6litos.
V -HIDROLOGIA
Aluviões modernas
Agua de Verride
VI -RECURSOS MINERAIS
1
1
civil e obras pdblicas, produtos qulmicos e combustíveis.
1I
L
Areias comuns
I
Particularmente utilizadas na construção civil, são extrafdas
de dunas e areias eálicas que se estendem ao longo do litoral, de
areias depositadas pelo rio Mondego e seus afluentes e também
1-
de areias de praias da orla marftima, junto do molhe norte do
porto da Figueira da Foz e das praias de Quiaios e Murtinheira.
1
I
&@ia hiper-aluminwa
,
I Actualmente em total paralizaçgo, o seu aproveitamento teve
C papel apreciável no abastecimento da indhstria de produtos re-
v fractários.
Yi Tratava-se de explorações muito rudimentares e de reduzidas
dimensões instaladas na região de Andorinha, nos afloramentos de
Cretácico médio e inferior (Belasiano).
&ta agiia resultou de enriquecimento que se deu u base dw
aredtos, a que P. Chffat chama a r d e mugm.
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Idade do Bronze
Idade do Ferro
n ~(1970) -M o ~ ~ a t S d [Ammonitha
B f ~ ~ O a rC. ae
bathoaiens du Jura mr5irWõnal,de t WiCvre et du
-
Lyon, n.0 3, fasc. 1, pp. 43-150, ffg. 1-88. pl. 1-7.