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18/07/2023

Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará


Instituto de Geociências
Faculdade de Geologia

Geofísica Global
Métodos Elétricos
Prof.: Fernando Fernandes

Geofísica Aplicada

Métodos Geoelétricos Métodos Sísmicos Métodos Potenciais

Radar de
Eletrorresistividade penetração no Refração Reflexão Gravimetria Magnetometria
solo

Polarização
Eletromagnético
Induzida
Indutivo
Potencial
Espontâneo
Domínio do
tempo

Baixa frequência

Fonte controlada

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Métodos geoelétricos

 detecção de efeitos provocados pelo fluxo de correntes elétricas no terreno

 medição de correntes e potenciais naturais ou gerados artificialmente

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Eletrorresistividade

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Método da resistividade

O método da resistividade é utilizado no estudo de


descontinuidades horizontais e verticais nas
propriedades elétricas (resistividade) do subsolo

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Aplicação
• Exploração de jazidas minerais a granel (areia,
cascalho)
• Exploração de fontes subterrâneas de água
• Investigação de canteiro de obras
• Locais de resíduos e investigações de poluentes
• Detecção cárstica de cavidade
• Glaciologia, permafrost
• Geologia
• Investigações arqueológicas
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• Principais aplicações de métodos elétricos


• 1- Detecção de mudanças laterais e verticais de solo e rocha subterrânea
propriedades.
• 2- Detecção de falhas, zonas de fraqueza e cavidades e qualquer outra
subsuperfície estruturas geológicas.
• 3- Detecção do lençol freático, espessura dos aquíferos e suas
propriedades físicas e poluição das águas subterrâneas com sais e
hidrocarbonetos.
• 4- Explorar fontes subterrâneas de minérios.
• 5- Detecção de infiltrações subterrâneas perto de barragens cheias de
terra e vazamentos de esgoto e poluição das águas subterrâneas com
infiltrações de fluidos químicos e alcançar Levantamentos de terra
relacionados a projetos de engenharia civil e construção.
• 6- Detecção de vestígios arqueológicos de subsuperfície.
• 7- Monitoramento de infiltrações subterrâneas para aplicações
ambientais.
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Métodos geoelétricos

ERT(1) and ERT(5) - 1 and 5 m spaced electrode arrays, respectively.

FDEM(1) and FDEM(3.5) - 1 m coil and 3.5 m coil instruments,


respectively.

TDEM - 50 m loop sounding at multiple stations along a transect .

(Binley et al., 2015)

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Binley et al. (2015)

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Eletrorresistividade

Prof. Fernando Fernandes A. C. O. Braga Geofísica Global

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1. Resistividade das rochas

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Resistivity and units


R   L
A
 R  A
L
•  resistivity in ohm.m (m)
•  =1/  conductivity in Siemens per meter (S/m)
A resistividade é a propriedade física que determina a aptidão deste
material para se opor à passagem da corrente elétrica
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Propriedades elétricas

Condução da corrente elétrica nas rochas

condução eletrônica - minerais metálicos ou grafita na matriz da rocha

condução eletrolítica - íons em poros e fissuras da rocha

condução dielétrica - ocorre em isolantes ou maus condutores. Um campo elétrico externo variável
provoca um pequeno deslocamento do elétron em relação ao núcleo.

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Propriedades elétricas

Classificação dos materiais

 Condutores  > 105 S/m

 Isolantes  < 10-8 S/m

 Semi-condutores têm condutividades intermediárias

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Resistividade elétrica (ρ)

A resistividade dos solos e rochas que possuem condutividade eletrolítica é afetada


principalmente por quatro fatores:

• composição mineralógica;

• porosidade;

• teor em água;

• quantidade e natureza dos sais dissolvidos.

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Material Resistividade (ohm.m)


ar 
águas doces superficiais 10 - 103
águas marinhas 0,2
argilas 10 - 102
areias 102 - 104
areia saturada com água mineral 10-1 - 10
aluvião 10 - 103
conglomerados 10 - 104
arenitos 10 - 108
calcários 102 -104
basaltos 102 - 105
granitos 102 - 105
xistos 10 - 103
gnaisses 102 - 104

Valores de resistividade elétrica de materiais conhecidos (Orellana, 1972).

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Condutibilidade eletrônica
A corrente flui por deslocamento
de elétrons. Conhecida como
condutibilidade eletrônica ou
metálica por ser uma
condutibilidade semelhante à dos
metais. Esta condutibilidade
sólida é realmente significativa
apenas para certos depósitos
minerais maciços.

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Condutibilidade eletrolítica
A corrente é transportada por íons. A resistividade elétrica das
rochas que suportam água é controlada principalmente pela
água que elas contêm.

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Condutibilidade eletrolítica
A resistividade de uma rocha dependerá:
sobre a resistividade da água natural dos poros e,
consequentemente, a quantidade de sais dissolvidos no eletrólito

1g/litro=1000 ppm

sobre a quantidade de eletrólito contida na unidade de volume


de rocha (saturação)

no modo de distribuição de eletrólitos, porosidade

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Efeito da temperatura

18
t 
1 0.025t 18

Uma rocha totalmente congelada é infinitamente


resistente e é impossível implementar métodos de
resitividade (use métodos EM)

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Archie´s Law
  w a  m S n

•  resistivity of the rock


• w resistivity of the fluid (water)
•  porosity
• S saturation in water
• a factor which depends of the lithology (varies between
0.6 and 2)
• m cementation factor (depends of the pores shape, of the
compaction and varies between 1.3 for unconsolidated sands to
2.2 for cimented limestone
• n about 2 for majority of the formations with normal porosities
containing water between 20 and 100 %.
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Formation factor F
  w a   m S  n
  w F S  n

• For sand and sandstones: F≈ 0.62/2.15


• For well cemented rocks: F≈ 1/2

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Permeabilidade
Não há relação
direta entre
resistividade e
permeabilidade.
Esta tabela mostra
também o problema
na identificação de
rochas devido à
sobreposição de
valores de
resistividade (sem
contraste)

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Resistividade de rochas e minerais

Ar, gás ou óleo: resistividade infinita ou muito alta!


Os materiais líquidos dos aterros são geralmente condutores (<10 ohm.m)

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Efeito da argila e do grafite

• A argila tem uma alta capacidade de troca iônica, portanto,


a condutividade do fluido de poros aumenta em grande
parte
• A Lei de Archie não é válida se argila estiver presente!
• O grafite, muitas vezes associado à pirita, faz com que a
resistividade diminua

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A condutividade de uma rocha aumenta se...


A quantidade de água aumenta
A salinidade aumenta (quantidade de íons)
A quantidade de argila aumenta
A temperatura aumenta

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Distribuição da corrente

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Distribuição da corrente

Isso influencia na profundidade da investigação!


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Distribuição da corrente

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3. Estratégias de pesquisa e interpretação

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Equipamento de pesquisa de resistividade

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Dispositivo
• Fonte atual: baterias em série
• Voltímetro e amperímetro (resistivímetro)
• Eletrodos: estacas metálicas
Eletrodos de corrente: aço inoxidável
Eletrodos de potencial: aço inoxidável ou
eletrodos não polarizantes
A polarização ocorre no eletrodo de contato/terra: isso cria
uma diferença de potencial adicional.

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Resistência de contato

dL dL
dR   
s 2L2

R
 1  1 
 
2  r L 
L = distance to the centre of the electrode [m] r = radius
of the electrode [m]
R = resistance [ohm]
 = resistivity of the surrounding ground [ohm.m]

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Para diminuir a resistência de contato...


• Adicionar eletrodos em paralelo
• Aumentar a intensidade da corrente
• Aumentar o diâmetro dos eletrodos de corrente
• Coloque o eletrodo mais profundamente no solo
• Adicione água (com sal) perto dos eletrodos

Cerca de 90% da contribuição da resistência de contato vem de


uma porção do solo ao redor do eletrodo que é igual a 10 vezes o
diâmetro do eletrodo

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Estratégias de pesquisa
• Mapeamento de resistividade, travessia de separação constante
(CST):
• usado para determinar variações laterais da resistividade. Os
eletrodos de corrente e potencial são mantidos em uma separação
fixa e movidos ao longo de perfis
• Sondagem elétrica vertical (VES):
utilizado no estudo de interfaces quase horizontais. A dispersão do
eletrodo é progressivamente expandida em torno de um ponto central
Tomografia por resistividade (ERT):
é uma mistura entre CST e VES. Também chamado de imagem
elétrica
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Constant separation traversing (CST)

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Constant separation traversing (CST)

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Constant separation traversing (CST)

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Constant separation traversing (CST)

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Constant separation traversing (CST)

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Interpretação do CST

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Siviez-
Mischabel
Nappe

Water
infiltration
Unstable
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AB=4m

wall

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Mobile arrays

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55 100 data points/seconde

Mobile arrays

Source: Geocarta, Paris

Vineyards investigations
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Mapping example with mobile array


(spacing 2m)
Surface: 140 hectares

Apparent resistivity Source: Geocarta, Paris

15 ohm.m 150 ohm.m

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Profile spacing 6m Profile spacing 12m Profile spacing 24m

Apparent resistivity

10 ohm.m 90 ohm.m Source: Geocarta, Paris


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Vertical electrical sounding (VES)

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Vertical electrical sounding (VES)

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Vertical electrical sounding (VES)

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Vertical electrical sounding (VES)

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Polarização Induzida

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• A polarização induzida (IP) é um método eletromagnético que utiliza


eletrodos com correntes e tensões variáveis no tempo para mapear a
variação da permissividade elétrica (constante dielétrica) na Terra em
baixas frequências.
• A polarização induzida é observada quando uma corrente constante
através de dois eletrodos na Terra é desligada: a tensão não retorna a
zero instantaneamente, mas decai lentamente, indicando que a carga
foi armazenada nas rochas. Essa carga, que se acumula
principalmente nas interfaces entre os minerais de argila, é
responsável pelo efeito IP.
• O efeito IP pode ser medido no domínio do tempo, observando a taxa
de decaimento da tensão, ou no domínio da frequência, medindo os
deslocamentos de fase entre correntes senoidais e tensões.
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• O efeito da polarização induzida (IP) é visto principalmente com


sulfetos metálicos, grafite e argilas. Por esta razão, levantamentos de
IP têm sido amplamente utilizados na exploração mineral.
• Recentemente, a IP tem sido aplicada a aterros de resíduos
perigosos e águas subterrâneas investigações para identificação de
zonas de argila.

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Teoria básica

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Polarização da membrana

A polarização da membrana ocorre


quando o espaço dos poros se
estreita para dentro de várias
espessuras da camada limite.

Cargas se acumulam quando um


campo elétrico é aplicado.

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Polarização do eletrodo

A polarização dos eletrodos ocorre


quando o espaço dos poros é bloqueado
por partículas metálicas. Novamente, as
cargas se acumulam quando um campo
elétrico é aplicado.

O resultado são duas camadas duplas


elétricas que aumentam a tensão medida
na superfície.

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Note que as polarizações de membrana e eletrodo não podem ser identificadas separadamente!

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Chargeability of minerals

Concentration 1 %, current injection time 3 s, integration time 1 s

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Chargeability of
rocks

Current injection time 3 s, integration time 0.02 s to 1s

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Efeito IP...
• ... é maior para partículas disseminadas do que argila maciça e
partículas metálicas

• ... depende da concentração de argila e partículas metálicas

• ... aumenta se a água no solo tiver uma baixa condutividade

• ... aumenta com a diminuição da porosidade

• ... varia de acordo com a quantidade de água no solo

• ... depende da intensidade da corrente e da frequência


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da corrente
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Vantagens

• Detecção de mineral disseminado (difícil com resistividade)


• Método sensível à argila em aquíferos

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Desvantagens
• Sensibilidade a ruídos e corpos metálicos como canos
(zona urbana)
• Método principalmente sensível ao fluido em rochas. Bom
para a hidrologia, mas um problema em arqueologia e
investigações de solo: a assinatura de uma característica
pode mudar drasticamente com as estações do ano ou
condições climáticas
• Os levantamentos IP são lentos e mais caros do que os
levantamentos de resistividade

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Potencial espontâneo

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Método do Potencial Espontâneo (SP)

• ou o método de polarização espontânea baseia-se na medição superficial de


potenciais naturais resultantes de reações eletroquímicas na subsuperfície.
• não necessita de correntes elétricas para serem injetadas no solo como nos
métodos RESISTIVITY & IP.
• tem sido usado na exploração de metais comuns, para detectar a presença de
corpos de minério maciços, em contraste com o método IP que é usado para
investigar predominantemente corpos de minério disseminados.
• tem sido cada vez mais utilizado em investigações geotérmicas de águas
subterrâneas, aplicações ambientais e de engenharia> mapeamento de vazões
associadas a barragens, mapeamento geológico, delimitação de zonas de
cisalhamento e falhas próximas à superfície.
• classifica-se como o mais barato dos métodos geofísicos de superfície em termos
de equipamentos necessários e entre os mais simples para operar no campo.

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Ocorrência

•O método SP é passivo, ou seja, as diferenças nos potenciais


naturais do solo são medidas entre quaisquer dois pontos na
superfície do solo.
•Os potenciais medidos podem variar de < milivolt (mV) a > 1 Volt.
•Os Potenciais espontâneos são gerados por uma série de fontes
naturais (processos físicos exatos ainda não esclarecidos).

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Ocorrência

•Os potenciais naturais do solo consistem em 2 componentes


•Os potenciais oscilam com o tempo causados por diferentes
processos que vão desde correntes AC induzidas por
tempestades, variações nos campos magnéticos da Terra,
efeitos de chuvas intensas
•Potenciais Minerais‐‐‐constantes devido a processos
eletroquímicos

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Mecanismo do potencial espontâneo

•Alguns processos físicos causaram fontes de SP ainda não estão claros.


•Acredita-se que a água subterrânea seja um fator comum responsável pela SP.
•Os potenciais são gerados pelo fluxo de água, pela reação da água como eletrólito
e como solvente de diferentes minerais.
•A condutividade elétrica para produzir potenciais de rochas porosas depende da
porosidade e da mobilidade da água para passar pelos espaços porosos
•‐‐‐dependem das mobilidades iónicas, concentrações da solução, viscosidade,
temperatura e pressão.
•Existem alguns tipos de SP:
•Potencial eletrocinético
•Potencial termelétrico
•Potencial eletroquímico
•Mineral/potencial de mineralização

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Origens do Potencial Espontâneo (SP) – Prospecção Mineral

A teoria mais aceita para explicar a origem das anomalias SP associadas a mineralizações
sulfetadas foi proposta por SATO & MOONEY (1960), que chegaram às seguintes constatações:
a) Os corpos mineralizados associados a anomalias SP são bons condutores eletrônicos, com
continuidade elétrica em seu interior.
b) As anomalias de potencial espontâneo são quase sempre negativas nas proximidades da parte
superior do corpo.
c) As anomalias SP podem ser da ordem de centenas de
milivolts.
d) Parte da mineralização deve posicionar-se na zona de oxidação.
e) Opotencial espontâneo é razoavelmente estável no tempo.

Baseando-se nestes fatos concluíram que as anomalias SP são ocasionadas por dois tipos de
reações eletroquímicas que ocorrem uma acima e outra abaixo do nível freático. As substâncias
dissolvidas na região próxima à parte superior do corpo sofrem redução, tomando elétrons provenientes
do corpo mineralizado. Por outro lado, as substâncias em solução situadas nas porções inferiores do
corpo sulfetado se oxidam, cedendo elétrons a este. O corpo sulfetado funciona como uma ligação
elétrica entre estas posições/reações.
Assim, a origem destas reações é explicada pela diferença do potencial de oxidação Eh (ou
potencial redox) que ocorrem nas partes superior e inferior do corpo de sulfetos, produzindo as
anomalias SP.
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POTENCIAL ESPONTÂNEO – SP
Fluxo de fluidos – movimento de fluidos pelos

poros. Potencial de difusão – mobilidade

diferenciada dos íons.

Efeito de membrana das argilas – as argilas agem


como uma membrana catiônica.

Potencial devido a mineralizações – associado a zonas


mineralizadas.

Potencial devido a mineralizações – Sato & Mooney


(1960).

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Ground Penetrating Radar


GPR

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Método GPR
• Radar de Penetração em solo

◦ GPR (Ground Penetrating Radar) ou Georadar

◦ Utiliza ondas eletromagnéticas de alta frequência


◦ Entre 10 e 2500 MHz

◦ Mapeamento de estruturas

◦ Feições geológicas rasas da sub-superfície

◦ Localização objetos enterrados.

◦ Se assemelha ao método de reflexão sísmica e ao sonar

◦ Baseado na reflexão de ondas eletromagnéticas

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GEOFÍSICA APLICADA - GPR
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Qual a idéia?
• Consiste na emissão de ondas eletromagnéticas (EM)
◦ Geradas através de um curto pulso de alta frequência

◦ Repetidamente radiadas para dentro do terreno por uma antena transmissora Antena
Antena
Transmissora
Receptora

• Ondas refletidas e difratadas em subsuperfície Superfície


da terra
◦ Recebidas por uma antena receptora

◦ Registradas em função do tempo de percurso Onda


Refletida
◦ Tempo duplo

◦ Amplificada

◦ Digitalizada

◦ Gravada
Refletor

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GEOFÍSICA APLICADA - GPR

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Qual a idéia?
• Propagação e alcance das ondas EM dependem...

◦ Frequência do sinal emitido

◦ Propriedades elétricas dos materiais


◦ Condutividade elétrica
◦ Permissividade dielétrica
◦ Permeabilidade magnética

• Variações nessas propriedades elétricas


◦ Transmissão
◦ Reflexão
◦ Refração
◦ Difração

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GEOFÍSICA APLICADA - GPR
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Profundidade de penetração x resolução


• Sistema GPR

◦ Especificado pela sua frequência central (fc)


◦ Antenas transmissora e receptora
◦ Projetadas para atuar numa faixa situada entre
◦ 0.5x a frequência central (frequência mínima)
◦ 1.5x a frequência central (frequência máxima)

Alta Baixa
◦ fc tem papel importante na profundidade de penetração da onda EM Frequência Frequência
◦ Principal limitação do GPR
◦ Maior fc = Maior resolução e menor penetração
◦ Menor fc = Menor resolução e maior penetração

◦ A profundidade de penetração da onda


◦ Fortemente dependente das propriedades elétricas dos materiais
geológicos

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GEOFÍSICA APLICADA - GPR

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Profundidade de penetração x resolução

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Profundidade de penetração x resolução


• Casos extremos

◦ Permafrost
◦ Penetração pode chegar a 4 km

◦ Camadas de Sal
◦ Centenas de metros

◦ Granitos, areias e cascalhos


◦ Dezenas de metros

◦ Solos ricos em argilas


◦ Poucos metros

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GEOFÍSICA APLICADA - GPR
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Eletromagnético

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Como funciona o método eletromagnético


(EM)?

• O método eletromagnético indutivo funciona a partir da aplicação de


uma corrente elétrica com frequência previamente definida pela
unidade de transmissão, que círculo através da bobina transmissora,
produzindo um campo magnético primário e induzido correntes
elétricas secundárias no subsolo, gerando um campo magnético
secundário.
• A partir do processo citado a cima, as leituras de condutividade
aparente são medidas em diferentes pontos no terreno e podem ser
feitas tanto de modo horizontal quanto de modo vertical.

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Como funciona o equipamento?


• O equipamento para utilização
desse método funciona a partir
de uma bobina transmissora e
uma bobina receptora, que são
conectadas a uma unidade de
transmissão e recepção a partir
de diferentes cabos.

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• Quando o método eletromagnético (EM) é aplicado na presença de


corpos condutores, os sinais emitidos pela antena transmissora criam
um campo primário e induzem a corrente secundária nos corpos, que
geram um campo secundário,

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POSSIBILIDADES DE USO:

Prospecção Mineral – Corpos de sulfetos

Geologia de Engenharia – Detecção de fraturas, litologias

Hidrogeologia – Aquíferos, fraturamentos

Geologia Ambiental – Plumas de contaminação

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MÉTODO ELETROMAGNÉTICO

Os sistemas eletromagnéticos que usam como fonte do campo primário um transmissor a uma
dada frequência são conhecidos como sistemas no domínio da frequência. Se o campo primário for
gerado por pulsos interrompidos por períodos de repouso denominam-se sistemas no domínio do
tempo. Pode-se agrupar os sistemas eletromagnéticos de acordo com diferentes critérios:

1)Domínio
a)Frequência – HEM, AFMAG, Slingram, VLF, TURAM, MT, AMT.
b)Tempo – INPUT, SIROTEM.

2)Fonte
a)Natural – AFMAG, MT, AMT.
b)Artificial – os demais.

3)Aplicação
a)Terrestre
b)Aérea

4) Orientação de bobinas: diversas


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