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Caso encontre algum erro ou tenha alguma sugestéo, por favor entre em contato através do endereco de e-mail relacionamento@cursohcom.br, (0 Problema Geral da NavegarSo, Carta Nautica, Rumos e Marcagbes, c ATERRA, a Carta 12.000. c "= Posicdo no mar, Navegacéo Estimada e Navegacdo Costeira, c = Equipamentos do Passadigo. c + Circular MSC/645 ~ Guidelines for Vessels with Dynamic Positioning Systems (DP-system). - = Arte Naval Cap. 1- Nomenclatura do Navio., rc '» Arte Naval Cap. 2 - Geometria do Navio. - = Arte Naval Cap. 7 - Cabos, - ™ Arte Naval Cap. 8 - Trabalhos do Marinheiro, = = Arte Naval Cap. 9 - Poleame, Aparelhos de Laborar e Acess6rios, = "= Arte Naval Cap. 10 - Aparelho de Fundear e Suspender... a "= Arte Naval Cap. 1 - Aparelho de Governo, Mastreaco e Aparelhos de Carga, 4S <7 7 7 m FORMACAO NAVAL 1-0 Problema Geral da Navegacao. CURSO REGULAR 2015 C CLRSOH O Problema Geral da Navegacao, Carta Nautica, Rumose Marcagoes Para consecucao do propésito da navegacéo, é necessério obedecer 8 seguinte sequéncia basica de atividades: "© Ainda no porto, efetuar um estudo prévio, detalhado, da derrota que se deseja segui, utilzando, - principalmente, as CARTAS NAUTICAS da érea em que se vai transitar e as PUBLICACOES DE AUXILIO A NAVEGACAO (Roteiros, Lista de Auxilos-Radio, Tabuas das Marés, Cartas-Ploto, Cartas de Correntes de Marés, - etc). Ou Se, faz-se 0 PLANEJAMENTO DA DERROTA: & ‘© No mar, durante a EXECUGAO DA DERROTA, determinar a POSICAO DO NAVIO sempre que necessério, ou projeté-la no futuro imediato, empregando técnicas da Navegacéo Estimada, 2 fim de se assegurar que o navio std, de fato, percorrendo 2 derrota planejada, coma velocidade de avanco (SOA) previstae livre de quaisquer perigos 8 navegacéo. TIPOS DE NAVEGACAO - = NAVEGACAO OCEANICA - é a navegacio fora da visibilidade da costa, durante um period longo de tempo. A prudéncia aconselha que se determine a posico, pelo menos, trés vezes ao dia ‘© NAVEGACAO COSTEIRA - é, como o préprio nome indica, 3 navegacgo praticads & vista da costa, devendo a posigd0 da embarcagdo ser determinada, no maximo, de 30 em 30 minutos, ou a intervalos menores sempre Que a situagdo 0 justifique. c = NAVEGACAO EM AGUAS RESTRITAS - ¢ a navegacgo realizada nas proximidades da costa, ou em barras, canais, ios, etc.. Deve ser posta em prética, independentemente da distancia 3 costa, semipre que se navega Cc fem reas que, devido & topografia submarina ou tréfego intenso de embarcacdes, possam oferecer risco pare ‘3 seguranga da embarcacéo. Neste tipo de navegacéo, a posico deve ser conhecida de forma permanente, METODOS DE NAVEGACAO Para determinar a sua posi¢0 0 navegante pode socorrer-se de um dos seguintes métodos, ou da combinacao de dois, — ou mais, deles. NAVEGACAO ASTRONOMICA - é a navegacSo em que o navegante determina a sua posi¢do recorrendo 8 observacdo de astros, tais como estrelas, planetas ou mesmo satélites artifcais. Esté, quase sempre, associada 8 navegacso oceénica, longe da vsibiidade da costa [NAVEGAGAO VISUAL - também chamada de Geonavegaco, uma vez que o navegante determina asua posi¢go ©) ttaves de informactes visuals provindas de Terr, seam elas da prOpria cost, has, fundo do mar ou mesmo marcas colocadas no mar para servirem de auxilio 8 navegacso. NAVEGACAO ESTIMADA - & 2 navegaco em que 0 navegante determina @ posiggo da sua embarcacéo, utiizando unicamente informaco fornecida por sensores. instalados na prépria embarcaco, com os quais detecta os parémetros do seu movimento Cc NAVEGACAO ELETRONICA - no pode, nem deve, ser considerada como um método de navegacéo. Cada Le] serra presenes em pratcamente todos os tipo de embaractes os aparehes estrone ne aimente Cc considerados como ‘ajudas eletrOnicas” a navegaco, ver conguistando 0 seu proprio espaco, tornando-se indispenséve's em certas situagdes, pela possibilidade que oferecem de determinar uma posicao, perto ou longe da c costa, mesmo em situagbes de fraca visibilidade radar, radiogoniémetro, satélite, etc) CLRSOH. ATERRA LINHAS E PLANOS DO GLOBO TERRESTRE ‘A forma da Terra é de um sdlido completamente irregular a que chamamos Geoide (formado pela superficie do nivel médio dos mares, prolongando-os através dos continentes) Entretanto, habituamo-nos a considerar 0 nosso planeta como uma esfera, por assim 0 vermas representado a maioria das vezes. Na verdade, emibora a forma esférica sirva perfeitamente a0s propdsitos da navegacéo, a forma matematica utlizada na construcgo das cartas nduticas e que mais se aproxima do Geoide é o elipstide de revolucdo (sdlido gerado pela revolugo de ums elipse) (© mais utilizado ¢ o Elipsbide Internacional de Referéncia ou Elipsbide de Hayford DEFINIGOES EIXO DA TERRA alinha imaginaria sobre a qual a Terra gta, ou seja, 0 exo em to-no do qual efetua o seu movimento de rotacéo. POLOS - s80 05 pontos em que 0 eixo da Terra, se existisse, perfuraria a superficie terrestre. ‘CIRCULO MAXIMO - é definido pela interseco com a superficie terrestre de um plano que contenha o centro da Tera CIRCULO MENOR - & qualquer circulo paralelo a um circulo maximo, néo contendo portanto, a centra da Terra EQUADOR - € 0 tinico circulo maximo da Terra, no sentido horizontal. € perpendicular ao exo da Terra e divide-a em dois hemisférios: o hemisfério norte e o hemisfério sul PARALELO- & qualquer circulo menor, paralelo a0 Equador. MERIDIANO - é qualquer circulo maximo, perpendicular ao Equador, que passe pelos dois pélos terrestres. OS MAIS IMPORTANTES CIRCULOS MAXIMOS. EQUADOR - divide, como ja vimos, a Terra em duas metades: 0 hemisfério norte eo hemisfério sul. A sua importancia provém do fato de ser 0 ponto de partida para a contagem da Latitude MERIDIANO DE GREENWICH - ¢ assim chamado por passar por uma localidade na Inglaterra com esse nome. Foi ‘adotado, por convencao internacional, para ser 0 ponto de partida da contagem da Longitude. Divide a Terra, como ‘qualquer outro meridiano, em duas metades: metade caste e a metade leste APOSICAO NA TERRA LATITUDE E LONGITUDE COORDENADAS GEOGRAFICAS - Estas coordenadas, Latitude e Longitude, importantissimas para 8 navegacéo, utlizam, como referéncia, dois circulos maximos: 0 Equador e o Meridiano de Greenwich, Seje qual for a nossa posicao sobrea superficie da Terra, ela sempre podera ser definida por estas coordenadas, 50°N osateacc Patt do agar C= = 3028 20°: 2 = 10" N (Lat. Média) Ps. PROJECOES CARTOGRAFICAS Os Sistemas de projecdes cartograficas so métodos utilizados pare representar asuperficie de uma esfera (ou de um elipscide) sobre uma superficie plana. Esse processo consiste em transferir pontos da superficie da esfera para um plano. ou para uma superficie que pode ser desenvolvida em um plano, tal como um cilindro ou um cone. esse mode, para se construir uma carta é necessério selecionar um sistema de rrojegéo. Este sistema sera escolhido de maneira que a carta venha a possulr as propriedades que satisfacam 8s finalidades propostas pare sua utiliza¢ao. ‘como por exempio: = Cartas coma finalidade de plotar estacSes clandestinas através de éngulos e distancias a um ponto central = Cartas para determinar a direco para a qual deve ser orientada uma antena, etc A Cartografia Nautica, que é a carta de nosso interesse, necessita satisfazer a determinadas exigéncias, ais como: = Representaralinha derume de uma embarcacao (chamads Loxodromia) com uma linha reta (projeco de Mercator} = Representar a menor disténcia entre dois pontos na superficie da Terre (chamada Ortodromia) como uma linha reta (Projeco Gnoménica) Desta forma, as principals projeces utlizadas em cartografia néutica s30 Projecdo de Mercator ou Cllindrica Equatorial Conforme (é a principal - estudremos com detalhes mais tarde) * Clindrica: pois a superficie de projegao é um cilindro, isto é, a superficieda Terra é projetada em um cilindro. = Equatorial 0 cilindro é tangente & superficie da Terra no Equador. = Conforme: os angulos so representados sem deformacéo. Por isto as formas das pequenas éreas se ‘mantém, senda, assim, a projecéo também é denominada Ortomorfa Projecéo Gnoménica: projecdo plana, com ponto de vista situado no centro da Terra (veremos a seguir), CLRSOH. Projecdo Conforme de Lambert: projeco conica. Representa as marcagbes radiogoniométricas de sinais radio, {ue se propagam por citculos mSximos, sem 2 corrego que necessitam quando $80 plotadas em uma Carta de Mercator; Projecdo Estereogréfica: projecso plana, com ponto de vista situado na posico oposta ao ponto de tangéncia Usada na construcdo de cartas das regides polares DISTANCIAS NA SUPERFICIE DA TERRA ‘A unidade de distncia, no mar, é a milha néutica = comprimento do arco de 1 minuto de meridiano terrestre. Esse comprimento corresponde a um minuto de latitude e equivale a | 852 metros. Para se determinar a distancia entre dois pontos na Carta Nautica (projeco de Mercator), s6 se pode utilizar aescala de latitudes, pois sé nessa escala existe correspondéncia entre a milha néutica e um minuto de arco (latitudes crescidas). Na escala de longitudes essa igualdade s6 se verifica sobre a linha do Equador. Resta referir que, como na projec3o de Mercator os meridianos e paralelos s80 perpendiculares entre si. as diregdes nas Cartas Néuticas sempre 80 representadas por linhas retas, que se denominam Loxodromias. As loxodromias 80, Portanto, inhas retas que, a0 longo de todo o seu tragado. fazem &ngulos iguais com todos os meridianos que cruzam Existem, no entanto, outras projegdes cartogréficas destinadas ao tracado de derrotas em arco de irculo méximo, 2 que se dé o nome de Ortodromias, Este processo de navegaco, que se justifica pelo fato de o arco de circulo maximo ser, sobre a superficie do globo terrestre, o caminho mais curto entre dois pontos. Ter como particularidade interceptar todos 0s mericianos em angulos diferentes entre si LOXODROMIA (RHUMB LINE) E a linha que intercepta os varios meridianos > segundo um angulo constante ope ti} Embora @ menor disténcia entre dois pontos na superficie da Terra sej2 uma ortodrémica, isto €, 0 ‘arco de circulo maximo que passe pelos dois pontos, fem navegacso € quase sempre mais conveniente navegar por ume loxodrémica, sto, por uma Linha de Rumo, indicada pela Aguiha Magnética, na qual a diregdo da proa da embarcacgo corte todos os meridianos sob um mesmo angulo. ORTODROMIA qualquer segmento de um circulo méximo da esfera terrestre. E, assim, a menor distancia entre dois pontos na superficie da Terra Na carta néutica na projecéo de Mercator, 2 Sodom ortodromia é representad por uma linha curva com concavidade voltada pard'8 BusdSr Anica excecio s80 0s meridianos que, apesar de serem circulos maximos, na carta de Mercator so representados por linhas retas paralelas entre sie perpendiculares 20 Equador. Na_eseena _renaesves MA caRTA 0g _wenceroe PROJECAO GNOMONICA Emboraamenor distancia entredois pontos na superficie da Terra seja oarcode circulo maximo queos une (ortodromia) ‘@ navegacso é normalmente conduzida por uma loxodromia ou linha de rumo, que faz com os sucessivos meridianos um &ngulo constante e igual ao seu azimute. Quando os dois pontos da superficie da Terra esto préximos, aloxodromia praticamenteseconfunde com aortadromia, Todavia, quando os dois pontos esto muito afastados, adiferenca pode ser da ordem decentenas demilhas:a diferenca entre as distancias loxodrémica e ortodrémica de Sidney, na Australia, 2 Valparaiso, no Chile, é de 748 milhas, Assim, para singraduras muito extensas, Loina-se inperetivo euayaa do camniriho mals curto, isto 6, ca derrota ‘ortodrémica, sendo necessario para o seu planejamento, dispor de cartas construidas em um sisteme de projecéo que represente 0s circulos maximios como linhas retas. Este sistema é a projegao gnomdnica, A projeco gnoménica utiliza como superficie de proje¢ao um plano tangente & superficie da Terra, no qual 9 pontos sdo projetados geometricamente, a partir do centro da Terra ‘A projecdo gnoménica apresenta todos os tipos de deformacbes @ a scala sé se mantém exata no ponto de tangéncia, As distorgBes sao to grandes que 2s formas. as disténcias e as éreas 80 muito mal representadas, exceto nas proximidades do ponte de tangéncia, Entretanto, apesar de todas as deformagtes, a projegao gnoménica, conforme citado, tem a propriedade Unica de representar todos os Circulos maximos por linhas retas. Os meridignos aparecem como retas convergindo para o pélo mais préximo. Os paralelos, exceto 0 Equador (que é um circulo maximo) aparecem como linhas curvas eos azimutes Figura 2- Carta Groménica -tongéncia em Recife CLRSOH. 2 partir do ponto de tangéncia séo representados sem deformacées. Em Cartografia Néutica, a projecdo gnoménica € entdo empregada, principalmente, na construgao de Cartas para Navegaco Ortodromice. Assim, por exemplo, se for desejada a derrota ortodrémica de Recife a um porto da Africa, basta tragar na carta construida na projecao gnomanica uma linha reta conectando os do's locais (citculo maximo e menor distancia entre 08 dois pontos): colocar sobre alinha vérios pontos (dividindo-a em pequenos segmentos): determinar na propria carta sgloménica 2s coordenadas desses pontos;e ploté-os na carta de Mercator, © préximo paso é unir 0s pontos jé plotados na carta de Mercator e teremos , entéo, vérios segmentos loxodrémicos (ou varias linhas de rumo), Superpostos em uma derrota ortodromica, representada por uma linha segmentada e curva na carta de Mercator. Esta linha segmentada, apesar de curva, representa na carta de Mercator a menor distancia entre 1 dois pontos. Por outro lado, sabe-se que no é possivel representar a5 regides polares na ProjecSo de Mercator por causa das ‘excessivas deformacdes apresentadas em latitudes muito altas. Esta grave deficiéncia da Projeco de Mercator pode ser contornada pela projego gnoménica, fazendo o ponto de tangencia nas proximidades da éree a ser navegada. AVELOCIDADE NO MAR Velocidade - em navegacéo & expressa em né (‘knot’) —+ milha néutica por hora Velocidade no fundo (S06) - velocidade 20 longo da derrota em relac3o 20 fundo do mar. Velocidade de avanco (SOA) - velocidade com que se pretende progredir a0 longo da derrota. E um importante dado de planejamento, com base no qual sao calculados os ETA/ETO, ACARTA NAUTICA ‘A Carta Nautica é uma representagéo plana da superficie d3 Terra utlizada para a navegac3o, ‘AS cartas nduticas correntemente usadas em navegacdo so construidas na Projecdo de Mercator, que tem, como uma das suas principas virtudes, a vantagem de representar 0s meridianos e paralelos como linhas perpendiculares entre si Para que os meridianos fossem representados por linhas retas perpenciculares aos paralels e, portanto, mantivessem um afastamento constante e uniforme em toda a altura da carta foi necessério alongar a escala de Latitudes na mesma proporgao do alongamento das Longitudes. Esta deformacgo vai se tornando mais evidente, 8 medida que as Latitudes vo aumentando. Por esse motivo, as distancias, numa carta néutica, 3 podem ser medidas por comparacZo com a escala de Latitudes. LATITUDE CRESCIDA As cartas néuticas,além de permitirem ao navegante planejar as suas derrotas. tragar seus rumos edeterminara posi¢o da sua embarcacgo. s40 também uma preciosa fonte de informacbes, pois contém dados vitals para uma viagem segura, tis como profundidades, perigos & navegacao, natureza dos fundos, etc. CLRSOH. Um dos cuidados fundamentais que 0 navegante deve ter é o de munir-se de cartas na escala adequads para o tipo de navegacao que tenciona efetuar. 0 que é a escala? A escala pode ser definida camio a relacao existente entre as cimensdes do que a carta contém e as dimensbes reais do que representa. ‘A escala de uma carta nautica é representada por um ndmero fracionério (por exemplo, 100.000) e quanto menor for odenominador dessa fragao maior seré a escala e, emconsequéncia, haveré maior detalhe do trecho por ela mostrado. Observe 0 croqui de mapa-mindi da Figure 3, que tem como unica finalidade demonstrar o que é Latitude e Longitude, assim como 0s pontos de referéncia ara inicio da contagem cessas. duas coordenadas geogréficas. Verios, assim, que a Latitude € contada a partir do Equador, de 00° a 90°, para Norte ou para Sul. 16a Longitude é contada a partir do Meridiano de Greenwich (ou Primeiro Meridiano) de 0009 a 180°, para Leste ou para Oeste. Torna-se evidente que tal carta no serviria para navegacéo, porque € de pequena escala (menos ‘ue |: 3000000) e, nessas condigtes, qualquer coisa sobre a superficie ~ terrestre para nela ser representada — como um simples ponto, precisaria ter uma extenséo de, no minimo, 600 fenelon metros (02 nh Figura 3 - Latitude e Longtude no Mapo Mune 00 190 0" Concentremos nossa atencao no pequeno retangulo preto, colocado sobre o lito-al brasileiro, Se pretendermos uma Carta Nautica que nos dé maiores detalhes daquele, comparativamente, pequeno trecho, teremos que procurar uma carta de grande escala daquela regio. Mesmo antes de a identificarmos, poderemes ter a certeza que, todos os locais rela representados, ter80 Latitude Sul (porque o trecho em questo esté abaixo do Equador) e Longitude Oeste (porque cestd a Oeste do Meridiano de Greenwich). Comalguma boa vontade, imaginemios que aquele retangulo preto est4 sobre a regido de Angra dos Reis e que, portanto, ‘carta que nos interessa é a que se encontra representada (também como um crogul), na pagina seguinte. Seria a Carta Nautica n® 1.636, editada pels DHN, que representa o Porto de Angra dos Reis. A escala desta carta é de 1: 20.000 (portanto, grande escala), 0 que significa que o trecho por ela mostrado é, na realidade, 20.000 vezes maior. LD, CLRSOH. Uma carta desta escala ja nos ofereceria pormenores suficientes pare uma navegacdo segura na érea que representa Relembramos que se trata de um simples esboco, elaborado para estudo. Vejamos o que ela nos pode oferecer, em termos de conhecimentos: "Nas suas margens superior e inferior podemos ver a escala de Longitudes e nas suas margens laterals dreita e esquerda, 2 escala de Latitudes. As linhas que ela exibe na vertical e na horizontal, perpendiculares entre si, recebem, no seu conjunto, o nome de reticulado, AAs linhas verticais 580 0s meridianos e, todos eles. nos déo a direco Norte/Sul (ou Sul/Norte). Portanto, quando se avega sobre um meridian, o nosso rumo serd de 0009 (se estivermos indo para o Norte) ou 180° (se estivermos indo para o Sul). As linhas horizontais $40 os paralelos e, todos eles, nos déo a direcao Oeste/Leste (ou Leste/Oeste), Portanto, quando se navega sobre um paralelo, o nosso rumo seré de 0809 (se estivermos indo para Leste) oui 2709 (Se estivermos indo para Oeste) Seja qual for o lugar da superficie da Terra em que nos encontremos, ao determinarmos a nossa posiggo, estamos tragando um meridiano e um paralelo. O lugar onde essas duas linhas se cruzam é 3 nossa posicSo, em termos de coordenadas geogréficas Dissemos, no inicio deste capitulo, que a carta néutica, além de proporcionar 20 navegante todas as informages que ele necessite pare uma navegacgo segura, serve, também, para tragar rumose determinar a posicao da sua embarcacéo. Em ambos os casos estaremos falando de diregbes. Para determinar @ sua posicao 0 navegante transfere para a carta 0 valor angular da direco em que esté vendo um objeto. A isso dé-se 0 nome de Marcaco, Em se tratando de um Rumo, tal como 0 nome indica, ¢ 2 diego em que precisaremos seguir para, partinda de um determinado ponto, cheger a outro. Tanto num caso como no outro, seréo diregbes verdadeiras pois, da carta néutica, sO cirecdes verdadeiras podem ser retiradas, Basicamente, tracar um Rumo na carta é bastante simples. Usaremos, uma vez mais, 0 esboco da carta n° 1.636, Suponhamos que pretendemos navegar da Enseads de Sitio Forte para a liha da Gipdis: Comesariamos por tragar uma linha reta unindo esses dots pontos e essa seria reco em que precisariamos navegar. Repare que a linha do nosso Rumo faz sempre o mesmo angulo com todos os meridianos que cruza, 0 que n30 aconteceria se estivéssemos utlizando um globo. Essa é uma das grandes virtudes da projeco de Mercator. Como todos os meridiznas contém a direco Norte/Sul (ou Sul/Norte), fica facil determinar 0 valor angular do nosso Rumo, em relacdo & cirecdo de referéncia, que, no caso, 0 Norte Verdadeiro ou Norte Geogréfico. Esse valor angular obtém-se com 0 auxilio da Régua de Paralelas, instrumento indispensével ao navegante, ea Rosa dos, Ventos, como veremos a seguit. ‘A Rosa dos Ventos (visivel no canto inferior esquerdo da carta/esboco), destina-se a facilitar 0 tracado. na Carta Nautica, de rumos e marcagdes, CLRSOH. ‘A Rosa dos Ventos (que alguns preferem chamar de Rosa de Rumos Verdadeiros) ¢ graduada de 0° @ 360° no sentido ‘da marcha dos ponteiros de um relégio. E posicionada em lugar estratégico da Carta Nautica, de forma a facilitar, tanto quanto possivel, a sua utllizacao. * Como pode ser observado, 2 Rosa dos Ventos ¢ construida de forma que o seu exo vertical, que une as direcies O° 2 1802, fique posicionado na carta nautica exatamente como os meridianos, au seja, contendo a direcgo do Norte Verdadeiro ou Geogréfico Portanto, bastard que se transfiraa linha de Ruma tragada entre os dois pontos para o centro da Rosa dos Ventos, pare ques saiba 0 seu valor em graus, Zz tina tacuatina Bayada de Pm sted Fore E, também, na Rosa dos Ventos que deve ser procurada uma informago importantissima para quem navega: @ Declinago Magnética do local representado pela carta Isto porque da Carta Néutica, $6 se retiram direcdes verdadeiras. €, portanto indispensével 0 conhecimento da eclinaco magnética local para converter 0s valores retirados da carta, nos valores que Ihe correspondem na aguiha magnética, ou vice-versa, OMAGNETISMO TERRESTRE (© magnetismo terrestre transforma a Terra em algo parecido com um gigantescc ima. com dots polos magnéticos de polaridades opostas. Infelizmente, porém, esses pdlos nao coincidem com os plas terrestres verdaderros. CLRSOH Daf resulta quea Agulha magnética tende a apontar para uma direco que, excetuando algumas situagdes pontuais, n3o norte verdadeiro, Mesmo considerando que estamos falando de uma agulha magnética sem qualquer autro desvio, ‘© que é muito raro, sempre haverd uma declinag3o magnética a levar em conta, embora, em alguns casos, ela possa ser nua. ‘A Declinago magnética (Dec mg) de um lugar, pode ser definida como a diferenca angular entre o Norte Verdadeiro (Nou Nv), ou Geogréfico, e 0 Norte Magnético (Nmg).O valor da referida declinagao varia de lugar para lugar da Terra e varia, num mesmo lugar, lentamente ao longo do tempo (alguns minutos/anc). A declinac3o magnética pode ser Leste (©), Ceste (W) ou nula, dependendo do nosso posicionamento em relacao aos pélos verdadeiro e magneético, Assim, excetuando a Dec mg nula (caso em que a diregdo do norte verdadeiro coincidiria com a direcdo do norte ‘magnético), os dois sentidos possivels da diferenca angular, entreo Nveo Nmg, podem ser visualizacos nos diagrams da pégina seguinte, a que se costuma chamar de “calungss" ‘Tena presente que, nos “calungas’, tal como acontece na rose-dos-ventos, a nossa emmbarcacao é, supostamente, situada no vértice do Engulo representado. As linhas que apontam as direcdes consideradas no diagrams, no caso presente, s8o meridianos ‘Todos eles, por ume questo de comodidade gréfica, S80 representados por linhas retas, embors os meridianos rmagnéticos sejam, na realidade, linhas curvas. ‘Norte magnéice A eaquerda ‘Norte magni a direlta Go Norte verdadeiro do Norte. verdadeiro N, N, Deeg, Nee Dee mg = 20° W Dee mg = 20°F Em todo 0 terrtério brasileiro a Declinagéo Magnética é Oeste (W), mas pode haver diferencas importantes entre dois lugares relativamente préximos um do outro, em virtude dos meridianos magnéticos serem linhas irregulares. \Voltando’ Rosa dos Ventos inserida na Carta Nautica n° 1.636, apresentada anteriormente, podemos ver, no seu centro, a inscrigéo: = Dec. mg.20°00'W 1995(8"W) Isso significa que, em 1995, 0 valor angular da declinaco magnética, no local. era de 20° OO) para Oeste (Wi) e estava ‘aumentando &' por ano. Supondo que estavamos navegando no local em 200), haveria que efetuar 0 seguinte cdiculo: "= Anos decorrides de 1995 a 200I= 6 x8' (aumento anual) = 48° W = Declinaggo magnéticaem 1995 = 20°00'W = Aumento anual = + 4W = Declinagdo magnéticaem 2001 = 20° 48'W = 210W arredondamento de 20° 48” para 210, é justficado pelo fato da aproximago a0 0.50 ser suficientemente precisa, quando se trata de Dec mg CLRSOH. DESVIO DA AGULHA Infelizmente, as perturbacbes magnéticas sentidas a bordo de uma embarcacdo no ficam por aqui. Os ferros colocados a bordo, tals coma motores, ancoras. guinchos e circuitos elétricos de alguma poténcia dio origem a um efeito + + bs aM aa Magnético adicional que provoce mais uma diferenca angular na indicac3o da agulha magnética, ocasionando mais uma direcao de referencia: o Norte da Aguiha (Nae). ow ‘A esta diferenca angular dé-se 0 nome de Desvio da Agulha (Dag). Tal como a declinagdo magnética, este desvio pode ser Leste E), Oeste (W) ou nulo, conforme 2 posi¢do do norte da agulha, em relaco 20 norte magnético — Se 0 desvio da agulha for nulo, isso significa que 0 Nag esté coincidindo com 0 Nmg, ou seja, a aguiha, naquela roa, néo apresenta desvio algum, “calunga’ da esquerda representa uma situacéo em que, tanto a declinaggo magnética como 0 desvio da agulha, sé0 Oeste, enquanto no “calunga” da diretta, ambos séo Leste. Nos dois casos, a correcao total a aplicar (Variago Total - VT) para converter um rumo verdadeiro em rumo de agulha (ou vice-versa), obtém se somando a declinaggo magnética a0 desvio da agulna, dando-se ao resultado mesmo simbolo dos dois valores somados. No casa de declinagéo e desvio, terem simbolos diferentes. como pode ser visto ra figura abaixo, a correcéo a aplicar ‘obtém-se subtraindo o menor valor do maior e dé-se ao resultado o mesmo simbolb do maior. Dee mg Dag vou N, ON, \ Now 39] Ly, Nag eA Xe Dee mg ~ 20° W Dag = SE V.Total= 17° W Em vista disso, o nosso “‘calunge" passa ter uma nova aparéncia, pois, além da Declina¢do Magnética (Dec mg), retirada da Carta Néutica do local em que se navega, leva em consideracgo, também, o Desvio da Agulha (Dag). retirado da j6 referida Tabua de Desvios. Dag = 3 Vefotal= 17° E Suponhamos, que pretendemos navegar da Enseada de Sitio Forte para a Ponta de Leste. Comecamos por retirar da Carta Nautica 0 valor do Rumo verdadeiro entre esses dois pontos, com a auxilio ca régue de paralelas, obtendo Ri 0280. Utiizaremos, pare @ converséo, o valor da Dec mg apurada anterior mente, de 20° 48 W em 200}, arredondada para 21°, Teriamos, assim: Ry = 028° Dec mg = +21°W Rmg = 049° =~ Dag LE watorniporeicy Rag a7" Bea come valor que sara ma aus e Devon ps ber © Da) Verificamos, assim, que para navegarmos no Rumo verdadeiro pretendido, 0280, teriamos que manter na nossa agulha magnética uma leitura de 0470, DISTANCIAS NA CARTA NAUTICA Além do valor em graus do seu Rumo, o navegante precisar, também, conhecer quanto Tempo gastaré para ir de um onto a outro. Para isso precisard saber, alémida Velocidade Média que poderé dasenvolver coma sua embarcac3o, qual 2 Disténcia que separa os dois lugares. Para se determinar a dist8ncia entre dois pontos, como jé foi dito no inicio deste capitulo, $6 se pode utilizar a escala de latitudes, pots s6 nessa escala existe correspondéncia entre a milha néutica € um minuto de arco. Na escala de longitudes essa igualdade s6 se verifica sobre a linha do Equador. Medir uma distancia na Carta Nautica (projecao de Mercator) & uma operacdo simples € a ferramenta a utilizar € 0 ccompasso de navegacgo. Vejamos como isso Se processa, usando, uma vez mais 3 nossa carta 1636. 5 A lender (© compasso comecou por ser aberto até uma largura equivalente a2 minutos de latitude, ou seja, 2 milhas nduticas e, depois, precisou ser rodado 3 vezes para cobrir a totalidade da distancia 2 percorrer. Isso significa que os dois pontos esto separados entre si por 6 milas nduticas. Se, por hipétese, 0 percurso fosse mais longo que 3 vezes @ abertura do ‘compasso, mas no chegasse a 4, haveria que calcular a parte restante pelo mesmo proceso. Repare que foi utlizada a escala de latitudes a0 mesmo nivel da carta em que se encontra o caminho a percorrer. £ uma pratica que sempre deve ser seguida porque, dependendo da escala da carta, 0s minutos de latitude podem diferir em ‘tamanho, de forma significativa, 8 medida que a Latitude cresce. Supondo que @ embarcacao a utilizar poderia desenvolver uma velocidade média de 12 nés (I né corresponde, no mar, ‘a1 milha por hora), as 6 milhas do percurso seriam feitas em mela hora, Assim: + 1'(um minuto) de Latitude é igual aT (uma mitha) nautica (852m) + 1 (uma milha) ndutice por hora é igual aT (né), que é unidade de Velocidade no mar, e€ usada sempre que se pretende expressar a relacdo entre a Disténcia e 0 Tempo. CLRSOH. RUMOS E MARCACOES RUMO ~ Em uma carta néutica, 0 rumo de uma embarcac3o € 0 Angulo que o caminho dessa embarcaggo, em relagdo 130 fundo do mar, esté fazendo com o Norte verdadeiro, Porém, como jd vimios anteriormente, para garantir que a embarcacao prossiga nesse rumo, faz-se uso da agulha magnética, o que implica em que a dirego de referéncia nem sempre seja 0 Note verdadeiro. Assim, a direcdo de referéncia, a partir da qual se conta o valor angular do nosso rumo, poderd ser: = Norte verdadero (ou geogréfico)......N¥ = Norte magnético, Nmg = Norte da agulha Nog Em consequéncia, 0 nosso Rumo passaré a ter uma denominacdo em conformidade com essa diregdo de referénci, podendo ser: = Rumo verdadeic. Rv = Rumo magnético. mg = Rumo da agulha Rag (Os rumos. independentemente da direco de referéncia adotada, s40 contados, de 0009 2 3609, no sentido hordrio. Na situaco representada pelo “calunga" abaixo, verificou-se que: = Rumo verdadeiro (Rv). 090° = Dec mg (no local) +200W = Rumo magnético (Rmg).= 110° © Dag (retirado da tébua)..= + 20W = Rumo da Agulha (Rag)...= 1122 MARCACAO - € 0 angulo que a linha de visada (ou do alvo) para um abjeto faz coma dirego Norte. Tal como acontece com os rumos, 2 marcagdo teré um nome de acordo com a diego de referéncie adotada, ou sei, serd = Marcacgo verdadeira..... MV... (quando a direcao de referéncia foro Nv) = Marcacdo magnética.... Mmg....... (quando a direcSo de referéncia foro Nmg) "= Marcaco da agulha......Mag....... Quando a direcdo de referéncia foro Nag) ‘As marcag6es, independentemente da dirego de referéncia adotada, so contadas, de 000 2 360°, no sentido horério, CLRSOH. ‘Tomando como base o ‘calunga’ da pagina anterior, suponhamos que se marcouum objeto notévelaos 250° verdadeiros (0 “calunga” passaria a ter a seguinte configuracéo: = Marcacéo verdadeira(Mv)..= 250° = Dec mg (no local) +200W = MarcagSomagnética(Mmg)= 2700 = Dag (retirado da Tébua). +20W ™ Marcagdo da agulha (Mag).= 2729 Observe que, para a conversdo de Marcaco magnética em Marcacgo de agulha, foi utilizado o mesmo Desvio da aguiha (Dag) usado na conversao do Rumo magnético em Rumo da agulha Tal fato, deve-se 3 circunstancia de no ter havido alterag3o do rumo da embarcacdo, pois o Dag respeita unicamente & direcéo em que esté apontada a proa da embarcac3o. Como nao houve alteracéo do rumo, 0. desvio manteve-se inalteravel. MARCAGGES RELATIVAS E POLARES E um proceso de marcagao que nao utiliza, como referéncia, a dire¢o Norte (seja ele verdadeiro, magnético ou da aauiha) ‘A operacao de medicao da Marcacdo relativa ¢ feita por intermédio de um dispositive chamado téximetro, que nada mais € que uma Rosa graduada com 3609, ou to somente uma mela Rosa com 1800, e uma mira simples. Uma vez colocado o téximetro a um ou a outro bordo da embarcagéo, com a graduacéo zero alinhaca coma linha de #6 dda mesma, visa-se 0 objeto elé-se na Rosa o valor do &ngulo que a nossa linha de viseda esté fazendo com a proa da embarcagzo. Dai advém o nome de Marcacdo relativa, por se tratar de um angulo medido em relagdo & proa da embarcagao, ‘A Marcao relative pode, tal como acontece com as utras marcagies vistas anteriormente, ir de 000° 2 3602, no sentido horério. No entanto, por vezes, & necessério adotar um outro tipo de marcagéo relativa, oque pode acontecer, por exemple, quando ceya. a superestruture da embarcagdo nao permite quese ig vise um objeto que se encontra pelo bo:do oposto quele em que seinstalou tdximetro. Nesses casos recorre-se 8 Marcacdo polar (Mp). que pode ser por Boreste (MpBE) ou por Bombordo (MpBB). Em ambos os casos 0 valor angular pode ir de 000° a 1809. Ha que frisar, no entanto, que 2 MpBE é contada no sentido horario (sendo, Portanto, igual & Marcacéo relativa sempre que 0 ‘objeto ndo se situe a mais de 180° da proa). J4 a MpBB serd contada, também @ partir da pros, aS saxon no sentido anti-horério, 1 Vejamos um exemplo, continuando utilizar © “calunga’ dos casos anteriores, 20 qual ‘acrescentaremos um novo objeto a marcar: Figura 4- Exempio de Colungo CLRSOH. Fica evidente, observando a Figura 4, que existe uma correspondéncia entre todos os angulos representados, © que equivale a dizer que, sabendo-se o rumo verdadeiro e a marcatgo relativa é sempre possivel determinar 2 mercacgo verdadeira MARCACAO DA IGREJA MARCACAO DO FAROL Rv = o99° Rv = 0909 Mrel E 2106 Mrel = 160° My = 3000 Mw = 2500 Rv = 0900 + 3600 Rv sae 4509 MpBE +1609 MpBB = = -1509 Mw = 2500 My = 3000 CONVERSAO DE RUMOS E MARCACOES As converses de Rumos e Marcacbes so uma necessidade constante a bordo de qualquer emibarcagao e, por iss0, 0 navegador precisa estar convenientemente habilitado a efetud-las, Deve-se ter sempre presente que: 1 Na Carta Nautica s6 se tragam, ou dela s6 se retiram, direcbes verdadeiras, sejam elas rumos au marcagbes: = 0 valor da Dec mg (bem como do aumento anual da mesma) deve ser retirado da Carta Nautica ds regi8o em que se navega =O valor do Dag deve ser retirado da Tébua de Desvios (que deve ser recakulada, pelo menos, uma vez a cada ano), tendo sempre presente que, para cada proa, havers, ou podera haver um desvio diferente: = Nos céiculos de converse dos valores de Rv ou Mv em magnéticos, os valores da Dec mg e do Dag devem ser aproximados 30 meio gr2u. EXEMPLOS DE CALCULOS PRIMEIRO EXEMPLO: Exempla de conversdo, sendo a Dec mg Oeste (W) eo Dag também Oeste (W) ‘De Rv para Rag SEGUNDO EXEMPLO: ‘Exemplo de conversdo, sendo a Decmg Oeste (W)¢0 Dag Leste (E) Ry 0909 Decmg = +200 Rmg = 1100 Dag = = 20E 1080 Carta 12.000 PROJECAO As cartas nauticas S40 construidas na projecdo de Mercator (as excecdes so destacadas, para 2 correta identificacéo). ‘As cartas nauticas destinadas 8 navegaco ortodrémica so construidas na projecéio Gnoménica. BALIZAMENTO As cartas nauticas apresentam a situaco normal de balizamento. Em alguns paises o balizamento utilizado durante 0 inverno é detalhado em publicagdes especiais, MARCACOES ‘As marcaG6es se referem ao norte verdadeiro, e sao representadas em graus e décimos de graus ouem graus e minutos SONDAGENS Os valores de profundidades na faixa de 011 a 20,9 so representados em metros e decimetrose, na faixa de 21 3 3],emmetros emeiometro, Profundidades maiores sd0 aproximadas ao metro inteiro.A posicao geosrstica de uma sondagem é 0 centro do retangulo imaginario que circunscreve o valor numérico representativo da profundidade ALCANCE O alcance informado nas cartas néuticas brasileiras é o alcance luminoso, em milhas nuticas, calculado pela formula Ce Allard, considerando-se um periodo notumo, observador com vista desarmada, auséncia de interferéncie de luzes, Ge fundo, com coeficiente de transparéncia atmosférica (T) igual a 0.85 correspondente a um valor de visiblidade meteoroldgica de 18.4 milhas nduticas, CLRSOH. OBS: NORMAM - 17 ALCANCES DE SINAIS NAUTICOS ALCANCE GEOGRAFICO = Ea maior distancia na qual um sinal ndutico qualquer pode ser avistado, levando-se em conta 2 altitude do foco da luz que exibe, a altura do olho do observador em relacao 0 nivel do mar, a curvature 2 Terra ea refracao atmosferica. = De acordo com as normas da IALA, 0 Alcance Geografico de um sinal indicado nos documentos nauticos deve ser aquele calculado para um observdor cujos olhios encontram-se elevados 5 (cinco) metros acima do nivel do mar. BTM - PAG 33 Range of Lights Th Jepeenels upon three separate factors: maximum range at which a na ional light can be seen 1 The combined h ‘ofthe ight. 1 of eye of the observer and the elevation The intensity ofl 4 ‘The clarity of the atmosphere Geographical Range The greater the height of the light the greater the distance at whet it wil he visible: equally the greater the height al eve of the otiserverthe hiner he wil se the light. These two factorscombined ge of visibility called the Geugtaplical inet feo tables in Uhe List of Lights. le willbe severely reduced if the light observed is there pate nf eg set i LISTA DE FAROIS Oalcence geogréfica é calculado pela expresséo: D = 1,927 (VH + VA) = D=alcance geografico em milhas nauticas: = H= altitude do objeto em metros; Itura do observador em metros; & = 1927 = fator resultante de se considerar 0 raio da Terra igual a 6.367548 quildmetros e 0 valor da milha ndutica igual a 1852 metros. MIGUENS -+ alcance geografico absolute = 1,927 (VH + VR) Considerando a refracdo atmosférica = 2,03(vH + VA) ALCANCE LUMINOSO E a maior distncia na qual uma luz pode ser avistada em fungo de sua intersidade luminosa, do coeficiente de transparéncia atmosférica (T) ou da visibildade meteorol6gice (V) predominante no local, edo limite de luminamento no olho do observador. Esse limite também € funcao da interferéncia de luz de fundo. BTM - PAGINA 36 Luminous Range ‘This is the maximum distance at which the light can be seen and is dependent upon the intensity of the light and the atmospheric visibility prevailing. Ic takes no account of the height of the light nor that ofthe observers eye. Obviously, the more intense the ki the further it will be seen, whatever the state of the atmosphere, the appropriate table will give a good indication of how far the light can be expected t0 be s ‘TRANSPARENCIA DA ATMOSFERA = A visibiidade no mar, entre outros fatores, ¢ fungao da transparéncia da atmosfera '= A atmosfera absorve parte da energia luminosa que nela se propaga. A magnitude dessa absorgo depende das condigdes atmosféricas reinantes, O coeficiente de transparéncia atmosférica (7), indica @ quantidade de transmisséo de luz, por milha ndutica, através da atmosfera = Um ator (T) = 0,85 significa que o raio luinoso, a0 percorrer 1 milha néutica, tem sua intensidade luminosa reduzida para oitenta e cinco por cento (85%), havendo uma absorcgo através da atmosfera de quinze por

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