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ResearchGate Macroalgas e seus usos ~ alternativas para as indistrias brasileiras rien Rossa Verde de poesaga Ostonesinent Suet anu 253, 2 19,157 ‘content fling ths page was place by Hac gto Gonaes ont November 2014 Revista Verde de Agraccologia e Desenvolvimento Sustentivel hp. direvista gvaa.combr Revisio Bibliogrifica ISSN 1981-8203 Macroalgas e seus usos — alternativas para as indistrias brasileiras Macroalgae and theirs uses - alternatives for brazilian industries. Barbara Monique de Freitas Vasconcelos! & Alex Augusto Goncalves RESUMO: As macroalgas marinhas so divididas em trés grandes grupos: algas verdes, pardas e vermelhas. Elas vém sendo utilizadas hé milénios pelos povos orientais como parte importante de sua deta alimentar, Os teores de nutrientes diferem de acordo com o grupo aos qual pertencem, no fentanto, suas caracteristicas nutricionais justificam 0 incremento desses vegetais na alimentagdo humana. O alto teor proteico, o elevado conteiido de fibras e ainda o grande mimero de minerais sio cextremamente importantes para suplementagio das necessidades nutricionais bumanas. No entanto, além de seu uso como alimento, as algas tém sido utilizadas como suplemento de rages para diversos animais, adubos sélidos ou liquidos, no desenvolvimento de diversos cosméticos, como xampus, hidratantes, cremes anti-idade ¢ fontes de produtos quimicos diversos, dentre os quais se destacam. ccertas mucilagens conhecidas como ficocoldides, ou coléides de algas. Estas dltimas substancias so classificadas em trés grupos basicos em fungao de sua estrutura quimica e propriedades reoldgicas: os gares (Agar-igar) ou agaranas, as carragenanas e os alginatos. © objetivo deste artigo € atualizar 0 leitor sobre as pesquisas realizadas nos iiltimos anos com macroalgas marinhas, abrangendo varias ‘reas na qual as mactoalgas tem se destacado, Palavras-chave: macroalgas, alimentagio, composi¢do nutricional, humano, animal, ficocoléides, cosméticos, fertlizantes, ABSTRACT: The seaweeds are divided into three main groups: green algae, brown and red. Oriental people as an important part of their diet have used algae for millennia, Nutrient contents differ according to the group to which they belong; however, its nutritional characteristics justify the increase in human consumption of these vegetables. The high protein, high fiber content and also the large number of minerals are extremely important for supplementation of human nutritional needs. However, beyond its use as food, algae have been used as supplemental feed for various animals, manure solids or liquids, the development of various cosmetics such as shampoos, moisturizers, anti- aging creams and sources of various chemicals, among which we highlight certain phycocolloids known as mucilages, seaweed colloids. These latter substances are classified into three basic groups based on their chemical structure and rheological properties: the Agar (agar-agar) or agaranas the ‘carrageenan and alginates. The purpose of this article is to update the reader on the research conducted in recent years with seaweeds, covering several areas in which macroalgac has excelled Key word: macroalgae, nutrition, nutritional composition, human, animal, phycocolloids, cosmetics, fenilizers INTRODUCAO de sua dicta alimentar. A sua introdugio na alimentagio ‘As ‘algas marinhas slo classificadas em trés grandes grupos: algas pardas, algas vermelhas ¢ algas, verdes, As caracteristicas entre elas diferem com telaglo a fisiologia e aos compostos presentes. Algumas possuem um maior contetido mincral, outras um maior tcor proteico, ¢ algumas apresentam alto contetido de fibras. Além disso, s20 excelentes fontes de vitaminas A, BI, B12, C, D ¢ E, riboflavina, niacina, dcidos pantoténico & folico € minerais, tais como Ca, P, Na ¢ K (SOARES et al., 2012; DHARGALKAR ¢ VERLECAR, 2009) ‘As macroalgas marinhas vem sendo utilizadas hi muitos anos pelos povos orientais como parte importante Autor para com spondéncia Recebido para publicagio em 18/12/2013; aprovado em 24/12/2013 ocidental ainda € um pouco restrita, contudo uma mudanga de cenério vem ocortendo, ¢ 08 beneficios das, ‘mactoalgas vém sendo descobertos e ineorporados a rotina ocidental (ROCHA, 2001). Os paises asidticos ainda detém uma economia muito forte com relagdo as algas © sio os principais consumidores. No Brasil, a diversidade é muito grande e as pesquisas com relagio as macroalgas tem se desenvolvido com resultados surpreendentes, atividades antioxidantes, antimicrobianas, aplicagdes do ficocoloides, potencial nutricional excelente, dentre outras (OLIVEIRA, 1997; VIDOTT1 e ROLLEMBERG, 2004; AHN et al. "Mestrando em Cigneia Animal ~ Universidade Federal Rural do Semi-Arido (UFERSA) ~ Programa de Pés-Graduaglo em Ciéneia Animal (PPGCA) ~ Av. barbara biotee|@gmail.com Francisco Mota, S72 — Bairro Costa e Silva ~ 59625-900 — Mossoro — RN, E-mail “Professor Tecnologia, Inspegdo ¢ Controle de Qualidade do Pescado Universidade Federal Rural do Semi-Arido (UFERSA) — Programa de Pés-Gradi = RN, Email: alango@gmilcom jo em Cigncia Animal (PPGCA) — Av. Francisco Mot 572~ Bairro Costa e Silva ~ $9625-900 ~ Mossoré Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8,.5, p. 125 - 140, (Edigdo Especial) dezembro, 2013 Barbara Monique de Freitas Vasconcelos & Alex Augusto Goncalves 2004; PINTO er al, 2007; YAMASAKI et al, 2005; MATSUKAWA et al, 1997; DUBBER ¢ HARDER, 2008) \Varias praias do litoral brasileiro ja apresentam cultive de algas marinhas, visandoprincipalmente & produgio de ficocoloides.” Apesar da utilizagio na culindria ser milenar, 0s produtos ofertados no mercado ainda so poucos "se comparados com as outras finalidades, mesmo a composisio nutricional sendo rica (PEREIRA e PAULA, 1998). ‘As algas ainda podem ser utilizadas como complemento de rages, adubos sélidos ou liquidos, produgio de cosméticos, tratamento de dgua residuiria © fontes de produtos quimicos diversos, como os égares (égar-igar) ou agaranas, as carragenanss ¢ os alginatos (YAN et al, 2001; KAPOOR © VIRARAGHAVAN, 1998; ROCHA, 2007; MELO © MOURA, 2009; ARAUIO et al, 2012; ALLEN e JASPARS, 2009) ALGAS MARINHAS ‘AS algas ocorrem em todo o globo, e € a base da cadeia alimentar, servindo como fonte de nutrientes para Figura 1 - Alga verde do género Ulva (Fonte: Autor). As algas vermelhas (Divisio Rhodophyta) possuem aproximadamente 6000 espécies divididas em varias classes sendo a Gelidiales © Gracilariales as mais, importantes. Essas algas possuem @ ficoctitrina como principal pigmento, além disso, so bastante utilizadas na uma grande variedade de organismos aquiticos. Elas podem ser classificadas em macroalgas ¢ microalgas. AS ‘macroalgas so aquelas visualizadas a olho mu, as mieroalgas necessitam de microscépio para serem observadas (MARINHO-SORIANO ef al., 2011; RAVEN etal, 1996), ‘As mactoalgas marinhas so vegetais aquéticos sem vascularizagdo no qual o corpo & representado por um talo, a maioria sio bent6nicas, ou seja, vivem aderidas a lum substrato, sdo autotréficas, Blas podem ser divididas em trés grandes grupos: algas verdes, algas vermelhas e algas pardas (McHUGH, 2003; MENDEZ, 2002. As algas verdes (Divisio Chlorophyta) sto 0 grupo mais diversificado, apresentam cerca de 7000 espécies divididas em cinco classes (Prasinophyceae, Pedinophyceae, _Ulvophyceae, _Chlorophyceae, Trebouxiophyceae). Elas possuem xantofila, carotenos & elorofila a e b como pigmentos, sendo o iiltimo o mais importante. As algas verdes podem ser marinhas ou duleicolas, estudos da sua composigio quimica sio escassos, ¢ 0 uso como alimento ainda pouco eficiente (ALGAS VERDES, 2012). indistria alimenticia ¢ microbiolégica. E a partir das algas vermelhas que se extraem ficocoloides usados como aditivos alimentares © na producio de meio de cultura bacteriano (MAURICIO et al., 2011). b rs Figura 2— Alga vermelha do géncro Gracilaria, (Fonte: www portuguese alibaba.com) Figura 3— Alga vermetha (Rhodophyta) do género Gigartina. (Fonte: www. biologados.com.br) Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 0.5, p. 125 - 140, (Edigdo Especial) dezembro, 2013 Macroalgas e seus usos ~ alternativas para as indisrias brasileras ‘As algas pardas (Divisio Phaeophyta) sio 0 grupo mais estudado, Elas sio fontes ricas de iodo ¢ ferro, além disso, so bastante utilizadas como alimento hhumano. Os géneros Laminaria ¢ Himantalia apresentam- se como os principais deste grupo. Algumas espécies deste srupo podem chegar a 70m de comprimento, formando os conhecidos Kelps (algas gigantes) (RAVEN et al, 1996). Figura 4— Alga parda do género Sargassum (Fonte: www.rahimnetwork blogspot.com) Figura $— Alga parda do género Laminaria (Fonte: www.awi.de) (Composisio nutricional Aproximadamente 250 espécies de macroalgas sfio comercializadas no mundo e destas 150 sio favoraveis a0 consumo humano (KUMARI, 2010), Nos paises asidticos, as algas vém sendo utilizadas desde 600 a.C. como alimento (humano © anima), fertlizantes, herbicidas ¢ fungicidas. (FLEURENCE, 1999; SANCHEZ-MACHADO. et al, 2004). Nos. paises ocidentais as macroalgas so utilizadas para producio de ficocoloides, aditivos alimentares_e_medicamentos (MABEAU e FLEURENCE, 1993; RUPEREZ, 2002) ‘No Brasil esse tipo de alimentagio tem atraldo muitos adeptos. Devido a0 clevado teor de proteinas, fibras e baixo valor calérico, as algas podem ser uma dtima fonte alternativa como nutriente para alimentagdo humana. As caractersticas mutracSuticas relacionados aos beneficios associadas ao seu consumo também tem sido alvo de investigagdo na pesquisa cientifica (FLEURENCE etal, 2012) ‘As propriedades nutricionais de algas so poucas conhecidas, em relagio as de plantas terestres, mas virios trabalhos tém mostrado que elas s30 pobres em li mas rico em proteinas, polissacarideos, minerais ¢ vitaminas (DARCY-VRILLON, 1993; DAWCZYNSKI et al, 2007; MABEAU e FLEURENCE, 1993) A fibra dietética esti relacionada a varios efeitos de promoséo da saide, tais como 0 erescimento © a protegdo da microbiota intestinal, redusio da. resposta slicémica, aumento do volume das fezes ¢ redugao. do risco de cdneer de e6lon. As algas apresentam um alto teor de polissacarideos, indigeriveis para 0 homem, Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 0. contribuindo para clevado conteiido de fibras dictéticas nas algas. O teor destas fibras varia de acordo com as cespécies de algas analisadas, apresentando uma média de 30 ~ 40% do peso seco (Mc ARTAIN et al, 2007; RUPEREZ et ai., 2010; TABARSA et al,, 2012). Santos ef al. (2012) avaliaram 2 composigio centesimal da alga Kappaphycus alvarezii © encontraram tum teor de 44% do peso seco em fibras, demonstrando um. alto potencial nutricional. Em outro estudo, Mota (2011) avaliou o potencial nutricional de trés algas marinhas Ulva fascinata, Gracilaria cornea © Sargassum vulgare coletadas do litoral da Bahia, sendo uma verde, vermetha © parda, respectivamente, Os resultados mostraram que a U. fascinata apresentava o maior teor de fibras (24%), @ G. cornea (25 %) € a S. vulgare (16%). Estes valores foram abaixo da média encontrada na maioria das algas, contudo a composisio centesimal de uma macroalga depende da espécie, ambiente e estagdes do ano, Carneiro et al, (2012) avaliaram © potencial rutricional (fibras) de duas algas vermelhas (Hypnea musciformis ¢ Solieria filiformis) coletadas no litoral do Ceari - RN - Brasil. O resultado obtido mostrou um, elevado conteido de fibras, 54% para H. museiformis e 49% para S. filiformis. Jé, Kadam e Prabhasankar (2010), demonstram que os polissacarideos de algas apresentam, ‘maior capacidade de retengio de égua (WHC) do que as fibras celuldsicas eo interesse em hidrocoloides de algas para a nulrigio humana devem-se a sua atuagdo como fibra dietética, Seus efeitos fisioldgicos estao intimamente relacionados com suas propriedades fisico-quimicas, tais, como solubilidade, viscosidade, hidratagio e capacidade de troca iénica no aparclho digestivo. 5, . 125 - 140, (Edigdo Especial) dezembro, 2013, arbara Monique de Freitas Vasconcelos & Alex Augusto Goncalves © teor de lipidios em algas € baixo (1-$%), cntretanto apresenta um clevado teor de fcidos graxos insaturados (PUFA). Isto & de grande importincia na alimentagio, pois os PUFA’s slo benéficos na alimentagio, sendo alguns essenciais ao metabolismo, © somente adquiridos através dos alimentos (PATARRA, 2008), Ven Ginneken et al. (2011) estudaram o perfil lipidico de nove espécies diferentes de macroalyas. Todas apresentaram baixo conteido ipidieo total, tendo a Ascophyllum nodosum e Fucus serratus 0s maiores wiveis © Caulerpa taxifolia © Sargassum natans os menores niveis, Com relagdo aos dcidos graxos polinsaturados 0 fcido palmitico se destacou, apresentando valores clevados em todas as espécies. A Ulva lactuca ainda apresentou valores elevados de émega 3 © 6. Ainda segundo 0 autor, os PUFA’S auxiliam na prevengio de doengas cardiovasculares Benjama et al, (2011) avaliaram a composigio centesimal de duas algas verdes em estagdes do. ano diferentes, um periodo chuvoso © outto seco. Eles observaram que 0 valor total de lipidios variou entre 2 a 8% do peso seco, sendo a estaglo chuvosa (inverno) aguela que possuiu um maior teor de lipidio. Indiando a influéncia das estagdes do ano na composigao das algas ‘A fragdo mineral de algumas algas corresponde a 36% do peso Seco total. AS algas pardas so conhecidas como uma fonte rica em iodo (mineral que ata no rmetabolismo de lipidios). As algas da familia das Laminaria sio a principal fonte © podem conter entre 1500 8000 ppm do peso seco total. Algumas algas sio importantes fontes de eélcio, 0 conteido deste mineral pode chegar até 7% do peso seco total (PATARRA, 2008), A alga Lithothamnium calcareum vern sendo bastante aplicada como fonte de suplemento de eélcio em rages animais. O esqueleto dela ¢ constituide de 95 — 99% de minerais, principalmente earbonato de eélcio e de fosforo. Ela pode ser usada na corresio e fertilizagio do solo, nutrigo animal ¢ humana © empregada na industria (MELO, 2006; GOETZ, 2008; COSTA NETO et al., 2010), 0 teor proteico das algas difere de acordo com @ espécie. As algas pardas possuem um contetido baixo, em. tomo de 5-15% do peso seco, enquanto as algas verdes & vermelhas apresentam valores entre 10-30% do peso seco. Os Acidos, aspartico © glutimico constituem a maior fragio de aminoécidos para a maior parte das alges, marinhas (PATARRA, 2008). Pires et al. (2012) determinaram a composigéo quimica da alga Gracilaria domingensis, uma rodoficea ¢ demonstrou que 0 teor proteico dela & de 17% do peso seco. Calado et al. (2012) compararam 0 potencial nutricional de duas rodoficeas © obtiveram como tcor protéico 17 € 16 % do peso seco, Benjama et al, (2011) estudaram duas algas verdes a Ulva pertusa ea Ulva intestinalis e descobriram que 0 teor proteico delas era semelhante as rodoficcas, clas apresentaram uma quantidade de proteinas em tomo de 14.¢ 19% do peso seco. Estudos realizados por Frikha et al, (2011) com quatro espécies de macroalgas diferentes evidenciam as diferengas nutricionais das trés divistes: Ulva rigida, Codium bursa (verdes), Ceramium — diaphanum (vermelha) e Cystoseira barbata (parda). A alga parda Chstoseira barbaca apresentou o maior nivel de lipidio 2,51% do peso seco) ¢ 0 um dos menores teores proteicos (5,60% do peso seco). A Ceramium diaphanum (alga vermelha) obteve 0 maior teor proteico (14% do peso seco). Mediante uma composigdo nutricional ampla, as algas so usadas como fonte de alimento em diversos paises do globo, seu consumo pode ser direto (consumo da, propria alga) ou indircto (consumo de compostos produzidos de algas). USOS DAS ALGAS Na alimentagio humana © consumo de algas na alimentagio humana é verificada desde 0 século IV, no Japio e séeulo VI, na China. Contudo, apenas a partir de 1930 foram, ccomercializados as primeiras algas processados, O Japio & lum grande consumidor (1,1 kg de alga seca/ano/pessoa) de algas marinhas devido a sua geografia que nio permite grandes plantagSes de vegetais. As algas vermelhas © ‘marrons sio as mais utilizadas para consumo humano. Os, géneros Laminaria, Porphyra, Durvillea, Sargassum, Chondrus so as mais conhecidas e aplicadas a culindria humana (Me HUGH, 2003; ROCHA er al., 2011), AAs algas aplicadas para alimentagdo humana sio provenientes, principalmente, de cultivo, uma vez. que a retirada destas poderia ocasionar um impacto ambiental grande. Segundo dados da FAO (2008) a produgdo ‘mundial de algas alcangou 16 milhGes de toneladas de peso vivo, deste total 93% foi de aquicultura. O mercado faturou um total de USS 7,4 bilhdes, sendo 65% vindos das indistrias de coloides, 30% da industria de alimentos e apenas $% de outras indiistias Na costa oeste dos Estados Unidos ¢ Canadé algumas compankias tem cultivado macroalgas onshore, fem grandes tanques, especificamente para consumo Jhumano, Este mercado tem erescido, além das exportagbes, para Japio, Além disso, muitos paises tem incorporado nas receitas 0 uso de vegetais marinhos (algas) (Me HUGH, 2003) Na Asia, a China 6 a grande produtora, © na Europa, a Noruega se destaca, O grande consumidor ‘mundial das algas marinhas para consume humano so os paises asidticos, com o Japio em primeiro lugar. Neste pais a tradiio de consumo de algas € , 200 grande que (MARFAING, 2011). No Brasil, em 2008 a Agéncia Nacional de Vigilancia Sanitéria (ANVISA, 2008) liberou © Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, . 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 Macroalgas e seus usos ~ alternativas para as indistrias brasileira, rogulamentou o uso de algas marinhas como alimento para seres humanos, podendo ser desenvolvido como cépsulas, tabletes ou comprimidos. ‘Além dos valores nutricionais-mencionados anteriormente, as algas possuem uma vantagem frente aos outros produtos marinhos, 0s baixas compostos, alergénicos, Somente um exemplo de choque anafikitico foi descrito apés consumo de ogo-nori, neste contexto 0 uso de macroalgas é uma altemativa aos produtos ‘marinkos com altos compostos alérgicos (NOGUCHI et al., 1994; FLEURENCE et al., 2012), Estudos tem apresentado que muitas docngas crénicas podem ser evitadas com a simples adigio de algas marinhas na alimentago, iste porque © consumo desses vegetais auxilia na excregio de metais pesados, elementos radivativos © toxinas do corpo, além de controlar a obesidade, O consumo dessas algas pode ser realizado na forma seca, como snack, salgadinhos de batata, com bifes, ou podem ser reidratados, cozinhados junto a outros alimentos como, por exemplo, no preparo de sopas ou ingeridos na forma de cdpsulas (PLAZA, CIFUENTES e IBANEZ, 2008; JUNGWIRTH, 2010). ‘As pesquisas tém demonstrado que as macroalgas presenta uma grande quantidade de compostos bioativos, como carotenoides, dcidos graxos e fitoesteroides, e essas, substncias tem apresentado efeitos benéficos a saiide com suas atividades —_antioxidantes,_antitumorais, anticoagulantes (CHANDINI, GANESAN e BHASKAR, 2008; LEE et al, 2008; NAGAI e YUKIMOTO, 2003) Segundo dados da Seafood’ (2008) as algas pardas, possuem um teor maior de compostos bioativos, dentre eles a fucoxantina, taninos © outros metabélitos (HOSAKAWA et al, 2006). ‘0 consumo de algas na alimentagdo humana pode ser realizado também por meio da introduglo de ccompostos funcionais oriundos dos “vogetais marinhos”, como os extratos de ficoeritina (RPE) que sio ricos em proteinase servem como corante para comidas. O processamento do extrato para produgio do corante vem. sendo realizado através da metodologia de ultrafiltragio fem membranas (FLEURENCE et al., 2012). As algas vermelhas possuem um alto nivel de pigmento proteico conhecido como R-ficceriting (RPE). A RPE é um mareador de mudanga sazonal, indicando 0 contetdo proteico naquela época, quanto’ maior a presenga, mais, proteina a alga apresenta. Este pigmento é bastante utilizado na Asia como corante de comida (GALLAND- IRMOULI et al, 1999; DENIS et al, 2010), ‘Apesar’ da antiguidade e’ no crescimento do consumo de algas marinhas 0 desenvolvimento de produtos para alimentagéo humana ainda é muito restrito, as pesquisas esto voltadas para a produgdo de novos firmacos, cosméticos e aditivos alimentares (Agar, ccarragenatos ¢ alginatos), tendo a indistria de alimentaso, ficado defasada. Algas de consumo humano Nori ou Porphyra spp. & uma rodofices amplamente produzida no Jap, Possuem valores elevados de protenas (30 ~ $0% do peso seco), 0 Teor vitaminico € alto e a variedade vitaminica também € clevada. bastante tlizada na produgio de “sushi, pode ser consumida ffita como um apertivo pode ser usado como avorizantes em sopas snack. Associada a iments adquire excelente sabor, além disso, ainda € aplicada na produgao de patés (MCHUGH, 2003). Aonor &representada por duas espécies de algas verdes: Monostroma spp. ©. A Monosiroma spp. & uma alga encontrada om ais e golfos do sudeste do Japio, 0 cultivo dela deve scr realizado om algas calmas, como bias e estutios. A Enteromorpha spp. esta espécie € encontrada naturslmente em baias © rios préximos 0 Tapio, além de ter sido encontrada na Europa © América do Norte. Ambas as algas possuem um elevado percentual de proteinas,aproximadamente 20% do peso seco. Outro ponto positive da composigio quimica é 0 teor de Vitaminas ¢ minerais, ambos apresentam um clevado conteido de fero calcio, ¢ vitamina A, sendo esta igual a0 teor encontrado no espinafre (MCHUGH, 2003) © consumo destas espécies pode ser realizado como flavorizantes, endo desta forma, apicadas seeas em arro7, principalmente. E muito aplicada também em sopas © saladas © batatas fits, principalments come condimentos, sendo bastante eonsumida m0. Tapio, E inerementada também em pratos quentes como yakisoba takoyaki © oskonomiyaki' JAPANESE FOOD, 2011; JAPANESE GLOSSARY, 2013) ‘A alga Rhodsmenia palmate conhecida como sol" ocorre principalmente na Islandia. Ela € coletada em ‘Agosto, época em que se enconira madura e prépria para consumo, O seu armazenamento € realizado em barrs apés serem secas, isto énecessério uma ver que a proxima coleta ocorrerd apenas no ano seguinte. Esta alga € consuma como tempero em peixes, podendo ser ingerida com lete ou com pio (HALLSSON, 1961) Kombu ou Haidai é o nome dado a mistura de algas do género Laminaria (L. longissima, L.japénica, angustata, [, coriécea ¢ I, ochotensis). Na China esse mix de Laminaria & denominado Waidai e no Japao Komba. A Laminaria € ume alga parda de ocorréncia natural na Repiblica da Coréia, condo o seu cultivo no & muito explorado devido a preferéncia dos coreanos por Wakame (outo tipo de alga). Os maiores cultivos deste tipo de alga estio no Japio ¢ China tendo o timo uma produtividade de 4 milhées de toncladas/ano, No Japio txiste uma grande tradigdo em consumir Kombu, isto porque a qualidade nutricional & muito boa, apresenta cerca de 10% de protcina brute, além de ser rica em rinerais (prncipalmente iodo) e vitaminas (complexo B), ¢ ter baixoteor de gordura (2%) (MCHUGH, 2003) (© kombu no consumo huumano pode ser realizado dle manciras diferentes, Na China ele &tradicionalmente cozinhado com sopas, sendo utilizado como tempero. No Tapio € bastante ‘consumida com pedagos de. salmio, podendo ainda ser incorporada a otras espécies de poixes Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, . 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 arbara Monique de Freitas Vasconcelos & Alex Augusto Goncalves © came bovina como flavorizante. A diversidade ainda abrange 0 uso com arroz ¢ outros cerais e na produgio de chis. Faz parte também de pratos comuns no Japio como nabe, kobumaki, © tsukudani (McHUGH, 2003; MARFAING, 2011, JAPANESE GLOSSARY, 2013) Hiziki & um alimento produzido com uma alga parda chamada de Hizikia fusiforme, & amplamente encontrada e coletada no Japo, porém seu cultivo & realizado na Repiiblica da Cordis. © teor de proteina, lipidio, carboidrato e vitaminas sio semelhantes a0 do Kombu, contudo algumas vitamines séo destruidas durantc’ © processo de sccagem. O conteide de ferro, cobre © manganés sio relativamente alto, sendo maior do que aqueles encontrado no Kombu (McHUGH, 2003). ‘© consumo do Hiziki & feito 2 partir da desidratagdo da alga no sol, contudo apresenta um sabor adstringente, principalmente devido aos taninos, para retirada deste composto a Hizikia & imersa em agua por 4- 5 horas juntamente com outra alga parda, posteriormente, € retirada da imersdo ¢ seca ao sol. Este produto final & chamado de hoshi hiziki, ele & comercializado seco em sacos escuros. Ele é degustado frito juntamente com feijao /ou tofu, pode ser apresentado com vegetais (McHUGH, 2003; JAPANESE GLOSSARY, 2013), Moruku (Cladosiphon okamuranus) & uma alga parda muito popular nas ilhas do sudeste japonés, principalmente Kagoshima © Okinawa, Ela ocorre naturalmente em Aguas subtropicais e & bastante cultivada em Okinawa. Para consumo ela tem 0 excesso de sal é usada como vegetal fresco © misturada a soja ¢ a saladas (McHUGH, 2003) Sea Grapes ou Caviar verde (Caulerpa Iemtilifera) so algas rmuito populares utlizadas_em saladas freseas, so cultivadas na Tha de Mactan nas Filipinas, o principal mercado consumsidor se encontra em Cebu e Manila, 0 restante & exportado para o Japio. A Ulva lactuca ou alface-do-mar & uma alga verde muito Uutilizada em queijos, saladas © wrap. Apresenta uma textura macia e flavour refrescante (McHUGH, 2003; MARFAING, 2011; MATSURI, 2010). Dulse (Palmaria paimata) & uma alga vermetha encontrada nas subsropicais, —principalmente préximo ao Canada. Ela é rica em ferro ¢ contém tragos de clementos essenciais a nutrigio humana, 0 teor de vitaminas presentes é maior do que em alguns vegetais terrestres como espinatie. O cultivo desta 4gua é realizado cm tangues nos proprio Canad. (McHUGH, 2003). A Dulse € comervializada apds remogio de sal € desidratagdo. E bastante utilizada em salgadinhos de milho, em snack, coquetéis © saladas. Tem um sabor parecido com crusticeo, ¢ um flavor doce, o cozimento & ripido (MARFAING, 2011) Kanten uma alga vermelha rica em agar, ela & comercializada seca ¢ em blocos (Figura 9). Atua como um agente gelificante © € ideal para fazer gelatinas para vegetarianos. Deliciosos doces podem ser produzidos se misturar sucos de frutas com o Katen, & consumido também com vinagre de arroz, soja © doces (JAPANESE GLOSSARY, 2013) Est tipo de alga vem sendo bastante aplicada na dictoterapi, uma vez que égar-igar poss uma grande quantidade de fibras soliveis, aumentando seu volume quando absorve Agua, desta forma aumenta a sensagdo de saciedade por mais tempo (KIJAMA ct al., 2013). (© wakame (Undaria pinnaifida) & wma alga parda com ciclo de vida anual cultivada principalmente pela Coréia, Ela apresenta clevado teor de fibras, baixo Conteido de lipidios © apresenta uma. quantidade de vitaminas semelhante as outrasalgas, porém tem destaque para o tcor de vitamina B que € alto. £ muito ufilizada para aromatizar ostras ¢ apresenta um sabor excelente {quando misturado com produtos marinados e gua de coco (McHUGH, 2003) (© wakame pode ser consumido lavado © seco, sendo denominado de subash’ wakame, pode também ser misturado a cinzas de elevada alcalinidade para inaivar algumas enzimas indesejéveis que podem levar a uma degradagio mais répids, Posteriormente, € lavada com gua do mar © seca, neste caso. tense 0 produto conecido como haiboshi wakame. E usado também em Sopas, saladas, juntamente com soja ou consumidas em pequenos pedagos. E aplicada na produgio de picles © flavorizante em arroz, além disso. ainda pode ser consumido refogado juntamente com molho shoyu (McHUGH, 2003; SAYURI, 2010; MARFAING, 2011), Prabhasankar et al (2009) desenvolveram um macartio a base de wakame, visando incrementar as Gqualidades nutricionais das macroalges na alimentasio humana, Eles misturaram o wakame seco em diferentes concentragées durante a produgéo domacanio © avaliaram algumas qualidades nutricionais © sensors, cles observaram que 0 teor protcico © de fibras aumenaram a concentragio de 20%, ¢ a qualidade Sensorial avaliada foi aprovada na concentragao de 10%, sendo um entrave ao desenvolvimento do produto, pois 3s propriedades funcionais.melhoradas eo sabor mais agradével ficaram em concentragses diferentes, contudo 0 autor afirma que 0 estudo foi um sucesso, abrindo caminhos pare outras pesquises na dea Trish Moss (Chondrus rispus) & um alga vermelha muito consumida na Europa para alimentasio, contdo sus aplicasio no & direto, cla & bastante usada para produgdo de carragenatos ¢ estes sio apicados como flavorizantes em pudins, doces, sopas, sashimi, e saladas (McHUGH, 2003) Ogo ou Ogonori (Gracilaria spp.) € uma rodoficea bastante utilizada no Hawaii para produsdo de saladas, assim como as outras algas vermelhas possui um alto teor de proteinas. Ela & cultivada em tangues no Hawaii também em mar aberto no nordeste do Brasil. muito utilizada para extragao de Agar e produgio de gcleis, gelatinase doces. Por apresentar propricdades afrodisiacas, ¢ também usada na fabricagdo de bebidas no alcodlicas (McHUGH, 2003; MARINHO-SORIANO, 2011), Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, . 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 Macroalgas e seus usos ~ alternativas para as indistrias brasileira, ‘A alga Himanthalia elongata ou espagucte do mar é uma alga parda, rica em iodo, apresenta essa denominagdo devido a sua forma alongada semelhante a lum espaguete, possui textura forte e apés cozimento fica ‘mais suave. E muito consumida com feo francés ¢ pode ser cristalizada em agiicar ¢ usada em produtos doces, como bolos e chocolates (MARFAING, 2011). Seaweed solution & detivada de Agar-agar, um pé produzido por fervura, secagem © moagem de uma variedade muito de alga. Ele pode ser utilizado como um, substituto de baixas calorias para alimentos sélidos para controlar o seu apetite quando preparado adequadamente © consumide como um liquide quente (Site da SEAWEED SOLUTION, 2010). ‘0 ché de Seaweed Solution Original & preparado fervendo-o em Agua ¢ aromatizando com folhas de alge Quando deixada arrefecer vira solide e pode ser armazenada, reaquecido e consumidos durante varias, semanas apés a preparagio inicial. Quando consumido assume caracteristicas semelhantes a comida sélida versus, tuma bebida liquida, A sensagdo que se tem depois de beber € muito semelhante ao sentimento que vocé tem, depois de comer uma grande refeigdo, no entanto perdura por mais horas, devide ao alto teor de fibras, sendo, portanto bastante utilizado como emagrecedor (SEAWEED SOLUTION, 2010). Faria (2012) avaliou a aplicago de extratos de diferentes algas marinhas para establizar e flavorizar 0 azeitede oliva. As algas utlizadas foram a Nori (Porphyra umbilical.) ¢ alga Kombu (Laminaria japsnica). O autor analisou a estabilidade oxidativa ¢ avaliou o produto final, sensorialmente e concluiu que nao ouve modificagdes na oxidagdo do azcite suplementado com extratos de algas, © com relagio a accitagdo dos provadores todos tiveram ‘uma boa aceitabilidade, sendo aquele suplementado com, ‘Nori, o melhor resultado. ‘Muitos alimentos tém sido desenvolvides visando uma methor aceitagdo do consumo de algas pela populagio ocidental, contudo ainda no é suficiente, ‘muitos produtes ainda podem ser inventados ¢ novas pesquisas realizadas buscando mais. compostos. ‘mutracduticos 4 base de macroalgas matinhas, ALGAS NA ALIMENTAGAO ANIMAL ‘A came ¢ seus derivades so considerados um componente vital de uma dicta saudivel ¢ importantes fontes de proteinas, vitaminas, minerais e oligoelementos. Nos iiltimos anos, 2 confianga do consumidor na came tem sido prejudicada por uma série de problemas de satide relacionados com 0 consumo de came, por exemplo, a gordura saturada e colesterol e os associados risco de docnga cardiaca, cncer, obesidade. Demanda do consumider aumentou para care mais saudavel, (TOLDRA & REIG, 2011). ‘A obtengdo de alimentos funcionais é baseado na digo de nutrientes funcionais que possuem compostos, bioatives com ages antioxidantes, antinflamatérias, anticancerigenas, antidiabéticas, entre outros. Existem varias estratégias para tomar produzir earne funcional, pode-se suplementar a ragio diretamente com fonte do nutriente funcional, ou ainda extrair © nutrients ¢ aplicé- Io, (MORONEY, 2012; KHAN et al,, 2011) Estudos jé demonstraram que a suplementagdo de dictas de porcos com extratos de plantas com potencial, antioxidativo diminuiu @ oxidagdo lipidica, melhorando a qualidade da came, outros autores obtiveram os mesmos, resultados com aves (ASGHAR ef al, 1991; TANG, KERRY, SHEEHAN, BUCKLEY, & MORRISSEY, 2001), |As macroalgas possuem um grande potencial antioxidante, além de caracteristicas nutricionais, excelentes, 0 alto teor de fibras ¢ proteinas, aliadas a0 baixo conteiido lipidico, as tormam candidatas para produsio de carne mais saudavel. As macroalgas pardas, (Phacophyta) —apresentam —_diversos._ compostos. antioxidantes, como cide ascérbico, _tocoferdis,, ccatequinas, entre outros, devido a isso vem sendo estudada a aplicagZo delas para suplementagZo na dieta de vérios, animais, visando uma melhoria na produgdo animal, com 4 incorporagio de compostos bioativos nos mésculos € tecidos destes animais (ZUBIA, 2009; ODOHERTY er al,, 2010; GUPTA & ABU-GHANNAM, 2011) Carlos ef al. (2011) avaliaram 0 uso da Lithothamnium caleareum em frangos de corte, Os autores adicionaram a alga para aumentar a quantidade de céleio na fase inicial (1-21 dias) e na fase de crescimento (21-42, dias) e analisaram nas duas fases © no periodo total. Os resultados obtidos demonstraram que na fase inicial nao hhouve ganho de peso ¢ na fase de crescimento € periodo {otal no houve alteragdes significativas, demonstrando que 0 uso pode ser intvoduride, mediante anilise de viabilidade econdmica. © uso da alga marrom Ascophyllum nodosum para suplementagdo de tilépias do vem sendo estudado. Pesquisas tem demonstrado que a inclusio de algas na dieta de alevinos no pode ser superior a 1%, pois acima disso a digestibilidade fica comprometida, nao tendo diferengas nos parimetros de desempenho zootécnico (ALVES-FILHO et al., 2011). Garcia © colaboradores (2009) avaliou_ 0 desempenho zootéenico de tilipias com um suplemento alimentar (Ergosan) 4 base de algas —marinhas (Ascophyllum nodosum ¢ Laminaria digitata), estas algas, sio ricas em compostos antioxidantes, além do alto teor de fibras insoliveis. Os autores observaram que o ganho de peso e o consumo da ragio melhoraram com a adi¢ao das, algas, sendo, portanto recomendadas para uso em campo. Neste experimento nio foi realizado uma andlise da came do peixe, apés suplementagdo com algas, possivelmente houve alteragdes nutricionais, wma vez que as algas sto fonte de proteinas e de acidos graxos da série mega Segundo Berberian e Lenci (1983), 2 utilizagdo do Lithothamnium calcareum come suplemento mincral Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, . 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 arbara Monique de Freitas Vasconcelos & Alex Augusto Goncalves na alimentagdo de cavalos P.S.L revelou-se um excelente corretivo mineral e organico, melhorando e aumentando & disponibilidade biolégica dos nutrientes existentes na ragdo. Os mesmos autores Lenci ¢ Berberian (1984) cstudaram cinco casos de fraturas ésseas em cavalos P.S.1 de corrida no Jockey Club de Si0 Paulo-Brasil © observaram que os animais alimentados com a farinha de algas tiveram uma recuperago mais rapida, Em pesquisa com ratos, Assoumani (197) relatou que a farinha de algas ‘caledreas apresentou vantagens em relagdo ao caleario no crescimento do osso ‘mur ¢ na biodisponibilidade de célcio, sugerindo que provavelmente a concentragio de magnésio ea porosidade da alga seriam os responsdveis por estas diferengas, j4 que fa farinha de algas apresenta porosidade (40%) que propicia maior superficie especifica de atuagéo. Melo etal, (2004), relataram que para bovinos de corte, a utilizagdo de 10% de farinha de algas calcéreas em substituiggo 4 mistura mineral comercial, promoveu aumento de 26% no ganho de peso dos animais. Cedro © colaboradores (2011) utilizaram algas marinhas © éleo de peixe para enriquecerem ovos de galinha com émega 3, Eles adicionaram uma suplementagdo de 1,5% dos componentes da dieta com, farinha de algas e 1,8% com éleo de peixe, posteriormente avaliaram & composigio nutricional do ovo © determinaram © perfil lipidico demonstrando um, enriquecimento de Gmega 3 nos ovos postos pelas poedeiras alimentadas com algas e éleo de peixe. ALGAS NA INDUSTRIA QUIMICA A’ indistria quimica utiliza as macroalgas principalmente devido a suas excelentes propriedades fisico-funcionais (espessante, gelificante e estabilizante. Melhoram a textura, controlam a viscosidade e a textura de doces © sobremesas, além de atuarem como aglutinantes © estabilizadores na indiistria de processamento de carne para a fabricagio de salsichas © hambirgueres com baixo tear de gordura, Sto aplicadas, também, pela indéstria farmac€utica como excipientes em comprimidos (CABRAL, 2011), ‘As algas vermelhas so eficientes na produgo de polissacarideos sulfatados, como as carragenas © agar que chegam a representar mais de 70% do seu peso e tém, razodvel valor comercial (VAN DEN HOEK, MANN e IAHNS, 1997) Carragenas so _polissacarideos _sulfatados lineares de D-galactose e 3,6-anidro-D-galactose extraidos, de cortas algas vermelhas da classe Rhodophyceac. Tém sido amplamente utilizados na industria alimenticia, como espessante, geleificante e proteina-agente de suspensio, © pela indistria farmacéutica como exeipiente em, comprimidos. Além das atividades biol6gicas conhecidas, relacionadas com infl amagio © respostas imunes, cearragenas so potentes inibidores dos virus da herpes ¢ do papiloma humano (HPV) e ha indicios de que possam oferecer alguma protegdo contra a infecgo pelo virus da imunodefi ciéncia humana (HIV) (CAMPO et al, 2009), ‘0 hidrocoloide carragena é usado na produgdo de alimentos, principalmente pelas indistrias de laticinios (iogurtes, sorvetes, achocolatados) e embutidos (salsichas, presuntos), para a fabricagdo de gelatinas © geleias, € como espessante em molhos e sopas (VIDOTTT e ROLLEMBERG, 2004). Também apresentam diversas. aplicagdes em indiistrias nfo alimenticias (tintas, texteis € perfumes) © farmacéuticas (produtos anticoagulantes © antiinfl amatérios) (ARMISEN, 1995), No grupo produtor de carragenanas a tnica cespécie nativa possui interesse comercial & Mypnea musciformis, espécie de larga distribuigio em todo 0 litoral brasileiro, com as melhores cepas © bancos mais, significativos na costa nordeste. Contudo a macroalga Kappaphycus alvarezil tem sido cultivada em larga escala para suprir as indGstrias alimenticias de carragena, Varias, atividades biolégicas tém sido descritas para a carragena, fais como. antitumoral, antiviral, anticoagulant imunomodulatéria (ZHOU er al, 200; ZHOU et al.2005), © agar & um biopotimero da classe dos polig alactanos que surge como um material intracelular em v frias espécies de algas vermelhas (Rhodophyta). As algas produtoras de gar (agar6fitas) encontram- se nas familias Gracilariaceae, Gelidiaceae, Phyllopho raceae © Ceramiaceae (STEPHEN, 1995). O gar compreende-se de duas fragdes: a agarose ea agaropectina, sendo considerada uma mistura complexa de polissacarideos. A agaropectina possui baixo poder de gelificagdo, ja a agarose & um componente geleificante (FERRARIO & SAR, 1996), ‘© agar & insoldvel em gua fria mas facilmente s oliivel em agua quente (95 ~ 100°C), Por arrefecimento _dasolugio, forma se um gel, Uma vez formado o gel, € necessirio um reaquecimento até temperatura mais clevada para se da a sua fusio (STHEPEN, 1995). A extragio do ficocoloide ‘gar pode ser realizada fem condigdes dcidas ou bésicas ou neutras, dependendo do tipo de alga e/ou qualidade final que se pretende para 0 produto, No caso da Gracilaria, um género de algas tipicamente eo mlevado teor em —_sulfatosé necessério efetuar um pré= tratamento em meio alcalino, antes da extrago. Este trata mento é feito com o intuito de eliminar grupos sulfatados eaumentar contetido em 3,6-anidrogalactose (SOUSA, 2008), © gat, a0 contrétio dos carraginatos, ndo necesita de sais para gelificar jé que o faz por si mesmo, (6 que supde um contetido em cinzas muito menor do que outros agentes gelificantes. A digestio do gar no tato intestinal &, assim, mais fécil © menor a acumulagio de cinzas, Em produtos de baixo tcor em agiicares, 0 gar & uum perfeito substituto das pectinas, uma vez que a forga de gel das pectinas aumenta em presenga de céleio ou agucares durante a dissolugo (IBERAGAR, 2010), Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, p. 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 Macroalgas e seus usos ~ alternativas para as indistrias brasileira, O gar, proveniente de algas, é muito utilizado na confecgio de gelatinas por se tratar de um tipo de fibra que nao & digerido e tem propriedade laxativa. A preparagdo de gelatina com agar se solidifica mais rdpido que a gelatina de origem proteica (origem animal) ¢ mantém a consisténcia s6lida em temperatura ambiente, Por isso esti sendo muito utilizada em recheios de tortas, coberturas, glacés, merengues, confeitos e produtos enlatados de carne, em fungdo de suas propriedades coloidais e geleificantes (ORNELLAS, 2006). Outras aplicagdes industriais incluem adesivos e tintas. O agar de média qualidade ¢ cmpregado como substrato em meios de cultura bacteriologicos. Também, sdo importantes na indéstria médica e farmacéutica para a fabricagdo de supositérios, cépsulas e anticoagulantes. Os tipos mais purificados, ou seja, as fragdes neutras chamadas de agarose sdo usadas para separagio em técnicas de biologia molecular (eletroforese, imunodifusao cromatografia em gel) (CARDOZO et al., 2007). © alginato & um polissacarideo presente nas paredes das algas pardas, sendo os géneros Laminaria Sargassum as que apresentam maiores teores. Este polissacarideo é responsével pela rigidez ¢ flexibilidade da parede celular,compreendendo aproximadamente 40% da matéria seca destes organismos (GARCIA-CRUZ; FOGGETTI c SILVA, 2008). A gelificagao do polissacarideo € muito ripida ¢ ‘ocorre quando gotas de uma suspensio formada por células ou enzimas e alginato de sédio siomisturadas com ‘uma solugo de ions formadores de gel, geralmente Ca" ( MORENO-GARRIDO, 2008), 0 uso de alginatos é amplo pode ser aplicado ‘como revestimento de alimentos para diminuir a oxidago, aumentando a vida de prateleira (PIZATO et al., 2013), além disso, a indistria de alimentos utiliza em sorvetes, produtos lacteos e misturas para bolos. O alginato encontra aplicagées também na indistria de bebidas, onde & utilizado para melhorar as caracteristicas sensoriais destes produtos. Em cervejas estabiliza a espuma e na claborag de sucos pode ser utilizado para manter os cconstituintes da mistura em. suspensio (ALGINATOS, 2013). ‘A industria téxtl utiliza o alginato para melhorar (© desempenho das tintas utilizadas nos processos de impressio favorecendo a aderéncia e a deposigio destes ‘materiais sobre os tecidos. Na indiistria de papel a adigao de alginato permite que as propriedades para impressio estes materiais também —melhorem, —Aplicagdes, inovadoras estio sendo estudadas como a produgio de biofilmes para alimentos reestruturados, diminuindo a oxidagio destes (ALGINATOS, 2013), Os alginatos so conhecidos como indutores de resposta imune no especifica a uma série de patégenos, ¢ desta forma, capazes de fortaleccr os sistemas de defesas naturais dos peixes a manejos estressores (BAGNI et al., 2005). © ergosan® & um extrato obtido das macroalgas, marinhas Laminaria digitata © Ascophyllum nodosum rico em alginato muito utilizado na produgdo animal (SCHERING-PLOUGH Animal Health Corp, 2009). OUTROS USOS ‘As macroalgas marinhas apresentam outras diversas aplicagées para a indistria. Elas podem ser aplicadas como fertilizantes, no tratamento de efluentes, no desenvolvimento de novos cosméticos, biodiesel & ainda como controle de pragas na agricultura (McHUGH, 2003), Redugo dos impactos ambientais negativos associados @ aquicultura atividades & fundamental para assegurar a sustentabilidade a longo prazo do setor. Uma solugdo € © aumento do uso de sistemas terrestres de recirculagdo de aquiculture (TROELL ef ai., 2003). No entanto, @ acumulagdo de residuos nitrogenados & uma importante desvantagem de sistemas de recirculagdo, tais residuos so normalmente excretados pelas espécies cultivadas na forma de aménia, © esta extremamente téxica aos organismos marinhos (RANDALL e WRIGHT, 1987; WOOD,1958; WRIGHT, 1995; RANDALL ¢ TSUI, 2002; THURSTON e RUSSO, 1983), ‘Visando solucionar este problema pesquisadores iniciaram a busca por biofiltros, e viram nas macroalgas um grande potencial, desde entao clas comegaram a ser estudadas € os resultados estio sendo. surpreendentes, Varias pesquisas jd demonstraram resultados positivos, como por exemplo, com as algas Gracilariopsis bialinae, a Ula rigida, a Sparus aurata, a Ulva lactuca L, a S. auraia, a Palmaria mollis, a Haliotis rufescens ¢ a Haliotis tuberculata (ALCANTARA et al., 1999; RAMAZANOV ¢ GARCIA-REINA, 1994; ELLNER ef al,, 1996; EVANS ¢ LANGDON, 2000; NEORI et al., 1996, 1998, 2000, 2003), Todas elas apresentaram significativa redugdo de nitrogénio na Sgua apés filtracdo. ‘Outra aplicagdo das macroalgas é a sua utilizagio como fertilizantes na agricultura, elas so utilizadas como fertlizantes na agricultura ha varios séculos, destaque para as regidcs litordneas do hemisfério Norte. Entretanto, no século XX, somente nos anos 50 passaram, 1 ser comercializadas com objetivos de melhorar a taxa de germinagio de sementes, crescimento do sistema radicular, produgdo de flores, futificago © indugdo de resisténcia a pragas e doengas, e estimular as respostas as condigdes de estresse, principalmente o hidrico (NORRIE, 2008), Em alguns paises, algumas espécies de algas sio comercializadas com foco bioestimulante e fertlizante, na forma seca ou de extrato liquide. Sua agio permite 0 aumento da resisténcia das plantas a docngas, estresse hidrico © geadas (STADNIK, 2003), E possivel citar as espécies Fucus spp., Laminaria spp., Sargassum spp. € Turbinaria spp., utilizadas como bioestimulantes na agricultura (HONG et al., 2007), A Comunidade Europeia, faz uso frequente de produtos comerciais & base de extrato de algas para aplicages foliares ou no solo, em sistemas Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, . 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 arbara Monique de Freitas Vasconcelos & Alex Augusto Goncalves arginicos ou convencionais de produgio (MASNY et al, 2004) ‘As macroalgas possuem em sua composigdo, nutrentes, aminodcidos, vitamins, citocninas, auxinas ¢ ‘icido abscisico (ABA) que atuam como promotores do desenvolvimento vegetal (STIRK et al, 2003), Algas tarinhas possuem atividade direta na proteydo vegetal contra ftopatégenos, também promovem a produgao de moléculas bioativas capazes de induzir a resistencia nos vegetais (TALAMINI; STADNIK, 2003) A espécie Ascophyllum nodosum (L.) Le Jols 6a mais pesquisada na agricultura (UGARTE et al, 2006). Sea, batato possul “e, propricdade de. estivular 9 crescimento vegetal devido a sua composigdo rica em macro © micronutrentes, carboidratos, aminoscidos © horménios vegetais proprios da alga (ANASAC, 2006). (0 uso de produtos comercais & base de extrato de algas & frequente na Comunidade Europeia, sendo indicado inclusive para o sistema orginico (MOGOR et a1, 2008), No Brasil, o uso de extrato de alas & permitido como bioferilizante ou condicionador de solo, sendo também utlizado na alimentagdo de animais (MAPA, 1999), Seu uso como agente complexante om formulagdcs fertilizantes & regulamentado pela Insirugio Normativa 64 de 18/12/2008 (MAPA, 2008). Na agricutura, seu uso € indicado como bioferilizante, bioestimulante c/ou fitoprotctor, na_forma seca ow de extratoliguido (STADNIK, 2003) Silva (2011) verificou que a apicagio de extrato de alga Ascophylium nodosum, promoven aumento de produtividade nas eultivares de morango testadas sendo Aplicadas via solo © foliar, as caracteristicas fisico- uimicas também apresentaram um aumento significativo quando aplicado os exirtos, Koyema et al. (2012), também relatam 0 potencial biofetlizante da Ascophyllum nodosum onde foi avaliado 0 efeito do extrato da alga no desenvolvimento do. tomateiro (Lycopersicon esculentum), onde verificou-se que a dose de 0.3% de extrato de alga em cultivo protegido ea campo, splicados a cada quinze dias proporcionou 0 aumento da produsio, sem alter as caracterstcas dos frutos eo erescimento vegetativo da planta, Estudos apresentado por Silva et al. (2012), trabathando com doses de Ascophyilum nadasum em mudas de couve-folha verificow que a aplicagio de 3,80 mL. L” do extrato apresentou um — melhor desenvolvimento inical das mudas ée couve ‘As macroalgas marinhas, por estarem sujcitas a numerosas intragdes biolégicas e, por vezes, a condigdes abisticas extremas, desenvolveram, entre outros mecanismos de defesa, a capacidade de produzir substancias biologicamente ativas, Assim, esses, organismos produzem, principalmente, terpenos e fendis. Entre outras, a atividade antifingica, por sua importincia na satide humana e animal ¢ na preservagio de produtos agricolas, tem sido objeto de diversos estudos. Peres et al. (2012), verificaram a atuagio de extratos de 10 diferentes espécies de algas sobre 0 crescimento de 2 fungos 0 Colletotrichum lagenarium ¢ Aspergillus flavus, onde os estratos de 6 das espécies eestudadas inibiram 0 erescimento do C. lagenarium, Outro estudo que apresenta o potencial fitopatogénico das algas €0 de Araijo, Peruch e Stadinik (2012), onde verificaram 08 efeitos dos extratos de alga Ulva fasciata para controlar altemariose causada por Alternaria porri em cebolinha (lllium fistulosum), percebeu-se que seu uso conjunto com argila silicatada auxiliara no controle da doenga ¢ no ineremento da produtividade da cebolinha, PERSPECTIVAS FUTURAS ‘As pesquisas com macroalgas devem ser intensificadas, a descoberta de novas espécies, © conhecimento da fisiologia, bioquimica e fitoquimica devem ser priorizados. A partir do momento em que a fisiologia 6 clucidada o cultivo 6 facilitado e desta maneira, tem-se a possibilidade de explorar o recurso sem destruir fs bancos natura. ‘A produsdo de novos alimentos com nutrientes funcionais, principalmente para os humanos ¢ uma questdo em alta atualmente, ¢ as algas tem esse potencial, pois suas catacteristicas nutricionais sio excelentes e se enquadram perfeitamente na busca atual, baixo teor de lipidios © elevado conteido de fibras © proteinas. As pesquisas ainda so poueas, contudo ¢ uma linha de trabalho a ser explorada e dada a devida importincia. ‘A produgo animal tem procurado cada vez mais alimentos que methorem 0 desempenho Zootéenico © as algas tem se mostrado uma altemnativa eficiente, inicialmente como fonte de céleio ¢ mais recentemente como fonte de proteinas ¢ fibras Novos farmacos e agentes antimicrobianos estio sendo estudados, possivelmente no futuro tenhamos medicamentos com prineipios ativos extraidos de algas marinhas, 0 biocombustivel & um ramo em exploragao,, contudo as microalgas tem dominado esta linha, ‘A indistria de desenvolvimento de_produtos alimenticio para humanos € a mais promissora, a ausneia, de produtos priticos a base de algas so escassos ou inexistentes, © tem todo um mercado a espera dos beneficios das macroalges, portanto € importante os, avangos neste ramo, © litoral brasileio apresenta uma grande diversidade de macroalgas, e poucas sio as pesquisas com relaglo ao potencial destes vegetais marinhos. As aplicagdes so diversas, reas diferentes podem vir a utilizar os beneficios das algas. ‘A produgio de cosméticos, a utilizagiio nas indistrias quimicas para retirada dos ficocoloides j sio uma realidade, contudo diversos setores ainda exploram, pouco as algas marinhas, como € © caso de alimenticio, so restritos aqui no Brasil os produtos de alas Revista Verde (Mossoré — RN - BRASIL), v.8, 9.5, p. 125 - 140, (Edigio Especial) dezembro, 2013 Macroalgas e seus usos ~ altemnativas para as indistrias brasileiras, ‘As cigncias agririas vém se destacando © tem estudado a utilizagdo das algas para a produgio animal, seja no intuito de melhorar 0 produto final, ou no desempenho do rebanho. A agronomia também tem bbuscado no mar novas fontes de compostos bioativos ccapazes de inibir pragas ¢ doengas que acometem diversos cultives, Portanto, as algas possuem um potencial enorme que & subexplorado no Brasil, pesquisas de cultive de outras algas, fora a Graciléria devem ser realizados para que se possa utilizar todas os recurso que a natureza disponibiliza, de forma correta ¢ sem agressio a0 meio ambiente, ERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AHN, CB; IEON, YJ; KANG, DS. SHIN, TSs JUNG, BM. Free radical scavenging activity of enzymatic extracts from a brown seaweed Seytosiphon lomentaria by electron spin resonance espectrometty. Food Research International, v. 37, p. 253-258, 2004, ALCANTARA, LB, CALUMPONG, HP, MARTINEZ-GOS, MR, MENEZ, E.G., ISRAEL, A. Comparison of the performance of the agarophyte, Gracilaria bilaine, and the milkfish, Chanos chanos, in _mono- and bi-culture, Hydrob. 398/399, 443-453, 1999, ALGAS VERDES (2012). caracteriza? Disponivel - 29 ago. 2013. 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