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Processo Legislativo Geral
Processo Legislativo Geral
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CÓDIGO:
230419178713
DIOGO SURDI
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Processo Legislativo
Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Teoria Geral do Processo Legislativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Conceito e Espécies de Processos Legislativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Sessões Legislativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Proposições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Princípios Gerais do Processo Legislativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2. Emendas à Constituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1. Fases da Emenda à Constituição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2. Limitações à Proposta de Emenda à Constituição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Medidas Provisórias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1. Características Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2. Tramitação da Medida Provisória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3. Resultados Possíveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.4. Medida Provisória em matéria tributária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4. Decretos Legislativos e Resoluções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5. Processo Legislativo das Leis Ordinárias e Complementares. . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.1. Iniciativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2. Deliberação e Votação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.3. Sanção ou Veto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.4. Promulgação e Publicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6. Leis Delegadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
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Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos a Teoria Geral do Processo Legislativo, conhecendo as
diversas espécies de processos e formas de tramitação. Após, conheceremos o fluxo a ser
observado para cada uma das espécies normativas admitidas em nosso ordenamento jurídico.
Grande Abraço a todos e boa aula!
Diogo
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Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
O processo legislativo especial é utilizado para as matérias que contam com algum
tipo de peculiaridade, tal como o quórum de aprovação ou a análise pelas duas Casas
Legislativas. Como exemplo, temos o rito estabelecido para as Medidas Provisórias e para
as Emendas à Constituição.
Por fim, temos o processo concentrado, que é o que ocorre quando as duas Casas
Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) se reúnem para analisar uma
matéria de forma conjunta. Como exemplo, temos as matérias orçamentárias e os
vetos presidenciais.
Processo Característica
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Processo Legislativo
Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
E como será que ocorrem as sessões legislativas extraordinárias? Será que todos os
parlamentares são convocados para deliberar sobre determinadas matérias?
De forma alguma! Nas sessões extraordinárias, o Congresso Nacional conta com uma
comissão representativa, que exercerá, de acordo com a proporção de parlamentares, as
funções do Poder Legislativo no período de recesso.
Ao longo do processo legislativo, tanto o Congresso Nacional quanto as respectivas
Casas (Câmara de Deputados e Senado Federal) poderão ter comissões permanentes e
temporárias, que serão constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo
regimento ou no ato de que resultar sua criação.
Uma destas comissões temporárias é a Comissão Representativa do Congresso Nacional,
conforme previsão do artigo 58, §4º, da Constituição Federal:
Art. 58, § 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional,
eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas
no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária.
Art. 2º A Comissão Representativa do Congresso Nacional será integrada por sete senadores e
dezesseis deputados, e igual número de suplentes, eleitos pelas respectivas Casas na última
sessão ordinária de cada período legislativo, e cujo mandato coincidirá com o período de
recesso do Congresso Nacional, que se seguir à sua constituição, excluindo-se os dias destinados
às sessões preparatórias para a posse dos parlamentares eleitos e a eleição das Mesas.
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1.2. PROPOSIÇÕES
De acordo com a Constituição Federal, o processo legislativo compreende a elaboração
de uma série de normas jurídicas.
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Diogo Surdi
De acordo com a Constituição Federal, três são as situações que dão ensejo
à iniciativa do projeto de emenda à Constituição:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
Propostas de emenda à
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Constituição
Destas situações, duas delas poderão ter a tramitação iniciada no Senado
Federal, sendo elas:
a) a proposta apresentada por um terço, no mínimo, dos Senadores;
b) a proposta apresentada por mais da metade das Assembleias Legislativas
das Unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros;
Os projetos compreendem:
a) o projeto de lei, referente a matéria da competência do Congresso Nacional,
com sanção do Presidente da República;
b) o projeto de decreto legislativo, referente à matéria da competência exclusiva
Projetos
do Congresso Nacional.
c) o projeto de resolução sobre matéria da competência privativa do Senado.
d) o projeto de lei de consolidação, que pode ser oferecido por qualquer
Senador ou comissão;
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Art. 412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa
das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas, respeitados
os limites regimentais;
II – modificação da norma regimental apenas por norma legislativa competente, cumpridos
rigorosamente os procedimentos regimentais;
III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão
de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal, resguardado o
quórum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;
IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
V – prevalência de norma especial sobre a geral;
VI – decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os princípios gerais de Direito;
VII – preservação dos direitos das minorias;
VIII – definição normativa, a ser observada pela Mesa em questão de ordem decidida
pela Presidência;
IX – decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas estabelecidas neste Regimento;
X – impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido;
XI – pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores seu
devido conhecimento;
XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos neste Regimento;
XIII – possibilidade de ampla negociação política somente por meio de procedimentos
regimentais previstos.
Art. 413. A transgressão a qualquer desses princípios poderá ser denunciada, mediante questão
de ordem, nos termos do disposto no art. 404.
Parágrafo único. Levantada a questão de ordem referida neste artigo, a Presidência determinará
a apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos
registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.
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2. EMENDAS À CONSTITUIÇÃO
A Constituição Federal pode ser entendida como a norma suprema de um Estado. É
por meio das disposições constitucionais, desta forma, que todos os entes federativos
encontram o fundamento para a edição de suas normas.
Consequentemente, a Constituição Federal ocupa o topo da relação hierárquica
estabelecida com as demais normas jurídicas, que, por isso mesmo, não podem estabelecer
regras contrárias ao texto constitucional.
Por isso mesmo, a Constituição, para sua emenda, exige um processo mais dificultoso,
por exemplo, do que aquele utilizado para a edição ou alteração de uma lei ordinária.
Quando estivermos diante de um projeto de emenda à constituição, o que estará sendo
utilizado é o poder constituinte derivado reformador.
Este poder se diferencia, por exemplo, do originário, que é o que estabelece a própria
Constituição e cria o ordenamento jurídico como um todo.
Ao passo que o poder constituinte originário é inicial, autônomo, incondicional e
ilimitado, o poder constituinte derivado, em sentido diverso, se caracteriza por ser derivado,
condicionado, limitado e subordinado.
Sendo assim, sempre que for apresentada uma proposta de emenda à Constituição, o
procedimento deverá atender a uma série de requisitos, limites e peculiaridades, conforme
passa-se a analisas.
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2.1.1. INICIATIVA
De acordo com as disposições constitucionais, a Constituição Federal apenas poderá
ser emendada mediante proposta de três diferentes legitimados, sendo eles:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;
Sempre que a proposta for apresenta pelo Presidente da República ou por 1/3 dos
Deputados, a deliberação será analisada, inicialmente, pela Câmara dos Deputados.
Em sentido oposto, sendo a proposta iniciada por 1/3 dos Senadores ou pelas Assembleias
Legislativas (desde que atendidos os requisitos constitucionais), a deliberação terá início
no Senado Federal.
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2.1.2. COMISSÕES
Após ter início, a proposta de emenda à Constituição será objeto de análise por diversas
comissões das respectivas Casas Legislativas.
Como exemplo, podemos citar a análise, no âmbito do Senado Federal, por parte da Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania, conforme previsão do regimento interno do Senado:
Art. 356. A proposta será despachada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que
terá prazo de até trinta dias, contado da data do despacho da Presidência, para emitir parecer.
Parágrafo único. O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que concluir pela
apresentação de emenda deverá conter assinaturas de Senadores que, complementando as dos
membros da Comissão, compreendam, no mínimo, um terço dos membros do Senado.
Cada uma das comissões, após análise, emitirá um parecer. Neste ponto da matéria,
uma observação merece ser feita: ao contrário do que acontece com a tramitação das leis,
onde as comissões, em determinadas matérias, podem aprovar sem a necessidade de
análise do Plenário, tal possibilidade não ocorre com relação às emendas à Constituição.
Assim, é correto afirmar que a aprovação da emenda à Constituição exige,
obrigatoriamente, a votação por parte do Plenário de cada uma das Casas Legislativas.
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2.1.4. REVISÃO
Caso a PEC tenha iniciado na Câmara dos Deputados, será ela encaminhada, para
revisão, ao Senado Federal. Em sentido contrário, as propostas de emenda à Constituição
que tenham iniciado no Senado Federal serão revistas pela Câmara dos Deputados.
Tanto no momento da votação quanto da respectiva revisão, a PEC deverá ser aprovada,
em dois turnos, por quórum mínimo de 3/5 dos respectivos membros.
2.1.5. PROMULGAÇÃO
Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Após a promulgação, a PEC será remetida para publicação na imprensa oficial, momento
em que passará a vincular, como regra geral, todas as relações jurídicas abrangidas pela
respectiva alteração.
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De todas as limitações, as materiais são, sem dúvida, as mais exigidas nas provas de
concursos públicos.
Tais limitações podem ser definidas como o núcleo inatingível de matérias que não
podem sequer ser objeto de deliberação, conforme previsão da Constituição Federal.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Todas estas matérias, em conjunto, formam aquilo que a doutrina denomina de “cláusulas
pétreas”, ou seja, cláusulas intocáveis, imodificáveis.
Para facilitar a compreensão, relaciono a seguir todas as limitações a serem observadas
pelas propostas de emenda à Constituição (PEC):
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3. MEDIDAS PROVISÓRIAS
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Como se observa da análise do dispositivo constitucional, dois são os requisitos que devem
ser atendidos para que a edição da medida provisória seja possível: relevância e urgência.
A relevância está relacionada com o fato das medidas provisórias apenas poderem
ser editadas com o objetivo de sanar situações graves e de grande importância. Caso as
situações não sejam relevantes (graves e importantes), não há que se falar em medida
provisória. Por isso mesmo, apenas as situações relevantes é que poderão ser objeto de
utilização da mencionada norma legislativa.
A urgência relaciona-se com a necessidade de adoção, pelo Poder Público, de medidas
imediatas e que não podem esperar o fluxo legislativo utilizado para a aprovação das demais
normas jurídicas (como, por exemplo, as leis). Assim, com a medida provisória, a ideia é possibilitar
um procedimento mais célere (urgente) do que o utilizado nas demais normas legislativas.
Logo, as matérias objeto de medida provisória são aquelas que não podem aguardar o
decurso do tempo, uma vez que estão relacionadas com questões consideradas imprescindíveis
para o bem estar da coletividade.
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Não são todas as matérias que podem ser objeto de edição de medida provisórias. Em
sentido oposto, a Constituição Federal estabelece que, para determinados questões, é
obrigatória a utilização da função típica do Poder Legislativo, ou seja, a função de legislar.
Nestas matérias, apenas o Poder Legislativo, por meio da edição de lei, é que poderá
estabelecer regras e “legislar” sobre os respectivos assuntos.
No entanto, não seria justo que a população fosse prejudicada em virtude da perda da
eficácia da medida provisória, não é mesmo?
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Por isso mesmo é que a Constituição Federal determina que caberá ao Congresso Nacional,
no caso de não conversão em lei da medida provisória, regulamentar, por meio de Decreto
Legislativo, as relações jurídicas decorrentes do período em que a medida esteve em vigor.
Art. 62, § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde
a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos
do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
Caso, mesmo com a previsão constitucional, o Decreto Legislativo não seja editado no
prazo de 60 dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência continuarão
regidas pela medida provisória.
Aqui, a ideia do legislador constituinte foi a de garantir a segurança jurídica dos
administrados em virtude da omissão ao cumprimento de uma determinação constitucional.
O legislador edita uma medida provisória estabelecendo, por exemplo, que determinados
grupos de pessoas atingidos por desastres naturais teriam direito ao recebimento de um
benefício financeiro.
No entanto, passado o prazo de 60 dias, bem como eventual prorrogação, a medida provisória
não é convertida em lei.
Nesta situação, uma série de questões precisam ser melhor organizadas: Até quando o
benefício será pago? Com a não conversão em lei, novas famílias terão ainda direito?
Para regular estas “relações jurídicas”, deve o Congresso Nacional editar um Decreto Legislativo.
Contudo, caso o mencionado decreto não seja editado no prazo de 60 dias após a rejeição ou
perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de
atos praticados durante sua vigência continuarão regidas pela medida provisória.
Assim, caso o Decreto Legislativo não seja editado no prazo constitucional, os particulares regidos
pelo mencionado benefício continuarão tendo o direito ao recebimento do benefício de acordo
com as regras da medida provisória (ainda que esta, efetivamente, não esteja mais em vigor).
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Neste sentido, por exemplo, é a previsão do artigo 62, § 9º, da Constituição Federal, de
seguinte redação:
Art. 62, § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias
e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das Casas do Congresso Nacional.
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Informação importante refere-se ao quórum mínimo exigido para que a Comissão Mista
inicie os trabalhos, delibere e tome as decisões necessárias.
Para o início das atividades, exige-se a presença de, pelo menos 1/3 dos membros de
cada uma das Casas, aferida mediante assinatura no livro de presenças.
As deliberações, por sua vez, apenas podem ser tomadas quando for atingido o quórum
mínimo da maioria absoluta de cada uma das Casas Legislativas.
Por fim, deveremos ter, para as tomada de decisões, o quórum da maioria de votos.
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Com a entrega do parecer (que poderá vir acompanhado do projeto de lei de conversão
e do projeto de decreto legislativo), o trabalho da Comissão Mista estará finalizado.
Este importante papel da comissão mista é previsto, inclusive, no texto do artigo 62,
§9º, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 62, § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias
e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das Casas do Congresso Nacional.
As etapas subsequentes, a partir de então, são realizadas pelas duas Casas do Congresso
Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal). De acordo com a Constituição Federal,
as medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
Art. 62, § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.
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Aprovada a medida provisória sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo
Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, como lei, no Diário Oficial da União.
Por sua vez, quando for aprovada a medida provisória com alterações, teremos a edição
de um projeto de lei de conversão em lei. Nesta hipótese, uma vez aprovado o projeto de lei
de conversão, será ele enviado, pela Casa onde houver sido concluída a votação, à sanção
ou veto do Presidente da República.
Importante frisar que, uma vez aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto
original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.
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3.3.2. ARQUIVAMENTO
Art. 62, § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.
3.3.3. REJEIÇÃO
Rejeitada a Medida Provisória por qualquer das Casas, o Presidente da Casa que assim se
pronunciar comunicará o fato imediatamente ao Presidente da República, fazendo publicar
no Diário Oficial da União ato declaratório de rejeição de Medida Provisória.
Tendo ocorrido a rejeição, deverá o Congresso Nacional disciplinar, por meio de Decreto
Legislativo, as relações jurídicas decorrentes do período em que a Medida Provisória
estava em vigor.
Não sendo editado o mencionado decreto legislativo no prazo de até 60 dias após
a rejeição da medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de
atos praticados durante a vigência da medida provisória continuarão sendo regidas
por tal norma.
Importante salientar que, de acordo com o texto da Constituição Federal, é vedada a
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
Art. 62, § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.
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Caso a Medida Provisória não seja apreciada, em até 45 dias contados de sua publicação
no Diário Oficial da União, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada
uma das Casas do Congresso Nacional.
Nesta situação, todas as demais deliberações legislativas do Plenário da Casa em que
estiver tramitando ficarão sobrestadas até que se ultime a votação.
Art. 62, § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas
do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.
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E o que será que acontece quando uma medida provisória é editada durante o período
de recesso parlamentar?
Nesta situação, a contagem dos prazos, já de início, ficará suspensa, tendo início apenas
no primeiro dia da sessão legislativa ordinária ou extraordinária que se seguir à publicação
da medida provisória.
Art. 62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte
se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
Temos aqui uma importante previsão, repleta de conceitos relacionados com o Direito
Tributário. Vamos entender melhor tudo isso?
Inicialmente, deve ser salientado que a Constituição Federal não veda a possibilidade
de edição de uma medida provisória em matéria tributária. O que a norma determina é que
sempre que a medida implicar em instituição ou majoração de impostos, apenas poderá,
como regra geral, produzir efeitos no exercício financeiro seguinte caso tenha sido convertida
em lei até o último dia do exercício em que foi editada.
Logo, o que a Constituição Federal está determinando, em outros termos, é que o
período anterior à conversão em lei da medida provisória (que, como vimos, pode ser de
60 dias prorrogáveis por mais 60 dias) não conta para fins de anterioridade tributária.
De acordo com o princípio da anterioridade, a instituição ou a majoração de imposto
apenas poderá ser exigida no exercício subsequente àquele em que a norma foi editada.
Evita-se, com o mencionado princípio, que os administrados sejam surpreendidos com uma
oneração que até então não contavam.
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As Resoluções são atos que podem ser expedidos pelo Congresso Nacional e por cada
uma das Casas Legislativas.
Neste sentido, parte da doutrina chega a afirmar que a diferença fundamental entre
as Resoluções e os Decretos Legislativos está no fato de que as primeiras possuem efeitos
internos, ao passo que os decretos possuem a capacidade de produzirem efeitos externos.
Importante salientar, no entanto, que tal entendimento está longe de ser pacificado,
haja vista que inúmeras são as Resoluções que, quando editadas, geram efeitos perante
terceiros, ou seja, efeitos externos.
Um exemplo típico desta situação são as resoluções editadas pelo Senado Federal com
o objetivo de suspender os efeitos das leis declaradas inconstitucionais pelo Supremo
Tribunal Federal.
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5.1. INICIATIVA
A iniciativa está relacionada com as pessoas que podem dar início ao processo legislativo
de edição das leis. Neste sentido, precisamos fazer uso das disposições do artigo 61 da
Constituição Federal, que estabelece os legitimados para dar início ao trâmite das leis
ordinárias e das leis complementares.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
De acordo com a doutrina, a iniciativa pode ser classificada em comum (ou concorrente),
exclusiva (ou privativa) e popular.
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Em seu artigo 93, a Constituição Federal estabelece que “Lei complementar, de iniciativa
do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os
seguintes princípios (...)”.
Aqui, estamos diante de uma lei complementar que deve ser iniciada pelo Supremo
Tribunal Federal.
E onde tramitará, inicialmente, esta lei? Na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal?
Como o STF não faz parte do Poder Legislativo, mas sim do Poder Judiciário, a iniciativa
tramitará, inicialmente, na Câmara dos Deputados.
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Ainda com relação aos prazos, a Constituição Federal estabelece que, no curso do
processo legislativo sumário, a apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara
dos Deputados deverão ser feitas no prazo de 10 dias.
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A participação direta dos cidadãos ocorre, nos termos da Constituição Federal, por meio
de plebiscito, referendo e iniciativa popular.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
No curso da iniciativa popular, diversas são as medidas que podem ser adotadas. Dentre
elas, temos a possibilidade dos cidadãos, desde que atendidos os requisitos expressos no
texto constitucional, darem início a projetos de lei.
DICA
A Constituição Federal não estabelece a possibilidade da
iniciativa popular para a proposta de Emenda à Constituição,
mas sim apenas das leis (ordinárias e complementares).
Assim, ainda que parte da doutrina entenda que a iniciativa
popular pode ser utilizada para dar início a uma PEC, as
questões de prova exigem, quase sempre, a literalidade do
texto constitucional, ou seja, de que a iniciativa popular
se restringe à proposta de lei ordinária ou complementar.
E quais são as regras a serem observadas para que possamos ter início a um projeto de
lei decorrente de iniciativa popular?
A resposta nos é dada pelo artigo 61, §2º, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Observa-se assim que o quórum exigido pela Constituição não é fácil de ser alcançado.
Para memorizarmos tais requisitos, podemos dividir as exigências constitucionais em três
partes, da seguintes forma:
a) projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional;
b) a porcentagem mínima exigida de eleitores (1%) deve estar distribuída em, pelo menos,
5 estados da federação;
c) em cada um destes estados, a porcentagem de eleitores deve ser de, pelo menos, 0,3%
(três décimos);
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Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado
e os seguintes preceitos:
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;
Iniciativa popular estadual A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
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Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário,
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
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A CCJ, ao contrário das demais comissões que analisam as matérias que estão deliberando,
possui a capacidade de emitir um parecer vinculativo, ou seja, um parecer que deve ser
observado pelas Casas Legislativas.
Nas demais comissões, o parecer é meramente opinativo, ou seja, serve apenas como
uma espécie de consulta a ser ou não seguida pela Câmara ou pelo Senado.
Na CCJ, e considerando que esta analisa a constitucionalidade da matéria, o parecer é
vinculativo. Logo, ao analisar uma matéria decorrente de projeto de lei, a CCJ, entendendo
que um ou mais artigos são inconstitucionais, pode adotar duas medidas:
a) Oferecer uma emenda com o objetivo de sanar a inconstitucionalidade;
b) Determinar o arquivamento do projeto de lei.
Sendo o projeto arquivado, compete a cada uma das Casas Legislativas, por meio de
recurso, determinar ou não o prosseguimento do projeto de lei.
No Senado Federal, por exemplo, exige-se, para prosseguimento, que o parecer seja
objeto de recurso por um décimo dos membros do Senado Federal, conforme previsão do
regimento interno:
Art. 254. Quando os projetos receberem pareceres contrários, quanto ao mérito, serão tidos
como rejeitados e arquivados definitivamente, salvo recurso de um décimo dos membros do
Senado no sentido de sua tramitação.
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Neste ponto, uma observação deve ser feita: conforme anteriormente informado, o
processo legislativo que estamos estudando é o destinado tanto às leis ordinárias quanto
às leis complementares.
Com relação às leis complementares, no entanto, precisamos memorizar que estas
serão sempre aprovadas por maioria absoluta dos votos. Isso não significa, contudo, que
haja uma hierarquia entre as leis complementares e as leis ordinárias. Ambas as espécies
normativas, ao contrário do que possa dar a entender, estão situadas no mesmo nível
hierárquico.
A lei complementar, assim como ocorre com a lei ordinária, são instrumentos de atuação,
como regra geral, do Poder Legislativo. Por meio da edição das leis, os representantes do povo,
dentre outros legitimados pela Constituição Federal, podem fazer valer a vontade popular.
Ambos os instrumentos (lei ordinária e lei complementar) se diferenciam, no entanto, com
relação a dois importantes aspectos: a matéria e o quórum necessário para a aprovação.
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Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
5.2.4. REVISÃO
Como verificado, uma vez que o projeto de lei tenha sido aprovado na Casa Legislativa
iniciadora, seguirá ele para revisão da outra Casa Legislativa.
Na Casa Revisional, três são os resultados possíveis: rejeição, aprovação ou apresentação
de emendas.
Caso a Casa responsável pela revisão apresente emendas, deverá o projeto retornar, apenas
com relação aos aspectos emendados, à Casa iniciadora. Nesta hipótese, o entendimento
doutrinário é de que a Casa Iniciadora não poderá apresentar emendas às emendas
apresentadas pela Casa revisional.
Temos que ter um cuidado especial neste ponto da matéria, uma vez que vigora, em
nosso ordenamento jurídico, o princípio da primazia da Casa Legislativa iniciadora em
detrimento da Casa Legislativa revisora.
Assim, caso a Casa Legislativa responsável pela revisão apresente emendas, estas,
conforme já afirmado, serão objeto de análise pela Casa que deu início ao projeto. No
entanto, não é toda a norma que será “devolvida” para a Casa inicial, mas sim apenas a
parte relacionada com as emendas eventualmente realizadas. Os demais trechos da
norma, em sentido oposto, já estarão aprovados.
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Tendo recebido as emendas, a Casa iniciadora poderá tanto aprovar quanto rejeitar
as modificações realizadas.
Em caso de aprovação, não temos maiores dificuldades, sendo que o projeto segue para
sanção ou veto do Presidente da República.
Em caso de rejeição, no entanto, esta ocorre apenas com relação às emendas, e não
nos demais dispositivos legais da futura norma. Consequentemente, ainda que a rejeição
das emendas ocorra por parte da Casa Legislativa inicial, o restante da norma seguirá,
normalmente, para sanção ou veto do Presidente da República.
E justamente pelo fato da Casa iniciadora ter a capacidade de rejeitar as emendas da
Casa revisional, sem que tal medida prejudique as demais partes da norma, é que faz-se
presente o princípio da primazia da Casa Legislativa iniciadora do projeto.
Vamos entender melhor o fluxo a ser observado em caso de emendas por parte da Casa
Legislativa revisional?
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Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão
e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.
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5.3.1. VETO
O prazo para que o Presidente da República possa vetar o projeto de lei, total ou
parcialmente, é de 15 dias úteis. Tal prazo será contado a partir do momento em que o
Presidente recebe o projeto de lei.
O veto ocorrerá sempre que o Presidente considerar o projeto, total ou parcialmente,
inconstitucional ou contrário ao interesse público.
Em caso de veto, deverá o Presidente, no prazo de 48 horas, comunicar as razões do
veto ao Presidente do Senado Federal.
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.
Importante peculiaridade ocorre com relação ao veto parcial, ou seja, o veto de parte
da norma editada. De acordo com a Constituição Federal, o veto parcial apenas poderá
abranger o texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
Não poderá o veto parcial, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com o controle
de constitucionalidade, incidir apenas sobre uma palavra ou sobre um pequeno trecho
de determinado artigo. Ainda que o nome seja “parcial”, tal modalidade de veto abrange,
sempre, a integralidade de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
Outra característica importante é que o ordenamento jurídico não admite o voto tácito.
Sendo assim, todos os vetos, sejam eles totais ou parciais, deverão, sempre, ser motivados,
momento em que o Presidente apresentará as razões que o levaram a considerar a norma
inconstitucional ou contrária ao interesse público.
Tendo o Presidente da República vetado o projeto de lei, este voltará a ser examinado
pelo Poder Legislativo. Aqui, temos uma importante característica do sistema de freios e
contrapesos adotado em nosso ordenamento jurídico.
Inicialmente, compete ao Poder Legislativo a edição e aprovação das leis. Posteriormente,
compete ao Poder Executivo a sanção ou veto. Em caso de veto, novamente o Poder Legislativo
se manifesta, momento em que poderá manter ou “derrubar” o veto. Posteriormente, o
Poder judiciário poderá ser compelido a se manifestar sobre a constitucionalidade ou não
da norma editada.
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Art. 66, § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados
e Senadores.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
Por fim, estabelece a Constituição Federal que, caso o veto não seja mantido, será o
projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
5.3.2. SANÇÃO
Ao contrário do que ocorre com o veto, a sanção poderá tanto ser expressa quando tácita.
Na sanção expressa, o Presidente da República assina o projeto de lei, atestando que
concorda com todas as disposições da presente norma.
Na sanção tácita, o Presidente da República permanece em silêncio no prazo de 15 dias
úteis que possui para vetar o projeto de lei, conforme previsão constitucional.
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Sendo assim, podemos conceituar a sanção como o ato do Chefe do Poder Executivo
que, expressa ou tacitamente, concorda com as precisões contidas na norma editada pelo
Poder Legislativo.
Merece ser destacado que a sanção é um ato irretratável, ou seja, um ato que não
admite desistência por parte do Chefe do Poder Executivo.
No entanto, ainda que a sanção tenha sido realizada, nada impede que o Chefe do
Executivo, em momento posterior, dê início ao processo de controle de constitucionalidade
perante o Poder Judiciário. Isso significa em afirmar, por exemplo, que o Presidente da
República poderá perfeitamente sancionar um projeto de lei, e posteriormente, caso
entenda devido, ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com o objetivo de declarar
a norma inconstitucional.
Art. 66, § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer
em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
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Após a promulgação, a nova norma deverá ser publicada na imprensa oficial, a partir
do qual poderá ser exigida perante terceiros.
Deve ser destacado que a fase da publicidade não é considerada, por parte da doutrina,
como pertencente ao processo legislativo propriamente dito.
E isso ocorre na medida em que o processo legislativo trata, especificamente, da
elaboração das normas legais. Com a promulgação, conforme analisado, temos a notícia
de que uma nova norma adentrou no ordenamento jurídico.
A publicação da norma legal, consequentemente, está relacionada com a condição de
eficácia, ou seja, com a possibilidade da norma exigir determinados comportamentos por
parte dos administrados alcançados pelas disposições do texto legal.
6. LEIS DELEGADAS
As leis delegadas foram previstas na Constituição Federal como uma forma de tentar
tornar mais célere a atuação do Presidente da República, que poderia, desde que atendidos
os requisitos estabelecidos, exercer, atipicamente, a função de legislar.
Atualmente, após a edição da emenda constitucional n. 32, que instituiu a possibilidade
de edição, pelos Chefes do Poder Executivo, de medidas provisórias, as leis delegadas
praticamente não são utilizadas.
Nas medidas provisórias, o Presidente da República, em caso de necessidade e
urgência, pode editar diretamente uma norma com força de lei, não havendo necessidade
de solicitar a delegação para o exercício de uma lei. Logo, é inegável que as medidas
provisórias supriram e tornaram mais céleres o procedimento de edição das normas por
parte do Chefe do Poder Executivo.
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Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
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Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
Não são todas as matérias que poderão ser objeto de lei delegada. Em seu artigo 68,
§1º, a Constituição Federal apresenta uma lista de assuntos que não poderão, em sentido
diverso, ser objeto de tal norma legislativa, sendo eles:
a) os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional,
b) os atos de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
c) a matéria reservada à lei complementar;
d) a legislação sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira
e a garantia de seus membros;
e) a legislação sobre nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
f) a legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Com relação às leis delegadas, precisamos conhecer, ainda, as seguintes características
doutrinárias e jurisprudenciais:
a) Ainda que o Congresso Nacional tenha editado uma resolução destinada à edição de
lei delegada, poderá ele, perfeitamente, editar outra norma regulamentando a matéria.
b) Tendo sido editada a resolução de delegação, não ficará o Presidente da República
obrigado a editar a lei delegada solicitada. A decisão acerca da edição ou não compete
apenas ao Presidente da República.
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RESUMO
De acordo com a doutrina, o processo legislativo pode ser classificado da seguinte forma:
a) ordinários ou normais;
b) abreviados;
c) sumários;
d) sumaríssimos;
e) especiais;
f) concentrados.
Processo Característica
As sessões legislativas podem ser definidas como o período de tempo de um ano de trabalho
das Casas Legislativas. Tais sessões podem ser tanto ordinárias quanto extraordinárias.
As sessões ordinárias são aquelas realizadas no período “normal” de tempo da sessão
legislativa, ou seja, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Já as sessões extraordinárias, por sua vez, ocorrem nos períodos de recesso parlamentar,
ou seja, de 18 a 31 de julho e de 23 de dezembro a 01 de fevereiro.
A ideia, com a previsão de constituição de uma comissão representativa, é possibilitar
que as atividades do Congresso Nacional continuem sendo executadas durante o período
de recesso parlamentar.
Por isso mesmo, a composição da comissão será formada de forma proporcional ao
número de membros em cada uma das Casas Legislativas. Este é o motivo, por exemplo,
de termos uma quantidade menor de Senadores do que de Deputados, diferente do que
ocorre, por exemplo, com a comissão destinada a analisar as medidas provisórias, que,
conforme já estudado, são formadas pelo mesmo número de Deputados e Senadores.
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Frisa-se que a transgressão a qualquer desses princípios poderá ser denunciada, mediante
questão de ordem. Uma vez levantada a questão de ordem, a Presidência determinará a
apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos
registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.
De acordo com as disposições constitucionais, a Constituição Federal apenas poderá
ser emendada mediante proposta de três diferentes legitimados, sendo eles:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;
Sempre que a proposta for apresenta pelo Presidente da República ou por 1/3 dos
Deputados, a deliberação será analisada, inicialmente, pela Câmara dos Deputados. Em
sentido oposto, sendo a proposta iniciada por 1/3 dos Senadores ou pelas Assembleias
Legislativas (desde que atendidos os requisitos constitucionais), a deliberação terá início
no Senado Federal.
Todas as PECs deverão ser discutidas e votadas, em cada Casa Legislativa, em dois
turnos, apenas sendo aprovadas caso obtenham, em ambos os turnos, a votação mínima
de 3/5 dos membros da respectiva Casa Legislativa.
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Aprovada a medida provisória sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo
Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, como lei, no Diário Oficial da União.
Por sua vez, quando for aprovada a medida provisória com alterações, teremos a edição
de um projeto de lei de conversão em lei. Nesta hipótese, uma vez aprovado o projeto de lei
de conversão, será ele enviado, pela Casa onde houver sido concluída a votação, à sanção
ou veto do Presidente da República.
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Importante frisar que, uma vez aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto
original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.
Rejeitada a Medida Provisória por qualquer das Casas, o Presidente da Casa que assim se
pronunciar comunicará o fato imediatamente ao Presidente da República, fazendo publicar
no Diário Oficial da União ato declaratório de rejeição de Medida Provisória.
Tendo ocorrido a rejeição, deverá o Congresso Nacional disciplinar, por meio de Decreto
Legislativo, as relações jurídicas decorrentes do período em que a Medida Provisória
estava em vigor.
Não sendo editado o mencionado decreto legislativo no prazo de até 60 dias após a
rejeição da medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
praticados durante a vigência da medida provisória continuarão sendo regidas por tal norma.
A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.
Sempre que a iniciativa for de um membro ou Comissão da Câmara dos Deputados ou,
ainda, de pessoas ou órgãos que não façam parte do Poder Legislativo, o projeto de lei terá
sua tramitação iniciando na Câmara dos Deputados.
Em sentido oposto, sempre que a iniciativa for de um membro ou Comissão do Senado
Federal, ou então de órgãos ou pessoas vinculadas ao Poder Legislativo, a tramitação será
iniciada no Senado Federal.
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Para que a iniciativa popular seja possível, os seguintes quóruns devem ser observados:
Iniciativa popular estadual A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.
Tendo o projeto de lei sido aprovado em uma Casa Legislativa, será ele, obrigatoriamente,
revisto pela outra Casa, conforme determinação constitucional. Em sentido contrário, caso
a Casa iniciadora rejeite o projeto, será ele arquivado. Neste caso, importante destacar
que a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
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A Casa na qual tenha sido concluída a votação (a Casa revisional ou, no caso de emendas,
a Casa iniciadora) enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que poderá adotar
uma das seguintes medidas:
a) sanção, caso concorde inteiramente com a norma;
b) veto total, caso discorde totalmente da norma;
c) veto parcial, caso discorde parcialmente da norma;
O prazo para que o Presidente da República possa vetar o projeto de lei, total ou
parcialmente, é de 15 dias úteis. Tal prazo será contado a partir do momento em que o
Presidente recebe o projeto de lei.
O veto ocorrerá sempre que o Presidente considerar o projeto, total ou parcialmente,
inconstitucional ou contrário ao interesse público.
Em caso de veto, deverá o Presidente, no prazo de 48 horas, comunicar as razões do
veto ao Presidente do Senado Federal.
O veto será apreciado, pelo Poder Legislativo, em sessão conjunta, que deverá ser realizada
dentro de 30 dias. O prazo em questão começa a ser contado a partir do recebimento da
comunicação do veto.
Na sessão de apreciação, o veto apenas poderá ser rejeitado pelo voto da maioria
absoluta dos Deputados e Senadores. Esgotado o prazo de 30 dias para apreciação do
veto sem que a medida seja analisada, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
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Caso o veto não seja mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente
da República.
Ao contrário do que ocorre com o veto, a sanção poderá tanto ser expressa quando tácita.
Na sanção expressa, o Presidente da República assina o projeto de lei, atestando que
concorda com todas as disposições da presente norma.
Na sanção tácita, o Presidente da República permanece em silêncio no prazo de 15 dias
úteis que possui para vetar o projeto de lei, conforme previsão constitucional.
Como regra geral, quem promulga a nova lei é o Presidente da República (ou o respectivo
Chefe do Poder Executivo). Em duas situações, no entanto, a promulgação não será realizada
por esta autoridade, sendo elas:
a) quando ocorrer a sanção tácita, ou seja, quando o Chefe do Executivo não apreciar o
veto no prazo constitucionalmente previsto (15 dias úteis);
b) quando o Chefe do Executivo vetar um projeto de lei, mas este for derrubado pelo
Poder Legislativo.
Nestas duas hipóteses, de acordo com a Constituição Federal, a norma poderá ser
promulgada pelo Presidente da República. Caso, contudo, a promulgação não seja realizada
no prazo de 48 horas, deverá a medida ser adotada pelo Presidente do Senado Federal.
Caso o Presidente do Senado Federal também não promulgue a lei no prazo de 48 horas, a
medida competirá ao Vice Presidente do Senado.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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029. (INSTITUTO AOCP/TEC LEG (CM RIO SUL)/CM RIO SUL/ÁREA LEGISLATIVA/2016) De
acordo com a Constituição Federal, as leis que fixam ou modificam os efetivos das Forças
Armadas são de iniciativa
a) privativa do Procurador-Geral da República.
b) exclusiva do Procurador-Geral da República.
c) privativa do Presidente da República.
d) privativa do Supremo Tribunal Federal.
e) exclusiva do Ministro da Defesa.
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037. (VUNESP/DELEG (PC BA)/PC BA/2018) A Casa na qual tenha sido concluída a votação
de projeto de lei deverá enviá-lo ao Presidente da República que, ao considerar o projeto
a) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento.
b) inconstitucional, em parte, poderá apor veto parcial, no prazo de quinze dias úteis,
abrangendo artigo, parágrafo, inciso, alínea ou expressão verbal.
c) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de trinta dias contados da data do recebimento.
d) contrário ao interesse público, vetá-lo-á totalmente, não podendo fazê-lo, neste caso,
de forma parcial, já que não há como cindir o interesse público.
e) no todo ou em parte, inconstitucional, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de vinte
dias contados da data do recebimento.
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042. (FCC/TEC LEG (CL DF)/CL DF/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Suponha que o
Procurador-Geral da República pretenda apresentar projeto de lei ordinária federal que
modifique o efetivo das Forças Armadas e o Presidente da República, a seu turno, pretenda
apresentar projeto de lei complementar federal que disponha sobre militares das Forças
Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para reserva.
De acordo com a Constituição Federal, com relação aos projetos que pretendem apresentar,
a iniciativa da lei caberá, nos dois casos,
a) ao Procurador-Geral da República, uma vez que não é conferida ao Presidente da República
a iniciativa de lei que disponha sobre militares das Forças Armadas.
b) indistintamente ao Procurador-Geral e ao Presidente da República, uma vez que ambos
dispõem de iniciativa para apresentação de projetos de lei sobre qualquer matéria de
competência legislativa da União.
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049. (VUNESP/DP RO/DPE RO/2017) Projeto de lei cuja iniciativa foi atribuída exclusivamente
ao Chefe do Poder Executivo
a) não admite a apresentação de emendas por parte dos membros do Poder Legislativo,
que devem aprovar ou rejeitar o projeto em sua integralidade.
b) admite, validamente, a apresentação de emendas, observadas algumas restrições impostas
pela Constituição Federal, já que a atividade legislativa permanece com os parlamentares.
c) admite a apresentação de emendas parlamentares, ainda que estas provoquem aumento
na despesa inicialmente prevista.
d) não admite emendas parlamentares apenas quando se tratarem de projetos de orçamento
anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual.
e) admite a apresentação de emendas parlamentares apenas em relação ao orçamento
anual, mas sem obrigação de indicação das fontes financeiras necessárias.
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053. (IESES/NER (TJ PA)/TJ PA/PROVIMENTO/2016) A iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, [.
.............................] do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por [..............] Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles:
a) Três por cento; oito.
b) Um por cento; cinco.
c) Dois por cento; sete.
d) Cinco por cento; dez.
055. (FUNRIO/AUD CI (CGE RO)/CGE RO/2018) Diante dos sucessivos conflitos existentes
entre os órgãos de poder sediados no Distrito Federal, inúmeros projetos normativos
surgem com o fito de resolvê-los. Dentre as limitações impostas pela Constituição Federal
pertinentes às emendas constitucionais está a vedação de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
a) penas cruéis.
b) financiamentos partidários.
c) servidões administrativas.
d) direitos individuais.
e) bens públicos.
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a) não tem razão, já que o processo legislativo que culminou com a promulgação da Emenda
X foi plenamente regular, não apresentando vício formal;
b) tem razão, já que somente o Senado Federal possui competência para discutir e votar
as propostas de emenda constitucional;
c) tem razão, já que a atuação do Presidente da República deveria ter-se limitado à sanção,
competindo a promulgação ao Presidente do Senado Federal;
d) tem razão, já que a atuação do Presidente da República deveria ter-se limitado à
promulgação, não havendo espaço para sanção ou veto;
e) tem razão, já que a Emenda X deveria ter sido promulgada pelas Mesas da Câmara e do
Senado Federal, sem qualquer participação do Presidente da República.
058. (FGV/AJ (TJ AL)/TJ AL/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018) Um terço dos Senadores
apresentou proposta de emenda constitucional alterando a sistemática orçamentária. A
proposta foi aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por
três quintos dos votos dos respectivos membros, sendo ao final promulgada, pelo Presidente
do Senado Federal, a Emenda Constitucional WW. Acresça-se que, à época da votação, a
região norte do País fora atingida por calamidade de grandes proporções da natureza.
À luz da sistemática constitucional, o processo legislativo que culminou com a aprovação
da Emenda Constitucional WW:
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GABARITO
1. e 35. d
2. e 36. b
3. c 37. a
4. e 38. c
5. c 39. c
6. a 40. c
7. b 41. c
8. b 42. c
9. e 43. c
10. a 44. b
11. a 45. e
12. c 46. e
13. c 47. c
14. c 48. e
15. e 49. b
16. d 50. b
17. b 51. b
18. a 52. d
19. c 53. b
20. c 54. b
21. c 55. d
22. e 56. e
23. c 57. d
24. a 58. d
25. d 59. c
26. c 60. b
27. d
28. b
29. c
30. c
31. a
32. e
33. c
34. e
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GABARITO COMENTADO
Art. 60. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de
estado de defesa ou de estado de sítio.
Errado.
A Constituição Federal não admite, diferente do que afirmado, que o texto constitucional
possa ser emendado por iniciativa popular. Os legitimados para dar início ao processo de
emenda constam no texto do artigo 60, com a seguinte redação:
Errado.
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Temos aqui um dos legitimados expressamente previstos para dar início ao processo de
emenda constitucional.
Certo.
Estabelece a Constituição Federal que não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir, dentre outros, o voto direto, secreto, universal e periódico.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
Contudo, diferente do que afirmado pela questão, é considerada uma cláusula pétrea o
voto direto, secreto, universal e periódico, e não o voto obrigatório.
Errado.
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Todos os itens estão corretos, retratando os legitimados para dar início ao processo de
emenda constitucional.
Letra a.
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Processo Legislativo
Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi
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Diogo Surdi
No caso, estamos diante de uma matéria cuja iniciativa de lei é privativa do Presidente
da República.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II – disponham sobre:
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva.
Fazendo uso do princípio da simetria, é de iniciativa privativa dos demais Chefes do Poder
Executivo, em cada um dos entes federativos, a iniciativa de lei que verse sobre o regime
jurídico dos militares.
Na situação narrada, a nova lei estadual é incompatível com a Constituição Federal,
uma vez que lei de iniciativa parlamentar, por força do princípio da simetria, não pode
dispor sobre o regime jurídico dos militares estaduais. A competência para dar início ao
projeto de lei, conforme verificado, é privativa do Chefe do Poder Executivo (no caso,
do Governador do Estado).
Letra a.
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Apenas na Letra A não estamos diante de uma matéria cuja iniciativa legal é privativa do
Presidente da República.
Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; (Letrad)
II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica
ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios; (Letrac)
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria; (Letrab)
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios; (Letrae)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
Letra a.
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Diogo Surdi
É exigida a edição de lei complementar, dentre outras matérias, para definir a área de
atuação das fundações públicas de direito privado.
Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Nas demais alternativas, a matéria poderá ser objeto de lei ordinária, não havendo necessidade
de lei complementar.
Letra c.
É vedada a edição de medida provisória, dentre outras matérias, que vise a detenção ou
sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro.
Letra c.
Com a edição da medida provisória, os efeitos da lei anterior apenas ficam suspensos,
tendo em vista que a MP poderá ou não ser convertida em lei. Logo, é correto afirmar que
as medidas provisórias possuem caráter transitório e precário.
Certo.
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Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62.
Letra d.
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Fazendo uso das disposições do artigo 62, chegamos à conclusão de que apenas a
Letra B (direito tributário e financeiro) estabelece matérias que poderão ser objeto de
medidas provisórias.
Letra b.
É por meio do decreto legislativo que o Congresso Nacional pode disciplinar as relações
jurídicas decorrentes da perda da eficácia das medidas provisórias não convertidas em lei.
Letra a.
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O §2º do artigo 61 da Constituição Federal estabelece que “A iniciativa popular pode ser
exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles”.
Letra c.
Se a norma é materialmente ordinária, estamos diante de uma matéria que pode ser objeto
de lei ordinária, não havendo necessidade de lei complementar.
Contudo, nada impede que seja editada uma lei complementar regulando a matéria. Caso
isso ocorra, estaremos diante de uma norma formalmente complementar regulando uma
matéria de competência ordinária.
Certo.
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Inicialmente, é preciso saber que a iniciativa das leis que disponham sobre o regime jurídico
dos servidores militares é privativa do Presidente da República.
De acordo com o princípio da simetria, esta regra deve ser observada, inclusive, pelos demais
entes federativos. Neste sentido, merece ser destacado o entendimento do STF proferido
no julgamento da ADI 858.
JURISPRUDÊNCIA
No tocante ao regime jurídico dos servidores militares estaduais, a iniciativa de lei é
reservada ao Chefe do Poder Executivo local.
Errado.
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Dito de outra forma, o que a questão está afirmando é que é vedada a revogação integral de
norma presente no texto constitucional que impede a deliberação de propostas tendentes
a abolir cláusulas pétreas. Em nosso ordenamento, esta norma impeditiva consta no artigo
60, §4º da Constituição Federal, com a seguinte redação:
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (...)
Art. 412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa
das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas, respeitados
os limites regimentais;
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Letra a.
A Letra D, dentre as opções previstas, não se refere a um princípio geral do processo legislativo.
Art. 412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa
das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
VII – preservação dos direitos das minorias;
X – impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido;
XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos neste
Regimento;
Letra d.
De acordo com o artigo 69 da Constituição Federal, “As leis complementares serão aprovadas
por maioria absoluta”. Tal quórum é diferente, por exemplo, das leis ordinárias, que são
aprovadas por maioria simples.
Certo.
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Apenas a Letra D, dentre as alternativas propostas, representa uma diferença entre a lei
ordinária e a lei complementar.
Letra d.
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c) A matéria, objeto do projeto de lei rejeitado, somente poderá ser apreciada na mesma
sessão legislativa se comprovadamente tratar de direito que aumente o grau de dignidade
e proteção da pessoa humana.
d) A matéria, discutida em projeto de lei rejeitado pelo Congresso Nacional, não pode ser
apreciada na mesma sessão legislativa, exceto se o Presidente da República, alegando
interesse nacional, assim o determinar.
De acordo com a Constituição, a matéria objeto do projeto de lei rejeitado apenas poderá
constituir objeto de deliberação na mesma sessão legislativa mediante a proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Letra b.
029. (INSTITUTO AOCP/TEC LEG (CM RIO SUL)/CM RIO SUL/ÁREA LEGISLATIVA/2016) De
acordo com a Constituição Federal, as leis que fixam ou modificam os efetivos das Forças
Armadas são de iniciativa
a) privativa do Procurador-Geral da República.
b) exclusiva do Procurador-Geral da República.
c) privativa do Presidente da República.
d) privativa do Supremo Tribunal Federal.
e) exclusiva do Ministro da Defesa.
As leis que fixem ou modifiquem o efetivo das Forças Armadas são de iniciativa privativa
do Presidente da República.
Letra c.
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A questão apresenta, corretamente, o quórum mínimo a ser observado para que um projeto
de lei rejeitado possa ser objeto de deliberação na mesma sessão legislativa.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Certo.
De acordo com o artigo 69 da Constituição Federal, “as leis complementares serão aprovadas
por maioria absoluta”. A maioria absoluta é aquela que compreende 50% + 1 dos membros
da respectiva Casa Legislativa. Assim, caso o projeto de lei esteja tramitando no Senado
Federal (que conta com 81 membros), o quórum mínimo exigido para a aprovação das leis
complementares é de 41 votos (50% +1). Além disso, devem estar presentes, na sessão, a
maioria absoluta dos membros.
Letra a.
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Dentre as opções apresentadas, não poderá ser objeto de lei delegada a legislação sobre
direitos individuais e eleitorais.
Art. 68, § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria
reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
Letra e.
Nas leis delegadas, o Presidente da República, após receber a delegação do Poder Legislativo,
elabora uma lei. Como regra geral, o Chefe do Poder Executivo deve observar os limites
estabelecidos na resolução do Congresso Nacional.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
Letra c.
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a) o Presidente da República não tem legitimidade para apresentar projetos de lei ordinária
fora do regime de urgência constitucional;
b) a discussão do projeto de lei ordinária deveria ter sido iniciada na Câmara dos Deputados,
não no Senado Federal, que seria a Casa Revisora;
c) o Presidente da República não poderia apresentar o projeto e a análise deveria ser realizada
em sessão conjunta das Casas Legislativas;
d) após aprovação do projeto pelas Casas Legislativas, ele deveria ser encaminhado ao
Presidente da República, não à Mesa do Congresso Nacional;
e) a discussão deveria ser iniciada na Câmara e o projeto encaminhado ao Presidente da
República, não à Mesa do Congresso.
Dois são os erros encontrados no processo legislativo apresentado pela questão. Inicialmente,
o projeto de lei de iniciativa do Presidente da República deveria ter tido início na Câmara
dos Deputados, conforme previsão constitucional.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
Após a aprovação pela Casa Legislativa revisora, o projeto deve ser encaminhado para
promulgação ao Presidente da República, e não à Mesa do Congresso Nacional.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão
e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Letra e.
O veto poder ser conceituado como a discordância total ou parcial do Chefe do Executivo
com os projetos de lei aprovados pelas Casas Legislativas.
Em nosso ordenamento jurídico, o veto deverá, sempre, ser expresso, ou seja, conter os
fundamentos e a motivação que levaram o Chefe do Executivo a adotar a medida.
Além disso, o veto é relativo, na medida em que pode ser “derrubado”, posteriormente,
mediante sessão conjunta do Congresso Nacional.
Letra d.
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No caso, o Chefe do Poder Executivo (no caso, o Prefeito) deve vetar o projeto de lei
parcialmente, conforme previsão da Constituição Federal e aplicação do princípio da
simetria. O prazo para a adoção do veto é de 15 dias úteis, que serão contados da data do
recebimento do projeto de lei.
Letra b.
037. (VUNESP/DELEG (PC BA)/PC BA/2018) A Casa na qual tenha sido concluída a votação
de projeto de lei deverá enviá-lo ao Presidente da República que, ao considerar o projeto
a) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento.
b) inconstitucional, em parte, poderá apor veto parcial, no prazo de quinze dias úteis,
abrangendo artigo, parágrafo, inciso, alínea ou expressão verbal.
c) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de trinta dias contados da data do recebimento.
d) contrário ao interesse público, vetá-lo-á totalmente, não podendo fazê-lo, neste caso,
de forma parcial, já que não há como cindir o interesse público.
e) no todo ou em parte, inconstitucional, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de vinte
dias contados da data do recebimento.
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Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.
Letra a.
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O Presidente da República apenas poderá solicitar urgência nos projetos de lei de sua
iniciativa, e não, conforme informado na questão, em projetos de outros legitimados.
Art. 64, § 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos
de sua iniciativa.
Letra c.
Para responder à questão, façamos uso das disposições do artigo 66, §1º, da Constituição
Federal, de seguinte redação:
Letra c.
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O ato ou fase processual em que se propõe um direito novo (sendo, por isso mesmo, uma
declaração de vontade formulada por escrito), é a iniciativa. Desta forma, a iniciativa está
relacionada com as pessoas que podem dar início ao processo legislativo de edição das leis,
fazendo, com isso, que seja proposto o nascimento de um novo direito.
Letra c.
042. (FCC/TEC LEG (CL DF)/CL DF/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Suponha que o
Procurador-Geral da República pretenda apresentar projeto de lei ordinária federal que
modifique o efetivo das Forças Armadas e o Presidente da República, a seu turno, pretenda
apresentar projeto de lei complementar federal que disponha sobre militares das Forças
Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para reserva.
De acordo com a Constituição Federal, com relação aos projetos que pretendem apresentar,
a iniciativa da lei caberá, nos dois casos,
a) ao Procurador-Geral da República, uma vez que não é conferida ao Presidente da República
a iniciativa de lei que disponha sobre militares das Forças Armadas.
b) indistintamente ao Procurador-Geral e ao Presidente da República, uma vez que ambos
dispõem de iniciativa para apresentação de projetos de lei sobre qualquer matéria de
competência legislativa da União.
c) ao Presidente da República, por versarem ambos projetos sobre matéria de sua
iniciativa privativa.
d) ao Presidente da República, pois o Procurador-Geral da República não dispõe de iniciativa
para apresentar projeto de lei federal.
e) ao Procurador-Geral da República, pois ao Presidente da República cabe apenas adotar
medidas provisórias, sendo-lhe vedada a apresentação de projeto de lei.
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Letra c.
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O conceito apresentado refere-se ao veto, que pode ser, de acordo com as disposições da
Constituição Federal, total ou parcial.
Letra b.
Em nosso ordenamento, o veto será sempre expresso, devendo apresentar os motivos que
levaram o Chefe do Poder Executivo à adoção desta medida.
Letra e.
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Os requisitos apresentados pela questão referem-se aos necessários para que o projeto
de lei de iniciativa popular seja apresentado à Câmara dos Deputados. A apresentação, no
entanto, não é garantia de que o projeto de lei será pautado para votação. Antes disso,
deve o projeto tramitar pelas comissões de cada uma das Casas do Congresso Nacional,
podendo, inclusive, ser objeto de emendas.
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Errado.
O veto pode ser tanto total quanto parcial. O veto parcial, de acordo com o §1º do artigo
66, somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
Certo.
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049. (VUNESP/DP RO/DPE RO/2017) Projeto de lei cuja iniciativa foi atribuída exclusivamente
ao Chefe do Poder Executivo
a) não admite a apresentação de emendas por parte dos membros do Poder Legislativo,
que devem aprovar ou rejeitar o projeto em sua integralidade.
b) admite, validamente, a apresentação de emendas, observadas algumas restrições impostas
pela Constituição Federal, já que a atividade legislativa permanece com os parlamentares.
c) admite a apresentação de emendas parlamentares, ainda que estas provoquem aumento
na despesa inicialmente prevista.
d) não admite emendas parlamentares apenas quando se tratarem de projetos de orçamento
anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual.
e) admite a apresentação de emendas parlamentares apenas em relação ao orçamento
anual, mas sem obrigação de indicação das fontes financeiras necessárias.
Ainda que o projeto de lei seja de iniciativa privativa do Presidente da República, seguirá
ele, após a apresentação, o trâmite normal dos processos legislativos, inclusive com a
possibilidade de apresentação de emendas. A exclusividade, no caso, refere-se apenas à
iniciativa. Após, o projeto de lei segue o seu cursos normal de tramitação.
Letra b.
a) Errada. A sanção poderá ser parcial ou total. Em caso de veto parcial, por exemplo, a parte
não vetada será, automaticamente, sancionada pelo Chefe do Poder Executivo.
b) Certa. Ao contrário do que ocorre com o veto, que sempre será expresso, a sanção pode
ser expressa ou tácita.
Neste sentido, estabelece a Constituição Federal que, tendo o Presidente o prazo de 15
dias úteis para vetar, a não manifestação, neste período, acarreta a sanção tácita.
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c) Errada. O prazo para a sanção é de 15 dias úteis, uma vez que a não manifestação neste
prazo acarreta, como observado, a sanção tácita.
d) Errada. As emendas constitucionais não contam com a etapa da sanção, diferente do
que ocorre, por exemplo, com as leis.
e) Errada. O encerramento do processo legislativo ocorre com a promulgação, e não com
a sanção.
Letra b.
Na situação apresentada, o AGU deve informar o Presidente da República que, nos termos
do artigo 66, §3º, da Constituição Federal, “decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Presidente da República importará sanção”. Logo, o não exercício do veto no prazo de 15
dias úteis enseja a sanção tácita do projeto de lei, que será, posteriormente, remetido ao
Presidente da República para promulgação.
Letra b.
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Para que o veto apresentado pelo Presidente da República seja derrubado, dependerá ele
de manifestação neste sentido da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
Art. 66, § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.
Uma vez rejeitado o veto, será ele encaminhado, para promulgação, ao Presidente da República.
Art. 66, § 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente
da República.
Letra d.
053. (IESES/NER (TJ PA)/TJ PA/PROVIMENTO/2016) A iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, [.
.............................] do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por [..............] Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles:
a) Três por cento; oito.
b) Um por cento; cinco.
c) Dois por cento; sete.
d) Cinco por cento; dez.
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Devemos responder a questão com base nas disposições do artigo 61, §2º, da Constituição
Federal, de seguinte teor:
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Letra b.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Dentre as opções apresentadas, desta forma, apenas a forma republicana de governo não
se trata de uma cláusula pétrea.
Letra b.
055. (FUNRIO/AUD CI (CGE RO)/CGE RO/2018) Diante dos sucessivos conflitos existentes
entre os órgãos de poder sediados no Distrito Federal, inúmeros projetos normativos
surgem com o fito de resolvê-los. Dentre as limitações impostas pela Constituição Federal
pertinentes às emendas constitucionais está a vedação de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
a) penas cruéis.
b) financiamentos partidários.
c) servidões administrativas.
d) direitos individuais.
e) bens públicos.
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Os direitos individuais, dentre as opções elencadas pela questão, estão dentre as matérias que
não podem ser objeto de emenda constitucional que tenha por objeto a respectiva abolição.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Letra d.
Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
Letra e.
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De acordo com a Constituição Federal, não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir, dentre outras matérias, os direitos e garantias individuais. Importante
ressaltar o conceito de direitos e garantias individuais alcança não apenas os elencados no
artigo 5º da Constituição Federal, mas sim em toda a norma constitucional.
No caso apresentado pela questão, estamos diante do princípio da anterioridade anual, típico
exemplo de direito fundamental que não está presente no artigo 5º da Constituição Federal.
Logo, a eventual PEC que tenha por objetivo abolir este direito, tal como no enunciado da
questão, é inconstitucional por vício material.
Letra d.
058. (FGV/AJ (TJ AL)/TJ AL/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018) Um terço dos Senadores
apresentou proposta de emenda constitucional alterando a sistemática orçamentária. A
proposta foi aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por
três quintos dos votos dos respectivos membros, sendo ao final promulgada, pelo Presidente
do Senado Federal, a Emenda Constitucional WW. Acresça-se que, à época da votação, a
região norte do País fora atingida por calamidade de grandes proporções da natureza.
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De acordo com o §3º do artigo 60, “a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem”.
Logo, a situação apresentada pelo enunciado conta com vício no que se refere à promulgação,
que, em sentido oposto ao que determinado pela Constituição, foi feita pelo Presidente
do Senado Federal.
Letra d.
Aqui, estamos diante de uma questão que deve ser resolvida de acordo com as disposições
do artigo 60, §4º, da Constituição Federal, de seguinte redação:
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Letra c.
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Letra b.
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