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PROCESSO LEGISLATIVO

Teoria Geral do Processo


Legislativo

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230419178713

DIOGO SURDI

Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo


em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se
destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário
do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico
Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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Processo Legislativo
Teoria Geral do Processo Legislativo
Diogo Surdi

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Teoria Geral do Processo Legislativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Conceito e Espécies de Processos Legislativos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Sessões Legislativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Proposições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.3. Princípios Gerais do Processo Legislativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2. Emendas à Constituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.1. Fases da Emenda à Constituição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2. Limitações à Proposta de Emenda à Constituição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Medidas Provisórias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1. Características Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2. Tramitação da Medida Provisória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.3. Resultados Possíveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
3.4. Medida Provisória em matéria tributária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4. Decretos Legislativos e Resoluções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5. Processo Legislativo das Leis Ordinárias e Complementares. . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.1. Iniciativa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2. Deliberação e Votação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.3. Sanção ou Veto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.4. Promulgação e Publicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6. Leis Delegadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77

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Diogo Surdi

APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos a Teoria Geral do Processo Legislativo, conhecendo as
diversas espécies de processos e formas de tramitação. Após, conheceremos o fluxo a ser
observado para cada uma das espécies normativas admitidas em nosso ordenamento jurídico.
Grande Abraço a todos e boa aula!
Diogo

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TEORIA GERAL DO PROCESSO LEGISLATIVO

1. CONCEITO E ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS


O processo legislativo pode ser conceituado como o conjunto de atos e de procedimentos
necessários para que um ato normativo primário seja aprovado.
Os atos normativos primários são aqueles que, em linhas gerais, inovam no ordenamento
jurídico, podendo instituir obrigações e deveres para todos os particulares atingidos pelas
disposições da norma editada. Exemplo clássico de ato normativo primário são as leis e as
medidas provisórias.
Tais espécies normativas se diferenciam, por exemplo, dos atos normativos secundários,
que, em sentido contrário, não inovam no ordenamento jurídico, sendo editados, apenas,
com o objetivo de regulamentar e detalhar as normas primárias. Como exemplo de atos
secundários, temos os Decretos, as Portarias e as Resoluções Internas.
De acordo com a doutrina, o processo legislativo pode ser classificado da seguinte forma:
a) ordinários ou normais;
b) abreviados;
c) sumários;
d) sumaríssimos;
e) especiais;
f) concentrados.
O processo ordinário ou normal é aquele que não apresenta nenhuma peculiaridade
especial. Neste tipo de processo, que é o utilizado, por exemplo, para a edição das leis ordinárias,
a matéria segue o fluxo normal, ou seja, proposta, deliberação, aprovação e sanção ou veto.
Já o processo abreviado trata-se de uma novidade inserida pela Constituição Federal,
que, em seu artigo 58, §2º, I, estabelece a possibilidade das comissões discutirem e votarem
projetos de lei que dispensem a competência do Plenário.

Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:


I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário,
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;

Em caso de recurso referente ao processo abreviado, a matéria passa a ser analisada


de acordo com o rito normal ou ordinário.
O processo sumário é aquele que é utilizado para as matérias que não tenham parecer.
Para que possa ser adotado o processo sumário, que é mais célere, o requerimento deve ser
assinado por, pelo menos, 2/3 dos Senadores (54 membros), ou pelos respectivos líderes
que representem tal quórum.

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Importante mencionar que, de acordo com as disposições do regimento interno do


Senado Federal, a proposta de emenda à Constituição e o projeto de lei sobre código não
poderão tramitar pelo rito sumário. E isso ocorre na medida em que tais matérias contam
com um rito especial de tramitação.
No processo sumaríssimo, o que é levado em conta é a urgência da matéria que está sendo
analisada. Para que o processo sumaríssimo seja utilizado, dependemos de requerimento
assinado pela maioria dos Senadores (41 membros) ou líderes que representem tal quórum.
São exemplo de situações que ensejam a adoção do processo sumaríssimo as elencadas
no artigo 336, I, do regimento interno, de seguinte redação:

Art. 336. A urgência poderá ser requerida:


I – quando se trate de matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou de providência
para atender a calamidade pública;

O processo legislativo especial é utilizado para as matérias que contam com algum
tipo de peculiaridade, tal como o quórum de aprovação ou a análise pelas duas Casas
Legislativas. Como exemplo, temos o rito estabelecido para as Medidas Provisórias e para
as Emendas à Constituição.
Por fim, temos o processo concentrado, que é o que ocorre quando as duas Casas
Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) se reúnem para analisar uma
matéria de forma conjunta. Como exemplo, temos as matérias orçamentárias e os
vetos presidenciais.

Processo Característica

Ordinário ou Não apresenta nenhum tipo de peculiaridade. Trata-se do


Normal processo comumente utilizado pelas Casas Legislativas.

Trata-se da possibilidade das Comissões analisarem matérias


Abreviado
que não necessitem da competência do Plenário.

Sumário Utilizado para as matérias que não contam com parecer.

Utilizado para as matérias que necessitem de urgência em


Sumaríssimo
sua tramitação.

Processo em que algum tipo de peculiaridade ou característica


Especial
especial se faz presente.

Quando as duas Casas Legislativas analisam de forma


Concentrado
conjunta determinadas matérias.

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1.1. SESSÕES LEGISLATIVAS


As sessões legislativas podem ser definidas como o período de tempo de um ano de trabalho
das Casas Legislativas. Tais sessões podem ser tanto ordinárias quanto extraordinárias.
As sessões ordinárias são aquelas realizadas no período “normal” de tempo da sessão
legislativa, ou seja, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Já as sessões extraordinárias, por sua vez, ocorrem nos períodos de recesso parlamentar,
ou seja, de 18 a 31 de julho e de 23 de dezembro a 01 de fevereiro.

E como será que ocorrem as sessões legislativas extraordinárias? Será que todos os
parlamentares são convocados para deliberar sobre determinadas matérias?

De forma alguma! Nas sessões extraordinárias, o Congresso Nacional conta com uma
comissão representativa, que exercerá, de acordo com a proporção de parlamentares, as
funções do Poder Legislativo no período de recesso.
Ao longo do processo legislativo, tanto o Congresso Nacional quanto as respectivas
Casas (Câmara de Deputados e Senado Federal) poderão ter comissões permanentes e
temporárias, que serão constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo
regimento ou no ato de que resultar sua criação.
Uma destas comissões temporárias é a Comissão Representativa do Congresso Nacional,
conforme previsão do artigo 58, §4º, da Constituição Federal:

Art. 58, § 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional,
eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas
no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária.

Regulamentando a previsão constitucional, a Resolução n. 3/1990 estabelece, em seu


artigo 2º, a forma como será constituída a mencionada comissão representativa.

Art. 2º A Comissão Representativa do Congresso Nacional será integrada por sete senadores e
dezesseis deputados, e igual número de suplentes, eleitos pelas respectivas Casas na última
sessão ordinária de cada período legislativo, e cujo mandato coincidirá com o período de
recesso do Congresso Nacional, que se seguir à sua constituição, excluindo-se os dias destinados
às sessões preparatórias para a posse dos parlamentares eleitos e a eleição das Mesas.

A ideia, com a previsão de constituição de uma comissão representativa, é possibilitar


que as atividades do Congresso Nacional continuem sendo executadas durante o período
de recesso parlamentar.

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Por isso mesmo, a composição da comissão será formada de forma proporcional ao


número de membros em cada uma das Casas Legislativas. Este é o motivo, por exemplo,
de termos uma quantidade menor de Senadores do que de Deputados, diferente do que
ocorre, por exemplo, com a comissão destinada a analisar as medidas provisórias, que,
conforme já estudado, são formadas pelo mesmo número de Deputados e Senadores.
Sendo assim, devemos memorizar que a composição da Comissão Representativa engloba
7 Senadores e 16 Deputados, bem como os respectivos suplentes.
Os membros da comissão serão eleitos pelas Casas Legislativas na última sessão ordinária
de cada período legislativo.

1.2. PROPOSIÇÕES
De acordo com a Constituição Federal, o processo legislativo compreende a elaboração
de uma série de normas jurídicas.

Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:


I – emendas à Constituição;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – leis delegadas;
V – medidas provisórias;
VI – decretos legislativos;
VII – resoluções.

Analisaremos, em momento oportuno, o fluxo a ser observado para a aprovação de


cada uma destas normas. Neste momento, no entanto, precisamos conhecer quais são as
proposições que podem ser objeto de apresentação no Senador Federal.
As proposições podem ser conceituadas como as propostas que podem ser oferecidas no
âmbito do Senado Federal. Após a apresentação, as proposições seguem um rito estabelecido
no regimento interno, culminando na aprovação ou rejeição da respectiva matéria.

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De acordo com o artigo 211 do regimento, as seguintes proposições são passíveis de


oferecimento no Senado Federal:

Art. 211. Consistem as proposições em:


I – propostas de emenda à Constituição;
II – projetos;
III – requerimentos;
IV – indicações;
V – pareceres;
VI – emendas.

Para facilitar a compreensão, relaciono a seguir as principais características de cada


uma das proposições que podem vir a ser oferecidas no Senado Federal.

De acordo com a Constituição Federal, três são as situações que dão ensejo
à iniciativa do projeto de emenda à Constituição:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
Propostas de emenda à
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Constituição
Destas situações, duas delas poderão ter a tramitação iniciada no Senado
Federal, sendo elas:
a) a proposta apresentada por um terço, no mínimo, dos Senadores;
b) a proposta apresentada por mais da metade das Assembleias Legislativas
das Unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros;

Os projetos compreendem:
a) o projeto de lei, referente a matéria da competência do Congresso Nacional,
com sanção do Presidente da República;
b) o projeto de decreto legislativo, referente à matéria da competência exclusiva
Projetos
do Congresso Nacional.
c) o projeto de resolução sobre matéria da competência privativa do Senado.
d) o projeto de lei de consolidação, que pode ser oferecido por qualquer
Senador ou comissão;

Os requerimentos podem ser definidos como as solicitações elaboradas pelos


Senadores ou grupo de parlamentares e encaminhadas a um dos órgãos
colegiados da respectiva Casa Legislativa.
Requerimentos Tais requerimentos podem ser orais ou escritos. Quando os requerimentos
orais não forem deferidos, deverão eles ser expressos de forma escrita.
Como exemplo, podemos citar os requerimentos de pesar e os requerimentos
de homenagem.

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Indicação corresponde a sugestão de Senador ou comissão para que o assunto,


nela focalizado, seja objeto de providência ou estudo pelo órgão competente
da Casa, com a finalidade do seu esclarecimento ou formulação de proposição
legislativa.
Indicações De acordo com o regimento interno, a indicação não poderá conter:
1) consulta a qualquer comissão sobre:
a) interpretação ou aplicação de lei;
b) ato de outro Poder;
2) sugestão ou conselho a qualquer Poder.
Constitui proposição o parecer que deva ser discutido e votado pelo Plenário,
Pareceres quando não concluir pela apresentação de projeto, requerimento ou emenda.
Para a discussão e votação, o parecer será incluído em Ordem do Dia.
As emendas, como o próprio nome sugere, são proposições destinadas a
modicar parte de projeto já iniciado.
Como regra geral, é plenamente permitida a apresentação de emendas. O
regimento, no entanto, estabelece uma série de situações em que as emendas
não poderão ser apresentadas, sendo elas:
1) sem relação com a matéria da disposição que se pretenda emendar;
2) em sentido contrário à proposição quando se trate de proposta de emenda
à Constituição, projeto de lei ou de resolução;
Emendas
3) que diga respeito a mais de um dispositivo, a não ser que se trate de
modificações correlatas, de sorte que a aprovação, relativamente a um
dispositivo, envolva a necessidade de se alterarem outros;
4) que importe aumento da despesa prevista:
a) nos projetos de iniciativa do Presidente da República, ressalvadas as situações
constitucionalmente previstas.
b) nos projetos sobre organização dos serviços administrativos do Senado
Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

1.3. PRINCÍPIOS GERAIS DO PROCESSO LEGISLATIVO


Nos artigos 412 e 413 do Regimento Interno do Senado Federal, é possível identificar
uma série de princípios que devem ser observados o curso do processo legislativo.
Neste sentido, a legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância
rigorosa das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
a) a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas,
respeitados os limites regimentais;
b) modificação da norma regimental apenas por norma legislativa competente, cumpridos
rigorosamente os procedimentos regimentais;
c) impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou
decisão de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal,
resguardado o quórum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;
d) nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
e) prevalência de norma especial sobre a geral;
f) decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os princípios gerais de Direito;
g) preservação dos direitos das minorias;
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h) definição normativa, a ser observada pela Mesa em questão de ordem decidida


pela Presidência;
i) decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas estabelecidas no regimento;
j) impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido;
k) pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores
seu devido conhecimento;
l) publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos no regimento;
m) possibilidade de ampla negociação política somente por meio de procedimentos
regimentais previstos.
Frisa-se que a transgressão a qualquer desses princípios poderá ser denunciada, mediante
questão de ordem. Uma vez levantada a questão de ordem, a Presidência determinará a
apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos
registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.

Art. 412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa
das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas, respeitados
os limites regimentais;
II – modificação da norma regimental apenas por norma legislativa competente, cumpridos
rigorosamente os procedimentos regimentais;
III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão
de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal, resguardado o
quórum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;
IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
V – prevalência de norma especial sobre a geral;
VI – decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os princípios gerais de Direito;
VII – preservação dos direitos das minorias;
VIII – definição normativa, a ser observada pela Mesa em questão de ordem decidida
pela Presidência;
IX – decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas estabelecidas neste Regimento;
X – impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido;
XI – pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores seu
devido conhecimento;
XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos neste Regimento;
XIII – possibilidade de ampla negociação política somente por meio de procedimentos
regimentais previstos.
Art. 413. A transgressão a qualquer desses princípios poderá ser denunciada, mediante questão
de ordem, nos termos do disposto no art. 404.
Parágrafo único. Levantada a questão de ordem referida neste artigo, a Presidência determinará
a apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos
registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.

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2. EMENDAS À CONSTITUIÇÃO
A Constituição Federal pode ser entendida como a norma suprema de um Estado. É
por meio das disposições constitucionais, desta forma, que todos os entes federativos
encontram o fundamento para a edição de suas normas.
Consequentemente, a Constituição Federal ocupa o topo da relação hierárquica
estabelecida com as demais normas jurídicas, que, por isso mesmo, não podem estabelecer
regras contrárias ao texto constitucional.

Por isso mesmo, a Constituição, para sua emenda, exige um processo mais dificultoso,
por exemplo, do que aquele utilizado para a edição ou alteração de uma lei ordinária.
Quando estivermos diante de um projeto de emenda à constituição, o que estará sendo
utilizado é o poder constituinte derivado reformador.
Este poder se diferencia, por exemplo, do originário, que é o que estabelece a própria
Constituição e cria o ordenamento jurídico como um todo.
Ao passo que o poder constituinte originário é inicial, autônomo, incondicional e
ilimitado, o poder constituinte derivado, em sentido diverso, se caracteriza por ser derivado,
condicionado, limitado e subordinado.
Sendo assim, sempre que for apresentada uma proposta de emenda à Constituição, o
procedimento deverá atender a uma série de requisitos, limites e peculiaridades, conforme
passa-se a analisas.

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2.1. FASES DA EMENDA À CONSTITUIÇÃO


Basicamente, o processo de emenda à Constituição se desenvolve em cinco diferentes
fases, sendo elas:
a) Iniciativa;
b) Comissões
c) Plenário;
d) Revisão;
e) Promulgação;

2.1.1. INICIATIVA
De acordo com as disposições constitucionais, a Constituição Federal apenas poderá
ser emendada mediante proposta de três diferentes legitimados, sendo eles:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Sempre que a proposta for apresenta pelo Presidente da República ou por 1/3 dos
Deputados, a deliberação será analisada, inicialmente, pela Câmara dos Deputados.
Em sentido oposto, sendo a proposta iniciada por 1/3 dos Senadores ou pelas Assembleias
Legislativas (desde que atendidos os requisitos constitucionais), a deliberação terá início
no Senado Federal.

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2.1.2. COMISSÕES
Após ter início, a proposta de emenda à Constituição será objeto de análise por diversas
comissões das respectivas Casas Legislativas.
Como exemplo, podemos citar a análise, no âmbito do Senado Federal, por parte da Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania, conforme previsão do regimento interno do Senado:

Art. 356. A proposta será despachada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que
terá prazo de até trinta dias, contado da data do despacho da Presidência, para emitir parecer.
Parágrafo único. O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que concluir pela
apresentação de emenda deverá conter assinaturas de Senadores que, complementando as dos
membros da Comissão, compreendam, no mínimo, um terço dos membros do Senado.

Cada uma das comissões, após análise, emitirá um parecer. Neste ponto da matéria,
uma observação merece ser feita: ao contrário do que acontece com a tramitação das leis,
onde as comissões, em determinadas matérias, podem aprovar sem a necessidade de
análise do Plenário, tal possibilidade não ocorre com relação às emendas à Constituição.
Assim, é correto afirmar que a aprovação da emenda à Constituição exige,
obrigatoriamente, a votação por parte do Plenário de cada uma das Casas Legislativas.

2.1.3. DELIBERAÇÃO E APROVAÇÃO


Estabelece o artigo 60, §2º, da Constituição Federal, que “a proposta será discutida e
votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada
se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”.
Observa-se assim que o processo de aprovação de uma emenda à Constituição é muito
mais dificultoso do que o previsto para as demais normas legislativas.
Neste sentido, todas as PECs deverão ser discutidas e votadas, em cada Casa Legislativa,
em dois turnos, apenas sendo aprovadas caso obtenham, em ambos os turnos, a votação
mínima de 3/5 dos membros da respectiva Casa Legislativa.

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Questão interessante refere-se ao intervalo de tempo necessário para que as PECs


possam ser analisadas e votadas em dois turnos.
Não faria nenhum sentido a exigência constitucional de dois turnos de votação caso
ambos os procedimentos pudessem ser realizados ao mesmo momento, não é mesmo?
Na tentativa de disciplinar esta previsão, o regimento interno de cada uma das Casas
Legislativas estabelece um limite mínimo de tempo a ser observado antes que a PEC seja
discutida e votada no segundo turno.
No âmbito do Senado Federal, o artigo 362 determina que “o interstício entre o primeiro
e o segundo turno será de, no mínimo, cinco dias úteis”.
Na Câmara dos Deputados, por sua vez, a previsão do artigo 202, §6º é de que seja
observado um intervalo mínimo de 5 sessões ordinárias entre as deliberações e votações
de primeiro e segundo turno.
Não obstante as previsões dos respectivos regimentos, o STF possui entendimento
consolidado de que as atividades de primeiro e segundo turno podem ser realizadas no
mesmo dia, haja vista que a Constituição Federal não estabeleceu um limite mínimo de
tempo a ser observado entre as votações.

2.1.4. REVISÃO

Caso a PEC tenha iniciado na Câmara dos Deputados, será ela encaminhada, para
revisão, ao Senado Federal. Em sentido contrário, as propostas de emenda à Constituição
que tenham iniciado no Senado Federal serão revistas pela Câmara dos Deputados.
Tanto no momento da votação quanto da respectiva revisão, a PEC deverá ser aprovada,
em dois turnos, por quórum mínimo de 3/5 dos respectivos membros.

2.1.5. PROMULGAÇÃO

Tendo sido aprovada, a proposta de emenda à Constituição será promulgada pelas


Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conforme previsão constitucional.

Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

Após a promulgação, a PEC será remetida para publicação na imprensa oficial, momento
em que passará a vincular, como regra geral, todas as relações jurídicas abrangidas pela
respectiva alteração.

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Obs.: A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada


não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Considerando que as sessões legislativas possuem a duração de 1 ano, a PEC que for
rejeitada ou que tiver sido prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta
na sessão legislativa em curso.

Outro ponto que merece destaque é o papel do Presidente da República no curso no


processo legislativo destinado à aprovação das emendas à Constituição.
Em sentido contrário ao que ocorre com grande parte dos demais processos legislativos,
as propostas de emenda não são passíveis de veto ou de sanção do Chefe do Poder
Executivo. Consequentemente, tendo sido a PEC aprovada pelas Casas Legislativas, segue
ela diretamente para promulgação e publicação.
É correto afirmar, neste sentido, que o papel do Presidente da República, no curso da
PEC, limita-se à fase iniciativa, ou seja, ao momento que a proposta é apresentada.

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2.2. LIMITAÇÕES À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO


Considerando que a proposta de emenda à Constituição implica na alteração de parte
do ordenamento jurídico até então estabelecido, uma série de limitações são impostas
ao processo legislativo de emenda.
Tais limitações, de acordo com a doutrina, podem ser classificadas em:
a) circunstanciais;
b) procedimentais;
c) materiais;

2.2.1. LIMITAÇÕES CIRCUNSTANCIAIS

As limitações circunstanciais possuem o objetivo de evitar que a Constituição Federal


seja emendada durante a vigência de situações excepcionais que possam colocar em risco
o bem estar da coletividade.
Nestas situações, o entendimento é de que há uma verdadeira instabilidade por parte
das instituições democráticas. Logo, uma emenda à Constituição, nestas situações, poderia
colocar em risco grande parte dos direitos e garantias da população.
De acordo com o texto constitucional, são limites circunstanciais, ou seja, situações
em que a Constituição Federal não poderá ser emendada:
a) intervenção federal;
b) estado de sítio;
c) estado de defesa;

2.2.2. LIMITAÇÕES PROCEDIMENTAIS

As limitações procedimentais são aquelas que implicam em um procedimento mais


dificultoso para a aprovação da emenda do que o utilizado, por exemplo, para as leis e as
demais normas legislativas.
Como anteriormente analisado, para que uma proposta de emenda à Constituição
seja aprovada, necessita ela atender a uma série de requisitos, regras estas que não estão
presentes quando da aprovação das demais normas jurídicas.
Sendo assim, podemos afirmar que são limites procedimentais à aprovação de uma PCE:
a) obrigatoriedade de discussão e aprovação, em dois turnos, em cada uma das
Casas Legislativas;
b) necessidade, para aprovação, de votação mínima de 3/5 dos membros das respectivas
Casas Legislativas;
c) impossibilidade de sanção ou veto por parte do Presidente da República;

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2.2.3. LIMITAÇÕES MATERIAIS

De todas as limitações, as materiais são, sem dúvida, as mais exigidas nas provas de
concursos públicos.
Tais limitações podem ser definidas como o núcleo inatingível de matérias que não
podem sequer ser objeto de deliberação, conforme previsão da Constituição Federal.

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.

Todas estas matérias, em conjunto, formam aquilo que a doutrina denomina de “cláusulas
pétreas”, ou seja, cláusulas intocáveis, imodificáveis.
Para facilitar a compreensão, relaciono a seguir todas as limitações a serem observadas
pelas propostas de emenda à Constituição (PEC):

São procedimentos a serem observados para a aprovação de Emenda


à Constituição Federal:
a) obrigatoriedade de discussão e aprovação, em dois turnos, em cada
uma das Casas Legislativas;
Limitações Procedimentais
b) necessidade, para aprovação, de votação mínima de 3/5 dos
membros das respectivas Casas Legislativas;
c) impossibilidade de sanção ou veto por parte do Presidente da
República;

A Constituição não poderá ser emendada na vigência de:


a) intervenção federal;
Limitações Circunstanciais
b) estado de defesa;
c) estado de sítio;

Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a


abolir:
a) a forma federativa de Estado;
Limitações Materiais
b) o voto direto, secreto, universal e periódico;
c) a separação dos Poderes;
d) os direitos e garantias individuais.

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3. MEDIDAS PROVISÓRIAS

3.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS


Como decorrência do exercício da atividade atípica de legislar é que a Constituição
Federal assegura ao Poder Executivo a possibilidade de edição de medidas provisórias.

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

Como se observa da análise do dispositivo constitucional, dois são os requisitos que devem
ser atendidos para que a edição da medida provisória seja possível: relevância e urgência.
A relevância está relacionada com o fato das medidas provisórias apenas poderem
ser editadas com o objetivo de sanar situações graves e de grande importância. Caso as
situações não sejam relevantes (graves e importantes), não há que se falar em medida
provisória. Por isso mesmo, apenas as situações relevantes é que poderão ser objeto de
utilização da mencionada norma legislativa.
A urgência relaciona-se com a necessidade de adoção, pelo Poder Público, de medidas
imediatas e que não podem esperar o fluxo legislativo utilizado para a aprovação das demais
normas jurídicas (como, por exemplo, as leis). Assim, com a medida provisória, a ideia é possibilitar
um procedimento mais célere (urgente) do que o utilizado nas demais normas legislativas.
Logo, as matérias objeto de medida provisória são aquelas que não podem aguardar o
decurso do tempo, uma vez que estão relacionadas com questões consideradas imprescindíveis
para o bem estar da coletividade.

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Não são todas as matérias que podem ser objeto de edição de medida provisórias. Em
sentido oposto, a Constituição Federal estabelece que, para determinados questões, é
obrigatória a utilização da função típica do Poder Legislativo, ou seja, a função de legislar.
Nestas matérias, apenas o Poder Legislativo, por meio da edição de lei, é que poderá
estabelecer regras e “legislar” sobre os respectivos assuntos.

Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro
ativo financeiro;
III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção
ou veto do Presidente da República;

Após a edição, devem as medidas provisórias, no prazo de 60 dias, ser convertidas em


lei. Com a edição da lei, o objetivo é conferir uma maior segurança jurídica aos administrados
que estão sendo afetados com os assuntos previstos na medida provisória.
Em caso de necessidade, o prazo para conversão poderá ser prorrogado por mais 60
dias, após o qual a medida provisória perde sua eficácia.

No entanto, não seria justo que a população fosse prejudicada em virtude da perda da
eficácia da medida provisória, não é mesmo?

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Por isso mesmo é que a Constituição Federal determina que caberá ao Congresso Nacional,
no caso de não conversão em lei da medida provisória, regulamentar, por meio de Decreto
Legislativo, as relações jurídicas decorrentes do período em que a medida esteve em vigor.

Art. 62, § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde
a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos
do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

Caso, mesmo com a previsão constitucional, o Decreto Legislativo não seja editado no
prazo de 60 dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações
jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência continuarão
regidas pela medida provisória.
Aqui, a ideia do legislador constituinte foi a de garantir a segurança jurídica dos
administrados em virtude da omissão ao cumprimento de uma determinação constitucional.

O legislador edita uma medida provisória estabelecendo, por exemplo, que determinados
grupos de pessoas atingidos por desastres naturais teriam direito ao recebimento de um
benefício financeiro.
No entanto, passado o prazo de 60 dias, bem como eventual prorrogação, a medida provisória
não é convertida em lei.
Nesta situação, uma série de questões precisam ser melhor organizadas: Até quando o
benefício será pago? Com a não conversão em lei, novas famílias terão ainda direito?
Para regular estas “relações jurídicas”, deve o Congresso Nacional editar um Decreto Legislativo.
Contudo, caso o mencionado decreto não seja editado no prazo de 60 dias após a rejeição ou
perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de
atos praticados durante sua vigência continuarão regidas pela medida provisória.
Assim, caso o Decreto Legislativo não seja editado no prazo constitucional, os particulares regidos
pelo mencionado benefício continuarão tendo o direito ao recebimento do benefício de acordo
com as regras da medida provisória (ainda que esta, efetivamente, não esteja mais em vigor).

3.2. TRAMITAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA


Após a edição, pelo Presidente da República, da medida provisória, deverá este remeter
ao Congresso Nacional, no dia da publicação no Diário Oficial da União, o respectivo texto.
Juntamente com o teor da medida, será remetido, pelo Presidente da República,
mensagem e documento expondo a motivação para a edição do ato.
Nas 48 horas que se seguirem à publicação, no Diário Oficial da União, de Medida
Provisória adotada pelo Presidente da República, a Presidência da Mesa do Congresso
Nacional fará publicar e distribuir avulsos da matéria e designará Comissão Mista para
emitir parecer sobre ela.

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Neste sentido, por exemplo, é a previsão do artigo 62, § 9º, da Constituição Federal, de
seguinte redação:

Art. 62, § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias
e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das Casas do Congresso Nacional.

A mencionada Comissão Mista desempenha um importante papel no processo de análise


e aprovação das medidas provisórias. O termo “comissão mista”, por sua vez, refere-se ao
fato da comissão ser composta tanto por Deputados quanto por Senadores.
Vejamos agora uma importante exceção à regra da designação da Comissão Mista.
Como anteriormente informado, diversas são as matérias que podem ser objeto de
medida provisória. O que deve ser observado, no momento da edição, é o fato da norma
não recair sobre matérias vedadas pela Constituição e, principalmente, por estarem
presentes os requisitos da relevância e urgência.
Uma das situações em que poderemos ter a edição de uma medida provisória é na
abertura de crédito extraordinário para atender a despesas imprevisíveis e urgentes,
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.
Quando ocorrer tal situação, quem analisará e emitirá um parecer sobre o teor da
medida provisória será, ao contrário do que ocorre com as demais situação de MP, será a
Comissão Mista Permanente de Deputados e Senadores.

Nos 6 primeiros dias que se seguirem à publicação da Medida Provisória no Diário


Oficial da União, poderão a ela ser oferecidas emendas, que deverão ser protocolizadas na
Secretária-Geral da Mesa do Senado Federal.

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Todas as emendas deverão ser oferecidas, obrigatoriamente, perante a Comissão Mista


designada para a análise e emissão de parecer sobre as MP.
Caso, quando da edição da medida provisória, o Congresso Nacional esteja examinando um
projeto relacionado com a matéria objeto da medida, poderá o autor, no prazo estabelecido
para o oferecimento de emendas, solicitar à comissão mista que o seu projeto tramite
em conjunto com a medida provisória, sob a forma de emenda.
A ideia, com a medida, é tornar as ações do Congresso Nacional (e mais especificamente
da Comissão Mista) mais eficientes e céleres. Assim, caso estejamos diante de uma medida
provisória e de outro projeto legislativo que verse sobre a mesma matéria, nada mais natural
do que, caso haja interesse do autor, a tramitação em conjunto.
Caso o autor opte por solicitar que o projeto tramite sob a forma de emenda, poderemos
ter dois diferentes resultados:
a) caso a Medida Provisória seja apreciada e siga o rumo de aprovação, o projeto será
declarado prejudicado e arquivado.
b) caso a Medida Provisória seja rejeitada por ser inconstitucional, o projeto retornará
ao seu curso normal.

Informação importante refere-se ao quórum mínimo exigido para que a Comissão Mista
inicie os trabalhos, delibere e tome as decisões necessárias.
Para o início das atividades, exige-se a presença de, pelo menos 1/3 dos membros de
cada uma das Casas, aferida mediante assinatura no livro de presenças.
As deliberações, por sua vez, apenas podem ser tomadas quando for atingido o quórum
mínimo da maioria absoluta de cada uma das Casas Legislativas.
Por fim, deveremos ter, para as tomada de decisões, o quórum da maioria de votos.

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3.3. RESULTADOS POSSÍVEIS


Em linhas gerais, quatro são os resultados possíveis para a Medida Provisória, a saber:
a) aprovação sem alteração
b) aprovação com alteração
c) arquivamento
d) rejeição
e) não apreciação

3.3.1. APROVAÇÃO COM OU SEM ALTERAÇÃO

Com a entrega do parecer (que poderá vir acompanhado do projeto de lei de conversão
e do projeto de decreto legislativo), o trabalho da Comissão Mista estará finalizado.
Este importante papel da comissão mista é previsto, inclusive, no texto do artigo 62,
§9º, da Constituição Federal, de seguinte redação:

Art. 62, § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias
e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de
cada uma das Casas do Congresso Nacional.

As etapas subsequentes, a partir de então, são realizadas pelas duas Casas do Congresso
Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal). De acordo com a Constituição Federal,
as medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.

Art. 62, § 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados.

Regulamentando a disposição, a Resolução em estudo estabelece que, aprovada na


Câmara dos Deputados, a matéria será encaminhada ao Senado Federal, que, para apreciá-
la, terá até o 42º dia de vigência da Medida Provisória, contado da sua publicação no
Diário Oficial da União.
O texto aprovado pela Câmara dos Deputados será encaminhado ao Senado Federal
em autógrafos, acompanhado do respectivo processo, que incluirá matéria eventualmente
rejeitada naquela Casa.
Havendo modificação no Senado Federal, ainda que decorrente de restabelecimento de
matéria ou emenda rejeitada na Câmara dos Deputados, ou de destaque supressivo, será
esta encaminhada para exame na Casa iniciadora (Câmara dos Deputados), sob a forma
de emenda, a ser apreciada em turno único, vedadas quaisquer novas alterações.

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Tendo recebido a emenda, a Câmara dos Deputados deverá apreciar as modificações


do Senado Federal no prazo de até 3 dias.

Aprovada a medida provisória sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo
Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, como lei, no Diário Oficial da União.
Por sua vez, quando for aprovada a medida provisória com alterações, teremos a edição
de um projeto de lei de conversão em lei. Nesta hipótese, uma vez aprovado o projeto de lei
de conversão, será ele enviado, pela Casa onde houver sido concluída a votação, à sanção
ou veto do Presidente da República.

Importante frisar que, uma vez aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto
original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.

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3.3.2. ARQUIVAMENTO

O Plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional decidirá, em apreciação


preliminar, o atendimento ou não dos pressupostos constitucionais de relevância e
urgência de Medida Provisória ou, ainda, de sua inadequação financeira ou orçamentária.

Art. 62, § 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas
provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.

Tal decisão ocorrerá antes do exame de mérito, sem a necessidade de interposição de


recurso, para, ato contínuo, se for o caso, deliberar sobre o mérito.
Se o Plenário da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal decidir no sentido do
não atendimento dos pressupostos constitucionais ou da inadequação financeira ou
orçamentária da Medida Provisória, esta será arquivada.

3.3.3. REJEIÇÃO

Rejeitada a Medida Provisória por qualquer das Casas, o Presidente da Casa que assim se
pronunciar comunicará o fato imediatamente ao Presidente da República, fazendo publicar
no Diário Oficial da União ato declaratório de rejeição de Medida Provisória.
Tendo ocorrido a rejeição, deverá o Congresso Nacional disciplinar, por meio de Decreto
Legislativo, as relações jurídicas decorrentes do período em que a Medida Provisória
estava em vigor.
Não sendo editado o mencionado decreto legislativo no prazo de até 60 dias após
a rejeição da medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de
atos praticados durante a vigência da medida provisória continuarão sendo regidas
por tal norma.
Importante salientar que, de acordo com o texto da Constituição Federal, é vedada a
reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou
que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Art. 62, § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha
sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Não devemos confundir este período de vedação, no entanto, com a legislatura,


que tem duração de 4 anos. A sessão legislativa, em sentido contrário, abrande o
período de tempo anual em que são realizadas as reuniões de cada uma das Casas do
Congresso Nacional.

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3.3.4. NÃO APRECIAÇÃO

Caso a Medida Provisória não seja apreciada, em até 45 dias contados de sua publicação
no Diário Oficial da União, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada
uma das Casas do Congresso Nacional.
Nesta situação, todas as demais deliberações legislativas do Plenário da Casa em que
estiver tramitando ficarão sobrestadas até que se ultime a votação.

Art. 62, § 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados
de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas
do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

Como anteriormente afirmado, o prazo de vigência da medida provisória é de 60 dias,


prazo este que poderá ser prorrogado por mais 60 dias.
Neste sentido, a Constituição Federal (art. 62, §7º) estabelece que “prorrogar-se-á
uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta
dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do
Congresso Nacional”.
A prorrogação do prazo de vigência de Medida Provisória será comunicada em ato do
Presidente da Mesa do Congresso Nacional, que será publicado no Diário Oficial da União.
Entretanto, deve ser mencionado que a prorrogação do prazo de vigência de Medida
Provisória não restaura os prazos da Casa do Congresso Nacional que estiver em atraso.
Sendo assim, ainda que ocorra a prorrogação, deverão as Casas do Congresso Nacional
observar os prazos anteriormente previstos para a efetivação das medidas necessárias.

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Com relação aos prazos a serem observados no âmbito da tramitação da medida


provisória, merece ser destacado que estes serão suspensos durante o período de recesso
do Congresso Nacional. Assim sendo, a contagem é paralisada quando tiver início o recesso
parlamentar, retomando, após o período de recesso, com o saldo de dias ainda existentes.

Art. 62, § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia,


desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos
termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por
decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-
se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.

E o que será que acontece quando uma medida provisória é editada durante o período
de recesso parlamentar?
Nesta situação, a contagem dos prazos, já de início, ficará suspensa, tendo início apenas
no primeiro dia da sessão legislativa ordinária ou extraordinária que se seguir à publicação
da medida provisória.

3.4. MEDIDA PROVISÓRIA EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA


Estabelece a Constituição Federal, em seu artigo 62, § 2º, a seguinte redação:

Art. 62, § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os
previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte
se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Temos aqui uma importante previsão, repleta de conceitos relacionados com o Direito
Tributário. Vamos entender melhor tudo isso?
Inicialmente, deve ser salientado que a Constituição Federal não veda a possibilidade
de edição de uma medida provisória em matéria tributária. O que a norma determina é que
sempre que a medida implicar em instituição ou majoração de impostos, apenas poderá,
como regra geral, produzir efeitos no exercício financeiro seguinte caso tenha sido convertida
em lei até o último dia do exercício em que foi editada.
Logo, o que a Constituição Federal está determinando, em outros termos, é que o
período anterior à conversão em lei da medida provisória (que, como vimos, pode ser de
60 dias prorrogáveis por mais 60 dias) não conta para fins de anterioridade tributária.
De acordo com o princípio da anterioridade, a instituição ou a majoração de imposto
apenas poderá ser exigida no exercício subsequente àquele em que a norma foi editada.
Evita-se, com o mencionado princípio, que os administrados sejam surpreendidos com uma
oneração que até então não contavam.

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Ao observar o princípio da anterioridade, a Administração Pública possibilita que a


população planeje de uma melhor forma como irá fazer para arcar com o aumento de
suas despesas.
Assim, caso estejamos diante de uma medida provisória que tenha como objeto a
majoração ou instituição de impostos, o prazo, para fins de contagem da anterioridade,
apenas começa a correr após o momento em que a MP for convertida em lei.

Caso tenhamos a edição, em 10 de novembro de 2023, de uma medida provisória majorando


o Imposto de Renda, esta poderá ou não vir a ser convertida em lei no ano de 2023.
Sendo convertida em lei no mesmo exercício financeiro (em 2023), a majoração já poderá ser
exigida da população em 2024.
Em sentido diverso, caso a medida apenas seja convertida em lei, por exemplo, em 10 de
janeiro do ano seguinte, a majoração do mencionado imposto apenas poderá ser exigida da
população no ano de 2025.

A regra constitucional em análise, contudo, não alcança todos os impostos. Diversamente,


são impostos que não precisam observar o princípio da anterioridade anual em relação
à conversão em lei da medida provisória:
a) imposto de importação de produtos estrangeiros (II);
b) imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
c) imposto de produtos industrializados (IPI);
d) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários (IOF);
e) imposto extraordinário na iminência ou no caso de guerra externa;
Caso algum dos impostos elencados seja instituído ou majorado por meio de medida
provisória, a cobrança poderá ser exigida imediatamente, não havendo necessidade,
conforme já informado, de observância da conversão da medida provisória em lei.

4. DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES


O Decreto Legislativo trata da norma destinada a disciplinar as matérias cuja competência
seja, nos termos da Constituição Federal, exclusivamente previstas para o Congresso Nacional.
A Constituição não estabelece um fluxo a ser observado para a tramitação, cabendo
tal medida, desta forma, ao regimento interno do Congresso.
Para fins de prova, precisamos saber que os Decretos Legislativos serão discutidos
e aprovados nas duas Casas do Congresso, ou seja, na Câmara dos Deputados e no
Senado Federal.

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Após a aprovação, a promulgação será realizada pelo Presidente do Senado Federal,


que exerce as funções de Presidente do Congresso Nacional.
Assim como acontece com as PECs, os Decretos Legislativos não se submetem à sanção
ou veto por parte do Presidente da República.
Como exemplo de Decreto Legislativo, podemos citar o editado com o objetivo de
regulamentar as relações jurídicas decorrentes da perda da eficácia de medida provisória
não convertida em lei.

As Resoluções são atos que podem ser expedidos pelo Congresso Nacional e por cada
uma das Casas Legislativas.
Neste sentido, parte da doutrina chega a afirmar que a diferença fundamental entre
as Resoluções e os Decretos Legislativos está no fato de que as primeiras possuem efeitos
internos, ao passo que os decretos possuem a capacidade de produzirem efeitos externos.
Importante salientar, no entanto, que tal entendimento está longe de ser pacificado,
haja vista que inúmeras são as Resoluções que, quando editadas, geram efeitos perante
terceiros, ou seja, efeitos externos.
Um exemplo típico desta situação são as resoluções editadas pelo Senado Federal com
o objetivo de suspender os efeitos das leis declaradas inconstitucionais pelo Supremo
Tribunal Federal.

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5. PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS ORDINÁRIAS E


COMPLEMENTARES
O processo de aprovação de uma lei envolve, basicamente, quatro importantes fases,
sendo elas:
a) iniciativa;
b) deliberação e votação;
c) sanção ou veto;
d) promulgação e publicação;

5.1. INICIATIVA
A iniciativa está relacionada com as pessoas que podem dar início ao processo legislativo
de edição das leis. Neste sentido, precisamos fazer uso das disposições do artigo 61 da
Constituição Federal, que estabelece os legitimados para dar início ao trâmite das leis
ordinárias e das leis complementares.

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

De acordo com a doutrina, a iniciativa pode ser classificada em comum (ou concorrente),
exclusiva (ou privativa) e popular.

5.1.1. INICIATIVA CONCORRENTE


No âmbito da iniciativa concorrente, a competência pode ser exercida por mais de uma
pessoa ou órgão, e não apenas por um legitimado.
A iniciativa concorrente ou comum é a regra em nosso ordenamento jurídico. Assim,
devemos memorizar que poderão dar início ao processo legislativo das leis ordinárias e
complementares, as seguintes autoridades:
a) Comissão da Câmara dos Deputados;
b) Comissão do Senado Federal;
c) Comissão do Congresso Nacional;
d) Deputado Federal;
e) Senador;
f) Presidente da República;
g) Supremo Tribunal Federal;
h) Tribunais Superiores;
i) Procurador Geral da República;
j) Cidadãos;

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Todas estes órgãos ou pessoas, desde que atendidos os requisitos estabelecidos na


Constituição Federal, são competentes para dar início à tramitação de uma lei ordinária
ou complementar.
Mas e qual seria a Casa Legislativa onde o projeto de lei tramitaria inicialmente?
A resposta é que depende de quem deu início. Assim, sempre que a iniciativa for de
um membro ou Comissão da Câmara dos Deputados ou, ainda, de pessoas ou órgãos que
não façam parte do Poder Legislativo, o projeto de lei terá sua tramitação iniciando na
Câmara dos Deputados.
Em sentido oposto, sempre que a iniciativa for de um membro ou Comissão do Senado
Federal, ou então de órgãos ou pessoas vinculadas ao Poder Legislativo, a tramitação será
iniciada no Senado Federal.

Em seu artigo 93, a Constituição Federal estabelece que “Lei complementar, de iniciativa
do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os
seguintes princípios (...)”.
Aqui, estamos diante de uma lei complementar que deve ser iniciada pelo Supremo
Tribunal Federal.
E onde tramitará, inicialmente, esta lei? Na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal?
Como o STF não faz parte do Poder Legislativo, mas sim do Poder Judiciário, a iniciativa
tramitará, inicialmente, na Câmara dos Deputados.

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5.1.2. INICIATIVA PRIVATIVA

Em sentido contrário ao que ocorre com a iniciativa comum ou concorrente, as situações


de iniciativa privativa são aquelas em que o projeto de lei apenas poderá ter início pela
autoridade designada pela norma legal.
Deve ser salientado, neste sentido, que a competência privativa é tratada, apenas no
que se refere à iniciativa para as leis, como sinônimo de competência exclusiva.
De igual forma, devemos saber que, ainda que a competência seja classificada como
privativa (sendo, por isso mesmo, atribuída apenas a um órgão ou autoridade), pode o
legitimado escolher, de acordo com a conveniência e oportunidade, o melhor momento
para dar início ao processo legislativo.
Esta é a regra geral. Em caráter de exceção, temos as situações em que o projeto de
lei de iniciativa exclusiva possui um prazo previsto na Constituição Federal para ser
iniciado. Nestas situações, poderá o legitimado privativo ser “forçado” a executar a sua
competência, uma vez que o que estará em risco, neste caso, é o bem estar da coletividade
como um todo.

No âmbito do processo legislativo, temos que conhecer as situações que, de acordo


com a Constituição Federal, ensejam a competência privativa do Presidente da República
para o início dos projetos de lei.

Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou
aumento de sua remuneração;

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b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos


e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade
e aposentadoria;
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal
e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva.

Em todas as situações elencadas, apenas o Presidente da República poderá dar início


aos projetos de lei, seja ela ordinária ou complementar.
No caso de outra autoridade dar início a um projeto relacionado com uma das
matérias previstas no mencionado artigo, estaremos diante de inconstitucionalidade
formal subjetiva.
O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua
iniciativa. Quando ocorrer a solicitação, estaremos diante daquilo que a doutrina conceitua
como processo legislativo sumário.
Basicamente, a diferença entre o processo sumário e o processo ordinário (que é o
utilizado no rito normal de tramitação) é que, no processo ordinário, as Casas Legislativas
não possuem um prazo máximo para a apreciação do projeto de lei.
No processo legislativo sumário, diversamente, a Constituição Federal elenca uma série
de regras específicas e intimamente relacionadas com o prazo para apreciação das matérias.
Além disso, merece ser destacado que dois são os requisitos que devem ser atendidos
para que o processo legislativo ordinário se faça presente, sendo eles:
a) o projeto de lei ser de iniciativa do Presidente da República;
b) o legitimado (Presidente da República) solicitar urgência na apreciação para as
Casas Legislativas.
Caso a urgência seja solicitada e a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não
se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até 45 dias, serão
sobrestadas todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das
que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação.
Deve ser salientado, no entanto, que o prazo em questão não corre nos períodos de
recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.

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Ainda com relação aos prazos, a Constituição Federal estabelece que, no curso do
processo legislativo sumário, a apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara
dos Deputados deverão ser feitas no prazo de 10 dias.

No curso da iniciativa privativa, merecem ser destacadas uma série de características


relacionadas com o processo legislativo como um todo.
a) A exclusividade apenas está relacionada com a iniciativa do projeto de lei. Após este
ter início, o processo legislativo a ser observado é o mesmo do que o utilizado para os demais
legitimados, com a possibilidade de emendas e com a obrigatoriedade de tramitação pelas
duas Casas Legislativas (inicial e revisional).
b) Caso a iniciativa para o projeto de lei seja exclusiva e outro seja o legitimado que tenha
dado início ao processo legislativo, a eventual sanção do Presidente da República não
convalida o vício de forma.
Na visão do STF, mesmo que a sanção tenha ocorrido, a norma estará completamente prejudicada
por vício formal em sua iniciativa, sendo, por isso mesmo, considerada inconstitucional.
c) Situação semelhante ocorre com a apresentação de emendas que não tenham
pertinência temática com a matéria decorrente do projeto de lei em curso. A título de
exemplo, podemos citar uma norma destinada a estabelecer a remuneração dos servidores
públicos, mas que, em uma emenda, estabelece regras relacionadas com o direito penal.
Nesta situação, assim como ocorre com o vício de iniciativa, a eventual sanção do Presidente
da República não convalida a norma, que estará prejudicada por vício de emenda.

5.1.3. INICIATIVA POPULAR


Como forma de assegurar que a democracia seja exercida em sua plenitude, a
Constituição Federal tratou se estabelecer diversas regras a serem observadas pelos
cidadãos, quer no exercício do direito de votar, quer na possibilidade de serem eleitos como
representantes do povo.
Assim, podemos conceituar os Direitos Políticos como a possibilidade dos particulares
participarem, direta ou indiretamente, do processo democrático.

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A participação direta dos cidadãos ocorre, nos termos da Constituição Federal, por meio
de plebiscito, referendo e iniciativa popular.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

No curso da iniciativa popular, diversas são as medidas que podem ser adotadas. Dentre
elas, temos a possibilidade dos cidadãos, desde que atendidos os requisitos expressos no
texto constitucional, darem início a projetos de lei.

DICA
A Constituição Federal não estabelece a possibilidade da
iniciativa popular para a proposta de Emenda à Constituição,
mas sim apenas das leis (ordinárias e complementares).
Assim, ainda que parte da doutrina entenda que a iniciativa
popular pode ser utilizada para dar início a uma PEC, as
questões de prova exigem, quase sempre, a literalidade do
texto constitucional, ou seja, de que a iniciativa popular
se restringe à proposta de lei ordinária ou complementar.

E quais são as regras a serem observadas para que possamos ter início a um projeto de
lei decorrente de iniciativa popular?
A resposta nos é dada pelo artigo 61, §2º, da Constituição Federal, de seguinte redação:

Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Observa-se assim que o quórum exigido pela Constituição não é fácil de ser alcançado.
Para memorizarmos tais requisitos, podemos dividir as exigências constitucionais em três
partes, da seguintes forma:
a) projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional;
b) a porcentagem mínima exigida de eleitores (1%) deve estar distribuída em, pelo menos,
5 estados da federação;
c) em cada um destes estados, a porcentagem de eleitores deve ser de, pelo menos, 0,3%
(três décimos);

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Os requisitos elencados, frisa-se, são os exigidos para a apresentação de projetos de lei


no âmbito federal, oportunidade em que deverão ser apresentados à Câmara dos Deputados.
Neste sentido, é possível identificar uma série de características do projeto de lei
decorrente de iniciativa popular, a saber:
a) Ao contrário do que ocorre com os demais legitimados, o projeto de lei que seja oriundo
da iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma. Assim, ainda que o projeto
inicial não seja elaborado de acordo com os preceitos da boa técnica legislativa, não é possível
a rejeição mediante a alegação de que a forma correta não foi observada. Em sentido oposto,
deve a Câmara dos Deputados, nesta situação, providenciar a correção das irregularidades
formais apresentadas.
b) Tanto as leis ordinárias quanto as leis complementares poderão ser objeto de lei
decorrente de iniciativa popular. No entanto, em ambas as espécies normativas deverá ser
observada a regra que determina que apenas um assunto poderá ser o objeto da futura lei.
No âmbito dos Estados, não temos uma lista de requisitos a serem observados para
que a iniciativa popular possa ser exercida. Em sentido diverso, a Constituição apenas
estabelece, em seu artigo 27, §4º, que “a lei disporá sobre a iniciativa popular no processo
legislativo estadual”.
Nos Municípios, os projetos de lei podem ser apresentados à Câmara de Vereadores
sempre que contem com a manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado, conforme
previsão do artigo 29, XIII:

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo
de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado
e os seguintes preceitos:
XIII – iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de
bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado;

a) projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional;


b) a porcentagem mínima exigida de eleitores (1%) deve estar distribuída
Iniciativa popular federal em, pelo menos, 5 estados da federação;
c) em cada um destes estados, a porcentagem de eleitores deve ser de,
pelo menos, 0,3% (três décimos);

Iniciativa popular estadual A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Iniciativa popular municipal Manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado.

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5.2. DELIBERAÇÃO E VOTAÇÃO


Como decorrência do bicameralismo federativo, as deliberações das leis serão feitas
em ambas as Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal).
Uma vez que o projeto de lei teve início em uma destas Casas, caberá a outra a revisão
do projeto de lei. Em ambas, no entanto, poderão ser apresentadas emendas ao projeto
inicialmente apresentado, conforme veremos em momento oportuno.
Consiste a deliberação, desta forma, no momento em que as Casas Legislativas discutem
e analisam, seja inicialmente, seja por meio de revisão, cada um dos artigos que farão parte
da futura norma legislativa.
De acordo com o artigo 64 da Constituição, “A discussão e votação dos projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores
terão início na Câmara dos Deputados”.

5.2.1. FASE DAS COMISSÕES


Merece destaque, no âmbito da deliberação, o papel das comissões. De acordo com a
Constituição Federal, bem como com o regimento interno de cada uma das Casas Legislativas,
poderão ser constituídas comissões temporárias e definitivas.
Na constituição de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
Dentre as competências das comissões, está a de analisar e emitir um parecer sobre
a matéria legislativa que está tramitando em cada Casa do Congresso Nacional.
Em determinadas situações, no entanto, poderá a Comissão discutir e votar projeto
de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário. O mais comum,
porém, é a comissão se limitar à emissão de um parecer.

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da
respectiva Casa.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário,
salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;

Como exemplo de comissões, podemos citar a Comissão de Direitos Humanos, a Comissão


de Educação ou a Comissão de Agricultura. Nos projetos de lei que estejam relacionados
com as matérias objeto da constituição da comissão, caberá a cada uma analisar o texto
apresentado e emitir um parecer.

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Dentre as comissões, uma delas merece destaque. Trata-se da Comissão de Constituição


e Justiça, que será constituída tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.
A CCJ, como é conhecida, é responsável pela análise da constitucionalidade da matéria
que está presenta na futura lei.

Mas e qual a peculiaridade da Comissão de Constituição e Justiça, professor?

A CCJ, ao contrário das demais comissões que analisam as matérias que estão deliberando,
possui a capacidade de emitir um parecer vinculativo, ou seja, um parecer que deve ser
observado pelas Casas Legislativas.
Nas demais comissões, o parecer é meramente opinativo, ou seja, serve apenas como
uma espécie de consulta a ser ou não seguida pela Câmara ou pelo Senado.
Na CCJ, e considerando que esta analisa a constitucionalidade da matéria, o parecer é
vinculativo. Logo, ao analisar uma matéria decorrente de projeto de lei, a CCJ, entendendo
que um ou mais artigos são inconstitucionais, pode adotar duas medidas:
a) Oferecer uma emenda com o objetivo de sanar a inconstitucionalidade;
b) Determinar o arquivamento do projeto de lei.
Sendo o projeto arquivado, compete a cada uma das Casas Legislativas, por meio de
recurso, determinar ou não o prosseguimento do projeto de lei.
No Senado Federal, por exemplo, exige-se, para prosseguimento, que o parecer seja
objeto de recurso por um décimo dos membros do Senado Federal, conforme previsão do
regimento interno:

Art. 254. Quando os projetos receberem pareceres contrários, quanto ao mérito, serão tidos
como rejeitados e arquivados definitivamente, salvo recurso de um décimo dos membros do
Senado no sentido de sua tramitação.

Tendo sido concluída a “fase das comissões”, e emitidos os respectivos pareceres, o


projeto passará a ser analisado pelo Plenário.
Para que a matéria possa ser votada, deve ser atendido o quórum mínimo exigido em
cada uma das Casas Legislativas.

5.2.2. QUÓRUM DE VOTAÇÃO


De acordo com o artigo 47 da Constituição Federal, temos a previsão de que, “Salvo
disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões
serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros”.
Assim, sempre que a Constituição Federal não estabelecer um quórum diferenciado para
a aprovação das matérias, o total exigido será o da maioria dos votos (maioria simples),
devendo, para a votação, a Casa Legislativa contar com a presença da maioria absoluta
dos respectivos membros.

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A maioria absoluta é alcançada pela presença de mais da metade dos membros da


Casa Legislativa. No cálculo da maioria absoluta, são levados em conta todos os membros.
A maioria simples, por sua vez, trata-se da maioria dos votos dos representantes
presentes na sessão. Logo, é levado em conta, para fins de maioria simples, apenas os
Deputados e Senadores que estiverem presentes, e não, tal como ocorre com a maioria
absoluta, o total de membros de cada uma das Casas Legislativas.
De acordo com a previsão constitucional, o primeiro quórum a ser observado é o da
abertura da sessão. Neste momento, deveremos ter, obrigatoriamente, a maioria absoluta
dos membros, ou seja, 50% + 1 dos Deputados ou Senadores.
Atingido o quórum de abertura, as matérias serão aprovadas, como regra geral, pela
maioria simples, ou seja, pela maioria dos votos dos Deputados ou Senadores presentes (a
depender da Casa onde a sessão está sendo realizada).

Neste ponto, uma observação deve ser feita: conforme anteriormente informado, o
processo legislativo que estamos estudando é o destinado tanto às leis ordinárias quanto
às leis complementares.
Com relação às leis complementares, no entanto, precisamos memorizar que estas
serão sempre aprovadas por maioria absoluta dos votos. Isso não significa, contudo, que
haja uma hierarquia entre as leis complementares e as leis ordinárias. Ambas as espécies
normativas, ao contrário do que possa dar a entender, estão situadas no mesmo nível
hierárquico.
A lei complementar, assim como ocorre com a lei ordinária, são instrumentos de atuação,
como regra geral, do Poder Legislativo. Por meio da edição das leis, os representantes do povo,
dentre outros legitimados pela Constituição Federal, podem fazer valer a vontade popular.
Ambos os instrumentos (lei ordinária e lei complementar) se diferenciam, no entanto, com
relação a dois importantes aspectos: a matéria e o quórum necessário para a aprovação.

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Com relação à matéria, todos os assuntos em que a Constituição Federal exigir,


expressamente, a edição de lei complementar, apenas podem ser normatizados por meio
deste instrumento.
Neste sentido, expressões como “lei complementar estabelecerá” ou “lei complementar
disporá” apenas podem ser objeto de lei complementar, e não de lei ordinária.
Adotando-se o critério residual, todas as demais matérias, ou seja, aquelas em que a
Constituição Federal não determina expressamente a necessidade de edição de uma lei
complementar, podem ser objeto de lei ordinária.
Como exemplo, podemos citar diversos artigos onde a Constituição apenas menciona
que “lei estabelecerá”. Nestas situações, a regulamentação da matéria poderá ser feita
por lei ordinária, não sendo exigida a edição de lei complementar.
No que se refere ao quórum de aprovação, a lei complementar exige, para a sua
aprovação, a maioria absoluta dos votos dos membros do respectivo órgão. Assim, se
estivermos diante de um órgão com, por exemplo, 81 membros, a lei complementar apenas
será aprovada se pelo menos 41 membros votarem neste sentido.
A lei ordinária, em sentido oposto, exige apenas a aprovação por parte da maioria
simples. Logo, se tomarmos como exemplo a situação do órgão anteriormente mencionado
(composto de 81 membros), uma lei ordinária será aprovada caso a maioria simples dos
membros presentes em uma sessão vote neste sentido.
Desta forma, caso o órgão tenha, em uma sessão, 60 membros, a lei ordinária será
considerada aprovada caso assim seja decidido por, pelo menos, 31 membros, número
que representa a maioria dos membros presentes, e não necessariamente a maioria
do respectivo órgão.

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5.2.3. RESULTADOS POSSÍVEIS


Tendo o projeto de lei sido aprovado em uma Casa Legislativa, será ele, obrigatoriamente,
revisto pela outra Casa, conforme determinação constitucional.
Em sentido contrário, caso a Casa iniciadora rejeite o projeto, será ele arquivado. Neste
caso, importante destacar que a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta
da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

5.2.4. REVISÃO
Como verificado, uma vez que o projeto de lei tenha sido aprovado na Casa Legislativa
iniciadora, seguirá ele para revisão da outra Casa Legislativa.
Na Casa Revisional, três são os resultados possíveis: rejeição, aprovação ou apresentação
de emendas.
Caso a Casa responsável pela revisão apresente emendas, deverá o projeto retornar, apenas
com relação aos aspectos emendados, à Casa iniciadora. Nesta hipótese, o entendimento
doutrinário é de que a Casa Iniciadora não poderá apresentar emendas às emendas
apresentadas pela Casa revisional.
Temos que ter um cuidado especial neste ponto da matéria, uma vez que vigora, em
nosso ordenamento jurídico, o princípio da primazia da Casa Legislativa iniciadora em
detrimento da Casa Legislativa revisora.
Assim, caso a Casa Legislativa responsável pela revisão apresente emendas, estas,
conforme já afirmado, serão objeto de análise pela Casa que deu início ao projeto. No
entanto, não é toda a norma que será “devolvida” para a Casa inicial, mas sim apenas a
parte relacionada com as emendas eventualmente realizadas. Os demais trechos da
norma, em sentido oposto, já estarão aprovados.

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Tendo recebido as emendas, a Casa iniciadora poderá tanto aprovar quanto rejeitar
as modificações realizadas.
Em caso de aprovação, não temos maiores dificuldades, sendo que o projeto segue para
sanção ou veto do Presidente da República.
Em caso de rejeição, no entanto, esta ocorre apenas com relação às emendas, e não
nos demais dispositivos legais da futura norma. Consequentemente, ainda que a rejeição
das emendas ocorra por parte da Casa Legislativa inicial, o restante da norma seguirá,
normalmente, para sanção ou veto do Presidente da República.
E justamente pelo fato da Casa iniciadora ter a capacidade de rejeitar as emendas da
Casa revisional, sem que tal medida prejudique as demais partes da norma, é que faz-se
presente o princípio da primazia da Casa Legislativa iniciadora do projeto.
Vamos entender melhor o fluxo a ser observado em caso de emendas por parte da Casa
Legislativa revisional?

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Em caso de aprovação, o projeto segue para o Poder Executivo, onde o Presidente da


República irá sancionar ou vetar.
Em caso de rejeição, o projeto será arquivado, oportunidade em que será aplicada a mesma
regra da Casa iniciadora, ou seja, a de que a matéria constante de projeto de lei rejeitado
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão
e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

5.3. SANÇÃO OU VETO


A Casa na qual tenha sido concluída a votação (a Casa revisional ou, no caso de emendas,
a Casa iniciadora) enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que poderá adotar
uma das seguintes medidas:
a) sanção, caso concorde inteiramente com a norma;
b) veto total, caso discorde totalmente da norma;
c) veto parcial, caso discorde parcialmente da norma;

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5.3.1. VETO

O prazo para que o Presidente da República possa vetar o projeto de lei, total ou
parcialmente, é de 15 dias úteis. Tal prazo será contado a partir do momento em que o
Presidente recebe o projeto de lei.
O veto ocorrerá sempre que o Presidente considerar o projeto, total ou parcialmente,
inconstitucional ou contrário ao interesse público.
Em caso de veto, deverá o Presidente, no prazo de 48 horas, comunicar as razões do
veto ao Presidente do Senado Federal.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.

Importante peculiaridade ocorre com relação ao veto parcial, ou seja, o veto de parte
da norma editada. De acordo com a Constituição Federal, o veto parcial apenas poderá
abranger o texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
Não poderá o veto parcial, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com o controle
de constitucionalidade, incidir apenas sobre uma palavra ou sobre um pequeno trecho
de determinado artigo. Ainda que o nome seja “parcial”, tal modalidade de veto abrange,
sempre, a integralidade de artigo, parágrafo, inciso ou alínea.
Outra característica importante é que o ordenamento jurídico não admite o voto tácito.
Sendo assim, todos os vetos, sejam eles totais ou parciais, deverão, sempre, ser motivados,
momento em que o Presidente apresentará as razões que o levaram a considerar a norma
inconstitucional ou contrária ao interesse público.
Tendo o Presidente da República vetado o projeto de lei, este voltará a ser examinado
pelo Poder Legislativo. Aqui, temos uma importante característica do sistema de freios e
contrapesos adotado em nosso ordenamento jurídico.
Inicialmente, compete ao Poder Legislativo a edição e aprovação das leis. Posteriormente,
compete ao Poder Executivo a sanção ou veto. Em caso de veto, novamente o Poder Legislativo
se manifesta, momento em que poderá manter ou “derrubar” o veto. Posteriormente, o
Poder judiciário poderá ser compelido a se manifestar sobre a constitucionalidade ou não
da norma editada.

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Assim, na medida em que todos os Poderes da República participam do processo


legislativo, cada um dos Poderes controla as atividades desempenhadas pelos demais.
Interessante observar que o veto poderá incidir até mesmo sobre os projetos de lei
propostos pelo Chefe do Poder Executivo.
Desta maneira, caso o Presidente da República apresente um projeto de lei e este
seja totalmente aprovado pelo Poder Legislativo, sem emendas, poderá o Presidente,
posteriormente, vetar, total ou parcialmente, o projeto de lei.
Nesta situação, poderá o Chefe do Poder Executivo ter considerado, no momento do
veto, que o projeto de lei já não mais atendia ao interesse da coletividade.
O veto será apreciado, pelo Poder Legislativo, em sessão conjunta, que deverá ser realizada
dentro de 30 dias. O prazo em questão começa a ser contado a partir do recebimento da
comunicação do veto.
Na sessão de apreciação, o veto apenas poderá ser rejeitado pelo voto da maioria
absoluta dos Deputados e Senadores. Esgotado o prazo de 30 dias para apreciação do
veto sem que a medida seja analisada, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

Art. 66, § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de
seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados
e Senadores.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do
dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

Por fim, estabelece a Constituição Federal que, caso o veto não seja mantido, será o
projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.

5.3.2. SANÇÃO

Ao contrário do que ocorre com o veto, a sanção poderá tanto ser expressa quando tácita.
Na sanção expressa, o Presidente da República assina o projeto de lei, atestando que
concorda com todas as disposições da presente norma.
Na sanção tácita, o Presidente da República permanece em silêncio no prazo de 15 dias
úteis que possui para vetar o projeto de lei, conforme previsão constitucional.

Art. 66, § 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República


importará sanção.

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Sendo assim, podemos conceituar a sanção como o ato do Chefe do Poder Executivo
que, expressa ou tacitamente, concorda com as precisões contidas na norma editada pelo
Poder Legislativo.
Merece ser destacado que a sanção é um ato irretratável, ou seja, um ato que não
admite desistência por parte do Chefe do Poder Executivo.
No entanto, ainda que a sanção tenha sido realizada, nada impede que o Chefe do
Executivo, em momento posterior, dê início ao processo de controle de constitucionalidade
perante o Poder Judiciário. Isso significa em afirmar, por exemplo, que o Presidente da
República poderá perfeitamente sancionar um projeto de lei, e posteriormente, caso
entenda devido, ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com o objetivo de declarar
a norma inconstitucional.

5.4. PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO


Com a promulgação, temos a inovação do ordenamento jurídico por meio de mais uma
norma. Sendo assim, a promulgação pode ser compreendida como o ato que comprova que
a norma efetivamente existe.
Se a sanção trata-se de um ato privativo do Chefe do Poder Executivo, o mesmo não
ocorre com a promulgação, que poderá ser feita pelo Presidente do Senado Federal ou,
ainda, pelo Vice Presidente do Senado.
Como regra geral, quem promulga a nova lei é o Presidente da República (ou o respectivo
Chefe do Poder Executivo). Em duas situações, no entanto, a promulgação não será realizada
por esta autoridade, sendo elas:
a) quando ocorrer a sanção tácita, ou seja, quando o Chefe do Executivo não apreciar o
veto no prazo constitucionalmente previsto (15 dias úteis);
b) quando o Chefe do Executivo vetar um projeto de lei, mas este for derrubado pelo
Poder Legislativo.
Nestas duas hipóteses, de acordo com a Constituição Federal, a norma poderá ser
promulgada pelo Presidente da República. Caso, contudo, a promulgação não seja realizada
no prazo de 48 horas, deverá a medida ser adotada pelo Presidente do Senado Federal.
Caso o Presidente do Senado Federal também não promulgue a lei no prazo de 48 horas, a
medida competirá ao Vice Presidente do Senado.

Art. 66, § 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da
República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer
em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

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Após a promulgação, a nova norma deverá ser publicada na imprensa oficial, a partir
do qual poderá ser exigida perante terceiros.
Deve ser destacado que a fase da publicidade não é considerada, por parte da doutrina,
como pertencente ao processo legislativo propriamente dito.
E isso ocorre na medida em que o processo legislativo trata, especificamente, da
elaboração das normas legais. Com a promulgação, conforme analisado, temos a notícia
de que uma nova norma adentrou no ordenamento jurídico.
A publicação da norma legal, consequentemente, está relacionada com a condição de
eficácia, ou seja, com a possibilidade da norma exigir determinados comportamentos por
parte dos administrados alcançados pelas disposições do texto legal.

6. LEIS DELEGADAS
As leis delegadas foram previstas na Constituição Federal como uma forma de tentar
tornar mais célere a atuação do Presidente da República, que poderia, desde que atendidos
os requisitos estabelecidos, exercer, atipicamente, a função de legislar.
Atualmente, após a edição da emenda constitucional n. 32, que instituiu a possibilidade
de edição, pelos Chefes do Poder Executivo, de medidas provisórias, as leis delegadas
praticamente não são utilizadas.
Nas medidas provisórias, o Presidente da República, em caso de necessidade e
urgência, pode editar diretamente uma norma com força de lei, não havendo necessidade
de solicitar a delegação para o exercício de uma lei. Logo, é inegável que as medidas
provisórias supriram e tornaram mais céleres o procedimento de edição das normas por
parte do Chefe do Poder Executivo.

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As leis delegadas, em plena sintonia com o artigo 68 da Constituição Federal,


serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao
Congresso Nacional.
A delegação, no entanto, não será ilimitada. Em sentido diverso, deverá o Congresso
Nacional, caso aprove a delegação, editar uma resolução, que deverá especificar o conteúdo
e os termos do seu exercício.
Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará
em votação única, vedada qualquer emenda. Com isso, a doutrina identifica a presença de
duas diferentes formas de delegação, sendo elas a delegação típica e a delegação atípica.
Na delegação típica, o procedimento será amplo e geral, sem participação posterior
do Poder Legislativo. Com isso, após a edição da resolução, o Presidente da República deve
elaborar, promulgar e publicar a lei. Não há, como já afirmado, participação posterior por
parte do Congresso Nacional.
Na delegação atípica, por sua vez, a liberdade conferida ao Presidente da República
não é tão ampla. Sendo assim, após a edição da lei delegada, o Congresso Nacional irá
apreciar, em votação única e sem a possibilidade de emendas, a lei editada pelo Chefe do
Poder Executivo.
Como decorrência da apreciação, o Congresso Nacional apenas poderá aprovar ou rejeitar
a nova norma. Em caso de aprovação ao Presidente da República, que deverá promulgá-lo.
Em caso de rejeição, o projeto é arquivado.

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Não são todas as matérias que poderão ser objeto de lei delegada. Em seu artigo 68,
§1º, a Constituição Federal apresenta uma lista de assuntos que não poderão, em sentido
diverso, ser objeto de tal norma legislativa, sendo eles:
a) os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional,
b) os atos de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
c) a matéria reservada à lei complementar;
d) a legislação sobre a organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira
e a garantia de seus membros;
e) a legislação sobre nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
f) a legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Com relação às leis delegadas, precisamos conhecer, ainda, as seguintes características
doutrinárias e jurisprudenciais:
a) Ainda que o Congresso Nacional tenha editado uma resolução destinada à edição de
lei delegada, poderá ele, perfeitamente, editar outra norma regulamentando a matéria.
b) Tendo sido editada a resolução de delegação, não ficará o Presidente da República
obrigado a editar a lei delegada solicitada. A decisão acerca da edição ou não compete
apenas ao Presidente da República.

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RESUMO
De acordo com a doutrina, o processo legislativo pode ser classificado da seguinte forma:
a) ordinários ou normais;
b) abreviados;
c) sumários;
d) sumaríssimos;
e) especiais;
f) concentrados.

Processo Característica

Não apresenta nenhum tipo de peculiaridade. Trata-se do


Ordinário ou Normal
processo comumente utilizado pelas Casas Legislativas.

Trata-se da possibilidade das Comissões analisarem matérias


Abreviado
que não necessitem da competência do Plenário.

Sumário Utilizado para as matérias que não contam com parecer.

Utilizado para as matérias que necessitem de urgência em


Sumaríssimo
sua tramitação.

Processo em que algum tipo de peculiaridade ou característica


Especial
especial se faz presente.

Quando as duas Casas Legislativas analisam de forma


Concentrado
conjunta determinadas matérias.

As sessões legislativas podem ser definidas como o período de tempo de um ano de trabalho
das Casas Legislativas. Tais sessões podem ser tanto ordinárias quanto extraordinárias.
As sessões ordinárias são aquelas realizadas no período “normal” de tempo da sessão
legislativa, ou seja, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
Já as sessões extraordinárias, por sua vez, ocorrem nos períodos de recesso parlamentar,
ou seja, de 18 a 31 de julho e de 23 de dezembro a 01 de fevereiro.
A ideia, com a previsão de constituição de uma comissão representativa, é possibilitar
que as atividades do Congresso Nacional continuem sendo executadas durante o período
de recesso parlamentar.
Por isso mesmo, a composição da comissão será formada de forma proporcional ao
número de membros em cada uma das Casas Legislativas. Este é o motivo, por exemplo,
de termos uma quantidade menor de Senadores do que de Deputados, diferente do que
ocorre, por exemplo, com a comissão destinada a analisar as medidas provisórias, que,
conforme já estudado, são formadas pelo mesmo número de Deputados e Senadores.

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Sendo assim, devemos memorizar que a composição da Comissão Representativa engloba


7 Senadores e 16 Deputados, bem como os respectivos suplentes.
Os membros da comissão serão eleitos pelas Casas Legislativas na última sessão ordinária
de cada período legislativo.

A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa


das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
a) a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas,
respeitados os limites regimentais;
b) modificação da norma regimental apenas por norma legislativa competente, cumpridos
rigorosamente os procedimentos regimentais;
c) impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou
decisão de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal,
resguardado o quórum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;
d) nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
e) prevalência de norma especial sobre a geral;
f) decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os princípios gerais de Direito;
g) preservação dos direitos das minorias;
h) definição normativa, a ser observada pela Mesa em questão de ordem decidida
pela Presidência;
i) decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas estabelecidas no regimento;
j) impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido;
k) pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores
seu devido conhecimento;
l) publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos
no regimento;
m) possibilidade de ampla negociação política somente por meio de procedimentos
regimentais previstos.

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Frisa-se que a transgressão a qualquer desses princípios poderá ser denunciada, mediante
questão de ordem. Uma vez levantada a questão de ordem, a Presidência determinará a
apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos
registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.
De acordo com as disposições constitucionais, a Constituição Federal apenas poderá
ser emendada mediante proposta de três diferentes legitimados, sendo eles:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;
Sempre que a proposta for apresenta pelo Presidente da República ou por 1/3 dos
Deputados, a deliberação será analisada, inicialmente, pela Câmara dos Deputados. Em
sentido oposto, sendo a proposta iniciada por 1/3 dos Senadores ou pelas Assembleias
Legislativas (desde que atendidos os requisitos constitucionais), a deliberação terá início
no Senado Federal.

Todas as PECs deverão ser discutidas e votadas, em cada Casa Legislativa, em dois
turnos, apenas sendo aprovadas caso obtenham, em ambos os turnos, a votação mínima
de 3/5 dos membros da respectiva Casa Legislativa.

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Tendo sido aprovada, a proposta de emenda à Constituição será promulgada pelas


Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conforme previsão constitucional.
Obs.: A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Considerando que as sessões legislativas possuem a duração de 1 ano, a PEC que for
rejeitada ou que tiver sido prejudicada não poderá ser objeto de nova proposta
na sessão legislativa em curso.

As limitações a serem observadas pelas propostas de emenda à Constituição (PEC)


podem ser visualizadas por meio do gráfico a seguir:

São procedimentos a serem observados para a aprovação de Emenda à


Constituição Federal:
a) obrigatoriedade de discussão e aprovação, em dois turnos, em cada
Limitações Procedimentais uma das Casas Legislativas;
b) necessidade, para aprovação, de votação mínima de 3/5 dos membros
das respectivas Casas Legislativas;
c) impossibilidade de sanção ou veto por parte do Presidente da República;
A Constituição não poderá ser emendada na vigência de:
a) intervenção federal;
Limitações Circunstanciais
b) estado de defesa;
c) estado de sítio;
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
a) a forma federativa de Estado;
Limitações Materiais b) o voto direto, secreto, universal e periódico;
c) a separação dos Poderes;
d) os direitos e garantias individuais.

Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas


provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Após a edição, devem as medidas provisórias, no prazo de 60 dias, ser convertidas em
lei. Com a edição da lei, o objetivo é conferir uma maior segurança jurídica aos administrados
que estão sendo afetados com os assuntos previstos na medida provisória.
Em caso de necessidade, o prazo para conversão poderá ser prorrogado por mais 60
dias, após o qual a medida provisória perde sua eficácia.

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Nos 6 primeiros dias que se seguirem à publicação da Medida Provisória no Diário


Oficial da União, poderão a ela ser oferecidas emendas, que deverão ser protocolizadas na
Secretária-Geral da Mesa do Senado Federal.
Todas as emendas deverão ser oferecidas, obrigatoriamente, perante a Comissão
Mista designada para a análise e emissão de parecer sobre as MP. Caso o autor opte
por solicitar que o projeto tramite sob a forma de emenda, poderemos ter dois
diferentes resultados:
a) caso a Medida Provisória seja apreciada e siga o rumo de aprovação, o projeto será
declarado prejudicado e arquivado.
b) caso a Medida Provisória seja rejeitada por ser inconstitucional, o projeto retornará
ao seu curso normal.

Aprovada a medida provisória sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo
Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, como lei, no Diário Oficial da União.
Por sua vez, quando for aprovada a medida provisória com alterações, teremos a edição
de um projeto de lei de conversão em lei. Nesta hipótese, uma vez aprovado o projeto de lei
de conversão, será ele enviado, pela Casa onde houver sido concluída a votação, à sanção
ou veto do Presidente da República.

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Importante frisar que, uma vez aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto
original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja
sancionado ou vetado o projeto.
Rejeitada a Medida Provisória por qualquer das Casas, o Presidente da Casa que assim se
pronunciar comunicará o fato imediatamente ao Presidente da República, fazendo publicar
no Diário Oficial da União ato declaratório de rejeição de Medida Provisória.
Tendo ocorrido a rejeição, deverá o Congresso Nacional disciplinar, por meio de Decreto
Legislativo, as relações jurídicas decorrentes do período em que a Medida Provisória
estava em vigor.
Não sendo editado o mencionado decreto legislativo no prazo de até 60 dias após a
rejeição da medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos
praticados durante a vigência da medida provisória continuarão sendo regidas por tal norma.
A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da
República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.
Sempre que a iniciativa for de um membro ou Comissão da Câmara dos Deputados ou,
ainda, de pessoas ou órgãos que não façam parte do Poder Legislativo, o projeto de lei terá
sua tramitação iniciando na Câmara dos Deputados.
Em sentido oposto, sempre que a iniciativa for de um membro ou Comissão do Senado
Federal, ou então de órgãos ou pessoas vinculadas ao Poder Legislativo, a tramitação será
iniciada no Senado Federal.

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Diogo Surdi

Para que a iniciativa popular seja possível, os seguintes quóruns devem ser observados:

a) projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado nacional;


b) a porcentagem mínima exigida de eleitores (1%) deve estar distribuída
Iniciativa popular federal em, pelo menos, 5 estados da federação;
c) em cada um destes estados, a porcentagem de eleitores deve ser
de, pelo menos, 0,3% (três décimos);

Iniciativa popular estadual A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Iniciativa popular municipal Manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado.

Tendo o projeto de lei sido aprovado em uma Casa Legislativa, será ele, obrigatoriamente,
revisto pela outra Casa, conforme determinação constitucional. Em sentido contrário, caso
a Casa iniciadora rejeite o projeto, será ele arquivado. Neste caso, importante destacar
que a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Em caso de aprovação, o projeto segue para o Poder Executivo, onde o Presidente da


República irá sancionar ou vetar.
Em caso de rejeição, o projeto será arquivado, oportunidade em que será aplicada a mesma
regra da Casa iniciadora, ou seja, a de que a matéria constante de projeto de lei rejeitado
somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

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A Casa na qual tenha sido concluída a votação (a Casa revisional ou, no caso de emendas,
a Casa iniciadora) enviará o projeto de lei ao Presidente da República, que poderá adotar
uma das seguintes medidas:
a) sanção, caso concorde inteiramente com a norma;
b) veto total, caso discorde totalmente da norma;
c) veto parcial, caso discorde parcialmente da norma;
O prazo para que o Presidente da República possa vetar o projeto de lei, total ou
parcialmente, é de 15 dias úteis. Tal prazo será contado a partir do momento em que o
Presidente recebe o projeto de lei.
O veto ocorrerá sempre que o Presidente considerar o projeto, total ou parcialmente,
inconstitucional ou contrário ao interesse público.
Em caso de veto, deverá o Presidente, no prazo de 48 horas, comunicar as razões do
veto ao Presidente do Senado Federal.
O veto será apreciado, pelo Poder Legislativo, em sessão conjunta, que deverá ser realizada
dentro de 30 dias. O prazo em questão começa a ser contado a partir do recebimento da
comunicação do veto.
Na sessão de apreciação, o veto apenas poderá ser rejeitado pelo voto da maioria
absoluta dos Deputados e Senadores. Esgotado o prazo de 30 dias para apreciação do
veto sem que a medida seja analisada, o veto será colocado na ordem do dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

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Caso o veto não seja mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente
da República.
Ao contrário do que ocorre com o veto, a sanção poderá tanto ser expressa quando tácita.
Na sanção expressa, o Presidente da República assina o projeto de lei, atestando que
concorda com todas as disposições da presente norma.
Na sanção tácita, o Presidente da República permanece em silêncio no prazo de 15 dias
úteis que possui para vetar o projeto de lei, conforme previsão constitucional.
Como regra geral, quem promulga a nova lei é o Presidente da República (ou o respectivo
Chefe do Poder Executivo). Em duas situações, no entanto, a promulgação não será realizada
por esta autoridade, sendo elas:
a) quando ocorrer a sanção tácita, ou seja, quando o Chefe do Executivo não apreciar o
veto no prazo constitucionalmente previsto (15 dias úteis);
b) quando o Chefe do Executivo vetar um projeto de lei, mas este for derrubado pelo
Poder Legislativo.
Nestas duas hipóteses, de acordo com a Constituição Federal, a norma poderá ser
promulgada pelo Presidente da República. Caso, contudo, a promulgação não seja realizada
no prazo de 48 horas, deverá a medida ser adotada pelo Presidente do Senado Federal.
Caso o Presidente do Senado Federal também não promulgue a lei no prazo de 48 horas, a
medida competirá ao Vice Presidente do Senado.

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QUESTÕES DE CONCURSO

001. (CEBRASPE-CESPE/DP RS/DPE RS/2022) Sobre o poder constituinte, suas formas de


expressão e seus limites sob a ótica da Constituição Federal atualmente vigente, julgue o
seguinte item.
As limitações ao poder de reforma constitucional incluem as temporais, como as que vedam
emendas durante a vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de
sítio; as formais, as quais estabelecem obstáculos procedimentais; e as materiais, que
definem núcleos essenciais inacessíveis ao poder constituinte derivado.

002. (CEBRASPE-CESPE/ANA (PGE RJ)/PGE RJ/CONTÁBIL/2022) A respeito do conceito de


Constituição, das teorias da Constituição e do poder constituinte, julgue o item a seguir.
A Constituição Federal de 1988 (CF) permite, excepcionalmente, a iniciativa popular
para a propositura de emendas constitucionais.

003. (CEBRASPE-CESPE/ANA (PGE RJ)/PGE RJ/PROCESSUAL/2022) Com base na Constituição


Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.
A CF pode ser emendada mediante proposta de mais da metade das assembleias legislativas
das unidades da Federação. Nesse caso, cada uma das assembleias proponentes terá de se
manifestar pela maioria relativa de seus membros.

004. (CEBRASPE-CESPE/TEC (PGE RJ)/PGE RJ/PROCESSUAL/2022) À luz dos dispositivos


elencados na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte.
Proposta de emenda constitucional com o objetivo de tornar facultativo a todos os cidadãos o
voto nas eleições a serem realizadas no Brasil em 2024 viola a CF visto que o voto obrigatório
configura cláusula pétrea.

005. (IMPARH/EST (PGM FORTALEZA)/PREF FORTALEZA/CURSO DE DIREITO/2022) A


Constituição Federal, ao tratar do poder constituído de reforma, estabeleceu limitações
circunstanciais, relacionadas a períodos de grave instabilidade política e social no país.
Enquanto essas circunstâncias estiverem presentes, não é possível emendar a Constituição.
Assinale a alternativa que NÃO é uma limitação constitucional ao poder de reforma, de
acordo com o texto da CF/1988.
a) Estado de defesa.
b) Estado de sítio.
c) Estado de calamidade pública.
d) Intervenção federal.

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006. (LEGALLE/PROC (CM POA)/CM POA/2022) A Constituição poderá ser emendada


mediante proposta:
I – De um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – Do Presidente da República;
III – De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Está(ão) CORRETAS:
a) I, II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III.
e) Apenas I.

007. (SELECON/ANA LEG (CMSG)/CM SÃO GONÇALO/DIREITO E ADVOGADO/2022) O Projeto


de Emenda à Constituição n. XYZ/2021, dentre outras providências, prevê a supressão de
determinados direitos e garantias individuais, tal como o direito de herança e outros. À
luz do processo legislativo previsto na Constituição Federal de 1988, o referido Projeto de
Emenda à Constituição n. XYZ/2021 é:
a) legal
b) inconstitucional
c) ilegal por contrariar regras do Direito Civil
d) constitucional por se compatibilizar com as regras do Direito Civil

008. (IBFC/AUXLG (CM F SANTANA)/CM FEIRA DE STANA/ADMINISTRATIVO/2018) Leia


atentamente os itens abaixo e assinale a alternativa correta e que melhor identifica o ato
legislativo primário que, em regra, edita normas gerais e abstratas, motivo por que, na lição
usual, é conceituada em função da generalidade e da abstração.
a) Lei temporária
b) Lei ordinária
c) Portaria
d) Resolução

009. (CEBRASPE-CESPE/PROC DF/PG DF/2022) Com referência ao direito constitucional


estadual e distrital, à rigidez e à mutação da Constituição e às emendas à Constituição,
julgue o item a seguir.
Uma proposta de emenda à Constituição que haja sido rejeitada no Congresso Nacional
somente poderá ser reapresentada na legislatura subsequente.

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010. (INSTITUTO AOCP/SOLD (PM GO)/PM GO/COMBATENTE/2022) Determinado Deputado


Estadual apresentou projeto de lei dispondo sobre o regime jurídico dos militares estaduais,
a fim de instituir regulamentação acerca da indenização por morte e invalidez permanente
dos militares de Goiás. Como forma de reconhecer e valorizar o excelente serviço prestado
pela categoria, a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo
Governador do Estado. Considerando o caso narrado e a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, é correto afirmar que a nova lei estadual é
a) incompatível com a Constituição Federal, haja vista que lei de iniciativa parlamentar, por
força do princípio da simetria, não pode dispor sobre o regime jurídico dos militares estaduais.
b) inconstitucional, porque compete à União legislar sobre direito civil, o que abrange as
indenizações por morte e invalidez permanente dos militares estaduais.
c) constitucional, pois o regime jurídico dos servidores públicos militares é norma de
iniciativa concorrente.
d) constitucional, eis que a sanção do Governador do Estado sanou eventual vício de iniciativa.
e) compatível com a Constituição Federal, pois as regras de processo legislativo não são
normas de reprodução obrigatória pelos Estados-membros.

011. (FCC/PROC (TERESINA)/PREF TERESINA/2022) São de iniciativa privativa do Presidente


da República, EXCETO as leis que versarem sobre
a) matéria tributária da competência da União.
b) servidores públicos da União e dos Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria.
c) organização administrativa e judiciária dos Territórios.
d) modificação do efetivo das forças armadas.
e) normas gerais para organização da Defensoria e do Ministério Público dos Estados.

012. (INSTITUTO CONSULPLAN/AG (CM BARBACENA)/CM BARBACENA/ADMINISTRATIVO/2022)


A Constituição Federal, no capítulo que dispõe sobre a Administração Pública, exige a edição
de Lei Complementar para:
a) Definir os casos de exoneração dos servidores públicos federais.
b) Criar cargos efetivos na estrutura da administração direta e indireta.
c) Definir a área de atuação das fundações públicas de direito privado.
d) Regulamentar o direito de greve dos servidores públicos de qualquer esfera.

013. (RBO/PROC M (MONGAGUÁ)/PREF MONGAGUÁ/2022) No que tange ao processo


legislativo, é vedada a edição de medida provisória que verse sobre
a) majoração de impostos.
b) alteração de leis complementares.
c) escopo de detenção ou sequestro de bens.
d) salário mínimo.

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014. (CEBRASPE-CESPE/AFCE (TCE-SC)/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item subsequente,


tendo em vista os termos da CF e a jurisprudência do STF.
Medida provisória não revoga lei anterior, apenas suspende seus efeitos no ordenamento
jurídico, devido a seu caráter transitório e precário.

015. (CEBRASPE-CESPE/AFCE (TCE-SC)/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item subsequente,


tendo em vista os termos da CF e a jurisprudência do STF.
O presidente da República não pode reeditar medida provisória que veicule matéria constante
de outra medida provisória anteriormente rejeitada pelo Congresso Nacional. No entanto,
pode valer-se de medida provisória para disciplinar matéria que tenha sido objeto de projeto
de lei anteriormente rejeitado na mesma sessão legislativa.

016. (CEBRASPE-CESPE/ATT (SEFAZ SE)/SEFAZ SE/2022) Atendidos os pressupostos de


relevância e urgência, o presidente da República pode adotar medidas provisórias que
versem sobre matéria relativa a
a) garantia dos membros do Ministério Público.
b) partidos políticos.
c) direito processual civil.
d) abertura de crédito extraordinário.
e) lei orçamentária anual.

017. (INSTITUTO CONSULPLAN/ALEG (CM ITABIRA)/CM ITABIRA/2022) Conforme se infere


da Constituição Federal, em caso de relevância e urgência o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de Lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional. Dentre as alternativas relacionadas, assinale aquela que apresenta
matérias que permitem a edição de medidas provisórias:
a) Direito civil e processual civil.
b) Direito tributário e financeiro.
c) Direito penal e processual penal.
d) Direitos políticos e direito eleitoral.

018. (SELECON/ANA LEG (CMSG)/CM SÃO GONÇALO/ORÇAMENTO E FINANÇAS/2022)


Bebeto é assistente legislativo do município NN e é responsável pelo acompanhamento, no
Congresso Nacional, do trâmite das medidas provisórias pendentes de votação. Nos termos
da Constituição Federal, a perda da eficácia das medidas provisórias não convertidas em
lei permitirá que o Congresso Nacional discipline as relações jurídicas decorrentes do ato
normativo em foco mediante:
a) Decreto Legislativo
b) Resolução
c) Ato Declaratório
d) Circular

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019. (LEGALLE/PROC (CM POA)/CM POA/2022) Mediante apresentação de projeto de lei


ou de projeto de emenda à Lei Orgânica, a iniciativa popular, no processo legislativo, será
tomada por:
a) 10% do eleitorado do Município.
b) 15% do eleitorado do Município.
c) 5% do eleitorado do Município.
d) 1 % do eleitorado do Município.
e) 20% do eleitorado do Município.

020. (CEBRASPE-CESPE/ASS JUR (CODEVASF)/CODEVASF/2021) No que se refere ao direito


constitucional, julgue o item a seguir.
Considerando-se as normas referentes ao processo legislativo, é possível a tramitação de
proposta de lei que seja formalmente complementar, mas materialmente ordinária.

021. (CEBRASPE-CESPE/ACE (TC-DF)/TC-DF/2021) A respeito dos princípios fundamentais,


de emenda constitucional, do direito ao sigilo e da organização político-administrativa do
Estado, julgue o item subsequente.
É inconstitucional regulamentação de regime jurídico de servidores militares estaduais por
emenda constitucional de origem parlamentar.

022. (CEBRASPE-CESPE/ACE TCE RJ/TCE-RJ/CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2021)


Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o seguinte item.
A CF autoriza a propositura de emendas constitucionais por iniciativa popular.

023. (CEBRASPE-CESPE/PROC (MPTC-DF)/TC-DF/2021) Em relação ao poder constituinte,


julgue o item a seguir.
Por força das denominadas cláusulas pétreas implícitas, é vedada a revogação integral
da norma constitucional que impede a deliberação de propostas tendentes a abolir
cláusulas pétreas.

024. (FGV/TL (SEN)/SEN/PROCESSO LEGISLATIVO/2012) O Regimento Interno do Senado


Federal possui um título dedicado aos princípios gerais do processo legislativo. O artigo
regimental preconiza, ainda, que a legitimidade na elaboração da norma legal é assegurada
pela observância rigorosa das disposições regimentais. NÃO consubstancia princípio do
processo legislativo
a) a preservação dos direitos das minorias, salvo acordo de líderes em sentido diverso.
b) pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores seu
devido conhecimento.
c) a nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental.
d) a participação plena e igualitária dos Senadores, em todas as atividades legislativas,
respeitados os limites regimentais.
e) a impossibilidade de tomada de decisões sem observância do quórum regimental estabelecido.

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025. (FGV/AL (SEN)/SEN/PROCESSO LEGISLATIVO/2008) Não constitui princípio básico do


processo legislativo:
a) a nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental.
b) a preservação dos direitos das minorias.
c) a impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido.
d) a análise valorativa do conteúdo das leis e do procedimento de sua elaboração.
e) a publicidade das decisões tomadas, com exceção dos casos específicos previstos
no Regimento.

026. (CESPE/AUX INST (IPHAN)/IPHAN/ÁREA 1/2018) Com relação às normas do direito


brasileiro, julgue o item que se segue.
Leis complementares passam pelo crivo de quórum diferenciado para aprovação.

027. (FUMARC/ASS (CM STA LUZIA)/CM STA LUZIA (MG)/JURÍDICO DA PROCURADORIA/2017)


As leis complementares se distinguem das leis ordinárias porque
a) não podem ser criadas por Estados e Municípios.
b) não se submetem a deliberação executiva.
c) são hierarquicamente superiores.
d) exigem aprovação legislativa por maioria absoluta.

028. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/XX EXAME/2016) O deputado federal João da Silva, em


seu primeiro mandato, propõe um projeto de lei sobre regulamentação de aplicativos
de mensagens. As discussões em plenário se mostram acirradas, sendo o projeto de lei
rejeitado. Inconformado, o deputado, por entender que a rejeição do projeto se deveu
a fatores circunstanciais e passageiros, quer voltar a tê-lo reavaliado, ainda na mesma
sessão legislativa.
Em dúvida se poderia vir a fazê-lo, consulta sua assessoria que, em consonância com a
CRFB/88, presta a seguinte informação:
a) A matéria constante do referido projeto de lei somente poderá constituir objeto de novo
projeto na próxima sessão legislativa, em deferência ao princípio da oportunidade.
b) A matéria objeto do projeto de Lei rejeitado ainda poderá ser apreciada na mesma sessão
legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer uma das
casas do Congresso Nacional.
c) A matéria, objeto do projeto de lei rejeitado, somente poderá ser apreciada na mesma
sessão legislativa se comprovadamente tratar de direito que aumente o grau de dignidade
e proteção da pessoa humana.
d) A matéria, discutida em projeto de lei rejeitado pelo Congresso Nacional, não pode ser
apreciada na mesma sessão legislativa, exceto se o Presidente da República, alegando
interesse nacional, assim o determinar.

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029. (INSTITUTO AOCP/TEC LEG (CM RIO SUL)/CM RIO SUL/ÁREA LEGISLATIVA/2016) De
acordo com a Constituição Federal, as leis que fixam ou modificam os efetivos das Forças
Armadas são de iniciativa
a) privativa do Procurador-Geral da República.
b) exclusiva do Procurador-Geral da República.
c) privativa do Presidente da República.
d) privativa do Supremo Tribunal Federal.
e) exclusiva do Ministro da Defesa.

030. (CESPE/AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/EDUCACIONAL/2016) Acerca de processo legislativo


e fiscalização contábil, financeira e orçamentária, julgue o item a seguir, considerando as
disposições constitucionais sobre o Poder Legislativo.
Projeto de lei rejeitado poderá constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa
se proposto pela maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

031. (VUNESP/AN LEG (CM REGISTRO)/CM REGISTRO/2016) No processo legislativo federal,


para que um projeto de lei complementar seja aprovado, no Senado Federal, é necessário(a)
a) no mínimo, 41 votos desde que presente a maioria absoluta de seus membros.
b) no mínimo, 42 votos desde que presente a maioria absoluta de seus membros.
c) maioria simples desde que presente a maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros.
d) no mínimo, 22 votos desde que presente a maioria de 42 de seus membros.
e) no mínimo, 21 votos desde que presente a maioria de 41 de seus membros.

032. (VUNESP/ASSE JUR (CAIEIRAS)/CM CAIEIRAS/2015) A Constituição Federal estabelece


que não poderá ser objeto de lei delegada, entre outras matérias, a legislação sobre
a) direito civil e político.
b) direito processual e penitenciário.
c) organização do Poder Judiciário e direito financeiro.
d) direito do trabalho e direito econômico.
e) direitos individuais e eleitorais.

033. (FUNDATEC/ANA (CM BAGÉ)/CM BAGÉ/LEGISLATIVO/2015) É ato normativo elaborado


pelo Presidente da República, em razão de autorização do Poder Legislativo, e nos limites
postos por este. A que se refere essa definição?
a) Lei ordinária.
b) Lei complementar.
c) Lei delegada.
d) Resolução legislativa.
e) Medida Provisória.

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034. (FGV/ANALM (CM SALVADOR)/CM SALVADOR/LEGISLATIVA/APOIO DE PLENÁRIO,


PLENÁRIO, APOIO TÉCNICO EM PROCESSOS LEGISLATIVOS, PROTOCOLO DE PROCESSOS/2018)
O Presidente da República apresentou projeto de lei ordinária cuja discussão se iniciou no
Senado Federal, que o aprovou, seguindo para a Câmara dos Deputados. Com a aprovação
nesta última Casa, a Mesa do Congresso Nacional promulgou a Lei X. Um grupo de Deputados
de oposição divulgou nota afirmando que o processo legislativo descumpriu a disciplina
traçada na Constituição da República de 1988.
À luz da sistemática constitucional, o grupo de Deputados está correto, já que o projeto
apresenta o(s) seguinte(s) vício(s):
a) o Presidente da República não tem legitimidade para apresentar projetos de lei ordinária
fora do regime de urgência constitucional;
b) a discussão do projeto de lei ordinária deveria ter sido iniciada na Câmara dos Deputados,
não no Senado Federal, que seria a Casa Revisora;
c) o Presidente da República não poderia apresentar o projeto e a análise deveria ser realizada
em sessão conjunta das Casas Legislativas;
d) após aprovação do projeto pelas Casas Legislativas, ele deveria ser encaminhado ao
Presidente da República, não à Mesa do Congresso Nacional;
e) a discussão deveria ser iniciada na Câmara e o projeto encaminhado ao Presidente da
República, não à Mesa do Congresso.

035. (CESGRANRIO/ADV (PETRO)/PETROBRAS/JÚNIOR/2018) No processo legislativo brasileiro,


o veto a um projeto de lei é
a) qualificado e absoluto
b) tácito e relativo
c) tácito e absoluto
d) expresso e relativo
e) expresso e absoluto

036. (VUNESP/ESP GOV (BAURU)/PREF BAURU/PROCURADOR JURÍDICO/2018) Se o Prefeito do


Município de Bauru recebesse projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal e considerasse que
dois artigos da norma são inconstitucionais, à luz do que prevê a Constituição Federal, deverá
a) sancioná-lo, em sua integralidade, pois o veto não é instrumento de inconstitucionalidade,
mas tão somente de conveniência e oportunidade.
b) vetá-lo, em parte, nos dois artigos tidos como inconstitucionais, no prazo de 15 (quinze)
dias úteis, a contar do seu recebimento.
c) sancioná-lo, em parte, nos dois artigos tidos como inconstitucionais, no prazo de 15
(quinze) dias úteis, a contar do seu recebimento.
d) vetá-lo, em parte, nos dois artigos tidos como inconstitucionais, no prazo de 48 (quarenta
e oito) horas, a contar do seu recebimento.
e) sancioná-lo, em parte, em relação a todos os dispositivos, exceto os dois artigos tidos
como inconstitucionais, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar do seu recebimento.
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037. (VUNESP/DELEG (PC BA)/PC BA/2018) A Casa na qual tenha sido concluída a votação
de projeto de lei deverá enviá-lo ao Presidente da República que, ao considerar o projeto
a) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento.
b) inconstitucional, em parte, poderá apor veto parcial, no prazo de quinze dias úteis,
abrangendo artigo, parágrafo, inciso, alínea ou expressão verbal.
c) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de trinta dias contados da data do recebimento.
d) contrário ao interesse público, vetá-lo-á totalmente, não podendo fazê-lo, neste caso,
de forma parcial, já que não há como cindir o interesse público.
e) no todo ou em parte, inconstitucional, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de vinte
dias contados da data do recebimento.

038. (CS UFG – ASSJ (APARECIDAPREV)/APARECIDAPREV/2018) Nos termos da Constituição


da República Federativa do Brasil de 1988, a discussão e votação dos projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores
terão início
a) no Congresso Nacional.
b) no Senado Federal.
c) na Câmara dos Deputados.
d) no Supremo Tribunal Federal.

039. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/XXVI EXAME/2018) O deputado federal Alberto propôs, no


exercício de suas atribuições, projeto de lei de grande interesse para o Poder Executivo federal.
Ao perceber que o momento político é favorável à sua aprovação, a bancada do governo
pede ao Presidente da República que, utilizando-se de suas prerrogativas, solicite urgência
(regime de urgência constitucional) para a apreciação da matéria pelo Congresso Nacional.
Em dúvida, o Presidente da República recorre ao seu corpo jurídico, que, atendendo à sua
solicitação, informa que, de acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o pleito
da base governista
a) é viável, pois é prerrogativa do chefe do Poder Executivo solicitar o regime de urgência
constitucional em todos os projetos de lei que tramitem no Congresso Nacional.
b) não pode ser atendido, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser
solicitado pelo presidente da mesa de uma das casas do Congresso Nacional.
c) viola a CRFB/88, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser requerido
pelo Presidente da República em projetos de lei de sua própria iniciativa.
d) não pode ser atendido, pois, nos casos urgentes, o Presidente da República deve veicular
a matéria por meio de medida provisória e não solicitar que o Legislativo aprecie a matéria
em regime de urgência.

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040. (IBFC/OF (PM SE)/PM SE/COMBATENTE/2018) Assinale a alternativa correta sobre o


veto no Processo Legislativo.
a) O veto é um ato do chefe do Poder Legislativo e a sua manifestação deve ocorrer no
prazo de 15 dias corridos contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o
presidente do Senado Federal no prazo de 48 horas
b) O veto é um ato do chefe do Poder Executivo e a sua manifestação deve ocorrer no
prazo de 15 dias corridos contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o
presidente da Câmara dos Deputados no prazo de 72 horas
c) O veto é um ato do chefe do Poder Executivo e a sua manifestação deve ocorrer no prazo
de 15 dias úteis contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o presidente
do Senado Federal no prazo de 48 horas
d) O veto é um ato do chefe do Poder Executivo e a sua manifestação deve ocorrer no prazo
de 15 dias úteis contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o presidente
da Câmara dos Deputados no prazo de 72 horas

041. (IBFC/AUXLG (CM F SANTANA)/CM FEIRA DE STANA/ADMINISTRATIVO/2018) Leia


atentamente os itens abaixo e assinale a alternativa correta sobre qual é o ato praticado
no âmbito do processo legislativo em que se propõe a adoção de direito novo por meio de
uma declaração de vontade, que deve ser formulada por escrito e articulada.
a) Veto de palavra
b) Rejeição de veto
c) Iniciativa
d) Repristinação

042. (FCC/TEC LEG (CL DF)/CL DF/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Suponha que o
Procurador-Geral da República pretenda apresentar projeto de lei ordinária federal que
modifique o efetivo das Forças Armadas e o Presidente da República, a seu turno, pretenda
apresentar projeto de lei complementar federal que disponha sobre militares das Forças
Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para reserva.
De acordo com a Constituição Federal, com relação aos projetos que pretendem apresentar,
a iniciativa da lei caberá, nos dois casos,
a) ao Procurador-Geral da República, uma vez que não é conferida ao Presidente da República
a iniciativa de lei que disponha sobre militares das Forças Armadas.
b) indistintamente ao Procurador-Geral e ao Presidente da República, uma vez que ambos
dispõem de iniciativa para apresentação de projetos de lei sobre qualquer matéria de
competência legislativa da União.

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c) ao Presidente da República, por versarem ambos projetos sobre matéria de sua


iniciativa privativa.
d) ao Presidente da República, pois o Procurador-Geral da República não dispõe de iniciativa
para apresentar projeto de lei federal.
e) ao Procurador-Geral da República, pois ao Presidente da República cabe apenas adotar
medidas provisórias, sendo-lhe vedada a apresentação de projeto de lei.

043. (CESPE/DIPLOMATA/IRBR/2018) No que tange aos direitos e garantias fundamentais


e ao processo legislativo, conforme disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue
(C ou E) o item subsequente.
A Câmara dos Deputados é a casa onde se devem iniciar todos os projetos de lei de iniciativa
do presidente da República, do STF ou de tribunal superior, cabendo ao Senado o papel
de casa revisora.

044. (FAURGS/ADM (UFCSPA)/UFCSPA/2018) De acordo com o texto da Constituição da


República Federativa do Brasil sobre o processo legislativo, a discordância expressa, total ou
parcial, do Presidente da República com o projeto de lei já aprovado pelo Poder Legislativo,
por considerá-lo inconstitucional ou contrário ao interesse público, configura
a) sanção.
b) veto.
c) promulgação.
d) sanção tácita.
e) votação.

045. (CESPE/AJ (TRE BA)/TRE BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) O Projeto


de lei aprovado pelo Congresso Nacional é enviado ao presidente da República, que pode
vetá-lo ou sancioná-lo. Considera-se o veto do presidente um ato
a) supressivo ou aditivo, já que pode determinar a retirada ou a inclusão de dispositivos
no projeto de lei.
b) retratável, por ser suscetível de posterior alteração pelo próprio presidente da República.
c) político, pois não há necessidade de que seja motivado.
d) absoluto, pois encerra definitivamente o processo legislativo em relação aos dispositivos vetados.
e) expresso, pois deve resultar de manifestação efetiva do chefe do Executivo.

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046. (CESPE/ACE (TCE-PE)/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS PÚBLICAS/2017) Com relação às


políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo, julgue o item a seguir.
Projeto de lei oriundo de iniciativa popular, desde que subscrito por, no mínimo, 1% do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3%
dos eleitores de cada um deles, deverá ser obrigatoriamente pautado para votação pela
Câmara dos Deputados.

047. (CESPE/AG (TCE-PE) /TCE-PE/ADMINISTRAÇÃO/2017) A respeito de processo legislativo,


julgue o item a seguir.
O presidente da República poderá vetar alínea de projeto de lei aprovado pelo Congresso
Nacional, desde que o faça integralmente.

048. (CESPE/AJ TRF1/TRF 1/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017)


À luz das disposições constitucionais acerca do Poder Legislativo, julgue o item seguinte.
Em nenhuma hipótese matéria consignada em projeto de lei rejeitado poderá ser objeto
de novo projeto na mesma sessão legislativa.

049. (VUNESP/DP RO/DPE RO/2017) Projeto de lei cuja iniciativa foi atribuída exclusivamente
ao Chefe do Poder Executivo
a) não admite a apresentação de emendas por parte dos membros do Poder Legislativo,
que devem aprovar ou rejeitar o projeto em sua integralidade.
b) admite, validamente, a apresentação de emendas, observadas algumas restrições impostas
pela Constituição Federal, já que a atividade legislativa permanece com os parlamentares.
c) admite a apresentação de emendas parlamentares, ainda que estas provoquem aumento
na despesa inicialmente prevista.
d) não admite emendas parlamentares apenas quando se tratarem de projetos de orçamento
anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual.
e) admite a apresentação de emendas parlamentares apenas em relação ao orçamento
anual, mas sem obrigação de indicação das fontes financeiras necessárias.

050. (FUNDATEC/ADV CREMERS/ESPECIALISTA/2017) No processo legislativo, a sanção


a) deverá ser sempre total.
b) poderá ser expressa ou tácita.
c) deverá ocorrer no prazo de trinta dias.
d) ocorrerá em projetos de lei ou de emenda constitucional devidamente aprovados pelo
Congresso Nacional.
e) uma vez realizada, encerra o processo legislativo.

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051. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/XIX EXAME/2016) O Presidente da República tem dúvidas


sobre como proceder em determinado projeto de lei que vem gerando muitas críticas na
imprensa. No décimo quarto dia útil do prazo para sancionar ou vetar o referido projeto
de lei, o Chefe do Executivo consulta o Advogado-Geral da União para saber os efeitos
jurídicos que adviriam do transcurso do prazo de quinze dias úteis sem a adoção de nenhuma
providência expressa, simplesmente permanecendo silente.
De acordo com a sistemática constitucional, essa situação implicaria
a) veto total, que ainda será apreciado em sessão conjunta das casas do Congresso Nacional.
b) sanção tácita, o que não exclui a possibilidade de o Chefe do Poder Executivo
promulgar a lei.
c) sanção tácita, o que convalida eventual vício de iniciativa, ainda que da lei decorra
aumento de despesa.
d) veto parcial, que ainda será apreciado em sessão separada, pelo plenário de cada uma
das Casas do Congresso Nacional.

052. (FCC/AJ TRF3/TRF 3/APOIO ESPECIALIZADO/BIBLIOTECONOMIA/2016) O Congresso


Nacional aprovou projeto de lei após regular trâmite, remetendo-o, em seguida, ao Presidente
da República. Entendendo-o contrário ao interesse público, o Presidente resolveu vetá-lo
integralmente, restituindo-o, então, ao Congresso. As Casas Legislativas Federais, apreciando
o veto, deliberaram pela sua rejeição.
Citada rejeição dependerá do voto
a) de dois terços dos integrantes do Congresso, sendo certo que, alcançado o quórum, o
Presidente do Congresso o promulgará.
b) da maioria simples dos integrantes do Congresso, sendo certo que, com a obtenção do
quórum, o projeto será remetido ao Presidente da República, para promulgação.
c) da maioria absoluta dos integrantes de cada Casa Legislativa Federal, sendo certo que,
obtido o quórum, o Presidente da Casa pela qual tramitou por último a análise do veto
deverá promulgá-lo.
d) da maioria absoluta dos integrantes do Congresso, sendo certo que, obtido o quórum,
o projeto será remetido ao Presidente da República, para promulgação.
e) da maioria simples dos integrantes do Congresso, sendo certo que, com a obtenção do
quórum, o Presidente do Congresso deverá promulgá-lo.

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053. (IESES/NER (TJ PA)/TJ PA/PROVIMENTO/2016) A iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, [.
.............................] do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por [..............] Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles:
a) Três por cento; oito.
b) Um por cento; cinco.
c) Dois por cento; sete.
d) Cinco por cento; dez.

054. (FUNDEP/AUD (TCE-MG)/TCE-MG/2018) Não constitui cláusula pétrea da


Constituição de 1988:
a) a forma federativa de Estado.
b) a forma republicana de governo.
c) a separação dos Poderes.
d) os direitos e garantias individuais.
e) o voto direto, secreto, universal e periódico.

055. (FUNRIO/AUD CI (CGE RO)/CGE RO/2018) Diante dos sucessivos conflitos existentes
entre os órgãos de poder sediados no Distrito Federal, inúmeros projetos normativos
surgem com o fito de resolvê-los. Dentre as limitações impostas pela Constituição Federal
pertinentes às emendas constitucionais está a vedação de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
a) penas cruéis.
b) financiamentos partidários.
c) servidões administrativas.
d) direitos individuais.
e) bens públicos.

056. (FGV/ANALM (CM SALVADOR)/CM SALVADOR/LICITAÇÃO, CONTRATOS E CONVÊNIOS/


LICITAÇÃO, CONTRATOS E CONVÊNIOS/2018) Após regular tramitação, a Câmara dos
Deputados e o Senado Federal aprovaram Proposta de Emenda à Constituição, tendo o
Presidente do Congresso Nacional a encaminhado ao Chefe do Poder Executivo, que a
sancionou em parte e, nessa parte, promulgou-a. Por considerar que o processo legislativo
adotado destoara daquele previsto na Constituição da República de 1988, o Partido Político
X solicitou que o Supremo Tribunal Federal reconhecesse a existência de vício formal na
Emenda Constitucional.
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, o Partido Político X:

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a) não tem razão, já que o processo legislativo que culminou com a promulgação da Emenda
X foi plenamente regular, não apresentando vício formal;
b) tem razão, já que somente o Senado Federal possui competência para discutir e votar
as propostas de emenda constitucional;
c) tem razão, já que a atuação do Presidente da República deveria ter-se limitado à sanção,
competindo a promulgação ao Presidente do Senado Federal;
d) tem razão, já que a atuação do Presidente da República deveria ter-se limitado à
promulgação, não havendo espaço para sanção ou veto;
e) tem razão, já que a Emenda X deveria ter sido promulgada pelas Mesas da Câmara e do
Senado Federal, sem qualquer participação do Presidente da República.

057. (FGV/ANALM (CM SALVADOR)/CM SALVADOR/LEGISLATIVA/APOIO DE PLENÁRIO,


PLENÁRIO, APOIO TÉCNICO EM PROCESSOS LEGISLATIVOS, PROTOCOLO DE PROCESSOS/2018)
Foi apresentada proposta de emenda constitucional subscrita por um terço dos Deputados
Federais. A proposta almeja criar um imposto e contém disposição expressa determinando
a sua cobrança em relação a fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro,
excepcionando, com isso, a vedação contida no Art. 150, III, b, da Constituição da
República de 1988.
À luz da sistemática constitucional a respeito dos limites materiais e formais ao exercício
do poder reformador, a proposta:
a) não afronta os limites materiais, pois somente os direitos e garantias individuais previstos
no Título II da Constituição não podem ser alterados via emenda;
b) afronta os limites formais, pois a proposta de emenda deveria ser apresentada,
conjuntamente, por um terço dos Deputados Federais e um terço dos Senadores;
c) não afronta os limites materiais, pois a vedação à cobrança de imposto em relação a
fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro não configura direito individual;
d) afronta os limites materiais, pois quaisquer direitos e garantias individuais previstos
na Constituição, mesmo fora do Título II, devem ser respeitados pelo poder reformador;
e) afronta os limites formais, pois somente o Presidente da República pode apresentar
propostas de emenda que criem tributos.

058. (FGV/AJ (TJ AL)/TJ AL/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018) Um terço dos Senadores
apresentou proposta de emenda constitucional alterando a sistemática orçamentária. A
proposta foi aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por
três quintos dos votos dos respectivos membros, sendo ao final promulgada, pelo Presidente
do Senado Federal, a Emenda Constitucional WW. Acresça-se que, à época da votação, a
região norte do País fora atingida por calamidade de grandes proporções da natureza.
À luz da sistemática constitucional, o processo legislativo que culminou com a aprovação
da Emenda Constitucional WW:

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a) apresentou vício de iniciativa e afrontou os limites materiais ao exercício do poder reformador;


b) afrontou apenas os limites materiais ao exercício do poder reformador;
c) afrontou apenas limite circunstancial ao exercício do poder reformador;
d) apresentou vício apenas no ato da promulgação, que foi realizada por autoridade incompetente;
e) foi irregular, pois a proposta restou aprovada sem a observância do quórum de votação exigido.

059. (CESPE/AUD EST (TCM-BA)/TCM-BA/CONTROLE EXTERNO/2018) A CF proíbe a deliberação


de proposta de emenda constitucional que tenda a abolir
a) a forma federativa de governo, por se tratar de cláusula pétrea expressa.
b) a forma republicana de Estado, por se tratar de cláusula pétrea implícita.
c) a separação dos poderes, por se tratar de cláusula pétrea expressa.
d) o regime democrático e a autonomia municipal, por se tratar de cláusulas pétreas expressas.
e) o sistema presidencialista de governo, por se tratar de cláusula pétrea implícita.

060. (FUNDATEC/PROC (ALERS)/ALERS/2018) A Constituição poderá ser emendada


mediante proposta:
I – De dois terços, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
II – Do Presidente da República.
III – De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

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GABARITO

1. e 35. d
2. e 36. b
3. c 37. a
4. e 38. c
5. c 39. c
6. a 40. c
7. b 41. c
8. b 42. c
9. e 43. c
10. a 44. b
11. a 45. e
12. c 46. e
13. c 47. c
14. c 48. e
15. e 49. b
16. d 50. b
17. b 51. b
18. a 52. d
19. c 53. b
20. c 54. b
21. c 55. d
22. e 56. e
23. c 57. d
24. a 58. d
25. d 59. c
26. c 60. b
27. d
28. b
29. c
30. c
31. a
32. e
33. c
34. e

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GABARITO COMENTADO

001. (CEBRASPE-CESPE/DP RS/DPE RS/2022) Sobre o poder constituinte, suas formas de


expressão e seus limites sob a ótica da Constituição Federal atualmente vigente, julgue o
seguinte item.
As limitações ao poder de reforma constitucional incluem as temporais, como as que vedam
emendas durante a vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de
sítio; as formais, as quais estabelecem obstáculos procedimentais; e as materiais, que
definem núcleos essenciais inacessíveis ao poder constituinte derivado.

As limitações que vedam a edição de emendas constitucionais durante a vigência


de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio são denominadas
circunstanciais, e não temporais.

Art. 60. § 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de
estado de defesa ou de estado de sítio.

Errado.

002. (CEBRASPE-CESPE/ANA (PGE RJ)/PGE RJ/CONTÁBIL/2022) A respeito do conceito de


Constituição, das teorias da Constituição e do poder constituinte, julgue o item a seguir.
A Constituição Federal de 1988 (CF) permite, excepcionalmente, a iniciativa popular para
a propositura de emendas constitucionais.

A Constituição Federal não admite, diferente do que afirmado, que o texto constitucional
possa ser emendado por iniciativa popular. Os legitimados para dar início ao processo de
emenda constam no texto do artigo 60, com a seguinte redação:

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Errado.

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003. (CEBRASPE-CESPE/ANA (PGE RJ)/PGE RJ/PROCESSUAL/2022) Com base na Constituição


Federal de 1988 (CF), julgue o item a seguir.
A CF pode ser emendada mediante proposta de mais da metade das assembleias legislativas
das unidades da Federação. Nesse caso, cada uma das assembleias proponentes terá de se
manifestar pela maioria relativa de seus membros.

Temos aqui um dos legitimados expressamente previstos para dar início ao processo de
emenda constitucional.

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Certo.

004. (CEBRASPE-CESPE/TEC (PGE RJ)/PGE RJ/PROCESSUAL/2022) À luz dos dispositivos


elencados na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte.
Proposta de emenda constitucional com o objetivo de tornar facultativo a todos os cidadãos o
voto nas eleições a serem realizadas no Brasil em 2024 viola a CF visto que o voto obrigatório
configura cláusula pétrea.

Estabelece a Constituição Federal que não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir, dentre outros, o voto direto, secreto, universal e periódico.

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;

Contudo, diferente do que afirmado pela questão, é considerada uma cláusula pétrea o
voto direto, secreto, universal e periódico, e não o voto obrigatório.
Errado.

005. (IMPARH/EST (PGM FORTALEZA)/PREF FORTALEZA/CURSO DE DIREITO/2022) A


Constituição Federal, ao tratar do poder constituído de reforma, estabeleceu limitações
circunstanciais, relacionadas a períodos de grave instabilidade política e social no país.
Enquanto essas circunstâncias estiverem presentes, não é possível emendar a Constituição.
Assinale a alternativa que NÃO é uma limitação constitucional ao poder de reforma, de
acordo com o texto da CF/1988.
a) Estado de defesa.
b) Estado de sítio.
c) Estado de calamidade pública.
d) Intervenção federal.

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O § 1º do artigo 60 estabelece que “A Constituição não poderá ser emendada na vigência


de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”.
Assim, apenas a Letra C não retrata uma das limitações circunstanciais do poder de
emenda constitucional.
Letra c.

006. (LEGALLE/PROC (CM POA)/CM POA/2022) A Constituição poderá ser emendada


mediante proposta:
I – De um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – Do Presidente da República;
III – De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Está(ão) CORRETAS:
a) I, II e III.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III.
e) Apenas I.

Todos os itens estão corretos, retratando os legitimados para dar início ao processo de
emenda constitucional.

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Letra a.

007. (SELECON/ANA LEG (CMSG)/CM SÃO GONÇALO/DIREITO E ADVOGADO/2022) O Projeto


de Emenda à Constituição n. XYZ/2021, dentre outras providências, prevê a supressão de
determinados direitos e garantias individuais, tal como o direito de herança e outros. À
luz do processo legislativo previsto na Constituição Federal de 1988, o referido Projeto de
Emenda à Constituição n. XYZ/2021 é:
a) legal
b) inconstitucional
c) ilegal por contrariar regras do Direito Civil
d) constitucional por se compatibilizar com as regras do Direito Civil

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Na situação narrada, o Projeto de Emenda à Constituição n. XYZ/2021 é inconstitucional,


uma vez que a proposta de emenda tendente a abolir os direitos e garantias individuais (dos
quais o direito de herança faz parte) é vedada em nosso ordenamento jurídico, configurando
cláusula pétrea.
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.
Letra b.

008. (IBFC/AUXLG (CM F SANTANA)/CM FEIRA DE STANA/ADMINISTRATIVO/2018) Leia


atentamente os itens abaixo e assinale a alternativa correta e que melhor identifica o ato
legislativo primário que, em regra, edita normas gerais e abstratas, motivo por que, na lição
usual, é conceituada em função da generalidade e da abstração.
a) Lei temporária
b) Lei ordinária
c) Portaria
d) Resolução

A norma que inova no ordenamento jurídico e é dotada das características da generalidade


e da abstração é, dentre as alternativas apresentadas, a lei.
Letra b.

009. (CEBRASPE-CESPE/PROC DF/PG DF/2022) Com referência ao direito constitucional


estadual e distrital, à rigidez e à mutação da Constituição e às emendas à Constituição,
julgue o item a seguir.
Uma proposta de emenda à Constituição que haja sido rejeitada no Congresso Nacional
somente poderá ser reapresentada na legislatura subsequente.

O que o §5º do artigo 60 estabelece é que “A matéria constante de proposta de emenda


rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa”.
Errado.

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010. (INSTITUTO AOCP/SOLD (PM GO)/PM GO/COMBATENTE/2022) Determinado Deputado


Estadual apresentou projeto de lei dispondo sobre o regime jurídico dos militares estaduais,
a fim de instituir regulamentação acerca da indenização por morte e invalidez permanente
dos militares de Goiás. Como forma de reconhecer e valorizar o excelente serviço prestado
pela categoria, a proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo
Governador do Estado. Considerando o caso narrado e a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal, é correto afirmar que a nova lei estadual é
a) incompatível com a Constituição Federal, haja vista que lei de iniciativa parlamentar, por
força do princípio da simetria, não pode dispor sobre o regime jurídico dos militares estaduais.
b) inconstitucional, porque compete à União legislar sobre direito civil, o que abrange as
indenizações por morte e invalidez permanente dos militares estaduais.
c) constitucional, pois o regime jurídico dos servidores públicos militares é norma de
iniciativa concorrente.
d) constitucional, eis que a sanção do Governador do Estado sanou eventual vício de iniciativa.
e) compatível com a Constituição Federal, pois as regras de processo legislativo não são
normas de reprodução obrigatória pelos Estados-membros.

No caso, estamos diante de uma matéria cuja iniciativa de lei é privativa do Presidente
da República.

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II – disponham sobre:
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva.

Fazendo uso do princípio da simetria, é de iniciativa privativa dos demais Chefes do Poder
Executivo, em cada um dos entes federativos, a iniciativa de lei que verse sobre o regime
jurídico dos militares.
Na situação narrada, a nova lei estadual é incompatível com a Constituição Federal,
uma vez que lei de iniciativa parlamentar, por força do princípio da simetria, não pode
dispor sobre o regime jurídico dos militares estaduais. A competência para dar início ao
projeto de lei, conforme verificado, é privativa do Chefe do Poder Executivo (no caso,
do Governador do Estado).
Letra a.

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011. (FCC/PROC (TERESINA)/PREF TERESINA/2022) São de iniciativa privativa do Presidente


da República, EXCETO as leis que versarem sobre
a) matéria tributária da competência da União.
b) servidores públicos da União e dos Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria.
c) organização administrativa e judiciária dos Territórios.
d) modificação do efetivo das forças armadas.
e) normas gerais para organização da Defensoria e do Ministério Público dos Estados.

Apenas na Letra A não estamos diante de uma matéria cuja iniciativa legal é privativa do
Presidente da República.
Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; (Letrad)
II – disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica
ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços
públicos e pessoal da administração dos Territórios; (Letrac)
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos,
estabilidade e aposentadoria; (Letrab)
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas
gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios; (Letrae)
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto
no art. 84, VI;
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
Letra a.

012. (INSTITUTO CONSULPLAN/AG (CM BARBACENA)/CM BARBACENA/ADMINISTRATIVO/2022)


A Constituição Federal, no capítulo que dispõe sobre a Administração Pública, exige a edição
de Lei Complementar para:
a) Definir os casos de exoneração dos servidores públicos federais.
b) Criar cargos efetivos na estrutura da administração direta e indireta.
c) Definir a área de atuação das fundações públicas de direito privado.
d) Regulamentar o direito de greve dos servidores públicos de qualquer esfera.

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É exigida a edição de lei complementar, dentre outras matérias, para definir a área de
atuação das fundações públicas de direito privado.

Art. 37, XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação;

Nas demais alternativas, a matéria poderá ser objeto de lei ordinária, não havendo necessidade
de lei complementar.
Letra c.

013. (RBO/PROC M (MONGAGUÁ)/PREF MONGAGUÁ/2022) No que tange ao processo


legislativo, é vedada a edição de medida provisória que verse sobre
a) majoração de impostos.
b) alteração de leis complementares.
c) escopo de detenção ou sequestro de bens.
d) salário mínimo.

É vedada a edição de medida provisória, dentre outras matérias, que vise a detenção ou
sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro.

Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;

Letra c.

014. (CEBRASPE-CESPE/AFCE (TCE-SC)/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item subsequente,


tendo em vista os termos da CF e a jurisprudência do STF.
Medida provisória não revoga lei anterior, apenas suspende seus efeitos no ordenamento
jurídico, devido a seu caráter transitório e precário.

Com a edição da medida provisória, os efeitos da lei anterior apenas ficam suspensos,
tendo em vista que a MP poderá ou não ser convertida em lei. Logo, é correto afirmar que
as medidas provisórias possuem caráter transitório e precário.
Certo.

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015. (CEBRASPE-CESPE/AFCE (TCE-SC)/TCE SC/DIREITO/2022) Julgue o item subsequente,


tendo em vista os termos da CF e a jurisprudência do STF.
O presidente da República não pode reeditar medida provisória que veicule matéria constante
de outra medida provisória anteriormente rejeitada pelo Congresso Nacional. No entanto,
pode valer-se de medida provisória para disciplinar matéria que tenha sido objeto de projeto
de lei anteriormente rejeitado na mesma sessão legislativa.

O §10 do artigo 62 estabelece que “É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa,


de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por
decurso de prazo”.
Errado.

016. (CEBRASPE-CESPE/ATT (SEFAZ SE)/SEFAZ SE/2022) Atendidos os pressupostos de


relevância e urgência, o presidente da República pode adotar medidas provisórias que
versem sobre matéria relativa a
a) garantia dos membros do Ministério Público.
b) partidos políticos.
c) direito processual civil.
d) abertura de crédito extraordinário.
e) lei orçamentária anual.

Atendidos os requisitos constitucionais, o Presidente da República pode adotar medidas


provisórias que versem, dentre outras, sobre matéria relativa a abertura de crédito
extraordinário. Neste caso, estaremos diante de uma exceção à regra geral, que estabelece
a vedação da edição de medidas provisórias relativas a planos plurianuais, diretrizes
orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares.

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
I – relativa a:
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares,
ressalvado o previsto no art. 167, § 3º;
Art. 167, § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a
despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no art. 62.

Letra d.

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017. (INSTITUTO CONSULPLAN/ALEG (CM ITABIRA)/CM ITABIRA/2022) Conforme se infere


da Constituição Federal, em caso de relevância e urgência o Presidente da República
poderá adotar medidas provisórias, com força de Lei, devendo submetê-las de imediato
ao Congresso Nacional. Dentre as alternativas relacionadas, assinale aquela que apresenta
matérias que permitem a edição de medidas provisórias:
a) Direito civil e processual civil.
b) Direito tributário e financeiro.
c) Direito penal e processual penal.
d) Direitos políticos e direito eleitoral.

Fazendo uso das disposições do artigo 62, chegamos à conclusão de que apenas a
Letra B (direito tributário e financeiro) estabelece matérias que poderão ser objeto de
medidas provisórias.

Art. 62, § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:


I – relativa a:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) direito penal, processual penal e processual civil;

Letra b.

018. (SELECON/ANA LEG (CMSG)/CM SÃO GONÇALO/ORÇAMENTO E FINANÇAS/2022)


Bebeto é assistente legislativo do município NN e é responsável pelo acompanhamento, no
Congresso Nacional, do trâmite das medidas provisórias pendentes de votação. Nos termos
da Constituição Federal, a perda da eficácia das medidas provisórias não convertidas em
lei permitirá que o Congresso Nacional discipline as relações jurídicas decorrentes do ato
normativo em foco mediante:
a) Decreto Legislativo
b) Resolução
c) Ato Declaratório
d) Circular

É por meio do decreto legislativo que o Congresso Nacional pode disciplinar as relações
jurídicas decorrentes da perda da eficácia das medidas provisórias não convertidas em lei.

Art. 62, § 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia,


desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos
termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

Letra a.
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019. (LEGALLE/PROC (CM POA)/CM POA/2022) Mediante apresentação de projeto de lei


ou de projeto de emenda à Lei Orgânica, a iniciativa popular, no processo legislativo, será
tomada por:
a) 10% do eleitorado do Município.
b) 15% do eleitorado do Município.
c) 5% do eleitorado do Município.
d) 1 % do eleitorado do Município.
e) 20% do eleitorado do Município.

O §2º do artigo 61 da Constituição Federal estabelece que “A iniciativa popular pode ser
exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles”.
Letra c.

020. (CEBRASPE-CESPE/ASS JUR (CODEVASF)/CODEVASF/2021) No que se refere ao direito


constitucional, julgue o item a seguir.
Considerando-se as normas referentes ao processo legislativo, é possível a tramitação de
proposta de lei que seja formalmente complementar, mas materialmente ordinária.

Se a norma é materialmente ordinária, estamos diante de uma matéria que pode ser objeto
de lei ordinária, não havendo necessidade de lei complementar.
Contudo, nada impede que seja editada uma lei complementar regulando a matéria. Caso
isso ocorra, estaremos diante de uma norma formalmente complementar regulando uma
matéria de competência ordinária.
Certo.

021. (CEBRASPE-CESPE/ACE (TC-DF)/TC-DF/2021) A respeito dos princípios fundamentais,


de emenda constitucional, do direito ao sigilo e da organização político-administrativa do
Estado, julgue o item subsequente.
É inconstitucional regulamentação de regime jurídico de servidores militares estaduais por
emenda constitucional de origem parlamentar.

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Inicialmente, é preciso saber que a iniciativa das leis que disponham sobre o regime jurídico
dos servidores militares é privativa do Presidente da República.

Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


II – disponham sobre:
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva.

De acordo com o princípio da simetria, esta regra deve ser observada, inclusive, pelos demais
entes federativos. Neste sentido, merece ser destacado o entendimento do STF proferido
no julgamento da ADI 858.

JURISPRUDÊNCIA
No tocante ao regime jurídico dos servidores militares estaduais, a iniciativa de lei é
reservada ao Chefe do Poder Executivo local.

Logo, a regulamentação de regime jurídico de servidores militares estaduais não pode


ser realizada por emenda constitucional de origem parlamentar. A iniciativa, conforme
afirmado, deve ser do Presidente da República ou, de acordo com o princípio da simetria,
pelos Chefes do Poder Executivo.
Certo.

022. (CEBRASPE-CESPE/ACE TCE RJ/TCE-RJ/CONTROLE EXTERNO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2021)


Com base na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o seguinte item.
A CF autoriza a propositura de emendas constitucionais por iniciativa popular.

A Constituição Federal não autoriza a propositura de emendas constitucionais por meio de


iniciativa popular. Em sentido diverso, os legitimados para dar início às emendas constam
expressamente no artigo 60, com a seguinte redação:

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Errado.

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023. (CEBRASPE-CESPE/PROC (MPTC-DF)/TC-DF/2021) Em relação ao poder constituinte,


julgue o item a seguir.
Por força das denominadas cláusulas pétreas implícitas, é vedada a revogação integral
da norma constitucional que impede a deliberação de propostas tendentes a abolir
cláusulas pétreas.

Dito de outra forma, o que a questão está afirmando é que é vedada a revogação integral de
norma presente no texto constitucional que impede a deliberação de propostas tendentes
a abolir cláusulas pétreas. Em nosso ordenamento, esta norma impeditiva consta no artigo
60, §4º da Constituição Federal, com a seguinte redação:

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (...)

Consequentemente, o artigo em questão não poderá ser integralmente revogado, haja


vista a presença das intituladas cláusulas pétreas.
Certo.

024. (FGV/TL (SEN)/SEN/PROCESSO LEGISLATIVO/2012) O Regimento Interno do Senado


Federal possui um título dedicado aos princípios gerais do processo legislativo. O artigo
regimental preconiza, ainda, que a legitimidade na elaboração da norma legal é assegurada
pela observância rigorosa das disposições regimentais. NÃO consubstancia princípio do
processo legislativo
a) a preservação dos direitos das minorias, salvo acordo de líderes em sentido diverso.
b) pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores seu
devido conhecimento.
c) a nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental.
d) a participação plena e igualitária dos Senadores, em todas as atividades legislativas,
respeitados os limites regimentais.
e) a impossibilidade de tomada de decisões sem observância do quórum regimental estabelecido.

Apenas a Letra A, dentre as opções elencadas, não se refere a um princípio do processo


legislativo, conforme previsão do artigo 412 do regimento interno do Senado Federal.

Art. 412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa
das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas, respeitados
os limites regimentais;

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III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão


de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal, resguardado o
quórum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;
IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
XI – pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores seu
devido conhecimento;

Letra a.

025. (FGV/AL (SEN)/SEN/PROCESSO LEGISLATIVO/2008) Não constitui princípio básico do


processo legislativo:
a) a nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental.
b) a preservação dos direitos das minorias.
c) a impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental
estabelecido.
d) a análise valorativa do conteúdo das leis e do procedimento de sua elaboração.
e) a publicidade das decisões tomadas, com exceção dos casos específicos previstos
no Regimento.

A Letra D, dentre as opções previstas, não se refere a um princípio geral do processo legislativo.

Art. 412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa
das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:
IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;
VII – preservação dos direitos das minorias;
X – impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quórum regimental estabelecido;
XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos neste
Regimento;

Letra d.

026. (CESPE/AUX INST (IPHAN)/IPHAN/ÁREA 1/2018) Com relação às normas do direito


brasileiro, julgue o item que se segue.
Leis complementares passam pelo crivo de quórum diferenciado para aprovação.

De acordo com o artigo 69 da Constituição Federal, “As leis complementares serão aprovadas
por maioria absoluta”. Tal quórum é diferente, por exemplo, das leis ordinárias, que são
aprovadas por maioria simples.
Certo.

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027. (FUMARC/ASS (CM STA LUZIA)/CM STA LUZIA (MG)/JURÍDICO DA PROCURADORIA/2017)


As leis complementares se distinguem das leis ordinárias porque
a) não podem ser criadas por Estados e Municípios.
b) não se submetem a deliberação executiva.
c) são hierarquicamente superiores.
d) exigem aprovação legislativa por maioria absoluta.

Apenas a Letra D, dentre as alternativas propostas, representa uma diferença entre a lei
ordinária e a lei complementar.

Letra d.

028. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/XX EXAME/2016) O deputado federal João da Silva, em


seu primeiro mandato, propõe um projeto de lei sobre regulamentação de aplicativos
de mensagens. As discussões em plenário se mostram acirradas, sendo o projeto de lei
rejeitado. Inconformado, o deputado, por entender que a rejeição do projeto se deveu
a fatores circunstanciais e passageiros, quer voltar a tê-lo reavaliado, ainda na mesma
sessão legislativa.
Em dúvida se poderia vir a fazê-lo, consulta sua assessoria que, em consonância com a
CRFB/88, presta a seguinte informação:
a) A matéria constante do referido projeto de lei somente poderá constituir objeto de novo
projeto na próxima sessão legislativa, em deferência ao princípio da oportunidade.
b) A matéria objeto do projeto de Lei rejeitado ainda poderá ser apreciada na mesma sessão
legislativa, desde que proposta pela maioria absoluta dos membros de qualquer uma das
casas do Congresso Nacional.

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c) A matéria, objeto do projeto de lei rejeitado, somente poderá ser apreciada na mesma
sessão legislativa se comprovadamente tratar de direito que aumente o grau de dignidade
e proteção da pessoa humana.
d) A matéria, discutida em projeto de lei rejeitado pelo Congresso Nacional, não pode ser
apreciada na mesma sessão legislativa, exceto se o Presidente da República, alegando
interesse nacional, assim o determinar.

De acordo com a Constituição, a matéria objeto do projeto de lei rejeitado apenas poderá
constituir objeto de deliberação na mesma sessão legislativa mediante a proposta da maioria
absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Letra b.

029. (INSTITUTO AOCP/TEC LEG (CM RIO SUL)/CM RIO SUL/ÁREA LEGISLATIVA/2016) De
acordo com a Constituição Federal, as leis que fixam ou modificam os efetivos das Forças
Armadas são de iniciativa
a) privativa do Procurador-Geral da República.
b) exclusiva do Procurador-Geral da República.
c) privativa do Presidente da República.
d) privativa do Supremo Tribunal Federal.
e) exclusiva do Ministro da Defesa.

As leis que fixem ou modifiquem o efetivo das Forças Armadas são de iniciativa privativa
do Presidente da República.

Art. 60, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

Letra c.

030. (CESPE/AUD CE (TCE-PA)/TCE-PA/EDUCACIONAL/2016) Acerca de processo legislativo


e fiscalização contábil, financeira e orçamentária, julgue o item a seguir, considerando as
disposições constitucionais sobre o Poder Legislativo.
Projeto de lei rejeitado poderá constituir objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa
se proposto pela maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

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A questão apresenta, corretamente, o quórum mínimo a ser observado para que um projeto
de lei rejeitado possa ser objeto de deliberação na mesma sessão legislativa.

Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional.

Certo.

031. (VUNESP/AN LEG (CM REGISTRO)/CM REGISTRO/2016) No processo legislativo


federal, para que um projeto de lei complementar seja aprovado, no Senado Federal,
é necessário(a)
a) no mínimo, 41 votos desde que presente a maioria absoluta de seus membros.
b) no mínimo, 42 votos desde que presente a maioria absoluta de seus membros.
c) maioria simples desde que presente a maioria de 2/3 (dois terços) de seus membros.
d) no mínimo, 22 votos desde que presente a maioria de 42 de seus membros.
e) no mínimo, 21 votos desde que presente a maioria de 41 de seus membros.

De acordo com o artigo 69 da Constituição Federal, “as leis complementares serão aprovadas
por maioria absoluta”. A maioria absoluta é aquela que compreende 50% + 1 dos membros
da respectiva Casa Legislativa. Assim, caso o projeto de lei esteja tramitando no Senado
Federal (que conta com 81 membros), o quórum mínimo exigido para a aprovação das leis
complementares é de 41 votos (50% +1). Além disso, devem estar presentes, na sessão, a
maioria absoluta dos membros.
Letra a.

032. (VUNESP/ASSE JUR (CAIEIRAS)/CM CAIEIRAS/2015) A Constituição Federal estabelece


que não poderá ser objeto de lei delegada, entre outras matérias, a legislação sobre
a) direito civil e político.
b) direito processual e penitenciário.
c) organização do Poder Judiciário e direito financeiro.
d) direito do trabalho e direito econômico.
e) direitos individuais e eleitorais.

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Diogo Surdi

Dentre as opções apresentadas, não poderá ser objeto de lei delegada a legislação sobre
direitos individuais e eleitorais.

Art. 68, § 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso
Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria
reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;

Letra e.

033. (FUNDATEC/ANA (CM BAGÉ)/CM BAGÉ/LEGISLATIVO/2015) É ato normativo elaborado


pelo Presidente da República, em razão de autorização do Poder Legislativo, e nos limites
postos por este. A que se refere essa definição?
a) Lei ordinária.
b) Lei complementar.
c) Lei delegada.
d) Resolução legislativa.
e) Medida Provisória.

Nas leis delegadas, o Presidente da República, após receber a delegação do Poder Legislativo,
elabora uma lei. Como regra geral, o Chefe do Poder Executivo deve observar os limites
estabelecidos na resolução do Congresso Nacional.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.

Letra c.

034. (FGV/ANALM (CM SALVADOR)/CM SALVADOR/LEGISLATIVA/APOIO DE PLENÁRIO,


PLENÁRIO, APOIO TÉCNICO EM PROCESSOS LEGISLATIVOS, PROTOCOLO DE PROCESSOS/2018)
O Presidente da República apresentou projeto de lei ordinária cuja discussão se iniciou no
Senado Federal, que o aprovou, seguindo para a Câmara dos Deputados. Com a aprovação
nesta última Casa, a Mesa do Congresso Nacional promulgou a Lei X. Um grupo de Deputados
de oposição divulgou nota afirmando que o processo legislativo descumpriu a disciplina
traçada na Constituição da República de 1988.
À luz da sistemática constitucional, o grupo de Deputados está correto, já que o projeto
apresenta o(s) seguinte(s) vício(s):

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a) o Presidente da República não tem legitimidade para apresentar projetos de lei ordinária
fora do regime de urgência constitucional;
b) a discussão do projeto de lei ordinária deveria ter sido iniciada na Câmara dos Deputados,
não no Senado Federal, que seria a Casa Revisora;
c) o Presidente da República não poderia apresentar o projeto e a análise deveria ser realizada
em sessão conjunta das Casas Legislativas;
d) após aprovação do projeto pelas Casas Legislativas, ele deveria ser encaminhado ao
Presidente da República, não à Mesa do Congresso Nacional;
e) a discussão deveria ser iniciada na Câmara e o projeto encaminhado ao Presidente da
República, não à Mesa do Congresso.

Dois são os erros encontrados no processo legislativo apresentado pela questão. Inicialmente,
o projeto de lei de iniciativa do Presidente da República deveria ter tido início na Câmara
dos Deputados, conforme previsão constitucional.

Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.

Após a aprovação pela Casa Legislativa revisora, o projeto deve ser encaminhado para
promulgação ao Presidente da República, e não à Mesa do Congresso Nacional.

Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão
e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

Letra e.

035. (CESGRANRIO/ADV (PETRO)/PETROBRAS/JÚNIOR/2018) No processo legislativo brasileiro,


o veto a um projeto de lei é
a) qualificado e absoluto
b) tácito e relativo
c) tácito e absoluto
d) expresso e relativo
e) expresso e absoluto

O veto poder ser conceituado como a discordância total ou parcial do Chefe do Executivo
com os projetos de lei aprovados pelas Casas Legislativas.
Em nosso ordenamento jurídico, o veto deverá, sempre, ser expresso, ou seja, conter os
fundamentos e a motivação que levaram o Chefe do Executivo a adotar a medida.
Além disso, o veto é relativo, na medida em que pode ser “derrubado”, posteriormente,
mediante sessão conjunta do Congresso Nacional.
Letra d.

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036. (VUNESP/ESP GOV (BAURU)/PREF BAURU/PROCURADOR JURÍDICO/2018) Se o Prefeito do


Município de Bauru recebesse projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal e considerasse que
dois artigos da norma são inconstitucionais, à luz do que prevê a Constituição Federal, deverá
a) sancioná-lo, em sua integralidade, pois o veto não é instrumento de inconstitucionalidade,
mas tão somente de conveniência e oportunidade.
b) vetá-lo, em parte, nos dois artigos tidos como inconstitucionais, no prazo de 15 (quinze)
dias úteis, a contar do seu recebimento.
c) sancioná-lo, em parte, nos dois artigos tidos como inconstitucionais, no prazo de 15
(quinze) dias úteis, a contar do seu recebimento.
d) vetá-lo, em parte, nos dois artigos tidos como inconstitucionais, no prazo de 48 (quarenta
e oito) horas, a contar do seu recebimento.
e) sancioná-lo, em parte, em relação a todos os dispositivos, exceto os dois artigos tidos
como inconstitucionais, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, a contar do seu recebimento.

No caso, o Chefe do Poder Executivo (no caso, o Prefeito) deve vetar o projeto de lei
parcialmente, conforme previsão da Constituição Federal e aplicação do princípio da
simetria. O prazo para a adoção do veto é de 15 dias úteis, que serão contados da data do
recebimento do projeto de lei.

Art. 66, § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional


ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

Letra b.

037. (VUNESP/DELEG (PC BA)/PC BA/2018) A Casa na qual tenha sido concluída a votação
de projeto de lei deverá enviá-lo ao Presidente da República que, ao considerar o projeto
a) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento.
b) inconstitucional, em parte, poderá apor veto parcial, no prazo de quinze dias úteis,
abrangendo artigo, parágrafo, inciso, alínea ou expressão verbal.
c) no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total
ou parcialmente, no prazo de trinta dias contados da data do recebimento.
d) contrário ao interesse público, vetá-lo-á totalmente, não podendo fazê-lo, neste caso,
de forma parcial, já que não há como cindir o interesse público.
e) no todo ou em parte, inconstitucional, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de vinte
dias contados da data do recebimento.
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A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 66 da Constituição Federal, que


apresenta a seguinte redação:

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.

Letra a.

038. (CS UFG – ASSJ (APARECIDAPREV)/APARECIDAPREV/2018) Nos termos da Constituição


da República Federativa do Brasil de 1988, a discussão e votação dos projetos de lei de
iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores
terão início
a) no Congresso Nacional.
b) no Senado Federal.
c) na Câmara dos Deputados.
d) no Supremo Tribunal Federal.

Nos termos do artigo 64 da Constituição Federal, “a discussão e votação dos projetos de


lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores terão início na Câmara dos Deputados”.
Letra c.

039. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/XXVI EXAME/2018) O deputado federal Alberto propôs, no


exercício de suas atribuições, projeto de lei de grande interesse para o Poder Executivo federal.
Ao perceber que o momento político é favorável à sua aprovação, a bancada do governo
pede ao Presidente da República que, utilizando-se de suas prerrogativas, solicite urgência
(regime de urgência constitucional) para a apreciação da matéria pelo Congresso Nacional.
Em dúvida, o Presidente da República recorre ao seu corpo jurídico, que, atendendo à sua
solicitação, informa que, de acordo com o sistema jurídico-constitucional brasileiro, o pleito
da base governista

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a) é viável, pois é prerrogativa do chefe do Poder Executivo solicitar o regime de urgência


constitucional em todos os projetos de lei que tramitem no Congresso Nacional.
b) não pode ser atendido, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser
solicitado pelo presidente da mesa de uma das casas do Congresso Nacional.
c) viola a CRFB/88, pois o regime de urgência constitucional somente pode ser requerido
pelo Presidente da República em projetos de lei de sua própria iniciativa.
d) não pode ser atendido, pois, nos casos urgentes, o Presidente da República deve veicular
a matéria por meio de medida provisória e não solicitar que o Legislativo aprecie a matéria
em regime de urgência.

O Presidente da República apenas poderá solicitar urgência nos projetos de lei de sua
iniciativa, e não, conforme informado na questão, em projetos de outros legitimados.

Art. 64, § 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos
de sua iniciativa.

Letra c.

040. (IBFC/OF (PM SE)/PM SE/COMBATENTE/2018) Assinale a alternativa correta sobre o


veto no Processo Legislativo.
a) O veto é um ato do chefe do Poder Legislativo e a sua manifestação deve ocorrer no
prazo de 15 dias corridos contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o
presidente do Senado Federal no prazo de 48 horas
b) O veto é um ato do chefe do Poder Executivo e a sua manifestação deve ocorrer no
prazo de 15 dias corridos contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o
presidente da Câmara dos Deputados no prazo de 72 horas
c) O veto é um ato do chefe do Poder Executivo e a sua manifestação deve ocorrer no prazo
de 15 dias úteis contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o presidente
do Senado Federal no prazo de 48 horas
d) O veto é um ato do chefe do Poder Executivo e a sua manifestação deve ocorrer no prazo
de 15 dias úteis contados do recebimento do projeto de lei, comunicando-se o presidente
da Câmara dos Deputados no prazo de 72 horas

Para responder à questão, façamos uso das disposições do artigo 66, §1º, da Constituição
Federal, de seguinte redação:

Art. 66, § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional


ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.

Letra c.

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041. (IBFC/AUXLG (CM F SANTANA)/CM FEIRA DE STANA/ADMINISTRATIVO/2018) Leia


atentamente os itens abaixo e assinale a alternativa correta sobre qual é o ato praticado
no âmbito do processo legislativo em que se propõe a adoção de direito novo por meio de
uma declaração de vontade, que deve ser formulada por escrito e articulada.
a) Veto de palavra
b) Rejeição de veto
c) Iniciativa
d) Repristinação

O ato ou fase processual em que se propõe um direito novo (sendo, por isso mesmo, uma
declaração de vontade formulada por escrito), é a iniciativa. Desta forma, a iniciativa está
relacionada com as pessoas que podem dar início ao processo legislativo de edição das leis,
fazendo, com isso, que seja proposto o nascimento de um novo direito.
Letra c.

042. (FCC/TEC LEG (CL DF)/CL DF/AGENTE DE POLÍCIA LEGISLATIVA/2018) Suponha que o
Procurador-Geral da República pretenda apresentar projeto de lei ordinária federal que
modifique o efetivo das Forças Armadas e o Presidente da República, a seu turno, pretenda
apresentar projeto de lei complementar federal que disponha sobre militares das Forças
Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração,
reforma e transferência para reserva.
De acordo com a Constituição Federal, com relação aos projetos que pretendem apresentar,
a iniciativa da lei caberá, nos dois casos,
a) ao Procurador-Geral da República, uma vez que não é conferida ao Presidente da República
a iniciativa de lei que disponha sobre militares das Forças Armadas.
b) indistintamente ao Procurador-Geral e ao Presidente da República, uma vez que ambos
dispõem de iniciativa para apresentação de projetos de lei sobre qualquer matéria de
competência legislativa da União.
c) ao Presidente da República, por versarem ambos projetos sobre matéria de sua
iniciativa privativa.
d) ao Presidente da República, pois o Procurador-Geral da República não dispõe de iniciativa
para apresentar projeto de lei federal.
e) ao Procurador-Geral da República, pois ao Presidente da República cabe apenas adotar
medidas provisórias, sendo-lhe vedada a apresentação de projeto de lei.
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Ambas as matérias presentes na questão são de iniciativa privativa do Presidente da


República, conforme previsão do artigo 61, §1º, da Constituição Federal:

Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:


I – fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II – disponham sobre:
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,
remuneração, reforma e transferência para a reserva.

Letra c.

043. (CESPE/DIPLOMATA/IRBR/2018) No que tange aos direitos e garantias fundamentais


e ao processo legislativo, conforme disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue
(C ou E) o item subsequente.
A Câmara dos Deputados é a casa onde se devem iniciar todos os projetos de lei de
iniciativa do presidente da República, do STF ou de tribunal superior, cabendo ao Senado
o papel de casa revisora.

De acordo com o artigo 64 da Constituição Federal, “a discussão e votação dos projetos de


lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores terão início na Câmara dos Deputados”. Uma vez aprovadas na Câmara, o projeto
será encaminhado ao Senado Federal, que exercerá a função de revisão.
Certo.

044. (FAURGS/ADM (UFCSPA)/UFCSPA/2018) De acordo com o texto da Constituição da


República Federativa do Brasil sobre o processo legislativo, a discordância expressa, total ou
parcial, do Presidente da República com o projeto de lei já aprovado pelo Poder Legislativo,
por considerá-lo inconstitucional ou contrário ao interesse público, configura
a) sanção.
b) veto.
c) promulgação.
d) sanção tácita.
e) votação.

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O conceito apresentado refere-se ao veto, que pode ser, de acordo com as disposições da
Constituição Federal, total ou parcial.

Art. 66, § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte,

inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo

de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e

oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

Letra b.

045. (CESPE/AJ (TRE BA)/TRE BA/ADMINISTRATIVA/”SEM ESPECIALIDADE”/2017) O Projeto


de lei aprovado pelo Congresso Nacional é enviado ao presidente da República, que pode
vetá-lo ou sancioná-lo. Considera-se o veto do presidente um ato
a) supressivo ou aditivo, já que pode determinar a retirada ou a inclusão de dispositivos
no projeto de lei.
b) retratável, por ser suscetível de posterior alteração pelo próprio presidente da República.
c) político, pois não há necessidade de que seja motivado.
d) absoluto, pois encerra definitivamente o processo legislativo em relação aos
dispositivos vetados.
e) expresso, pois deve resultar de manifestação efetiva do chefe do Executivo.

Em nosso ordenamento, o veto será sempre expresso, devendo apresentar os motivos que
levaram o Chefe do Poder Executivo à adoção desta medida.
Letra e.

046. (CESPE/ACE (TCE-PE)/TCE-PE/AUDITORIA DE CONTAS PÚBLICAS/2017) Com relação às


políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo, julgue o item a seguir.
Projeto de lei oriundo de iniciativa popular, desde que subscrito por, no mínimo, 1% do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de 0,3%
dos eleitores de cada um deles, deverá ser obrigatoriamente pautado para votação pela
Câmara dos Deputados.

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Os requisitos apresentados pela questão referem-se aos necessários para que o projeto
de lei de iniciativa popular seja apresentado à Câmara dos Deputados. A apresentação, no
entanto, não é garantia de que o projeto de lei será pautado para votação. Antes disso,
deve o projeto tramitar pelas comissões de cada uma das Casas do Congresso Nacional,
podendo, inclusive, ser objeto de emendas.
Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Errado.

047. (CESPE/AG (TCE-PE) /TCE-PE/ADMINISTRAÇÃO/2017) A respeito de processo legislativo,


julgue o item a seguir.
O presidente da República poderá vetar alínea de projeto de lei aprovado pelo Congresso
Nacional, desde que o faça integralmente.

O veto pode ser tanto total quanto parcial. O veto parcial, de acordo com o §1º do artigo
66, somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

Art. 66, § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional


ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.

Certo.

048. (CESPE/AJ TRF1/TRF 1/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL/2017)


À luz das disposições constitucionais acerca do Poder Legislativo, julgue o item seguinte.
Em nenhuma hipótese matéria consignada em projeto de lei rejeitado poderá ser objeto
de novo projeto na mesma sessão legislativa.

Ao contrário do que informa a questão, o artigo 67 da Constituição Federal determina que


“a matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros
de qualquer das Casas do Congresso Nacional”.
Errado.

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049. (VUNESP/DP RO/DPE RO/2017) Projeto de lei cuja iniciativa foi atribuída exclusivamente
ao Chefe do Poder Executivo
a) não admite a apresentação de emendas por parte dos membros do Poder Legislativo,
que devem aprovar ou rejeitar o projeto em sua integralidade.
b) admite, validamente, a apresentação de emendas, observadas algumas restrições impostas
pela Constituição Federal, já que a atividade legislativa permanece com os parlamentares.
c) admite a apresentação de emendas parlamentares, ainda que estas provoquem aumento
na despesa inicialmente prevista.
d) não admite emendas parlamentares apenas quando se tratarem de projetos de orçamento
anual, diretrizes orçamentárias e plano plurianual.
e) admite a apresentação de emendas parlamentares apenas em relação ao orçamento
anual, mas sem obrigação de indicação das fontes financeiras necessárias.

Ainda que o projeto de lei seja de iniciativa privativa do Presidente da República, seguirá
ele, após a apresentação, o trâmite normal dos processos legislativos, inclusive com a
possibilidade de apresentação de emendas. A exclusividade, no caso, refere-se apenas à
iniciativa. Após, o projeto de lei segue o seu cursos normal de tramitação.
Letra b.

050. (FUNDATEC/ADV CREMERS/ESPECIALISTA/2017) No processo legislativo, a sanção


a) deverá ser sempre total.
b) poderá ser expressa ou tácita.
c) deverá ocorrer no prazo de trinta dias.
d) ocorrerá em projetos de lei ou de emenda constitucional devidamente aprovados pelo
Congresso Nacional.
e) uma vez realizada, encerra o processo legislativo.

a) Errada. A sanção poderá ser parcial ou total. Em caso de veto parcial, por exemplo, a parte
não vetada será, automaticamente, sancionada pelo Chefe do Poder Executivo.
b) Certa. Ao contrário do que ocorre com o veto, que sempre será expresso, a sanção pode
ser expressa ou tácita.
Neste sentido, estabelece a Constituição Federal que, tendo o Presidente o prazo de 15
dias úteis para vetar, a não manifestação, neste período, acarreta a sanção tácita.

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Art. 66, § 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional


ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis,
contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente
do Senado Federal os motivos do veto.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.

c) Errada. O prazo para a sanção é de 15 dias úteis, uma vez que a não manifestação neste
prazo acarreta, como observado, a sanção tácita.
d) Errada. As emendas constitucionais não contam com a etapa da sanção, diferente do
que ocorre, por exemplo, com as leis.
e) Errada. O encerramento do processo legislativo ocorre com a promulgação, e não com
a sanção.
Letra b.

051. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/XIX EXAME/2016) O Presidente da República tem dúvidas


sobre como proceder em determinado projeto de lei que vem gerando muitas críticas na
imprensa. No décimo quarto dia útil do prazo para sancionar ou vetar o referido projeto
de lei, o Chefe do Executivo consulta o Advogado-Geral da União para saber os efeitos
jurídicos que adviriam do transcurso do prazo de quinze dias úteis sem a adoção de nenhuma
providência expressa, simplesmente permanecendo silente.
De acordo com a sistemática constitucional, essa situação implicaria
a) veto total, que ainda será apreciado em sessão conjunta das casas do Congresso Nacional.
b) sanção tácita, o que não exclui a possibilidade de o Chefe do Poder Executivo promulgar a lei.
c) sanção tácita, o que convalida eventual vício de iniciativa, ainda que da lei decorra
aumento de despesa.
d) veto parcial, que ainda será apreciado em sessão separada, pelo plenário de cada uma
das Casas do Congresso Nacional.

Na situação apresentada, o AGU deve informar o Presidente da República que, nos termos
do artigo 66, §3º, da Constituição Federal, “decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do
Presidente da República importará sanção”. Logo, o não exercício do veto no prazo de 15
dias úteis enseja a sanção tácita do projeto de lei, que será, posteriormente, remetido ao
Presidente da República para promulgação.
Letra b.

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052. (FCC/AJ TRF3/TRF 3/APOIO ESPECIALIZADO/BIBLIOTECONOMIA/2016) O Congresso


Nacional aprovou projeto de lei após regular trâmite, remetendo-o, em seguida, ao Presidente
da República. Entendendo-o contrário ao interesse público, o Presidente resolveu vetá-lo
integralmente, restituindo-o, então, ao Congresso. As Casas Legislativas Federais, apreciando
o veto, deliberaram pela sua rejeição.
Citada rejeição dependerá do voto
a) de dois terços dos integrantes do Congresso, sendo certo que, alcançado o quórum, o
Presidente do Congresso o promulgará.
b) da maioria simples dos integrantes do Congresso, sendo certo que, com a obtenção do
quórum, o projeto será remetido ao Presidente da República, para promulgação.
c) da maioria absoluta dos integrantes de cada Casa Legislativa Federal, sendo certo que,
obtido o quórum, o Presidente da Casa pela qual tramitou por último a análise do veto
deverá promulgá-lo.
d) da maioria absoluta dos integrantes do Congresso, sendo certo que, obtido o quórum,
o projeto será remetido ao Presidente da República, para promulgação.
e) da maioria simples dos integrantes do Congresso, sendo certo que, com a obtenção do
quórum, o Presidente do Congresso deverá promulgá-lo.

Para que o veto apresentado pelo Presidente da República seja derrubado, dependerá ele
de manifestação neste sentido da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.

Art. 66, § 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores.

Uma vez rejeitado o veto, será ele encaminhado, para promulgação, ao Presidente da República.

Art. 66, § 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente
da República.

Letra d.

053. (IESES/NER (TJ PA)/TJ PA/PROVIMENTO/2016) A iniciativa popular pode ser exercida
pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, [.
.............................] do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por [..............] Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles:
a) Três por cento; oito.
b) Um por cento; cinco.
c) Dois por cento; sete.
d) Cinco por cento; dez.

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Devemos responder a questão com base nas disposições do artigo 61, §2º, da Constituição
Federal, de seguinte teor:

Art. 61, § 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Letra b.

054. (FUNDEP/AUD (TCE-MG)/TCE-MG/2018) Não constitui cláusula pétrea da


Constituição de 1988:
a) a forma federativa de Estado.
b) a forma republicana de governo.
c) a separação dos Poderes.
d) os direitos e garantias individuais.
e) o voto direto, secreto, universal e periódico.

As cláusulas pétreas estão expressas no artigo 60, §4º, da Constituição Federal, de


seguinte redação:

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.

Dentre as opções apresentadas, desta forma, apenas a forma republicana de governo não
se trata de uma cláusula pétrea.
Letra b.

055. (FUNRIO/AUD CI (CGE RO)/CGE RO/2018) Diante dos sucessivos conflitos existentes
entre os órgãos de poder sediados no Distrito Federal, inúmeros projetos normativos
surgem com o fito de resolvê-los. Dentre as limitações impostas pela Constituição Federal
pertinentes às emendas constitucionais está a vedação de deliberação a proposta de
emenda tendente a abolir:
a) penas cruéis.
b) financiamentos partidários.
c) servidões administrativas.
d) direitos individuais.
e) bens públicos.
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Os direitos individuais, dentre as opções elencadas pela questão, estão dentre as matérias que
não podem ser objeto de emenda constitucional que tenha por objeto a respectiva abolição.

Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais.

Letra d.

056. (FGV/ANALM (CM SALVADOR)/CM SALVADOR/LICITAÇÃO, CONTRATOS E CONVÊNIOS/


LICITAÇÃO, CONTRATOS E CONVÊNIOS/2018) Após regular tramitação, a Câmara dos Deputados
e o Senado Federal aprovaram Proposta de Emenda à Constituição, tendo o Presidente do
Congresso Nacional a encaminhado ao Chefe do Poder Executivo, que a sancionou em parte
e, nessa parte, promulgou-a. Por considerar que o processo legislativo adotado destoara
daquele previsto na Constituição da República de 1988, o Partido Político X solicitou que o
Supremo Tribunal Federal reconhecesse a existência de vício formal na Emenda Constitucional.
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, o Partido Político X:
a) não tem razão, já que o processo legislativo que culminou com a promulgação da Emenda
X foi plenamente regular, não apresentando vício formal;
b) tem razão, já que somente o Senado Federal possui competência para discutir e votar
as propostas de emenda constitucional;
c) tem razão, já que a atuação do Presidente da República deveria ter-se limitado à sanção,
competindo a promulgação ao Presidente do Senado Federal;
d) tem razão, já que a atuação do Presidente da República deveria ter-se limitado à
promulgação, não havendo espaço para sanção ou veto;
e) tem razão, já que a Emenda X deveria ter sido promulgada pelas Mesas da Câmara e do
Senado Federal, sem qualquer participação do Presidente da República.

Na situação apresentada, estamos diante de vício na observância das formalidades necessárias


para a tramitação da emenda à Constituição, uma vez que tal espécie normativa não admite
sanção ou veto do Presidente da República. Além disso, a promulgação das PECs deve ser
feita, sempre, pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo
número de ordem.

Art. 60, § 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.

Letra e.
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057. (FGV/ANALM (CM SALVADOR)/CM SALVADOR/LEGISLATIVA/APOIO DE PLENÁRIO,


PLENÁRIO, APOIO TÉCNICO EM PROCESSOS LEGISLATIVOS, PROTOCOLO DE PROCESSOS/2018)
Foi apresentada proposta de emenda constitucional subscrita por um terço dos Deputados
Federais. A proposta almeja criar um imposto e contém disposição expressa determinando
a sua cobrança em relação a fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro,
excepcionando, com isso, a vedação contida no Art. 150, III, b, da Constituição da
República de 1988.
À luz da sistemática constitucional a respeito dos limites materiais e formais ao exercício
do poder reformador, a proposta:
a) não afronta os limites materiais, pois somente os direitos e garantias individuais previstos
no Título II da Constituição não podem ser alterados via emenda;
b) afronta os limites formais, pois a proposta de emenda deveria ser apresentada,
conjuntamente, por um terço dos Deputados Federais e um terço dos Senadores;
c) não afronta os limites materiais, pois a vedação à cobrança de imposto em relação a
fatos geradores ocorridos no mesmo exercício financeiro não configura direito individual;
d) afronta os limites materiais, pois quaisquer direitos e garantias individuais previstos
na Constituição, mesmo fora do Título II, devem ser respeitados pelo poder reformador;
e) afronta os limites formais, pois somente o Presidente da República pode apresentar
propostas de emenda que criem tributos.

De acordo com a Constituição Federal, não será objeto de deliberação a proposta de emenda
tendente a abolir, dentre outras matérias, os direitos e garantias individuais. Importante
ressaltar o conceito de direitos e garantias individuais alcança não apenas os elencados no
artigo 5º da Constituição Federal, mas sim em toda a norma constitucional.
No caso apresentado pela questão, estamos diante do princípio da anterioridade anual, típico
exemplo de direito fundamental que não está presente no artigo 5º da Constituição Federal.
Logo, a eventual PEC que tenha por objetivo abolir este direito, tal como no enunciado da
questão, é inconstitucional por vício material.
Letra d.

058. (FGV/AJ (TJ AL)/TJ AL/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR/2018) Um terço dos Senadores
apresentou proposta de emenda constitucional alterando a sistemática orçamentária. A
proposta foi aprovada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos de votação, por
três quintos dos votos dos respectivos membros, sendo ao final promulgada, pelo Presidente
do Senado Federal, a Emenda Constitucional WW. Acresça-se que, à época da votação, a
região norte do País fora atingida por calamidade de grandes proporções da natureza.

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À luz da sistemática constitucional, o processo legislativo que culminou com a aprovação


da Emenda Constitucional WW:
a) apresentou vício de iniciativa e afrontou os limites materiais ao exercício do poder reformador;
b) afrontou apenas os limites materiais ao exercício do poder reformador;
c) afrontou apenas limite circunstancial ao exercício do poder reformador;
d) apresentou vício apenas no ato da promulgação, que foi realizada por autoridade incompetente;
e) foi irregular, pois a proposta restou aprovada sem a observância do quórum de votação exigido.

De acordo com o §3º do artigo 60, “a emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem”.
Logo, a situação apresentada pelo enunciado conta com vício no que se refere à promulgação,
que, em sentido oposto ao que determinado pela Constituição, foi feita pelo Presidente
do Senado Federal.
Letra d.

059. (CESPE/AUD EST (TCM-BA)/TCM-BA/CONTROLE EXTERNO/2018) A CF proíbe a deliberação


de proposta de emenda constitucional que tenda a abolir
a) a forma federativa de governo, por se tratar de cláusula pétrea expressa.
b) a forma republicana de Estado, por se tratar de cláusula pétrea implícita.
c) a separação dos poderes, por se tratar de cláusula pétrea expressa.
d) o regime democrático e a autonomia municipal, por se tratar de cláusulas pétreas expressas.
e) o sistema presidencialista de governo, por se tratar de cláusula pétrea implícita.

Aqui, estamos diante de uma questão que deve ser resolvida de acordo com as disposições
do artigo 60, §4º, da Constituição Federal, de seguinte redação:

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Letra c.

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060. (FUNDATEC/PROC (ALERS)/ALERS/2018) A Constituição poderá ser emendada


mediante proposta:
I – De dois terços, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.
II – Do Presidente da República.
III – De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria absoluta de seus membros.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

De acordo com a Constituição Federal, os legitimados para a apresentação de proposta de


emenda à Constituição constam no artigo 60:

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; (Erro
do Item I)
II – do Presidente da República; (Item II)
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-
se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. (Erro do Item III)

Letra b.

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