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Prova Modelo de Exame Nacional

Prova 1 – 2017
Proposta de Resolução
Matemática A

Nuno Miguel Guerreiro

I
Chave da Escolha Múltipla
DCBABCDB

1. Tem-se que:
P (A ∩ B) P (B) − P (A ∩ B) P (B) − 0,2
P (A|B) = 0,5 ⇔ = 0,5 ⇔ = 0,5 ⇔ = 0,5 ⇔
P (B) P (B) P (B)

P (B) − 0,2 = 0,5 × P (B) ⇔ 0,5 × P (B) = 0,2 ⇔ P (B) = 0,4 ⇔ P (B) = 0,6

Resposta Correcta: (D)

2. De uma linha n do Triângulo de Pascal a diferença entre o terceiro elemento n C2 e o penúltimo n Cn−1 = n C1 = n
é 27, logo:
n n!
C2 =
n n(n − 1) (n − 2)! × 2!
C2 − n = 27 ⇔ − n = 27 ⇔ n(n − 1) − 2n = 54 ⇔
2 n(n − 1)(n − 2)!
=
(n − 2)! × 2
n2 − 3n − 54 = 0 ⇔ n = −6 ∨ n = 9 n(n − 1)
=
2

Repare-se que n não pode ser negativo, pelo que se conclui que a linha em n2 − 3n − 54 = 0 ⇔
questão é a linha 9, e, consequentemente, a soma de todos os elementos da p
3 ± (−3)2 − 4 × (−54) × 1
n1,2 = ⇔
linha seguinte (linha 10) é dada por 210 = 1024. 2×1
3 ± 15
n1,2 = ⇔
2
n1 = −6 ∨ n2 = 9

Resposta Correcta: (C)

3. Sabendo que para dados valores de a e b tem-se loga b = 2:


1 1 1 2 2 2
log√ab a = √ = 1/2
= 1 = = =
loga ab loga (ab) 2 loga (ab)
loga a + loga b 1+2 3

ou, uma vez que b = a2 :


loga a 1 1 2
log√ab a = log√a3 a = √ = 3/2
= =
loga a 3 loga a 3/2 3

Resposta Correcta: (B)

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4. Tem-se:
√ √ √
ln n ln( n)2 2 ln n ln n
lim un = lim √ = √ = √ = 2 × 0+ = 0+ , em que lim √ = 0 é limite notável.
n n n n
Desta forma:
lim f (un ) = lim+ f (x) = lim+ (2x + ln x) = 2 × 0 + (−∞) = −∞
x→0 x→0

Resposta Correcta: (A)

5. Tendo em conta que f 0 (x) = (x)0 + (cos(x + 3))0 = 1 − sin(x + 3) vem que:
f 0 (x) − 1 1 − sin(x + 3) − 1 sin(x + 3) 1 1 1
lim = lim = − lim × lim = −1 × = −
x→−3 x2 + 8x + 15 x→−3 (x + 3)(x + 5) x→−3 x+3 x→−3 x + 5 2 2
sin(x + 3)
em que lim = 1 é limite notável.
x→−3 x+3

Resposta Correcta: (B)

√ π
6. O ângulo BAC é tal que tan(BAC) = mAB , pelo que se tem tan(BAC) = 3, logo BAC = .
3
π
Como AC = AD + DC ⇔ 3AD = AD + 2 ⇔ 2AD = 2 ⇔ AD = 1, tem-se que AD = AB cos , e portanto
3
1
tem-se que AD = = 2 e, portanto, como AC = 3:
cos π3
−−→ −→ −−→ −−→ −→ −−→ −−→ −−→ −→ π −−→ 2 1
AB · AC + AB = AB · AC + AB · AB = AB × AC × cos + AB = 2 × 3 × + 22 = 3 + 4 = 7
3 2
Resposta Correcta: (C)

7. Tem-se que:
w = −2ieiθ = 2 × (−i) × eiθ = 2 × ei 2 × eiθ = 2 ei(θ+ 2 ) tal que:
3π 3π

π π 3π 3π 3π 3π 5π
<θ<π⇔ + <θ+ <π+ ⇔ 2π < θ + <
2 2 2 2 2 2 2
concluindo-se que a imagem geométrica de w está no primeiro quadrante, e portanto, a imagem geométrica de w
está no quarto quadrante.

Resposta Correcta: (D)

8. Como r = un+1 − un = 2a2 tal que 2a2 ∈ R, vem que (un ) é uma progressão aritmética de termo geral un =
u1 + (n − 1)r, tal que un = 4a + 2a2 (n − 1). Vem então:
10a2 + 4a − 102 = 0 ⇔
p
−4 ± 42 − 4 × (−102) × 10
u6 = 102 ⇔ 4a + 2a2 (6 − 1) = 102 ⇔ 4a + 10a2 = 102 ⇔ a1,2 = ⇔
2 × 10
17 −4 ± 64
10a2 + 4a − 102 = 0 ⇔ a1 = − ∨ a2 = 3 a1,2 = ⇔
5 20
17
a1 = − ∨ a2 = 3
5
Considerando que a > 0, tem-se que a = 3.

Resposta Correcta: (B)

FIM GRUPO I

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II

1. Tem-se que:
 √



4 ei 6 + 8i 4 × − 23 − 12 i + 8i −2 3 − 2i + 8i
w= = =
−4i4n+239 −4 × (−i) 4i ei

6 = cos

+ i sin

√ √ √ √ 6 6
−2 3 + 6i 6i 2 3(−i) 3 −2 3i 3 3 √
= = − = − = + i =−
3 1
− i
4i 4i 4i(−i) 2 −4i2 2 2 2 2
√ π
= 3 cis
6 i4n+239 = i4n × i239
= 1 × i236 × i3 = −i
Se w é solução de z 4 + az 2 = b então w4 + aw2 = b, e portanto:
√ π
4 √ π
2 v
√ !2
3 ei 6 + a 3 ei 6
u 2
=b⇔ |w| =
u 3
t +
3
2 2
√ 4π √ 2π
( 3)4 ei 6 + a × ( 3)2 ei 6 = b r
9 3 √
= + = 3
2π π 4 4
9 ei 3 + 3a ei 3 = b
√ ! √ ! √ 
3
1 3 1 3 −1 2
9× − + i + 3a × + i =b arg(w) = tan 3

2 2 2 2 2

√ √ ! 3 π
= tan−1 =
9 3a 9 3 3 3a 3 6
− + +i + =b
2 2 2 2
2π 2π 2π
ei 3 = cos + i sin
Uma vez que b é um número real, conclui-se que: 3 3

1 3
=− + i
9 3 × (−3)


9 3a 2 2
− + b = − 2 + = −9

 =b 
2
 2
 2 
 π π π
⇔ √ ei 3 = cos + i sin
 9√3 3√3 a  9 3 3

3
2
a = − 3√3 = −3
 

 + =0

 1 3
2 2 = + i
2 2 2

2. Considere-se uma turma constituída por 20 alunos, em que existem 10 raparigas e 10 rapazes.
10 10 10 10 10
2.1. Número de casos possíveis: C5 + C4 × C1 + C3 × C2
A comissão tem 5 alunos sendo que há mais raparigas do que rapazes, pelo que as comissões possíveis são as
constituídas por 5 raparigas, 4 raparigas e 1 rapaz e 3 raparigas e 2 rapazes.

Número de casos favoráveis: 8 C3 + 8 C2 × 10


C1 + 8 C1 × 10
C2
A comissão deve ser constituída pela Joana e pela Inês simultaneamente, pelo que 2 das raparigas de cada
comissão já estão escolhidas, sendo que na comissão de 3 raparigas tem de se escolher 1 das 8 restantes, na
de 4 raparigas tem de se escolher 2 das 8 raparigas restantes e na de 5 raparigas tem de se escolher 3 das 8
raparigas restantes.
8
C3 + 8 C2 × 10 C1 + 8 C1 × 10 C2
P = 10 C + 10 C × 10 C + 10 C × 10 C
5 4 1 3 2

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2.2. A primeira fila de 5 lugares deve ser ocupada apenas por raparigas, pelo que se devem escolher as 5 raparigas
10
de entre as 10 e permutá-las nos 5 lugares possíveis: C5 × 5!
10
A segunda fila de 5 lugares deve ser ocupada apenas por rapazes (raciocínio igual em cima): C5 × 5!

A última fila deve ser ocupada apenas por um rapaz, pelo que se deve escolher o rapaz de entre os 5 restantes
e permutá-lo nos 5 lugares possíveis: 5 C1 × 5
10
As restantes duas filas têm 10 lugares e 9 alunos para dispôr não interessando a ordem: A9
10 10
N= C5 × 5! × C5 × 5! × 5 C1 × 5 × 10
A9

3. Considere-se, num referencial o.n Oxyz, o plano α definido por x + 2y + z = 15, que contém o ponto A, e a reta
AB definida pela equação (x,y,z) = (1,2,1) + k(2,3,1), k ∈ R

3.1. O ponto B pertence ao plano xOy, logo zB = 0. Sabe-se também que B pertence à reta AB cujo ponto
genérico é (x,y,z) = (1 + 2k, 2 + 3k, 1 + k), logo tem-se 1 + k = 0 ⇔ k = −1.
As coordenadas de B são então (xB , yB , zB ) = (1 + 2 × (−1), 2 + 3 × (−1),0) = (−1, − 1,0).

Uma reta perpendicular ao plano α é tal que o seu vetor diretor é colinear com o vetor normal ao plano, logo,
x+1 y+1 z+0 y+1
uma equação cartesiana da reta pedida é: = = ⇔x+1= =z
1 2 1 2

3.2. O ponto M é ponto médio do segmento [AC], pelo  que as suas coordenadas podem
 ser dadas em função das
xA + xC yA + yC zA + zC
coordenadas de A e C, tal que (xM , yM , zM ) = , , .
2 2 2
As coordenadas de A podem ser obtidas tendo em conta que A é o ponto de interseção do plano α e a reta
AB, de tal forma que: 1 + 2k + 2 × (2 + 3k) + 1 + k = 15 ⇔ 9k + 6 = 15 ⇔ k = 1
Logo as coordenadas de A são (xA , yA , zA ) = (1 + 2, 2 + 3, 1 + 1) = (3,5,2).

3 + xC  

 2=  xC = 2 × 2 − 3  xC = 1
2

 
 


 
 

5 + yC
  
Desta forma tem-se que: 1 = ⇔ yC = 2 × 1 − 5 ⇔ yC = −3 ⇒ C(1, − 3,0).


 2 






 2 + zC 
 

1= zC = 2 × 1 − 2 zC = 0

  
2

4. Considere-se que o acréscimo de altura de um drone devido ao efeito da propulsão, em metros, é dado, t segundos
após o início do voo, por h(t) = e−8t (8t − 1) + 1

4.1. Tem-se:
8t − 1 8t 1
lim h(t) = lim (e−8t (8t − 1) + 1) = lim + 1 = lim 8t − lim 8t + 1 =
t→+∞ t→+∞ t→+∞ e8t t→+∞ e t→+∞ e
8 8
−0+1= +1=0+1=1
e8t +∞
lim
t→+∞ t
e8t
em que lim = +∞ é limite notável.
t→+∞ t

No contexto do problema, conclui-se que à medida que o tempo aumenta, o acréscimo de altura do drone tende
a estabilizar para o valor de 1 metro.

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4.2. De forma a determinar o sobreimpulso deve-se determinar a altura máxima, hmax , tal que:
0
h0 (t) = e−8t (8t − 1) + (1)0 = (e−8t )0 (8t − 1) + e−8t (8t − 1)0 + 0 = −8e−8t (8t − 1) + 8e−8t
= −8e−8t (8t − 1 − 1) = −8e−8t (8t − 2) = −16e−8t (4t − 1)
e de forma a determinar a altura máxima calcule-se h0 (t) = 0 ∧ t > 0:
1
h0 (t) = 0 ∧ t > 0 ⇔ −16e−8t (4t − 1) = 0 ∧ t > 0 ⇔ −16e−8t = 0 ∨ 4t − 1 = 0 ∧ t > 0 ⇔ t =
| {z } 4
Impossível
Da tabela de sinais conclui-se que:
1
t 0 +∞
4
h0 (t) ND + 0 −
h(t) ND % MAX &
 
1 1 1 1
h admite um máximo em t = tal que hmax = h = e−8× 4 × (8 × − 1) + 1 = e−2 + 1
4 4 4
Conclui-se desta forma que o sobreimpulso é Mp% = (hmax − 1) × 100 = (e−2 + 1 − 1) × 100 ≈ 13,5%.

4.3. Pretende-se determinar qual o controlador que leva a um menor tempo de estabelecimento, sendo que, para
tal deve-se esboçar os gráficos de h e h∗ e retirar o valor da interseção desses mesmos com a reta de equação
h = 1.02 após terem atingido a altura máxima.

h(t)
h∗ (t)


O ths ths t

∗ ∗
tal que ths = 0,67 e ths = 1,16, logo, como ths < ths , o primeiro controlador foi o escolhido pelo engenheiro.

5. Considere-se o retângulo [ABCD] representado na Figura 3 do enunciado.

5.1. Uma vez que os pontos C e D pertencem à reta de equação x = −1, o raio da circunferência é 1.
A área pretendida, A(α), pode ser dada por A[ABCD] = S(α) = AD × AB.

Seja M a interseção do segmento de reta [AB] com o eixo Ox:


π
Se 0 < α < tem-se OM = cos α ⇒ AD = OM + 1 = cos α + 1
2
π
Se < α < π tem-se OM = − cos α ⇒ AD = 1 − OM = 1 + cos α
2

Em 0 < α < π tem-se AM = sin α ⇒ AB = 2AM = 2 sin α


Então em 0 < α < π: S(α) = (cos α + 1) × 2 sin α = 2 sin α cos α + 2 sin α = sin 2α + 2 sin α

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5.2. Determine-se os zeros da primeira derivada de S:
2 cos 2α = 2 (cos2 α − sin2 α)
S 0 (α) = (sin 2α)0 + (2 sin α)0 = 2 cos 2α + 2 cos α = 4 cos2 α + 2 cos α − 2
= 2 (cos2 α − (1 − cos2 α))
0 2
S (α) = 0 ⇔ 4 cos α + 2 cos α − 2 = 0 = 2 (2 cos2 α − 1)
p
−2 ± 22 − 4 × 4 × (−2) −2 ± 6 = 4 cos2 α − 2
⇔ cos α = =
2×4 8
1
⇔ cos α = −1 ∨ cos α =
2
α ∈]0,π[ π
⇔ α=
3

Através de uma tabela de sinais:


π
α 0 π
3
S 0 (α) ND + 0 − ND
S(α) ND % MAX & ND
i πh iπ h
S é estritamente crescente em 0, e estritamente decrescente em ,π .
3 3 √ √ √
π  π  2π π 3 3 3 3
A função S admite um máximo em α = tal que S = sin + 2 sin = +2× =
3 3 3 3 2 2 2

ex + 1
 
6. Considere-se, em R, a função f (x) = ln .
ex + 2
6.1. Tem-se que:
1
! 1 1
!
ex + 1 ex 1 + 1+
   
ex  1+ ex +∞
lim f (x) = lim ln x = lim ln 2 = ln lim 2 = ln 2
x→+∞ x→+∞ e +2 x→+∞ ex 1 + ex
x→+∞ 1 +
ex 1+ +∞
 
1+0
= ln = ln 1 = 0
1+0
logo y = 0 é assíntota horizontal do gráfico de f quando x → +∞.
 x   −∞   
e +1 e +1 1
lim f (x) = lim ln x = ln −∞ = ln = − ln 2
x→−∞ x→−x∞ e +2 e +2 2
logo y = − ln 2 é assíntota horizontal do gráfico de f quando x → −∞.

ex + 1
 
6.2. A função f é a função composta de duas funções contínuas ln x e x contínuas em R, pelo que se
e +2
conclui que f é contínua em R.
0
ex + 1 (ex + 1)0 (ex + 2) − (ex + 1)(ex + 2)0

=
 0 ex + 2 (ex + 2)2
  x 0 ex +1 ex
e + 1 e x +2
(ex +2)2 ex (ex + 2) − ex (ex + 1)
f 0 (x) = ln x =  x  = ex +1 =
e +2 e +1
x ex +2
(ex + 2)2
e +2
ex (ex + 2 − ex − 1)
ex =
(ex + 2)2
= x
(e + 1)(ex + 2) ex
=
(ex + 2)2

tal que f 0 (x) > 0, ∀x ∈ R.


Repare-se, portanto, que como f é contínua e crescente em todo o seu domínio, então o gráfico da função
parte da assíntota horizontal quando x → −∞ e cresce para a assíntota horizontal quando x → +∞.
Conclui-se, portanto, que Df0 =] − ln 2,0[.

FIM GRUPO II

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