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Aula11 Oficina2
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Objetivos:
● Realizar as etapas práticas de um Sistema de Medição por Atributo, incluindo a
consulta a Norma Técnica para dimensionar a amostra a ser utilizada no sistema
de medição.
● Estudar uma distribuição amostral de dados experimentais e verificar sua
normalidade, estimando suas características (média e desvio padrão).
● Elaborar um Teste de Hipóteses sobre os dados experimentais obtidos.
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Figura 2- Distribuição normal com média 𝜇 e desvio padrão 𝜎.
Fonte : http://www.portalaction.com.br/content/62-distribui%C3%A7%C3%A3o-
normal [link quebrado]
2- Teste de Hipóteses
Vimos em aula que, num Teste de Hipóteses, sempre testamos uma Hipótese nula,
H0, contra uma Hipótese alternativa, H1. No caso dessa Oficina, essas Hipóteses
provavelmente terão o formato:
H0: 𝜇 = 𝜇0
H1: 𝜇 ≠ 𝜇0
Aceitar H0 Rejeitar H0
H0 verdadeira Decisão correta Erro do tipo I
H0 falsa Erro do tipo II Decisão correta
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Fonte: http://www.portalaction.com.br/inferencia/511-erros-cometidos-nos-
testes-de-hipoteses
Nessa Oficina, cada equipe deverá elaborar um Teste de Hipóteses relacionado com
os valores das capacitâncias medidas em sua amostra. A Hipótese nula poderá relacionar
o valor da média obtida com as especificações do fabricante, ou com o valor obtido por
outra equipe de colegas.
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Vale lembrar aqui que a compatibilidade entre resultados medidos pode ser testada
utilizando os conceitos de Erro Normalizado ou z’-score, abaixo reproduzidos, que levam
em conta as incertezas dos resultados comparados.
Va − Vb
En =
2
UVa + UVb
2
Erro Normalizado:
(Va ± UVa) e (Vb ± UVb) , resultados com respectivas incertezas expandidas para um
intervalo de 95% de probabilidade
Va − Vb
z' =
2
uVa + uVb
2
z´-score:
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Por sorte, existem Normas Técnicas [2,3] que traduzem os cálculos estatísticos
complexos relacionados aos parâmetros de um Sistema de Medição por Atributo, por
Tabelas convenientes, que facilitam e padronizam as várias etapas do processo. Vamos
utilizar parcialmente e de forma simplificada essas Normas, mas sabendo de sua
existência, poderemos consultá-las com detalhes quando precisarmos resolver um
problema profissional similar.
Com base nessas Normas, vamos utilizar um Plano de Amostragem Simples (existem
também os tipos: Duplo e Múltiplo). No Plano Simples, a quantidade de unidades de
produto inspecionada deve ser igual ao tamanho da amostra dada pelo plano. Se o número
de unidades defeituosas encontradas na amostra for igual ou menor do que o número de
aceitação (Ac), o lote deverá ser considerado aceito. Sendo o número de unidades
defeituosas igual ou maior do que o número de rejeição (Re), o lote deverá ser rejeitado.
Para utilizar as Tabelas disponíveis na Norma, após escolhido o tipo de Plano de
Amostragem, é preciso também definir:
● o nível de inspeção, que fixa a relação entre o tamanho do lote e o tamanho da
amostra, e deverá ser prescrito pelo responsável pela inspeção. Três níveis de
inspeção I, II e III são disponíveis para uso geral. Normalmente, adota-se a
inspeção em nível II. A inspeção em nível I poderá ser adotada quando for
necessária menor discriminação ou então o nível III, quando for necessária
maior discriminação. Ou seja, o nível I determina uma amostra menor, o nível
II, uma amostra média, e o nível III (mais exigente), uma amostra maior.
● o nível de qualidade aceitável – NQA, isto é, a máxima porcentagem
defeituosa que, para fins de inspeção por amostragem, pode ser considerada
satisfatória como média de um processo.
Nota: nível de porcentagem defeituosa = 100 (número de unidades
defeituosas) / (número de unidades inspecionadas)
● o regime de inspeção: normal, severo ou atenuado. Normalmente é empregado
o regime normal, e, dependendo do resultado da inspeção da amostra de um
primeiro lote, recomenda-se a alteração para regime severo ou atenuado na
inspeção do próximo lote.
Vamos apresentar agora um exemplo de seu uso, a partir das seguintes considerações:
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valores de Ac (3) e Re (4). Isto significa que deverão ser medidas 125 peças escolhidas
arbitrariamente dentre as 2000 unidades do lote. O lote deverá ser aceito se o número de
peças defeituosas na amostra for menor ou igual a 3. O lote deverá ser rejeitado se o
número de peças defeituosas na amostra for maior ou igual a 4. Atendido o critério de
aceitação, infere-se que o número de peças defeituosas do lote de 2000 unidades não
deverá ultrapassar 20 (que corresponde ao NQA de 1% em 2000).
4- Problema Proposto
As equipes deverão:
4.1 Desenvolver um Sistema de Medição por Atributo para tomada de decisão se o lote
de capacitores poderá ser adotado com tolerância de 5%, ao invés de 20%, conforme
indicado pelo fabricante.
● Deverá ser utilizado um Plano de Amostragem Simples.
● Deverá ser usado um nível de inspeção II e regime de inspeção Normal;
● O nível de qualidade aceitável (NQA) deverá ser de 4%
● Obter, a partir das Tabelas disponíveis no Apêndice, a dimensão N da amostra
necessária e os valores de Ac e Re.
Terminal positivo
Sinal de menos
Terminal negativo
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4.3 A partir das medidas realizadas, indique se o lote poderá ser vendido com a
especificação de (100µF5%), ou seja, apresente o resultado do seu Sistema de Medição
por Atributo, de acordo com a Norma Técnica ABNT NBR5426. Para qual valor de NQA
o lote poderia ser aceito?
4.4 Calcule a média e o desvio padrão das medidas de capacitância realizadas, e anote
esses valores: 𝑥̅1 e 𝜎1 .
4.5 Para conhecer melhor a Distribuição Amostral, trace agora um gráfico da frequência
das medidas realizadas (ou seja, um Histograma). Estabeleça intervalos de valores (por
exemplo, com largura de 1µF), e conte quantas peças caem dentro de cada intervalo. No
eixo x do gráfico devem estar valores de capacitâncias (intervalos) e no eixo y, o número
de peças que possuem valores contidos em cada intervalo.
Nota1: Uma regra prática para se fazer um histograma é utilizar um número de classes
(ou seja, de intervalos) igual à raiz quadrada do número de medidas, isto é: 𝑘 = √𝑁 [4].
1 ( x − x )2
y= exp −
2 2
2
(1)
onde 𝑥̅ é a média e 𝜎 é o desvio padrão.
Isso pode ser feito, extraindo-se do histograma o valor de pico 𝑦𝑚𝑎𝑥 , e o correspondente
valor de 𝑥 (que é uma boa aproximação para o valor da média 𝑥̅ ). Para o valor aproximado
de 𝜎, basta verificar quais são os valores de 𝑥 correspondentes a 𝑦𝑚𝑎𝑥 . 𝑒 −0,5 ~0,6𝑦𝑚𝑎𝑥 .
Observe na expressão da função gaussiana que esses valores correspondem às abcissas
(𝑥̅ − 𝜎) e (𝑥̅ − 𝜎).
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4.7 Elaborar um Teste de Hipóteses, tendo como parâmetro, o valor da capacitância e sua
incerteza. Utilizar o z’-score para testar a compatibilidade dos resultados obtidos, em
relação às especificações do fabricante.
Nota: Nesse ponto, você poderá considerar a comparação entre a média da amostra (com
o desvio padrão da média) com o valor exato do especificado pelo fabricante.
5- Bibliografia
6- Autores
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