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2ª Série / Ensino Médio

LISTA DE EXERCÍCIOS – FILOSOFIA MEDIEVAL

2º TRIMESTRE
Nome:_______________________________________________________ Nº______ Turma:______

Professor: Rogério Arantes Luis

Esta série de exercícios foi elaborada como preparação para a prova de Filosofia e o Simulado
ENEM

1. (Uepg-pss 1 2022) - Sobre o pensamento A respeito da filosofia tomista, é INCORRETO


filosófico desenvolvido no período da Idade afirmar que Tomás de Aquino:
Média, assinale o que for correto.
a) debateu, com outros filósofos, sobre a
01) A Filosofia Medieval é uma teologia, filosofia de Aristóteles.
portanto não resgatou nenhum aspecto da
Filosofia Clássica (grega). b) escreveu sobre várias áreas da filosofia:
02) A Filosofia Medieval buscou unir a fé cristã ética, lógica e outras.
e a Filosofia grega.
04) A Filosofia Medieval é dividida em duas c) admitiu, por fim, a superioridade da filosofia
grandes fases: Patrística e Escolástica. sobre a fé cristã.
08) São Tomás de Aquino é o principal
representante da Filosofia Patrística. d) propôs argumentos racionais para provar a
existência de Deus.
2. (Ufu 2021) - “No contexto das linhas
metafísicas expostas, não será difícil captar o 4. (Uem 2020) - “Se é verdade que a verdade
valor das cinco provas ou caminhos através dos da fé cristã ultrapassa as capacidades da razão
quais Tomás alcança a única meta, Deus, no humana, nem por isso os princípios inatos
qual tudo se unifica e adquire luz e coerência. naturalmente à razão podem estar em
Para Tomás, Deus é o primeiro na ordem contradição com esta verdade sobrenatural. É
ontológica, mas não na ordem psicológica. um fato que estes princípios naturalmente
Mesmo sendo o fundamento de tudo, Deus inatos à razão humana são absolutamente
deve ser alcançado por caminhos a posteriori, verdadeiros; são tão verdadeiros, que chega a
isto é, partindo dos efeitos e do mundo.” ser impossível pensar que possam ser falsos.
Tampouco é possível considerar falso aquilo
REALE, G. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, que cremos pela fé, e que Deus confirmou de
volume I, 1990, p. 561. maneira tão evidente. Já que só o falso constitui
o contrário do verdadeiro, [...] é impossível que
a) Quais são as cinco vias para provar a a verdade da fé seja contrária aos princípios
existência de Deus em Tomás de Aquino? que a razão humana conhece em virtude de
suas forças naturais. [...] Todavia, já que a
b) Analise três dessas vias e demonstre por que palavra de Deus ultrapassa o entendimento,
essas provariam a existência de Deus, segundo alguns acreditam que ela esteja em contradição
Tomás de Aquino. com ele. Isto não pode ocorrer.”
3. (Ufu 2020) - O filósofo e monge dominicano AQUINO, T. de. Suma contra os gentios. Apud
São Tomás de Aquino (1225 – 1274 d.C.) ARANHA, M. L de. Filosofando. São Paulo: Moderna, 2ª
elaborou uma filosofia que estava fundada em ed. p. 103.
dois pilares principais: a fé cristã e a filosofia de
Aristóteles (384 – 322 a.C.). A partir do texto citado e de conhecimentos do
pensamento filosófico de Tomás de Aquino,
assinale o que for correto.
É correto o que se afirma em:
01) Fé e razão não se opõem, porque seus
princípios são verdadeiros. a) I, II e III.
02) Tomás de Aquino tomou por tarefa
compatibilizar, a partir da relação fé e razão, a b) I e III apenas.
filosofia aristotélica com a verdade cristã.
04) O âmbito do racionalmente demonstrável é c) II e III apenas.
restrito se comparado com a imensidão dos
mistérios divinos. d) I e II apenas.
08) Para Tomás de Aquino, o conteúdo da fé é
revelado por Deus aos homens, segundo a sua 6. (Uece 2020) - O trecho que se apresenta a
sabedoria. seguir trata da compreensão de Agostinho de
16) A existência de Deus para Tomás de Aquino Hipona sobre a origem do mal e do pecado:
é tão somente afirmada pela fé, jamais
reconhecida pela razão. “Logo só me resta concluir: tudo o que é igual
ou superior à mente que exerce seu natural
5. (Uece 2020) - Atente para a seguinte senhorio e acha-se dotada de virtude não pode
passagem, em que Santo Agostinho se fazer dela escrava da paixão. Não há nenhuma
questiona sobre a origem do mal: outra realidade que torne a mente cúmplice da
paixão a não ser a própria vontade e o livre-
“Quem me criou? Não foi o meu Deus, que é arbítrio”.
bom, e é também a mesma bondade? Donde
me veio, então, o querer, eu, o mal e não querer Santo Agostinho. O livre-arbítrio. São Paulo: Paulus,
o bem? Qual a sua origem, se Deus, que é bom, 1995. p.52.
fez todas as coisas? Sendo o supremo e sumo
Bem, criou bens menores do que Ele; mas, No que diz respeito ao conceito de livre-arbítrio
enfim, o Criador e as criaturas, todos são bons. e à origem do mal na obra filosófica de
Donde, pois, vem o mal?” Agostinho de Hipona, considere as seguintes
afirmações:
AGOSTINHO, Santo. Confissões; De magistro. São
Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleção “Os Pensadores”. I. Para Agostinho, o livre-arbítrio é sempre um
Livro VII. Adaptado. bem concedido ao homem por Deus, mesmo
que o homem utilize-o de forma errônea, o que
Sobre esse aspecto da filosofia do bispo de provoca o mal.
Hipona, considere as seguintes afirmações:
II. Em concordância com a tradição dos
I. Como os maniqueístas, de quem sofreu forte pensamentos maniqueísta e neoplatônico,
influência, Agostinho afirmava a existência do Santo Agostinho defendia a visão dualista de
Bem e do Mal e que os homens não eram um mundo em perpétua luta entre o Bem e o
culpados de ações classificadas como más. O Mal.
mal lhes era inato, portanto, não havia culpa,
mas poderiam obter a salvação da alma por III. Segundo o bispo de Hipona, o mal não
intermédio da graça divina. possui ser, não pertence à ordem, ele é a
corrupção do ser e é de inteira responsabilidade
II. Para Agostinho, não se deveria atribuir a do homem, enquanto ser livre.
Deus a origem do Mal, visto que, como Sumo
Bem, ele não o poderia criar. São os homens os É correto o que se afirma em:
responsáveis pela presença do Mal e cabe a
estes fazerem uso de sua liberdade e a) II e III apenas.
escolherem entre a boa e a má ação.
b) I e II apenas.
III. Dispondo do livre arbítrio, o ser humano
pode optar por bens inferiores. Mas o livre c) I e III apenas.
arbítrio não pode ser visto como um mal em si,
pois foi Deus quem o criou. Ter recebido de d) I, II e III.
Deus uma vontade livre é para o ser humano
um grande bem. O mal é o mau uso desse 7. (Espm 2019) - No século XIII surgiu a
grande bem. Escolástica, corrente filosófica que, a partir de
então, dominou o pensamento medieval.
Rubim Santos Leão de Aquino. História das ARANHA, M. L. de A. Temas de filosofia. 3ª. ed. rev.
Sociedades: das Comunidades Primitivas às São Paulo: Moderna, 2005, p.110.
Sociedades Medievais.
Sobre a patrística e a escolástica, assinale o
A Escolástica: que for correto.

a) teve em Santo Agostinho seu maior expoente 01) A filosofia medieval assume a herança dos
e era teocêntrica; filósofos gregos, sobretudo Platão (na
patrística) e Aristóteles (na escolástica), de
b) teve em Alberto Magno seu maior expo¬ente forma submissa e dogmática.
e refutava o teocentrismo, pregando o 02) Santo Agostinho (354-430) é o maior
antropocentrismo; representante da filosofia patrística. A patrística
preocupava-se em encontrar justificativas
c) teve em Tomás de Aquino seu principal racionais para as verdades reveladas.
expoente e foi uma tentativa de harmoni¬zar a 04) Segundo a filosofia patrística, a revelação
razão com a fé; divina ensina quem tem fé a utilizar
corretamente o conhecimento sensível.
d) considerava que a razão podia proporcio¬nar 08) Tomás de Aquino (1225-1274) considera a
uma visão completa e unificada da na¬tureza filosofia como conhecimento racional e tem
ou da sociedade; como um dos seus principais temas filosóficos
a adequação entre as coisas e o entendimento.
e) pregava o recurso racional da força, sendo 16) O problema de maior relevância para a
este mais importante do que o exercício da filosofia do século XIII é a querela dos
virtude ou da fé. universais, doutrina filosófica segundo a qual os
realistas preponderam sobre os nominalistas.
8. (Ufu 2018) - Agostinho, em Confissões, diz:
"Mas após a leitura daqueles livros dos 10. (Enem PPL 2015) - Se os nossos
platônicos e de ser levado por eles a buscar a adversários, que admitem a existência de uma
verdade incorpórea, percebi que 'as perfeições natureza não criada por Deus, o Sumo Bem,
invisíveis são visíveis em suas obras' (Carta de quisessem admitir que essas considerações
Paulo aos Romanos, 1, 20)". estão certas, deixariam de proferir tantas
blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a
Agostinho de Hipona. Confissões, livro VII, cap. 20, autoria dos bens quanto dos males. Pois sendo
citado por: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de
Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Ele fonte suprema da Bondade, nunca poderia
Tradução do autor. ter criado aquilo que é contrário à sua natureza.

Nesse trecho, podemos perceber como AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro:
Sétimo Selo, 2005 (adaptado).
Agostinho:
Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a
a) se utilizou da Bíblia para conhecer melhor a
origem do mal porque:
filosofia platônica.
a) o surgimento do mal é anterior à existência
b) utiliza a filosofia platônica para refutar os
de Deus.
textos bíblicos.
b) o mal, enquanto princípio ontológico,
c) separa nitidamente os domínios da filosofia e
independe de Deus.
da religião.
c) Deus apenas transforma a matéria, que é,
d) foi despertado para o conhecimento de Deus
por natureza, má.
a partir da filosofia platônica.
d) por ser bom, Deus não pode criar o que lhe
9. (Uem 2017) - “Embora o cristianismo não
é oposto, o mal.
seja uma filosofia, ele afeta de forma profunda
o pensamento filosófico da época [Idade
e) Deus se limita a administrar a dialética
Média], uma vez que o filósofo cristão se depara
existente entre o bem e o mal.
com o problema da sua realidade finita e
imperfeita diante da divindade infinita e
perfeita.”

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