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Biossegurança

Desinfecção e Esterilização

Prof. Ph.D. Tércio Martins


FUNDAMENTOS DO CONTROLE DOS MICROORGANISMOS

Condição É determinada pela sua capacidade


sanitária de uma de controlar eficazmente as
população
populações microbianas

Os processos de controle podem ser muito específicos:


•Fornecimento de medicação na eliminação de microorganismos
infectantes
Ou gerais:
•Práticas sanitárias no lar, hospitais, escolas, cidades, etc.
•Nessa linha incluem-se processos como
•Purificação da água
•Pasteurização do leite
•Preservação dos alimentos
Não somente torna-se o produto de consumo SEGURO sob o ponto de vista
de saúde pública, como também muitos outros benefícios para o bem estar da
comunidade.

Além de problemas no âmbito da saúde, os microorganismos podem destruir


materiais valiosos como tecidos, madeira, papel, objetos diversos

GRAVES PERDAS ECONÔMICAS

Resumo da importância do controle microbiano:


1. Prevenir a transmissão de doenças e infecções.
2. Prevenir a contaminação ou crescimento de microorganismos nocivos.
3. Prevenir a deterioração e dano de materiais diversos por microorganismos

De forma geral os microorganismos podem ser:

REMOVIDOS
Agentes
INIBIDOS
FÍSICOS ou QUÍMICOS
MORTOS
Existe uma grande variedade Agem por mecanismos
de técnicas e de agentes que /modos de ação distintos e
podem ser utilizados cada um tem o seu próprio
limite de aplicação prática

DEFINIÇÃO DE TERMOS IMPORTANTES

• São usados para descrever processos físicos e os


agentes químicos destinados ao controle de
microorganismos
BACTÉRIAS: São microorganismos procariontes unicelulares que geralmente
possuem paredes celulares rígidas, multiplicam-se por divisão celular e exibem três
formas principais: redondas ou cocos, bastonetes ou bacilos e espiral ou
espiroquetas.
BACTÉRIAS podem ser classificadas por suas respostas ao OXIGÊNIO: aeróbias,
anaeróbias ou facultativamente anaeróbias; por seu modo de obter sua energia:
quimiotróficas (via reação química) ou fototróficas (via reação luminosa); para
quimiotróficas, por sua fonte de energia química: litotróficas (a partir de compostos
inorgânicos) ou organotróficas (a partir de compostos orgânicos); e por onde elas
obtêm seu CARBONO: heterotróficas (a partir de DIÓXIDO DE CARBONO).
Elas também podem ser classificadas por colorirem ou não (com base na estrutura
de sua PAREDE CELULAR) com tintura VIOLETA CRISTAL: gram-negativas ou
gram-positivas.

ESPOROS: Elementos reprodutivos de organismos inferiores, como protozoários,


bactérias, fungos e plantas criptógamas.
Célula bacteriana
Membrana plasmática
Citoplasma Parede celular
Cápsula
Ribossomos
Fímbrias
Enzimas relacionadas
com a respiração,
ligadas à face
interna da membrana
plasmática
Plasmídeos
Nucleóide
Flagelo
Abscesso por S. aureus na região frontal

Faringite e amigdalite por


Streptococcus pyogenes
Vírus

Minúsculos agentes infecciosos cujos genomas são compostos de DNA


ou RNA, nunca ambos.
São caracterizados pela ausência de metabolismo independente e pela
incapacidade de se replicar fora de células hospedeiras vivas.

- parasita celular obrigatório


- genoma utiliza um só tipo de ácido nucléico
- não tem maquinaria enzimática complexa
- pequenas dimensões
- especificidade/resposta imunológica
definida
- plasticidade (carga genética)
Fungos
Reino de organismos eucarióticos e heterotróficos que vivem como sapróbios ou
parasitas, incluindo cogumelos, leveduras, fuligens (smuts), bolores ou mofos, etc.
Reproduzem-se sexuada ou assexuadamente e possuem ciclos de vida que variam de
simples a complexo. Fungos filamentosos referem-se àqueles que crescem como
colônias multicelulares (cogumelos e bolores).

Candida albicans
vaginal
champignon
Candida albicans ao
microscópio

Candida albicans
em boca de criança
MANUSEIO DE PRODUTOS BIOLÓGICOS
ENVOLVE:
§ limpeza
§ descontaminação
§ anti-sepsia
§ assepsia
§ desinfecção
§ esterilização
LIMPEZA
DEFINIÇÃO
Remoção de material orgânico e sujeiras dos objetos.
Processo que precede as ações de desinfecção e/ou esterilização.
Poderá ser feita pelo método manual ou mecânico.

OBJETIVOS

Remover sujeiras.

Remover ou reduzir a quantidade de microorganismos.

Garantir a eficácia do processo de desinfecção e esterilização.

Preservar o material.
LIMPEZA
§ Procedimento utilizado para remover materiais estranhos como:
pó, terra, grande número de microorganismos, matéria inorgânica
(sais) e orgânica (sangue, vômito, soro, detritos alimentícios).
§ Para tal são utilizados água com detergentes associados (ou
não) a produtos enzimáticos e auxiliares mecânicos de limpeza.
§ A limpeza é um pré-requisito indispensável que determina o
sucesso da desinfecção e esterilização, pois garante o acesso do
agente químico e/ou físico ao microorganismo.
§ O objetivo principal da limpeza é eliminar matéria orgânica, pois
é nela que os microorganismos se proliferam com maior
intensidade.
§ As soluções anti-sépticas têm sido empiricamente utilizadas durante
séculos.
§ A legislação prevê as soluções anti-sépticas adequadas para uso
domiciliar e em áreas de saúde.
§ Características mínimas de um antisséptico:
- Atividade germicida sobre a flora cutânea, sem causar irritações a
pele ou mucosa;
- Não provocar reações alérgicas ou queimaduras;
- Possuir baixo teor de toxicidade.
DESCONTAMINAÇÃO
§É o conjunto de operações de limpeza, de
desinfecção ou/e esterilização de superfícies
contaminadas por agentes potencialmente
patogênicos, para torná-los seguros a manipulação.
§ Limpar,desinfetar e esterilizar são procedimentos
usados nos procedimentos de descontaminação.
ANTI-SEPSIA

§ Anti-sepsia:procedimento através do qual


microorganismos presentes em tecidos vivos são
destruídos após a aplicação de agentes
antimicrobianos.
§ Antisséptico: É uma substância que se opõe à
sepsis, ou seja, previne o crescimento ou ação de
microorganismos, pela destruição dos mesmos ou
pela inibição de seu crescimento ou atividade.
Usualmente está associado com substâncias
aplicadas ao corpo do indivíduo.
ASSEPSIA
§Conjunto de meios usados para
impedir a penetração de
indivíduos em uma determinada
área.
AGENTE ANTIMICROBIANO
(GERMICIDA)

É aquele que interfere com o crescimento ou


atividade dos micróbios. Implica em inibição do
crescimento e, dependendo do tipo de germe
sobre o qual age, pode receber distintas
designações como antibacterianos ou
antifúngicos.
Aqueles que são usados no tratamento de
infecções são chamados de agentes terapêuticos.
Bactericida
É um agente que mata as bactérias. De modo similar, os termos fungicida,
virucida e esporicida se referem a agentes que matam os fungos, vírus e
esporos, respectivamente.

Bacteriostase
É uma condição na qual se previne o crescimento bacteriano (adjetivo =
bacteriostático). O agente bacteriano está com o crescimento inibido, mas
não está morto. Se for retirado, o crescimento pode recomeçar.
De forma semelhante, fungistático descreve o agente que inibe o
desenvolvimento de fungos.
Os agentes que têm, em comum, a capacidade de inibir o crescimento de
microorganismos, são designados, coletivamente, como agentes
microbiostáticos.
Saneador

É um agente que reduz a população microbiana até níveis consideráveis, de


acordo com as exigências da saúde pública. Em geral é um agente químico
que mata 99,9 % das bactérias vegetativas.
Os saneadores são comumente aplicados a objetos inanimados e são,
geralmente, empregados no tratamento diário de quipamentos e utensílios
diversos (alimentação, bebidas) além de copos, talheres e pratos em
restaurantes.
O processo de desinfecção poderia levar ao saneamento. Entretanto, esse
termo em si implica em uma condição sanitária, o que não ocorre
necessariamente com a desinfecção.
Controle por agentes químicos
•Grandes variações ambientais e diversidade dos microorganismos
•Não é possível empregar um único agente para eliminar ou
reduzir a flora microbiana

Torna-se importante:
•Conhecer os tipos de substâncias químicas
•Suas especificidades
•Finalidades
•Mecanismo de ação frente a microorganismos
•Eventuais efeitos sobre os humanos e superfícies
inanimadas
Características de um germicida químico ideal:
O ideal é impossível, escolha as melhores opções!

• possuir amplo espectro de ação antimicrobiana em


baixas concentrações,
• toxicidade para microrganismos em temperatura
ambiente ou corporal
• inocuidade para tecidos humanos
• inerte em relação à matéria orgânica
• solubilidade e ação residual boas
•solúvel em água ou outros solventes na medida
necessária ao seu uso efetivo
•estabilidade (tempo de prateleira) na luz, calor,
fatores ambientais, no armazenamento e fácil de
preparar.
•Ter ação rápida mesmo na presença de substâncias
orgânicas como fluidos corporais.
•Não ter odor desagradável.
•capacidade detergente e fácil penetração
• disponibilidade a baixo custo (barato), fácil de obter
e de usar
Quais os principais fatores que devem ser levados em conta
na escolha de um agente químico antimicrobiano?

1) Natureza do material a ser tratado - a substância


escolhida deve ser compatível com o material no qual será
aplicada.

2) Tipos de microorganismos e concentração dos mesmos


– o agente escolhido deve ser conhecidamente efetivo
contra o organismo a ser destruído.

3) Condições ambientais (temperatura, pH, tempo de ação,


concentração e presença de material orgânico) podem
influir na taxa e na eficiência da destruição microbiana.
Requer lavagem e escovação prévias
Como pode um agente químico impedir o cresci-
mento de uma bactéria ou matá-la?

• alterando a permeabilidade da membrana (ex. compostos


fenólicos, álcool, etc)
• desnaturando suas proteínas (óxido de etileno,
glutaraldeído, formaldído, etc)
• inibindo atividades enzimáticas (cloro, óxido de etileno,
H2O2, etc)
• inibindo a síntese de ácidos nucléicos ( glutaraldeído, óxido
de etileno, etc )
• oxidando (cloro, compostos clorados, etc)
ORDEM CRESCENTE DE RESISTÊNCIA AOS GERMICIDAS QUÍMICOS

PRÍONS
Mais resistentes Alto nível - aldeídos e
ácido peracético
ESPOROS BACTERIANOS

MICOBACTÉRIA Nível intermediário -


álcool, hipoclorito de sódio a
1%, cloro orgânico, fenol
VÍRUS NÃO LIPÍDICO
/PEQUENO sintético, monopersulfato
de potássio e associações

FUNGOS

BACTÉRIAS VEGETATIVAS
Baixo nível - sais de
amônio quaternário e
VÍRUS LIPÍDICO
hipoclorito
/MÉDIO
de sódio 0,2%
Menos resistentes
“MORTE” → perda irreversível da capacidade de reprodução

A determinação do índice de morte (ou número de sobreviventes)


requer técnicas laboratoriais específicas

Inoculação em meio sólido ou líquido

Procedimentos capazes de desinfetar ou esterilizar NÃO


todos os materiais e superfícies EXISTE
FATORES QUE AFETAM A EFICÁCIA DOS
GERMICIDAS

•O microorganismo, seu número e sua suscetibilidade;


•O agente microbiano e sua respectiva concentração;
•O tempo de contato entre o microorganismo e o
antimicrobiano;
•A presença ou não de uma limpeza mecânica prévia;
•A prévia remoção ou não de detritos e impurezas da superfície
ou tecidos através do uso de sabões ou detergentes;
•A presença ou não de resistência bacteriana ao agente
antimicrobiano.
Estado fisiológico das células
Influencia na susceptibilidade a um agente antimicrobiano

Se o agente interfere no metabolismo do organismo:

Células jovens (mais ativas metabolicamente) → são mais facilmente destruídas

Células velhas (menos ativas metabolicamente) → são menos destruídas

Condições ambientais
Ex: a eficiência do calor é muito maior em meios ácidos do que nos alcalinos
•A consistência do material (aquosa ou viscosa) influencia na penetração do
agente.
•A presença de matéria orgânica estranha pode reduzir a eficácia de um
agente antimicrobiano por, por ex., inativá-lo.
•A concentração do agente utilizado: por ex., certos compostos são
bactericidas em altas concentrações mas apenas bacteriostáticos em baixa
concentração.
MODO DE AÇÃO DOS AGENTES ANTIMICROBIANOS

Muito importante o seu conhecimento!

• Lesão de parede celular (penicilina)


• Alteração na permeabilidade celular (fenol)
• Alterações das moléculas de proteínas e de ácidos nucleicos
(altas temperaturas, UV, drogas)
• Inibição de ação enzimática (água oxigenada, mercúrio, prata)
• Antimetabólitos (sulfas)
• Inibição de síntese de ácidos nucleicos (anticancerígenos)
Propriedades dos agentes químicos antimicrobianos
Sabões e detergentes Baixa tensão superficial Lavagem das mãos, equipamentos
de uso diário

Surfactante( substância Dissolvem lipídeos, rompem membranas, Desinfetar utensílio (catiônicos) e


tensoativa) desnaturam proteínas antissépticos (aniônicos)

Ácidos, alcalis e metais pesados Reduzem ou aumentam o pH , Preservação de alimentos


desnaturando proteínas

Halogênios Oxidam componentes da célula na Cloro para a água e iôdo para a pele
ausência de matéria orgânica

Álcoois Desnatura proteínas quando misturado Álcool isopropílico para a pele e


com água etilenoglicol como aerossol
Fenóis rompem membranas, desnaturam Superfície e culturas contaminadas;
proteínas, sem influência de matéria sobre a pele somente se diluído
orgânica
Agentes oxidantes Rompem ligações S-S entre proteínas Trauma (água oxigenada) e
instrumentos (permanganato K)

Alquilantes Rompem proteínas, DNA e RNA Formaldeído, glutaraldeído e óxido


de etileno

Corantes Interferem com a replicação ou Feridas (acridina) e micoses de pele


bloqueiam síntese de parede (cristal violeta)
Desinfetante x antisséptico

Um desinfetante é uma substância usada para destruir bactérias ou outros


microrganismos infectantes. Os desinfetantes possuem atividade bactericida
ou germicida e costumam ser aplicados em superfícies inanimadas.
Uma substância anti–séptica não mata o microrganismo, mas inibe sua
velocidade de crescimento. Os antissépticos são valiosos no tratamento de
infecções locais causadas por microrganismos refratários a quimioterapia
sistêmica. As substâncias anti-sépticas são aplicadas ao tecidos para suprimir
ou impedir a infecção bacteriana. A concentração de antisséptico em geral é
baixa para evitar a lesão e irritação tecidual indesejáveis. O aumento da
concentração de um agente antisséptico pode irritar e talvez, até matar o tecido
normal do hospedeiro. Bem como as células bacterianas, interferindo assim
com o crescimento normal do tecido de granulação na cicatrização de feridas.
A diferença entre um antisséptico e um desinfetante pode ser uma questão
de tempo de reação, número de microrganismos, concentração da droga e
temperatura.
DESINFECÇÃO
§ Desinfecção: processo físico ou químico de eliminação de muitos
ou todos os microorganismos patogênicos de itens (artigos ou
áreas) inanimados, não assegurando a eliminação de bactérias
na forma de esporos (células reprodutoras).
§ Desinfetante: agente, normalmente químico, que mata em
intervalo de tempo entre 10 a 30 minutos, as formas vegetativas
de bactéria, fungos e vírus, mas não, necessariamente as formas
esporuladas de micróbios patogênicos. O termo é comumente
utilizado para substâncias aplicadas em objetos inanimados.

Desinfecção é um processo de destruição dos agentes infecciosos.


Como selecionar um bom desinfetante?

O ideal é impossível, escolha as melhores opções

•Ter ação rápida mesmo na presença de substâncias orgânicas como


fluidos corpóreos;

•Ser eficiente contra todos os agentes sem destruir tecidos e sem agir
como veneno se ingerido;

•Fácil de preparar, estável na luz ou calor e outros fatores ambientais;

•Ser barato, fácil de obter e de usar;

•Não ter odor desagradável;

•É claro que nenhum desinfetante preencherá todas todas estas


exigências, e deve-se optar pelo que chegar mais perto.
Alto Médio
nível nível

Baixo
nível
DESINFECÇÃO - NÍVEIS
§ Desinfecçãode Baixo Nível – atividade antimicrobiana
sobre a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos;
§ Desinfecção de Nível Intermediário - destrói as bactérias
vegetativas, a maioria dos vírus e fungos.
§ Desinfecçãode Alto Nível - destrói todos os
microrganismos presentes, exceto esporos bacterianos.
§ Desinfecçãoassociada à Esterilização - destrói todos os
microrganismos presentes, inclusive esporos bacterianos.
Classificação das áreas
Ministério da Saúde: portaria 930/92

Áreas não críticas: todas as áreas hospitlares não ocupaas por


pacientes. Ex: escritórios, depósitos, etc.)

Áreas semi-críticas: todas as áreas ocupadas por pacientes


com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças
não infecciosas. Ex. Ambulatórios e enfermarias.

Áreas críticas: todas as áreas onde existe risco aumentado de


transmissão de infecção, onde se realizam procedimentos de
risco ou onde se encontram pacientes imunossuprimidos. Ex:
sala de cirurgia, parto, UTI, sala de hemodiálise, berçario, lab.
de análises clínicas, banco se sangue, cozinha, lactário e
lavanderia.
Em relação aos artigos
(Classificação de Spaulding-1960)

Artigos não críticos: destinados ao contato com a pele íntegra


do paciente. Ex: escovas, lixas, estetoscópio, roupas, muletas,
utensílios de refeição.
Artigos semi-críticos: artigos destinados ao contato com a pele
não íntegra ou mucosas do paciente. Ex: espéculo vaginal,
otoscópio, alicate (pode ser crítico), termômetro, circuito de
anestesia e terapia respiratória, tubos endotraqueais.
Artigos críticos: artigos destinados à penetração através da pele
e mucosas adjacentes nos tecidos subepiteliais e no sistema
vascular, bem como todos os que estejam diretamente
conectados com esse sistema. Ex: equipo de soro, bisturi,
agulhas, pinças de biopsia,implantes-próteses, etc.
FATORES INTERFERENTES
§ Há fatores que alteram a eficácia dos procedimentos de
desinfecção e esterilização.

Natureza dos microorganismos:


- Ordem decrescente de resistência ao agente antimicrobiano:
esporos bacterianos, células bacterianas, fungos, leveduras e
vírus.
- Esta ordem é variável de acordo com o agente químico
escolhido e condições de aplicação.
Princípios Ativos
usados como
Desinfetantes e
Esterilizantes -
Químicos
Álcoois

Os álcoois mais empregados em desinfecção são o


etanol e o isopropanol à concentração de 70%;
- São indicados para desinfecção de baixo nível e nível
intermediário;
- Apresentam atividade rápida sobre as bactérias na
forma vegetativa (gram-positivas e gram-negativas).
Atuam também sobre Mycobacterium tuberculosis, alguns
fungos e vírus lipofílicos.
Álcoois

Uso hospitalar – álcool etílico e isopropílico.


§ Bactericida, viruscida, fungicida, tubercoloscida
§ Não destrói esporos
§ Nível de desinfecção – médio e baixo
Álcoois

Vantagens apresentadas referem-se ao fato de serem


ótimos solventes em relação a outros agentes
germicidas, de terem ação rápida, de apresentarem baixo
custo e praticamente serem atóxicos.

As desvantagens são: baixa atividade fungicida e


viruscida, baixa penetrabilidade, desidratantes, não
possuírem ação residual e não devem ser utilizados para
limpezas de ferimentos abertos. Desvantagens –
danifica a camada superficial de lentes; deforma e
endurece material de borracha; descolore borracha e
plásticos; danifica componentes do tonômero, podendo
lesar a córnea
Formaldeído

Desinfetante de alto nível, apresenta atividade sobre


bactérias Gram-positivas e negativas na forma
vegetativa, incluindo as micobactérias, fungos, vírus e
esporos bacterianos.
- É um gás encontrado disponível na forma líquida em
soluções de 37 a 40%, contendo metanol para retardar a
polimerização; e na forma sólida, polimerizado em
paraformaldeído.
Atividade esporicida lenta, exigindo um tempo de contato
longo para a maioria das formulações.
FORMALDEÍDO
§ Pouco ativo a temperaturas inferiores a 20ºC,
aumentando a atividade em temperaturas
superiores a 40ºC. Ativo na presença de Material
Orgânico;
§ Usado para descontaminação de cabines de
segurança, salas diversas, biotérios, hospitais,
desinfecção de artigos críticos e semi-críticos;
§ Uso limitado: vapores irritantes, causa
endurecimento e branqueamento da pele,
dermatite de contato e reações de
sensibilização.
FORMALDEÍDO
§ Nível de desinfecção – alto, esterilização
§ Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida,
§ Destrói esporos
§ Principais usos- preparo de peças anatômicas,
dialisadores e preparo de vacinas.
§ Desvantagens – tempo de manuseio limitado (8h),
carcinogênico, produz gás com forte odor.
Glutaraldeído (sol aquosa 2%)

Desinfetante de alto nível (bactericida,


esporocida, fungicida, virucida);
- Utilizado na desinfecção/ esterilização de
materiais termossensíveis;
- Ativo na presença de material orgânico e
inativo em materiais naturais, sintéticos e
detergentes;
GLUTARALDEÍDO
§ Utilizado para desinfecção de artigos críticos e semi-críticos
termossensíveis (material cirúrgico, artigos metálicos,
equipamentos de anestesia e aspiração);
§ Formulações contendo 2% de Glutaraldeído;
§ É um composto tóxico, irritante para a pele, mucosas e olhos,
que exige proteções individuais durante a manipulação
(máscaras e luvas).
GLUTARALDEÍDO
§ Nível de desinfecção – alto, esterilização
§ Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida,
§ Destrói esporos
§ Vantagens – não é corrosivo para metais, não
danifica lentes, plásticos ou borrachas
§ Desvantagens – irritante para mucosas, causando
processos inflamatórios de conjuntiva, vias aéreas;
epistaxe, dermatite de contato, asma rinite no
funcionário que manuseia.
Derivados fenólicos

• orto-fenilfenol, orto-fenil-para clorofenol


• Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida
• Desinfecção de médio e baixos níveis
• Desvantagens – não deve ser usado em unidades
neonatais, nem em artigos de crianças.
Derivados fenólicos

Soluções fenólicas 2 a 5% promovem desinfecção de


objetos inanimados. Desinfecção de médio e baixos níveis
• Mecanismo: desnaturação de proteínas celulares e dano nas
membranas
• Temperaturas baixas e presença de sabão diminuem a
atividade antimicrobiana.
• Vários derivados comercialmente disponíveis são mais
efetivos que o fenol, como orto-fenilfenol, orto-fenil-para
clorofenol
Compostos que Liberam
Cloro Ativo

Os mais utilizados como alvejamento e desinfecção


são: hipocloritos de sódio (NaOCl) e de cálcio,
dióxido de cloro e ácido dicloisocianúrico
(NaDCC);
- Desinfetantes de baixo a alto nível dependendo
da concentração;
- Ativos sobre Gram-positivas e negativas, esporos
bacterianos, fungos e vírus lipofílicos e hidrofílicos;
- Ativos com matérias orgânicas;
- Concentrações de 5 a 12%.
Hipoclorito de sódio (liquído)

• Nível de desinfecção – alto, médio e baixo – varia


conforme a concentração e tempo de exposição.
• Bactericida, viruscida, fungicida, tuberculoscida,
• Destrói alguns esporos
• Desvantagens – altamente corrosivos
• Estocagem da solução: pH 8,0; 23°C, recipientes
plásticos, opacos e fechados (estab 1 mês)
Hipoclorito de sódio (liquído)
Compostos Quaternários de
Amônio (QACS)
São detergentes com propriedades germicidas, derivados
orgânicos da amônia;
Não apresentam ação letal sobre esporos de bactérias e
micobacterias;
- Compostos utilizados: cloretos de alquildimetilbenzilamônio
e cloretos de dialquildimetilamônio;
- desinfetantes de baixo nível, ativos em bactérias Gram + e
menor atividade nas negativas, ativos em alguns fungos e
vírus não-lipídicos;
COMPOSTOS QUATERNÁRIOS
DE AMÔNIO (QACS)

- Inativados por materiais orgânicos;


- Concentrações: 0,2%, nas superfícies não-críticas
(pisos, paredes);
- Apresentam baixa toxicidade, porém podem causar
irritação e sensibilidade para a pele.
COMPOSTOS QUATERNÁRIOS
DE AMÔNIO (QACS)
Vantagens: Não são em geral irritantes para a pele e
tecidos, baixa toxicidade, são inodoros, podem ser
usados em soluções com água e álcool.

Desvantagens: São neutralizados por surfactantes


aniônicos (sabões), não agem na presença de matéria
orgânica e podem causar irritação quando em contato
prolongado com a pele, mucosas e trato respiratório.
Ex: compostos de amônio quaternário como cloreto de
cetilpiridíneo, cloreto de benzalcônio.
Germekil: potente e consagrado desinfetante, de ação
rápida, elimina "Pseudomas, Salmonellas, Stafilococcus, bacilo
da tuberculose, vírus (inclusive da Aids) e fungos em apenas 10
minutos. Associa Formaldeido e Quaternários a agentes
sequestrantes e antioxidantes, em veiculo alcoólico, garantindo
a integridade dos artigos, sendo o desinfetante mais rápido do
mercado, indicado para desinfecção de artigos médico-
hospitalares e odontologicos
Álcool Iodado

Bactericida de nível médio, aplicado como


antisséptico.
Também tem aplicações virucida e fungicida;
- Em curativos são indicados de 0,5 a 1% de
iodo;
- Toxicidade baixa, pode provocar ressecamento
e irritação na pele.
Peróxido de Hidrogênio (H2O2)

Esterilizante químico e desinfetante de alto nível de artigos


termosensíveis;
- Eficiente sobre bactérias Gram-positivas e negativas, bacilos da
tuberculose, vírus e fungos. A atividade esporicida depende da
resistência do esporo considerado;

Concentrações podem variar de 3 a 25%;

- Concentrações de 3 a 4%, aplicadas na desinfecção de


ambientes e na remoção de matéria orgânica;

Sintomas adversos: Irritação nos olhos, nariz e garganta,


inflamação das córneas, eritemas, erupções dérmicas e manchas
na pele.
Ácido Peracético – PAA – (CH3COOOH)

Desinfetante de nível intermediário e alto nível;


- Ativo mesmo na presença de matéria orgânica;
- É esporicida, bactericida, virucida e fungicida;
- Utilizado na desinfecção de equipamentos de
hemodiálise, endoscópios, instrumentos de diagnósticos,
dentre outros termossensíveis;
- Pode causar irritação nos olhos e à árvore respiratória;
- Concentrações baixas no valor de pH 2 – potente
biocida.
Ácido Peracético (0,2%)

VANTAGENS DESVANTAGENS

• rápido: 10 minutos • processo manual


• monitoração da [ ] • incompatível com aço
• enxágüe fácil bronze, latão e ferro
• baixa toxicidade galvanizado
• remove sujidade • custo ?
residual • odor avinagrado
Complexo Iodo – Polivinil
Pirrolidona (PVP-I2)
Utilizado com antisséptico e desinfetante;
- Em soluções aquosas recomendado para assepsia
tópica;
- Adicionada de detergente não-iônico – solução
degermante;
- Indicado na delimitação do campo cirúrgico, sem
causar lesões, irritações ou alergias.
Gluconato de Clorexidina 4%

Clorexidina 4% contendo 4% de álcool é indicada


para previnir contaminação cruzada com proteus
e pseudomonas;
- Degermante (redução ou remoção parcial) e
antisséptico (degrada ou inibe a proliferação);
- Utilizado para banhos de recém nascidos ou
alérgicos.
PRODUTO EPI TOXICIDADE
Álcool a 70% luva de borracha cano longo Não apresenta
Hipoclorito Avental impermeável, luva de borracha cano Misturado a substância ácida, libera gás de
longo, botas, óculos. cloro.
Em contato com formaldeído, produz
substância cancerígena.
Glutaraldéido Máscara de filtro químico, avental Irritante para mucosa (olhos, nariz, garganta),
impermeável, óculos, luva de borracha cano podendo causar asma, dermatites, epistaxe e
longo, botas. rinite. Os níveis no ambiente, não deve
ultrapassar 0,2ppm

Ácido perácetico + Máscara de filtro químico, avental Odor e irritação não significante.
peroxido de hidrogênio impermeável, óculos, luva de borracha cano Peróxido de hidrogênio A Occupational
longo, botas. Safety and Health Administration (OSHA)
limita o tempo de exposição ao produto em 8
horas na concentração de 1ppm
Ácido perácetico Máscara de filtro químico, avental Pode ocasionar queimaduras em contato
impermeável, óculos, luva de borracha cano direto com a pele, cegueira se entrar em
longo, botas contato com olhos, irritante para mucosa do
nariz, garganta e pulmão

Formaldeído Máscara de filtro químico, avental Cancerígeno. A OSHA, limita o tempo de


impermeável, óculos, luva de borracha cano exposição ao produto em 8 horas na
longo, botas concentração de 0,75 pp
ESTERILIZAÇÃO
§ Processo de destruição (ou remoção) de todas as
formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos,
fungos, protozoários e helmintos), tanto na forma
vegetativa quanto esporulada, por um processo que
utiliza agentes químicos ou físicos.

§ Conservar: manter as características durante a vida


útil de armazenamento, assegurando a esterilidade
adquirida.
Um objeto estéril, no sentido microbiológico,
está completamente livre de germes vivos.
Estéril, esterilizar e esterilização são termos
que se referem à ausência total ou à
destruição de todos os microorganismos e
não devem ser usados com sentido relativo.
Um meio ou objeto está ou não está estéril,
não existe meio ou quase estéril.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO

§ Permitem assegurar níveis de esterilidade


compatíveis às características exigidas em
produtos farmacêuticos, médico-hospitalares e
alimentícios;
§ O método escolhido depende da natureza e
da carga microbiana inicialmente presente no
item considerado;
§ São divididos em métodos físicos e químicos.
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ÚMIDO

§ Água fervente
§ Tindalização - Esse processo consiste em submeter
um líquido ou um material semi-sólido à temperatura
de 100ºC (vapor fluente, em autoclave com válvula
de escape aberta) durante 30 a 60 minutos, por 3
dias consecutivos, conservando-o nos intervalos do
tratamento térmico à temperatura ambiente.
§ Calor úmido sob pressão (autoclavação) - O
emprego do calor úmido sob pressão é o processo
mais usado em esterilização e deve ser o método de
escolha, desde que possível.
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ÚMIDO

§ O calor úmido na forma de vapor saturado sob


pressão é o agente esporicida mais utilizado e
o mais confiável;
§ Pode ser usada para artigos críticos e semi-
críticos e para itens não sensíveis a calor e
umidade;
§ Uso de uma autoclave: vapor a uma pressão e
temperatura adequados, por um tempo
específico – destruir microorganismos;
AUTOCLAVES
§ São equipamentos que utilizam vapor saturado
para realizarem o processo de esterilização;
§ É o meio mais econômico para materiais
termossensíveis;
§ Indicado para artigos críticos e semi-críticos
termossensíveis;
§ Podem ser utilizados para esterilização de
líquidos (interromper o processo no tempo de
secagem);
•Há uma relação entre temperatura empregada e o tempo necessário para a
esterilização.
• Quanto maior a temperatura, menor o tempo necessário.
Em geral utiliza-se T 121ºC por mais ou menos 15 a 30 minutos.
§ Autoclaves convencionais:
- Exposição de 20 a 30 minutos à
temperaturas de 121ºC e 134ºC;
§ Autoclaves de alto vácuo:
- Exposição de 4 minutos à temperatura de
134ºC.
Os materiais devem ser esterilizados em
pacotes individuais, envolvidos por papel Kraft
ou sacos especiais para autoclave (papel grau
cirúrgico ou tecido de algodão cru, duplo, com
trama têxtil adequada)
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR SECO

§ Flambagem em chama direta - Esse método é restrito à


esterilização de alças de platina utilizadas em
bacteriologia ou na coleta de materiais e na flambagem
de boca de tubos e de pipetas, nas técnicas assépticas.
§ Forno de Pasteur - A esterilização em forno de Pasteur
necessita de temperaturas maiores e de exposições mais
longas que as empregadas em autoclaves. A ação letal
resulta do ar que o circunda. É fundamental que a
totalidade do material permita penetração do calor.
Devido a essas restrições, o forno de Pasteur tem um
número restrito de aplicações.
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR SECO

§ Incineração: é um método destrutivo para os


materiais, é eficiente na destruição de matéria
orgânica e lixo hospitalar.
§ Raios infravermelhos: utiliza-se de lâmpadas
que emitem radiação infravermelha, essa
radiação aquece a superfície exposta a uma
temperatura de cerca de 180O C.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO

§ Calor seco utilizado através da Estufa, com


termostato para manutenção efetiva da
temperatura, área mínima para circulação
interna do ar produzido e um termômetro de
bulbo para controle da temperatura
preconizada;
§ Artigos devem ser acondicionados de forma
adequada, em invólucros de papel laminado
de alumínio ou caixas de aço inox ou
alumínio;
ESTUFA - FORNO DE PASTEUR
§ Esterilização de óleos, pós e caixas de
instrumental;
§ Os tempos de exposição e temperatura vão
variar de acordo com o material:
- Pós: 100gr a 160ºC por 120 minutos;
- Óleos: 160ºC por 120 minutos;
- Metais: 160ºC por 120 minutos ou 170ºC por
60 minutos em estufa previamente calibrada
Cuidados para a eficiência do processo

§ Higienizar convenientemente os artigos a serem


esterilizados;
§ aquecer previamente a estufa;
§ utilizar embalagens adequadas;
§ não colocar na estufa artigos muito pesados e volumes
muito grandes para não interferir na circulação do ar;
§ evitar sobrepor artigos;
§ marcar o início do tempo de exposição quando o
termômetro marcar a temperatura escolhida;
§ evitar que o termômetro toque em algum dos artigos
dentro da câmara;
§ não abrir a estufa durante a esterilização.
Falhas no processo

§ ao distribuir os artigos no interior da câmara, não deixar


que toquem as paredes do interior do equipamento,
deixar também um espaço entre os materiais, para
favorecer a circulação do ar;
§ o invólucro deve ser adequado para este tipo de
esterilização e para o material a ser esterilizado. As
embalagens mais utilizadas são as caixas metálicas,
papel alumínio e frascos de vidro refratário;
§ os artigos a serem esterilizados devem possuir boa
condutividade térmica (termorresistentes).
§ o equipamento deve ser calibrado e validado. A
esterilização é eficiente quando neste ponto a
temperatura é atingida, é necessário portanto que os
testes com os indicadores biológicos sejam realizados
neste local.
Radiações
• Radiações ionizantes: promovem esterilização
através de raios gama e raios X

• Radiações não ionizantes: promovem desinfecção


através de raios UV ou diminuição do número de
bactérias em fornos de microondas
Métodos de esterilização mais utilizados
POR AGENTES FÍSICOS POR AGENTES QUÍMICOS
CALOR SECO • PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (STERRAD)
• ÁCIDO PERACÉTICO (STÉRIS)
• ESTUFA OU FORNO DE PASTEUR • ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
(ABITÓX)
CALOR ÚMIDO
QUÍMICOS:
• VAPOR SOBRE PRESSÃO (AUTOCLAVE)
GASES:
RADIAÇÃO
FORMALDEÍDO OU PARAFORMALDEÍDO.
• RAIO GAMA - CO60 - ÓXIDO DE ETILENO - ETO (C2H4 O).
COBALTO/ULTRAVIOLETA LÍQUIDOS:
• ELECTRONBEAM GLUTARALDEÍDOS à 2%.
BROMETO DE LAURIL
SEGURANÇA BIOLÓGICA DAS CENTRÍFUGAS

§ Devido ao alto índice de acidentes neste aparelho,


principalmente a quebra de tubos com espécimes
clínicos e conseqüente formação de aerossol que
pode expor vários funcionários à agentes infeciosos,
as centrífugas merecem uma atenção especial em
relação à segurança biológica.
§ As centrífugas devem ser instaladas em um
compartimento isolado, bem ventilado, que deve ser
evacuado durante o processo.

§ Caso ocorra um acidente, quebra de tubos, o


equipamento deve ser descontaminado com
glutaraldeído ou mesmo hipoclorito de sódio.
O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES NA CENTRÍFUGA:

§ 1- Deixe o aerossol baixar durante 30 minutos.


§ 2- Coloque seus EPIs , luvas, máscara e óculos de proteção.
§ 3- Descontamine o suporte da centrífuga com glutaraldeído ou
§ hipoclorito (água sanitária), álcool iodado ou lizoforme por
no mínimo 15minutos.
§ 4- Retire os demais tubos da centrífuga e descontamine a
parte interna do equipamento com uma gaze embebida em
uma das soluções germicidas descritas acima.
§ 5- Descarte os fragmentos do tubo na caixa amarela para
perfuro-cortantes.
§ 6- Comunique o incidente ao responsável pelo setor para que
seja providenciada uma nova amostra.

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