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A vida de Annie Emma Dexter Noble

Annie Emma Dexter Noble, nascida em 1861, foi a décima dos treze filhos de Abigail Tryphosa Dick e
Walter Dexter, em Friezland, Inglaterra, onde o pai era um habilidoso fabricante de renda, sendo
uma família activa na Igreja de Cristo.

A família morou no Brooklyn, Nova York, por dois anos e retornou para a Inglaterra, deixando Ann
Noble (nome pelo qual era carinhosamente chamada) aos cuidados de um amigo de sua
congregação cristã local, que tinha práticas de adoração semelhantes à igreja que frequentavam, na
sua terra natal.

Lá, aos 14 anos, após ouvir um evangelista famoso, ela experimentou uma conversão pessoal a Jesus
Cristo. Em seus esforços de obter um testemunho pessoal de Jesus Cristo, ela orou com a Deus com
fé e, em suas próprias palavras “imediatamente foi como se uma pedra pesada tivesse sido tirada do
meu coração e a sala se encheu com uma luz brilhante, e eu senti uma alegria e felicidade
indescritíveis”

Ela voltou para a família na Inglaterra quando estava com 17 anos.

Ann casou-se com um baptista, Abraham Noble, em 26 de maio de 1885, em Notthingham,


Inglaterra, e eles tiveram sete filhos. Ela juntou-se à igreja Baptista assim que se casou, onde era
bastante activa, sendo a soprano principal do coro da igreja Baptista e tendo cantado em inúmeros
concertos e reuniões da igreja.

Em 1906, Abraham ficou doente, com uma grave depressão, que o afetou fisicamente por muitos
anos. O casal viajou pela Inglaterra e por fim, foram para os Estados Unidos, buscando ajuda médica.
Certa vez, enquanto visitavam amigos em Gainsborough, na Inglaterra, os Nobles conheceram dois
jovens missionários mórmons, um encontro que permaneceu na memória de Annie. Pouco tempo
depois, no Brooklyn, ela orou fervorosamente para saber se o marido ficaria curado algum dia. Ela
contou que ouviu uma voz dizendo: “Seu marido será completamente curado e deverá pregar o
evangelho”. A experiência foi o marco de uma mudança transformadora. Não somente Abraham
começou a melhorar, mas Annie Noble começou a buscar um contato maior com o divino. Cerca de
dois anos e meio depois, um missionário mórmon deixou um folheto em sua casa, em Notthingham.

Antes de decidir baptizar-se na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos Dias, Ann sentiu-se
confusa e com medo, de ofender o marido e outras pessoas próximas, mas uma voz suave e mansa
trouxe-lhe paz à alma.

Annie e uma das filhas foram batizadas em 5 de novembro de 1910, depois de dois anos de estudo
do evangelho. O marido e as outras filhas foram baptizadas 15 meses mais tarde. A família imigrou
para Utah em 1912.

Cerca de um ano depois da chegada da família a Utah, o bispo de Ann Noble a chamou para presidir
a Associação de Melhoramentos Mútuos das Moças (AMM-M) da sua ala.

Ela lembrou: “Foi uma grande surpresa e senti minha profunda incapacidade; além disso eu achava
que outras irmãs poderiam preencher esse chamado melhor do que eu”.
A despeito de seus sentimentos de inadequação, o bispo insistiu e ela foi designada presidente da
AMM-M da Ala 5 de Ogden em 28 de outubro de 1914, onde serviu por sete anos.

No chamado como presidente da AMM-M, Ann Noble participou em 1916 da conferência anual para
líderes das Associações de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes e das Moças, realizada em Salt Lake
City.

A sessão da manhã de domingo foi uma reunião de testemunho, realizada no Assembly Hall na Praça
do Templo, onde Ann teve a oportunidade de prestar o seu.

Ela sentia uma grande alegria no fortalecimento que vinha pelo facto de conhecer os princípios do
evangelho e era grata por tanto o seu marido como filhos, possuírem um testemunho forte.

Ela também sabia que Joseph Smith era um profeta verdadeiro do Senhor.

Esse testemunho viera apenas quase 6 meses após o seu baptismo, numa noite em que ela
encaminhava-se para uma das reuniões dominicais.

Em suas próprias palavras: “Um anseio suave de saber com mais certeza, algo que eu já sabia, tomou
meu coração e elevei a Deus um desejo sincero e uma oração para que, como os outros santos, eu
pudesse falar na reunião com os irmãos, que eu também sabia, sem dúvida, que Joseph Smith foi um
profeta de Deus. Rapidamente, o Espírito sussurrou-me: “Você realmente sabe”, e desde então, eu
sei!”

Ann foi uma mulher não muito diferentes de todas nós, que ansiava por um relacionamento mais
próximo com o seu criador; uma recém-conversa que que precisou escolher entre agradar aos
homens ou agradar a Deus; alguém que sentiu-se inadequada e despreparada para o seu primeiro
chamado.

No entanto, aprendemos com ela, a importância de buscar a verdade e manter-nos fiéis a ela.

Ela disse: “Uma coisa é acreditar, outra é ter um conhecimento seguro.”

De valorizar o conhecimento e a força que recebemos através do evangelho restaurado.

De obedecer e perseverar até o fim.

Do testemunho que ela prestou na Conferência, marcou-nos este pequeno excerto:

“Pertencemos por muitos anos à denominação batista, e devo dizer que, durante alguns anos, fui
muito ensinada sobre o que se esperava de mim como cristã. E pensava comigo mesma: “Quanto
mais devo fazer? Fiz continuamente o que eu sentia ser o certo, e, no entanto, eu tinha dúvidas, e
pensava como seria maravilhoso saber definitivamente o que era esperado de nós, tanto em termos
de serviço, quanto de recursos. E sinto-me feliz de ter agora o conhecimento do que é certo, não
apenas sobre este assunto, mas sobre tantos outros que ficaram muito claros para mim e para todos
nós.”

Gostaríamos de ilustrar estas últimas palavras e reconhecer a mulher que Ann Noble foi fazendo
algo que ela amava: cantando uma música da Mutual deste ano, para Rapazes e Moças, onde ela
serviu com tanta dedicação.

Música: “Eu irei e cumprirei”

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