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MATÉRIAS PRIMAS

Engº Rubens Curti


Supervisor do Laboratório de Concreto da ABCP
O que é concreto

“Concreto é uma pedra artificial que é produzida através de uma mistura em


proporções pré-fixadas de um aglutinante (cimento) com água e agregados
constituídos de areia e pedra, de sorte que venha a formar uma massa compacta, de
consistência plástica, e que endurece com o tempo dando o formato que desejamos”.
Importância

Consumo de Concreto

O concreto é o segundo produto mais consumido pela humanidade

40.000 kg/habitante/ano 4400 kg/habitante/ano


Materiais Constituintes

“receita do bolo”

1:2:3:0,5 (c:a:b:a/c)
Materiais Constituintes

“receita do bolo”

aglomerante agregados

cimento água areia brita aditivo


(opcional)
pasta
argamassa

concreto
Materiais Constituintes

“receita do bolo”

aglomerante agregados

cimento água areia brita aditivo


(opcional)
pasta
argamassa

concreto
Cimento

Cimento: palavra originária do Latim Caementu,


que na antiga Roma uma espécie de pedra natural
de rochedos não esquadrejadas.

Aglomerante hidráulico constituído de óxidos


(cálcio, silício, ferro e alumínio) que em contato
com a água tem a capacidade de endurecer.
Cimento Portland

• Histórico / Generalidades

• Fabricação / Constituintes

• Tipos / Normalização

• Algumas questões relevantes

• Aplicações
Histórico Mundial

Gregos e Romanos P
A

• Pioneiros na utilização do cimento N


T
E
Ã
O

Cimento
• Cal + Cinzas vulcânicas C
O
L
I
Obras S
E
U
• Panteão, Coliseu, Basílica de
Constantino, etc. B
A
S
I
L
I
C
A
Histórico Mundial

Parker (1796):
1º Cimento hidráulico comercial cimento romano

Nódulos de calcários com argila queimados a alta


temperatura (vitrificação) e moídos

5 partes de pó + 2 partes de água


Endurecimento: 10 a 20 minutos
Histórico Mundial

1824
Patente do Cimento Portland

Joseph Aspdin
CALCÁRIO + ARGILA
(Calcinados)

Essa mistura resultou um pó, que por apresentar


características semelhantes a uma pedra abundante da
ilha de Portland, foi denominado “cimento portland”.
Histórico Mundial

Apesar do desenvolvimento

tecnológico, o princípio

básico de fabricação

permaneceu o mesmo até os

dias de hoje.
Histórico no Brasil
1888 - Cimento Rodovalho
Rodovalho decidiu, então, instalar na Fazenda Santo
Antônio, nas proximidades de São Roque uma fábrica de
cimento, com capacidade para 25.000 toneladas/ano. Sua
iniciativa é considerada a primeira tentativa de fabricação
do cimento portland no País, a partir da mistura de calcário
e argila, calcinada em fornos. A Usina Rodovalho operou de
1888 a 1904, quando foi arrematada pela A. R. Pereira & Cia
até que, em 1918, a Votorantim assumiu a produção

USINA RODOVALHO
Histórico no Brasil

1892
Ilha do Tiriri (PB)
O primeiro a produzir cimento no Nordeste do Brasil, foi o Engº Louis Nóbrega por um
curto período de três meses em 1892.
Histórico Brasileiro do Cimento

1912 – 1924

• Primeira iniciativa estatal


• Cachoeiro do Itapemirim / ES
• Cimento Monte Líbano
• Capacidade : 8000 t/ano
• Primeiro forno rotativo
Histórico no Brasil

1926
1ª Produção efetiva de cimento brasileiro:
Cia. Brasileira de Cimento Portland Perus
Histórico no Brasil

1926
Consumo de 410.000 t/ano
e
97% Importado

Em 1939 a produção foi de 697 mil


toneladas, ganhando auto-suficiência,
passando para 810 mil toneladas em 1944.

Entre 1945 e 1955 (após a 2ª guerra) o


setor inaugurou 16 novas fábricas.
Distribuição das fábricas de cimento no Brasil

 23 grupos industriais

 91 fábricas (80 municípios e 23 estados)


• 54 integradas (extração + transformação)
• 37 moagens

 11 fábricas fechadas temporariamente

 Consumo 2014: 71,7 M tons


2015: 65.8 M tons
2016: 57.8 M tons
2017: 53.4 M tons
2018: 52.8 M tons - 26,5%

2019: 54,8 M tons + 3,8 %


2020: 60,7 M tons +10,8%
2021: 64,5 M tons + 6,0%
2022: 62,7 M tons - 3,0%
18
 Capacidade 94,0 M tons / ano
Panorama Brasileiro de Cimento

Fabricantes do mercado nacional em 2023


Grupos Industriais Fábricas
1 Votorantim 26
2 Intercement 15
3 CSN 13
4 Mizu 9
5 Nacional 5
6 Tupi 3
7 Nassau 3
8 Secil 2
9 Apodi 2
10 Outros 14
TOTAL 92
Panorama Brasileiro de Cimento
MERCADO DE CIMENTO
NO BRASIL
Panorama Brasileiro de Cimento

Produção Nacional 2022

NORTE
Sul 4Norte
6,2%
18,8% Nordeste
21,7%
NORDESTE
CENTRO-
Centro Oeste
10,5%
OESTE
Sudeste
42,8%

SUDESTE

FONTE: SNIC (sujeito a modificações)


SUL
Panorama da Produção de Cimento na América do Sul

OUTROS 17,0%

BRASIL 38,5%
CHILE 2,7%

EQUADOR 3,4%

PERU 5,1%

ARGENTINA 6,3%

COLOMBIA 6,2%

MÉXICO 20,7%
Mercado de Cimento
ETAPAS DE FABRICAÇÃO DO
CIMENTO PORTLAND
Cimento Portland: Definição

Aglomerante hidráulico constituído de uma mistura de

CLÍNQUER PORTLAND e GESSO


Clínquer Portland

ETAPAS DA FABRICAÇÃO
Calcário
 Extração das matérias-primas
Argila
 Britagem e moagem
 Dosagem da farinha
 Homogeneização
 Queima (Clinquerização)
 Resfriamento
 Moagem
 Distribuição
Esquema de Funcionamento de uma Fábrica

Carvão/Coque/óleo
Depósito de
Mix Combustíveis
Pré-aquecedor
Britador Moinho de Carvão

Calcário
Depósito

Argila
Moinho de Cru
Homogeneização Gesso
Silos de Cimento
Separado Clínquer
r
Depósito de
Escória ou Clínquer
Moinho de Cimento
pozolana

Calcário
A oferta dos diversos tipos de cimento
Ensacamento
varia em função do número de silos e da
GRANELEIRO disponibilidade de matéria-prima, da
característica do mercado regional...
Em geral a fábrica oferece 2 a 3 tipos.
Jazida de Calcário (Subterrânea)

PRINCIPAL MATÉRIA-PRIMA NA FABRICAÇÃO DO CIMENTO


Jazida de Calcário (Céu Aberto)

PRINCIPAL MATÉRIA-PRIMA NA FABRICAÇÃO DO CIMENTO


Extração de Calcário

O DESMONTE DO CALCÁRIO NA JAZIDA É FEITO COM EXPLOSIVOS


Transporte

O MATERIAL RESULTANTE É TRANSPORTADO EM


CAMINHÕES “FORA-DE-ESTRADA” ATÉ A INSTALAÇÃO DE BRITAGEM
Calcário antes do Britador

Na britagem, o calcário é reduzido a dimensões


adequadas ao processamento industrial
Britagem

NA BRITAGEM, O CALCÁRIO É REDUZIDO A


DIMENSÕES ADEQUADAS AO PROCESSAMENTO INDUSTRIAL
Moagem do Calcário
Moagem da mistura crua
Silos de Homogeneização

A MISTURA DE CALCÁRIO COM ARGILA (FARINHA CRUA)


É ENVIADA AOS SILOS DE HOMOGENEIZAÇÃO
Forno Rotativo

No forno, a uma temperatura próxima a 1450oC, o material


transforma-se em pelotas escuras - o clínquer.
Forno Rotativo com Pré-aquecedor

Comprimento do forno/diâmetro do forno ..... aproximadamente 14/1


Dimensões do forno para 2.500 t/d ................. 4.8 x 67 a 5.0 x 74m
Velocidade........................................................... aprox. 2 rpm
Segundo sistema de queima ............................ nenhum
Descarbonatação ............................................... aproximadamente 40%
Pré-
aquecedor
< 1 min Zona de Zona de Zona de Zona de
calcinação transicão queima resfriamento
28 min 5 min 10 min
2 min
1400
CO2
↑ 1200
Relação de massa

CaCO3
Cal livre 1000
Alita 800

Belita T [ºC] 600


α quartzo Cr Líquido
β quartzo 400
Minerais de argila C3A
C12A7 C3A 200
HO Líquido
Fe2O3 ↓ 2 C2(A,F) C AF C4AF
4
Tempo de [min]
5 10 15 20 25 30 35 40 45
residência
Forno Rotativo com Pré-aquecedor e Pré-calcinador

Comprimento/diâmetro do forno ......... aproximadamente 14/1


Dimensões do forno (2500 t/d).............. 4.0 x 56 a 4.4 x 64m
Velocidade .............................................. aproximadamente 3 rpm
Taxa de combustível no 2ºsistema de queima.... 65% máximo
Descarbonatação................................... aproximadamente 95%
Pré-
aquecedor
< 1 min Zona de
resfriamento
Zona de Zona de Zona de 2 min
calcinação transicão queima 1450ºC
2 min 15 min 12 min
1400
CO2
CaCO3 1200
Relação de massa

1000
Cal livre
Alita

T [ºC]
800
600
Belita
α quartzo Cr 400
β quartzo
Minerais de argila C12A7 C3A C3A 200
C4AF Líquido
C2(A,F)
C4AF
Fe2O3 H2O
5 10 15 20 25 30
Tempo de residência [min]
Reações de Formação do Clínquer Portland

CO2

CaCO3
Relação de massa
Cal livre
Farinha
Alita

Clínquer
Belita

α quartzo β quartzo Líquido


Cristobalita
Minerais de argila
C12A7 C3A
Líquido
Fe2O3 H2O

C2(A,F) C4AF

0 200 400 600 800 1000 1200 1400


Temperatura [º C]
Composição do Clínquer

Para a produção de 1 tonelada de cimento (20 sacos), são utilizados, em média


(aproximadamente):

Calcário
Calcita
Dolomita Clínquer
960 kg  Silicatos
Argila 1250 kg  Aluminatos
 Ferroaluminatos
Quartzo cálcicos
Argilominerais
Feldspato
Calcário 1450ºC Clínquer

40 kg Gesso
Corretivos 300 kg Gesso

Bauxita Argila
Hematita
Quartzo 14 kg
Corretivos
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Dosagem

100CaO
FSC =
2,8SiO 2 + 1,2Al2O3 + 0,65Fe 2O3
Emissão do Gás Carbônico (CO2)

O controle da emissão de CO2, um dos principais causadores do efeito estufa,


representa um dos maiores desafios do setor na área do meio ambiente. A indústria
mundial do cimento responde por aproximadamente 5% das emissões antrópicas de
gás carbônico do mundo, no Brasil este setor representa menos de 1,5%.

Alguns países emissores de CO2 (kg/ ton. de cimento)


Brasil 610
Espanha 698
Inglaterra 839
China 848
MÉDIA MUNDIAL 900
Formação do Clínquer

Clínquer Interior do forno


Reações de Formação do Clínquer Portland

• 20 - 100oC
 Perda de água livre
• 500 - 600oC
 Desidroxilação dos argilominerais
 Transformação do quartzo α em quartzo β
• 700 - 900oC
 Descarbonatação dos carbonatos
 Primeiras reações em estado sólido com formação de aluminatos e
ferroaluminatos cálcicos (C12A7 e C2[A,F])
 Primeiros cristais de belita (C2S)
 Formação de cristobalita a partir do quartzo
Reações de Formação do Clínquer Portland

• 900 - 1200oC
• Cristalização da belita
• Conversão do C12A7 e C2[A,F] em C3A e C4AF
(ocorrem apenas reações em estado sólido)
• 1250 - 1350oC
• Fusão dos constituintes da fase intersticial (C3A e C4AF)
• Geração dos primeiros cristais de alita (C3S) a partir dos cristais pré-existentes
de belita (C2S) e CaO
• 1350 - 1450oC
• Desenvolvimento dos cristais de alita (C3S)
Resfriador Industrial

1450oC 80oC

Resfriador de grelhas
Clínquer Portland
Características dos Componentes Principais do Clínquer

Contribuição para
Taxa de
Compostos Teor (%)
Hidratação Resistência Resistência Calor de
inicial final Hidratação

C3S 50 - 70 Alta Alta Baixa Alta

C2S 15 - 30 Baixa Baixa Alta Baixa

C3A 5 - 10 Alta Alta Baixa Alta

C4AF 5 - 10 Moderada Baixa Alta Baixa


Mineralogia do Clínquer Portland

PRINCIPAIS COMPOSIÇÃO
Alita C3S
Belita C2S
Fase Intersticial C3A e C4AF

SECUNDÁRIOS
CaO livre CaO
Periclásio MgO
Mineralogia do Clínquer Portland

C 3S
Mineralogia do Clínquer Portland

C 2S
C 3S
Mineralogia do Clínquer Portland

C4AF

C 3A

MgO
Mineralogia do Clínquer Portland

Fase
Mineralogia do Clínquer Portland

CaO l
Porosidade do Clínquer
Moinho de Cimento

Na moagem final, o gesso e eventuais adições são


misturados ao clínquer, resultando o cimento
Cimento Portland: Fabricação
Adições ao Cimento Portland

Conforme o tipo de cimento poderão ser acrescentados, no processo de


moagem, materiais conhecidos por

Adições: Escórias, Pozolanas, Calcário


Adições ao Cimento Portland

CP II-F

Filer

Clínquer
CP II-E

+ + ou
CP III
Escória

CP II-Z
ou
Gesso CPIV
Pozolana
CP I ou CP V
Regionalização dos Tipos de Cimento

Distribuição
regional de alguns
tipos de cimento
CP II F
(filler calcário) em função da
matéria-prima
´
disponível
Razões para o Uso das Adições

• Técnicas
Melhoria de propriedades específicas

• Econômicas
Diminuição do consumo energético

• Ecológicas
Aproveitamento de resíduos poluidores e preservação das jazidas
Uso de Adições: Razões Técnicas

• Aumento da impermeabilidade
• Diminuição da porosidade capilar
• Maior resistência a sulfatos
• Redução do calor de hidratação
• Inibição da reação álcali-agregado

MAIOR DURABILIDADE
Silos de Cimento

SILOS DE ESTOCAGEM DE CIMENTO


Expedição

O PRODUTO É ESTOCADO NOS SILOS DE CIMENTO E


EXPEDIDO EM SACOS OU A GRANEL
TIPOS DE CIMENTO E
NORMALIZAÇÃO
Nomenclatura dos Cimentos

1991

CP I, CP II, CPIII, CP IV e
1982 CPC, AF e POZ 2023
CP V
Cimento: Nomenclatura

TIPO CP XXX RR

Cimento Resistência
Portland Composição
aos 28 dias
ou
(MPa)
qualificativo CLASSE
CP II- E- 32 (TIPO)
SIGLA
CPII-E (SIGLA) NOME TÉCNICO:Cimento
32 (CLASSE) Portland composto com escória
Todos os cimentos Portland, com exceção do CP V, têm classes de resistências de 25, 32, e 40 MPa.
Cimentos Portland ABNT NBR 16.697:2018

A ABNT NBR 16697 cancela e substitui as normas NBR 5732, NBR 5733, NBR 5735,
NBR 5736, NBR 5737, NBR 11578, NBR 12989 E NBR 13116.

DEFINIÇÃO
• Ligante hidráulico obtido pela moagem do clínquer Portland, ao qual se adiciona,
durante a fabricação, a quantidade necessária de uma ou mais formas de sulfato
de cálcio e adições minerais nos teores estabelecidos nesta Norma.
Cimentos Portland ABNT NBR 16.697:2018
• Os cimentos que fazem parte desta norma:
• Cimento Portland comum – CP I: produto intermediário da fabricação do cimento Portland,
constituído em sua maior parte de silicatos de cálcio com propriedades hidráulicas e que se
obtém pela queima a altas temperaturas de misturas convenientemente moídas e dosadas de
materiais calcários e argilosos;
• Cimento Portland com material carbonático: CP II-F*: cimento obtido pela mistura homogênea
de clínquer Portland e material carbonático nos teores estabelecidos por esta Norma;
• Cimento Portland de alto forno – CP II-E* ou CP III: cimento obtido pela mistura homogênea de
clínquer Portland e escória granulada de alto-forno, moídos em conjunto ou separadamente,
podendo conter uma ou mais formas de sulfato de cálcio e materiais carbonáticos, nos teores
estabelecidos nesta Norma;
• Cimento Portland pozolânico - CP II-Z* ou CP IV: cimento obtido pela mistura homogênea de
clínquer Portland e materiais pozolânicos, moídos em conjunto ou separadamente, podendo
conter uma ou mais formas de sulfato de cálcio e materiais carbonáticos, nos teores
estabelecidos nesta Norma;
• Cimento Portland de alta resistência – CP V-ARI: cimento que atende os requisitos de alta
resistência inicial.
(*) Os cimentos designados com a sigla CP II são considerados compostos.
Cimentos Portland ABNT NBR 16.697:2018

• Os cimentos que fazem parte desta norma:


• Cimento Portland Resistente aos Sulfatos – CP RS: cimento Portland que atende aos requisitos de
resistência aos sulfatos;
• Cimento Portland Branco – CP B: cimento Portland constituído de clínquer Portland branco e cujas as
adições (sulfato de cálcio ou outras) não geram alterações em sua coloração além dos limites
estabelecidos nesta Norma;
• Cimento Portland de Baixo Calor de hidratação – CP BC: cimento Portland que atende à condição de
baixa liberação de calor durante a sua hidratação, de acordo com os limites estabelecidos nesta Norma;

• Outros tipos de cimentos, que não fazem parte da ABNT NBR 16697:2018
• Cimento para Poços Petrolíferos - ABNT NBR 9831
• Cimento Aluminoso - ABNT NBR 13847
Especificações Normativas (ABNT NBR 16697:2018)

Clinquer Escória Pozolana Filer


Cimento + (E) (Z)
Sigla Classe (F)
Portland Gesso
(%) (%) (%) (%)

25
CP I 32 100 - 95 0-5
40
Comum
25
CP I-S 32 94 - 90 -- -- 6 - 10
40
25
CP II-E 32 94 - 51 6-34 0 0 - 15
40
25
Composto CP II-Z 32 94 - 71 0 6 - 14 0 - 15
40
25
CP II-F 32 89 - 75 0 0 11 - 25
40
Especificações Normativas (ABNT NBR 16697:2018)

Clinquer Escória Pozolana Fíler


Cimento + (E) (Z)
Sigla Classe (F)
Portland Gesso
(%) (%) (%) (%)

25
Alto Forno CP III 32 65 - 25 35 - 75 0 0 - 10
40

25
Pozolânico CP IV 32 85 - 45 0 15 - 50 0 - 10
40

Ari CP V --- 100 - 90 0 0 0 - 10


Prescrições Químicas

Enxofre
Tipo de MgO SO3 Anidrido
Resíduo Perda ao em forma
cimento Carbônico
Insolúvel (%) fogo (%) (%) (%) de
Portland (CO2) (*)
Sulfeto (*)
CP I ≤ 5,0 ≤ 4,5 ≤ 3,0
≤ 6,5 ≤ 4,5 -
CPI-S ≤ 3,5 ≤ 6,5 ≤ 5,5
CP II-E ≤ 5,0 ≤ 8,5 ≤ 0,5 ≤ 7,5
CP II-Z ≤ 18,5 ≤ 8,5 ---- ≤ 4,5 - ≤ 11,5
CP II-F ≤ 7,5 ≤ 12,5 - ≤ 7,5

CP III ≤ 5,0 ≤ 6,5 ---- ≤ 4,5 ≤ 1,0

CP IV ---- ≤ 6,5 ---- ≤ 4,5 - ≤ 5,5

CP V-ARI ≤ 3,5 ≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 4,5 -

(*) Facultativo

DESTINAM-SE A GARANTIR OS TEORES DE ADIÇÕES E DEFEITOS DE FABRICAÇÃO


Prescrições Físico-Mecânicas

Finura
Tempos de pega Expansibilidade Resistência à compressão
(min) (mm) (MPa)

Tipo de cimento

Resíduo peneira
Portland

CLASSE

91 dias (*)
A quente
A frio (*)
Fim (*)
75 µm

28dias
3 dias

7 dias
Início

1 dia
CPI (%)
25 ≤ 12,0 - ≥ 8,0 ≥ 15,0 ≥ 25,0 -
CPI-S
CPII-E 32 ≤ 12,0 - ≥ 10,0 ≥ 20,0 ≥ 32,0 -
CPII-Z
40 ≤ 10,0 - ≥ 15,0 ≥ 25,0 ≥ 40,0 -
CPII-F
25 ≤ 8,0 ≥ 60 ≤ 600 ≤5 ≤5 - ≥ 8,0 ≥ 15,0 ≥ 25,0 ≥ 32,0
CP III
32 ≤ 8,0 - ≥ 10,0 ≥ 20,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0
CP IV
40 ≤ 8,0 - ≥ 12,0 ≥ 23,0 ≥ 40,0 ≥ 48,0

CPV-ARI ≤ 6,0 ≥ 14,0 ≥ 24,0 ≥ 34,0 - -

(*) Facultativo

GARANTEM O DESEMPENHO
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial x Cimento Portland Classe 32

R1 14 MPa R3 10 MPa
R3 24 MPa R7 20 MPa Classe 32

R7 34 MPa R 28 32 MPa
Cimento Portland Branco

• ESTRUTURAL CPB-25, CPB-32 e CPB-40 ABNT NBR 16697:2018


• NÃO ESTRUTURAL CPB
• FINALIDADE ESTÉTICA
• O principal componente que dá cor ao cimento é o ferro proveniente das matérias-
primas utilizadas para a fabricação do clínquer. Daí o fato dos cimentos brancos
terem essa cor, pois para obtê-la a matéria-prima deve ser especial (usa-se bauxita
em vez de argila), com ausência de ferro e com condições de fabricação
ligeiramente distintas, com resfriamento mais rápido e cuidados especiais nos
corpos moedores, isto é, a bolas de aço que por atrito e impacto no moinho,
fazem com que o clínquer se transforme no pó que conhecemos (o cimento).

Exigência: índice de brancura maior que 78%


Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação ABNT NBR 16967:2018

IDENTIFICAÇÃO: Acréscimo do sufixo BC ao tipo original

Exigência: baixo desprendimento de calor

≤ 270 J/g com a idade de 41 h


Cimentos Resistentes aos Sulfatos

• C3A do clínquer e fíler calcário menor que 8% e 5%, respectivamente


• Cimentos CP III com 60% a 70% de escória
• Cimentos CP IV com 25% a 40% de pozolana
• Cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração
ou de obras que comprovem resistência aos sulfatos.

• Expansão ≤ 0,03% quando ensaiado pela ABNT NBR 13583


• IDENTIFICAÇÃO : sufixo RS ao tipo original.
Características dos Cimentos

Os cimentos brasileiros ultrapassam expressivamente as exigências


mínimas das normas técnicas

1 dia 3 dias 7 dias 28 dias


Cimento
Norma Média Norma Média Norma Média Norma Média

CP II-E 32 - 9,4 10,0 22,1 20,0 30,5 32,0 41,2


CP II-F 32 - 12,7 10,0 26,9 20,0 32,4 32,0 39,7
CP II-E 40 - - 15,0 28,9 25,0 37,3 40,0 47,2
CP III-32 - 6,5 10,0 16,3 20,0 27,2 32,0 41,8
CP III-40 - 10,5 12,0 21,4 23,0 33,4 40,0 48,2
CP IV-32 - 9,6 10,0 21,5 20,0 28,6 32,0 39,9
CP V-ARI 14,0 24,5 24,0 37,4 34,0 42,7 - 48,5
CP V-ARI RS 11,0 19,0 24,0 33,1 34,0 40,2 - 47,2

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP – Resistência à compressão em MPa


Evolução Porcentual da Resistência dos Cimentos (R28 = 100%)

Cimento 1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS

CP II-E 32 23 54 73 100

CP II-F 32 34 66 81 100
CP II-E 40 -- 59 77 100
CP II-Z 32 32 63 78 100
CP III-32 15 40 65 100
CP III-40 21 45 69 100
CP IV-32 30 54 72 100
CP V-ARI 49 74 85 100
CP V-ARI RS 39 67 81 100

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP


Evolução em MPa da Resistência dos Cimentos

Tipo de Cimento 1 DIA 3 DIAS 7 DIAS 28 DIAS 63 DIAS 91 DIAS 180 DIAS 360 DIAS

CP II-E 32 9,6 (0,23) 21,7 29,5 40,4 44,8 50,2 54,1 54,2
(0,54) (0,73) (1,11) (1,24) (1,34) (1,34)

CP II-F 32 13,2 25,9 31,6 39,1 42,8 45,3 48,0 50,3


(0,34) (0,66) (0,81) (1,09) (1,16) (1,23) (1,29)

CP II-E 40 - 28,2 36,7 47,7 50,5 55,6 59,1 -


(0,59) (0,77) (1,06) (1,16) (1,24)

CP II-Z 32 12,4 24,4 30,5 38,9 41,3 43,2 47,3 49,4


(0,32) (0,63) (0,78) (1,06) (1,11) (1,21) (1,27)

6,7 16,7 27,3 48,9 51,6 55,8 56,6


CP III-32 42,0
(0,16) (0,40) (0,65) (1,16) (1,23) (1,33) (1,35)

CP III-40 10,5 21,9 33,6 48,7 54,1 56,6 60,8 60,9


(0,21) (0,45) (0,69) (1,11) (1,16) (1,25) (1,25)

CP IV-32 12,2 21,8 28,7 40,0 43,3 45,7 50,5 52,9


(0,30) (0,54) (0,72) (1,08) (1,14) (1,26) (1,32)

CP V-ARI 24,7 37,5 43,0 50,3 52,6 55,4 57,8 59,1


(0,49) (0,74) (0,85) (1,04) (1,10) (1,15) (1,17)

CPV-ARI RS 19,8 33,6 40,5 50,2 53,5 56,6 58,2 63,1


(0,39) (0,67) (0,81) (1,07) (1,13) (1,16) (1,26)

Fonte: Controle do Selo de Qualidade ABCP


Noções de hidratação do cimento e pega

Liberação de calor

grãos de cimento adição de água

Formação de gel

Formação de agulhas de etringita e CSH

Fonte : Mehta &Monteiro


Estado endurecido Crescimento e entrelaçamento
Resistência mecânica dos cristais
Hidratação

• ÁGUA + CIMENTO = Dissolução e formação de novas


fases hidratadas
Ao se adicionar água ao cimento várias reações se iniciam
imediatamente e a primeira delas que é responsável pelo
tempo de pega é a seguinte:
• C3A + CaSO4+ 32 H2O⇒C3A·3CSO3·32 H2O
C3A + Cálcio dissolvido (Ca2+) + sulfato dissolvido (SO4)2–+ Agua ⇒etringita

• O tempo aumenta o entrelaçamento dos cristais,


aumentando a resistência mecânica
Pega

• GESSO atua como controlador de pega

• C3A + H2O = PEGA RÁPIDA

• C3A + GESSO + H2O = RETARDAMENTO


Influência dos Tipos de Cimento nas Argamassas e Concretos

Tipo de Cimento
Influência Resistente Branco
Composto Alto-Forno Pozolânico ARI
aos Sulfatos Estrutural

Menor nos Menor nos


Muito maior
primeiros dias primeiros dias e
Resistência à compressão Padrão nos primeiros Padrão Padrão
e maior no maior no final
dias
final da cura da cura

Calor gerado na reação do


Padrão Menor Menor Maior Menor Maior
cimento com a água

Impermeabilidade Padrão Maior Maior Padrão Padrão Padrão

Resistência aos agentes


agressivos (água do mar e Padrão Maior Maior Menor Maior Menor
de esgotos)

Durabilidade Padrão Maior Maior Padrão Maior Padrão


APLICAÇÕES DOS DIFERENTES
TIPOS DE CIMENTO
Aplicações

• Todos os tipos de cimento são adequados a todos os tipos de estruturas e


aplicações.

• Existem tipos de cimento que são mais recomendáveis ou vantajosos para


determinadas aplicações.
Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto armado Resistência de projeto I, II, III, IV

Marginal do Rio Pinheiros/SP


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto para desforma


rápida Endurecimento rápido V, I, II
(sem cura térmica)
Concreto para desforma
rápida Endurecimento rápido I, II, III, IV
(com cura térmica)

Sede da Açovisa,Guarulhos /SP Pilares pré-moldados- Estaleiro Navship/SC


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto massa Baixo calor de hidratação III, IV, BC

Barragem de Tucurui /PA


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Pavimento de concreto Pequena retração I, II, III, IV, V

Ponte Rio Niteroi Rodoanel Sul


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Pisos industriais de
Resistência à abrasão I, II, III, IV, V
concreto
Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto com agregados Prevenção da reação


IV, III
reativos álcali-agregado (RAA)

Bloco de fundação de edifícios residenciais da cidade


de Recife/PE com fissuras devido à RAA
Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Obras marítimas Resistência a sulfatos RS, III, IV

Plataforma, Mar do Norte Porto de Pecém/CE


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Solo-cimento Aglomerante I, II, III, IV

Casa com parede monolítica de solo-cimento Casa com tijolos de solo-cimento


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Cimento queimado Estética Todos


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento


I, II, III, IV,V
Artefatos de concreto Resistência
Branco estrutural
Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Argamassa de
rejuntamento de azulejos Estética (cor branca) Branco
e ladrinhos
Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Argamassa de chapiscos Aderência I, II


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Argamassa de revesti- Pequena retração,


mento e assentamento retenção de água e I, II, III, IV
de tijolos e blocos plasticidade
Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto arquitetônico Estética (cor branca) Branco estrutural

Baha´i Temple, Chicago Lotus Temple, New Delhi


Aplicações Diversas

Aplicações Propriedade Desejada Tipo de Cimento

Concreto arquitetônico Estética (cor branca) Branco estrutural

Ponte Estaiada em Concreto Branco – Brusque, SC Museu da Fundação Iberê Camargo,Porto Alegre
Enfatizando o Uso Vantajoso do CP III e CP IV ...

• Obras de concreto-massa como barragens e peças de grandes dimensões,


fundações de máquinas, pilares etc.

• Obras em contato com ambientes agressivos por sulfatos, terrenos salinos etc.

• Tubos e canaletas para condução de líquidos agressivos, esgotos ou efluentes


industriais;
O Uso Vantajoso do CP III e CP IV

• Concretos com agregados reativos

• Pilares de pontes ou obras submersas em contato com águas correntes puras

• Obras em zonas costeiras ou em água do mar

• Pavimentação de concreto
Recomendações

• A menor resistência inicial pode ser incrementada pelo uso de aditivos


aceleradores ou por compensações na dosagem do concreto

 Para pré-moldados, nos casos em que se exija desforma rápida, usar cura a vapor

 Evitar as concretagens em dias muito secos, com ventos fortes ou em


temperaturas baixas

 O cimento CP III não é recomendado em caldas de injeção para bainhas de


protensão, embora no concreto protendido ou armado não haja restrições
A Utilização do CP V

• Onde o requisito de elevada resistência às primeiras idades é fundamental


• Na indústria de pré-fabricados
• Aplicação da protensão
• Concreto projetado

• Pisos industriais
• Obras em climas de baixa temperatura

PRECAUÇÕES
• Retração
• Fissuração térmica
Resumo

TIPO DE CIMENTO USO

CP I, CP II Geral

Geral, concreto massa, água do mar, com


CP IV e CP III
agregados reativos, meios agressivos

RS Ambientes agressivos, água do mar

Branco Estético

Branco E Estético e estrutural

Baixo calor Obras de concreto massa


ENSAIOS FÍSICOS E MECÂNICO
REALIZADOS EM AMOSTRAS DE CIMENTOS
Cimento

Resistência à compressão
Cimento

Resíduo em peneira
Cimento

Área especifica
(Blaine)
Cimento

Tempo de Pega
Cimento

Massa específica
Cimento

Expansibilidade Le Chatelier
Materiais Constituintes

“receita do bolo”

aglomerante agregados

cimento água areia brita aditivo


(opcional)
pasta
argamassa

concreto
Agregados

• Material granular inerte (pedra, areia, etc.), que participa da composição de


concretos, argamassas e alvenarias, e cujas partículas são ligadas entre si por um
aglutinante (cimento + água).
• rochas britadas
• seixos rolados
• areias naturais
• pedregulho
• cascalho
Agregados

O QUE SE ESPERA DO AGREGADO?


• Quimicamente inertes
• Fisicamente compatíveis
• Cimento
• Armadura
• Duráveis
• Expostos a solicitação
• Boa aderência com a pasta
• Formas e dimensões definidas
Agregados

IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

• Custo do agregado < custo do cimento

• Ocupam de 60 a 80 % do m3 de concreto

• Produção nacional >>> 700 milhões de t / ano


• Em São Paulo o consumo foi superior 35 milhões de toneladas em 2012
Agregados

IMPORTÂNCIA TÉCNICA

• Influenciam muitas propriedades do concreto no estado fresco e endurecido


• Trabalhabilidade
• Retração por secagem
• Propriedades mecânicas
• Desgaste por abrasão
Agregados

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS AGREGADOS

• ORIGEM

• DIMENSÕES

• DENSIDADE, ABSORÇÃO, ETC...


Agregados

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM

• Artificiais
material granular resultante de processo industrial envolvendo alteração
mineralógica, química ou físico-química da matéria prima original, para uso como
agregado em concreto ou argamassa.
• Naturais
material pétreo granular que pode ser utilizado tal e qual encontrado na natureza,
podendo ser submetido à lavagem, classificação ou britagem
• Reciclados
O emprego do agregado reciclado ainda tem sido pouco difundido, visto que se faz
necessária uma tecnologia de controle de qualidade sistemática não existente no
Brasil.
Agregados

CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIMENSÃO

• FILLER < 75 µm

• MIÚDO 150 µm a 4,75 mm

• GRAÚDO 4,75 a 150 mm


Classificação

Dimensão
• Pedrisco
• agregado resultante da britagem de rocha, cujos grãos passam pela peneira
com abertura de malha de 12,5 mm e ficam retidos na peneira de malha de
4,75 mm, correspondente à zona granulométrica 4,75/12,5 da ABNT NBR 7211.

• Pó de pedra
• material granular resultante da britagem de rocha que passa na peneira de
malha 6,3 mm.
Classificação

Dimensão
• Finos
• material granular que passa na peneira com abertura de malha de 150 µm e
fica retido na peneira com abertura de malha de 75 µm.

• Materiais pulverulentos
• partículas com dimensão inferior a 75 µm, inclusive os materiais solúveis em
água, presentes nos agregados.
Agregados

CLASSIFICAÇÃO QUANTO A DENSIDADE


• Agregado de densidade normal agregado de massa específica geralmente
compreendida entre 2 000 kg/m3 e 3 000 kg/m3.
• Agregado denso ou pesado agregado de elevada massa específica, como, por
exemplo: barita, magnetita, limonita, hematita etc.
• Agregado leve agregado de baixa massa específica, como, por exemplo: os
agregados expandidos de argila, escória siderúrgica, vermiculita, ardósia, resíduo
de esgoto sinterizado e outros.
Agregados

CLASSIFICAÇÃO COMERCIAL (agregado graúdo)

Brita 0 4,8 a 9,5 mm


Brita 1 9,5 a 19,0 mm
Brita 2 19,0 a 25,0 mm
Brita 3 25,0 a 38,0 mm
Brita 4 38,0 a 76,0 mm
Brita 5 >76,0 mm
Agregados

PROPRIEDADES FÍSICAS

• Distribuição granulométrica (NBR 17054:2022)

• Massa unitária

• Massa específica real

• Umidade e absorção

• Forma do grão
Agregados

DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA
• Distribuição percentual, em massa, das várias frações dimensionais de um
agregado em relação à amostra de ensaio.

• É expressa pela porcentagem individual ou acumulada de material que passa ou


fica retido nas peneiras da série normal e intermediária

• Resulta: dimensão máxima Dmáx


módulo de finura MF
Agregados

Curva granulométrica
Agregados

Análise Granulométrica de uma Brita


Porcentagem
Peneira ABNT (mm) Massa (g)
Retida Acumulada
25 0 0 0
19 150 3 3
12,5 2800 56 59
9,5 750 15 74
6,3 1200 24 98
4,8 100 2 100
2,4 0 0 100
1,2 0 0 100
0,6 0 0 100
0,3 0 0 100 Dmax. 19 mm
0,15 0 0 100 M.F. = 6,77
<0,15 0 0 100
TOTAL 5000 100 677
Agregados

DIMENSÃO MÁXIMA Dmáx

• grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à


abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou
intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada
igual ou imediatamente inferior a 5 %, em massa.
Agregados

DIMENSÃO MÁXIMA Dmáx

• Condicionantes

• Dimensões da peça

• Espaçamento das armaduras

• Tipo de lançamento
Agregados

DIMENSÃO MÁXIMA Dmáx

• ≤ 1/3 espessura lajes ou pavimentos


• ≤ 1/4 das faces das fôrmas

• ≤ 0,8 do menor espaçamento entre armaduras horizontais


• ≤ 1,2 do menor espaçamento entre armaduras verticais
• ≤ 1/4 do diâmetro de tubulação de bombeamento
Agregados

MÓDULO DE FINURA (MF)

É a soma das porcentagens retidas

acumuladas nas peneiras da série normal,

dividida por 100.


Agregados

PROPRIEDADES FÍSICAS

• Distribuição granulométrica
Solta e Compactada
• Massa unitária NBR 16672:2021

• Massa específica real

• Umidade e absorção

• Forma do grão
Agregados

MASSA UNITÁRIA

MASSA DE AGREGADO
VOLUME UNITÁRIO

• Importante na transformação do traço de massa para volume.


• É utilizada em alguns métodos de cálculo de dosagem de concreto.
• É utilizada no cálculo de conferência de estoques.
Agregados

PROPRIEDADES FÍSICAS

• Distribuição granulométrica

• Massa unitária
Agregado miúdo NBR 16916:2021
• Massa específica real Agregado graúdo NBR 16917:2021

• Umidade e absorção

• Forma do grão
Agregados

MASSA ESPECÍFICA REAL

MASSA DE AGREGADO
VOLUME SÓLIDO

IMPORTANTE NA DOSAGEM
Agregados

Massas Unitárias e Densidades de Agregados

Massa unitária
Densidade (kg/m3)
Material
(kg/m3)
Solta Compactada

Areia 2650 1470 1670

Brita 1 2700 1430 1490

Brita 2 2700 1380 1430


Agregados

PROPRIEDADES FÍSICAS

• Distribuição granulométrica

• Massa unitária

• Massa específica real


Agregado miúdo NBR 16916:2021
• Umidade e absorção
Agregado graúdo NBR 16917:2021
• Forma do grão
Agregados

UMIDADE E ABSORÇÃO
Agregados

PROPRIEDADES FÍSICAS

• Distribuição granulométrica

• Massa unitária

• Massa específica real

• Umidade e absorção

• Forma do grão - ABNT NBR 7809:2006


Agregados

FORMA DO GRÃO

• Grau de arredondamento

• Grau de esfericidade

• ABNT NBR 7809/06: MAIOR DIMENSÃO


MENOR DIMENSÃO
Agregados

Grau de esfericidade e grau de arredondamento


Agregados

Agregado de forma cúbica Agregados com formas arredondadas (seixos)

Fragmentos lamelares e alongados Agregado sujo


Agregados

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE ROCHAS

ROCHAS RESISTÊNCIA (MPa)


Granito 181
Basalto 283
Calcário 159
Mármore 117
Quartzito 252
Gnaisse 147
Xisto 170
Agregados

Abrasão Los Angeles

• O índice de desgaste por abrasão “Los Angeles”, determinado segundo a ABNT


NBR 16974, deve ser inferior a 50 %, em massa, do material.
Agregados

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

• Torrões de argila (ABNT NBR 7218:2010)


• Materiais pulverulentos (ABNT NBR 16973:2019)
• Impurezas Orgânicas (ABNT NBR NM 49:2001)
• Cloretos e Sulfatos (ABNT NBR 9917:2009)
• Açúcar
Agregados

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

• Torrões de argila
Quando não se desagregam durante a mistura são agregados frágeis. Quando se
pulverizam, dificultam a aderência pasta/agregado.

• Materiais pulverulentos
Ficam impregnado nos grãos, durante a britagem, e dificultando a aderência
pasta/agregado.
Provocam queda da resistência.
Agregados

SUBSTÂNCIAS NOCIVAS MAIS COMUNS

• Impurezas orgânicas
Interferem na hidratação do cimento (podendo até inibir). Mais comum em areias
naturais

• Açúcar
A presença de açúcar tem como característica o retardamento de pega do cimento,
prejudicando a evolução das resistências do concreto.
Agregados

TEORES MÁXIMOS ADMISSÍVEIS DE MATERIAL PULVERULENTO (ABNT NBR 16973)

• Agregados miúdos
• em concreto submetido a desgaste superficial..........................................3,0%
• em concreto protegido do desgaste superficial ........................................5,0%
• Podendo aumentar esses limites para 10,0% e 12,0% respectivamente,
quando o agregado for de origem artificial, desde de que seja possível
comprovar, por apreciação petrográfica, que os grãos constituintes não
interferem nas propriedades do concreto.

• Agregados graúdos.........................................................................................1,0%
NBR 7211/22
Agregados

TEORES MÁXIMOS ADMISSÍVEIS DE TORRÕES DE ARGILA (ABNT NBR 7218)

• Agregados miúdos...............................................................3,0%

• Agregados graúdos
• em concretos cuja aparência é importante ......................1,0%
• em concreto submetido a desgaste superficial................ 2,0%
• nos demais concretos........................................................3,0%
Agregados

IMPUREZAS ORGÂNICA (ABNT NBR NM 49)

< 300 p.p.m. > 300 p.p.m. ABNT NBR 7211:2022


Agregados

IMPUREZAS ORGÂNICA

• Quando a coloração da solução obtida no ensaio padrão for mais escura que a
solução padrão (> 300 p.p.m.) a utilização do agregado miúdo deve ser
estabelecida pelo ensaio de qualidade da areia, previsto pela NBR 7221 que
estabelece que a diferença máxima dos resultados de resistência à compressão
comparativo seja 10%, para as idades de 7 e 28 dias.
Agregados

Cloretos e Sulfatos
• Em agregados provenientes de regiões litorâneas, ou extraídos de águas salobras ou ainda quando
houver suspeita de contaminação natural (regiões onde ocorrem sulfatos naturais como a gipsita)
ou industrial (água do lençol freático contaminada por efluentes industriais), os teores de cloretos
e sulfatos não devem exceder os limites estabelecidos na tabela.

Limites máximos para os teores de cloretos e sulfatos presentes nos agregados

Determinação Método de ensaio Limites

< 0,2 % concreto simples


ABNT NBR 9917
Teor de cloretos (Cl-) < 0,1 % concreto armado
ABNT NBR 14832
< 0,01 % concreto protendido

Teor de sulfatos (SO4 2-) ABNT NBR 9917 < 0,1 %


Agregados

Presença de açúcar
Agregados - Aceitação e Rejeição

ABNT NBR 7211


• Para a aceitação de um ou mais lotes de agregados deve ser estabelecido
explicitamente entre o consumidor e o produtor a realização da coleta e dos
ensaios das amostras respectivas por laboratório idôneo ou no laboratório de uma
das partes quando houver consentimento mútuo.
• Um lote somente deve ser aceito quando cumprir todas as prescrições da NBR
7211 e as eventuais prescrições especiais contratadas, inclusive aquelas referentes
ao conceito de agregado total.
REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO
ABNT NBR 15577

Medidas preventivas para evitar manifestações


patológicas no concreto pela reação álcali-agregado
Histórico

• A reação álcali- agregado é uma reação química entre certos tipos de agregados e
íons hidroxilas (OH- ) associados com álcalis.
• Usualmente os álcalis são provenientes do cimento mas, podem também ser
oriundos dos demais componentes do concreto ou do ambiente onde se encontra
a estrutura de concreto.
• Dependendo do mineral presente nas rochas, podem ser desencadeadas reações
do tipo álcali-sílica, álcali-silicato ou álcali-carbonato, que não é objeto desta
palestra.
• A ocorrência da RAA está condicionada à presença simultânea de álcalis, do
agregado reativo e da umidade .
Agregados

REATIVIDADE ÁLCALI-AGREGADO (ensaio conforme a ABNT NBR 15577)

 Álcalis (sódio e potássio) > 3,0 kg/m³ de concreto.


Condições
 Agregado reativo
para
 Umidade > 80%
ocorrência
 (Temperatura como catalisador)
Álcalis causadores da RAA

• Sódio (Na2O)
• Potássio (K2O)
• Equivalente alcalino em sódio
• EqNa2O = %Na2O + 0,658 %K2O

• “Limite seguro” Máximo de 1,8 ou 3,0 kg/m3 de concreto


• depende do grau de reatividade do agregado
• das condições de exposição da estrutura
• da vida útil.
• Parâmetro um pouco mais fácil de ser controlado mas pode haver álcalis de outras
fontes além do cimento
Agregado Reativo

• Agregados que contenham formas de sílica capazes de reagir quimicamente com o


íon hidroxila e os álcalis presentes na solução dos poros
• Sílica reativa  amorfa, criptocristalina, estrutura atômica desordenada
• Calcedônia, opala, tridimita, cristobalita, vidro vulcânico
• Tipo com reatividade mais rápida

• Sílica reativa  quartzo e feldspato tensionados por processos tectônicos e


minerais da classe dos filossilicatos presentes em ardósias, filitos, xistos,
gnaisses, granulitos e quartzitos
• Tipo com reatividade mais lenta
Umidade

• Umidade varia em função das condições ambientais

• Dimensões da estrutura
• Maciça  umidade interna menos sensível as condições ambientais e
pode desenvolver RAA mesmo com umidade ambiente baixa.

• Manter concreto seco reduz o potencial de expansão do gel


• Na prática apenas para estruturas que não estão em contato direto com
água  interior das edificações
Reação Álcali-Agregado

Agregado
Reativo

RAA
Álcalis Umidade
Reação Álcali Agregado (RAA) – Edifício em Recife
Reação Álcali Agregado (RAA) – Edifício em Recife
Reação Álcali Agregado (RAA) – Edifício em Recife
Reação Álcali Agregado (RAA) ??? – Edifício em Fortaleza
Agregados
Agregados
Agregados

Ensaio de RAA – NBR 15577 Partes 4 e 5


Expansão do Gel

Detalhe de agregado graúdo no qual se observa a Aspecto do concreto no qual se observa a deposição
formação de borda de reação de gel (seta) no contorno do agregado graúdo
Ocorrência

• Grande número de obras de construção civil afetadas pela reação álcali-agregado


• principalmente hidráulicas

• Há registros também em:


• Obras de arte
• Pavimento (sem registro no Brasil)
• Fundações
• Dormentes
Ocorrência

Barragem com RAA – gel exsudado através das fissuras com perda da estanqueidade
Ocorrência

Ponte Paulo Guerra, Recife


Ocorrência

Bloco de fundação com padrão de fissuração típico de RAA


Ocorrência
Ocorrência

Pavimento fissurado devido a RAA


Formação e expansão do gel

As fissurações aumentam a permeabilidade



Permite que mais água entre no concreto

Acelera a reação álcali-agregado

Torna o concreto mais vulnerável a outras manifestações patológicas

Compromete a durabilidade da estrutura!
Prevenção

• A interrupção do fenômeno e a recuperação da estrutura afetada é difícil e cara. A


prevenção é a melhor opção.

A prevenção ocorre a partir da eliminação de um dos fatores, com o emprego de:


• Isolamento da umidade
• Agregados inertes
• Cimentos com baixos teores de álcalis
• Emprego de materiais mitigadores da RAA
Prevenção

• A prevenção deve ser iniciada pela caracterização do agregado através de análise


petrográfica e confirmada pelo ensaio de desempenho segundo as normas: ASTM
C 1260 ou NBR 15577-4, entre outras.
Prevenção

• Comprovada a potencialidade reativa do agregado, realiza-se o ensaio


de desempenho do cimento e de adições (quando for o caso), segundo
as normas: ASTM C 1567, NBR 15577-5 entre outras
NBR 15577

Seleção do agregado
para uso em concreto

Análise de risco da
possibilidade de ocorrência
de RAA na estrutura

Classificação da ação
preventiva (Tabela 1)

Desnecessária Mínima Moderada Forte


Classificação da ação preventiva

TABELA 1
Dimensões e Estruturas provisórias1) Estruturas ou elementos estruturais correntes2) Estruturas especiais3)
condições de
exposição dos
elementos Classificação da Exemplo de Classificação da Classificação da
Exemplo de estrutura Exemplo de estrutura
estruturais de ação preventiva estrutura ação preventiva ação preventiva
concreto

Edificações
Não maciço provisórias não Superestrutura de obras
e seco Desnecessária expostas a Desnecessária residenciais, comerciais, Mínima
(notas 4 e 5) umidade industriais e outras.
atmosférica. Superestrutura de hospitais,
estações, shopping centers,
Edificações estádios e outros.
Bases internas para
provisórias não
Maciço e seco equipamento pesado
Desnecessária expostas a Moderada Forte
(notas 4, 5 e 6) Edifícios com
umidade
revestimento externo.
atmosférica.

Proteções de Postes, cruzetas, tubos Estruturas de obras de arte.


taludes rochosos Moderada e outros elementos Comportas de concreto.
Não maciço e similares de concreto.
com concreto Fundações de subestações.
exposto a
projetado, Pré-moldados externos e de
umidade ou em
Desnecessária fundações de Forte galerias.
contato com Vigas de baldrame e
edificações Pavimentos externos.
água elementos de fundações
provisórias, caixas Forte Elementos de fundações de
(notas 4 e 5) de edificações
dágua, canteiro de correntes. grandes obras residenciais,
obras. comerciais e industriais.

Canteiro de obras.
Ensecadeiras Infraestruturas de obras de
Estádios.
Maciço e em galgáveis ou arte.
Estações de tratamento
contato com integralmente em Estruturas hidráulicas.
Mínima Forte de esgoto. Forte
água concreto. Estruturas de usinas
Estruturas de
(notas 4 e 7) Fundações de termelétricas, nucleares e
fundações.
edificações eólicas.
provisórias.
1)
Estruturas Correntes

Estruturas Provisórias
Dimensões e exposição
Classificação da ação
das estruturas Exemplo de estrutura
preventiva

Não maciço e seco Desnecessária Edificações provisórias não exposta a umidade atmosférica

Edificações provisórias não exposta a umidade atmosférica


Maciço e seco Desnecessária

Não maciço e exposto a Proteção de taludes rochosos com concreto projetado,


umidade ou em contato Desnecessária fundações de edificações provisórias, canteiros provisório de
com água obras.

Maciço e exposto a
• Canteiros de obras;
umidade ou em contato
Mínima • Ensecadeiras galgáveis ou toda em concreto;
com água
• Fundações de edifícios provisórias.
Estruturas Correntes

Dimensões e Estruturas ou elementos estruturais correntes


exposição das Classificação da
estruturas Exemplo de estrutura
ação preventiva
Superestruturas de obras residenciais, comerciais,
Não maciço e seco Desnecessária
industriais e outras

• Bases internas para equipamentos pesados;


Maciço e seco Moderada
• Edifícios com revestimentos externos.

Não maciço e Postes, cruzetas, tubos e outros elementos similares


Moderada
exposto a umidade de concreto.
ou em contato com Vigas baldrames e elementos de fundações de
água Forte
edifícios correntes.

Maciço e exposto a
• Estádios;
umidade ou em
Forte • Estação de tratamento de esgotos;
contato com água
• Estruturas de fundações.
Estruturas Correntes

Estruturas Especiais
Dimensões e exposição
das estruturas Classificação da ação
Exemplo de estrutura
preventiva

Não maciço e seco Mínima


Superestrutura de hospitais, Shopping Centers Estádios, outros
Maciço e seco Forte

• Estruturas de obras de artes;


• Comportas de concreto;
Não maciço e exposto a
• Fundações de subestações
umidade ou em Forte
• Pré-moldados externos e de galerias
contato com água
• Pavimentos de concreto
• Elementos de fundações de grandes obras.

Maciço e exposto a
• Infraestrutura de obras de arte
umidade ou em
Forte • Estruturas hidráulicas
contato com água
• Estruturas de usinas termoelétricas, nucleares e eólicas
Classificação da ação preventiva

Dimensões e Estruturas Estruturas Estruturas


condições de provisória correntes especiais
exposição

Não maciço Desnecessária Desnecessária Mínima


e seco

Maciço Desnecessária Moderada Forte


e seco

Não maciço e exposto Moderada


a umidade ou em Desnecessária Forte
contato com água Forte

Maciço e em Mínima Forte Forte


contato com água
Desnecessária Mínima Moderada Forte

Agregado com histórico


de ocorrência de RAA
SIM
em serviço ou
por ensaios

NÃO

Classificação do grau
de reatividade do agregado

Potencialmente Potencialmente
Inócuo Reativo

Execução da Medidas de Troca do


Obra mitigação agregado
Análise
Petrográfica

Método acelerado
das barras de argamassa

Expansão aos 30 dias Expansão aos 30 dias


< 0,19% ≥ 0,19%

Método de longa duração


dos prismas de concreto

Expansão em 1 ano Expansão em 1 ano


< 0,04% > 0,04%

Potencialmente inócuo Potencialmente reativo


Ensaios

Análise Petrográfica
• agregado potencialmente reativo
• agregado potencialmente inócuo
QD

QM

Cristais de quartzo deformado (QD) e microcristalino


(QM) conferem caráter reativo ao agregado
Fase criptocristalina de calcedônia
Ensaios

NBR 15577-4 Agregados - Reatividade álcali-agregado - Parte 4:


ou Determinação da expansão em barras de argamassa pelo
ASTM C 1260 método acelerado

Avaliação do grau de reatividade dos agregados


• Cimento Padrão:
 Área específica: (4900 ± 200)cm2/g
 Na2Oeq: (0,90 ± 0,10)%
 Expansão em autoclave: < 0,20%
• Agregado
 Granulometria de agregado miúdo  0,15 a 4,8mm
• Barras de argamassa
 Dosagem: 1:2,25 (cimento:agregado)
 Relação a/c fixa igual a 0,47
 Cura em solução aquosa de NaOH 1N a (80 ± 2)°C durante 28 dias
Ensaios
Avaliação do Grau de Reatividade dos Agregados

0,90
Basalto
NBR 15577-4
0,80

0,70
Variação dimensional (%)
0,60

0,50
Milonito granítico

0,40

0,30
Agregado potencialmente reativo
0,20
Limite da NBR 15577-1
Agregado potencialmente inócuo
0,10

0,00
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Idade de cura em solução agressiva (dias)
Ensaios

NBR 15577-6
Agregados - Reatividade álcali-agregado:
ou
Determinação da expansão em prismas de concreto
ASTM C 1293

Avaliação do grau de reatividade dos agregados


• Cimento Padrão:
 Área específica: (4900 ± 200)cm2/g
 Na2Oeq: (0,90 ± 0,10)%
 Expansão em autoclave: < 0,20%
• Agregado
 Granulometria de agregado graúdo  4,8 a 19,0mm
• Prismas de concreto (75 x 75 x 285)mm
 Dosagem: 420kg/m3
 Relação a/c fixa igual a 0,45
 Cura a (38 ± 2)°C durante um ano
Desnecessária Mínima Moderada Forte

Agregado com histórico


de ocorrência de RAA
SIM
em serviço ou
por ensaios

NÃO

Classificação do grau
de reatividade do agregado

Potencialmente Potencialmente
Inócuo Reativo

Execução da Troca do
Medidas de mitigação
Obra agregado
Medidas de mitigação

1. Utilizar materiais inibidores da RAA comprovando a mitigação da reatividade


potencial por ensaio, ou

2. Substituir o agregado em estudo.


Medidas de Mitigação

Medidas de mitigação

Limitar o teor de álcalis Utilizar materiais


no concreto inibidores

FLY ASH

SLAG

SÍLICA ATIVA

METACAULIM
Medidas de mitigação

Grau de risco de Intensidade


ocorrência de RAA Ação preventiva

zero desnecessária

mínimo mínima

moderado moderada

forte forte
Teor de álcalis (kg/m3 Na2Oe) fornecido pelo cimento ao concreto em função do
consumo de cimento (kg/m3) e do teor de álcalis do cimento (% Na2Oe)

Teor de álcalis no cimento (% Na2Oe)


Consumo
de cimento 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
(kg/m3)
Álcalis fornecidos pelo cimento (kg/m3 Na2Oe)

250 1,50 1,75 2,00 2,25 2,50

275 1,65 1,93 2,20 2,48 2,75

300 1,80 2,10 2,40 2,70 3,00

325 1,95 2,28 2,60 2,93 3,25

350 2,10 2,45 2,80 3,15 3,50

375 2,25 2,63 3,00 3,38 3,75

400 2,40 2,80 3,20 3,60 4,00

425 2,55 2,98 3,40 3,83 4,25


Fournier and Bérubé (2000)
Materiais inibidores da RAA

• Fly Ash, Slag Sílica ativa e Metacaulim  em combinação com qualquer tipo de
cimento
• Os teores necessários e sua eficácia para auxiliar na mitigação das expansões
decorrentes de reações deletérias devem ser estabelecidos pelo ensaio de
barras de argamassa, atendendo ao limite de 0,10 % aos 16 dias, ou pelo
ensaio de prismas de concreto, sendo menor do que 0,04% em 2 anos.
Materiais inibidores da RAA

• Como comprovar que um cimento é inibidor da RAA?


• Através do ensaio pela NBR 15577-5
• Método mais adequado e rápido para verificar a mitigação da RAA

• A eficiência das adições ativas presentes nos cimentos varia de acordo com:
• a composição química e mineralógica das adições
• da proporção desse material no cimento, e
• do grau de reatividade do agregado.
Ensaios

NBR 15577-5 Agregados - Reatividade álcali-agregado : Determinação da


ou mitigação da expansão em barras de argamassa pelo
ASTM C 1567 método acelerado

• Avaliação da eficiência das ativas em mitigar a RAA


• Cimento da obra
• Agregado
• Granulometria de agregado miúdo  0,15 a 4,8mm

• Barras de argamassa (25 x 25x 285)mm


• Dosagem: 1:2,25 (cimento:agregado)
• Relação a/c fixa igual a 0,47
• Cura em solução aquosa de NaOH 1N a (80 ± 2)°C durante pelo menos 16
dias
Ensaios de barras

• Valores de expansão < 0,10% aos 16 dias e/ou ≤ 0,18% aos 30 dias indicam que a
combinação do cimento com adições de escórias de alto-forno, fly ash, slag,
metacaulim ou sílica ativa com o agregado analisado apresenta características
favoráveis ao emprego em obras de construção civil com baixo risco de
desenvolvimento da patologia referente à reação álcali-agregado.
• Valores de expansão ≥ 0,10% aos 16 dias e/ou > 0,18% aos 30 dias indicam que a
combinação do cimento com o agregado pode desenvolver expansão deletéria; a
norma sugere que a mesma combinação dos materiais deve ser testada no
concreto (Parte 6), ou aumentar os teores das adições e confirmar a minimização
através de novos ensaios
Avaliação da eficiência das adições em mitigar a RAA
Avaliação da eficiência das adições em mitigar a RAA
Avaliação da eficiência das adições em mitigar a RAA
Avaliação da eficiência das adições em mitigar a RAA
Conclusões

• Análise de risco
• Tipo de estrutura (maciça ou não maciça, temporária, corrente, especial)
• Condição de exposição (ambiente seco, úmido, submersa, contato com água,
fonte externa de álcalis, etc)
• Teor de álcalis dos componentes do concreto
• Intensidade da ação preventiva
• Desnecessária
• Mínima
• Moderada
• Forte
Conclusões

• Caracterização dos agregado


• Análise petrográfica  presença de fases reativas
• Ensaio acelerado das barras de argamassa
• Ensaio de longa duração em prisma de concreto

• Agregado potencialmente inócuo: preocupações mínimas

• Agregado potencialmente reativo ou não se conhece seu comportamento:


• Troque o agregado (se possível)
• Adote medidas mitigadoras
• limite o teor de álcalis
• use cimentos mitigadores da RAA
• use adições ativas normalizadas (sílica ativa ou metacaulim)

• Na menor dúvida adote medidas mitigadora da RAA


Continuação.......
Materiais Constituintes

ou a “receita do bolo”

aglomerante agregados

cimento água areia brita aditivo


(opcional)
pasta
argamassa

concreto
Água de amassamento do concreto

• A água é o material mais consumido no planeta

• Componente fundamental do concreto, chega a representar 15% de seu volume.

• Deve ser isenta de substâncias agressivas dissolvidas, pois poderia acarretar problemas no
concreto fresco e endurecido
Água de amassamento do concreto

• A água de amassamento não dever ser confundida com água que entra em contato com as
estruturas de concreto endurecido

• Água com determinada composição pode ser adequada para o amassamento do concreto, mas
agressiva à estrutura de concreto

Exemplo : Água ácida com pH 5


Água de amassamento do concreto

• Quantidade de água no concreto é definida pela relação a/c

• Qualidade de água é muitas vezes negligenciada

“A tecnologia do concreto

se fundamenta na

relação água/cimento.”
Água de amassamento do concreto

O excesso de água de amassamento necessária à reação de hidratação é


evaporado depois do concreto endurecido, gerando canalículos e poros
interligados responsáveis pela permeabilidade do concreto.

Maior permeabilidade significa menor durabilidade


Maior porosidade significa menor resistência
CONSEQUENTEMENTE UMA VIDA ÚTIL MENOR
Microestrutura do concreto

PF
P

A= Areia; B= Brita; P= Pasta; V= Vazios capilares e PF = Poros fechado


Influência da permeabilidade e relação a/c e na resistência do concreto

Relação a/c X permeabilidade Permeabilidade X porosidade


Influência da porosidade e relação a/c na resistência do concreto
Água de amassamento do concreto

FUNÇÃO DA ÁGUA DE AMASSAMENTO

• Promover a reação de hidratação ou do endurecimento do cimento

• Homogeneização da mistura

• Trabalhabilidade
Água de amassamento do concreto

A quantidade de água necessária à hidratação completa do


cimento é aproximadamente 40% do total de sua massa

23% é quimicamente combinada nos produtos de hidratação

17% é absorvida na superfície do gel


Água de amassamento do concreto

“Se a água é boa para beber,


também será boa para o
preparo do concreto” ?
Água de amassamento do concreto

A presença de pequenas quantidades


de açúcar e de citratos não tornam a água imprópria para
beber, mas podem torná-la insatisfatória para concreto.
QUAL É A ÁGUA ADEQUADA A MISTURA
OU AMASSAMENTO DO CONCRETO?
A nova norma de água para
amassamento do concreto:
NBR 15900
Classificação dos tipos de água

• Água de abastecimento público

• Água recuperada de processos de preparação do concreto

• Água de fontes subterrâneas

• Água natural de superfície, água de captação pluvial e água residual industrial

• Água salobra

• Água de esgoto e água proveniente de esgoto tratado

• Água de reuso proveniente de estação de tratamento de esgoto


Ensaios preliminares

PARÂMETRO REQUISITO
Óleos e gorduras Não mais do que traços visíveis
Detergentes Qualquer espuma deve desaparecer em 2 minutos
A cor deve ser avaliada qualitativamente como amarelo
Cor claro ou mais clara, a menos da água recuperada de
processos de preparação do concreto
Resíduo sólido Máximo de 50 000 mg/L
As águas devem ser inodoras. Para água reaproveitada de
processos de produção do concreto é admitido um leve odor
Odor
de cimento e, onde houver escória, um leve odor de sulfeto
de hidrogênio após a adição de ácido clorídrico.
Ácidos pH ≥ 5
Matéria orgânica Mais clara que solução padrão (após adição de NaOH)
Ensaios preliminares - determinação matéria orgânica
Ensaios preliminares- formação de espuma
Substâncias Contaminantes

• São substâncias que podem interferir na cinética de hidratação


• Reologia
• Tempo de pega
• Resistência
Substâncias Contaminantes

TEOR MÁXIMO
SUBSTÂNCIA
mg/L

Açúcares 100

Fosfatos, expressos como P2O5 100

Nitratos, expressos como NO3- 500

Chumbo, expresso como Pb2+ 100

Zinco, expresso como Zn2+ 100


Resumo do efeito das substâncias contaminantes

• Nitratos de chumbo, zinco e manganês retardam a pega

• Nitratos de cromo aceleram (GERVAIS e OUKI, 2002).

• Fosfatos e boratos de zinco e chumbo reduzem a taxa de hidratação e resistência


inicial

• Sais de magnésio são aceleradores da pega e endurecimento (TAYLOR, 1990)

• Açúcar retarda a pega


Determinação qualitativa de açúcar
Substâncias contaminantes aprovam ou não?

Se os contaminantes aprovam, a Norma


estabelece que sejam determinados os
compostos ligados à durabilidade

Se os contaminantes não aprovam, a Norma


estabelece que sejam determinados os
Tempos de pega e resistência
Ensaios de tempos de pega e resistência

amostras de água de referência vs água em ensaio


Tempos de pega e resistência

Água ensaio/referência
Ensaios
Limites

Início de pega (min)


25%
Fim de pega (min)

Resistência à 7 dias
90%
compressão (MPa) 28 dias
Compostos ligados à durabilidade

Cloretos Teor máximo (mg/L)

Concreto protendido ou graute 500


Concreto armado 1 000
Concreto simples (sem armadura) 4 500

Teor máximo (mg/L)


Sulfatos 2000

Teor máximo (mg/L)


Álcalis 1500
Frequência de ensaios para água de amassamento

• Água de abastecimento público: não precisa ser testada


• Água de fontes subterrâneas, águas superficiais naturais e águas residuais
industriais:ensaiar antes do primeiro uso e após mensalmente até que sejam
conhecidos os desvios e, a partir daí, estabelecer uma freqüência adequada.
• Água recuperada de processos na preparação do concreto: Diariamente a massa
específica ( pelo densímetro que indica indiretamente teor de sólidos) e demais
propriedades com a freqüência acima
• Na ocorrência de grandes precipitações pluviométricas, que possam alterar as
características visuais das fontes subterrâneas ou superficiais, convém realizar
ensaios com frequência reduzida até a estabilização da qualidade da água.
Amostragem

Quantidade mínima
VOLUME MÍNIMO
ENSAIOS
L
Avaliação preliminar e ensaios químicos 3,0
Ensaios em argamassa 3,0
Ensaios em concreto 30,0

Critérios claros de coleta


• Exemplo para águas superficiais: A amostra deve ser coletada submergindo
diretamente o recipiente de coleta na fonte (rios, lagos, arroios, açudes etc.), à
profundidade de aproximadamente 15 cm abaixo do nível da corrente...
Materiais Constituintes

ou a “receita do bolo”

aglomerante agregados

cimento água areia brita aditivo


(opcional)
pasta
argamassa

concreto
Aditivos para Concreto

DEFINIÇÃO

• Produto adicionado durante o processo da preparação do concreto, em


quantidade não maior que 5% da massa do material cimentício contida no
concreto, com objetivo de modificar propriedades do concreto no estado fresco
e/ou endurecido, exceto pigmentos inorgânicos para preparo de concreto colorido.
Normalmente são aditivos líquidos.
Aditivos para Concreto

Modificador de certas
propriedades do ADITIVO
concreto NÃO É
REMÉDIO

CONCRETO MAL DOSADO


+ = CONCRETO RUIM
ADITIVO
Tipos de Aditivos

• Modificadores de Pega
• Retardadores (RP)
• Aceleradores (AP)
• Incorporadores de Ar (IA)
• Redutores de Água
• Plastificantes (RA-1)
• Superplastificante (RA-2)
• Expansores
• Impermeabilizantes
• De Ação Combinada
• plastificante retardador (RA-R)
• plastificante acelerador (RA-A)
Redutores de Água

• Objetivo → Diminuir água  Plastificantes (PN)


• > Resistência Superplastificante (SP-I N)
• < Permeabilidade Superplastificante (SP-II N)
• < Retração Hidráulica
• < Exsudação
• < C para = R

• Mecanismo de Ação
• Dispersante → eletrostática
• Lubrificante → < tensão superficial
• Coesivo → ar
Aditivo Redutor de água PN (plastificante)

Aditivo que, sem modificar a consistência do concreto no estado fresco, permite


reduzir o conteúdo de água de um concreto; ou que, sem alterar a quantidade de
água, modifica a consistência do concreto, aumentando o abatimento e a fluidez;
ou, ainda, aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente. Nesta
classificação o aditivo não apresenta função segundaria sobre a pega. A redução de
água tem de ser de no mínimo 5%.
Plastificante (PN)

• NATUREZA QUÍMICA
• Lingnosulfonato → subproduto celulose
• Ácidos Hidroxi-carboxílicos (Glucônico, salicílico, etc.)

• CUIDADOS
• A super dosagem pode ocasionar o retardamento do endurecimento do
concreto (perda de resistência inicial)

REDUÇÃO DE ÁGUA → DE 7 A 10 % (Aditivos do mercado)

A ABNT NBR 11768:2019 – “Aditivos químicos para concreto de cimento


Portland - Requisistos” estabelece redução mínima de 5%
Plastificantes (PN)

Consumo Resistência a compressão


Tipo de Relação Abatimento (MPa)
de cimento
concreto água/cimento (mm)
(kg/m³) 7 dias 28 dias

Referência 300 0,62 50 25,0 37,0

Aumento da
300 0,62 100 26,0 38,3
plasticidade

Aumento da
300 0,56 50 34,2 46,1
resistência

Reduzir
270 0,62 50 25,5 37,5
consumo
Aditivo Superplastificante (Tipo SP-I N)

• Aditivo que, sem modificar a consistência do concreto no estado fresco, permite


elevada redução do conteúdo de água de um concreto; ou que, sem alterar a
quantidade de água, aumenta consideravelmente o abatimento e a fluidez do
concreto; ou, ainda, aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente. Nesta
classificação o aditivo não apresenta função segundaria sobre a pega. A redução
de água tem de ser de no mínimo 12%.
Superfluidificantes (Tipo SP-I N)

• NATUREZA QUÍMICA
• Naftalenossufonatos
• Trimetil-melamina sulfonada
• PRINCIPAL VANTAGEM
• Concretos auto-adensáveis
• Ganho significativo das resistências
• CUIDADOS
• Pequena vida útil
• Exsudação
• Custo x benefício

REDUÇÃO DE ÁGUA → de 15 a 20%


A ABNT NBR 11768:2019 estabelece redução mínima de 12%
Superfluidificantes (Tipo SP-I N)

CONCEITUAÇÃO

Ação Conseqüência
Redução de água Aumento de resistência
(abatimento constante) e durabilidade

Aumento da Melhor adensamento,


trabalhabilidade lançamento e acabamento

Redução do Redução de custos,


consumo de cimento retração, tensões térmicas
Superfluidificantes (Tipo SP-I N)
HISTÓRICO

Inglaterra 1904 Lignossulfonato (LS) (Rixom;


primeira patente Mailvaganam, 1999)

1938 Policondensado de naftaleno


EUA
(Aïtcin, 1998)

Japão e EUA fim dos anos 60 Melamina (MS) e Naftaleno (NS)


pesquisas (Rixom; Mailvaganam, 1999)

Superfluidificantes (Tipo SP-II N)


1990 Policarboxilatos (PC)
Japão e EUA
(Leidhodt, et al., 2000)
Aditivo Superplastificante (Tipo SP-II N)

• Aditivo que, sem modificar a consistência do concreto no estado fresco, permite


elevadíssima redução do conteúdo de água de um concreto; ou que, sem alterar a
quantidade de água, aumenta consideravelmente o abatimento e a fluidez do
concreto; ou, ainda, aditivo que produz esses dois efeitos simultaneamente. Nesta
classificação o aditivo não apresenta função segundaria sobre a pega. A redução
de água tem de ser de no mínimo 20%.
Superfluidificantes (SP-II N)

• NATUREZA QUÍMICA
• Policarboxilato éter
• MECANISMO DE AÇÃO
• Estabilização estérica
• PRINCIPAL VANTAGEM
• Concretos auto-adensáveis de demorada aplicação
• Alta resistência inicial
• CUIDADOS
• Custo x benefício

REDUÇÃO DE ÁGUA → DE 20 A 40%


A ABNT NBR 11768:2019 estabelece redução mínima de 20%
Superfluidificantes (SP-II N)

POLICARBOXILATO
• Conhecidos comercialmente como de 3ª geração.
• Redução de até 40% de água da mistura.
• Possuem grupos carboxílicos COOH.
• Cadeia lateral longa.

CH2 CH CH2 CH2

C=0 C=0

OCH3 OCH2CH2(EO)12CH2CH2O
n

(a) Monômero de um policarboxilato (b) Esquematização da molécula


Superfluidificantes (SP-II N)

MODO DE AÇÃO

Cimento Portland + Água

Floculação

floculado

Aprisonamento de água entre os grãos de


cimento

Redução da fluidez e da área específica


disponível para hidratação
Superfluidificantes (SP-II N)

MODO DE AÇÃO

Cimento Portland + Água + Aditivo

Dispersão
dispersão

Liberação da água aprisionada entre os


grãos de cimento

Aumento da fluidez e da área específica


disponível para hidratação
Superfluidificantes (SP-II N)

INTERAÇÕES
cadeia polimérica repulsão
principal eletrostática
• Repulsão eletrostática: atração e repulsão
Carga de mesmo sinal
repulsão dispersão cadeias laterais
(carga negativa)

NS,MS
• Repulsão estérica: não envolve o efeito
das cargas = melhor manutenção da laterais
trabalhabilidade e abatimento (neutras)
repulsão
estérica

cadeia lateral
(carga negativa)

cadeia polimérica
principal

PC
Efeito do Superfluidificante

Sem aditivo Com aditivo


Concreto com Superfluidificante
Comparativo
Aditivo Incorporador de ar (IA)

Aditivo que permite incorporar, durante o amassamento do concreto, uma


quantidade controlada de pequenas bolhas de ar, uniformemente distribuídas, que
permanecem no estado endurecido, independentemente da vibração.
Incorporador de Ar

• OBJETIVO
Aumentar durabilidade do concreto (< permeabilidade)

• NATUREZA QUÍMICA
Resina Vinsol
Lignossulfonato
Sabões sódicos ou alcalinos

• AÇÕES SECUNDÁRIAS
> mobilidade interna da massa
< exsudação
> resistência a gelo-degelo
< retração plástica → fissuração
> coesão
Efeito dos Incorporadores de Ar no Concreto Fresco
Incorporador de Ar
Expansor

• OBJETIVO
Provocar expansão “controlada” do concreto.

• NATUREZA QUÍMICA
Pó de Alumínio

• APLICAÇÃO
Concretos confinados
Retardador de Pega

OBJETIVO
Maior tempo de manuseio do concreto.
NATUREZA QUÍMICA
Lignossulfonatos cálcio
Carbohidratos sódio plastificante
Fosfatos amônia

FORMA DE AÇÃO
C3S e C3A → inibe a dissolução da superfície
CUIDADOS
Dosagem → temperatura
Compatibilidade
Acelerador de Pega e Endurecimento (AP)

• OBJETIVO
Aumentar a resistência inicial do concreto

• NATUREZA QUÍMICA
Silicatos
Carbonatos de sódio
Cloreto de cálcio

• AÇÕES SECUNDÁRIAS
< resistência final
ataque à armadura → (cloretos)
Impermeabilizantes

• OBJETIVO
Diminuir a permeabilidade do concreto

• NATUREZA QUÍMICA
Orgânica
Mineral

• AÇÕES SECUNDÁRIAS
Orgânicos → hidrofugante (água repelida)
Minerais → tamponamento (obstrução de poros)

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