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HTTPSWWW - Curso Objetivo - Brvestibularresolucao Comentadaita2003ITA2003 PDF
HTTPSWWW - Curso Objetivo - Brvestibularresolucao Comentadaita2003ITA2003 PDF
1 c
Sobre um plano liso e horizontal repousa um siste ma
constituído de duas partículas, I e II, de massas M e m,
respectivam ente. A partícula II é conectada a uma arti-
culação O sobre o plano por m eio de uma haste que
inicialm ente é disposta na posição indicada na figura.
Considere a haste rígida de comprim ento L, inex-
tensível e de massa desprezível. A seguir, a partícula I
desloca-se na direção de II com velocidade uniform e
→
V B , que forma um ângulo θ com a haste. D esprezando
qualquer tipo de resistência ou atrito, pode-se afirmar
que, im ediatam ente após a colisão (elástica) das partí-
culas.
a) a partícula
→ II se movim enta na direção definida pelo
vetor V B .
b) o componente y do mom ento linear do siste ma é
conservado.
c) o componente x do mom ento linear do siste ma é
conservado.
d) a energia cinética do siste ma é diferente do seu
valor inicial.
e) n.d.a.
Resolução
No ato da colisão, o siste ma formado pelas esferas I e
II te m como força externa a força aplicada pela haste
(rígida e de massa desprezível), que te m a direção y.
Isso significa que na direção x, no ato da colisão, o sis-
te ma é isolado e por isso haverá conservação do
mom ento linear (quantidade de movim ento) do siste-
ma formado pelas esferas I e II.
2 c
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
A partir do repouso, uma
pedra é deixada cair da borda
no alto de um edifício. A figu-
ra mostra a disposição das
janelas, com as pertinentes
alturas h e distâncias L que
se repete m igualm ente para
as de mais janelas, até o tér-
reo. Se a pedra percorre a
altura h da prim eira janela
e m t segundos, quanto te m-
po levará para percorrer, e m
segundos, a m esma altura h
da quarta janela? (D espreze a resistência do ar).
a) [(!"""
L + h – !" L ) / (!""""2L + 2h – !" + h )] t.
"""
2L
b) [(!""""
2L + 2h – !" 2L + h ) / (!"""
""" L + h – !" L )] t.
c) [(!"""" 3 (L + h) + L ) / (!"""
4 (L + h) – !"""""" L + h – !"L )] t.
d) [(!""
4 (L ""
+ h) – !"" + h) + L )/(!""
3 (L """" 2L ""
+ 2h –!"
" + h )] t.
2L""
e) [(!"""" 2 (L + h) + L ) / (!"""
3 (L + h) – !"""""" L + h – !"L )] t.
Resolução
Dado: t 2 – t 1 = t
Pede-se: t 8 – t 7
γ
1) ∆s = V 0 t + ––– t 2
2
g 2
L = ––– t 1
2
g 2
L + h = ––– t 2
2
=
2L
t1 –––
g
=
2(L + h)
t1 –––––––––
g
2(L + h) 2L
t = t2 – t1 = ––––––––– – –––
g g
!##
2(!########
L + h – !##
L)
t = ––––––––––––––––– (1)
!##
g
γ
2) ∆s = V 0 t + ––– t 2
2
g
AI: 4(L + h) = ––– t 8 2
2
g
A H: 4L + 3h = ––– t 7 2
2
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
8(L + h) 8L + 6h
t8 = ––––––––– t7 = –––––––––
g g
8(L + h) 8L + 6h
t8 – t7 = ––––––––– – ––––––––– =
g g
–––––––––––
!
3
!###########
8(L + h) –
8(L + –– h)
4
= ––––––––––––––––––––––––––
!##
g
––––––––
!
3
2!##
2(!#########
(L + h) – L + –– h)
4
t 8 – t 7 = –––––––––––––––––––––––––– (2)
!##
g
(2)
Fazendo-se –––– , ve m:
(1)
t8 – t7 2!##
2 3 h)
L + ––– !##
g
––––––– = ––––– (!#########
L + h – . ––––––––––––––––
t !##
g 4 !##
2(!########
L + h – !##
L)
––––––––
t8 – t7 2 + h(
!#########
L –
3
L + –– h
4
––––––– = –––––––––––––––––––––––
! )
t !########
L + h – !##L
!###########
4(L + h) – !#############
4L + 3h
t 8 – t 7 = ––––––––––––––––––––––– t
!########
L + h – !##
L
Como: 4L + 3h = 3(L + h) + L,
ve m: t 8 – t 7 = [ !###########
4(L + h) – !################
3(L + h) + L
–––––––––––––––––––––––
!########
L + h – !##L
] t
3 d
Variações no campo gravitacional na superfície da Terra
pode m advir de irregularidades na distribuição de sua
massa. Considere a Terra como uma esfera de raio R e
de densidade ρ, uniform e, com uma cavidade esférica
de raio a, inteiram entente contida no seu interior. A
distância entre os centros O, da Terra, e C, da cavida-
de, é d, que pode variar de 0 (zero) até R – a, causan-
do, assim, uma variação do campo gravitacional e m
um ponto P, sobre a superfície da Terra, alinhado com
O e C . (Veja a figura). Seja G 1 a intensidade do campo
gravitacional e m P se m a existência da cavidade na
Terra, e G 2, a intensidade do campo no m esmo ponto,
considerando a existência da cavidade. Então, o valor
máximo da variação relativa: (G 1 – G 2)/G 1, que se
obté m ao deslocar a posição da cavidade, é
a) a 3/[(R – a)2 R]. b) (a/R)3 . c) (a/R)2 .
d) a/R. e) nulo.
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Resolução
1) O valor de G 1 é dado por:
G M G 4
G 1 = ––––– = ––– . ρ . –– π R 3
R2 R2 3
4
G 1 = –– π G ρ . R (1)
3
Gm G 4
G’1 = –––––––2 = –––––––2 . ρ . –– π a 3
(R – d) (R – d) 3
4 a3
G’1 = –– π G ρ . ––––––– (2)
3 (R – d) 2
G 2 = G 1 – G’1
4 4 a3
G 2 = –– π G ρ R – –– π G ρ –––––––2
3 3 (R – d)
4 a3
G 2 = –– π G ρ [R – –––––––] (3)
3 (R – d)2
G1 – G2
Seja y = ––––––––
G1
D e (1) e (3), ve m:
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
4 4 a3
–– π G ρ R – –– π G ρ [R – –––––––]
3 3 (R – d)2
y = –––––––––––––––––––––––––––––––––
4
–– π G ρ R
3
a3
R – [R – –––––––]
(R – d)2
y = –––––––––––––––––––
R
a3
y = –––––––––
R (R – d) 2
R – d = R – (R – a) = a
a3 a
Portanto: y máx = –––––2 ⇒ y máx = –––
R.a R
4 d
Considerando um buraco negro como um siste ma ter-
modinâmico, sua energia interna U varia com a sua
massa M de acordo com a famosa relação de Einstein:
∆ U = ∆ M c 2 . Stephen Ha w king propôs que a entropia
S de um buraco negro depende apenas de sua massa
e de algumas constantes fundam entais da natureza.
D esta forma, sabe-se que uma variação de massa acar-
reta uma variação de entropia dada por: ∆S / ∆ M = 8π
G M k B / h c . Supondo que não haja realização de tra-
balho com a variação de massa, assinale a alternativa
que m elhor representa a te mperatura absoluta T do
buraco negro.
a) T = h c 3 / G M k B . b) T = 8π M c 2 / k B .
c) T = M c 2 / 8π k B . d) T = h c 3 / 8π G M k B .
c3
e) T = 8π h / G M k B .
Resolução
Do texto, te mos:
∆S 8π G M k B
–––– = ––––––––––
∆M hc
∆ M 8π G M k B
∆S = ––––––––––––––
hc
A entropia ∆S é dada por:
∆Q
∆S = ––––
T
∆U
∆S = ––––
T
Portanto:
∆U ∆ M 8π G M k B
–––– = ––––––––––––––
T hc
Como ∆ U = ∆ M c 2 ,
∆M c 2 ∆ M 8π G M k B
então, –––––– = ––––––––––––––
T hc
h c3
T = ––––––––––
8π G M k B
5 c
Q ual dos gráficos abaixo m elhor representa a taxa P de
calor e mitido por um corpo aquecido, e m função de
sua te mperatura absoluta T?
Resolução
A taxa P de calor e mitido por um corpo aquecido é da-
da e m função da sua te mperatura absoluta por m eio da
expressão de Stefan-Boltzmann:
P(T) = k T 4
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Assim, o diagrama pedido na questão é m elhor repre-
sentado por:
6 e
U ma certa massa de gás ideal realiza o ciclo A B C D de
transformações, como mostrado no diagrama pressão-
volum e da figura. As curvas A B e C D são isotermas.
Pode-se afirmar que
a) o ciclo A B C D corresponde a um ciclo de Carnot.
b) o gás converte trabalho e m calor ao realizar o ciclo.
c) nas transformações A B e C D o gás recebe calor.
d) nas transformações A B e B C a variação da energia
interna do gás é negativa.
e) na transformação D A o gás recebe calor, cujo valor
é igual à variação da energia interna.
Resolução
Nota: o ciclo é A B C D A e não A B C D
A transformação D A ocorre a volum e constante (iso-
m étrica), sendo nulo o trabalho trocado. Como a tempe-
ratura absoluta do gás ideal é maior e m A (T A > T D ), a
energia interna desse gás aum enta (U A > U D ), utilizan-
do o calor recebido do m eio externo durante a transfor-
mação.
∆U D A = Q
7 e
Sabe-se que a atração gravitacional da lua sobre a ca-
mada de água é a principal responsável pelo apare-
cim ento de marés oceânicas na Terra. A figura mostra
a Terra, supostam ente esférica, homogeneam ente
recoberta por uma camada de água.
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
N essas condições, considere as seguintes afirmativas:
I. As massas de água próximas das regiões A e B
experim entam marés altas simultaneam ente.
II, As massas de água próximas das regiões A e B
experim entam marés opostas, isto é, quando A
te m maré alta, B te m maré baixa e vice-versa.
III. Durante o intervalo de te mpo de um dia ocorre m
duas marés altas e duas marés baixas.
8 c
U m balão contendo gás hélio é fixado, por m eio de um
fio leve, ao piso de um vagão completam ente fechado.
O fio permanece na vertical enquanto o vagão se movi-
m enta com velocidade constante, como mostra a figu-
ra. Se o vagão é acelerado para frente, pode-se afirmar
que, e m relação a ele, o balão
a) se movim enta para trás e a tração no fio aum enta.
b) se movim enta para trás e a tração no fio não muda.
c) se movim enta para frente e a tração no fio aum enta.
d) se movim enta para frente e a tração no fio não mu-
da.
e) permanece na posição vertical.
Resolução
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Q uando o vagão é acelerado, isto equivale a criar um
campo gravitacional com a m esma intensidade da ace-
leração e e m sentido oposto.
T + P = E
T = E – P = µ ar V g – µ V g
T = (µ ar – µ) V g
T’ + P’ = E’
T’ = E’ – P’
T’ = (µ ar – µ) V g R
9 b
Durante uma te mpestade, M aria fecha as janelas do
seu apartam ento e ouve o zumbido do vento lá fora.
Subitam ente o vidro de uma janela se quebra. Consi-
derando que o vento tenha soprado tangencialm ente à
janela, o acidente pode ser m elhor explicado pelo(a)
a) princípio de conservação da massa.
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b) equação de B ernoulli.
c) princípio de Arquim edes.
d) princípio de Pascal.
e) princípio de Stevin.
Resolução
E m virtude do vento, com o aum ento da velocidade da
massa de ar, a pressão externa à janela diminui de
acordo com a equação de B ernoulli.
A diferença entre a pressão interna (maior) e a externa
(m enor) quebra a janela com os fragm entos de vidro
jogados para fora.
10 a
A figura mostra um siste ma óptico constituído de uma
lente divergente, com distância focal f1 = –20cm, dis-
tante 14cm de uma lente convergente com distância
focal f2 = 20cm . Se um objeto linear é posicionado a
80cm à esquerda da lente divergente, pode-se afirmar
que a image m definitiva formada pelo siste ma
a) é real e o fator de ampliação linear do siste ma é
–0,4.
b) é virtual, m enor e direita e m relação ao objeto.
c) é real, maior e invertida e m relação ao objeto.
d) é real e o fator de ampliação linear do siste ma é
–0,2.
e) é virtual, maior e invertida e m relação ao objeto.
Resolução
Seja L 1 a lente divergente e L 2 a lente convergente.
1 1 1
Equação de Gauss: –– = –– + –––
f1 p1 p 1’
1 1 1
– ––– = –– + ––– ⇒ p 1’ = –16 cm
20 80 p 1’
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A image m produzida por L 1 é direita e m enor que o
objeto e funciona como objeto real para L 2 .
1 1 1
––– = ––––––– + ––– ⇒ p 2 ’ = 60 cm
20 16 + 14 p2’
1
A sist = A 1 . A 2 ⇒ A sist = –– . (–2)
5
A sist = –0,4
11 e
Num oftalmologista, constata-se que um certo pacien-
te te m uma distância máxima e uma distância mínima
de visão distinta de 5,0m e 8,0cm, respectivam ente.
Sua visão deve ser corrigida pelo uso de uma lente que
lhe permita ver com clareza objetos no “infinito ” . Q ual
das afirmações é verdadeira?
a) O paciente é míope e deve usar lentes divergentes
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cuja vergência é 0,2 dioptrias .
b) O paciente é míope e deve usar lentes conver-
gentes cuja vergência é 0,2dioptrias.
c) O paciente é hiperm étrope e deve usar lentes con-
vergentes cuja vergência é 0,2 dioptrias.
d) O paciente é hiperm étrope e deve usar lentes diver-
gentes cuja vergência é – 0,2 dioptrias.
e) A lente corretora de defeito visual desloca a distân-
cia mínima de visão distinta para 8,1 cm.
Resolução
Se o ponto re moto da visão do indivíduo está a uma
distância finita do globo ocular, igual a 5,0m neste
caso, seu defeito visual é a miopia, recom endando-se
para a correção lentes divergentes, cuja vergência é
negativa.
A determinação dessa vergência é feita com base no
esque ma abaixo.
| f | = D máx = 5,0m
f = –5,0m
1 1
V = –– ⇒ V = – ––– dioptria
f 5,0
V = –0,2 dioptria
A lente corretiva altera també m a posição do ponto
próximo, aum entando a distância mínima de visão dis-
tinta do indivíduo quando usa os óculos.
Considerando f = –5,0m = –500cm e supondo-se que
a image m produzida pela lente corretiva esteja a uma
distância de 8,0cm do siste ma ocular (p’ = –8,0cm;
trata-se de uma image m virtual que funciona como
objeto real para o olho), calcule mos a distância p entre
o objeto e o olho.
1 1 1
Equação de Gauss: –– = –– + ––
f p p’
1 1 1 1 1 1
– –––– = –– – ––– ⇒ –– = – –––– + –––
500 p 8,0 p 500 8,0
1 –8,0 + 500 4000
–– = ––––––––––– ⇒ p = ––––– (cm)
p 4000 492
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p ≅ 8,1cm
12 a
Resolução
A onda que parte da fenda na qual se encontra a lâmi-
na de vidro está e m oposição de fase com a onda que
parte da fenda na qual se encontra o filtro. Isso faz com
que no ponto do anteparo eqüidistante das duas fen-
das, ocorra interferência destrutiva, determinando
nesse local um aclaram ento de mínima intensidade.
Esse aclaram ento não chega, no entanto, a apresentar
brilho nulo, já que o sinal que parte da fenda à esquer-
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da te m, devido à presença do filtro, intensidade m enor
que o que parte da fenda à direita.
Nos locais onde ocorre interferência construtiva, a
intensidade da onda resultante é m enor que A pelo
fato do enfraquecim ento do sinal enviado pelo filtro.
A posição m na qual se forma o máximo central fica
deslocada para a direita e m relação à posição original,
o que é justificado pelo fato de o filtro óptico e mitir
uma onda de m enor intensidade que a e mitida pela
lâmina de vidro (a lâmina de vidro de onde parte o sinal
mais intenso “ atrai” m para perto de si).
13 d
Q uando e m repouso, uma corneta elétrica e mite um
som de freqüência 512 Hz. Numa experiência acústica,
um estudante deixa cair a corneta do alto de um edifí-
cio. Q ual a distância percorrida pela corneta, durante a
queda, até o instante e m que o estudante detecta o
som na freqüência de 485 Hz? (D espreze a resistência
do ar).
a) 13,2 m b) 15,2 m c) 16,1 m
d) 18,3 m e) 19,3 m
Resolução
(I) A percepção de um som mais baixo (m enor fre-
qüência), à m edida que a corneta afasta-se do
estudante e m repouso no alto do edifício, deve-se
ao Efeito Doppler-Fizeau.
f0 fF
= –––––––––
–––––––––
V som ± V 0 V som ± V F
485 512
––––––––– = –––––––––
340 + 0 340 + V F
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512 . 340
340 + V F = –––––––––
485
V F ≅ 18,93m/s
Equação de Torricelli: V F2 = V 02 + 2g ∆h
F
(18,93)2 = 2 . 9,8 ∆h
∆h ≅ 18,3m
14 a
Considere as afirmativas:
I. O s fenôm enos de interferência, difração e polariza-
ção ocorre m com todos os tipos de onda.
II. O s fenôm enos de interferência e difração ocorre m
apenas com ondas transversais.
III. As ondas eletromagnéticas apresentam o fenô-
m eno de polarização, pois são ondas longitudinais.
IV. U m polarizador transmite os componentes da luz
incidente não polarizada, cujo vetor campo elétrico
→
E é perpendicular à direção de transmissão do po-
larizador .
Então, está(ão) correta(s)
a) nenhuma das afirmativas.
b) apenas a afirmativa I.
c) apenas a afirmativa II.
d) apenas as afirmativas I e II.
e) apenas as afirmativas I e IV.
Resolução
I) Incorreta
A polarização, por exe mplo, só ocorre com ondas
transversais.
II) Incorreta
O som propagando-se no ar, por exe mplo, é uma
onde longitudinal que pode sofrer interferência e
també m difração.
III) Incorreta
As ondas eletromagnéticas apresentam o fenôm e-
no da polarização, poré m essas ondas são trans-
versais.
IV) Incorreta
U m polarizador transmite os componentes da luz
incidente não-polarizada que vibram na direção de
transmissão do polarizador.
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15 c
No Laboratório de Plasmas Frios do ITA é possível
obter film es m etálicos finos, vaporizando o m etal e
depositando-o por condensação sobre uma placa de
vidro. Com o auxílio do dispositivo mostrado na figura,
é possível m edir a espessura e de cada film e. Na figu-
ra, os dois geradores são idênticos, de f.e.m. E
= 1,0 V e resistência r = 1,0 Ω, estando ligados a dois
eletrodos retangulares e paralelos, P1 e P2, de largura
b = 1,0 cm e separados por uma distância a = 3,0 cm.
U m amperím etro ideal A é inserido no circuito, como
indicado. Supondo que após certo te mpo de deposição
é formada sobre o vidro uma camada uniform e de alu-
mínio entre os eletrodos, e que o amperím etro acusa
uma corrente i = 0,10 A , qual deve ser a espessura e
do film e? (resistividade do alumínio ρ = 2,6 . 10–8 Ω.m).
a) 4,1 . 10–9 cm
b) 4,1 . 10–9 m
c) 4,3 . 10–9 m
d) 9,7 . 10–9 m
e) n.d.a.
Resolução
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No circuito esque matizado, da Lei de Pouillet, ve m:
∑E
i = ––––
∑R
2,0
0,10 = –––––––
2,0 + R
R = 18,0Ω
Aplicando-se a 2ª lei de O hm para o condutor, te mos:
l
R = ρ ––––
A
e m que:
l = a
A = eb
Assim:
e = 4,3 . 10–9 m
16 d
A figura mostra dois capacitores, 1 e 2, inicialm ente
isolados um do outro, carregados com uma m esma
carga Q. A diferença de potencial (ddp) do capacitor 2
é a m etade da ddp do capacitor 1. E m seguida, as pla-
cas negativas dos capacitores são ligadas à Terra e, as
positivas, ligadas uma a outra por um fio m etálico,
longo e fino. Pode-se afirmar que
a) antes das ligações, a capacitância do capacitor 1 é
maior do que a do capacitor 2.
b) após as ligações, as capacitâncias dos dois capaci-
tores aum entam.
c) após as ligações, o potencial final e m N é maior do
que o potencial e m O.
d) a ddp do arranjo final entre O e P é igual a 2/3 da ddp
inicial do capacitor 1.
e) a capacitância equivalente do arranjo final é igual a
duas vezes a capacitância do capacitor 1.
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Resolução
a) Errada
Antes das ligações, te mos os esque mas:
Q Q 2Q
D e C 1 = ––– e C 2 = ––– = ––– , ve m: C 2 = 2 C 1
U U/2 U
Logo, C 2 > C 1
C eq = C 1 + C 2 = C 1 + 2C 1 ⇒ C eq = 3C 1
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2Q 2Q 2
U’ = –––– = –––– ⇒ U’ = ––– U
C eq 3C 1 3
e) Errada. C eq = 3C 1
17 c
Na figura, uma barra condutora MN (de comprim ento
→
l, resistência desprezível e peso Pb) puxada por um
→ →
peso Pc , desloca-se com velocidade constante v,
apoiada e m dois trilhos condutores retos, paralelos e
de resistência desprezível, que formam um ângulo θ
com o plano horizontal. Nas extre midades dos trilhos
está ligado um gerador de força eletromotriz E com
resistência r. D esprezando possíveis atritos, e consi-
derando que o siste ma está im erso e m um campo→ de
indução magnética constante, vertical e uniform e B ,
pode-se afirmar que
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Para que haja descolam ento, a componente da força
magnética na direção normal ao plano inclinado deve
ser maior ou igual à componente normal da força peso
da barra. Assim,
F mag senθ ≥ P b cosθ
P b cosθ
i ≥ –––––––––
Bl senθ
Pb
i ≥ ––––––––
B l tgθ
18 d
Experim entos de absorção de radiação mostram que a
relação entre a energia E e a quantidade de movim en-
to p de um fóton é E = p c. Considere um siste ma iso-
lado formado por dois blocos de massas m 1 e m 2,
respectivam ente, colocados no vácuo, e separados
entre si de uma distância L. No instante t = 0, o bloco
de massa m 1 e mite um fóton que é posteriorm ente
absorvido inteiram ente por m 2, não havendo qualquer
outro tipo de interação entre os blocos. (Ver figura).
Suponha que m 1 se torne m 1’ e m razão da e missão do
fóton e, analogam ente, m 2 se torne m 2’ devido à
absorção desse fóton. Le mbrando que esta questão
també m pode ser resolvida com recursos da M ecânica
Clássica, assinale a opção que apresenta a relação cor-
reta entre a energia do fóton e as massas dos blocos.
a) E = (m 2 – m 1)c 2 . b) E = (m 1 ’ – m 2 ’)c 2 .
c) E = (m 2 ’ – m 2)c 2/2. d) E = (m 2 ‘ – m 2 )c 2 .
e) E = (m 1 + m 1 ’)c 2 .
Resolução
A diferença entre m 2’ e m 2 é provocada pelo acréscimo
da energia trazida pelo fóton.
Da equivalência entre massa e energia traduzida pela
equação de Einstein, te mos:
E
m 2’ – m 2 = –––
c2
Portanto: E = (m 2’ – m 2 ) c 2
A naloga m e nt e , a
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
perda de massa m 1 – m’1 é provocada pela redução da
energia correspondente ao fóton e mitido:
E
m 1 – m’1 = –––
c2
E = (m 1 – m’1 ) c 2
19 e
Considere as seguintes afirmações:
I. No efeito fotoelétrico, quando um m etal é ilumina-
do por um feixe de luz monocromática, a quantida-
de de elétrons e mitidos pelo m etal é diretam ente
proporcional à intensidade do feixe incidente, inde-
pendente m ente da freqüência da luz.
II. As órbitas permitidas ao elétron e m um átomo são
aquelas em que o momento angular orbital é n h / 2π,
sendo n = 1, 3, 5... .
III. O s aspectos corpuscular e ondulatório são neces-
sários para a descrição completa de um siste ma
quântico.
IV. A natureza comple m entar do mundo quântico é
expressa, no formalismo da M ecânica Q uântica,
pelo princípio de incerteza de H eisenberg.
Q uais estão corretas ?
a) I e Il. b) I e IIl. c) I e IV.
d) II e III. e) III e IV.
Resolução
I) Falsa. Para que ocorra o efeito fotoelétrico, a fre-
qüência da luz incidente deve ser maior que um
τ
certo valor f 0 = –– , em que τ é a função de traba-
h
lho
20 d
Utilizando o modelo de Bohr para o átomo, calcule o
núm ero aproximado de revoluções efetuadas por um
elétron no prim eiro estado excitado do átomo de hidro-
gênio, se o te mpo de vida do elétron, nesse estado
excitado, é de 10–8 s. São dados: o raio da órbita do
estado fundam ental é de 5,3 x 1 0–11 m e a velocidade
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
do elétron nesta órbita é de 2,2 x 10 6 m/s .
a) 1 x 10 6 revoluções. b) 4 x 10 7 revoluções.
7
c) 5 x 10 revoluções. d) 8 x 10 6 revoluções.
e) 9 x 10 6 revoluções.
Resolução
No modelo do átomo de Bohr, o raio r da órbita é dado
por r = n 2 . rB , e m que r B = 5,3 . 10 –11 m (raio da órbi-
ta do estado fundam ental) e n = 1, 2, 3,...
Para o estado fundam ental, n = 1 e para o prim eiro
estado excitado, n = 2. Assim, r = 2 2 . r B = 4 . r B .
No átomo de Bohr, a força coulombiana é centrípeta:
e.e v2 k . e2
k . –––– = m . ––– ⇒ v 2 = –––––
r 2
r m.r
Sendo r = 4 r B , concluímos que a velocidade do elétron
no prim eiro estado excitado é a m etade da velocidade
no estado fundam ental:
2,2 . 10 6 m m
v = –––––––––– ––– = 1,1 . 10 6 –––
2 s s
2π
D e v = ––– . r, ve m:
T
2π
1,1 . 10 6 = ––– . 4 . 5,3 . 10–11
T
2π . 4 . 5,3 . 10 –11
T = ––––––––––––––––– (s)
1,1 . 10 6
T ≅ 1,2 . 10 –15 s
No intervalo de te mpo 10 –8 s, que é o te mpo de vida do
elétron, o núm ero de revoluções efetuadas é dado por:
10 –8
n = ––––––––––
1,2 . 10 –15
n ≅ 8 . 10 6 revoluções
21
Na figura, o carrinho com rampa movim enta-se com
→
uma aceleração constante A .
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Sobre a rampa repousa um bloco de massa m. Se µ é
o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a rampa,
→
determine o intervalo para o módulo de A , no qual o
bloco permanecerá e m repouso sobre a rampa.
Resolução
F t = F cos α
F n = F sen α
Sendo F at ≤ µ R n , ve m:
mg sen α + m A cos α ≤ µ (mg cos α – m A sen α)
g sen α + a cos α ≤ µ g cos α – µA sen α
A (cos α + µ sen α) ≤ g (µ cos α – sen α)
g (µ cos α – sen α)
0 ≤ A ≤ ––––––––––––––––––
cos α + µ sen α
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
22
Q uando solto na posição angular de 45° (mostrada na
figura), um pêndulo simples de massa m e compri-
m ento L colide com um bloco de massa M.
1) Da figura:
( !##
2
h = L – L cos 45° = L 1 – ––––
2 ) (= L
2 – !##
2
2
–––––––
)
2) Conservação da energia m ecânica entre A e B:
2
m V1
––––––– = m g h
2
V 1 = !#####
3)
2gh =
!#########
( )
2gL
2 – !##
2
–––––––
2
= !###########
gL (2 – !###
2)
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Da figura:
( !##
3
h 1 = L – L cos 30° = L 1 – ––––
2 ) (= L
2 – !##
2
3
–––––––– )
4) Conservação da energia entre B e C:
2
m V2
m g h 1 = –––––––
2
V 2 = !#####
2gh 1 =
!#########
( )
2gL
2 – !##
3
–––––––
2
= !###########
gL (2 – !###
3)
∆Q = m [!###########
gL (2 – !### 3) ]
2 ) + !###########
gL (2 – !###
∆Q = m !####
gL (!#####
2 #####
2 + !####
– !## 3)
#2 #####
– !##
MV = m !####
gL (!#####
2 #####
2 + !####
– !## 3)
#2 #####
– !##
m
V = ––– !####
gL (!#####
2 #####
2 + !####
– !## 3)
#2 #####
– !##
M
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
M
µ M g d (–1) = – ––– V 2
2
V2
d = –––––
2 µg
1 m2
d = ––––– . –––– . gL
0,6g M 2
[(!#####
2 #####
2 + !####
– !## 3 )]
#2 #####
– !##
2
m2 L
d = ––––––– [ (!#####
2 #####
2 + !####
– !## 3 )]
#2 #####
– !##
2
0,6 M 2
23
Calcule a variação de entropia quando, num processo à
pressão constante de 1,0 atm, se transforma inte-
gralm ente e m vapor 3,0 kg de água que se encontram
inicialm ente no estado líquido, à te mperatura de 100°C.
Dado: calor de vaporização da água:
L v = 5,4 x 10 5 cal/ kg
Resolução
A variação de entropia (∆S) de um siste ma com te m-
peratura constante é dada por:
Q
∆S = ––––
T
m Lv 3,0 . 5,4 . 10 5
∆S = ––––– = ––––––––––––– cal/K
T (100 + 273)
∆S ≅ 4343 cal/K
24
A figura mostra um recipiente, com ê mbolo, contendo
um volum e inicial V i de gás ideal, inicialm ente sob uma
pressão Pi igual à pressão atmosférica, Pat . U ma mola
não deformada é fixada no ê mbolo e num anteparo
fixo. E m seguida, de algum modo é fornecida ao gás
uma certa quantidade de calor Q. Sabendo que a ener-
gia interna do gás é U = ( 3/2) PV, a constante da mola
é k e a área da seção transversal do recipiente é A,
determine a variação do comprim ento da mola e m fun-
ção dos parâm etros intervenientes. D espreze os atri-
tos e considere o ê mbolo se m massa, be m como
sendo adiabáticas as paredes que confinam o gás.
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Resolução
Usando a prim eira lei da Termodinâmica, ve m:
Q = τ + ∆U
k x2
τ = –––– + p at . A . x
2
3
∆ U = U f – U i = –– (p f V f – p at V i )
2
3
∆ U = –– [(p at + ∆p) (V i + ∆V) – p at V i)]
2
3
∆ U = –– [p at V i + p at ∆V + V i ∆p + ∆p∆V – p at V i ]
2
[p ]
3 kx kx
∆ U = –– at A x + V i . ––– + ––– . A x
2 A A
[p ]
3 kx
∆ U = –– at A x + V i ––– + k x 2
2 A
Assim:
k x2 3 3 kx 3
Q = –––– + p at A x + –– p at A x + –– V i ––– + –– k x 2
2 2 2 A 2
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
kx
Q = 2 k x 2 + 2,5 p at A x + 1,5 V i –––
A
( )x–Q =0
Vi k
2 k x 2 + 2,5 p at A + 1,5 –––
A
( ) !################
( )
Vi k Vi k 2
– 2,5 p at A + 1,5 ––– ± 2,5 p at A + 1,5 ––– + 8k Q
A A
x = ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4k
!################
( ) ( )
Vi k 2 Vi k
2,5 p at A + 1,5 ––– + 8k Q – 2,5 p at A + 1,5 –––
A A
x = –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
4k
25
Num barôm etro ele m entar de Torricelli, a coluna de
m ercúrio possui uma altura H, que se altera para X
quando este barôm etro é m ergulhado num líquido de
densidade D, cujo nível se eleva a uma altura h, como
mostra a figura.
p 1 = p 2 ⇒ p atm = p coluna de Hg
p atm = d g H
Fazendo h = X, ve m:
d H + D X = d X ⇒ d H = (d – D)X
d
Donde: X = –––––– H
d–D
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
26
U ma onda acústica plana de 6,0 kHz, propagando-se
no ar a uma velocidade de 340 m/s, atinge uma pe-
lícula plana com um ângulo de incidência de 60°.
Suponha que a película separa o ar de uma região que
conté m o gás C O 2 , no qual a velocidade de propagação
do som é de 280 m/s. Calcule o valor aproximado do
ângulo de refração e indique o valor da freqüência do
som no C O 2 .
Resolução
A situação proposta está esque matizada abaixo.
27
U ma flauta doce, de 33 cm de comprim ento, à te m-
peratura ambiente de 0°C, e mite sua nota mais grave
numa freqüência de 251 Hz. Verifica-se experim ental-
m ente que a velocidade do som no ar aum enta de
0,60 m/s para cada 1°C de elevação da te mperatura.
Calcule qual deveria ser o comprim ento da flauta a
30°C para que ela e mitisse a m esma freqüência de
251 Hz.
Resolução
A flauta doce geralm ente opera como um tubo sonoro
aberto. Para obtermos, no entanto, velocidades do
som no ar próximas daquela fornecida no cabeçalho da
prova (340 m/s), deve mos admitir a flauta funcionando
como um tubo sonoro fechado, como representa o
esque ma a seguir.
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
λ
L = –– ⇒ λ = 4L
4
V 0° = λ0° f ⇒ V 0° = 4L 0° f
28
E m sua aventura pela A mazônia, João porta um rádio
para comunicar-se. E m caso de necessidade, pretende
utilizar células solares de silício, capazes de converter
a energia solar e m energia elétrica, com eficiência de
10 % . Considere que cada célula tenha 10 cm 2 de área
coletora, sendo capaz de gerar uma tensão de 0,70 V,
e que o fluxo de energia solar m édio incidente é da
orde m de 1,0 x 10 3 W/m 2 . Projete um circuito que
deverá ser montado com as células solares para obter
uma tensão de 2,8 V e corrente mínima de 0,35 A,
necessárias para operar o rádio.
Resolução
Sendo o fluxo de energia solar m édio incidente igual a
1,0 . 10 3 W/m 2 , concluímos que cada célula de área
10 cm 2 = 10 . 10–4 m 2 recebe a potência
P = 1,0 . 10 3 W/m 2 . 10 . 10–4 m 2 = 1,0 W.
Sendo de 10 % a eficiência de conversão de energia
solar e m energia elétrica, resulta que a potência elétri-
ca fornecida por célula é P’ = 0,10 W. Como cada célu-
la é capaz de gerar uma tensão de 0,70V, concluímos
que a intensidade da corrente fornecida por uma célu-
la é
P’ 0,10 W 1
i = –– = –––––– = –– A
U 0,70V 7
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Para obtermos uma tensão de 2,8V, deve mos associar
n conjuntos de 4 células e m série. Vamos, agora,
determinar o núm ero de conjuntos. Le mbrando que a
corrente mínima deve ser 0,35A, ve m:
1
n . –– = 0,35 ⇒ n = 2,45
7
Sendo n um núm ero inteiro, concluímos que o núm e-
ro mínimo de conjuntos é três. Assim, te mos o circui-
to:
29
U m gerador de força eletromotriz ε e resistência in-
terna r = 5 R está ligado a um circuito conform e mos-
tra a figura. O ele m ento Rs é um reostato, com resis-
tência ajustada para que o gerador transfira máxima
potência. E m um dado mom ento o resistor R1 é rom-
pido, devendo a resistência do reostato ser novam ente
ajustada para que o gerador continue transferindo má-
xima potência. D etermine a variação da resistência do
reostato, e m termos de R.
Resolução
Vamos calcular a resistência equivalente do circuito
externo ao gerador, antes de R 1 ser rompido.
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Nas condições de potência transferida máxima, te mos:
15R 15R
R s + ––––– = r ⇒ R s + ––––– = 5R
7 7
20R
R s = ––––– (1)
7
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
30
Situado num plano horizontal, um disco gira com velo-
cidade angular ω constante, e m torno de um eixo que
passa pelo seu centro O. O disco encontra-se im erso
numa região do espaço onde existe um campo mag-
→
nético constante B , orientado para cima, paralela-
m ente ao eixo vertical de rotação. A figura mostra um
capacitor preso ao disco (com placas m etálicas planas,
paralelas, separadas entre si de uma distância L) onde,
na posição indicada, se encontra uma partícula de
massa m e carga q > 0, e m repouso e m relação ao
disco, a uma distância R do centro. D etermine a dife-
rença de potencial elétrico entre as placas do capacitor,
e m função dos parâm etros intervenientes.
Resolução
O BJETI V O IT A ( 1 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
RE DAÇÃO
REDAÇÃ O
Leia os seguintes textos e, com base no que abordam,
escreva uma dissertação e m prosa, de aproximada-
m ente 25 (vinte e cinco) linhas, sobre
Redação – Comentário
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
I NG L Ê S
As questões de 1 a 4 referem-se às tiras abaixo:
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1 c
A palavra grounds (2 o quadrinho) quer dizer:
a) chão. b) possibilidade. c) motivo.
d) terra. e) necessidade.
Resolução
grounds = motivo
2 d
A palavra fired, (6 o quadrinho) no contexto e m ques-
tão:
a) significa “ alvejado ” (por arma de fogo).
b) te m o significado de “interrogados ” .
c) pode ser traduzida pelo particípio “ presos ” .
d) é sinônimo de “ dismissed ” .
e) é particípio passado do verbo queimar .
Resolução
A palavra fired é sinônima de dismissed (de mitidos).
3 c
Das considerações abaixo:
I. Wally fazia uso indevido do computador.
II. Wally era inocente da acusação dos auditores.
III. O s argum entos de defesa de Wally foram, prova-
velm ente, acatados pela justiça.
IV. A atitude de Wally pode ser expressa pelo provér-
bio “ a justiça tarda mas não falha ” .
estão corretas:
a) apenas as I e lI. b) apenas as I, III e IV.
c) apenas as I e III. d) apenas as II, III e IV.
e) todas.
4 b
Assinale a opção cujo adjetivo m elhor descreve a ati-
tude de Wally no referido contexto:
a) inte mpestiva. b) dissimulada. c) corajosa.
d) recatada. e) precipitada.
About Men
Card Sharks
By Erick Lundegaard
5 a
Assinale a opção que poderia pre encher respectiva e
corretam ente as lacunas I e II nas linhas 3 e 5 do texto:
a) w ould still be / w ould still w ant
b) will still be / will still w ant
c) w ould still have be en / w ould still have w anted
d) still am / still w ant
e) may still be / may still w ant
Resolução
If + simple past (died) → simple conditional
(w ould still be)
(w ould still w ant)
6 c
O significado da palavra hot, nas linhas 6 e 7, é se m e-
lhante, e m português, a:
a) insistentes. b) quentes. c) ávidos.
d) ousados. e) competitivos.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
7 e
A palavra for, na linha 4, poderia ser substituída por:
a) yet. b) w hy. c) still. d) but. e) because.
Resolução
For = because (= porque)
8 b
Cada uma das opções abaixo é iniciada com uma pala-
vra extraída do texto, devendo ser seguida de outras
duas palavras que lhe sejam sinônimas. Assinale a
opção e m que isso não ocorre:
a) puny (linha 11) → small, limited.
b) spre e (linha 35) → bank, institution.
c) out wit (linha 39) → trick, cheat.
d) paltry (linha 45) → insignificant, unimportant.
e) stringent (linha 49) → severe, restrictive.
Resolução
spre e = farra, pândega
9 b
O pronom e it, na linha 41 do texto, refere-se a:
a) hiding place.
b) improperly spelled, computer-generated nam e.
c) bureaucratic age.
d) ultimate camouflage.
e) the authorities.
Resolução
O pronom e it substitui “ o nom e gerado pelo computa-
dor e inadequadam ente soletrado ” .
10 e
Das afirmações abaixo:
I. The puny sum being sought, na linha 11, equiva-
le, na voz ativa, a “ the puny sum they se ek ” .
II. Yet, na linha 17, te m função de conjunção.
III. O s comparativos newer e lower, na linha 25, refe-
re m-se às administradoras de cartão de crédito
que entram no m ercado a cada ano.
IV. E m he has already been preapproved, nas linhas
30/31, o autor faz uso do Present Perfect Tense
porque se refere a uma ação que com eçou no pas-
sado e continua no presente.
estão corretas:
a) todas. b) apenas as I, II e IV.
c) apenas as II e III. d) apenas as III e IV.
e) apenas as I e II.
Resolução
O s comparativos newer e lower refere m-se à taxa
cobrada pelos cartões de crédito.
he has already been preapproved = já foi aprovado
O Present Perfect Tense é usado com a palavra-chave
already.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
11 a
Das afirmações abaixo:
I. D eterminadas práticas das administradoras de car-
tão de crédito m encionadas pelo autor parece m
fazê-Io sentir-se reduzido a uma cifra.
II. Erick Lundegaard vislumbrou a possibilidade de
“ calote ” e m administradoras de cartão de crédito.
III. O autor do texto é usuário contumaz de cartão de
crédito.
está(ão) correta(s):
a) apenas as I e II. b) apenas as II e III.
c) apenas as I e III. d) nenhuma.
e) todas.
Resolução
E m nenhum mom ento no texto, o autor afirma utilizar
os cartões que recebe.
12 d
D e acordo com o texto:
I. Só a morte do destinatário pode interromper o en-
vio frenético de correspondência feito pelas admi-
nistradoras de cartões de crédito.
II. A correspondência gerada pelas administradoras
de cartão de crédito atenua a sensação de aban-
dono de um núm ero considerável de pessoas.
III. Erick acredita que a avalanche de correspondência
enviada pelas administradoras de cartão de crédito
te m o m érito de manter os usuários de seus servi-
ços informados sobre as taxas por elas praticadas.
está(ão) correta(s):
a) apenas as I e II. b) apenas as II e III.
c) apenas a III. d) nenhuma.
e) todas.
13 c
Assinale, entre as considerações abaixo, a que não
pode ser depre endida da leitura do texto:
a) As administradoras de cartão de crédito não se inte-
ressam por aqueles indivíduos que mais necessitam
delas.
b) A vida de Lundegaard é marcada por constantes mu-
danças.
c) O autor considera seu trabalho bastante interes-
sante.
d) O peradoras de cartão de crédito oferece m isenção
de taxa a seus clientes.
e) Inovações tecnológicas pode m influir para a mudan-
ça de comportam entos criminosos.
Resolução
No texto: “I w ork in a bookstore w arehouse, hugging
boxes and books around. ”
As questões 14 e 15 referem-se ao texto abaixo,
extraído da internet:
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
A man asked his wife w hat she’d like for her birthday.
“I’d love to be six again, ” she replied.
O n the morning of her birthday, he got her up bright
and early and off they w ent to a local the m e park.
W hat a day! H e put her on every ride in the park: the
D eath Slide, the Screaming Loop, the Wall of F ear –
everything there w as!
Wo w ! Five hours later she staggered out of the the m e
park, her head re eling and her stomach upside do w n.
Right to a M cDonald’s they w ent, w here her husband
ordered a Big M ac for her along with extra fries and a
refreshing chocolate shake. Then it w as off to a movie
– the latest Star Wars epic, and hot dogs, popcorn,
Pepsi Cola and M & M s. W hat a fabulous adventure!
Finally she w obbled hom e with her husband and col-
lapsed into bed.
H e leaned over and lovingly asked, “ W ell, dear, w hat
w as it like being six again?
O ne eye opened. “ You idiot, I m eant my dress size. ”
The moral of this story is: if a w oman speaks and a
man is there to hear her, he will get it wrong any w ay.
14 e
Segundo o texto:
a) O marido e m questão te m por costum e proporcio-
nar à esposa experiências que a faze m sentir jove m
e feliz.
b) Voltar a ser criança era o desejo da referida esposa
no dia de seu aniversário.
c) A esposa e m questão é do tipo de pessoa que com e
compulsivam ente.
d) Não é aconselhável tentar repetir, na idade adulta, o
padrão de atividade física exercido na infância.
e) O s hom ens nunca entende m o que as mulheres
pretende m comunicar-lhes.
Resolução
No texto, “… if a w oman speaks and a man is there to
hear her, he will get it wrong any w ay ” .
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
15 e
O texto revela uma mulher:
a) imatura.
b) jovial.
c) rancorosa.
d) “ de mal com a vida ” .
e) preocupada com a forma física.
Resolução
No texto: “ You idiot, I m eant my dress size ” .
16 b
A frase: “ My father once told me that there were
two kinds of people: those who do the work and
those who take the credit. He told me to try to be
in the first group; there was much less competition
there ” , é atribuída a Indira Gandhi.
A intenção do pai de Indira, e m relação à filha, era pro-
vavelm ente
a) fazê-Ia saber da existência de conflitos e m ambien-
te de trabalho.
b) transmitir-lhe valores relativos à atitude diante do
trabalho.
c) preveni-la contra a competição no m ercado de tra-
balho.
d) apontar-lhe um caminho curto para a obtenção do
sucesso profissional.
e) prepará-la para a crescente competição no m ercado
de trabalho.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
e) stimuli, na linha 11, está no singular .
Resolução
living → adjetivo (vivos)
lo wly → adjetivo (m era, simples)
close → adjetivo (detalhada)
stimuli → substantivo plural; singular → stimulus
18 c
Q ual das palavras abaixo constitui um falso cognato?
a) physicist (linha 1).
b) fidelity (linha 4).
c) ingenuity (linha 5).
d) reveals (linha 7).
e) external (linha 10).
Resolução
ingenuity = criatividade
19 b
A expressão rests with, na linha 13 do texto, quer dizer:
a) resta ao.
b) é responsabilidade do.
c) responde pelo.
d) interage com.
e) descansa no.
Resolução
to rest with = ser responsabilidade de
20 e
D e acordo com o texto:
a) as formas superiores de vida caracterizam-se pela
complexidade e organização.
b) o comportam ento dos organismos biológicos é defi-
nido pela forma com que os átomos se organizam
no interior das células.
c) a vida resulta pura e simplesm ente de uma combi-
nação química.
d) é possível obter vida a partir de átomos inanimados.
e) o comportam ento das coisas vivas parece corrobo-
rar a doutrina do vitalismo.
Resolução
No texto: “ An argum ent frequently used in support of
vitalism concerns behaviour” .
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Comentário de Inglês
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
P O RT UG U Ê S
21 d
Leia o texto abaixo e assinale a alternativa correta:
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
As questões 22 e 23 referem-se ao texto abaixo.
22 a
U m leitor pode relacionar o conteúdo da construção
“ com tantos universitários saindo para o m ercado de
trabalho... ” com o que é m encionado pelo coorde-
nador do curso de Comunicação Social da U NITA U. No
entanto, essa leitura torna-se proble mática, pois o lei-
tor poderia esperar, a partir daquela construção, uma
a) conseqüência. b) causa. c) finalidade.
d) condição. e) proporção.
Resolução
O que se esperaria da construção iniciada com a ora-
ção subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio
que inicia o período – “ Com tantos universitários sain-
do para o m ercado de trabalho... ” – seria uma oração
principal que indicasse a conseqüência da circuns-
tância enunciada, e tal não ocorre.
23 e
Considerando ainda o período abordado na questão an-
terior, assinale a alternativa que, completando a oração
abaixo, apresenta a relação mais coerente entre as
idéias.
O coordenador do curso de Comunicação Social m en-
cionou que,
a) à m edida que muitos universitários sae m para o
m ercado de trabalho, o Vale do Paraíba te m poten-
cial de absorver os formandos, pois ainda é um m er-
cado inexplorado.
b) como muitos universitários sae m para o m ercado de
trabalho, o Vale do Paraíba te m potencial de absor-
ver os formandos, pois ainda é um m ercado inex-
plorado.
c) há muitos universitários saindo para o m ercado de
trabalho, de modo que o Vale do Paraíba te m poten-
cial de absorver os formandos, pois ainda é um m er-
cado inexplorado.
d) muitos universitários sae m para o m ercado de traba-
lho; portanto, o Vale do Paraíba te m potencial de
absorver os formandos, pois ainda é um m ercado
inexplorado.
e) e mbora muitos universitários estejam saindo para o
m ercado de trabalho, o Vale do Paraíba te m poten-
cial de absorver os formandos, pois ainda é um m er-
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
cado inexplorado.
Resolução
A redação que “ apresenta a relação mais coerente en-
tre as idéias ” é a da alternativa e , porque nela se for-
mula concessivam ente (“ e mbora ”) a idéia relativa à
grande quantidade de formandos, já que tal idéia se
contraporia à capacidade de absorção de tais forman-
dos pela região.
24 c
Aponte a alternativa que conté m uma inferência que
NÃO pode ser feita com base nas idéias explicitadas
no texto.
a) Freqüente m ente, uma boa escola é uma espécie de
passaporte para a ascensão.
b) O conjunto que abrange “ gente de nível superior”
não conté m o subconjunto “ secretárias ” .
c) No âmbito da Universidade, os estudos da língua
estão prioritariam ente voltados para a prática lin-
güística.
d) A escola de qualidade inferior não favorece o
aprendizado da gramática.
e) O conhecim ento gramatical não garante que as
pessoas se expresse m com clareza.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Resolução
Conform e a observação do professor universitário
m encionado no final do trecho transcrito, ao sair do
ambiente universitário para “ enfrentar a língua do
mundo real” o que ocorre é que “ deixamos de viver a
teoria ” . Portanto, a conclusão é o oposto do que se
propõe na alternativa c . O correto seria afirmar que
“ No âmbito da Universidade, os estudos de língua
estão prioritariam ente voltados para a teoria lingüís-
tica ” . Todas as de mais alternativas estão de acordo
com o que se afirma no texto ou contê m inferências
por ele autorizadas.
25 a (teste defeituoso)
Considerando que o autor do texto apresenta os fatos
a partir da perspectiva daqueles que procuram um
curso de língua portuguesa, aponte o sentido que a
palavra “ de manda ” assum e no texto.
a) busca b) necessidade c) exigência
d) pedido e) disputa
Resolução
O sentido prim eiro do verbo de mandar é “ir e m busca
de, procurar” (Aurélio) ou “ tentar obter, através de pe-
dido ou exigência; requerer, reivindicar, reclamar”
(Houaiss), sendo “ busca ” o sentido prim eiro do subs-
tantivo de manda , como se vê no título do célebre rela-
to m edieval, A D e manda do Santo Graal . O corre, po-
ré m, que, no contexto, quadram be m tanto o sentido
de “ busca ” (alternativa a) quanto o de “ necessidade ”
(alternativa b), també m presente entre as possibi-
lidades se mânticas da palavra (e també m dicionari-
zado). Preferimos “ busca ” por ser o sentido mais bá-
sico e por ser sugerido pelo próprio Examinador no
caput do teste, que se refere àqueles “ que procuram
um curso de língua portuguesa ” . D e qualquer forma,
trata-se de um teste com defeito de formulação, por
apresentar duas alternativas cabíveis.
26 d
O adjetivo “ principal” (linha 11) permite inferir que a
clareza é apenas um ele m ento dentro de um conjunto
de dificuldades, talvez o mais significativo. Se m elhante
inferência pode ser realizada pelos advérbios:
a) avidam ente, principalm ente, primordialm ente.
b) sobretudo, avidam ente, principalm ente.
c) avidam ente, antigam ente, principalm ente.
d) sobretudo, principalm ente, primordialm ente.
e) principalm ente, primordialm ente, esporadicam ente.
Resolução
Na alternativa d , os três advérbios propostos são sinô-
nimos, indicando o que se situa “ acima de tudo ” , o
que se coloca “ e m prim eiro lugar” . Nas de mais alter-
nativas, há se mpre um ou dois advérbios discrepantes:
“ avidam ente ” , “ antigam ente ” ou “ esporadicam ente ” .
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
27 a
Durante a Copa do M undo deste ano, foi veiculada, e m
programa esportivo de uma e missora de TV, a notícia
de que um apostador inglês acertou o resultado de
uma partida, porque seguiu os prognósticos de seu
burro de estimação. U m dos com entaristas fez, então,
a seguinte observação: “ Já vi muito com entarista
burro, mas burro com entarista é a prim eira vez. ”
Percebe-se que a classe gramatical das palavras se
altera e m função da orde m que elas assum e m na
expressão.
Assinale a alternativa e m que isso NÃO ocorre:
a) obra grandiosa b) jove m estudante
c) brasileiro trabalhador d) velho chinês
e) fanático religioso
Resolução
E m “ obra grandiosa ” , a alteração na posição dos ter-
mos não muda sua classe gramatical, pois “ obra ” con-
tinuará sendo substantivo e “ grandiosa ” , adjetivo. E m
todos os outros casos, o ele m ento que vier prim eiro
será o substantivo e o segundo, adjetivo.
28 b
Há algum te mpo, apareceu na imprensa a notícia de
uma controvérsia sobre a Lei de Aposentadoria, envol-
vendo duas teses que pode m ser expressas nas sen-
tenças abaixo:
I. Poderão aposentar-se os trabalhadores com 65
anos e 30 anos de contribuição para o INSS.
II. Poderão aposentar-se os trabalhadores com 65
anos ou 30 anos de contribuição para o INSS.
Aponte a alternativa que apresenta a interpretação que
NÃO pode ser feita a partir dessas sentenças:
a) de acordo com (I), para aposentar-se, uma pessoa
deve ter simultaneam ente, pelo m enos, 65 anos de
idade e, pelo m enos 30 anos de contribuição para o
INSS.
b) de acordo com (II), para aposentar-se, uma pessoa
deve ter simultaneam ente, pelo m enos, 65 anos de
idade e, pelo m enos, 30 anos de contribuição para o
INSS.
c) de acordo com (II), uma pessoa que tenha 65 anos
de idade e 5 anos de contribuição para o INSS pode-
rá se aposentar.
d) de acordo com (II), para aposentar-se, basta que
uma pessoa tenha 65 anos de idade, pelo m enos.
e) de acordo com (II), para aposentar-se, basta que
uma pessoa tenha contribuído para o INSS por, pelo
m enos, 30 anos.
Resolução
Na interpretação proposta na alternativa b para a frase
II, o advérbio “ simultaneam ente ” é inaceitável, pois
ele contraria o que diz a frase, que é “ 65 anos [de
idade] ou 30 anos de contribuição ” . Portanto, não há
simultaneidade, mas alternância.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
As questões de 29 a 31 referem-se ao poema
“Canção”, de Cecília Meireles.
Canção
29 e
N este poe ma, há algumas figuras de linguage m. Abai-
xo, você te m, de um lado, os versos e, do outro, o
nom e de uma dessas figuras. O bserve:
I. “ Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das
ondas entreabertas ” .................... sinestesia
II. “ e a cor que escorre dos m eus
dedos ” .......................................... m etonímia
III. “ o vento ve m vindo de longe ” .... aliteração
IV. “ a noite se curva de frio ” ............ personificação
V. “ e o m eu navio chegue ao fundo /
e o m eu sonho desapareça ” ........ polissíndeto
Considerando-se a relação verso/figura de linguage m,
pode-se afirmar que
a) apenas I, II e III estão corretas.
b) apenas I, III e IV estão corretas.
c) apenas II está incorreta.
d) apenas I, IV e V estão corretas.
e) todas estão corretas.
Resolução
E m I, a sinestesia (mistura de estímulos de órgãos
sensoriais diferentes) corresponde à mistura das sen-
sações táctil (“ molhadas ”) e visual (“ azul”); e m II, a
m etonímia (substituição por contigüidade) está e m
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
designar a água por uma característica dela, sua cor,
podendo-se classificar tal figura també m como sinédo-
que (substituição todo/parte), que é um caso especial
de m etonímia; e m III, há aliteração do v (consistindo a
figura na repetição de fone ma consonântico, geral-
m ente no início de palavras); e m IV, a noite é personi-
ficada, ao se atribuíre m a ela sensação (frio) e gesto
(curvar-se de frio) próprios de pessoas; e m V, o polis-
síndeto consiste na repetição do conectivo “ e ” . Todas
as classificações propostas para as figuras de lingua-
ge m apresentadas estão, portanto, corretas. O corre,
poré m, que o Examinador, não consciente, ao que tudo
indica, do proble ma envolvido na distinção entre siné-
doque e m etonímia, propôs, na alternativa c , a opção
“ apenas II está incorreta ” . Tal alternativa, poré m, não
pode ser aceita, pois é descabido exigir que se distin-
ga, no caso, uma subclasse (a sinédoque) do conjunto
de que faz parte (a m etonímia). Se pairar alguma dúvi-
da, consulte m-se os escritos do lingüista Roman
Jakobson a respeito do assunto.
30 b
Pode-se apontar como te ma do poe ma
a) a transitoriedade das coisas.
b) a renúncia.
c) a desilusão.
d) a fugacidade do te mpo.
e) a dúvida existencial.
Resolução
No poe ma relata-se o naufrágio de um sonho. Como tal
naufrágio é provocado ou preparado pelo eu-lírico,
trata-se, na verdade, da experiência de renúncia a um
sonho (alternativa b), mais do que de uma desilusão
(alternativa c).
31 d
C ecília M eireles, poeta da segunda fase do M oder-
nismo Brasileiro, faz parte da chamada “ Poesia de 30 ” .
Sobre esta autora e seu estilo, é CORRETO afirmar
que ela
a) seguiu rigidam ente o M odernismo Brasileiro, produ-
zindo uma poesia de consciência histórica.
b) não seguiu rigidam ente o M odernismo Brasileiro,
produzindo uma obra de traços parnasianos.
c) seguiu rigidam ente o M odernismo Brasileiro, produ-
zindo uma poesia panfletária e musical.
d) não seguiu rigidam ente nenhuma corrente do M o-
dernismo Brasileiro, produzindo uma poesia lírica,
mística e musical.
e) não seguiu rigidam ente nenhuma corrente do M o-
dernismo Brasileiro, produzindo uma poesia histó-
rica, engajada e musical.
Resolução
C ecília M eireles produziu poesia forte m ente marcada
por traços pós-simbolistas, incluindo-se aí o tipo de
musicalidade envolvente que caracteriza seus poe mas,
assim como sua tendência ao misticismo.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
32 c (teste defeituoso)
Q uanto ao te mpo verbal, é CORRETO afirmar que, no
texto abaixo,
João e Maria
Agora eu era herói
E o m eu cavalo só falava inglês
A noiva do ca w boy
Era você alé m das outras três
Eu enfrentava os batalhões
O s ale mães e os seus canhões
Guardava o m eu bodoque
Ensaiava o rock
Para as matinês (...)
(C HIC O B U AR Q U E D E H O LA N D A)
33 b e d (teste defeituoso)
Com relação ao texto abaixo:
34 e
Para uma pessoa mais exigente no que se refere à
redação, especificam ente a construções e m que está
e m jogo a omissão do sujeito, só seria aceitável a alter-
nativa
a) As mulheres deve m evitar o uso de produtos de
higiene fe minina perfumados, pois pode m causar
irritações (...) (Infecção urinária. In A Cidade . Lorena,
março/2002, ano IV, n. 42)
b) E recom endável també m não usar roupas justas,
pois assim permite uma boa ventilação (...), o que
reduz as chances de infecção. (Infecção uririária. In
A Cidade . Lorena, março/2002, ano IV, n. 42)
c) Alguns m edicam entos deve m ser ingeridos ao le-
vantar-se (manhã), e outros antes de dormir (noite),
aproveitando assim seu efeito quando ele é mais
necessário. (Boletim informativo sobre o uso de m e-
dicam entos, produzido por M & R Comunicações)
d) Já a rouquidão persistente é sinal de abuso exces-
sivo da voz, o que pode levar à formação de nódulos
(calos) ou pólipos, e m erece m atenção especial.
(Rouquidão: o que é e como ela afeta sua saúde
vocal. Panfleto de divulgação do curso de Fonoau-
diologia. Lorena, abril de 2001)
e) As seqüelas [causadas pelo herpes] variam de pa-
ciente para paciente e pode m ou não ser permanen-
tes. (Folha Equilíbrio. Folha de S. Paulo , 27/06/2002,
p. 3)
Resolução
E m todas as alternativas, salvo e , há omissão inepta do
sujeito: e m a , o sujeito de “ pode m causar” poderia ser
tanto “ mulheres ” quanto “ produtos ” , e mbora seja
logicam ente este último; e m b , não é possível encon-
trar o sujeito de “ permite ”; e m c , o sujeito de “levan-
tar-se ” , “ dormir” e “ aproveitando ” não aparece na
frase; e m d , não se sabe qual é o sujeito de “ m ere-
ce m ” – “ nódulos ” , “ calos ” ou ambos?
As questões 35 e 36 referem-se ao texto “Língua”,
de Caetano Veloso, exposto abaixo.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Gosto de sentir a minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero m e dedicar
A criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Q ue encurte m dores
E furte m cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E que m há de negar que esta lhe é superior?
E deixa os portugais morrere m à míngua
“ Minha pátria é minha língua ”
Fala, M angueira!
Flor do Lácio, Sambódromo
Lusam érica, latim e m pó.
O que quer
O que pode
Esta língua?
(...)
35 c
A idéia central é que
a) a língua portuguesa está repleta de dificuldades,
principalm ente prosódias e paródias, para os fa-
lantes brasileiros.
b) autores de língua portuguesa, como F ernando
Pessoa, Guimarães Rosa e Camões, tê m estilos
diferentes.
c) a pátria dos falantes é a língua, superando as fron-
teiras geopolíticas.
d) na língua portuguesa, é fundam ental a associação
de palavras para criar efeitos sonoros.
e) a escola de samba M angueira é uma legítima re-
presentante dos falantes da língua portuguesa.
Resolução
A frase central do texto de Caetano Veloso é a forma
alterada de uma célebre afirmação de F ernando
Pessoa: “ Minha pátria é a língua portuguesa. ”
36 e
Caetano Veloso, e m determinado ponto do texto, refe-
re-se à Língua Portuguesa de modo geral, se m consi-
derar as peculiaridades relativas ao uso do idioma no
Brasil e e m Portugal. Para fazer tal referência, utiliza-se
da seguinte expressão:
a) Língua de Luís de Camões. b) Lusam érica.
c) Minha língua. d) Flor do Lácio.
e) Latim e m pó.
Resolução
E m a , a referência é à língua de Portugal; e m b , o vocá-
bulo “lusam érica ” refere-se à A m érica portuguesa, ou
seja, ao Brasil; e m c , “ minha língua ” indica, no contex-
to, a língua do compositor, ou seja, a língua do Brasil;
e m d , “ Flor do Lácio ” refere-se à língua portuguesa e m
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
geral, mas é citação de Olavo Bilac, não expressão de
Caetano Veloso, como parece exigir o teste, armando
uma “ pegada ” para o candidato (a m enos que se trate
aqui de mais um dos testes mal formulados desta
prova); e m e , “latim e m pó ” se refere apenas à língua
portuguesa como transformação do latim, se m mais
especificação.
37 c
A expressão “ Flor do Lácio ” també m faz parte de um
famoso poe ma da Literatura Brasileira, intitulado
“ Língua Portuguesa ” , produzido na segunda m etade
do século XIX.
Assinale a alternativa que apresenta características
pertencentes ao estilo da época e m que foi produzido
esse poe ma.
a) Subjetivismo, culto da forma, arte pela arte.
b) Culto da forma, misticismo, retorno aos motivos
clássicos.
c) Arte pela arte, culto da forma, retorno aos motivos
clássicos.
d) Culto da forma, subjetivismo, misticismo.
e) Subjetivismo, misticismo, arte pela arte.
Resolução
Trata-se de um poe ma do poeta parnasiano Olavo
Bilac. U m dos ideais do Parnasianismo, indicado atra-
vés do princípio “ arte pela arte ” , foi o desvinculam ento
da arte e m relação a questões sociais, políticas, reli-
giosas e outras, resultando tal ideal numa concepção
de arte e m que o objetivo da obra artística é apenas
estético, não ético, ou seja, é apenas a criação de bele-
za. Daí o “ culto da forma ” , ou formalismo, pois a forma
seria o principal ele m ento garantidor da beleza alm eja-
da, e daí també m o “retorno aos motivos clássicos ” ,
pois estes conteriam a tradição de beleza elaborada
pelos grandes m estres antigos da arte e consagrada ao
longo dos séculos.
38 b e e (teste defeituoso)
No texto, Caetano Veloso fala de “ paródias ” . E m qual
das alternativas abaixo o segundo texto NÃO parodia o
prim eiro?
a) Penso, logo existo. / Penso, logo desisto.
b) Q ue m vê cara não vê coração. / Q ue m vê cara não
vê Aids.
c) Nunca deixe para amanhã o que pode fazer hoje. /
Nunca deixe para amanhã o que pode fazer depois
de amanhã.
d) E m terra de cego, que m te m um olho é rei. / E m
terra de cego, que m te m um olho não abre cine ma.
e) Antes só do que mal acompanhado. / Antes mal
acompanhado do que só.
Resolução
E m todas as alternativas há uma “ deformação ” do dito
apresentado de início. E m a , c e d , há propósito zom-
beteiro, jocoso, satírico, essencial à caracterização da
paródia (assim a palavra é definida no Dicionário
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Houaiss: “ obra literária, teatral, musical etc. que imita
outra obra, ou os procedim entos de uma corrente artís-
tica, escola etc. com objetivo jocoso ou satírico ; arre-
m edo ” , e, de forma se m elhante, no Dicionário Aurélio:
“ imitação cômica de uma composição literária ”).
Como tal “ objetivo jocoso ou satírico ” não se encontra
ne m na frase da alternativa b ne m na da alternativa e ,
conclui-se que há duas respostas para este teste.
39 a
O s anúncios apresentam se m elhanças porque seus
criadores
a) exploram, na construção do texto, o potencial de sig-
nificação das palavras, com criatividade.
b) exploram expressões consagradas, negando, no
entanto, o sentido popular de cada uma delas.
c) utilizam processos de abreviação vocabular, repre-
sentados, respectivam ente, por uma sigla e uma
onomatopéia.
d) apostam nas sugestões sonoras produzidas pelos
textos e no conhecim ento vocabular dos leitores.
e) elaboram textos que, apesar de criativos, apresen-
tam a redundância como um proble ma de redação.
Resolução
Na prim eira frase, o autor explorou habilm ente as pos-
sibilidades se mânticas da palavra “ portador” , na
expressão corrente “ cheque ao portador” , que, no
contexto, pode indicar tanto o portador do cheque
quanto o portador da doença. Na segunda frase, ocor-
re algo se m elhante, pois “ bi bi” pode tanto ser a ono-
matopéia consagrada da buzina do automóvel, usada
quando algué m pede passage m, quanto a repetição da
redução da palavra “ bicampeã ” , aludindo ao fato, cele-
brado na frase, de a e mpresa ter sido duas vezes
bicampeã, funcionando o prim eiro “ bi” també m como
prefixo do segundo.
40 d
Nos anúncios, os publicitários utilizaram recursos gra-
maticais diferentes para possibilitar, ao m enos, duas
leituras. Aponte o tipo de recurso utilizado e m cada um
desses anúncios, respectivam ente,
a) sintático, pela função de adjunto adnominal de “ ao
portador” , e fonético, pela exploração da repetição
de som.
b) se mântico, pela polisse mia do termo “ cheque ” , e
sintático, pela elipse do verbo de ligação “ ser” .
c) morfológico, pela utilização de sigla, e fonético, pela
exploração da repetição de som.
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
d) se mântico, pela polisse mia de “ portador” , e mor-
fológico, pela formação de palavra por prefixação.
e) sintático, pela elipse de um termo, e morfológico,
pela exploração de um prefixo latino.
Resolução
No prim eiro caso o autor explorou duas possibilidades
de sentido da palavra “ portador”; no segundo, usou
“ bi” , não só como onomatopéia (e m “ bi bi”), mas tam-
bé m como redução de “ bicampeã ” e como prefixo
acrescido ao segundo “ bi” , no sentido de “ duas vezes
bicampeã ” .
41
Leia com atenção os textos abaixo.
IRACEMA – CAPÍTULO II
Alé m, muito alé m daquela serra, que ainda azula
no horizonte, nasceu Irace ma.
Irace ma, a virge m dos lábios de m el, que tinha
os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palm eira.
O favo da jati não era doce como o seu sorriso;
ne m a baunilha recendia no bosque como o seu háli-
to perfumado.
M ais rápida que a e ma selvage m, a morena vir-
ge m corria o sertão e as matas do Ipu, onde cam-
peava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara.
O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a
verde pelúcia que vestia a terra com as prim eiras
águas.
(J O SÉ D E A LE N C AR)
MACUNAÍMA – CAPÍTULO I
No fundo do mato-virge m nasceu M acunaíma,
herói de nossa gente. Era preto e retinto e filho do
m edo da noite. Houve mom ento e m que o silêncio
foi tão grande escutando o murmurejo do Uiracoera,
que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa
criança é que chamaram de M acunaíma.
Já na m eninice fez coisas de sarapantar. D e pri-
m eiro passou mais de seis anos não falando. Se o
incitavam a falar exclamava:
– Ai! que preguiça...
(M ÁRIO D E A N DRA D E )
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
de extração indígena (graúna, “jati” , “Ipu ” , “ tabaja-
ra ” , “ Uraricoera ” , “ tapanhumas ”), e da natureza
brasileira, convertida e m espaço mítico, cenário
paradisíaco que assistiu ao nascim ento dos prota-
gonistas, ambos revestidos de grande carga sim-
bólica e nacionalista, ainda que inspiradas e m atitu-
des diversas e divergentes: e m Alencar, a idealiza-
ção lírica e heróica; e m M ário de Andrade, a atitude
crítica, o indianismo “ às avessas ” , na direção da irre-
verência “ antropofágica ” de O s w ald de Andrade.
b) O estilo romântico de José de Alencar explora os
efeitos plásticos de comparações e m cadeia (sí-
miles), que visam a compor uma image m belam en-
te idealizada da heroína, associando-a às virtudes da
terra: as cores, o porte altaneiro, a doçura do m el, o
perfum e das flores etc.
O modernismo crítico e irreverente de M ário de An-
drade revela-se não só na configuração de um herói
desidealizado (“ criança feia ”), preguiçoso, como na
linguage m que, intencionalm ente, transgride a nor-
ma: “ sarapantar” . O examinador violentou o texto
original que registra “ Si” e não “ Se ” . Ó bvio que não
se trata de falha tipográfica, mas de desvio intencio-
nal e constante, dentro do propósito do autor de “ es-
crever brasileiro ” , de incorporar o registro oral ao seu
trabalho artístico.
42
Leia o texto seguinte.
Graciliano Ramos:
Falo som ente com o que falo:
Com as m esmas vinte palavras
girando ao redor do sol
que as limpa do que não é faca:
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
indicam a enum eração de seus atributos, das quali-
dades que constitue m o texto do poe ma e seu con-
teúdo.
43
O texto abaixo, de divulgação científica, apresenta ter-
mos coloquiais que, apesar de muito expressivos, não
são comuns e m textos científicos. Re escreva o pri-
m eiro período, utilizando a linguage m no nível formal.
A ciência vive atrás de truques para dar uma rastei-
ra genética no câncer, mas desta vez parece que
pesquisadores am ericanos deram de cara com um
ovo de Colombo. D esligando um só gene, eles para-
ram o crescim ento do tumor. M elhor ainda: quando
a substância que suprimia o gene parava de agir, ele
se ativava, outra vez – mas a favor do organismo,
ordenando a morte do câncer.
(J O SÉ R EIN ALD O L O PES . G ene “ vira-casaca ” derruba
tumor. Folha de S.Paulo , 5/07/2002, A-16)
Resolução
A questão oferece inúm eras possibilidades, dado que
o examinador não impôs outros requisitos que não a
utilização do “ nível formal” . Assim, poder-se-ia re es-
crever o período como se segue:
“ A ciência procura m eios para superar, através da
genética, o câncer. Pesquisadores am ericanos pode m
ter econtrado uma nova solução. ”
44
Leia o texto abaixo.
BoIeiros sob m edida
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
b) O título pode ser considerado ambíguo devido à
expressão “ sob m edida ” . Aponte dois sentidos pos-
síveis para a expressão, relacionando-os ao conteú-
do do texto.
Resolução
a) “ Dar bola ” é uma expressão que o uso coloquial
consagrou, com o sentido de “ dar importância ” ,
“importar-se ” com algo.
A expressão “ campos ” significa també m “ âmbito ”
e, nessa acepção, te m largo e mprego; a Física, a So-
ciologia, a M edicina dão també m à palavra ” campo ”
significações próprias, pertinentes a essas esferas
do saber.
b) “Sob medida” encerra tanto a noção de exatidão, jus-
teza, como a de algo construído a priori , previamente
destinado a determinada função ou finalidade. No
texto, pode-se entender tanto que os “boleiros” são
objeto de mensuração, de estudo científico, como
também que estejam sendo “fabricados”, “produ-
zidos” pela medicina esportiva, em função das posi-
ções táticas que desempenham nas partidas.
45
Leia o texto seguinte.
REDAÇÃ O
Leia os seguintes textos e, com base no que abordam,
escreva uma dissertação e m prosa, de aproximada-
m ente 25 (vinte e cinco) linhas, sobre
Redação – Comentário
O BJETI V O IT A ( 2 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
M AT E M Á T I C A
NOTAÇÕES
!: conjunto dos núm eros complexos.
" : conjunto dos núm eros reais.
# : conjunto dos núm eros inteiros.
$ = {0,1,2,3,...}.
$* = {1,2, 3, . . . }.
–z: conjugado do núm ero z ∈ !.
i : unidade imaginária; i 2 = – 1.
arg z : um argum ento de z ∈ ! \ {0}.
[a,b] = {x ∈ "; a ≤ x ≤ b}.
]a,b[ = {x ∈ "; a < x < b}.
Ø: conjunto vazio.
A\B ={x ∈ A; x ∉ B}.
X C = U \ X, para X ! U, U ≠ Ø .
I : matriz identidade n x n.
A – 1 : inversa da matriz inversível A.
A T : transposta da matriz A.
—
A B: segm ento de reta unindo os pontos A e B.
— —
m( A B) : m edida (comprim ento) de A B.
1 a
Seja z ∈ !. Das seguintes afirmações independentes:
2 iz 2 + 5–z – i
I. Se w = –––––––––––––––––––––––––– , então
1 + 3–z 2 + 2i z + 3!z!2 + 2!z!
— – 2 i –z 2 + 5z + i
w = –––––––––––––––––––––––––– .
1 + 3z 2 – 2i –z + 3!–z!2 + 2!z!
2i z + 3i + 3
II. Se z ≠ 0 e w = –––––––––––– , então
(1 + 2i)z
2!z! + 3"##2
!w! ≤ –––––––––––– .
"##
5 !z!
(1 + i)z 2 π
III. Se w = –––––––––– , então 2arg z + –––– é um
4"## 3 + 4i 12
argum ento de w.
é (são) verdadeira(s):
a) todas. b) apenas I e II.
c) apenas II e III. d) apenas I e III. e) apenas II.
Resolução
I) Verdadeira, pois
2 i z 2 + 5 z– – i
w = ––––––––––––––––––––––––––––– ⇔
1 + 3 z– 2 + 2 i z + 3 | z | 2 + 2 |z|
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
–––––––––––––
–– (2 i z 2 + 5 z– – i)
w = –––––––––––––––––––––––––––––––––– ⇔
––––––––––––––––––––––––––––
(1 + 3 z– 2 + 2 i z + 3 | z | 2 + 2 |z|)
–– ––– –––– –
–– 2 i . (z 2) + (5 . z– ) – i
⇔ w = ––––––––––––––––––––––––––––––––
–––– –– – ––––– –––– ⇔
1 + (3 z– 2) + 2 i . z + 3 | z | 2 + 2 |z|
–– –2i . z– 2 + 5 z + i
⇔ w = ––––––––––––––––– ––––––––––– , visto que
1 + 3 z 2 – 2 i z– + 3 | z– | 2 + 2 |z|
–
| z | = |z|
II) Verdadeira, pois
2iz + 3i+ 3
w = –––––––––––––– ⇒
(1 + 2 i) z
2iz + 3i+ 3 |2 i z| + |3 i + 3|
⇒ |w| = ––––––––––––– ≤ ––––––––––––––– =
(1 + 2 i) z | 1 + 2 i | . |z|
2 | z | + 3 "$2
= –––––––––––––
"$ 5 . |z|
⇒ arg w = arg
[ (1 + i) . z 2
––––––––––––––
4 "$3 + 4i ] =
π π π
= –––– + 2 arg z – –––– = 2 arg z + ––––
4 6 12
2 d
π
O valor de y 2 – xz para o qual os núm eros sen ––– , x,
12
y, z e sen 75°, nesta orde m, formam uma progressão
aritm ética, é:
2 – "##
3
a) 3– 4 b) 2– 6 c) 6– 2 d) 2– 5 e) ––––––––
4
Resolução
1) (sen ––––
12
, x, y, z, sen 75° ) =
π
5) z – y = y – x ⇒ x + z = 2y
"$6 "$6
Logo, 2y = –––– ⇒ y = ––––
2 4
"$6 "$6
7) x + z = –––– ⇒ z = –––– – x ⇒
2 2
"$6 2 "$
6 – "$
2 2 "$6 + "$
2
⇒ z = –––– – –––––––––– ⇒ z = ––––––––––
2 8 8
"$
4
( )
6 2 2 "$ 2 2 "$
6 – "$
8
6 + "$
8
2
Portanto, y 2 – xz = –––– – –––––––––– . –––––––––– =
6 4.6–2 1
= ––– – –––––––– = ––– = 2–5
16 64 32
3 c
Considere a função
f: # \ {0} → ", f(x) = "#####
3 x – 2 (9 2x + 1)1/(2x) – (3 2x + 5)1/x + 1.
A soma de todos os valores de x para os quais a equa-
ção y 2 + 2y + f(x) = 0 te m raiz dupla é:
a) 0 b) 1 c) 2 d) 4 e) 6
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Resolução
1) A equação e m y, y 2 + 2y + f(x) = 0, te m raiz dupla
e, portanto:
∆ = 2 2 – 4 . 1 f(x) = 0 ⇔ f(x) = 1
⇔ x 2 + 2x + 2 = 4x + 10 ⇔
⇔ x 2 – 2x – 8 = 0 ⇔ x = 4 ou x = –2
4 a
Considere uma função f : " → " não-constante e tal
que f(x + y) = f(x) f(y), ∀x,y ∈ ".
Das afirmações:
I. f(x) > 0, ∀x ∈ ".
II. f(nx) = [f(x)]n , ∀x ∈ ", ∀n ∈ $*.
III. f é par.
é (são) verdadeira(s):
a) apenas I e II. b) apenas lI e llI. c) apenas I e III.
d) todas. e) nenhuma.
Resolução
O bserve mos que f(a) ≠ 0, ∀a ∈ ", pois, de outra forma
f(x) = f (x – a + a) = f(x – a) . f(a) = f(x – a) . 0 = 0, ∀x ∈ ",
contrariando a hipótese de f não ser constante.
Assim sendo,
I) Verdadeira, pois
f(x) = f
(
) ( )( )
x x
–– + –– = f
2 2
x
–– . f
2
x
–– =
2
2
=
[ ( )]
f
x
––
2 ( ) > 0, ∀x ∈ ", visto que f
x
–– ∈ "*.
2
5 c
Considere o polinômio P(x) = 2x + a 2 x 2 + … + a n x n ,
cujos coeficientes 2, a 2 , …, a n formam, nesta orde m,
uma progressão geom étrica de razão q > 0. Sabendo
1
que – ––– é uma raiz de P e que P(2) = 5460, te m-se
2
n2 – q3
que o valor de ––––––– é igual a:
q4
5 3 7 11 15
a) ––– b) ––– c) ––– d) ––– e) –––
4 2 4 6 8
Resolução
1) Se 2, a 2 , a 3 , …, a n formam, nesta orde m, uma pro-
gressão geom étrica de razão q > 0, então
a 2 = 2q, a 3 = 2q 2 , …, a n = 2q n –1 e
P(x) = 2x + a 2 x 2 + a 3 x 3 + … + a n x n =
= 2x + 2qx 2 + 2q 2 x 3 + … + 2q n – 1 . x n ⇒
2x [(qx)n – 1]
⇒ P(x) = ––––––––––––
qx – 1
( )
1 1
2) Como – –– é raiz, te m-se P – ––
2 2 ( ) = 0⇒
1
( ) [( ) ]q
2 – ––– . – ––– n – 1
2 2
⇒ ––––––––––––––––––––––– = 0 ⇒
q
– ––– – 1
2
q
⇒ – ––
2 ( ) n
= 1 ⇒ (–q)n = 2 n .
2 . 2 [(q . 2)n – 1]
3) P(2) = 5460 ⇒ –––––––––––––––– = 5460 ⇒
q.2–1
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
4 [(2 . 2)n – 1]
⇒ ––––––––––––– = 5460 ⇒ 4 n = 4096 ⇒ n = 6
2.2–1
n2 – q3 62 – 23 36 – 8 7
4) –––––––
4
= –––––––
4
= ––––––– = –––
q 2 16 4
6 e
Dividindo-se o polinômio P(x) = x 5 + ax 4 + bx 2 + cx + 1
por (x – 1), obté m-se resto igual a 2. Dividindo-se P(x)
por (x + 1), obté m-se resto igual a 3. Sabendo que P(x)
ab
é divisível por (x – 2), te m-se que o valor de ––– é igual
a: c
a) – 6 b) – 4 c) 4 d) 7 e) 9
Resolução
' '
P(x) !–––––––
x–1
2 ! P(1) = 2
P(x) !–––––––
x + 1 ⇒ P(– 1) = 3 ⇒
3 !
P(x) !–––––––
x–2 P(2) = 0
0 !
'
1 + a + b + c + 1 = 2
⇒ –1 + a + b–c + 1 = 3 ⇒
32 + 16a + 4b + 2c + 1 = 0
'
a + b + c = 0
⇒ a + b–c = 3 ⇒
16a + 4b + 2c = – 33
'
a =–3
9
9 (– 3) . ––––
b = ––– a.b 2
⇒ 2 ⇒ ––––– = –––––––––––– = 9
c 3
3 – –––
c = – ––– 2
2
7 d
Das afirmações abaixo sobre a equação
z 4 + z 3 + z 2 + z + 1 = 0 e suas soluções no plano com-
plexo:
I. A equação possui pelo m enos um par de raízes
reais.
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
n
r k 1
então ∑ ––
3
< –– .
2
k = 1
é (são) verdadeira(s) :
a) nenhuma. b) apenas I. c) apenas lI.
d) apenas III. e) apenas I e III.
Resolução
1) 1 não é raiz de z 4 + z 3 + z 2 + z + 1 = 0, pois
1 4 + 1 3 + 1 2 + 1 + 1 ≠ 0.
2) As raízes de z 4 + z 3 + z 2 + z + 1 = 0 são també m raí-
zes de z 5 – 1 = 0, pois z 5 – 1 = (z – 1) . (z 4 + z 3 + +
z 2 + z + 1).
[ ( )
2 kπ
5
2 kπ
que z = cos –––– + i sen –––– , para
5 ( )]
k = 0, 1, 2, 3 e 4. D esta forma, |z| = 1.
(2π
5
2π
z 2 = cos –––– + i sen –––– ∉ "
5 )
(4π
5
4π
z 3 = cos –––– + i sen –––– ∉ "
5 )
(6π
5
6π
z 4 = cos –––– + i sen –––– ∉ "
5 )
(8π
5
8π
z 5 = cos –––– + i sen –––– ∉ "
5 )
5) Se r é uma raiz, então | r | = | z | = 1 e
n k k k
| | | | ( )
∞ ∞
r r |r|
∑ ––– < ∑ ––– = ∑ ––– =
k = 1 3 k = 1 3 k = 1 3
∞ k
= ∑
k = 1 ( )
1
–––
3
1
= ––– .
2
8 b
Seja k ∈ " tal que a equação 2x 3 + 7x 2 + 4x + k = 0
possua uma raiz dupla e inteira x 1 e uma raiz x 2 , distin-
ta de x 1 . Então, (k + x 1)x 2 é igual a:
a) – 6 b) – 3 c) 1 d) 2 e) 8
Resolução
1) Se x 1 for raiz inteira e dupla da equação
2x 3 + 7x 2 + 4x + k = 0, então x 1 será raiz, també m,
da equação 6x 2 + 14x + 4 = 0.
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
2) 6x 2 + 14x + 4 = 0 ⇔ 3x 2 + 7x + 2 = 0 ⇔
–7 ± 5 ⇔ x = –1 ou x = –2
⇔ x = –––––– –––
6 3
1
5) O valor de (k + x 1) . x 2 = (–4 – 2) . –– = – 3
2
9 a
Considere o conjunto S = {(a, b) ∈ $ x $: a + b = 18}. A
18!
soma de todos os números da forma –––– , ∀(a, b) ∈ S, é:
a!b!
a) 8 6 b) 9! c) 9 6 d )
12 6 e) 12!
Resolução
1) S = {(a, b) ∈ $ x $ : a + b = 18} =
= {(0; 18); (1; 17); (2; 16); (3; 15) ; ... (18; 0)}
18!
2) A soma de todos os núm eros da forma ––––– ,
a!b!
∀(a, b) ∈ S é
18! 18! 18! 18!
––––– + ––––– + ––––– + ... + ––––– =
0!18! 1!17! 2!16! 18!0!
= ( )( )( )
18
0
+
18
1
+
18
2
+ ... + ( ) 18
18
= 2 18 = 8 6
10 c
O núm ero de divisores de 17640 que, por sua vez, são
divisíveis por 3 é:
a) 24 b) 36 c) 48 d) 54 e) 72
Resolução
O número de divisores naturais de 17640 = 23 . 32 . 51 . 72
é igual a
n [ D + (17640)] = (3 + 1) . (2 + 1) . (1 + 1) . (2 + 1) = 72.
D esses, não são divisíveis por 3 os divisores de
2 3 . 3 0 . 5 1 . 7 2 , que são e m núm ero de
(3 + 1) . (1 + 1) . (2 + 1) = 24.
Portanto, o núm ero de divisores de 17640 que, por sua
vez, são divisíveis por 3 é igual a 72 – 24 = 48 .
O bs.: e m #, a solução do proble ma é 96.
11 d
Sejam A e P matrizes n x n inversíveis e B = P–1 AP.
Das afirmações:
I. B T é inversível e (B T)– 1 = (B – 1)T .
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
II. Se A é sim étrica, então B també m o é.
III. det(A – λI) = det(B – λI), ∀ λ ∈ ".
é(são) verdadeira(s):
a) todas. b) apenas I.
c) apenas I e lI. d) apenas I e III.
e) apenas lI e III.
Resolução
I) Verdadeiro, pois
1) det B T = det B = det(P–1 . A . P) =
1
= –––––– . det A . det P = det A ≠ 0, visto que A
det P
é inversível. Assim sendo, B é inversível.
2) (B T) –1 = (B T) –1 . I = (B T) –1 . IT =
= (B T) –1 . (B –1 . B)T = (B T) –1 . B T . (B –1)T =
= I . (B –1)T = (B –1)T
3 –2 2 1 1 2
=
) –1 1 (.) 1 2 (.) 1 3 (=
4 –1 1 2 3 5
=
) –1 1 (.) 1 3 (=) 0 1 (.
N esse caso, A é sim étrica e B não o é.
12 a
O núm ero de todos os valores de a ∈ [0, 2π], distintos,
para os quais o siste ma nas incógnitas x, y e z, dado
por
{
–4x + y – 6z = cos 3a
x + 2y – 5z = sen 2a
6x + 3y – 4z = –2 cos a,
é possível e não-homogêneo, é igual a:
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6
Resolução
No siste ma
{ –4x + y – 6z = cos 3a
x + 2y – 5z = sen 2a
6x + 3y – 4z = – 2 cos a
O siste ma não é homogêneo e portanto, cos a ≠ 0.
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Seja p a característica de (MI) e q a característica de
(M C).
| |
–4 1 –6
det(MI) = 1 2 –5 = 0
6 3 –4
e sendo
| –4
1
1
2 | ≠ 0, tere mos p = 2.
| |
–4 1 cos 3a
1 2 sen 2a = 0⇔
6 3 –2 cos a
{
1
sen a = – –– 7π ou a = ––––
2 ⇒ a = ––– 11π
6 6
0 ≤ a ≤ 2π
13 b
Para todo x ∈ ", a expressão [cos(2x)]2[sen (2x)]2 sen x
é igual a:
a) 2 – 4 [sen(2x) + sen (5x) + sen (7x)].
b) 2– 4 [2 sen x + sen (7x) – sen (9x )].
c) 2– 4 [– sen(2x) – sen (3x) + sen(7x)].
d) 2– 4 [– sen x + 2 sen (5x) – sen (9x)].
e) 2– 4(senx + 2sen(3x) + sen(5x)].
Resolução
Para todo x ∈ ", te mos:
[cos (2x)]2 . [sen (2x)]2 . sen x =
[ ]
2 . sen (2x) . cos (2x) 2
= –––––––––––––––––––– . sen x =
2
1
= –– . [ sen (4x)]2 . sen x =
4
[ ]
1 – 2 . sen (4x) . sen x
= –– . ––––––––––––––––––– . sen (4x) =
4 –2
1
= – –– . [ cos (5x) – cos (3x)] . sen (4x) =
8
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
[ ]
1 2 . cos (5x) . sen (4x) 2 . sen (4x) . cos (3x)
= – –– . ––––––––––––––––––– – ––––––––––––––––––– =
8 2 2
1
= – ––– . [sen (9x) – sen x – sen (7x) – sen x] =
16
1
= ––– . [2 . sen x + sen (7x) – sen (9x)] =
16
14 e
Considere os contradomínios das funções arco-seno e
) (
π π
arco-cosseno como sendo – –––, ––– e [0, π], res-
2 2
pectivam ente. Com respeito à função
) (
π 3π
f: [– 1, 1] → – –––, ––– , f(x) = arcsen x + arccos x,
2 2
te mos que:
a) f é não-crescente e ímpar.
b) f não é par ne m ímpar.
c) f é sobrejetora.
d) f é injetora.
e) f é constante.
Resolução
) (
π 3π
Seja f: [– 1; 1] → – –––, ––– ,
2 2
f(x) = arc sen x + arc cos x
π π
1) – ––– ≤ α ≤ ––– e arc sen x = α ⇒ sen α = x
2 2
2) 0 ≤ β ≤ π e arc cos x = β ⇔ cos β = x
π
3) D e (1) e (2), te mos α + β = –––
2
π
4) f(x) = arc sen x + arc cos x = α + β = ––– e por-
tanto f é constante. 2
15 c
Considere a família de circunferências com centros no
segundo quadrante e tangentes ao eixo O y. Cada uma
destas circunferências corta o eixo O x e m dois pontos,
distantes entre si de 4 cm. Então, o lugar geom étrico
dos centros destas circunferências é parte:
a) de uma elipse.
b) de uma parábola.
c) de uma hipérbole.
d) de duas retas concorrentes.
e) da reta y = – x.
Resolução
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
1º) A circunferência, com centro no 2º quadrante e
tangente ao eixo y, te m centro C (x; y), com x < 0
e y > 0 e raio r = CT = !x!.
2º) A corda determinada por essa circunferência, com
o eixo x, é tal que A B = 4 e A M = 2 (pois M é o
–––
ponto m édio de A B).
3º) Considerando o triângulo retângulo A M C, com
A M = 2, C M = y e A C = !x!, resulta:
A C 2 = A M 2 + C M 2 ⇒ x 2 = 2 2 + y 2 ⇔ x 2 – y 2 = 4.
D essa forma, o lugar geom étrico dos centros das cir-
cunferências, nas condições acima, resulta pontos da
hipérbole de equação x 2 – y 2 = 4, com x < 0 e y > 0.
16 b
A área do polígono, situado no prim eiro quadrante, que
é delimitado pelos eixos coordenados e pelo conjunto
{(x, y) ∈ "2 : 3x 2 + 2y 2 + 5xy – 9x – 8y + 6 = 0},
é igual a:
5 10
a) "##
6 b) ––– c) 2"##
2 d) 3 e) –––
2 3
Resolução
3x 2 + 2y 2 + 5xy – 9x – 8y + 6 = 0 ⇔
⇔ 3x 2 + 2y 2 + 3xy + 2xy – 3x – 6x – 2y – 6y + 6 = 0 ⇔
⇔ 3x (x + y) + 2y (y + x) – (3x + 2y) – 6 (x + y – 1) = 0 ⇔
⇔ (x + y) (3x + 2y) – (3x + 2y) – 6 (x + y – 1) = 0 ⇔
⇔ (3x + 2y) (x + y – 1) – 6 (x + y – 1) = 0 ⇔
⇔ (x + y – 1) (3x + 2y – 6) = 0 ⇔
⇔ x + y – 1 = 0 ou 3x + 2y – 6 = 0, que são as equa-
ções de duas retas e m "2 , representadas a seguir:
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
A área do polígono A B C D pedido é igual à diferença
entre as áreas dos triângulos O B C e O A D da figura.
2.3 1.1 5
Resulta, então, ––––– – ––––– = ––– .
2 2 2
17 b
Sejam r e s duas retas paralelas distando entre si 5 cm.
Seja P um ponto na região interior a estas retas, dis-
tando 4 cm de r. A área do triângulo equilátero P Q R,
cujos vértices Q e R estão, respectivam ente, sobre as
retas r e s, é igual, e m cm 2 , a:
a) 3"###
15 b) 7"##
3 c) 5"##
6
15 7
d) ––– "##3 e) ––– "###
15
2 2
Resolução
2º) S Q + Q T = UR
Assim:"$$$
l2 – 25 + "$$$l2 – 16 = "$$l 2 –1 ⇔
⇔ "$$$
l2 – 25 = "$$l 2 –1 – "$$$
l2 – 16 ⇔
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
⇔2 "$$$$$$
l4 – 17l2 + 16 = l 2 + 8 ⇔ 3l 4 – 84l 2 = 0 ⇔
84
⇔ l 2 = ––– ⇔ l 2 = 28
3
l 2"$3
3º) S = –––––––
4
28 . "$
3
Assim: S = ––––––– ⇔ S = 7 "$
3
4
18 d
Considere três polígonos regulares tais que os núm e-
ros que expressam a quantidade de lados de cada um
constituam uma progressão aritm ética. Sabe-se que o
produto destes três núm eros é igual a 585 e que a
soma de todos os ângulos internos dos três polígonos
é igual a 3780°. O núm ero total das diagonais nestes
três polígonos é igual a:
a) 63 b) 69 c) 90 d) 97 e) 106
Resolução
Sendo n – p, n e n + p os núm eros naturais que expres-
sam a quantidade de lados destes três polígonos e S d
o núm ero total das diagonais nestes três polígonos, de
acordo com o enunciado, tê m-se:
1º) (n – p – 2) 180° + (n – 2) 180° + (n + p – 2) 180° = 3780° ⇔
⇔ n – p – 2 + n – 2 + n + p – 2 = 21 ⇔ 3n – 6 = 21 ⇔
⇔ 3n = 27 ⇔ n = 9
2º) (n – p) . n . (n + p) = 585
Assim: (9 – p) . 9 (9 + p) = 585 ⇔ 81 – p 2 = 65 ⇔
⇔ p 2 = 16 ⇔ p = 4, pois p ∈ $
5.2 9.6 13 . 10
S d = ––––– + ––––– + –––––––– = 97
2 2 2
19 c
—
Considere o triângulo isósceles O A B, com lados O A e
— —
O B de comprim ento "## 2 R e lado A B de comprim ento
2R. O volum e do sólido, obtido pela rotação deste
triângulo e—
m torno da reta que passa por O e é parale-
la ao lado A B, é igual a:
π 4π
a) ––– R 3 b) π R 3 c) –––– R 3
2 3
d) "##
2 πR 3 e) "##
3 πR 3
Resolução
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
O volum e V deste sólido é dado pela diferença entre o
volum e de um cilindro circular reto de altura 2R e raio
da base x, e o volum e de dois cones retos congruen-
tes de altura R e raio da base x, e m que x é a distância
↔
entre o ponto O e a reta A B.
Assim:
1º) x 2 + R 2 = ( "$
2 R) 2 ⇔ x 2 = R 2
1 4π
2º) V = π x 2 2R – 2 . –– . π . x 2 . R ⇔ V = ––– R x 2
3 3
Logo:
4π 4π
V = ––– R . R 2 ⇔ V = ––– R 3
3 3
20 b
Considere uma pirâmide regular de altura igual a 5 cm
e cuja base é formada por um quadrado de área igual a
8 cm 2 . A distância de cada face desta pirâmide ao cen-
tro de sua base, e m cm, é igual a:
"###
15 5"##
6 4"##3 7
a) –––– b) –––– c) –––– d) ––– e) "##
3
3 9 5 5
Resolução
5"##
2 5"##6
Assim: "##
2 . 5 = 3 "##
3 . d ⇔ d = –––––– ⇔ d = ––––––
3"##
3 9
21
Sejam U um conjunto não-vazio e A ! U, B ! U.
Usando apenas as definições de igualdade, reunião,
intersecção e comple m entar, prove que:
I. Se A " B = Ø , então B ! A C .
II. B \ A C = B " A.
Resolução
1) Para A " B = Ø:
(x ∈ B ⇒ x ∉ A, ∀ x) ⇒
(x ∈ B ⇒ x ∈ A C , ∀ x) ⇒ B ! A C
2) x ∈ B \ A C , ∀ x ⇔
⇔ (x ∈ B e x ∉ A C ), ∀ x ⇔
⇔ (x ∈ B e x ∈ A), ∀ x ⇔
⇔ (x ∈ A " B), ∀ x ⇔ B \ A C = A " B
Resposta: D e monstrações
22
D etermine o conjunto dos núm eros complexos z para
os quais o núm ero
z + –z + 2
w = ––––––––––––––––––––
"###################
!z – 1! + !z + 1! – 3
pertence ao conjunto dos núm eros reais. Interprete
(ou identifique) este conjunto geom etricam ente e faça
um esboço do m esmo.
Resolução
Sendo x e y reais tais que z = x + yi, e m que i é a uni-
dade imaginária, te m-se:
(x + yi) + (x – yi) + 2
w = –––––––––––––––––––––––––––––––––––––– =
"$$$$$$$$$$$$$$
"$$$$$$$
(x – 1) 2 + y 2 + "$$$$$$$
(x + 1) 2 + y 2 – 3
2 (x + 1)
= ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
"$$$$$$$$$$$$$$
"$$$$$$$
(x – 1) 2 + y 2 + "$$$$$$$
(x + 1) 2 + y 2 – 3
"$$$$$$$
(x – 1) 2 + y 2 + "$$$$$$$
(x + 1) 2 + y 2 – 3 > 0 ⇔
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
⇔ "$$$$$$$$$$
(x – 1) 2 + (y – 0) 2 + "$$$$$$$$$$
(x + 1) 2 + (y – 0) 2 > 3 ⇔
23
Considere a seguinte situação baseada num dos para-
doxos de Zenão de Eléia, filósofo grego do século V
A.C. Suponha que o atleta Aquiles e uma tartaruga
apostam uma corrida e m linha reta, correndo com velo-
cidades constantes v A e v T , com 0 < v T < v A . Como
a tartaruga é mais lenta, é-lhe dada uma vantage m ini-
cial, de modo a com eçar a corrida no instante t = 0 a
uma distância d 1 > 0 na frente de Aquiles. Calcule os
te mpos t 1 , t 2 , t 3 ,... que Aquiles precisa para percorrer
as distâncias d 1 , d 2 , d 3 ,..., respectivam ente, sendo
que, para todo n ≥ 2, d n denota a distância entre a tar-
n–1
d1 P0 d2 P1 d3 P2
|––––––––––|––––––––––|––––––––––|–––––––––– ............
A0 t1 A1 t2 A2 t3 A3
24
M ostre que toda função f : " \ {0} → ", satisfazendo
f (xy) = f (x) + f (y) e m todo seu domínio, é par.
Resolução
∀z ∈ " \ {0}:
1) x = z e y = z ⇒ f(z 2) = f(z) + f(z) ⇒ f(z 2) = 2f(z)
2) x = – z e y = – z ⇒ f(z 2) = f(– z) + f(– z) ⇒
⇒ f(z 2) = 2f(– z)
Logo, f(z 2) = 2 f(z) = 2 f(–z), ∀z ∈ " \ {0} ⇒
⇒ f(–z) = f(z), ∀z ∈ " \ {0} ⇒ f é par, ∀z ∈ " \ {0}
Resposta: D e monstração
25
Sejam a , b , c e d constantes reais. Sabendo que a divi-
são de P 1(x) = x 4 + ax 2 + b por P 2(x) = x 2 + 2x + 4 é
exata, e que a divisão de P 3(x) = x 3 + cx 2 + dx – 3 por
P 4(x) = x 2 – x + 2 te m resto igual a – 5, determine o
valor de a + b + c + d .
Resolução
1º) Na divisão de P 1(x) por P 2(x), deve-se ter quociente
Q(x) = x 2 + m . x + n e resto R(x) ≡ 0, portanto:
x 4 + a . x 2 + b ≡ (x 2 + 2 . x + 4) . (x 2 + m . x + n) ⇔
⇔ x 4 + a . x 2 + b ≡ x 4 + (m + 2) . x 3 +
+ (2m + 4 + n) x 2 + (4m + 2n) . x + 4n
Então:
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
{ {
m + 2 = 0 m = –2
2m + 4 + n = a ⇒ n = 4
4m + 2n = 0 a = 4
4n = b b = 16
Então
{ p–1 = c
2–p = d
2p – 5 = – 3
⇒ { p = 1
c = 0
d = 1
Resposta: a + b + c + d = 21
26
Sejam a , b , c e d núm eros reais não-nulos. Exprima o
valor do determinante da matriz
[ ]
bcd 1 a a2
acd 1 b b2
abd 1 c c2
abc 1 d d2
na forma de um produto de núm eros reais.
Resolução
Sendo D o valor do determinante da matriz dada, mul-
tiplicando-se os ele m entos da prim eira linha por a, os
da segunda linha por b, os da terceira por c, e os da
quarta por d, te m-se:
| |
abcd a a2 a3
abcd b b2 b3 = abcd D ⇔
abcd c c2 c3
abcd d d2 d3
1
1
1
1
a
b
c
d
a2
b2
c2
d2
a3
b3
c3
d3 |
⇔
= abcd D ⇔
abcd .
|
| |
1 a a2 a3
⇔D = 1 b b2 b3 ⇔
1 c c2 c3
1 d d2 d3
⇔ D = (b – a) (c – a) (d – a) (c – b) (d – b) (d – c)
Resposta: (b – a) (c – a) (d – a) (c – b) (d – b) (d – c)
27
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
] [
π π
Encontre todos os valores de a ∈ – –– , –– para os
2 2
quais a equação na variável real x ,
ex ex
arctg
(
"$
2 – 1 + –––
2 ) + arctg
( "$
2 – 1 – –––
2 ) = a,
admite solução.
Resolução
] [
π π
Para a ∈ – –– , + –– :
2 2
1) arc tg "##& ex
%
2 – 1 + ––– + arc tg "##
2
ex
2 – 1 – ––– = a ⇒
2 & %
144424443 144424443
α β
'
α+β= a
ex
tg α = "##
2 – 1 + –––
⇒ 2
ex
tg β = "##
2 – 1 – –––
2
*
tg α + tg β = 2("##
2 – 1)
2)
ex 2
tg α . tg β = ("##
2 – 1)2 – –––
2 ( ) ⇒
tg α + tg β
tg(α + β) = ––––––––––––––
1 – tg α . tg β
2("##
2 – 1)
⇒ tg(α + β) = ––––––––––––––––––––– = tg a ⇒
ex 2
1 – ("##
2 – 1)2 + –––
2 ( )
2
2("##
& %
2 – 1) ex
⇒ ––––––––––– = 2("##
2 – 1) + ––– ⇒
tg a 2
2
2("##
& %
2 – 1)(1 – tg a) ex
⇒ –––––––––––––––––– = ––– ⇒
tg a 2
2("##
2 – 1)(1 – tg a)
⇒ –––––––––––––––––– > 0 ⇒
tg a
π
⇒ 0 < tg a < 1 ⇒ 0 < a < –––
4
π
Resposta: 0 < a < –––
4
28
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
x2 y2
Sab e-s e qu e u m a e lips e d e e quação –– + –– = 1
a2 b2
tang e ncia int erna m e nt e a circunf erê ncia d e e quação
x 2 + y 2 = 5 e que a reta de equação 3 x + 2 y = 6 é tan-
gente à elipse no ponto P . D etermine as coordenadas
de P .
Resolução
{ {
9x 2 y2 8
x = –––
–––– + ––– = 1 9
16 5 ⇔
5
3x + 2y = 6 y = –––
3
(
8 5
Assim, finalm ente, te m-se: P –––; –––
9 3 )
(
8 5
Resposta: P –––; –––
9 3 )
29
Considere um quadrado A B C D . Sejam E o ponto
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
––––
m édio do segm ento C D e F um ponto sobre o seg-
–––– –––– –––– ––––
m ento C E tal que m ( B C ) + m ( C F ) = m ( A F ). Prove
q u e c o s α = c o s 2β, s e n d o o s â n g ulo s α = B Â F e
β = E Â D.
Resolução
l – –– l 3l
––
3
4 ⇔ cos α = ––
4 ⇔ cos α = ––––
⇔ cos α = –––––– (I)
l + ––
l 5l
–– 5
4 4
( )l 2
1º) (A E)2 = (A D)2 + (D E)2 ⇔ (A E)2 = l 2 + –– ⇔
2
l "$5
⇔ A E = ––––––
2
AD l 2
2º) cos β = ––– ⇔ cos β = –––––– ⇔ cos β = –––––
AE l "$5 "$5
–––––
2
3º) cos 2 β = 2 cos 2 β – 1
( ) 2 2
3
Assim: cos 2 β = 2 . ––––– – 1 ⇔ cos 2 β = –– (II)
"$5 5
D e (I) e (II) te m-se, final-
m ente: cos α = cos 2 β
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Resposta: D e monstração
30
Q uatro esferas de m esmo raio R > 0 são tangentes
externam ente duas a duas, de forma que seus centros
formam um tetraedro regular com arestas de compri-
m ento 2 R . D etermine, e m função de R , a expressão do
volum e do tetraedro circunscrito às quatro esferas.
Resolução
H h
2º) ––– = ––– + R ⇔ H = h + 4R
4 4
2R "$
6 2R ("$
6 + 6)
Assim: H = ––––––– + 4R ⇔ H = –––––––———
3 3
L "$6
3º) H = –––––
3
2R ("$
6 + 6) L "$6
Assim: ––––——––– = ––––– ⇔ L = 2R (1 + "$
6)
3 3
L 3 "$
2 [2R (1 + "$
6)] 3 . "$
2
4º) V = ––––– = ––––——––––––––––– ⇔
12 12
2 "$2 (1 + "$
6) 3 R 3
Resposta: V = ––––––––––––––––
3
Comentário e Gráfico
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Com 16 questões de Álgebra, 5 de G eom etria, 5
de Trigonom etria e apenas 4 de G eom etria Analítica, os
examinadores propuseram uma prova extre mam ente
difícil, apresentando um núm ero exacerbado de ques-
tões para sere m resolvidas no te mpo pré-estabelecido
de quatro horas, de tal sorte que os candidatos mais
be m preparados deve m ter deixado os locais das pro-
vas totalm ente extenuados e desanimados.
O BJETI V O IT A ( 3 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Q UÍ M I C A
CONSTANTES
DEFINIÇÕES
MASSAS MOLARES
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Elemento Número Massa Molar
Químico Atômico (g mol–1)
Ti 22 47,88
Cr 24 52,00
Mn 25 54,94
Fe 26 55,85
Zn 30 65,37
Br 35 79,91
Ag 47 107,87
Sb 51 121,75
I 53 126,90
Xe 54 131,30
Ba 56 137,34
Pt 78 195,09
Hg 80 200,59
Pb 82 207,21
1 b
O abaixam ento da te mperatura de congelam ento da
água numa solução aquosa com concentração molal
de soluto igual a 0,100 mol kg–1 é 0,55°C. Sabe-se que
a constante crioscópica da água é igual a 1,86°C kg
mol–1 . Q ual das opções abaixo conté m a fórmula mo-
lecular CORRETA do soluto?
a) [ Ag(N H 3)] Cl. b) [Pt(N H 3)4 Cl2] Cl2 .
c) [ Na[Al(O H)4]. d) K 3[ F e(C N)6].
e) K 4[ F e(C N)6].
Resolução
O abaixam ento da te mperatura de congelam ento da
água é dado pela expressão:
∆tc = K c . M l . i
0,55°C = 1,86°C . kg . mol –1 . 0,100 mol kg –1 . i
i≅3
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Q UÍ M I C A
2 e
Q ual das opções apresenta uma substância que ao rea-
gir com um agente oxidante ([O]), e m excesso, produz
um ácido carboxílico?
a) 2-propanol. b) 2-m etil-2-propanol.
c) ciclobutano. d) propanona.
e) etanol.
Resolução
H O
[O]
H 3 C — C — O H → H 2 O + H 3 C — C →
H
H
etanol etanal
O
[O]
→ H 3 C — C
OH
ácido etanóico
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Q UÍ M I C A
3 d
U ma solução líquida é constituída de 1,2-dibromo etile-
no (C 2 H 2 Br2) e 2,3-dibromo propeno (C 3 H 4 Br2). A 85°C,
a concentração do 1,2-dibromo etileno nesta solução é
igual a 0,40 (moI/mol). N essa te mperatura as pressões
de vapor saturantes do 1,2-dibromo etileno e do 2,3-
dibromo propeno puros são, respectivam ente, iguais a
173 m m Hg e 127 m m Hg. Admitindo que a solução
te m comportam ento ideal, é CORRETO afirmar que a
concentração (e m moI/mol) de 2,3-dibromo propeno
na fase gasosa é igual a
a) 0,40. b) 0,42. c) 0,48. d) 0,52. e) 0,60.
Resolução
Cálculo da pressão de vapor do 1,2-dibromoetileno na
mistura
P C H Br = P C0 H Br . X C H Br
2 2 2 2 2 2 2 2 2
P C 2 H 2 Br2 = 69,2 m m Hg
X C 2 H 2 Br2 + X C 3 H 4 Br2 = 1
0,40 + X C 3 H 4 Br2 = 1
X C 3 H 4 Br2 = 0,60
0
P C 3 H 4 Br2 = X C 3 H 4 Br2 . X C 3 H 4 Br2
P C 3 H 4 Br2 = 76,2 m m Hg
P = P C 2 H 2 Br2 + P C 3 H 4 Br2
P = 69,2 m m Hg + 76,2 m m Hg
P = 145,4 m m Hg
P C 3 H 4 Br2 = X C 3 H 4 Br2 . P
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
76,2 m m Hg = X C 3 H 4 Br2 . 145,4 m m Hg
X C 3 H 4 Br2 = 0,52.
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Q UÍ M I C A
4 e
U ma mistura de azoteto de sódio, NaN 3(c), e de óxido
de ferro (IlI), F e 2 O 3(c), subm etida a uma centelha elé-
trica reage muito rapidam ente produzindo, entre outras
substâncias, nitrogênio gasoso e ferro m etálico. Na
reação entre o azoteto de sódio e o óxido de ferro (IlI)
misturados e m proporções estequiom étricas, a relação
(e m mol/mol) N 2 (g) / F e 2 O 3 (c) é igual a
a) 1/2. b) 1. c) 3/2. d) 3. e) 9.
Resolução
A equação incompleta e não-balanceada da reação é a
seguinte:
redução ∆ = 3
1 + 1/3– 3+ 2– 0 0
Na N 3 (c) + F e 2 O 3 (c) → N 2 (g) + F e (s) + outros produ-
tos
oxidação ∆ = 1/3
–1/3 0
NaN 3 1/3 . 3 = 1 6
F e2 O 3 3.2 = 6 1
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Q UÍ M I C A
5 e
U ma determinada substância cristaliza no siste ma cú-
bico. A aresta da célula unitária dessa substância é
representada por Z, a massa específica por µ e a massa
–––
molar por M . Sendo Nav igual ao núm ero de Avogadro,
qual é a expressão algébrica que permite determinar o
núm ero de espécies que formam a célula unitária desta
substância?
–––
Z3 µ Z3 M Z3
a) ––––
––– . b) ––––
µ . c) ––––
µ .
M
–––
Z 3 M Nav Z 3 µ Nav
d) –––––––––
µ . e) –––––––––
––– .
M
Resolução
––
Cálculo do volum e molar da espécie ( V ):
massa molar
massa específica = ––––––––––––
volum e molar
––
M
––––
µ = ––
V
––
–– M
V = ––––
µ
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Nav . Z 3 . µ
X = ––––––––––––
––
M
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
Q UÍ M I C A
6 d
Sabendo que o estado fundam ental do átomo de hi-
drogênio te m energia igual a – 13,6 e V, considere as
seguintes afirmações:
I. O potencial de ionização do átomo de hidrogênio é
igual a 13,6 e V.
II. A energia do orbital no átomo de hidrogênio é igual
a – 13,6 e V.
IlI. A afinidade eletrônica do átomo de hidrogênio é
igual a – 13,6 e V.
IV. A energia do estado fundam ental da molécula de
hidrogênio, H 2(g), é igual a – (2 x 13,6) e V.
V. A energia necessária para excitar o elétron do áto-
mo de hidrogênio do estado fundam ental para o
orbital 2s é m enor do que 13,6 e V.
Das afirmações feitas, estão ERRADAS
a) apenas I, II e IlI. b) apenas I e IlI.
c) apenas II e V. d) apenas IlI e IV.
e) apenas IlI,IV e V.
Resolução
Níveis de energia permitidos para o átomo de hidro-
gênio:
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
A energia do estado fundam ental da molécula de
H 2(g) é m enor que o estado fundam ental dos áto-
mos de H(g).
V. Certa.
Verificando o gráfico das energias permitidas, temos
que: y < x.
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Q UÍ M I C A
7 c
Q ual das substâncias abaixo apresenta o m enor valor
de pressão de vapor saturante na te mperatura am-
biente?
a) C Cl4 . b) C H Cl3 . c) C 2 Cl6 .
d) C H 2 Cl2 . e) C 2 H 5 Cl.
Resolução
A pressão de vapor depende da natureza do líquido,
isto é, das interações entre as partículas do líquido.
Q uanto maior a força de Van der Waals entre as partí-
culas, maior será o ponto de ebulição e m enor será a
pressão de vapor.
O composto C 2 C l6 apresenta uma interação elevada
entre as moléculas, devido ao tamanho da cadeia car-
bônica e da sua massa molecular:
Cl Cl
Cl — C — C — Cl
Cl Cl
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Q UÍ M I C A
8 a
Considere as seguintes espécies químicas no estado
gasoso, be m como os respectivos átomos assinalados
pelos algarismos romanos:
I II III IV
↓ ↓ ↓ ↓
O N N O 2 , F ClO 2 , ICl3 e F 4 ClO –
O s orbitais híbridos dos átomos assinalados por I, II, III
e IV são respectivam ente:
a) sp 2 , sp 3 , dsp 3 e d 2 sp 3 . b) sp 2 , sp 2 , sp 3 e dsp 3 .
c) sp 3 , dsp 3 , d 2 sp 3 e sp 3 . d) sp 3 , sp 2 , dsp 3 e d 2 sp 3 .
3 3
e) sp, dsp , sp e dsp . 3
Resolução
O
↑
I) O N N O 2 ⇒ O = N—N = O
N (Z = 7)
hibridação sp 2
Hibridação do nitrogênio: sp 2
O
↑
II) F C l O 2 ⇒ F — C l → O
••
O BJETI V O IT A ( 4 º D i a ) – D e z e m b r o / 2 0 0 2
hibridação sp 3
Hibridação do cloro: sp 3
••
••
III) IC l3 → C l — I — C l
|
Cl
I(Z = 53)
hibridação dsp 3
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IV) F 4 C l O – ⇒
C l(Z = 17)
hibridação d 2 sp 3
Hibridação do cloro: d 2 sp 3
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Q UÍ M I C A
9 a
Na pressão de 1 atm, a te mperatura de sublimação do
C O 2 é igual a 195 K. Na pressão de 67 atm, a te mpe-
ratura de ebulição é igual a 298 K. Assinale a opção que
conté m a afirmação CORRETA sobre as propriedades
do C O 2 .
a) A pressão do ponto triplo está acima de 1 atm.
b) A te mperatura do ponto triplo está acima de 298 K.
c) A uma te mperatura acima de 298 K e na pressão de
67 atm, te m-se que o estado mais estável do C O 2 é
o líquido.
d) Na te mperatura de 195 K e pressões m enores do
que 1 atm, te m-se que o estado mais estável do
C O 2 é o sólido.
e) Na te mperatura de 298 K e pressões maiores do
que 67 atm, te m-se que o estado mais estável do
C O 2 é o gasoso.
Resolução
O diagrama de fases pode ser representado por:
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Q UÍ M I C A
10 d
Considere os equilíbrios químicos abaixo e seus res-
pectivos valores de pK (pK = – log K), válidos para a
te mperatura de 25°C (K representa constante de equi-
líbrio químico).
pK
→ H + (aq) + C H O –(aq)
F enol C 6 H 5 O H(aq) ← 9,89
6 5
+
→ C H N H (aq) + O H –(aq) 9,34
Anilina C 6 H 5 N H 2(l) + H 2 O(l) ← 6 5 3
→ C H C O O –(aq) + H + (aq)
Ácido C H 3 C O O H(aq) ← 4,74
3
acético
A mônia N H (g) + H O(l) ←→ N H + (aq) + O H –(aq) 4,74
3 2 4
[sal]
p O H = pK + log ––––––– ou
[base]
[sal]
pH = 14 – pK – log ––––––– (Equação de H enderson-
[base] Hasselback)
[sal]
10 = 14 – pK – log –––––––
[base]
[sal]
log ––––––– = 4 – pK (equação 1)
[base]
– 1 ≤ 4 – pK ≤ 1
∴ – 5 ≤ – pK ≤ – 3
3 ≤ pK ≤ 5
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Q UÍ M I C A
11 b
A decomposição química de um determinado gás A (g)
é representada pela equação: A (g) → B (g) + C (g).
A reação pode ocorrer numa m esma te mperatura por
dois caminhos diferentes (I e II), ambos com lei de
velocidade de prim eira orde m. Sendo v a velocidade da
reação, k a constante de velocidade, ∆H a variação de
entalpia da reação e t 1/2 o te mpo de m eia-vida da espé-
cie A, é CORRETO afirmar que
kI (t 1/2)II
a) ∆H I < ∆H II. b) ––– = –––––– .
kII (t 1/2)I
vI kII
e) ––– = ––– .
vII kI
Resolução
As equações da velocidade são, respectivam ente:
vI = kI [A]
vII = kII [A]
A relação entre as velocidades será:
vI kI
—– = —–
vII kII
A relação entre a m eia-vida (t 1/2) e a constante de velo-
cidade (k) é dada pela expressão:
0,693
t 1/2 = —–––
k
0,693
(t 1/2)I = —––– 0,693
(t 1/2)II = —–––
kI kII
kI (t 1/2)II
= —–––
—–––
kII (t 1/2)I
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Q UÍ M I C A
12 b
Para minimizar a possibilidade de ocorrência de supe-
raquecim ento da água durante o processo de aqueci-
m ento, na pressão ambiente, uma prática comum é
adicionar pedaços de cerâmica porosa ao recipiente
que conté m a água a ser aquecida. O s poros da cerâ-
mica são pre enchidos com ar atmosférico, que é vaga-
rosam ente substituído por água antes e durante o
aquecim ento. A respeito do papel dese mpenhado
pelos pedaços de cerâmica porosa no processo de
aquecim ento da água são feitas as seguintes afirma-
ções:
I. a te mperatura de ebulição da água é aum entada.
II. a energia de ativação para o processo de formação
de bolhas de vapor de água é diminuída.
III. a pressão de vapor da água não é aum entada.
IV. o valor da variação de entalpia de vaporização da
água é diminuído.
Das afirmações acima está(ão) ERRADA(S)
a) apenas I e III. b) apenas I, III e IV.
c) apenas II. d) apenas II e IV.
e) todas.
Resolução
U m líquido pode e m alguns casos ser aquecido até aci-
ma de seu ponto de ebulição se m ebulir. Este fenô-
m eno é conhecido como superaquecim ento. Para dar
início à ebulição, deve mos colocar pedaços de porce-
lana, pois o ar retido nos pequenos poros pode servir
como um núcleo de bolha, reduzindo a tendência do
líquido superaquecer-se. Concluímos que a energia de
ativação para o processo de formação de bolhas de
vapor de água é diminuída. Durante a ebulição, a te m-
peratura de ebulição da água, a pressão de vapor da
água e o valor da variação de entalpia de vaporização
da água permanece m constantes.
As seguintes afirmações estão erradas: I, III e IV.
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Q UÍ M I C A
13 e
Considere as seguintes comparações de calores espe-
cíficos dos respectivos pares das substâncias indica-
das.
I. tetracloreto de carbono (l, 25°C) > metanol (l, 25 °C).
II. água pura (l, –5 °C) > água pura (s, –5 °C).
III. alumina (s, 25 °C) > alumínio (s, 25 °C).
IV. isopor (s, 25 °C) > vidro de janela (s, 25 °C).
Das comparações feitas, está(ão) CORRETA(S)
a) apenas I e II. b) apenas I, II e III.
c) apenas II. d) apenas III e IV.
e) apenas IV.
Resolução
Q uanto maior o calor específico, mais calor é neces-
sário para provocar um dado aum ento na te mperatura.
Sólidos moleculares tê m calor específico maior que a
dos sólidos atômicos como m etais, pois moléculas
tê m mais modos de armazenar energia na forma de
movim ento vibracional.
O calor específico de um sólido é m enor que o de sua
forma líquida, pois no estado líquido, as moléculas
estão livres para transladar-se, rotacionar e vibrar.
O calor específico aum enta com o aum ento da com-
plexidade molecular, pois mais modos de arma-
zenam ento de energia ficam disponíveis à m edida que
aum enta o mínimo de átomos.
I) Errada.
A força intermolecular no m etanol é mais fraca. O
calor será usado para rotacionar, vibrar, alé m de
translacionar as moléculas. No C C l4 , é mais difícil
rotacionar e vibrar as moléculas.
II) Errada.
A água líquida a – 5°C está e m um estado m etaes-
tável. U ma pequena quantidade de calor acarreta
grande variação de te mperatura, pois a água soli-
difica-se, liberando calor.
III) Errada.
O alumínio te m maior calor específico que o óxido
de alumínio (A l2 O 3).
IV) Correta. O isopor apresenta poros cheios de gás.
É comum ingerir-se um líquido quente usando co-
pos de isopor no lugar de copos de vidro.
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Q UÍ M I C A
14 c
Considere a reação representada pela equação quími-
ca 3A(g) + 2B(g) → 4E(g). Esta reação ocorre e m várias
etapas, sendo que a etapa mais lenta corresponde à
reação representada pela seguinte equação química:
A(g) + C(g) → D(g). A velocidade inicial desta última rea-
∆ [A]
ção pode ser expressa por – ——— = 5,0 mol s–1 . Qual
∆t
é a velocidade inicial da reação (mol s–1) e m relação à
espécie E?
a) 3,8. b) 5,0. c) 6,7. d) 20. e) 60.
Resolução
A etapa determinante da velocidade de reação global é
dada pela etapa lenta, então a velocidade, com relação
à espécie A(g), determina a velocidade de formação do
produto E(g). Então te mos:
3A(g) + 2B(g) → 4E(g)
3,0mol → 4,0mol
5,0mol → x
5,0 . 4,0 ∆E
x = –––––––– = 6,7 ∴ V E = – ––– = – 6,7mol . s–1 .
3,0 ∆t
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Q UÍ M I C A
15 d
Indique a opção que conté m a equação química de
uma reação ácido-base na qual a água se comporta
como base.
a) N H 3 + H 2 O ←→ N H O H.
4
b) NaN H 2 + H 2 O ← → N H + Na O H.
3
→ NaH C O + Na O H.
c) Na 2 C O 3 + H 2 O ← 3
→ 2H P O .
d) P 2 O 5 + 3H 2 O ← 3 4
e) TiCl4 + 2H 2 O ← → TiO + 4H Cl.
2
Resolução
Segundo Brönsted, ácido é a espécie que cede pró-
tons (H + ) e base é a espécie que recebe prótons (H + ).
a) N H 3 + H 2 O ← → NH OH
4
equação iônica
H+
N H3 + H2 O ←→ N H + + O H–
4
base ácido
→ N H + Na O H
b) NaN H 2 + H 2 O ← 3
equação iônica
H+
N H 2– + H 2 O ←
→ N H + O H–
3
base ácido
c) → NaH C O + Na O H
Na 2 C O 3 + H 2 O ← 3
equação iônica
H+
C O 32– + H 2 O ←
→ H C O – + O H–
3
base ácido
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Q UÍ M I C A
16 d
Dois compartim entos, 1 e 2, tê m volum es iguais e es-
tão separados por uma m e mbrana de paládio, perm eá-
vel apenas à passage m de hidrogênio. Inicialm ente, o
compartim ento 1 conté m hidrogênio puro (gasoso) na
Pressão P H , puro = 1 atm, enquanto que o comparti-
2
m ento 2 conté m uma mistura de hidrogênio e nitro-
gênio, ambos no estado gasoso, com pressão total
P mist = (P H + P N ) = 1 atm. Após o equilíbrio termodi-
2 2
nâmico entre os dois compartim entos ter sido atingi-
do, é CORRETO afirmar que:
a) P H , puro = 0. b) P H , puro = P N , mist .
2 2 2
c) P H , puro = P mist . d) P H , puro = P H , mist .
2 2 2
e) P compartim ento 2 = 2 atm.
Resolução
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Q UÍ M I C A
17 d
A uma determinada quantidade de dióxido de manga-
nês sólido, adicionou-se um certo volum e de ácido clo-
rídrico concentrado até o desaparecim ento completo
do sólido. Durante a reação química do sólido com o
ácido observou-se a liberação de um gás (Experim ento
1). O gás liberado no Experim ento 1 foi borbulhado e m
uma solução aquosa ácida de iodeto de potássio,
observando-se a liberação de um outro gás com colo-
ração violeta (Experim ento 2). Assinale a opção que
conté m a afirmação CORRETA relativa às observações
realizadas nos experim entos acima descritos.
a) No Experim ento 1, ocorre formação de H 2(g).
b) No Experim ento 1, ocorre formação de O 2(g).
c) No Experim ento 2, o pH da solução aum enta.
d) No Experim ento 2, a concentração de iodeto na
solução diminui.
e) Durante a realização do Experim ento 1, a concentra-
ção de íons manganês presentes no sólido diminui.
Resolução
Experim ento 1
M n O 2(s) + 4H C l(aq) → M nC l2(aq) + C l2(g) + 2H 2 O(l)
Experim ento 2
C l2(g) + 2KI(aq) → 2KC l(aq) + I2(g)
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Q UÍ M I C A
18 c
Duas soluções aquosas (I e lI) contê m, respectiva-
m ente, quantidades iguais (e m moI) e desconhecidas
de um ácido forte, K > > 1, e de um ácido fraco, K ≅ 10–10
(K = constante de dissociação do ácido). Na te mpera-
tura constante de 25°C, essas soluções são tituladas
com uma solução aquosa 0,1 moI L–1 de Na O H. A titu-
lação é acompanhada pela m edição das respectivas
condutâncias elétricas das soluções resultantes. Q ual
das opções abaixo conté m a figura com o par de cur-
vas que m elhor representa a variação da condutância
elétrica (Cond.) com o volum e de Na O H (V Na O H ) adi-
cionado às soluções I e lI, respectivam ente?
Resolução
• Situação inicial
solução I: ácido forte, alta concentração de íons, logo,
alta condutância elétrica.
solução II: ácido fraco, baixa concentração de íons,
logo, baixa condutância elétrica.
solução II:
→ H + (aq) + X–(aq)
HX(aq) ←
ácido
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fraco
H + (aq) + O H –(aq) → H 2 O
solução I:
Como a concentração de íons na solução inicial é maior
que a concentração da solução neutralizada, a partir daí
a adição de Na O H implicará o aum ento da concen-
tração, logo, aum ento na condutância elétrica.
solução II
Como a concentração de íons na solução de Na O H é
maior que a concentração de íons na solução neu-
tralizada, a adição de Na O H implicará o aum ento da
concentração, logo, aum ento na condutância elétrica.
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Q UÍ M I C A
19 d
Num cilindro, provido de um pistão móvel se m atrito, é
realizada a combustão completa de carbono (grafita). A
te mperatura no interior do cilindro é mantida constante
desde a introdução dos reagentes até o final da reação.
Considere as seguintes afirmações:
I. A variação da energia interna do siste ma é igual a
zero.
II. O trabalho realizado pelo siste ma é igual a zero.
III. A quantidade de calor trocada entre o siste ma e a
vizinhança é igual a zero.
IV. A variação da entalpia do siste ma é igual à variação
da energia interna.
D estas afirmações, está(ão) CORRETA(S)
a) apenas I. b) apenas I e IV.
c) apenas I, II e III. d) apenas II e IV.
e) apenas III e IV.
Resolução
A equação química da combustão completa da grafita
é:
C(s) + O 2(g) → C O 2(g)
1 mol 1 mol
∆U = ∆H – τ
τ = 0, pois ∆n = 0 (τ = ∆n RT)
Portanto, ∆ U = ∆ H.
As afirmações corretas são II e IV.
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Q UÍ M I C A
20 a
Considere o ele m entogalvânico mostrado na figura
abaixo. O se mi-ele m ento A conté m uma solução aquo-
sa, isenta de oxigênio, 0,3 moI L–1 e m F e 2 + e 0,2 moI
L–1 e m Fe 3+ . O semi-elemento B contém uma solução
aquosa, també m isenta de oxigênio, 0,2 moI L–1 e m
F e 2 + e 0,3 moI L–1 e m F e 3 + . M é um condutor m etáli-
co (platina). A te mperatura do ele m ento galvânico é
mantida constante num valor igual a 25°C.
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se mi-ele m ento B, portanto, o sentido convencional de
corrente elétrica ocorre do se mi-ele m ento B para o
se mi-ele m ento A.
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Q UÍ M I C A
21
Q uando subm ersos e m “ águas profundas ” , os m ergu-
lhadores necessitam voltar lentam ente à superfície
para evitar a formação de bolhas de gás no sangue.
i) Explique o motivo da NÃO formação de bolhas de
gás no sangue quando o m ergulhador desloca-se
de regiões próximas à superfície para as regiões
de “ águas profundas ” .
ii) Explique o motivo da NÃO formação de bolhas de
gás no sangue quando o m ergulhador desloca-se
muito lentam ente de regiões de “ águas profun-
das ” para as regiões próximas da superfície.
iii) Explique o motivo da FORMAÇÃO de bolhas de
gás no sangue quando o m ergulhador desloca-se
muito rapidam ente de regiões de “ águas profun-
das ” para as regiões próximas da superfície.
Resolução
i) O motivo de não formação de bolhas de gás no
sangue quando o m ergulhador se desloca de re-
giões próximas à superfície para as regiões de
“ água profundas ” é o aum ento da solubilidade do
gás no sangue devido ao aum ento da pressão.
ii) O motivo da não formação de bolhas de gás no
sangue quando o m ergulhador se desloca muito
lentam ente de regiões de “ águas profundas ” para
as regiões próximas da superfície é o fato da varia-
ção de pressão ser lenta, e portanto a liberação de
gás ser pequena.
iii) O motivo da formação de bolhas de gás no sangue
quando o m ergulhador se desloca muito rapidam ente
de regiões de “ águas profundas ” para as regiões pró-
ximas da superfície é a repentina variação de pressão,
diminuindo a solubilidade do gás no sangue. A libera-
ção do gás é intensa, com formação de bolhas
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Q UÍ M I C A
22
D escreva um processo que possa ser utilizado na pre-
paração de álcool etílico absoluto, 99,5 % (m/m), a par-
tir de álcool etílico com ercial, 95,6 % (m/m). Sua des-
crição deve conter:
i) A justificativa para o fato da concentração de álcool
etílico com ercial ser 95,6 % (m/m).
ii) O esque ma da aparelhage m utilizada e a função de
cada um dos componentes desta aparelhage m.
iii) O s reagentes utilizados na obtenção do álcool etí-
lico absoluto.
iv) As equações químicas balanceadas para as reações
químicas envolvidas na preparação do álcool etílico
absoluto.
v) Seqüência das etapas envolvidas no processo de
obtenção do álcool etílico absoluto.
Resolução
O álcool obtido a partir da destilação não é puro, pois
forma com a água uma mistura azeotrópica contendo
95,6 % e m massa de álcool e 4,4 % de água, que ferve
a uma te mperatura constante e inferior ao ponto de
ebulição do álcool, e esse álcool é o com ercializado.
Para se obter o álcool absoluto (99,5 % e m massa de
álcool), deve mos retirar água do siste ma usando uma
substância desidratante. Pode mos adicionar cal virge m
(Ca O) ao álcool com ercial, a qual reage com a água, for-
mando cal hidratada (Ca(O H)2).
Ca O + H 2 O → Ca(O H)2
Pode mos fazer agora uma destilação simples e obter o
álcool absoluto.
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Q UÍ M I C A
23
D etermine a massa específica do ar úmido, a 25°C e
pressão de 1 atm, quando a umidade relativa do ar for
igual a 60 % . N essa te mperatura, a pressão de vapor
saturante da água é igual a 23,8 m m Hg. Assuma que o
ar seco é constituído por N 2(g) e O 2(g) e que as con-
centrações dessas espécies no ar seco são iguais a 79
e 21 % (v/v), respectivam ente.
Resolução
Cálculo da pressão parcial da água no ar úmido.
pH O
2
UR = ––––––
pv
pH O
2
0,60 = –––––––––––
23,8 m m Hg
pH = 14,3 m m Hg
2O
M = 28,66 g/mol
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760 m m Hg . 28,66 g/mol
d = ––––––––––––––––––––––––
––
m m Hg . L
62,4 ––––––––– . 298K
K . mol
d = 1,17 g/L
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Q UÍ M I C A
24
A figura abaixo apresenta esboços de curvas represen-
tativas da dependência da velocidade de reações quí-
micas com a te mperatura. Na Figura A é mostrado
como a velocidade de uma reação de combustão de
explosivos depende da te mperatura. Na Figura B é
mostrado como a velocidade de uma reação catalisada
por enzimas depende da te mperatura. Justifique, para
cada uma das Figuras, o efeito da te mperatura sobre a
velocidade das respectivas reações químicas.
Resolução
A te mperatura aum enta a velocidade de qualquer rea-
ção. Na figura A, verifica-se que inicialm ente o au-
m ento da te mperatura não aum enta consideravelm en-
te a velocidade da reação até uma determinada te m-
peratura, na qual ocorre uma aum ento significativo da
velocidade (explosão).
Na figura B, verifica-se que inicialm ente o aum ento da
te mperatura provoca um aum ento significativo na velo-
cidade da reação catalisada por enzima. A partir de
uma determinada te mperatura, a enzima é desnatura-
da e ocorre uma diminuição significativa da velocidade
da reação, m esmo com o aum ento da te mperatura.
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Q UÍ M I C A
25
A corrosão da ferrage m de estruturas de concreto
ocorre devido à penetração de água através da estru-
tura, que dissolve cloretos e/ou sais provenientes da
atmosfera ou da própria decomposição do concreto.
Essa solução eletrolítica e m contacto com a ferrage m
forma uma célula de corrosão.
A Figura A, abaixo, ilustra esque maticam ente a célula
de corrosão formada.
No caderno de soluções, faça uma cópia desta figura
no espaço correspondente à resposta a esta questão.
N esta cópia
I) identifique os componentes da célula de corrosão
que funcionam como ânodo e cátodo durante o
processo de corrosão e
II) escreva as m eia-reações balanceadas para as rea-
ções anódicas e catódicas.
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Sugira um m étodo alternativo para proteção da ferra-
ge m de estruturas de concreto contra corrosão.
Resolução
M étodos alternativos:
a) Revestir o m etal com uma camada de tinta ou de
óxido protetor. A superfície do ferro é oxidada por
um sal de cromo (IV) para formar os óxidos de
ferro (III) e cromo (III). Estes óxidos constitue m um
revestim ento imperm eável ao O 2 e à água, e a oxi-
dação atmosférica torna-se impossível.
2F e(s) + 2Na 2 CrO 4(aq) + 2H 2 O(l) →
→ F e 2 O 3(s) + Cr2 O 3(s) + 4Na O H(aq)
b) Proteção catódica
Acopla-se um m etal ao ferro, que se oxida com
maior facilidade do que o ferro. O m elhor exe mplo
é usar o zinco ou magnésio. Reações:
Ânodo: Zn 0(s) → Zn 2 + (aq) + 2e –
Cátodo: 4e – + O 2(g) + 2H 2 O(l) → 4(O H)–(aq)
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Q UÍ M I C A
26
Escreva a estrutura de Le wis para cada uma das molé-
culas abaixo, prevendo a geom etria molecular (in-
cluindo os ângulos de ligação) e os orbitais híbridos no
átomo central.
a) Xe O F 4 b) Xe O F 2 c) Xe O 4 d) Xe F 4
Resolução
Se considerarmos que as ligações de oxigênio com xe-
nônio são do tipo covalente coordenada (dativa), tere-
mos:
•• •
• • O • •F ••
••
••
F •• ••• ••
••
a) • • Xe
•• •• ••
••
••
F• F•
••
••
• •
Fórmula de Le wis
• F
•• •• • ••
b) O Xe
••
••
•• •• ••
••
F•
••
•
Fórmula de Le wis
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G eom etria: plana triangular
•• ••••
c) O Xe O
••
••
••
•• •• ••
O
••
••
Fórmula de Le wis
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Nota: Para um estudo mais aprofundado, há quatro
ligações duplas e a hibridação seria d 4 sp 3 (existe con-
trovérsia).
•• ••
••
••
F• • • • • F •
••
• •
d) Xe
• • • • •• •
••
•
F •
•• F •
••
• •
Fórmula de Le wis
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Q UÍ M I C A
27
Explique por que a te mperatura de hidrogenação de
cicloalcanos, catalisada por níquel m etálico, aum enta
com o aum ento da quantidade de átomos de carbono
presentes nos cicloalcanos.
Resolução
A te mperatura de hidrogenação de cicloalcanos au-
m enta com o aum ento da quantidade de átomos de
carbono na cadeia, pois a estabilidade da cadeia cíclica
está aum entando.
O ângulo normal dos carbonos com ligações simples é
de 109°28’. No entanto, para formar o anel do ciclopro-
pano, por exe mplo, as valências deve m ser entortadas
ou flexionadas até o ângulo de 60°. Isso cria uma ten-
são nas valências e uma conseqüente instabilidade na
molécula.
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Q UÍ M I C A
28
O te mpo de m eia-vida (t 1/2)do decaim ento radioativo do
potássio 40 ( 1940 K) é igual a 1,27 x 10 9 anos. Seu de-
caim ento envolve os dois processos representados
pelas equações seguintes:
40 40 0
I. 19 K → 20 Ca + –1 e
40 0 40
II. 19 K + –1 e → 18 Ar
O processo representado pela equação I é responsável
40
por 89,3 % do decaim ento radioativo do 19 K , enquanto
que o representado pela equação II contribui com os
10,7 % restantes. Sabe-se, també m, que a razão e m
40 40
massa de 18 Ar e 19 K pode ser utilizada para a datação
de materiais geológicos.
D etermine a idade de uma rocha, cuja razão e m massa
40 40
de 18 Ar / 19 K é igual a 0,95. M ostre os cálculos e racio-
cínios utilizados.
Resolução
Para 100g de K, 89,3g desintegram-se, produzindo Ca,
e 10,7g produze m Ar.
xP 89,3
89,3g de K → ––––––– g de K
2x
xP 10,7
10,7g de K → ––––––– g de K e
2x
( 10,7
10,7 – –––––
2x )
g de Ar
10,7
10,7 – ––––
2x
––––––––––––––––– = 0,95
89,3 10,7
–––––x
+ –––––
2 2x
10,7 . 2 x – 10,7
––––––––––––––––– = 0,95
100
10,7 (2 x – 1) = 95
2 x = 9,88
1
x = –––– = 3,3
0,3
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Ba 2 + e o Cr3 + , pois todos os outros formariam pre-
cipitado com íons sulfeto.
2Ag + (aq) + S 2–(aq) → Ag 2 S(s) ↓
ppt
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Q UÍ M I C A
30
U m ele m ento galvânico, chamado de I, é constituído
pelos dois eletrodos seguintes, separados por uma
m e mbrana porosa:
IA. Chapa de prata m etálica, praticam ente pura, m er-
gulhada e m uma solução 1 mol L–1 de nitrato de
prata.
IB. Chapa de zinco m etálico, praticam ente puro, m er-
gulhada e m uma solução 1 moI L–1 de sulfato de
zinco.
U m outro ele m ento galvânico, chamado de II, é cons-
tituído pelos dois seguintes eletrodos, també m sepa-
rados por uma m e mbrana porosa:
lIA. Chapa de cobre m etálico, praticam ente puro, m er-
gulhada e m uma solução 1 moI L–1 de sulfato de
cobre.
IIB. Chapa de zinco m etálico, praticam ente puro, m er-
gulhada e m uma solução 1 moI L–1 de sulfato de
zinco.
O s ele m entos galvânicos I e II são ligados e m série de
tal forma que o eletrodo IA é conectado ao lIA, en-
quanto o eletrodo IB é conectado ao IIB. As conexões
são feitas através de fios de cobre. A respeito desta
montage m
I) faça um desenho esque mático dos ele m entos gal-
vânicos I e II ligados e m série. N este desenho in-
dique:
II) que m é o ele m ento ativo (aquele que fornece
energia elétrica) e que m é o ele m ento passivo
(aquele que recebe energia elétrica),
III) o sentido do fluxo de elétrons,
IV) a polaridade de cada um dos eletrodos: IA, IB, IIA
e IIB e
V) as m eia-reações eletroquímicas balanceadas para
cada um dos eletrodos.
Resolução
i)
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