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Fundamentos Históricos e Filosóficos Da Educação
Fundamentos Históricos e Filosóficos Da Educação
FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
Web Designer
Thiago Azenha
FICHA CATALOGRÁFICA
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Fundamentos Históricos e
Filosóficos da Educação.
Flávio Donizete Batista
As imagens utilizadas neste
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2018. 185 p.
livro foram obtidas a partir
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária
do site ShutterStock e
Zineide Pereira da Silva.
Freepik.com
PALAVRA DA DIREÇÃO
Prezado Acadêmico(a),
Seja bem-vindo!
Direção
Faculdade Fatecie
AUTOR
Lattes: http://lattes.cnpq.br/4266799322940706
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 1
07 | Fundamentos da Educação
CAPÍTULO 2
16 | Educação e Sociedade
CAPÍTULO 3
24 | Breve Apresentação da Educação na Antiguidade Grega e na
Iade Média
CAPÍTULO 4
33 | Breve Apresentação da Educação a Partir da Modernidade
1CAPÍTULO
FUNDAMENTOS
DA EDUCAÇÃO
Objetivos da aprendizagem:
• Estabelecer conceitos de história, filosofia e educação.
• Apresentar a relação entre educação, história e filosofia.
• Compreender a importância da reflexão sobre os fundamentos da
educação.
Plano de Estudo:
• Na busca de conceitos.
• Educação e processo histórico.
• Relação entre educação e filosofia.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
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indivíduos e sociedades organizaram a ação de educar, nas diferentes épocas
e lugares.
Procuramos conceituar educação e história. Cabe-nos agora apresentar
uma definição de filosofia que nos ajude a relacioná-la com os fundamentos
da educação. Diz Luckesi que, sendo a educação uma prática humana
direcionada por uma determinada concepção teórica, esta prática está
articulada com uma pedagogia, que nada mais é do que uma concepção
filosófica da educação. “Tal concepção ordena os elementos que direcionam
a prática educacional” (LUCKESI, 2001, p. 21). Temos aqui um indicativo de
uma definição de filosofia que, mesmo partindo dele, vai além de seu sentido
etimológico (filo: amizade, amor a; sofia: sabedoria). Ou seja, o amigo da
sabedoria, o filósofo, é aquele que busca o sentido da própria existência. E em
nossa reflexão, busca o sentido da própria educação.
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3. Relação entre educação e filosofia
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#SaibaMais
REFLITA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PÁGINA 11
LEITURA COMPLEMENTAR
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Dermeval Saviani
PÁGINA 12
Ora, a compreensão da trama da História só será garantida se
forem levados em conta os “dados de bastidores”, vale dizer, se se examina
a base material da sociedade cuja história está sendo reconstituída. Tal
procedimento supõe um processo de investigação que não se limita àquilo
que convencionalmente é chamado de História da Educação, mas implica
investigações de ordem econômica, política e social do país em cujo seio se
desenvolve o fenômeno educativo que se quer compreender, uma vez que é
esse processo de investigação que fará emergir a problemática educacional
concreta.
Na medida em que nós, professores de História da Educação,
assumimos essa atitude de investigação; na medida em que nós, em face dos
alunos, estimulamos esta mesma atitude, eis como estaremos contribuindo
efetivamente para o avanço do campo do conhecimento que constitui a História
da Educação e, no nosso caso específico, para o desenvolvimento da História
da Educação Brasileira.
SAVIANI, Dermeval.
Educação: do senso comum à consciência filosófica.
São Paulo: Cortez, 1980, p. 37-38.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Editora: Vozes.
FILME
Título:
O Show de Truman – O Show da Vida
Ano: 1998.
Sinopse:
No filme, o personagem Truman
participa de um reality show e não
sabe. Ele nem imagina que está sendo
televisionado e que tudo na sua vida é
ilusório.
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WEB
REFERÊNCIAS
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2CAPÍTULO
EDUCAÇÃO E
SOCIEDADE
Objetivos de Aprendizagem:
• Discutir a relação entre educação e sociedade, mostrando sua
indissociabilidade.
• Discutir o papel da educação como redentora, reprodutora e transformadora.
Plano de Estudo:
• Cultura, trabalho e educação.
• Educação e sociedade.
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NTRODUÇÃO DA UNIDADE
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exterior, mas também a da individualidade humana, pois nesse processo o
homem se autoproduz, isto é, faz a si mesmo homem.
O humano se faz, por um lado, com a sociedade exercendo sobre ele
um efeito modelador, a partir do qual é construída uma determinada visão de
mundo; e por outro, cada um elaborando e interpretando a herança recebida na
sua perspectiva individual, modificando-a. Nenhuma sociedade é imutável: em
maior ou menor grau, a mudança acontece, numa dinâmica entre a tradição, a
ruptura, a herança e a renovação.
Toda essa dinâmica só é possível através da transmissão dos
conhecimentos adquiridos de uma geração para outra, permitindo a
assimilação dos modelos de comportamentos valorizados por uma determinada
sociedade. É a educação que mantém viva a memória de um povo e dá as
condições para sua sobrevivência material e espiritual.
A educação é, portanto, fundamental para a socialização do homem
e sua humanização. Trata-se de um processo que dura a vida toda e não se
restringe à mera continuidade da tradição, pois supõe a possibilidade de
rupturas pelas quais a cultura se renova e o homem faz história.
2. Educação e sociedade
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A segunda tendência de interpretação, a da educação como reprodução
da sociedade, ou teorias crítico-reprodutivistas, afirma que a educação faz,
integralmente, parte da sociedade e a reproduz. A educação está a serviço
da sociedade, não corrigindo suas falhas, mas reproduzindo-a no seu modo
vigente, perpetuando-a, se for possível. A diferença entre essas tendências é
que, enquanto a primeira atua sobre a sociedade como uma instância corretora
dos seus desvios, tornando-a melhor e mais próxima do modelo de perfeição
e harmonia idealizado, a segunda entende a educação como um elemento da
própria sociedade, determinada por seus condicionantes econômicos, sociais e
políticos, ou seja, a serviço dessa mesma sociedade e de seus condicionantes
(LUCKESI, 2001, p. 41).
A terceira tendência apresenta a educação como um meio de
transformar a sociedade, ou teoria crítica. A educação seria como mediação de
um projeto social. Ela nem redime nem reproduz a sociedade, mas serve de
meio, ao lado de outros meios, para realizar um projeto de sociedade; projeto
que pode ser conservador ou transformador. Essa tendência não coloca a
educação a serviço da conservação, mas pretende demonstrar que é possível
compreender a educação dentro da sociedade, com os seus condicionantes,
mas com a possibilidade de trabalhar pela sua democratização (LUCKESI,
2001, p. 48).
Podemos perceber que cada tendência tem sua disposição diante da
educação. Luckesi escreve:
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sociedade, para trabalhar realisticamente (criticamente) pela sua transformação
(LUCKESI, 2001, p. 51).
#SaibaMais
REFLITA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Pedagogia do Oprimido
• Autor: Paulo Freire
• Editora: Paz e Terra
• Sinopse:
Pedagogia do Oprimido é um dos mais
conhecidos trabalhos do educador e filósofo
brasileiro Paulo Freire. O livro propõe
uma pedagogia com uma nova forma de
relacionamento entre professor, estudante, e
sociedade.
FILME
• Título: O Sorriso de Mona Lisa
• Ano: 2003.
• Sinopse:
Katherine Watson é uma recém-formanda
da UCLA que foi contratada, em 1953, para
lecionar História da Arte na prestigiosa
Wellesley College, uma escola só para
mulheres. Determinada a confrontar valores
ultrapassados da sociedade e da instituição,
Katherine inspira suas alunas tradicionais,
incluindo Betty e Joan, a mudarem a vida
das pessoas como futuras líderes que serão
WEB
Revista Educação & Sociedade: um dos mais importantes periódicos
editados hoje na área da Educação no país. Publicada desde 1978, a revista
tem periodicidade trimestral. Além disso, um número especial temático tem
sido organizado a cada ano, desde 1995, transformando a revista em uma
publicação trimestral.
Link: http://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/pid_0101-7330/lng_pt/
nrm_iso
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REFERÊNCIAS
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3CAPÍTULO
BREVE APRESENTAÇÃO
DA EDUCAÇÃO NA
ANTIGUIDADE GREGA
E NA IDADE MÉDIA
Objetivos de Aprendizagem:
• Apresentar a educação nos contextos históricos da antiguidade (grega) e
medievalidade.
• Destacar as principais características pedagógicas da educação no período
delimitado.
• Contribuir com a compreensão da educação como um fenômeno enraizado
na história humana.
Plano de Estudo:
• Antiguidade grega e a paidéia.
• A educação na idade média.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Daquilo que estudamos até o momento, fica cada vez mais evidente
que não podemos pretender analisar a educação de forma abstrata,
descontextualizada de suas contradições e antagonismos de classes. Isso
não nos permitirá uma real compreensão de seu significado, e poderemos
atribuir-lhe um caráter incompleto, seja redentor, seja pessimista, como vimos
anteriormente.
Há diferentes formas de educação historicamente enraizadas; não é
possível falar de educação abstratamente, nem desconsiderar seu ambiente e
sua época histórica. Isso porque as finalidades com que se educa não são as
mesmas em todas as épocas, lugares e sociedades.
A educação não é um fenômeno que se entenda fora de uma
determinada sociedade. A compreensão daquela passa necessariamente
pela compreensão desta. Cada sociedade tem seus espaços próprios para a
socialização, que não se reduzem ao espaço escolar. Por isso, para entender
o papel da educação na socialização, precisamos discutir a transmissão da
cultura dentro e fora da escola.
O que queremos nesse estudo dos fundamentos históricos não é
apresentar uma relação de fatos e acontecimentos de cada período, mas sim
perceber como se deu e continua acontecendo esse processo educacional,
dentro das diferentes realidades históricas das sociedades.
Um excelente estudo a todos, caros alunos e alunas.
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1. Antiguidade grega e a paidéia
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Historicamente, a idade média iniciou no século V com a queda
do império romano do ocidente, que foi tomado pelos povos chamados
bárbaros que viviam além das fronteiras e não falavam latim. Com a invasão
dos bárbaros, houve grande alteração no mapa político da Europa. Há o
desenvolvimento do feudalismo, com a distribuição de terras para os nobres,
para toda a vida, com todos direitos de uso sobre a área por toda vida.
O cristianismo estava se desenvolvendo e muitos reinos bárbaros foram
convertidos. O poder dos nobres foi aumentando e a figura do rei torna-
se fraca. O clero da Igreja Católica dava o apoio necessário à estabilidade
do sistema. A nobreza era hereditária, o filho mais velho herdava o título de
nobreza do pai e irmão não herdeiros ingressavam para os quadros da Igreja,
tornando-se bispos, papas etc., chamados de alto clero. Os servos da gleba
pertenciam ao feudo e, se o feudo passasse para outras pessoas, a eles o
acompanharia.
A nobreza não tinha qualquer interesse pelo conhecimento, que ficava
sob a tutela da Igreja, enquanto os servos não tinham qualquer acesso.
Com a invasão dos bárbaros e a destruição das instituições romanas,
a Igreja foi-se afirmando e passou a desempenhar funções de destaque,
inclusive cristianizando os bárbaros. Os mosteiros tornaram-se centros
únicos de educação e cultura. Entre as ordens religiosas, os beneditinos se
espalharam por quase toda a Europa.
A sociedade medieval é organizada por estamentos, ou estados: a
nobreza, o clero e os servos. Cada estamento recebia um tipo de educação
diferenciada. O clero era preparado principalmente com ensinamentos
filosóficos e teológicos, disciplinados e enquadrados nos parâmetros das
ordens religiosas. A nobreza recebia outro tipo de educação, sendo preparada
para a guerra, principalmente na arma de cavalaria, para as boas maneiras,
lealdade ao seu senhor, moral e cívica, lançamento de dardos, flechas,
corridas, natação etc. A educação de um nobre começava com uma fase de
escudeiro, quando recebia os ensinamentos de um cavaleiro, acompanhando-
os nos campos de batalha. Os servos da gleba eram instruídos pelos familiares
e por iguais, dentro dos limites do feudo. Esses ensinamentos não abarcavam
ler, escrever e contar, apenas sobre a prática agrícola levada a efeito.
A partir do século X a marca principal na idade Média quando se fala
em educação é a criação das universidades. Eram locais onde ser formavam
grupos de estudos, com uma cultura superior, de acordo com as condições
locais. A primeira universidade da Europa ocidental de que se tem notícias é
a Escola de Medicina de Salermo, na Itália, com algumas influências árabes.
Depois ocorreu a fundação da Universidade de Bolonha, considerada, por
muitos estudiosos, como a primeira direcionada aos estudos do Direito. No
século XIII, surgiu a Universidade de paris, originária da Escola Catedral de
Notre Dame e serviu de modelo às universidade europeias por no mínimo dois
séculos. Surgiram no século XIV, Oxford e Salamanca, depois muitas outras.
No final da Idade Média, os habitantes dos burgos ou cidades firmaram-
se como uma classe social. Foram os burgueses, organizados em corporações
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e grêmios, fundando escolas de diferentes profissões. Com o crescimento
das cidades, criaram-se escolas municipais, independentes das catedrais. A
maioria tinha o caráter prático, mas algumas se dedicaram a ensinar literatura,
geografia, história e outras disciplinas consideradas humanísticas. O ensino era
promovido em língua local e já existiam diretores e até supervisores da própria
organização. Havia mestres ambulantes que circulavam por muitos lugares ou
até países, contratados temporariamente e que tinham de passar por exames
criteriosos. Foi o embrião da escola pública, durante a ascensão do capitalismo
comercial.
Por fim, vale ressaltar que durante a Idade Média, devido ao
protagonismo da Igreja Católica, muitos religiosos dedicaram-se à educação.
Os primeiros representavam a Patrística, filosofia e pedagogia exercidas
pelos padres, seguindo os ensinamentos principalmente de Santo Agostinho
(354-430). Na segunda metade da idade Média, os filósofos e educadores
pertenciam à Escolástica, seguindo, principalmente, as orientações de Santo
Tomás de Aquino (1225-1274).
#SaibaMais
Para muitos autores, além da importância da Patrística e da Escolástica para
a educação cristã, houve um primeiro período, de igual importância, chamada
Apostólico, correspondendo à atuação de Jesus de Nazaré e seus apóstolos,
durante os primeiros anos do Cristianismo, chegando até o quarto século,
com outros seguidores. Esses ensinamentos foram anteriores à invasão
dos bárbaros e tiveram continuidade com a Patrística. Alguns educadores se
destacaram nessa época como, por exemplo, Clemente de Alexandria (160-
220), que foi diretor da escola de Alexandria, divulgador dos ideais cristãos e
grande pedagogo.
REFLITA
“A Filosofia surge, portanto, quando alguns gregos, admirados e espantados
com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera,
começaram a fazer perguntas para elas, demonstrando que o mundo
e os seres humanos, os acontecimentos e as coisas da natureza, os
acontecimentos e as ações humanas podem ser conhecidos pela razão
humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma” (CHAUÍ,
2000, p. 24).
De que maneira a admiração e o espanto podem ser hoje, o início de um
processo de reflexão filosófica acerca da realidade, como foi com os gregos?
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
PÁGINA 29
LEITURA COMPLEMENTAR
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO (OBRIGATÓRIO)
• Título: Paidéia.
• Autor. Werner Jaeger
• Editora: Martins Fontes
• Sinopse: Esta obra famosa de Werner
Jaeger, um dos marcos da cultura do
nosso tempo, é o estudo mais profundo
e completo sobre os ideais de educação
da Grécia antiga. Jaeger estudou a
interação entre o processo histórico
da formação do homem grego e o
processo espiritual através do qual os
gregos chegaram a elaborar seu ideal de
humanidade. A partir da solução desta
profunda questão histórica e espiritual,
foi possível chegar ao entendimento
da criação educativa sem par de onde
se irradia a imorredoura influência dos
gregos sobre todos os séculos.
FILME (OBRIGATÓRIO)
• Título: O nome da Rosa.
• Ano: 1986.
• Sinopse:
Na última semana de
novembro de 1327,
num mosteiro na Itália medieval,
a morte, em circunstâncias insólitas,
de sete monges em sete dias e
noites é o motor responsável pelo
desenvolvimento da ação.
Um monge franciscano é chamado
para solucionar o mistério e cai nas
malhas de uma trama diabólica.
Na forma de uma crítica, as violências
sexuais, os conflitos no seio
dos movimentos heréticos do século
XIV, a luta contra a mistificação, o
poder, o esvaziamento dos valores
pela demagogia, constroem uma
reconstituição livre dos fatos históricos
da época aos olhos do espectador.
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WEB (OBRIGATÓRIO)
REFERÊNCIAS
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4CAPÍTULO
BREVE APRESENTAÇÃO DA
EDUCAÇÃO A PARTIR DA
MODERNIDADE
Objetivos de Aprendizagem:
• Apresentar a educação nos contextos históricos da modernidade e
contemporaneidade.
• Destacar as principais características pedagógicas da educação no período
delimitado.
• Contribuir com a compreensão da educação como um fenômeno enraizado
na história humana.
Plano de Estudo:
• A modernidade, a razão e o sujeito.
• A modernidade e o nascimento da noção de infância.
• Desafios da educação na pós-modernidade.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
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o que contribuía enormemente a herança dos filósofos renascentistas e a nova
concepção de conhecimento científico baseada em modelos matemáticos. Uma
refundação da filosofia estava em curso.
Com todas as inovações que os tempos modernos traziam, os filósofos
apostaram em um “projeto” que se ocupasse primeiramente daquilo que, acima
de qualquer dúvida, caracterizava a experiência humana: o uso da razão. E a
principal atividade da razão passa a ser também, a principal preocupação: o
conhecimento. Era necessário “conhecer o conhecimento”, investigar quais as
reais possibilidades de conhecer e os reais métodos para pôr essa atividade
em prática. O conhecimento é a principal marca da filosofia moderna, e isso
trará implicações em todas as áreas humanas.
A ênfase na luz da razão fez com que as filosofias produzidas no século
XVIII recebessem o nome de Iluminismo. Trata-se de uma confiança irrestrita
no poder da razão para explicar a experiência humana. Chegou-se mesmo a
crer que o ser humano pode se aperfeiçoar pela razão a ponto de progredir
sempre e encontrar a felicidade ética e política. A crença num progresso sem
fim ou na perfectibilidade do ser humano levou também à distinção entre
Natureza e Cultura: a Natureza ou o mundo físico-químico-biológico seria o
campo da necessidade, das leis fixas; a Cultura ou a civilização seria o campo
propriamente humano, lugar da auto-construção e da liberdade.
Podemos afirmar que é Moderna uma forma muito particular de se
conceber o sujeito humano, apresentado de forma unificada e com uma
identidade racional. É na sociedade moderna que o sujeito se liberta de
estruturas e tradições teocêntricas que não podiam ser mudadas, passando
a ter uma condição de soberano, algo antes impensável. Isso agora torna-
se possível, diante de mudanças no pensamento e na cultura do ocidente,
trazendo a emergência do sujeito, próprias da modernidade:
a) A libertação da consciência individual dos dogmas religiosos com a Reforma
e o Protestantismo;
b) O posicionamento do homem no centro do mundo a partir do pensamento
humanista renascentista;
c) O maior domínio sobre a natureza possibilitado pelas revoluções científicas;
d) A racionalização, o caráter científico, a libertação de dogmas e a intolerância
da imagem do homem a partir do Iluminismo.
Essas mudanças estão em uma dinâmica de transformações que
também implicarão na educação, trazendo novas abordagens. Uma delas é
sobre a concepção de infância que passa a se desenvolver nesse contexto da
modernidade. Vejamos a seguir.
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2. A modernidade e o nascimento da noção de infância
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materializar-se a partir do interior do homem (criança), mantendo em seu íntimo
o verdadeiro humano que existia na criança.
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atuais sobre o ponto de vista da consciência e da clareza da própria prática
educacional. A escola não pode ficar desinformada das discussões teóricas,
para que não haja um afastamento daquilo que está acontecendo na sociedade
contemporânea e as relações travadas no interior da escola.
Isso seria muito grave, uma vez que é fundamental que a escola
participe do debate realizado na sociedade contemporânea, pois destas
discussões é que sairá a escolha do projeto pedagógico escolar e qual a
formação oferecida aos educandos e educandas mais adequada para realizar
esse mesmo projeto.
#SaibaMais
REFLITA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LEITURA COMPLEMENTAR
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Modernidade Líquida
• Autor: Zygmunt Bauman
• Editora: Zahar
• Sinopse:
A modernidade imediata é ‘leve’,
‘líquida’, ‘fluida’ e mais dinâmica que
a modernidade ‘sólida’ que suplantou.
A passagem de uma a outra acarretou
mudanças em todos os aspectos da
vida humana. Nesta obra, o autor
procura esclarecer como se deu essa
transição e auxiliar o leitor a repensar
os conceitos e esquemas cognitivos
usados para descrever a experiência
individual humana e sua história
conjunta, fazendo uma análise das
condições cambiantes da vida social
e política.
FILME
• Título: Tempos Modernos.
• Ano: 1936.
• Sinopse:
O icónico Vagabundo está
empregado em uma fábrica,
onde as máquinas inevitável e
completamente o dominam e
vários percalços o levam para
a prisão. Entre suas passagens
pela prisão, ele conhece e faz
amizade com uma garota órfã.
Ambos, juntos e separados,
tentam lidar com as dificuldades
da vida moderna, o Vagabundo
trabalhando como garçom e,
eventualmente, um artista.
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WEB:
Produções acadêmicas com foco na temática Educação de crianças podem
ser encontradas no repositório das reuniões da Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) – GT07 – Educação de Crianças
de 0 a 6 anos.
Link: http://www.anped.org.br/
REFERÊNCIAS
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CONCLUSÃO
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