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1. (Fuvest) Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito


José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas
então enfrentados pelo Império português na América:

A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais
ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha
das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo
melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir,
não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar
na América.

Nesse excerto, o autor referia-se


a) aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o
domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
b) às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do
monarca a Portugal.
c) à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança
para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
d) às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam
para a dominação portuguesa no Brasil.
e) ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil
independente.

2. (Unesp)

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É correto interpretar a charge, que representa D. Pedro II e foi publicada em 1887, como
uma
a) demonstração da exaustão provocada pela diversidade de atividades exercidas pelo
imperador.
b) valorização do esforço do imperador em manter-se atualizado em relação ao que
acontecia no país.
c) crítica à passividade e à inoperância do imperador em meio a um período de
dificuldades no país.
d) denúncia da baixa qualidade da imprensa monárquica e de suas insistentes críticas ao
imperador.
e) celebração da serenidade e harmonia das relações sociais no país durante o Império.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Em 1500, fazia oito anos que havia presença europeia no Caribe: uma primeira tentativa
de colonização que ninguém na época podia imaginar que seria o prelúdio da conquista
e da ocidentalização de todo um continente e até, na realidade, uma das primeiras etapas
da globalização.

A aventura das ilhas foi exemplar para toda a América, espanhola, inglesa ou
portuguesa, pois ali se desenvolveu um roteiro que se reproduziu em várias outras
regiões do continente americano: caos e esbanjamento, incompetência e desperdício,
indiferença, massacres e epidemias. A experiência serviu pelo menos de lição à coroa
espanhola, que tentou praticar no resto de suas possessões americanas uma política mais
racional de dominação e de exploração dos vencidos: a instalação de uma Igreja
poderosa, dominadora e próxima dos autóctones, assim como a instalação de uma rede
administrativa densa e o envio de funcionários zelosos, que evitaram a repetição da
catástrofe antilhana.

(Serge Gruzinski. A passagem do século: 1480-1520: as origens da globalização, 1999.


Adaptado.)

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3. (Unesp) Os problemas ocorridos na colonização das ilhas do Caribe podem ser


considerados “exemplares para toda a América”, pois geraram
a) a identificação de uma grande oportunidade, para nativos e europeus, de conviver
com outros povos e desenvolver a tolerância e o respeito a valores morais e culturais
diferentes.
b) o temor, nos indígenas, diante da ambição europeia e a percepção, pelos europeus, da
dificuldade de estruturar o empreendimento colonial e manter o controle de terras e
povos tão distantes.
c) o início de um longo conflito entre os europeus e as populações nativas, que
provocou perdas humanas e financeiras nos dois lados, inviabilizando a exploração
comercial da América.
d) a formação de uma elite colonial que recusava submeter-se às ordens das coroas
europeias e dispunha de plena autonomia na produção e comercialização das
mercadorias.
e) o reconhecimento, pelos europeus, da necessidade de instalação de feitorias no litoral
para a segurança dos viajantes e a aceitação, pelos nativos, da hegemonia dos
conquistadores.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:


Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir.

O Rio de Janeiro dos primeiros anos da República era a maior cidade do país, com mais
de 500 mil habitantes. Capital política e administrativa, estava em condições de ser
também, pelo menos em tese, o melhor terreno para o desenvolvimento da cidadania.
Desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo Reinado, quando
se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na província adjacente,
a cidade passou a ser o centro da vida política nacional. O comportamento político de
sua população tinha reflexos imediatos no resto do país. A Proclamação da República é
a melhor demonstração dessa afirmação.

(José Murilo de Carvalho. Os bestializados, 1987.)

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4. (Unesp) O texto afirma que a consolidação do Rio de Janeiro como “o centro da vida
política nacional” ocorreu com
a) a reunião dos órgãos administrativos na capital e o fechamento das assembleias
provinciais.
b) a proclamação da independência política e a implantação do regime republicano no
país.
c) a concentração do poder nas mãos do imperador e a ascensão econômica de São
Paulo.
d) o declínio da economia açucareira nordestina e o início da exploração do ouro nas
Minas Gerais.
e) o crescimento populacional da capital e a democratização política no Segundo
Reinado.

5. (Unesp) A Proclamação da República, em 1889,


a) expressou a interferência norte-americana e reduziu a influência britânica nos
assuntos internos do país.
b) teve forte participação dos sindicatos operários da capital e ampliou os direitos de
cidadania no Brasil.
c) representou o fim da hegemonia das elites cafeeiras e açucareiras na condução da
política brasileira.
d) foi rejeitada e combatida militarmente pelos principais clérigos católicos no Brasil e
no exterior.
e) resultou da ação de um setor das forças armadas e contou com o apoio de grupos
políticos da capital.

6. (Unesp) Art. 3º O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado


da Tríplice Aliança de 1º de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a
navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste
nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de
todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a
liberdade dessa navegação comum.

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(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai


com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral
(orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)

O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa
transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito:
a) o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais.
b) o esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas.
c) a garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país.
d) o projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais.
e) o monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância.

7. (Fuvest) No Brasil, do mesmo modo que em muitos outros países latino-americanos,


as décadas de 1870 e 1880 foram um período de reforma e de compromisso com as
mudanças. De maneira geral, podemos dizer que tal movimento foi uma reação às novas
realidades econômicas e sociais resultantes do desenvolvimento capitalista não só como
fenômeno mundial, mas também em suas manifestações especificamente brasileiras.

Emília Viotti da Costa, “Brasil: a era da reforma, 1870-1889”. In: Leslie Bethell,
História da América Latina, v. 5. São Paulo: Edusp, 2002. Adaptado.

A respeito das mudanças ocorridas na última década do Império do Brasil, cabe destacar
a reforma
a) eleitoral, que, ao instituir o voto direto para os cargos eletivos do Império, ao mesmo
tempo em que proibiu o voto dos analfabetos, reduziu notavelmente a participação
eleitoral dos setores populares.
b) religiosa, com a adoção do ultramontanismo como política oficial para as relações
entre o Estado brasileiro e o poder papal, o que permitiu ao Império ganhar suporte
internacional.
c) fiscal, com a incorporação integral das demandas federativas do movimento
republicano por meio da revisão dos critérios de tributação provincial e municipal.

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d) burocrática, que rompeu as relações de patronato empregadas para a composição da


administração imperial, com a adoção de um sistema unificado de concursos para
preenchimento de cargos públicos.
e) militar, que abriu espaço para que o alto-comando do Exército, vitorioso na Guerra
do Paraguai, assumisse um maior protagonismo na gestão dos negócios internos do
Império.

8. (Unesp) No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de


origem europeia, liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo
unitário, assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a
Metrópole somente para acelerar o processo de dispersão do Império.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)

O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América


Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX,
é correto concluir que
a) os Estados independentes substituíram as rivalidades pela mútua cooperação.
b) os países libertos formaram regimes constitucionais estáveis.
c) as antigas metrópoles ibéricas continuavam governando os territórios americanos.
d) o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos.
e) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial.

9. (Unesp) O fato de ser a única monarquia na América levou os governantes do


Império a apontarem o Brasil como um solitário no continente, cercado de potenciais
inimigos. Temia-se o surgimento de uma grande república liderada por Buenos Aires,
que poderia vir a ser um centro de atração sobre o problemático Rio Grande do Sul e o
isolado Mato Grosso. Para o Império, a melhor garantia de que a Argentina não se
tornaria uma ameaça concreta estava no fato de Paraguai e Uruguai serem países
independentes, com governos livres da influência argentina.

(Francisco Doratioto. A Guerra do Paraguai, 1991.)

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Segundo o texto, uma das preocupações da política externa brasileira para a região do
Rio da Prata, durante o Segundo Reinado, era
a) estimular a participação militar da Argentina na Tríplice Aliança.
b) limitar a influência argentina e preservar a divisão política na área.
c) facilitar a penetração e a influência política britânicas na área.
d) impedir a autonomia política e o desenvolvimento econômico do Paraguai.
e) integrar a economia brasileira às economias paraguaia e uruguaia.

10. (Unesp) Os colonos que emigram, recebendo dinheiro adiantado, tornam-se, pois,
desde o começo, uma simples propriedade de Vergueiro & Cia. E em virtude do espírito
de ganância, para não dizer mais, que anima numerosos senhores de escravos, e também
da ausência de direitos em que costumam viver esses colonos na província de São
Paulo, só lhes resta conformarem-se com a ideia de que são tratados como simples
mercadorias ou como escravos.
(Thomas Davatz. Memórias de um colono no Brasil (1850), 1941.)

O texto aponta problemas enfrentados por imigrantes europeus que vieram ao Brasil
para
a) trabalhar nas primeiras fábricas, implantadas na região Sudeste do país, para reduzir a
dependência brasileira de manufaturados ingleses.
b) substituir a mão de obra escrava nas lavouras de café e cana-de-açúcar, após a
decretação do fim da escravidão pela lei Áurea.
c) trabalhar no sistema de parceria, estando submetidos ao poder político e econômico
de fazendeiros habituados à exploração da mão de obra escrava.
d) substituir a mão de obra indígena na agricultura e na pecuária, pois os nativos eram
refratários aos trabalhos que exigiam sua sedentarização.
e) trabalhar no sistema de colonato, durante o período da grande imigração, e se
estabeleceram nas fazendas de café do Vale do Paraíba e litoral do Rio de Janeiro.

11. (Fuvest) Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu com a transição
para o regime republicano, surgiram aquelas perguntas cruciais, envoltas no oxigênio
mental da época, muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como construir
uma nação se não tínhamos uma população definida ou um tipo definido? Frente àquele

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amálgama de passado e futuro, alimentado e realimentado pela República, quem era o


brasileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas a todas estas questões mobilizaram os
intelectuais brasileiros durante várias décadas.

Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque brasileira, às dúvidas


mencionadas no texto, é correto incluir
a) as explicações positivistas e evolucionistas sobre o impacto da mistura de raças na
formação do caráter nacional brasileiro.
b) os projetos de valorização dos vínculos entre o caráter nacional brasileiro e os
produtos da indústria cultural norte-americana.
c) o reconhecimento e a celebração da origem africana da maioria dos brasileiros e a
rejeição das tradições europeias.
d) a percepção de que o país estava plenamente inserido na modernidade e havia
assumido a condição de potência mundial.
e) o desejo de retornar ao período anterior à chegada dos europeus e de recuperar
padrões culturais e cotidianos indígenas.

12. (Unesp) Não há dúvida de que os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro
representavam preocupações totalmente distintas. Enquanto os republicanos da capital,
ou melhor, os que assinaram o Manifesto de 1870, refletiam as preocupações de
intelectuais e profissionais liberais urbanos, os paulistas refletiam preocupações de
setores cafeicultores de sua província. [...] A principal preocupação dos paulistas não
era o governo representativo ou os direitos individuais, mas simplesmente a federação,
isto é, a autonomia estadual.

(José Murilo de Carvalho. A construção da ordem, 1980.)

As diferenças entre os republicanos de São Paulo e do Rio de Janeiro, nas décadas de


1870 e 1880, podem ser explicadas, entre outros fatores,

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a) pelo interesse dos paulistas em reduzir a interferência do governo central nos seus
assuntos econômicos e em concentrar, na própria província, a maior parte dos recursos
obtidos com exportação.
b) pela disposição dos intelectuais da capital de assumir o controle pleno da
administração política nacional e de eliminar a hegemonia econômica dos cafeicultores
e comerciantes de São Paulo.
c) pela ausência de projetos políticos nacionais comuns aos representantes de São Paulo
e do Rio de Janeiro e pela defesa pragmática dos interesses econômicos das respectivas
províncias.
d) pelo esforço dos paulistas em eliminar as disparidades regionais e em aprofundar a
unidade do país em torno de um projeto de desenvolvimento econômico nacional.
e) pela presença dos principais teóricos ingleses e franceses do liberalismo no Rio de
Janeiro e por sua influência junto à intelectualidade local e ao governo monárquico.

13. (Unesp) Era o fim. O general Simón José Antonio de La Santísima Trinidad Bolívar
y Palacios ia embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império
cinco vezes mais vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para
mantê-lo livre e unido, e o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas
na hora da partida não levava sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve
bastante lucidez para saber que na realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata
inglês, que escreveu num relatório oficial a seu governo: “O tempo que lhe resta mal dá
para chegar ao túmulo.”

MÁRQUEZ, Gabriel García. O general em seu labirinto, 1989.

O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais


feitos, mas deve ser relativizado, uma vez que Bolívar
a) foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no
processo de independência da América Hispânica.
b) obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América
Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis.
c) defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante
militar nas lutas de independência das antigas colônias espanholas.

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d) teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica,


mas jamais governou a totalidade das antigas colônias espanholas.
e) atuou no processo de emancipação da América Hispânica, mas jamais exerceu
qualquer cargo político nos novos Estados nacionais.

14. (Ufg) Leia o texto a seguir.

Fugiu da loja de tecidos da Rua do Queimado, n. 13, Recife, escravo Caetano, idade de
12 anos, pouco mais ou menos, nação Angola, levou vestido calça e camisa de algodão,
tem uma cruz no braço esquerdo, marca de fogo, e no meio da cabeça tem falta de
cabelo de carregar peso.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 23 jan. 1830. In: FREYRE, Gilberto. O escravo nos
anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Global, 2010, p. 110-111.
(Adaptado).

Publicado em 1830, o anúncio do jornal registra o cotidiano da sociedade escravocrata


brasileira, cuja característica expressa-se
a) pela valorização do trabalho manual, destacando as marcas corporais na cabeça como
expressão da aptidão do escravo ao trabalho.
b) pela denúncia das mazelas do cotidiano dos escravos, demonstrando a intolerância da
imprensa com o tratamento destinado aos cativos.
c) pela demanda de escravos para o trabalho urbano, ampliando as possibilidades de
fugas como estratégia de resistência ao cativeiro.
d) pela compra de escravos da mesma origem para facilitar a convivência nas senzalas,
predominando a importação de escravos oriundos de Angola.
e) pela adesão dos escravos ao catolicismo, tendo expressa a devoção do cativo na
marca da cruz que carrega no corpo.

15. (Unesp) Ao lado do latifúndio, a presença da escravidão freou a constituição de


uma sociedade de classes, não tanto porque o escravo esteja fora das relações de
mercado, mas principalmente porque excluiu delas os homens livres e pobres e deixou
incompleto o processo de sua expropriação.
(Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens livres na ordem escravocrata, 1983.)

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Segundo o texto, que analisa a sociedade cafeeira no Vale do Paraíba no século XIX,
a) a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre assalariado freou a constituição
de uma sociedade de classes durante o período cafeeiro.
b) o imigrante e as classes médias mantiveram-se fora das relações de mercado
existentes na sociedade cafeeira.
c) o caráter escravista impediu a participação direta dos homens livres e pobres na
economia de exportação da sociedade cafeeira.
d) a inexistência de homens livres e pobres na sociedade cafeeira determinou a
predominância do trabalho escravo nos latifúndios.
e) a ausência de classes na sociedade cafeeira deveu-se prioritariamente ao fato de que o
escravo estava fora das relações de mercado.

16. (Fuvest)

Em seu contexto de origem, o quadro acima corresponde a uma


a) denúncia política das guerras entre as populações indígenas brasileiras.
b) idealização romântica num contexto de construção da nacionalidade brasileira.
c) crítica republicana à versão da história do Brasil difundida pela monarquia.
d) defesa da evangelização dos índios realizada pelas ordens religiosas no Brasil.
e) concepção de inferioridade civilizacional dos nativos brasileiros em relação aos
indígenas da América Espanhola.

17. (Unesp) A proclamação da República não é um ato fortuito, nem obra do acaso,
como chegaram a insinuar os monarquistas; não é tampouco o fruto inesperado de uma
parada militar. Os militares não foram meros instrumentos dos civis, nem foi um ato de

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indisciplina que os levou a liderar o movimento da manhã de 15 de novembro, como


tem sido dito às vezes. Alguns deles tinham sólidas convicções republicanas e já vinham
conspirando há algum tempo [...]. Imbuídos de ideias republicanas, estavam
convencidos de que resolveriam os problemas brasileiros liquidando a Monarquia e
instalando a República.

(Emília Viotti da Costa. Da monarquia à república, 1987.)

O texto identifica a proclamação da República como resultado


a) da unidade dos militares, que agiram de forma coerente e constante na luta contra o
poder civil que prevalecia durante o Império.
b) da fragilidade do comando exercido pelo Imperador frente às rebeliões republicanas
que agitaram o país nas últimas décadas do Império.
c) de um projeto militar de assumir o comando do Estado brasileiro e implantar uma
ditadura armada, afastando os civis da vida política.
d) da disseminação de ideais republicanos e salvacionistas nos meios militares, que
articularam a ação de derrubada da Monarquia.
e) de uma conspiração de civis, que recorreram aos militares para derrubar a Monarquia
e assumir o controle do Estado brasileiro.

18. (Ufg) Leia o fragmento a seguir.

Que sejam trazidos duzentos carneiros de cargas, daqueles que costumam trazer e
carregar a prata de Potosi, para acarrear o ouro e a prata.

HOLANDA, Sérgio Buarque. Visão do paraíso. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 97.
(Adaptado).

O fragmento apresentado, de 1609, destaca uma das medidas tomadas por D. Francisco
de Sousa, governador-geral do Brasil, para intensificar a busca por metais e pedras
preciosas no interior do território. Nesse documento, o imaginário colonial português se
constitui pela influência

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a) da notícia sobre as riquezas do território espanhol, que circulava na colônia


portuguesa.
b) do consumo interno de especiarias espanholas, que tornava a vida cotidiana na
colônia mais aprazível.
c) da quantidade de prata extraída em Minas Gerais, que aguçava o interesse da
população litorânea.
d) da carência dos transportes nas regiões auríferas, que obrigava os colonos a
escravizar indígenas.
e) da eficiência administrativa da Coroa Espanhola, que foi apropriada como modelo
pelos portugueses.

19. (Ufg) O Tratado de Madri (1750) pretendeu atender à disputa de territórios entre
Portugal e Espanha, representando também uma estratégia para melhor administrar os
domínios ibéricos na chamada região das Missões. A tentativa de impô-lo gerou uma
guerra que, ao seu final, terminou por definir o controle sobre as colônias que ocupavam
a região dos Pampas. Esse tratado
a) determinou a troca entre os sete povos das missões, no Uruguai, e a colônia de
Sacramento, no Brasil.
b) redefiniu as fronteiras territoriais na América do Sul, com base no uti possidetis.
c) permitiu aos jesuítas exercer um domínio que se estendeu por toda a região do Prata.
d) garantiu a consolidação da chamada “República dos Guaranis”, sob influência da
Igreja Católica.
e) possibilitou a anexação da região das Missões ao território argentino e do Chaco ao
Uruguai.

20. (Unesp) [...] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a
ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os
643 municípios do Império [...] ainda continham escravos.
(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)

A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre


outros fatores,

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a) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias


em direção ao Brasil.
b) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa
propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos.
c) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no
Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
d) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do
escravo ao trabalho na lavoura do café.
e) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da
Guarda Nacional.

21. (Ufg) Analise a fotografia a seguir.

Datada do século XIX, a fotografia retrata o cotidiano de uma fazenda produtora de


café, no Rio de Janeiro. Da análise da fotografia conclui-se que
a) o terreiro de secagem do café demarca o domínio da pequena propriedade na
economia escravista.
b) o convívio entre distintos grupos etários anuncia a inexistência de um espaço
dedicado à infância.
c) a forma do edifício indica a influência dos migrantes na produção do espaço de
trabalho.

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d) o relevo montanhoso da região de exploração fragiliza o mercado interno voltado à


produção cafeeira.
e) o apego às técnicas produtivas tradicionais impossibilita a dinamização da economia
cafeeira.

22. (Unesp) A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao


poder central no Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos
teve algumas particularidades, quando comparado aos demais.

Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao


seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo
que nesta província extrema [...] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos
de qualquer espécie. [...] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para
o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser
oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de
nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa
dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer
com honra, ou viver com liberdade.

(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy
Pesavento. A Revolução Farroupilha, 1986.)

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar


a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente
ao poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.
b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a
concorrer com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.
c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava
constante ameaça de invasão espanhola e platina.
d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque
estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e
a decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

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23. (Fuvest) Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, ficou sem
palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alentado relato de suas
experiências como membro da expedição espanhola liderada por Hernán Cortés rumo
ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus
companheiros de conquista emergiram do desfiladeiro e depararam-se pela primeira
vez com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim
descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem
se o que se nos apresentava diante dos olhos era real”.

Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização


Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.

O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a


saber,
a) a superioridade cultural dos nativos americanos em relação aos europeus.
b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da posterior convivência entre
conquistadores e conquistados.
c) a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos
americanos.
d) o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais
com os europeus.
e) a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola.

24. (Ufg) Leia o documento a seguir.

A admiração que os cavalos causaram aos índios logo que os viram excede a todo
encarecimento: porque, quase em todas as províncias da América, tomaram o cavalo e o
cavaleiro como uma só pessoa. Em suma, não houve coisa de quantas da Europa se
trouxeram que mais os admirasse e assombrasse. Ficavam como fora de si de estupor
vendo um espanhol a cavalo com um peitoral de guizos.

BERNABÉ, Cobo. In: AMADO, Janaína; FIGUEIREDO, Luiz Carlos. No tempo das
caravelas. Goiânia: Cegraf/UFG; São Paulo: Contexto, 1992. p. 129. (Adaptado).

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A narração do cronista espanhol sobre a Conquista do Peru, no século XVI, conduz à


compreensão sobre um componente do imaginário nativo que favoreceu a ação dos
europeus. Esse componente se associa à
a) interpretação cíclica da história, que levava a incorporar os invasores como deuses a
pressagiar o fim dos tempos.
b) crença religiosa politeísta, que pressupunha a aceitação de deuses estrangeiros para
controlar os conflitos entre tribos distintas.
c) devoção à natureza, que implicava no respeito aos animais poupados nas batalhas
contra os invasores europeus.
d) concepção matriarcal vigente, que excluía a preparação para a guerra como tarefa
para a defesa das sociedades nativas.
e) forma de combate utilizado na guerra, que privilegiava a utilização do corpo como
meio de legitimar o heroísmo do guerreiro.

25. (Unesp) Leia.

É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com
um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem,
uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só
governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não
é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres
dessemelhantes dividem a América.

(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.)

O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos


dizer que,
a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e,
em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil.
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência
e unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia
espanhola.

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c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para


que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-
americana no continente.
d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do
continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana.
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade
americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas
eram insuperáveis.

26. (Ufg) Analise a imagem a seguir.

A imagem remete à vida cotidiana, no Brasil, no final do século XIX, produzindo uma
critica às práticas sociais do clero. A sentença que corresponde ao conhecimento
histórico produzido com base na análise da charge é:
a) “os clérigos viviam na pobreza decorrente do desabastecimento de alimentos”.
b) “as autoridades eclesiásticas ignoravam as distinções raciais da sociedade escravista”.
c) “a austeridade das regras monásticas contrastava com o comportamento dos
clérigos”.
d) “os mosteiros europeus auferiam lucros do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil”.
e) “a vida monástica brasileira associava isolamento à negação dos prazeres mundanos”.

27. (Ufg) Leia o texto a seguir.

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Na fazenda de Leôncio havia um grande salão toscamente construído, sem forro nem
soalho, destinado ao trabalho das escravas, que se ocupavam em fiar e tecer algodão.
Nesse salão, via-se postada uma fila de fiandeiras. Eram de vinte a trinta negras,
crioulas e mulatas, com suas tenras crias ao colo ou pelo chão a brincar ao redor delas.
Umas conversavam, outras cantarolavam para encurtarem as longas horas de seu
fastidioso trabalho. Viam-se ali caras de todas as idades, cores e feitios, desde a velha
africana, trombuda e macilenta, até a roliça e luzidia crioula, desde a negra brunida
como azeviche até a mulata quase branca.

GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura. São Paulo: Ática, 1996. p. 39. [Adaptado].

A região de Campos, no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XIX, serviu como
cenário para o romance A escrava Isaura. No fragmento apresentado, a descrição do
ambiente de trabalho revela
a) a indolência como um costume incorporado à escravidão, dificultando o uso da mão
de obra escrava em atividades manufatureiras.
b) a presença da miscigenação na sociedade escravista, decorrente das relações
implícitas na família patriarcal.
c) o descumprimento das leis antiescravistas, regulamentadoras da atividade de velhos e
crianças submetidos ao cativeiro.
d) a hierarquização de tarefas no cativeiro, associada à distinção entre escravos nascidos
no Brasil e na África.
e) as condições de trabalho do escravo doméstico, atenuadas pela proximidade que eles
mantinham com os seus senhores.

28. (Fuvest) Examine a seguinte tabela:

Ano Nº de escravos que entraram no Brasil

1845 19.453

1846 50.325

1847 56.172

1848 60.000

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Dados extraídos de Emília Viotti da Costa. Da senzala à colônia. São Paulo: Unesp,
1998.

A tabela apresenta dados que podem ser explicados


a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África
para o Brasil.
b) pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da
campanha abolicionista no Brasil.
c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota
de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
d) pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a
despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no
Brasil e tributou o tráfico interno.

29. (Unesp) A maioridade do príncipe D. Pedro foi antecipada, em 1840, para que ele
pudesse assumir o trono brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da
Maioridade, podemos citar o esforço de
a) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com a centralização política
ocorrida durante o Período Regencial.
b) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a interferência do poder central nas
unidades administrativas.
c) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos federalistas da Lei Interpretativa
do Ato, editada seis anos depois.
d) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal e democrático no país,
reagindo ao centralismo da Constituição de 1824.
e) restabelecer a estabilidade política, comprometida durante o Período Regencial, e
conter revoltas de caráter regionalista.

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30. (Unesp) O caudilhismo é um fenômeno político hispano-americano do século XIX,


que se associa
a) à resistência contra o intervencionismo norte-americano, sobretudo nas áreas do
Caribe e América Central.
b) às guerras civis entre unitários e federalistas durante o processo de formação dos
Estados nacionais.
c) aos pensadores liberais que lutaram pela emancipação política e econômica do
continente.
d) às lideranças militares que atuaram nas guerras de independência e defenderam a
unificação do continente.
e) ao temor, manifesto sobretudo na região do Prata, de que o Império brasileiro
avançasse militarmente para o sul.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[D]

O autor do texto faz referência ao ano de 1818 na América Colonial. Tal ano marca o
ápice do movimento de independência na América Espanhola e o autor do texto deixa
claro que d. João VI deveria preocupar-se em impedir que as influências desse
movimento atingissem a América Portuguesa.

Resposta da questão 2:
[C]

D. Pedro II sofria de narcolepsia, a chamada doença do sono. Seus críticos se


aproveitavam disso para pintá-lo como um soberano passivo e inoperante frente aos
problemas do Segundo Reinado, em especial a questão militar e a questão escravocrata.

Resposta da questão 3:
[B]

O texto sugere que o fracasso de colonização das Ilhas do Caribe indicou aos
colonizadores europeus que caminhos seguir na tentativa de tornar o continente
americano lucrativo. Além disso, do primeiro contato entre europeus e indígenas surgiu
a percepção, para os últimos, que os primeiros seriam capazes de tudo para dominar os
territórios da América.

Resposta da questão 4:
[C]

Ao citar que “(...) desde a independência e, particularmente, desde o início do Segundo


Reinado, quando se deu a consolidação do governo central e da economia cafeeira na
província adjacente (...)” o Rio de Janeiro ganhou importância, o texto relaciona a
centralidade política do Rio de Janeiro no país aos governos de d. Pedro I e d. Pedro II e
ao sucesso do café paulista no Segundo Reinado.

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Resposta da questão 5:
[E]

A Proclamação da República foi um golpe articulado pelos militares contra o governo


de d. Pedro II com o apoio de alguns setores da sociedade, como os partidos políticos
republicanos e os cafeicultores do Vale do Café.

Resposta da questão 6:
[C]

A participação brasileira na Guerra do Paraguai estava ligada ao domínio da Bacia do


Prata, formada, dentre outros, pelos rios Paraná, Paraguai e da Prata. Por isso, o Tratado
de Paz fez questão de destacar que nada poderia impedir a livre circulação por esses
rios.

Resposta da questão 7:
[A]

A Reforma Eleitoral que a questão retrata é a ocorrida em 1881. Ela estabeleceu a


eleição direta para cargos legislativos e a exclusão dos analfabetos do pleito.
No modelo anterior, o voto era censitário e incluía os analfabetos. Nesse sistema, por
critério de renda, os eleitores paroquiais elegiam os eleitores de província e estes
elegiam os deputados.
No sistema estabelecido a partir de 1881, os eleitores paroquiais e os analfabetos foram
excluídos, o que levou a uma diminuição drástica do número de eleitores no Império.

Resposta da questão 8:
[E]

A América Espanhola optou pelo segundo tipo de independência descrito no texto,


aquele que levou à fragmentação da Colônia em várias Repúblicas. Analisando os novos
países latino-americanos surgidos com a independência podemos notar uma série de

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continuidades do período colonial, como as desigualdades sociais e a dependência


econômica externa.

Resposta da questão 9:
[B]

A preocupação de d. Pedro II com relação ao rio da Prata era a possibilidade de a


Argentina invadir e dominar o Rio Grande do Sul e o Mato Grosso.

Resposta da questão 10:


[C]

Durante o Segundo Reinado, no período em que o tráfico intercontinental esteve


proibido, o governo brasileiro apoiou a vinda de imigrantes para substituir o trabalho
escravo nas lavouras de café. Os imigrantes eram trazidos a partir do sistema de
parceria, no qual recebiam uma ajuda de custo para fazer a viagem e, por isso, ficavam
presos à companhia que os ajudou até que pagassem suas dívidas.

Resposta da questão 11:


[A]

Boa parte dos estudos acerca da formação da sociedade brasileira pautou-se na análise
do impacto da miscigenação entre brancos (portugueses), negros (africanos) e indígenas
na constituição do povo brasileiro.

Resposta da questão 12:


[A]

São Paulo era o principal centro econômico brasileiro na época do Segundo Reinado.
Nesse estado, o movimento republicano priorizou a discussão acerca da adoção do
federalismo, que conferiria ao estado autonomia para gerenciar seus assuntos políticos e
econômicos, utilizando, assim, sua economia em benefício próprio.

Resposta da questão 13:

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[D]

Somente a alternativa [D] está correta. A questão remete ao processo de independência


da América Espanhola no início do século XIX. O texto do grande escritor Gabriel
García Márquez aponta para o libertador da América Espanhola Simón Bolívar. Bolívar,
o libertador, foi um exemplo típico dos ideais da elite criolla. Nascido na Venezuela,
republicano, comandou a luta pela libertação da América Espanhola com apoio da
Inglaterra e Estados Unidos, partindo da Venezuela e do Peru em direção ao sul,
defendendo uma América do Sul livre, unida e forte. Embora Simón Bolívar tivesse um
papel político e militar fundamental no processo de independência da América
Espanhola, não chegou a governar a totalidade das antigas colônias espanholas. Morreu
em 1830, aos 47 anos de idade, frustrado em seu ideal de unificação. Desta forma,
Gabriel García Márquez enalteceu de forma exagerada os feitos do grande líder, deve
ser relativizada sua importância histórica. As demais alternativas estão incorretas.

Resposta da questão 14:


[C]

Os livros de Gilberto Freyre são relevantes para compreender as relações sociais no


Brasil Colônia e Império. O anúncio do jornal sobre a fuga do escravo Caetano da loja
de tecidos em 1830 remete a uma série de transformações que ocorreram no Brasil bem
como no universo da escravidão. Nos séculos XVIII e XIX as atividades dos escravos
foram se diversificando devido à demanda de mão de obra nas cidades. Surgiram os
escravos de ganho e escravos que trabalhavam em diversas funções na zona urbana.
Desta forma, as possibilidades de resistências através de fugas eram maiores. Somente a
alternativa [C] está correta. Não havia valorização do trabalho manual que era
historicamente associada à escravidão. A imprensa não estava a serviço de escravo
denunciando as mazelas, mas a serviço das elites na procura dos seus escravos. As
proposições [D] e [E] são falsas. O anúncio não se refere à compra de escravo da
mesma origem e nem pela adesão dos escravos ao catolicismo.

Resposta da questão 15:


[C]

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Somente a proposição [C] está correta. Ao longo do Segundo Reinado, 1840-1889,


governo de D. Pedro II, o produto mais importante foi o café que começou a ser
cultivado em larga escala no Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro no século XIX. No
Vale do Paraíba, a sociedade era bem parecida com a sociedade do Brasil Colonial, ou
seja, uma elite agrária e seu latifúndio com escravos cultivando um produto que vai para
o mercado externo. Para a historiadora Maria Sylvia de Carvalho e Franco, não imperou
naquela região uma sociedade de classes, pois a presença de escravo inibiu a
participação direta dos homens livres e pobres na economia de exportação da sociedade
cafeeira. As demais alternativas estão incorretas.

Resposta da questão 16:


[B]

O pintor Victor Meirelles pertence à Escola Romântica de Pintura. Um dos principais


admiradores de sua obra foi o Imperador Pedro II, que se tornou seu mecenas em um
projeto de construção da identidade nacional através de símbolos da nossa origem,
como a figura dos indígenas. O quadro Moema, acima retratado, enquadra-se nesse
contexto.

Resposta da questão 17:


[D]

A alternativa [D] está correta. A Guerra do Paraguai, 1865-1870, foi um divisor de


águas na história do exército brasileiro. A partir deste conflito, a corporação ganhou
consciência de sua importância para a nação e assumiu o ideal de “salvador da pátria”.
Os políticos denominados de “casacas” criticaram esta nova postura do exército que
eram os “fardados”. Assim, os jovens oficiais apoiados em um ideário positivista
criticou a monarquia e se aproximaram de ideias republicanas. A politização de parte do
exército foi fundamental para derrubar a monarquia e implantar a República. Vale
afirmar que os dois primeiros presidentes do Brasil República foram militares. As
proposições [A], [B], [C] e [E] estão incorretas. Não havia unidade entre o exército. Não
ocorreram rebeliões republicanas nas últimas décadas do império. Não havia um projeto
militar de implantar uma ditadura, o próprio Deodoro era monarquista. A proclamação
da República não foi obra dos civis e sim dos militares.

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Resposta da questão 18:


[A]

Desde o início da colonização europeia na América, o Estado português teve que


conviver com o fato que de, “logo ali do lado”, a Espanha encontrava e desfrutava do
ouro americano. Por isso, encontrar ouro em seu território colonial sempre foi um
desejo português. Apesar dos esforços – e da vontade –, isso só foi possível depois das
Bandeiras, no século XVII.

Resposta da questão 19:


[B]

O Tratado de Madrid, basicamente, surgiu para substituir o Tratado de Tordesilhas, que,


na prática, já não era respeitado desde o período da União Ibérica. De acordo com
aquele tratado, Portugal e Espanha admitiam a violação de Tordesilhas e a necessidade
de estipular os novos domínios territoriais, tanto na América quanto na Ásia. A base do
novo Tratado era o direito privado romano do uti possidetis, ita possideatis (quem
possui de fato, deve possuir de direito). Sendo assim, as terras espanholas na América
do Sul ocupadas por Portugal passaram a ser, por direito, dos portugueses.

Resposta da questão 20:


[A]

Diversos fatores contribuíram para a substituição do trabalho escravo, principalmente


após 1870, quando do fim da Guerra do Paraguai. Tradicionalmente, a historiografia dá
maior destaque às pressões realizadas pela Inglaterra – iniciadas desde 1810 – no meio
do exército, (influenciado pelos ideais positivistas), entre jornalistas e intelectuais e, ao
mesmo tempo, dá pouco destaque às ações dos próprios escravos, com suas fugas e
confrontos com os capitães do mato. Ao mesmo tempo o governo brasileiro iniciara
uma política de incentivo a vinda de imigrantes, grande parte concentrada na lavoura
cafeeira de São Paulo.

Resposta da questão 21:

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[B]

A alternativa [B] é a única que podemos depreender a partir da imagem, uma vez que
nela podemos observar grupos de crianças brincando em meio ao terreno de plantio de
café, espaço também ocupado pelos escravos já adultos.

Resposta da questão 22:


[A]

A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o


Segundo Reinado, liderada pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros
criadores de gado e produtores de charque. É considerado um movimento republicano e
separatista, apesar de que, no texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os
representantes dos rebeldes façam reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia,
e não a separação.

Resposta da questão 23:


[C]

A questão, que tem como referência o texto citado, ressalta elementos de análise do
choque cultural entre europeus e nativos da América à época da Expansão Marítimo-
Comercial europeia. Em geral, tanto os conquistadores espanhóis que dominaram o
Império Asteca (no caso citado pelo texto), quanto os que dominaram o Império Inca
ficaram bastante surpresos diante das manifestações culturais dessas civilizações
americanas. Contudo, cabe lembrar que prevaleceu a vontade dos europeus sobre a
América, o que implicou na destruição dos Impérios Asteca e Inca pelos espanhóis.

Resposta da questão 24:


[A]

No primeiro contato entre astecas e espanhóis, os nativos americanos acreditaram que


os europeus eram deuses, previstos para chegarem em uma de suas muitas lendas
religiosas que anteviam os fins dos tempos. O fato de os espanhóis terem chegado em

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grandes navios e utilizarem cavalos (animais que os astecas desconheciam) reforçou a


tese asteca, o que facilitou a entrada dos espanhóis no Vale do México.

Resposta da questão 25:


[E]

Os ideais de unidade latino-americana de Simon Bolívar representam o “pan-


americanismo”, que passou a ser chamado de bolivarismo, pois o líder da independência
da Venezuela foi um dos seus mais destacado defensor. As lutas contra a dominação
espanhola e o reconhecimento dos interesses imperialistas da Inglaterra – a grande
potência da época – impulsionaram a visão de que a unidade seria a melhor forma
política para o desenvolvimento independente das novas nações.

Resposta da questão 26:


[C]

A imagem de monges entregues à bebedeira deixa claro o comportamento clerical


contraditório aos princípios religiosos. Principalmente ao período referido, final do
século XIX, em que a Igreja Católica procurava ser ouvida além dos muros do Vaticano,
pois enfrentava a expansão de uma “nova reforma” com o surgimento dos movimentos
pentecostais estadunidenses e o cientificismo do XIX. Portanto, a questão exigia do
estudante a capacidade de leitura e de interpretação da representação imagética.

Resposta da questão 27:


[B]

O fragmento de texto, em suas últimas linhas, destaca a miscigenação como traço


marcante da sociedade brasileira, resultado do processo de colonização da América
portuguesa.

Resposta da questão 28:


[D]

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A Lei de 1831 na regência de Feijó obrigava o Brasil a extinguir o tráfico negreiro e não
foi cumprida. A campanha abolicionista teve importância no país após a Guerra do
Paraguai, nos anos 70 e 80. No ano de 1844 o Brasil editou a Tarifa Alves Branco,
protecionista, que determinou protestos e pressões inglesas, inclusive com a
promulgação, no ano seguinte, da Lei Aberdeen, que autorizava a marinha inglesa a
aprisionar navios que fizessem o tráfico internacional. Apesar dessa pressão, o tráfico
foi ampliado dado à necessidade de mão de obra para a lavoura cafeeira em expansão no
oeste paulista. Vale lembrar que nesta época o governo brasileiro passou a estudar
possibilidades de trazer imigrantes europeus e foi feita a primeira experiência com
trabalhadores italianos pelo Senador Vergueiro.

Resposta da questão 29:


[E]

O golpe da maioridade foi articulado pelo Partido Liberal, como forma de recuperar o
poder que estava nas mãos de Araújo Lima do Partido Conservador. No entanto, a lei
que antecipou a maioridade de D. Pedro II foi aprovada com o apoio de deputados do
Partido Conservador, que viam nesse procedimento político uma forma de garantir a
unidade nacional e centralizar o poder, já que as rebeliões que ocorriam no país
ameaçavam a unidade territorial.

Resposta da questão 30:


[B]

O caudilhismo foi um fenômeno político tipicamente latino americano, principalmente


nos países de língua espanhola, após a independência e num primeiro momento reflete a
luta pela organização do Estado, com maior ou menor centralização política, expressa
em maior ou menos autonomia às províncias. A luta pelo poder nas nações recém-
formadas envolveu grandes proprietários, que comandaram exércitos pessoais formados
nas guerras de independência e que buscavam o controle da nação através da força e de
laços de fidelidade. A concentração de poderes nas mãos de um líder local representava
o reforço do poder pessoal e do papel de sua região na economia do país.

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