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Universidade Federal de Pernambuco-UFPE

Departamento de Matemática – DMAT

Fundamentos de Matemática
Licenciatura Presenecial

Gleidson Gomes

Recife - 23 de julho de 2022


Sumário

Aula 01(Continuação): Adição de elementos de N

Observação. Há um erro no axioma 4(indução) no item (i) deveria ser 0 ∈ S

Definição 3: Dizemos que um número natural n é positivo se n , 0. O conjunto dos


números naturais positivos será denotado por N+

Corolário 4: Se n ∈ N+ , então n tem um único antecessor em N.

Como 0 não pertence a imagem de s, temos que s(n) ∈ N+ para todo n ∈ N. Assim,
podemos considerar uma função

s̃ : N → N+
(

n 7→ s(n)
Dito de outra forma, estamos apenas restrigindo o contradomínio de s

Exercício 2: Prove que s̃ é uma bijeção.

Definição 4: Dado m ∈ N, definimos recursivamente:

m+0=m
(

m + s(n) = s(m + n)

Isto é, fixado m, se p = 0, m + p = m e se p , 0, p = s(n) para algum n ∈ A, daí m + p =


m + s(n) = s(m + n).

Noote que da definição acima temos:

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m + s(0) = s(m + 0) = s(m)

ou ainda,
m + s(s(0)) = s(m + s(0)) = s(s(m))

Definição 5: Seja f : X −→ X e IdX a função identidade no conjunto X. Sendo assim,


 
definimos f 0 = IdX e, para n ≥ 1, f n = f ◦ f n−1 . Chamamos a função f n de n-ésima iterada
de f , ou ainda, dizemos que f foi iterada n vezes.

Proposição 5: Se m e n são naturais quaisquer, então vale a igualdade m + n = sn (m),


isto é, somar n a m é somar 1 a m iteradamente n vezes.

Demonstração. Seja Sm = {n ∈ N | m + n = sn (m)} para um m natural fixado arbitra-


riamente. Provemos por indução que Sm = N 1. s0 (m) = m = m + 0, portando 0 ∈ Sm ;
2. Seja k ∈ Sm , ou seja, m + k = sk (m). Temos ainda que m + s(k) = s(m + k), daí, pela
 
hipótese, m + s(k) = s sk (m) = s ◦ sk (m). Por definição, s ◦ sk (m) = sk+1 (m) = ss(k) (m), e assim,
m + s(k) = ss(k) (m), log 0, s(k) ∈ Sm . Como m foi fixado arbitrariamente, temos Sm = N para
todo m ∈ N.

Exemplo Segue um exemplo do que acabamos de demonstrar:


 
5 + 3 = s3 (5) = s s2 (5) = s(s(s(5))) = s(s(6)) = s(7) = 8

Aula 02: Propriedades da Adição

Proposição 7: A adição é associativa: se m, n, p ∈ N, então (m + n) + p = m + (n + p)

Demonstração. : Fixemos m e n e façamos a indução em p. Considere o conjunto


S = {P ∈ N : (m + n) + P = m + (n + p)}. Como (m + n) + 0 = m + n e m + (n + 0) = m + n,
vemos que 0 ∈ S. Se p ∈ S, on seja, que (m + n) + p = m + (n + p), motremos que s(p) ∈ S.
Com efeito, (m + n) + s(p) = s((m + n) + p) = s(m + (n + p)) = m + s(n + p) = m + (n + s(p)),
logo s(p) ∈ S, portanto S = N pelo Axioma da Indução.

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Lema 8: Se m ∈ N, entâo 1 + m = s(m) = m + 1.

Demonstração. Já sabemos que s(m) = m + 1. Seja S = {m ∈ N : 1 + m = s(m)}. Como


1 + 0 = 1 = s(0) vemos que 0 ∈ S, isto é, se 1 + m = s(m), então 1 + s(m) = s(1 + m) = s(s(m)),
logo s(m) ∈ S, e o lema está provado pelo Axioma da Indução.

Proposição 9: A adição é comutativa : se m, n ∈ N então m + n = n + m.

Demonstração. Fixaremos m e faremos a indução sobre n. Defina S = {n ∈ N : m + n =


n+m}. Como 0 é elemento meutro, m+0 = 0+m, logo 0 ∈ S. Se n ∈ S, isto é, se m+n = n+m,
vamor mostrar que s(m) ∈ S. De fato, m+s(n) = s(m+n) = s(n+m) = n+s(m) = n+(1+m) =
(n + 1) + m = s(n) + m, logo o s(n) ∈ S. Pelo Axioma da Indução, a proposição etá provada
pois tomamos m de forma arbitrária.

Proposição 10: (Lei do corte) Se m, n, p ∈ N e m + p = n + p, entâo m = n.

Demonstração. Fixe m e n e considere o conjunto S = {p ∈ N : m + p = n + m ⇒ m = n}.


Claramente 0 ∈ S, pois se m + 0 = n + 0, então m = n

Supponha que P ∈ S, ou seja, que sempre que tivermos m + p = n + p, então m = n.


Assim, se m + s(p) = n + s(p), por definição temos s(m + p) = s(n + p). Pelo Axioma 3,
segue que m + p = n + p (lembre que a função s é injetiva), mas pela hipotese de indução,
concluimos que m = n logo s(p) ∈ S. Pelo Axioma da Indução, S = N, assim a lei do corte
sempre vale pois tomamos m, n aribtários.

Proposição 11: 0 é único elemento neutro da adição . Em outras palavras, se µ ∈ N é


tal que µ + n = n + µ = µ para todo n ∈ N, entâo µ = 0.
Demonstração: Como O é neutro, temos µ = 0 + µ. Como µ é meutro, temos 0 = 0 + µ,
logo µ = 0.

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Definicão 6: Dado m ∈ N, definimos recusrivamente a muultiplicação:

m·0=0
(

m · s(n) = m · n + m

Em outras outras palavras, m · (n + 1) = m · n + m.

Proposição 12: Para todo m ∈ N, vale 0.m = 0.

Demonstração. Considere S = {m ∈ N : 0 · m = 0}. Como, por definição, m · 0 = 0 ∀m ∈


N, um particular temos que 0.0 =, logo 0 ∈ S. Se m ∈ S, provemos que s(m) ∈ S. Pela
hipotese de inducão, 0 · m = 0, logo 0 · s(m) = 0 · m + 0 = 0 + 0 = 0, portanto s(m) ∈ S. Daí,
S=N

A proposição a seguir ainda trata da adição, mas nos será útil mo estudo da multipli-
cação.

Proposição 13: Se m, m ∈ N são tais que m + n = 0, ent m = n = 0.

Demonstração. Suponha que n , 0. Pelo Teorema 3, existe p ∈ N tal que n = s(p). Assim,
0 = m + n = m + s(p) = s(m + p), o que contraria o Axioma 2 . Com isso, concluímos que
n = 0, mas intão m = m + 0 = m + n = 0.

Proposição 14: 1 é elemento neutro da multiplicaeão: 1 · n = n · 1 = n ∀n ∈ N.

Demonstração. Pela definição de multiplicacâo, temos n·1 = n·s(0) = n·0+n = 0+n = n.


Falta mostrar que sempre vale 1 · n = n. Para isso, considere S = {n ∈ N : 1 · n = n}.
Pela delinicão, temos 1 · 0 = 0, logo 0 ∈ S. Agora, se n ∈ S, então 1 · n = m, logo
1 · s(n) = 1 · n + 1 = n + 1 = s(n), ou seja, s(n) ∈ S. Pelo Axioma 4, concluimos que S = N.

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Aula 03: Propriedades da Multiplicação

Proposição 15: A multiplicação é distibutiva.

m(n + p) = mn + mp e (m + n)p = mp + np ∀m, n, p ∈ N

Demonstração. Sejam m, n naturais fixados arbitrariamente e usemos indução sobre p.


Seja
Sm,n = {p ∈ N | m(n + p) = mn + mp}.

(a) Note que 0 ∈ Sm,n . De fato, pois m(n + 0) = mn e mn + m · 0 = mn , ou seja,


m(n + 0) = mn + m · 0 ;

(b) Agora vamos mostrar que, se k ∈ Am,n , isto é, m(n + k) = mn + mk, então (k + 1) ∈ Sm,n .
De fato,

m(n+(k+1)) = m((n+k)+1) = m(n+k)+m = (mn+mk)+m = mn+(mk+m) = mn+(m(k+1)).

Assim, (k + 1) ∈ Am,n .

Vamos mostrar o item (b) de outra forma:

Seja p ∈ S entáo m(n + p) = m · n + n · p, logo

m · (n + s(p)) = m · s(n + p) = m(n + p) + m =

= (m · n + m · p) + m =

= m · n + (m · p + m) = m · m + m · s(p),

logo s(p) ∈ S. Donde, S = N. Como tomaos m, n arbitrariamente , temos que

m(n + p) = mn + mp

Porposição 16: A Multiplicação é Associativa

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m(np) = (mn)p.

Demonstração. Novamente, consideremos m, n ∈ N fixados arbitrariamente e aplique-


mos indução sobre p. Seja Sm,n = {p ∈ N | m(np) = (mn)p} : (a) m(n · 0) = m · 0 = 0 e
(mn) · 0 = 0, log 0, m(n · 0) = (mn) · 0. Assim, 0 ∈ Sm,n ;
(b) Suponhamos que k ∈ Sm,n , isto é, m(nk) = (mn)k. Consideremos as seguintes igualdades:
m(n(k + 1)) = m(nk + n) = m(nk) + mn = (mn)k + mn = (mn)(k + 1). Dessa forma, k + 1 ∈ Sm,n
Logo, Sm,n = N

Proposição 17: Sejam m, n ∈ N tais que m · n = 0 então m = 0 ou n = 0

Demonstração. Note que se n = 0 nada temos a fazer. Se n , 0, então ele admite


antecessor em N, logo existe p ∈ N tal que n = s(p). Donde

0 = mn = m · s(p) = mp + m

mas pela proposição 13, temos que mp = 0 e m = 0.

Proposição 18. A multiplicação é comutativa:

m · n = n · m, ∀m, n ∈ N

Demonstração. Suponhanhamos Sm = {n ∈ N | mn = nm}, para um m ∈ N fixados


arbitrariamente. Mostremos que Sm = N : (a) Por definição, m · 0 = 0 e, pela proposição
2 · 3 · 2, 0 · m = 0, logo, m · 0 = 0 · m, isto é, 0 ∈ Sm ; (b) Suponhamos k ∈ Sm , ou seja, mk = km.
Temos que m(k + 1) = mk + m = km + m, por hipótese de indução, e ainda, km + m = (k + 1)m.
Sendo assim, m(k + 1) = (k + 1)m, que significa k + 1 ∈ Sm .

Logo, por indução, Sm = N. Como m é arbitrário, a igualdade vale para todo m em N.

Ptoposição 19. 1 é o único elemento neutro da multiplicação: se p ∈ N é tal que


np = pn = n ∀n ∈ N, então p = 1

Demonstração. Exercício

Proposição 20: Seja fn : N → N dada por fn (m) = m + n. Então m · n = fnm (0) ∀m, n ∈ N,
ou seja,
m · n = 0 + n + n + n + ... + n (m − vezes).

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Demonstração. Fixemos n, e consideremos Sn = {m ∈ N : n · m} = fnm (0).

Note que, 0 ∈ S. De fato, como n · 0 = 0 e fn0 (0) = IdN (0) = 0, logo 0 ∈ §n .

Seja m ∈ Sn , então n · m = fnm (0), temos que

n · s(m) = n · m + n = fn·m = fn fnm 0)) = fns(m) (0)

portanto s(m) ∈ Sn . Pelo axioma da indução, Sn=N e como n foi tomado arbitariamente,
segue que o resultado vale qualquer que sejam m, n ∈ N.

Definição 7. Dado m ∈ N, define-se de forma recursiva a potenciação em N:

m0 = 1
(

ms(m) = mn · m

Note que com a definição acima temos que mm+1 = mn · m. Observe também que

m1 = ms(0) = m0 · m = 1 · m

para todo m ∈ N. Outra observção 00 = 1

Proposição 21. Sema x, y, n ∈ N então (xy)n = xn · yn .

Demonstração. Fixados x e y tome o consjunto Sn = {n ∈ N : (xy)n = xn · yn } Assim,


(xy)0 = 1 e x0 · y0 = 1 · 1 = 1, logo 0 ∈ Sn . Seja n ∈ Sn , temos que (xy)n = xn · yn , donde

(xy)s(n) · = (xy)n (xy) = xn yn xy = (xn x)(yn y) = xs(n) ys(n) ,

isto é, s(n) ∈ Sn . Pelo axioma da indução, temos que Sn = N, e como tomamos x e y


arbitrariamente o resultado segue.

Proposição 22. Se x, m, n ∈ N, untão xm+n = xm · xn .

Demonstração. Fixemos x e m, considere o conjunto Sx,m = {n ∈ N : xm+n = xm · xn }.


Como xm+0 e xm · x0 = xm · 1 = xm , temos que 0 ∈ Sx,m . Supenha agora que n ∈ Sx,m , isto é
xm+n = xm · xn . Então

xm+s(n) = xs(m+n) = xm+n · x = (xm · xn ) · x = xm · (xn x) = xm · xs(n) ,

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logo s(n) ∈ Sx,m . Donde segue que Sx,m = N. Como x e m são arbitrários provamos a
proposição.

Proposição 23. Se n ∈ N, então 0n = 0

Demonstração. Exercício

Proposição 24. Se n ∈ N, então 1n = 1.

Demonstração. Exercício

Aula 04 Relação de Ordem em N

Proposição 25: Se x, m, n ∈ N, então (xm )n = xmn .

Demonstração.

Proposição 26: O cnceito de ordem defini satisfaz:

1. (Reflexividade) Para todo m ∈ N , tem-se m ≤ m;

2. (Antisimetria) Dados m, n ∈ N tais que m ≤ n e n ≤ m, então m = n;

3. (Transitividade) Dados m, n, k ∈ N tais que m ≤ n e n ≤ k, então m ≤ k

Demonstração. (1). Dado m ∈ N, claramente m = m + p, para p = 0 ∈ N.

(2). Se m ≤ n e n ≤ m,então existem p, q ∈ N, tais que n = m+p e m = n+q. Substituindo


a primeira igualdade na segunda, obtemos, m = (m+p)+q ⇒ m = m+(p+q), o que significa
que p + q = 0, assim, pela lei do corte p = q = 0, logo m = n;

(3). Se m ≤ n e n ≤ k, então, existem p, q ∈ N tais que n = m + p e k = n + q. Substituindo


a primeira igualdade na segunda, obtemos, k = (m + p) + q, ou ainda, k = m + (p + q). Temos

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que p + q = r ∈ N, portanto, podemos reescrever a última equação ccomo k = m + r. Assim,
m ≤ k.

Observe que n ∈ N, tem-se s(n) > n. De fato, note que s(n) , n. De fato, temos que
s(n) = n + 1, logo s(n) > n

Proposição 27: Para todo n ∈ N+ , 0 < n. Em particular, 0 < 1.

Demonstração. Devemos mostrar que existe p ∈ N tal que n = 0 + p(p , 0, pois, 0 ≤ n,


mas n , 0). Com efeito, como n , 0, dado que n ∈ N+ , podemos dizer que, n = s (n1 ) =
s (n1 )+0 = 0+s (n1 ), para algum n1 ∈ N. Assim, encontramos, n = 0+p, com p = s (n1 ) ∈ N∗ ,
como queríamos. Temos ainda que 1 = 0 + 1, portanto, 0 < 1.

Proposição 28: (Lei da Tricotomia em N). Para quaisquer m, n ∈ N então uma, e


somente uma, das relações seguintes pode ocorrer:

1. m < n;

2. m = n;

3. m > n.

Demonstração. Comecemos mostrando que duas delas não podem ocorrer simultane-
mante e depois mostraremos que obrigatoriamente uma delas tem que ocorrer.

i. Note que , 1 e 2, não podem ocorrer simultanemante, pois, teríamos n = m + p


com p ∈ N+ e m = n, daí, subtituindo a segunda igualdade na primeira, obteríamos que,
m = m + p e disso, p = 0, o que é uma contradição, pois, p ∈ N+ . Analogamente, 2 e 3
não podem ocorrer juntas. Suponhamos agora que 1 e 3 ocorram ao mesmo tempo, isto
é, n = m + p e m = n + q, com p, q ∈ N+ . Substituindo a primeira igualdade na segunda,
obtemos, m = (m + p) + q ou ainda, m = m + (p + q), que nos remete a 0 = p + q. Pela
proposição 2.3.3, concluímos que p = q = 0, o que é uma contradição, pois p, q ∈ N+ .

(ii) Aqui vamos usar indução.

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Seja S = {x ∈ N | x = m ou x > m ou x < m} com m sendo um natural qualquer.
(1.) Temos que 0 ∈ S, pois 0 = m ou 0 , m. Se 0 , m então pela proposição ?? 0 < m.

(2.) Suponhamos agora que k ∈ S, isto é, k = m ou k > m ou k < m. Analisemos os três


casos:
(a) k = m ⇒ k + 1 = m + 1 ⇒ k + 1 > m ⇒ k + 1 ∈ M;

(b) k > m ⇒ k = m + p para p ∈ N∗ ⇒ k + 1 = (m + p) + 1 ⇒ k + 1 = m + (p + 1) ⇒


k + 1 > m ⇒ k + 1 ∈ M;

(c) k < m ⇒ m = k + p para p ∈ N+ . Como p , 0, temos que p = p1 + 1 com p1 ∈ N.


Logo, m = k + p ⇒ m = k + p1 + 1 ⇒ m = (k + 1) + p1 . Se p1 = 0 teremos m = k + 1 e


portanto, k + 1 ∈ S. Se p1 , 0, então, k + 1 < m, logo, k + 1 ∈ S. Sendo assim, conluímos


que, se k ∈ S, então k + 1 ∈ S. Logo, por indução, N = S

A Proposição 28 nos fornece o fato de que dois naturais são sempre comparáveis
pela relação de ordem acima definida. Chamamos uma relação de ordem que obedece a
tricotomia de relação de ordem total, uma relação de ordem que não obedece a tricotomia é
dita relação de ordem parcial.

Proposição 29: Sejam a, b, c ∈ N. Então valem:

1. a ≤ b ⇔ a + c ≤ b + c;

2. a ≤ b ⇔ ac ≤ bc com c , 0.

Demonstração.

1. (⇒) a ≤ b ⇒ existe p ∈ N tal que b = a + p. Daí, b + c = (a + p) + c = (a + c) + p, logo


b + c ≥ a + c.

(⇐) a + c ≤ b + c ⇒ b + c = (a + c) + p para algum p ∈ N. Daí temos, b + c = (a + c) + p ⇒


b + c = (a + p) + c ⇒ b = a + p, logo a ≤ b.

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2. (⇒) a ≤ b ⇒ b = a + q para algum q ∈ N. Suponhamos que bc < ac, ou seja,
ac = bc + p para algum p ∈ N∗ . Substituindo a primeira igualdade nesta última obtemos
ac = (a + q)c + p ⇒ ac = ac + qc + p ⇒ 0 = qc + p, daí, pela proposição ??, qc = p = 0, o que é
uma contradição, pois p ∈ N+ . Logo, ac ≤ bc, como queríamos.

(⇐) ac ≤ bc ⇒ bc = ac + p para algum p ∈ N. Suponhamos b < a, ou seja, a = b + q


para q ∈ N∗ . Substituindo esta igualdade na anterior, obtemos, bc = (b + q)c + p ⇒ bc =
bc + qc + p ⇒ 0 = qc + p ⇒ 0 = qc = p, daí, pelo teorema ??, obtemos que q = 0 ou c = 0.
Como c , 0, nos resta que, q = 0, o que é uma contradição, pois q ∈ N+ . Portanto, pela
tricotomia, a ≤ b.

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Referências Bibliográficas

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