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mw 4,20 RESENHA E 0 texto que relata a descrigao técnica, a sintese do contetido ¢ a istica, esportiva, literdria, cientifica...), andlise critica de uma obra ( Trata-se de uma produgao de grande utilidade por permitir ao pes. quisador ter acesso & obra sem lé-la na integra ¢, assim, orienté-lo sobre a escolha ou nio do texto que originou a resenha para compor o refe- rencial de sua pesquisa. a 4.20.1 Tipos de resenhas E classificada em dois tipos: * Resenha descritiva ~ é aquela que traz uma descrigao técnica da obra e do autor, bem como uma sintese do contetido do texto. * Resenha critico-descritiva — também chamada de resenha ert- tica ou apenas critica; além da descrigao técnica e da sintese do conteiido, esse tipo de resenha carrega alto grau de andlise da obra. E a produgéo na qual se aprecia o mérito de uma obra lierdria, artistica ou cientifica, Nela, a parte critica ganha maior destaque. Para elaboré-la com consciéncia e qualidade, é neces- sitio que o leitor assista ou leia o objeto da resenha mais de uma vez; faca um estudo sobre 0 autor, suas produgées anteriores, seu estilo; elabore um resumo da obra; e se esforce na realizagio da anilise critica, formulando um conceito de valor e fazendo analogias entre temas, é ‘Pocas, Mensagens, estilos ¢ outros textos. ; Quanto aos modos de divulgagao e circulacdo, existem a resenha de divulgacao, se o Contexto for a esfera jornalistica, no intuito de difusio da obra, com funsio até mercadolégica, e a resenha académica, cujo Propésito principal é a construcéo do conhecimento, Coerentemente cor i i i; m os objetivos deste livro, focalizo aqui a resenha académica. 230 * COMO PRODUZIRTEXTOS AcADEMICOS ECIENTIEICOS 4 Digitalizado com CamScanner Observagio A revisio de bibliografia de relatos cientificos como dissertagio, tese, relatorio ou artigo tem sido considerada resenha, Assis (2014) advoga que esse género, resenhia académica temitica, desenvolve-se em torno de um tema, a partir do diélogo com, pelo menos, dois textos-base ¢ possblita 0 exercicio de estratépis requeridas da escrta académica, tais como a apropriagio do discurso de outrem. a 4.20.2 Estrutura da resenha Para se estruturar uma resenha, ¢ importante seguir alguns passos que irio auxiliar na qualidade do trabalho. > Parte pré-textual 2) No alto da pagina, registre a referéncia da obra, segundo as normas da ABNT. b). Escreva 0 titulo RESENHA DESCRITIVA ow RESENHA CRITICA ou outro similar, ou, ainda, um titulo que vocé op- tar para nomear 0 seu texto. ©) Abaixo, em itdlico ¢ na margem direita, com uma remissiva ao rodapé, onde serio registre 0 seu nome (autor da resenha), informadas as suas credenciais. D> Parte textual a) Introdugao: inicie a resenha situando © leitor no texto que Anuncie a ele os dados técnicos da obra resenhada (ui- seré lido. género textual tulo, autor, edigao, ntimero de paginas, sesoes, que algumas informagées acerca da formagao ¢ da experiéncia do autor, a fim de lhe imprimir credibilidade, © objetivo dessa parte ¢ fazer com que o leitor que representa etc.). Desta pRINCIPAIS TRABALHOS ACADEMICO-CIENTIFICOS 231 Digitalizado com CamScanner entenda que texto é aquele que foi resenhado. Esse & 0 espaco, também, para contextualizar a obra no tempo, espaco ¢ teorias ou temiticas a que correspondem. b) Desenvolvimento: é 0 resumo informativo da obra. Redija a sintese da obra, inserindo, se possivel, alguma citagio. Caso 0 texto seja uma narrativa, espera-se encontrar, nesse espago, os elementos que a compéem (personagem, espaco, tempo, narrador, fato etc.), bem como os fatos estruturais \_ basicos (apresentagio, fato complicador, complicacio, dpice, desfecho e coda’). Em se tratando de um texto argumentativo, o resenhista deve trazer A tona a tese defendida ¢ os principais argumentos utili- zados pelo autor. Se se tratar de um texto descritivo, 0 desenvolvimento da re- senha informard o objeto descrito pelo autor, a ancoragem de- fendida e os elementos qualitativos ¢ quantitativos utilizados para expandir a ancoragem. Além disso, o resenhista deveré falar sobre a perspectiva do observador-descritor. Se a resenha originar de um texto académico-cientifico (tese, dissertagio, artigo...) 0 autor deve informar: tema, delimitagao, objetivos (geral e especificos), justificativa, hipétese (se houver), método utilizado, dados e resultados obtidos com a pesquisa. Ao apresentar os contetidos da obra lida, o resenhista deve ir atribuindo a autoria, buscando um didlogo com o autor de modo que o leitor perceba quais ideias sio atribuidas ao rese- nhista ¢ quais sie do autor do texto-fonte, * Coda éa mensagem que pode ser extra , ronal a niegeagem que pode ser extaida da narrativa, Nas fibulas, ela & conhecida como 232 « como monuzin textos acantanc {OS E-CIENTIFICOS, Digitalizado com CamScanner «# Ideias que marcam a posigio do autor do texto-fonte: obra, 0 cientista Fulano defende com veeméncia a Teo © autor contradiz os pressupostos da ‘Teoria Y ¢ expde qu sua «+ Tdeias que marcam a posigio autoral do resenbista: “So p is entre a defesa do autor ¢ a cebidas, claramente, incoerén andlise que faz da Teoria Z, 0 que enfraquece a sua defesa’. ©) Concluséo: é uma avaliagdo critica do objeto resenhado. Exponha suas ideias pessoais e faca indicagdes da obra, caso considere oportuno. Esta ultima parte ser4 dispensada caso a resenha seja apenas descritiva. Assim, 0 autor elabora 0 fecho com dados do desenvolvimento, sem a anilise critica. Essa diviséo tem o intuito didatico. Com a pritica, 0 resenhista vai aprendendo a trabalhar todas essas informagoes sem segmenta-las, © que € 0 ideal. Nesse estagio, a postura critica é percebida desde a pri- meira linha, resultando num texto em que as informagoes técnicas, © se interpenetram. Vale ressaltar que se resumo e a voz critica do auto! anecessidade de criar subtitulos. trata de um texto sequencial, sem rracxeus ranwsacaneancocrestcs « 233 Digitalizado com CamScanner

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