Você está na página 1de 8
IDENTIFICAGHO DE MORFOESTRUTURAS ANUMALAS NA PORGHO CENTRO-ORIENTAL DA BACTA DO MARANHAO (BRASIL), ATRAVES DE IMAGENS SLAR E LANDSAT-TM, Geol? Mario Ivan Cardoso de Lina TBGE/DEGE/PA Trav. Angustura, 2939 CEP 66000 - Belém ~ Para - Brasil Geol? Newton Monteiro Geol? Luciano Leite da Silva Geol? Dagoberto Almeida e Marinho TBGE/DRG/BA CEP 41850 - Salvador ~ Bahia ~ Brasil RESUMO Nos trabalhos preliminares de escritério do Projeto de Macrozoneamento Geo anbiental da Bacia do rio Parnaiba, que esta sendo deseavolvido pelo TBGE/DRG/3A para a Secretaria de Planejanento do Ninistério da Economia, identificou-se atra Yés de interpretagdo geologica visual em imagens de RADAR (SAR banda X)eTANDSA TM (banda 4), escala 1:250 000, nove morfoestrucuras andaalas nos dominios da cia Sedinentar PaleosSica do Maranhao, en sua porgio centro-orieatal- Ba, Para a identificagio das morfoestruturas utilizou-se inieialmenci metros fotogeoldgicos: textura/tom, formas de relevo e drenagem, as qu Lidade delinear as ectruturas planares, lincares © tabulares na interpretasao geo. Logica das mesmas. De acordo com sua posicao geogratica foram codinoninadas: Vica, Balses, Fortaleza dos Nogueiras, Alto Longa, Canindé, Serra das Mangabeiras, Ana xante, Parnaiba e Norte de Teresina, Tais estruturagoes se juntam a outras qua torze ja definidas em trabalhos anteriores. Adnite-se que tais morfoestruturas estejam relacionadas a reativagio de fa Inanentos pré-canbrianos_e/ou a atividade vulcano-plutonica toleitica basica, que afetou a Bacla do Maranhio em tempos mesozdicos. Discorre-se sobre as implicagoes de cuaho econdmico, em especial aquelas relativas a geologia do petroleo ABSTRACT In the preliminary office works of Environmental Macrozonning Project of Varnafba river, which is being developed by TBGE/DKG/BA for the Planning Secrete~ ry of Econony Ministery, it was possible to identify by visual geological inter - pretation in RADAR images (SLAR ~ X band) and LANDSAT-TM (4 band) at a 1:250.000 Scate, nine anonalous morphostructures in Maranhao Basin Paleozoic Sedimentar, in ies center ease portion. To the morphostructures identification, it was initially utilized the phoco geologics parameters: texture/tone, relie! forms and drainage, which allowed deli. ne the planes, linears and tabulares structures in their geological interpre~ tion. According to their geographical position the were codinamed: Ufea, | Bal- sas, Fortaleza dos Nagueiras, Alto Long’, Caninds, Serra das Mangabeiras, Ama~ rante , Parnaiba and Norte de Teresina.Such structures joined to others fourteen already mentioned in previous works. This work admited that such morphostructures are relationed to pre - canbrians faults reativation and/or basic toleitic vulcano-plutonic activity } that afected Haranhao Basin in mesozoic times. This work also mentions about the economic implications, in special those relationed to the petroleum geology. 1 - mnmRopugao No decurso dos trabalhos de escritério do Projeto Macrozoneanento Geoambiental da Bac do Rio Parnaiba pela equipe técnica do Departa~ mento Regional de Geocigncias da Bahia (DRG/BA), da Diretoria de Geociéneias (DGC) do IBGE, iden’ tificouse através de imagens de Radar de’ Visa da Lateral (SLA), banda X da GEMS, e LANDSA\ TM, banda 4, na eacala de 1:250 000, nove morfo estruturas, aqui codinominadas de andnalas, en vista de estarem em dissonancia com a estrutura geoldgica da area pesquisada: Bacia Paleosica 663 do Maranhio (intracraténica). © terme morfoestrutura, aqui aplicade no sentido de Cerasiney & Mescherikoy (1968), com preende aquelas formas da superficie cerrestre produzidas pela interagdo de forgas endogenas e exdgenas, A morfoestrutura compoe-se essecial — mente das fornas principais do relevo da Terra (cadeias de montanhas, bacias intermontanas, planaleos, depressoes ete). No entanto, inclui- Se como norfoestruturas feigoes tipo” anticli LEGENOA F283) SED. TERCIO-uaTERNARWS | EEE seo. wesozdicos | IMI toners exsicas wesozsicas | [7] sen. pareozéicos (RG mer Pre-camantanos Fr] SRN, PRE-CAMBRLANOS = DIQUES BaSICOS: ~~ CONTATO —— Frarura AL FaLHA NoRMaAL | | SR rauna omeciona. dete FALHE INVERSA 77 DRENAGEM a clDAvE 08 OCEANO ATLANTICO nais, sinclinais, doms, bacias, falhas, linea mentos ete., ou seja quando houver uma inter relagao entre a forma do relevo e a estrutura geoldgica. Por se constituir una bacia intracraténi ca, a Bacia do Maranhao nio experimentou no de curso de seu desenvolvimento movimentos geodT nanicos enérgicos. Entrenentes, en tenpos neso z5icos, a mesna foi palco de intensa atividad nagnatica basica toleitica, definida por rios autores en dois principais paroxisnos. 0 primeiro no Juro-Tridssico e o segundo no Cre ticeo. Tal fenowenologia manifestou-se pela presenga de derranes, soleiras © diques, ¢ nuite provavelnente por lacélitos, —lopélitos e bismalitos. £ bem factivel que tais norfoes- truturas andnalas se relacionen a esse evento mesozdico, ou entao a reativasao de falhas fundanentais de origen pré-canbriana. 0s objetivos principais do presente tra balho consisten em evidenciar a utilizagio do sensoriamento renoto na identificagao e anali- ses de morfoestruturas, como também divulgar para a comunidade geoldgica a presenga das esmas no anbito da Bacia do Maranhao, cuja im portancia econémica podera ser posteriornente analisada @ luz de crabalh TT ~ LOCALTZAgho de detalhe. __ A regido do presente trabatho envolve a porgie_centro-oriental do Maranhao de idade P: pré-cambriano circunjacente. Abarca principal~ mente 0 Estado do Piaul e parcelas dos estados do Maranhao, Ceara e Bahia. Envolve totalneo- te a bacia hidrografica do rio Parnatba ep: tes das bacias do Sao Francisco © Itapecuru. (Fig. De TIT ~ TRABALHOS ANTERIORES A Bacia # Sedinentar do Maranhio ressen- te-se de um estudo mais acurado de suas morfo- estruturas, em especial aquelas de carater li near e circular. Dentre os trabalnos ostenst vos da Petrobras de cunho estrutural, merece destaque aquele apresentado por Cunha & Carnei to (1972) utilizando fotos aéreas convencionsis + 2a porgao centro-ocidental da Bacia do Mara ‘thao, nos dominios do Arco de Xanbiod, cujos resultados evidenciaram una pleiade de estru- turas citeulares e lineares, o que demonstra que as estruturas_ aqui discorridas deven repre sentar una extenséo das mesnas para oriente. Por outro lado, nos estudos procedidos pelo Projet RADAM (RADAMBRASTL), gracas a visao global fornecidas pelas imagens de Radar (SLAR), foran colocadas em evidincia varias estrutu- ras, 2 exenplo de Santa Marta, Riachio, Loreto e Itaueira (Serra da Boa Vista). Posteriornen- te, Lima & Leite (1978) no desenvolvimento do Projeto Estudo Global dos Recursos Minerais da Bacia. do Parnaiba, convénio DNPM/CPRM, apre sentan_un importante diagndstico da Bacia do Maranhio, no entanto com enfoque de cunho es tratigrafico e metalogenético, sem contudo aprofundaren na identificagio e estudo de mor foestruturas. Por sua vers descoberta de cof pos kimberliticos na regiao sul da Bacia do Ma ranhao motivou a execucao de projetos especifi cos na localizagao de tais corpos (Silva et al., 1972), aliado a levantamentos geofisicos, ¢ estudos de detalhe através de pesquisadores. IV ~ METODOLOGIA Imagens de Radar (SLAR), banda X,e LANDSAT- TM, banda 4, assim como mapas aerogeofisicos do Projeto Borda Sul da Bacia do Paraiba (PROSPEC) + convénio DNPM/CPRM, todos na escala de i:280 000, constituiran a base para a execucao do presente trabalho. Como complenento natural participou-se de duas campanhas de campo reali- zadas pela equipe técnica do Projeto Macrozonea mento Geoambiental da Bacia do Rio Parnafba do DRG/BA, nas regioes do alto e médio rio Parnal: ba. Inicialmente a interpretagio — baseou-se nos pardmetros fotogeoldgicos textura/tom, for mas de relevo ¢ padrao de drenagen a fim de 5 obter subsidios para a definigao das estrutur, planares, lineares © tabulares quando da inter~ pretacdo geolgica das morfoestruturas. LEGENDA DAS FIGURAS 2-8 SESS core eegae eternity onto str deen ftgnldicae SSS) Se Ualdadentotagntiginn cama verti Beane + oacane Legenda I Leganda das figuras 2 a 8. ld icine com dite omens rein tpoartticn 665, Fig.2- Morfoestrutura de A selecio das norfoestrucuras a seren os tudadas baseou-se essencialmente nos trabalho preliminares desenvolvidos pela equine de geolo Gla do Projeco de Macrozoneanonts Gevanbiental da Bacia do Rio Parnaiba, as quais foram codi, nominadas: Balsas, Uica, Canindé, Alto Longa Amarante, Norte de Teresina, Fortaleza dos No ~ gueiras ¢ Parnaiba. Deve-se ressaltar que Morfoestruturas sdo inéditas nao tendo sido ainda citadas em qualquer trabalho anterior a As mesmas so descritas no item seguinte. A fim de mostrar uma visio sindptica das morfoestruturas aqui definidas, utilizou-se co mo base o mapa geolézico do Brasil, escala de 1:2 300 000, de Schobbenhaus et al. 1961, no qual sao plotadas tais morfoestruturas © aquelas des critas em trabalhos anteriores, como poles observado na figura 1. Nos trabalhos de campo executades foi pos sivel visitar as estruturas de Fortaleza dos No gueiras e ica V ~ DESCRIGAO DAS MORFOESTRUTURAS 1 = Inddicas As morfoestruturas que foram definidas no presente trabalho sao: Parnatba, Balsas, Ufca , Fortaleza dos Nogueiras, Serra das Mangabeiras, Amarante, Canindé, Alto'Longa © Norte de Teresi Ll ~ Parnaiba 0 trate formado pelos afluentes da margen Balsas (MA). esquerda do baixo rio Parnaiba como os ios Frechera Grande, Magu, Marique e outros, mos tram nas imagens SLAR e LANDSAT-1M um cardter 666 Perfeitamente retilineo, seguramente subsequen tes, de grande extensao e assinétricos em rela a0 aos ries da margem direita. O rio princi pal, Parnafba, mostra-se também controlado nes Sa regiao_com’orientagdo ora NE-SO, ora ENE~OSO. Tais feigées sugerem a presenga de um extenso Lineamento, aqui chanado Lineaento Parnaiba com orientacio NE~SO. Abarca principalmente co berturas detriticas lateriticas © depSsitos aluviais quaternarios. Situa~se nos dominios do Arco Ferrer-Urbano Santos, (Fig.1)- Cunha § Carneiro (1972) atribuem 0 card ter subsequente do rio Parnatba a falhamentos transcorrentes mesozdico: © Lineamento Parnaiba @ correlacionavel com 0 Lineanento Pirapemas de Rodrigues et al (1986) definide mais para oeste, com influda~ cias diretas na Bacia de Barreitinhas. 12> Balsas Na porcao sudoeste de Balsas Folha 8B.23-Y-D-1V, envolvendo os tabuleiros da Ser— ra do Cado Bravo, ocorre feigao geonérfica re lativa a escarpa de falha como desenvolvinen= to de cristas bem marcadas na topografia da re gido. (Palha Curimata de Nunes et al-, 1973) Tais tabuleiros na faixa de contato com o pediplano evidenciam anplos dobramentos, tipi- ficados pelo caimento de seus estratos, ora convergentes ora divergentes. Por outro lado Fig, 3 - Morfoestrutura de marcante a presenga de um padrao de fracture mento orientado segundo NE-SO. (Fig. 2). As unidades litoestratigraticas envolvi- das_nos tabuleiros ¢ vaos cortespondem as for magdes Pedra de Fogo, Poti e Piaul. Para a re giao de Baisas assomam pelitos da formagao Mo ria encobertos por sedinentos je quaternar: 1.3 ~ ufea 2 hidrog presente Folha $B.23-2-D-T, abrangen- ica do rio Ufc’ A delimi- morfoestrutura bacequ-se ex lise da drenegen en virtude ae idade quaternaria na regiao. Conscitui um didatico exemple de drenagen amar, inclusive con repeti Tineos', 0 que corrobora’ mais ainda sua se. A porgao norte da morfo se por’ sua retilinearidade, formand ai velos", retratando um padrao retangula Interpreta-se @ presente anomalia cono civa a uma estrutura domica tendo sua por norte controlada por falha. Acredita-se qué geofisicos aeronagnéticos_recentenente l vantados pela Petrobras na regido possam dai alguna indicagéo a respeito do substrato desta morfoestrutura. (Fig.3) Nos trabalhos de campo levados a efeito pelo TBGE/DRG/BA foi possivel realizar um per~ fil na referida estrutura através da rodovia Floriano-Itaueira. No nico efloranente estuda Vica (Pr). 667 Go, nore da morfoestrutura, eituade em riache de’ feigge retilinea, nao fol observada a indi- cacao de pardclases como era de esperar. Neste local_afloram arenitos de colora: nulagdo média com regular esferi: arrendondanento, compondo estratificagao do tipe tabular, prov Formagao Piaui, Paleozdica. No restante do per, fil nao se encontrou afloramentos nos vales, en vista dos meamos estarem totalmente preenchidos por sedimentos aluviais. jelmente pertencente @ 1.4 ~ Fortaleza dos Nogueiras Envolve principalwente a cidade de Forta~ leza dos Nogueiras posicionada na Folha SB-23-Y-B-IV, As morfoestruturas tipifican-se por cristas com orientasao amidde meridian, as "cueatas! ° constituinds os flancos de estrucu quais foram interpretadas como Tnog-backs' ras dobradas. chas Vale salientar a presenga de icas, quer sob a forma de derrant quer sob_a forna de diques, assim como a gran Ge incidéncia de um "set" de fraturas orient das segundo NE-80. Dentro desse contexto se in Seren tabuleiros em sua maioria dominados por Sedimentos cretaceos. Iaterpretou-se as cristas com o flanco de estruturas dobradas, anticlinais » além da presenga de falhanentos e diques. ' wigs O. 0 trecho Fortaleza dot Nogueiras-Riacho da Aldeia foi checado no terreno, a fim de observar as cristas em ziguezague que sugerem 2 presenga de dobramentos, arquitetura —c: teastance com a aubiéncia estrutural fetratuda essencialnente pela presenga de tabu’ Fig. 4 ~ Morfoestruturas de Fortaleza dos Nogueiras e Serra das Mangabeiras (MA). leitos relativos a acamanento horizontal. Obser vou-se que as cristas que ocorren no _referido trecho sao sustentadas por canga lateritica em principios interpretados coo relativas a di ques de rochas basicas. De qualquer sorte nao foi possivel percorrer outros perfis para se ter una idéia real da conotacio essencialnente estrutural e/ou litolégica dessas feicaes. 1.5 ~ Serra das Mangabeiras Situa-se na serra hondnina no inbito folhas $8.23-Y-B-VI ¢ SB.23-2-A-LI1. Constitui en verdade una anpla estrutura sinclinal edifi cada em sedinentos cretaceos, perlongada por rochas igneas basicas. A zona do nariz perissin clinal esta bem evidenciada em sua porsao oct dental (Fig. 4). Os mergulhos de seus flancos Sio inferiores a 59 e parece constituir un re Flexo das estruturas que ocorren a norte e a sul. A primeira definida como un alto estrutu- ral por Cunha & Carneiro (1972) ¢ a outra como luna anticlinal por Sunes et al. (1973), respec tivanente. das 1.6 ~ Caninds Localiza-se na Fi 1a SB.23-2-B-V, a0 nor= te de Oeiras do Piaul, Js margens do rio Canin— 48. Os principais parimetros que levaran a ele ga0 desta morfoestrutura foram sua drenagem anv lar ea presenga de estruturae planares dives gentes, associada a estruturas lineares positi- vas de'conformagao aproximadanente circular. ' Tendo por base tais parametros interpretou- esta worfoestrutura cono um dono de cerca 10 km de diametro. (Fig. 5). Envolve as formagses Lon 88, Poti e Piaul, de idade Paleozdica. 1.7 ~ Anarance Situa-se na Folha SB.23~2-B-IT envolvendo os rios Parnafba e Canindé, tendo como cidades principais Amarante © Sao Francisco do | Mara~ hao. Caracteriza-se pela presenga de feigoes circulares inter-relacionadas com o magnatisno bisico mesozdico. Deve-se ressaltar o "set" de fraturas de orientagao NE-SO no ambito das truturas cireulares. A montante de Amarante terpretou-se uma norfoestrutura anticlinal con duplo caimento com orientagao do eixo segundo E-O, em vista das estruturas planares divergen, tes! (Fig. 6). No perfil realizado entre aAnarante ~ Sio 668. Pedro do Piauf observourse una planicie retoca da invmada con grande incidéncia de solo crecicndtio e canga lateritica, além de latos solos. Este parece ser o dominante ja nas cer canias de $a0 Pedro do Piaui, retratando una superficie degradada inunada, zona de cobertu- ta detritica relativa ao quaternario. Nos va es assonan sedinentos aluviais, ocorrendo tan bm rochas basices exunadas. 1.8 ~ Alto Longa A nordeste de Alto Longa aflora una estru tura circular com cerea de 12 km de dianetro 7 disposta na Folha $B.23-X-D-I1I, retratada por cristas com 2 km de largura, no’ entanto s6 dis posta na sua porgdo oriental, una vez que na outra metade mostra-se encoberta por sedimen- tos quaterngrios recentes relatives a um nivel de aplainamento. A porcao central da norfoes- trutura ¢ deprimida, o que a faz ter un maior realce nas imagens de Radar. A mesma possui no seu interior uma estrutura tabular aqui const derada cone dique. A referida estrutura foi interpretada co- ‘mo um domo. 1.9 = Norte de Teresina Ao norte da cidade de Teresina, —_Folha SB.23-K-B-V, ocorre um conjunto de fornas tabu lates com ou sem mergulho, cuja agao erosiva Fluvial esculpiu uma série de formas de relevo que assenmelhan-se a morfoestruturas do tipo an, ticlinal e sinclinal. 0 primeiro tendo sua na de charneira desventrada. No entanto, os trabalhos de campo levados a efeito na regiao deTeresina ¢ vizinhangas comprovam para a re gido a existéncia da Formagao Pedra de Fogo, que ten como caracteristica principal a presen, ga de niveis resistentes, chert, o que provoca © desenvolvimento de tais feigses. Deste modo © que a princira vista parece tratar-se de nor foestruturas do tipo anticlinal, domo etc, feremse,en verdade, a formas erosivasy qualquer’ conotagao estrutural. 2 ~ Ja Conhecidas As morfoestruturas de Apicuns, Redon ¢ Beluonte situan-se na regiao deGilbuee (PI ) e estuo relacionadas a kimberlitos, de igual modo sodem estar as de fazenda Bandeira e San ta Marta (faz. Macaco), Serra da Cangalha Fig. 5 ~ Morfoestrutura de Canindé G0) relaciona-se a um astroblema, origen idéntica pode situar-se a de Sao Miguel do Tapuio. Por Outro lado, as estruturas de Picos, Itaueira (S. da Boa Vista), Riachao eS. Pedro dos Grentes sao de origem desconhecida- A estrutura de Loreto constitui um alto estrutural, ao passo que o Lineanentos Rio Vermelho e Transbrasiliano sao ratificados * por dados geofisicos e de campo. Este dltino de grande importancia para o arcabouso estru tural da Bacia do Maranhao, inclusive perlor gando as estruturas de Redondao e Apicuns. VI ~ CONSIDERAGUES FINAIS Mais uma vez pode-se comprovar a excelén cia das imagens de Radar (SLAR) © LANDSAT-TH ha identificagao e andlise de morfoestruturas. A primeira no que tange as formas de relevo @ a segunda nos parametros textura/tom. De grande importineia foi a inter-relagao das mesnas com mapas aerogeotisicos. Pode~se observar pela andlise minudente 4a figura 1 que existe una estreita relagio * entre o vulcano-plutonisme mesozdicoe as norfoestruturas andmalas. De forma idntica pode-se atentar para a influencia do euba mento pré-canbriano (Lineamentos Transbrasi Liano e Parnaiba). Existe uma cerea coincidéa cia entre o Lineamento Rio Vernelho © as m0r foestruturas da Sa da Cangalha e Riachao. £ possivel que quando estudadas em deta~ Lhe muita das morfocstruturae aqui citadae retratem apenas formas erosivas a senelhanca daquelas descritas a norte de Teresina. No en, tanto dificil sera explicar as anonalias de drenagem de Uica e as morfologias das de F. dos Nogueiras e Alto Longa. De qualquer sorte © recente levantaento aerogeofisico levado ‘a efeito pela Petrobras en tais regides, pode ra dentro en breve dar indicagdes do substra~ to. Caso seja comprovado que tais norfoesery para petréleo sao restritas. 0s Lineamentos Parnafba e Transbrasilia no so de grande inportancia para o contexto estrutural da Bacia do Maranhio, como pode 609 ser perfeitamente observado na figura 1. 0 primeiro no ambito do Arco Ferrer-Urbano San- tos,inclusive com influéneias no tragado do rio Parnaiba. 0 outro com importante transecto nna porgao mediana da bacie, havendo possibili dades de inter-relagao com & norfoestrutura de Uica. Por sua vez a Gnica unidade litoestrati- grafia da Bacia do Maranhao com possibilidades de ser geradora de petrdleo €° formagao Pi- menteiras, de idade Devoniana, disposta na borda da bacia. Importante seria estabelecer una inter-relagao da mesma com as morfoestrutu ras aqui deseritas. = Com + presente trabalho pretende-se nostrar a utilizagao de sensores remo- tos aa identificagéo de morfoestruturas, res saltando-se a aplicabilidade dos nesnos. VIE ~ BIBLIOGRARTA ~ CUNHA, F.M. B. da; CARNEIRO, R.G. - Inter pretagao Fotogeolégica do Centro-Oeste da Bacia do Maranhao, XXVI Congresso Bra~ sileiro de Geologia, BelemPa. vol. 3:65- 80, 1972, = GERASIMOV, 1.P.; MESCHERIKOV, J.A.-Morphos~ eructure.In: ‘The Encyclopedia of Each Sciences Series, Vol-Ill, p.731-732, di, ted by Rhodes W. Fairbridge, Reinhold Book Corporation. ~ NUNES, A.B. et al. Geologia In: BRASIL, ' DNPM. Projeto RADAM. Folha SB.23 Teresi na e parte da Folha SB.24 Jaguaribe. _p. 1/11/33. Rio de Janeiro ~ RJ. Levanta mento de Recursos Naturais, 2. 1973. LIMA, E. de A. Mo; LEITE, J.P. ~ Projeto Esty do Global dos Recursos Minerais da Bacia Sedimentar do Parnaiba. Integragdo Meta- Logendtica. DNPM-CPRM. Recife-PE. 16 v. 1978. ~ SCHOBBENHAUS et al. - Mapa Geoldgica do Bra Sil e da Area Oceanica Adjacente incluin, do DepSsites Minerais, Brasflia-DF, DNPH: 1981. ~ SILVA, G.A.N.P. da, et al. ~ Projeto Gilbu- ‘5. DNPN-CPEM, Recife-PE, v. 1. 1972, ~ RODRIGUES, J. E. et al. ~ Alguns aspectos GeolSgicos do Lineanento Pirapemas. 1V Simpdsio Brasileiro de Sensorianento Re~ moto. Gramado-RS. 891-825. 1986. Fig. 6 ~ Morfoestrutura de Amarante (PI) se! 670

Você também pode gostar