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Manual da

´
Escola Biblica
Dominical
1
DGCEC - Diretoria Geral de Expediente Editora:
Cultura e Educação Cristã
Pr.Samuel Alves Martins
Diretor
Diretor:
Pr. Aloísio T. R. da Silva Pr.Sebastião Paz de Carvalho
Vice-Diretor

Secretário de Comunicação: Miss.Maria das Graças R. R. da


Pr. Samuel Alves Martins Silva
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Mis. Maria das Graças R. R. da Organização:
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Pr. Aloísio T. R. da Silva

Capa: Escritores:
Pb. Mike Jonathan Fonseca Pr. Aloísio Tadeu Rodrigues da Silva
Mis. Maria das Graças R. R da Silva
Diagramação: Pr. Marcos Manoel Ventura
Pb. Mike Jonathan Fonseca Pr. José Aparecido Zonta
Pr. Levino Gomes Filho

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ÍNDICE

Introdução..............................................................................................................5

Educação Cristã............................................................................................................9

O Professor...................................................................................................................15

O Aluno........................................................................................................................21

Como preparar uma Aula de EBD em seis dias, utilizando trinta minutos diários..35

Os Oficiais da Escola Dominical.................................................................................43

Análise dos conceitos dos Professores.......................................................................45

As técnicas usadas no ensino......................................................................................49

Organização de planos de aulas..................................................................................57

Jogos.......................................................................................................61

A utilização do PAC na EBD........................................................................................69

A Cosmovisão Cristã de Princípios............................................................................85

Ministérios alternativos á classe de Escola Dominical...........................................95

3
4
Introdução

V
isando atender à ordem de Cristo: “... Fazei discípulos, batizando-os e ensinan-
do-os”, a igreja desenvolve programas, todos eles importantes, na medida em
que contribuem eficazmente para a realização do objetivo básico.
Dentre os diversos programas promovidos pela igreja salientamos aqui a ESCO-
LA BÍBLICA DOMINICAL1, enfatizando sua grande importância baseada no que des-
tacamos a seguir. O propósito principal da EBD é ensinar as Escrituras. A EBD abrange
todas as faixas de idades, alcançando a todas as pessoas com a mensagem divina, pro-
porcionando oportunidades de participação, expressão de convicções, compartilhamen-
to de experiências e esclarecimentos de possíveis dúvidas.
Somente a EBD é voltada diretamente às pessoas em seus aspectos e necessida-
des peculiares. As pesquisas feitas criteriosamente, bem como a verificação que é feita
no cotidiano evidenciam o seguinte:

1. Um grande percentual das pessoas que vêm à igreja através de grandes movi-
mentos de massas, após cinco anos já não estão mais na igreja.
2. O percentual de perseverança de pessoas que vêm à igreja através da evan-
gelização consistente feita com base em estudo das Escrituras é muito elevado.
3. O maior número de obreiros vem de alunos da EBD. As pessoas mais prontas
para se envolver nas demais atividades da igreja são, via de regra, as que parti-
cipam da EBD.
4. A EBD contribui decisivamente para o fortalecimento e crescimento da vida
cristã, inclusive as relações de comunhão fraternal.
5. Onde houver uma EBD forte, dinâmica e bem estruturada, ensinando fielmen-
te a Bíblia, certamente teremos aí uma igreja igualmente forte, dinâmica e bem
estruturada.

A EBD tem a finalidade de ensinar a Palavra de Deus a todos os membros da


igreja, abrangendo todas as idades. Quando há um bom funcionamento da EBD, os re-
sultados verificados se refletem na igreja: perseverança dos membros, obreiros dispos-
tos, crescimento espiritual, comunhão etc. As Escrituras fornecem uma sólida base para
que a Igreja desenvolva um programa de educação cristã, envolvendo a todos no estudo
da Palavra de Deus.
O povo de Israel permaneceu mais tempo do que devia no Egito, fora de sua
terra prometida, e como sempre acontece aos que estão fora do lugar proposto por Deus
para suas vidas, eles começaram a sofrer perseguição e posteriormente escravidão. Per-
maneceram quatro séculos como escravos no Egito. Deus os havia chamado para Suas
testemunhas em Canaã (Rm 3:2; Dt 14:2).
Como levar aqueles escravos a transformarem-se em senhores? Como levá-los
novamente a conhecer, amar e temer a Deus? Como transformá-los em uma nação? Deus
os fez atravessar a faculdade do deserto num breve curso que durou quarenta anos. Os
1 - A partir de agora usaremos a sigla EBD.

5
métodos usados por Deus foram às experiências em meio às lutas, provações e dificul-
dades. Também revelou-se por meio de símbolos, festas e leis (Êx 12, 13, 16, 20; Lv 23;
Nm 21:4-9). A transmissão do ensino foi realizada de que forma e por meio de quem? Dt
1:9-18; 31:12, 13; Dt 6:4-9; 11:18, 19.
Deus escolheu dentre as doze tribos de Israel, aqueles que lhe serviriam como
sacerdotes e levitas no tabernáculo e, posteriormente no templo; aqueles de onde sus-
citaria reis predecessores do Rei dos reis, e escolheu também homens para ministrar a
Palavra em Seu nome. Quem eram os responsáveis pelo ensino? II Cr 15:3; I Sm 12:23;
II Cr 17:5-9
Afastados do templo que ficara destruído em Jerusalém e ameaçados de extin-
ção em sua unidade religiosa, passam a reunir-se em casas para estudo das Escrituras,
surgindo assim as sinagogas. Abertas a todas as idades, as crianças recebiam a instrução
religiosa, os mais velhos ouviam os rabinos e estudavam os seus comentários. As reuni-
ões eram aos sábados pela manhã e o método usado era o interlocutório, onde os alunos
perguntavam e os rabinos respondiam. A Lei do Senhor e os escritos proféticos eram o
centro desta meditação.
No retorno a Jerusalém, as sinagogas são mantidas como local de estudo bíblico
e ensino religioso. Produziu-se um maravilhoso avivamento espiritual pela dissemina-
ção do estudo bíblico entre o povo de Israel, não só individualmente, como em grandes
reuniões públicas que nos servem de modelo inspirativo.
Com Jesus, o Mestre dos mestres, o ensino religioso atinge o apogeu (Jo 13:13;
Mc 6:2). Ele entendia que, como Mestre, era assim visto não somente em uma sala de
aula, mas em todos os lugares e em todo o tempo ensinava com palavras e com Sua vida
(Lc 20:1; Mt 5:1 ,2). Deixa-nos o exemplo em Seu testemunho, Seu poder, Seu preparo,
Sua dedicação, Sua disposição e Seu amor para com Seu ministério e alunos. Sua peda-
gogia até hoje não foi ultrapassada, partindo sempre da experiência própria e individual
de Seus ouvintes para a aplicação do ensino desejado.
A EBD é um instrumento usado por Deus nestes últimos dois séculos para o
prosseguimento de Seu plano em tornar conhecida a Sua vontade para o homem. Em seu
início, na cidade de Gloucester, Inglaterra, foi considerado um empreendimento herético
e o seu fundador, Robert Raikes, um inovador e paganizador de domingo, tornando-se
frequentemente alvo de veementes críticas. Atualmente a EBD não é apenas vista como
um programa de domingo de uma igreja, mas, como fundamental para a igreja, a fim de
que esta venha a crescer e amadurecer.
Jesus Cristo utilizou-se do ensino em seu ministério. O título “Mestre” que lhe
atribuíam evidencia isto. Os Evangelhos relatam 64 vezes em que este título ocorre. As
parábolas de Jesus são verdadeiros modelos ainda hoje para a Pedagogia.
Os apóstolos ensinaram o povo sobre as verdades do Cristianismo, tanto nas
sinagogas, bem como nas casas. Durante os primeiros séculos da Igreja, os novos con-
vertidos, antes de serem batizados, recebiam instrução quanto à vida cristã. A educação
religiosa ficou restrita aos conventos.Com a Reforma Protestante no séc. XVI, o ensino
religioso tornou-se novamente acessível ao povo. Lutero, Calvino e outros reformadores
empenharam-se em estabelecer escolas de educação cristã junto às igrejas.
O movimento da EBD surgiu na Inglaterra como resultado do Avivamento Wes-
leyano do séc. XVIII, através de seu fundador Robert Raikes. Em julho de 1780, Raikes

6
introdução
começou a reunir crianças pobres e abandonadas nas ruas numa casa particular, com a
finalidade de ensinar-lhes civismo, aritmética, linguagem e religião. O ensino religioso
era feito através da leitura e recitação de textos bíblicos. Em 1783, novas escolas foram
fundadas e o método foi sendo cada vez mais bem elaborado com os comentários de
versículos bíblicos.
Logo, a ideia popularizou-se e o interesse pela nova instituição resultou no ar-
rolamento de 250.000 alunos nas escolas da Inglaterra no ano de 1787. Estas primeiras
EBDs foram as precursoras do atual movimento de educação cristã e da educação pú-
blica. Em 1876, foi fundada nos EUA a primeira EBD e, em 1924, foi fundada a União
Americana das Escolas Dominicais. Esta associação era interdenominacional e promo-
via convenções anuais e cursos de treinamento para leigos.
Em 1914, a EBD atingiu um ponto de desenvolvimento que permanece esta-
cionário na maioria das denominações evangélicas. A primeira EBD no Brasil foi or-
ganizada em 19 de agosto de 1855, na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, pelo casal
missionário congregacional Robert e Sara Kalley. Atualmente, uma boa parte das deno-
minações evangélicas no Brasil possuem EBD que funciona regularmente.
O ensino das Escrituras é, indubitavelmente, um dos maiores fatores, senão o
maior, que contribuem para o crescimento e amadurecimento de uma igreja, e a EBD é
o meio mais viável na igreja, de ensinar ao povo as Escrituras.
Certamente, este é o motivo pelo qual existem atualmente mais de 50 milhões de
alunos e cerca de 4 milhões e meio de professores nas EBDs em todo o mundo. Enquanto
a conscientização da importância da EBD na igreja existir, a consequência será sempre
crescimento, como se observou nesta resenha histórica.

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8
i - Educação Cristã

1.1. O que é a Educação Cristã?

Segundo a orientação de Deus dada a Moisés no monte, compreendia


duas coisas: a) Instrução e b) Advertência. Paulo advertiu aos pais a criar os filhos
na admoestação do Senhor (Ef 6:4). Ele ensina que devemos advertir um irmão
desobediente e tentar fazer que ele veja o seu erro (2Ts 3:14,15). A melhor passa-
gem neste assunto é Cl 3:16.
O lar cristão é o melhor ambiente para aplicar aulas de Educação Cristã.
O livro apropriado é a Bíblia, o Professor é o Espírito Santo. Existem 3 tipos de
Educação:
Educação Moral: Que leva o homem a conhecer o que é melhor para
todos, protege o direito de todos e indica o direito de todos.
Educação Cívica: Leva o homem a conhecer seus direitos e deveres para
com a Pátria.
Educação Cristã: Fará no homem um bom caráter e bons hábitos, faz
o homem conviver melhor com a Sociedade e desenvolve no homem as capa-
cidades físicas, moral, intelectual e espiritual, que são as bases do progresso na
Educação Cristã. Fará o homem sentir a necessidade básica encontrada em Jô
3:3, depois virá à necessidade contínua, que é o crescimento. I Pd 3:18.
A Educação Cristã não visa apenas transformar, transmitir conteúdos ao
ser humano e sim transformá-lo. Por isso, na Educação Cristã aquele que vai en-
sinar deve dar prova de seu conhecimento e caráter cristão. Lawrence Richards,
em seu livro Teologia da Educação Cristã enfoca que:

A Educação Cristã é um ministério dinâmico do Espírito Santo; um


Ministério em que Ele se desincumbe de sua tarefa, que é transfor-
mar os crentes através de processos que Deus inseriu na natureza
humana e na natureza da igreja. A Educação Cristã é um ministério
distinto do que nós temos chamado de “educação”. Ela não produz
simplesmente homens e mulheres que sabem, mas homens e mulhe-
res - e uma comunidade - que estão se tornando semelhantes a Jesus
neste mundo (RICHARDS, 1996, p.97).

Thomas Groome trabalha educação religiosa e educação religiosa cristã.


Segundo ele, a educação religiosa descreve com precisão a investigação geral da
dimensão geral da vida e a busca humana por um estágio transcendente do ser.
Enquanto a educação religiosa cristã se dá quando é feita por uma comunidade
cristã e de dentro dela, e é “uma atividade política com peregrinos no tempo, que
deliberada e intencionalmente assiste com eles à atividade de Deus em nosso
9
presente, à história da comunidade de fé cristã e à visão do Reino de Deus, cujas
sementes já estão entre nós” (GROOME, 1985, p. 52).
Quando lemos em Mt 28:19, 20, temos que descobrir os dois aspectos da
ordem de Jesus que são:

Nós temos que contribuir para o crescimento da igreja ensinando o ho-


mem as normas bíblicas. Fazemos isto dentro da igreja ensinando o homem às
normas bíblicas. Fazemos isto dentro do programa da Educação Cristã, onde trei-
namos professores capacitando-os para as diversas classes e separando-os das
diversas classes de professores que existem. Há 7 tipos de professores:

1. Orador: Gosta de falar alto, não planeja suas aulas e gosta do som de sua
voz, estende-se exageradamente sobre a matéria, mas não atinge o alvo.
2. Comodista: Gosta de ensinar sentado, quando toca a campainha é o primeiro
a sair da classe.
3. Simpático: Ele é o perfeito cavalheiro, veste-se bem, é amigo de todos, mas
não ensina quase nada, conquista seus alunos para aceitar suas desculpas, dei-
xando o Superintendente em tremendo apuro.
4. Pensador: Podem ser de dois tipos: o grande pensador ou o distraído, que
nem ouve as perguntas dos alunos por suas distrações. Não responde e quando
responde, responde errado. Ás vezes o aluno deixa de fazer perguntas para não
atrapalhar o gênero.
5. Exibicionista: Está sempre pronto para uma boa gargalhada. Perde o respei-
to dos alunos pela sua capacidade de exibir, é mal interpretado e é chamado de
“Entrão”.

10
i - Educação Cristã
6. Falso: Fala com tanta autoridade que acaba falando mal do material ou da
sala de aula, quando fazem perguntas que estão fora do assunto da lição, fica
todo embaraçado.
7. Professor de verdade: Ele é simpático, progressista, entusiasta, conhece
bem o assunto, tem um bom plano de aula e sabe como expor suas aulas, per-
mite que os alunos façam perguntas, expõe suas ideias, tem confiança em sua
capacidade, tem coragem de dizer não sei em vez de responder sem ter conhe-
cimento mas promete examinar e responder depois.

O que caracteriza um bom professor é sua personalidade, que é manifes-


ta pelo seu entusiasmo, tato, confiança, interesse pelo ensino. Não basta saber
ou conhecer a matéria, tem que saber transmitir, para isso tem que ser feito um
plano de aula, tem que conhecer o assunto da lição, tendo em mãos os materiais
necessários, como o Dicionário, e fazer um Glossário para poder responder as
perguntas curiosas que fazem certos alunos em classe.

1.2. Objetivo principal da EDB

O objetivo principal da EDB é instrução, visando alcançar jovens, crian-


ças e adultos com o Evangelho de Cristo, com intenção dupla: 1) Ensinando de
modo que possam crescer e 2) Treinando-os de forma que possam servir. Para
tanto temos de alcançar os três tipos de homens relacionados abaixo:

1) Homem carnal: Cujo centro da vida é o “Eu”. Jesus está fora da sua
vida. Aceitou a Cristo na sua vida apenas como Salvador, mas não como Senhor.
O professor tem que fazer mudar este homem com a ajuda do Espírito Santo.
2) Homem natural: É aquele cujo centro da vida, o “Eu” e Cristo está
fora da sua vida. Este homem é o homem incrédulo e o professor tem de ganhá-lo
para Cristo.
3) Homem espiritual: É aquele cujo centro da vida é Cristo e o “Eu” está
fora da sua vida. Ele aceitou a Cristo como Salvador e Senhor da sua vida. Este,
o professor tem que instruí-lo para que possa crescer diariamente na Palavra de
Deus, tornando-o um operoso aluno da EDB.

1.3. Educação dos hábitos

Os hábitos bons chamamos de virtudes e os maus chamamos de vícios;


estes às vezes não são percebidos por quem os praticam, Por exemplo: abotoar

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e desabotoar o paletó; por e tirar as mãos do bolso; manusear livros, revistas,
Bíblias, desnecessariamente; fixar os olhos em uma só pessoa durante a aula,
principalmente se esta pessoa for do sexo oposto.
Note uma coisa: quando o professor pula, grita, anda muito durante o
ensino, faz fracejo, isto não é eloquência, mas sim falta de disciplina e ensina-
mento adequado, alguns professores têm hábitos de dizer repetidamente entre as
palavras do texto, outras palavras, por exemplo, se na lição ele quer dizer: “Jesus
Cristo salva”, acrescenta: “Louvado seja Deus, Jesus Cristo é bom, etc.” Isto é
um hábito.

1.4. O professor deve conhecer seus alunos

Há seis maneiras para o professor conhecer bem seus alunos:

1. Diretamente.
2. Indiretamente.
3. Por meio de observações.
4. Por meio de matérias escritas.
5. Por meio do ministério do Espírito Santo.
6. Empatia, colocando-se no lugar do aluno.

Quando o professor conhece bem seus alunos, ele passa a saber que cada
um tem cinco áreas de personalidade. Vejamos:
Física. Conhece seu estado de saúde. Se tem problema físico, o professor
trata todos de modo igual, tanto masculinos como femininos, com mútuo respei-
to.
Mental. Conhece a capacidade de aprendizagem do aluno e aplica a lição
de modo que possa atingir o intelecto de forma que o aluno perceba que seu pro-
fessor é realmente um professor de verdade.
Social. O professor não confunde amizade com liberdade e mantém seu
bom relacionamento com o aluno, conhece o relacionamento do aluno com a
sociedade, escola, emprego, no lar, etc.
Moral. Conhece bem a conduta do seu aluno, e passa a aplicar a lição no
seu ponto objetivo, fazendo que a entenda.
Espiritual. Leva o aluno a ter um bom relacionamento com Deus. O pro-
fessor é um líder espiritual, um sacerdote que está sempre pronto para ajudar os
alunos, sem que eles percebam que ele também tem suas fraquezas, seus pro-
blemas. Ele deve fazer o aluno sorrir, enquanto está chorando, e isso, sem que o
aluno perceba.

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i - Educação Cristã
1.5. Jesus como Mestre

Observe o texto de Lc 2:52, o professor deve fazer tudo para que seus
alunos cresçam em sabedoria no Espírito Santo (I Pe 2:2). Devem os professores
procurar recursos pedagógicos, ou outros meios, para ajudar a comunicar seus
estudos aos alunos. Veja as técnicas que Jesus usava: contava parábolas, escrevia
no chão e usava recursos visuais. Mc 12:42.
No Novo Testamento, encontramos o grande educador: Jesus. Soube en-
sinar massas, grupos específicos e chefes de sinagogas. Trouxe uma mensagem
nova e preparou doze homens para serem os precursores das Boas Novas. Estes,
passam também a ensinar, através da prática e mudança de vida, formando as
primeiras igrejas que passam também a serem comunidades educadoras.
Os quatro Evangelhos nos dão muitas evidências de que Jesus se consi-
derava um mestre. Em muitas ocasiões de seu ministério público Jesus aparece
ensinado. Mesmo exercendo curas e milagres, nota-se que Jesus tinha um inte-
resse muito grande em ensinar. Hurst nos diz: “A evidência final de ser Jesus um
mestre se vê na declaração direta de Cristo – ‘Vós me chamais o Mestre (Profes-
sor) e Senhor, e dizeis bem; porque eu o sou’ (João 13:13). A palavra traduzida do
grego didaskalos é o equivalente de rabi, mestre, ensinador, professor” (HURST,
1979, p. 67).
A maioria das vezes em que os discípulos de Cristo se dirigiram a Ele
o chamaram de Mestre. Isso para eles era muito natural. (Lc 21:7 e Mc 4:38)
Muitas pessoas que se aproximaram de Jesus para lhe fazerem perguntas, tam-
bém o trataram por Mestre. Podemos alistar aqui Nicodemos e o jovem rico. Na
realidade até mesmo seus inimigos mais ferrenhos, entre eles os fariseus e os
herodianos, O chamavam de Mestre.
Jesus sempre foi verdadeiro, aliás em Jo 14:6 ele se descreve como sendo
“a verdade”. Ele é Deus e portanto possui às perfeitas qualidades de Deus. Não
devemos ignorar que devemos ser alguma coisa para poder eficientemente dizer
alguma coisa. “Aquilo que você é troveja tão alto que não posso ouvir o que você
diz” (PRICE, 1986, p. 9). As pessoas se admiravam dos ensinos de Jesus e isso
não acontecia com os escribas: Jesus ensinava com autoridade. O seu modo de
vida reforçava aquilo que ele ensinava.
Outro aspecto importante que encontramos em Jesus é o interesse em
servir outros. Na realidade o Senhor sempre mostrou interesse por pessoas e não
por credos, cerimônias ou organizações. O amor pelo ser humano é marcante
em Jesus e ele transformou esse amor em interesse vivo pelos problemas deste
povo. Quando ele chegou ao poço de Jacó, estava exausto, porém mesmo assim

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pode falar sobre a água da vida com uma mulher samaritana cheia de problemas
morais e afetivos. O desejo de servir é indispensável ao ensino vitorioso.
Os Evangelhos retratam Jesus mais como Mestre do que como um prega-
dor, orador ou reformador. Jesus é chamado de Mestre ou outros termos equiva-
lentes em sessenta e uma oportunidades. Fala-se de Jesus ensinando quarenta e
cinco vezes e somente onze pregando. Jesus também não denominou seus segui-
dores de súditos ou camaradas, à nomenclatura utilizada por ele foi discípulo, o
que traz o significado de aluno ou aprendiz. O conhecido Sermão do Monte devia
se chamar o Ensinamento do Monte.
Jesus Cristo demonstrou possuir um conhecimento muito grande das Es-
crituras Sagradas. Ao ser tentado por Satanás utilizou citações do livro de Deu-
teronômio para vencer as ciladas o Inimigo. No caminho de Emaús, mostrou
aos seus dois discípulos sua própria trajetória fazendo uso das Escrituras. Citou
passagens de pelos menos vinte livros do Antigo Testamento em seu ministé-
rio público. Sua educação religiosa começou ainda na tenra infância, certamente
guiada por Maria, sua mãe.
Com certeza foi ele também um assíduo frequentador da sinagoga. Havia
também programações nas segundas, quintas e jejum nos dias de festa. A leitura
da Torah também era marcante. Uma pessoa lia um trecho e o interprete da lei
explicava versículo por versículo, aplicando a leitura à vida do povo em geral.
Com isso a cada três anos e meio a Torah era lida em sua totalidade. Depois do
estudo da Lei, os profetas também eram estudados, três versículos de cada vez.
Aliado a este profundo conhecimento das Sagradas Escrituras, Jesus pos-
suía um profundo conhecimento da Natureza Humana. A diversidade de crenças
e seitas nos dias de Jesus era muito grande, porém Ele compreendia muito bem o
que se passava no íntimo de cada indivíduo. O Mestre podia dizer se seus ouvin-
tes eram bons ou maus, atentos ou desatentos, amigos ou inimigos, interessados
em seus ensinos ou não.
Quando os fariseus e os herodianos procuraram apanhá-lo em alguma
palavra, Jesus, percebendo a hipocrisia deles, disse-lhes: “Por que me experi-
mentais?” (Mc 12:15). Ao contrário da tendência moderna de buscar resultados
por meio de grandes reuniões, Jesus enfatizava em seu ensino o contato pessoal.
O Evangelho de João registra estas entrevistas pessoais:
Nicodemos, a Samaritana, seus discípulos, a mulher apanhada em adul-
tério, etc. Ele gastava tempo conversando com seus alunos, coisa que muitos
professores de hoje simplesmente desconhecem. As multidões são inconstantes e
Jesus buscava provocar a reação de pequenos grupos. A maior parte do tempo do
ministério público de Jesus foi gasto com indivíduos.

14
ii - o professor

2.1. Conceito de Professor:


A) É aquele que ensina as matérias do Programa.
B) É o elemento que transmite informações ou conhecimentos a alguém.

2.2. O Que é ser Professor?


A) É ter vocação. Qualidades para exercer a função. Jeito especial para
realizar a contento. Dedicação de corpo e alma a uma tarefa.
B) É não ser vaidoso; pensa que sabe tudo e não sabe nada; elogia-se
muito.
C) É não ser orgulhoso; se considera muito importante; julga-se melhor
do que é.
D) É ser idealista. Disposto a trabalhar pelos outros. Trabalhar pela felici-
dade alheia.
E) É ter Didática, técnica de ensino e método.
F) É ensinar bem os alunos; mudar a conduta deles.
G) É ser um Educador. Se preocupar com a formação da personalidade do
aluno. Se preocupar com a preparação do aluno para a vida.

2.3. Qualidades básicas do Professor : O Mestre diante de Deus


Leitura: Rm 12:6 e 7; Ef 4:11. Ao nos preocuparmos com a Educação
Cristã na igreja, devemos também analisar a vida do mestre ou professor diante
de Deus, observando as qualidades (características) que ele deve possuir para ser
uma benção nas mãos de Deus. É importante observamos a importância do mes-
tre no Corpo de Cristo, como também sua posição diante de Deus.

2.3.1. Chamado por Deus. II Tm 2:2; Mt 28:19


O mestre é uma pessoa chamada e capacitada por Deus para exercer o
ministério de ensino na igreja. Podemos definir o chamado de Deus como sendo
o convite para desempenhar uma função no Corpo de Cristo, vivendo segundo a
Sua vontade, tornando-a conhecida entre todos os homens. Antes de dedicar sua
vida a este serviço, o cristão deve pedir sabedoria a Deus e ter convicção no seu
coração que Deus o chamou para ser um mestre: para não atrapalhar a obra de
Deus e, para fazer o melhor para Deus.
Implica em trabalhar com o caráter das pessoas, levando-as ao conheci-
mento da verdade por meio do ensino da Palavra, orientando-as na verdade e,
preparando-as para a vida.
O mestre tem a responsabilidade de levar seus alunos a uma experiência
pessoal com Cristo. O professor tem que ter em mente que além de transmitir

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conhecimentos a seus alunos, como histórias e doutrinas da Bíblia, ele deve levar
seus alunos a ter experiência com Deus. Significa ensiná-los sobre a graça salva-
dora de Deus e levá-los a ter experiência pessoal de receber a salvação.
O mestre é um dom de Deus para a Igreja dotado de uma capacidade so-
brenatural para ensinar Sua Palavra. Deus o chamou para agir nesta área, e assim
há uma atuação divina quando o mestre dedica-se ao ensino.
A Bíblia é a sua ferramenta. Sendo a Palavra de Deus a sua ferramenta de
trabalho, o mestre deve conhecê-la muito bem. Deve gastar tempo lendo, estu-
dando e meditando.
As mentes são renovadas com o estudo da Palavra. II Tm 3:14-17. O
aluno é espiritualmente imaturo e precisa crescer, e é espiritualmente ignorante
e precisa aprender. A mente do novo convertido precisa ser renovada, pois está
repleta de ideias erradas, falsos valores, traumas emocionais, etc. Deus quer re-
novar estas mentes através do conhecimento da Sua Palavra.

2.3.2. O mestre vive da dependência de Deus. Jo 15:5 b; Pv 3:5-7


O mestre deve ser humilde o bastante para reconhecer que tanto o conhe-
cimento que possui como os resultados satisfatórios do seu trabalho são frutos de
sua dependência de Deus. O professor como um servo de Deus está consciente
de que os frutos deste ministério não são resultados da linguagem persuasiva de
sabedoria, mas do poder e operação do Espírito Santo. I Co 2:4
Ensinar é um ministério espiritual por ser o manejar da verdade revelada
pelo Espírito Santo, e por ser a operação de Espírito na vida dos alunos. Cer-
tas verdades espirituais jamais serão compreendidas e aprendidas se não forem
aprendidas através do Espírito Santo. I Co 2:8-10
O servo de Deus chamado por Ele para ensinar deve cultivar uma mo-
tivação correta em seu coração, pois dela dependerá o sucesso e os tipos de re-
sultados em seu ministério. Podemos observar três motivações importantes, tais
como:
A) Amor: Se amamos a Deus devemos amar a Sua obra e dedicar nossas
vidas, procurando fazer o melhor para Deus. O professor deve também amar os
seus alunos. Quando a motivação é o amor a Deus, então não há lugar para outros
interesses.
B) Gratidão a Deus. Devemos ser gratos por vários motivos: pela salva-
ção; por ter Deus nos amado primeiro e pelo seu chamado.
C) Obediência a Deus: Cumprindo o que está escrito em Mt 28:19 e 20. Se
nós amamos a Deus, com certeza guardaremos os Seus mandamentos. Jo 14:21.

2.3.3. Anda com Deus. I Tm 4:11-13


No campo da educação inconsciente, o que o professor é, ensina tanto
quanto o que ele diz, senão muito mais. Andar com Deus implica em viver com

16
ii - o professor

Deus, como resultado de uma vida de obediência. Nosso relacionamento com


Deus é algo mais importante do que a obra que Ele quer que façamos. O mestre
como homem de Deus deve zelar pelo seu relacionamento com Deus, para garan-
tir uma vida cristã vitoriosa diante de seus discípulos.
O mestre vive aquilo que ensina. É grande responsabilidade daquele que
ensina, sendo que os discípulos seguirão os passos de seu mestre por ter con-
fiança nele. Os mestres sofrem maior juízo (Tg 3:1), pois para Deus não adianta
ensinar bem se nossa conduta não condiz com aquilo que ensinamos. Por ter um
ótimo relacionamento com Deus e uma vida cheia de experiências, seus discípu-
los terão prazer de ouvi-lo com mais atenção.
O mestre deve tratar com os problemas de relacionamentos que possa sur-
gir. Deve ser transparente, sendo aquilo que realmente é, vivendo sem máscaras.
O professor deve desenvolver amizade sólida com seus discípulos, procurando
conhecê-los e assim ajudá-los a crescer na vida cristã.

2.3.4. O mestre consagra-se a Deus. II Tm 2:15


Deus nos chamou e nos conhece e sabe que temos um potencial que Ele
quer usar. Como servos de Deus devemos reconhecer que pertencemos a Ele e
com atitude de gratidão dedicar todo o nosso ser à Sua vontade. Ser aprovado
por Deus é uma das preocupações de todo servo de Deus deve ter em seu serviço
cristão. O servo de Deus deve dedicar a Deus seu tempo: orando, preparando
estudos, pesquisando, visitando seus alunos.
O servo de Deus deve dedicar a Deus seus talentos: se souber cantar, to-
car, ou ter facilidade para trabalhar com crianças, etc.
O mestre deve possuir alvos para serem alcançados com seus discípulos.
Veja alguns exemplos:
A) Levar seus discípulos a terem um encontro pessoal com o Senhor e
Salvador Jesus Cristo.
B) Levar seus alunos a crescerem na vida cristã.
C) Levar seus alunos a conhecerem a Palavra de Deus de modo a que
venham a aplicá-la em seu cotidiano, etc.
A posição do mestre exige que ele esteja constantemente adquirindo mais
conhecimento, buscando novidades aos seus alunos e assim melhorando o ensi-
no. O servo de Deus que tem dedicado a sua vida á obra de Deus, deve crescer em
seu ministério. Deve procurar ter novos conhecimentos, tais como: usar outros
recursos audiovisuais.

17
2.4. Requisitos ou Atributos
A) Qualidades físicas. Expressão de olhar. Porte correto. Apresentação.
B) Qualidades intelectuais. Capacidade didática. Língua. Tato psicológi-
co. Bom senso. Espírito de liderança. Clareza. Cultura geral.
C) Qualidades morais. Espírito religioso. Conduta. Entusiasmo. Compa-
nheirismo. Alegria e senso de humor. Autodomínio e paciência. Espírito Renova-
dor. Cortesia. Disciplina e obediência. Assiduidade e pontualidade. Honestidade.

2.5. Traços do Bom Professor.


Explica as lições com clareza; dá exemplos que ajudam os alunos. Tem
senso de humor; ser alegre e feliz. Ser humano e amistoso. Interessar-se pela
vida do aluno e procurar compreendê-lo. Despertar a vontade de trabalhar. Impor
respeito e ser rigoroso. Ser imparcial, não ter maior predileção por este ou aquele
aluno. Não pode ser resmungão, rabugento e mal humorado. Deve ter uma per-
sonalidade agradável, ser paciente, bondoso e simpático. Ser justo nas notas e
promoções, aplicando testes adequados.

2.6. Traços do Mau Professor.


Mal humorado, rabugento. Não planeja a lição, não a explica e não ajuda
o aluno. Parcial, só chama os seus prediletos. Arrogante, superior, faz que não
conhece o aluno fora da escola. Intolerante, mesquinho, rigoroso demais. Injusto
nas notas, faz provas inadequadas. Grita muito em classe, não tem consideração
pelos sentimentos dos alunos. Não demonstra interesse pelos alunos e não os
compreende. Não controla a classe e não sabe manter a disciplina. Fala muito de
si, conversa demais e toca em muitos assuntos não relacionados com a matéria.

2.7. Jesus, o Mestre do Professor.


O professor pode conhecer intimamente a Bíblia, e pode interpretar in-
teligentemente o seu aluno, porém, isto não basta. Para se ensinar eficazmente é
necessário seguir o método do grande Mestre. Ensinar como Jesus ensinava é ter
pelo êxito na tarefa.
A) Jesus conhecia o seu tema. Como nenhum outro homem Jesus tinha
íntimo conhecimento da verdade; era completamente Senhor das Escrituras. Je-
sus falava como quem trazia uma mensagem, e que, por isso mesmo, se sentia
com o direito de falar com autoridade. Sobre o que Ele queria dizer, jamais houve
dúvida alguma. “Eu e o Pai somos um”. (Jo 10:30) ; “Quem me vê a mim, vê o
Pai.” (Jo 14:9); “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14:6).
B) Jesus conhecia os seus alunos. Como mestre, muito sábio, Ele sabia
adaptar os seus ensinos às suas experiências. Aos agricultores falava-lhes na se-
meadura dos campos ou na plantação das vinhas (Mt 13); aos pastores falava nas
ovelhas desgarradas (Lc 15); á dona de casa falava da vassoura e da vela (Lc 15).

18
ii - o professor

Por meio destas ilustrações apropriadas Ele ensinava muitas verdades importan-
tes.
C) Jesus sabia apreciar o que havia de bom nos alunos. Uma vez, ao ver
aproximar-se Natanael, o mestre disse: “Eis aqui um verdadeiro israelita em que
não há dolo”, (Jo 1:47). É certo em que Natanael havia muitas faltas, mas Jesus
percebendo o bem, chegou-se a ele com simpatia e apreciação; e Natanael tor-
nou-se um discípulo.
D) Jesus ensinava verdades muito simples, porém, cheias de significa-
ção. Muitos de seus ensinos Ele os proferia sob a forma de alegorias ou histó-
rias. Aproveitava as ocorrências mais banais da vida comum para interpretar as
verdades das Escrituras. Uma mulher que punha remendos num velho paletó
(Mt 9:16); crianças que brincavam na praça pública (Mt 11:16); um homem que
encontrara um tesouro num campo (Mt 13:44). Estas e outras ilustrações iguais
tornavam-se atrativos e compreensíveis os seus ensinamentos.
E) Jesus variava o seu método conforme a ocasião e os ouvintes. Á beira
do poço de Jacó cumprimentou cortesmente a mulher da Samaria e incidental-
mente trouxe a ela uma grande verdade (Jo 4). Aos moradores de Cafarnaum
em um dia de sábado. Ele explicava na Sinagoga as Escrituras por meio de uma
preleção. Aos discípulos, ensinava enquanto andavam ou jantavam juntos, expe-
rimentando-os com interrogações para tornar-lhes claras as suas ideias.
F) Jesus ensinava pela própria personalidade. Mais importante do que o
seu método foi á influência de sua vida. Que motivo havia para doze homens in-
cultos e de temperamentos diversos seguirem-no diariamente e por tanto tempo?
De certo, não era por causa da remuneração material, pois Jesus lhes havia dito
francamente que não possuía lugar na terra onde repousasse a cabeça. Foi porque
Ele havia conquistado a sua afeição pela simpatia e apreciação. Pois não reparava
Ele na insignificante moeda da viúva? Não amava sempre onde mais necessi-
tados houvesse de amor? Não era Ele em todas as ocasiões o amigo simpático,
que se dava a todos em serviços os mais desinteressados? É esta personalidade
atrativa e cativante do grande Mestre que nós precisamos imitar.

19
20
Iii - o aluno

“De mármore e granito se constroem monumentos perecíveis, e suas ins-


crições são raramente lidas; esculpi o vosso nome em corações humanos, pois só
estes são imortais.”

3.1. Porque o professor deve estudar o aluno


As necessidades do aluno exigem estudo. Pela mesma razão que o jardi-
neiro precisava estudar a natureza das plantas que cuida, proporcionando-lhes,
na medida que respectivamente lhes convém, a água e o sol; assim também, o
professor tem necessidade de conhecer a alma da criança, o solo que vai plantar a
semente da verdade, adaptando a cada qual a cultura e os elementos de que a sua
natureza necessita.
A natureza da profissão do mestre também exige este estudo. O professor
não é um modelador de barro, pois o barro é passivo e não lhe opõe a menor resis-
tência; nem tampouco é um escultor, para, com o malho, aparar as irregularidades
de um bloco de mármore até obter um resultado perfeito e belo, pois a pedra não
faz nem objeções nem esforços. Nem ainda, é o professor um bondoso amigo
encarregado de armazenar na mente da criança uma porção de conhecimentos,
como se acumulam das necessidades. Ensinar não é simplesmente explicar ou
contar uma lição, nem tão pouco aprender é simplesmente ouvi-la, embora sejam
estas uma das partes integrantes do processo.
A palavra educação é derivada de uma palavra que significa em sentido
literal “conduzir para fora”. Daí deduz-se que é um privilégio do professor con-
duzir a criança ao encontro das experiências da vida, de tal forma que ela possa
caminhar sem ter de vencer grandes barreiras no caminho que leva para Deus e o
bem; logo, a educação é levar a criança a sentir, a pensar e a cumprir a lei divina
com respeito a si mesma, a seus semelhantes e a Deus. São esses os sagrados
deveres do professor. Ensinar, pois, é levar um outro a conhecer e a sentir o bem
para praticá-lo.

3.2. Faixas etárias.


3.2.1. Jardim da Infância. (zero a seis anos).
É a idade da receptividade e da plasticidade (a criança adquire determi-
nadas formas). Gostam de comer, dormir, brincar e perguntar. Gostam do “tudo é
dele”.
Características Físicas
Como eles são.
* Crescimento rápido.
* Os músculos principais ainda estão se desenvolvendo.

21
* São muito ativos.
* Olhos e ouvidos se cansam com facilidade.
* Sujeitos a doença.
Como você pode ajudá-los.
* Providencie equipamento adequado.
* Tenha figuras grandes.
* Providencia bastante atividades.
* Providencie períodos quietos entre as atividades.
* Tenha luz abundante e fale claramente.
* Tenha bastante espaço e limpeza.

Características Mentais
Como eles são.
* Indagadores.
* Período de atenção limitado, de 5 a 10 minutos.
* Imaginação fértil.
* Mente literal. A criança ouve que Deus guarda e acha que Deus a tranca
em uma mala bem grande ou em um grande guarda roupa.
* Não tem ideia de tempo e distância.
* Fazem o que veem os outros fazer.
* Aprendem pelos sentidos.
* Agem baseados na sugestão.
* Podem decorar frases sem sentido.
Como você pode ajudá-los
* Responda a todas as suas perguntas de maneiras simples e verdadeiras.
* Providencie atividades variadas.
* Use recursos visuais simples. Deixe que eles dramatizem as histórias.
Ajude-os a entender a diferença entre as histórias verdadeiras e as outras.
* Use palavras que signifiquem exatamente o que dizem. Evite simbolis-
mo.
* Use “há muito tempo” e “muito longe”. Não espere que os desenhos que
eles fazem sejam proporcionais.
* Seja um bom exemplo.
* Providencie coisas para verem, ouvirem, tocarem e cheirarem.
* Sugira, não ordene.
* Certifique-se de que sabem o sentido do que estão decorando.

Características Sociais
Como eles são.
* Gostam de estar com os outros.
* Mais capazes de brincar com os outros.

22
Iii - o aluno

* Aprendendo a dirigir atividades.


* Ainda são individualistas. Dizem “não” frequentemente.
* Aprendendo a se adaptar aos outros.
* Concordam com o grupo.
* Desejam a aprovação do grupo.
* Gostam de palavras e piadas “tolas”.
Como você pode ajudá-los.
* Promova oportunidades sociais.
* Providencie atividades em grupo.
* Encoraje-os a liderar.
* Ensine-os a obedecer e partilhar com alegria.
* Dê oportunidades de dar e receber.
* Apresente-lhes um bom exemplo.
* Louve-os com freqüência por fazerem o que está certo.
* Ria se forem inocentes. Discipline, se não o forem.

Características Emocionais e Espirituais.


Como eles são
* Suas emoções são intensas.
* Capazes de controlar o choro.
* São muito medrosos.
* “Explodem” facilmente.
* São bondosos.
* Pensam em Deus de modo pessoal.
* Capacidade de adoração.
* Perguntam sobre a morte.
* Acreditam no que se lhe diz.
* Desejam ser amados.
* Prontos a aprender espiritualmente.
Como você pode ajudá-los
* Tenha um ambiente silencioso. Controle as suas emoções.
* Encoraje-os a fazê-lo.
* Evitar usar o medo para castigo, bem como histórias que causam medo.
* Evite mostrar favoritismo.
* Evite oportunidades de explosões de mau humor.
* Ensine-os a compartilhar e a mostrar simpatia e amor pelos outros.
* Leve-os a ter um contato pessoal com Deus. Ensine em termos familia-
res.

23
* Ensine a adorar e estimule o desejo de orar e prestar culto.
* Responda com simplicidade.
* Seja verdadeiro e ensine-lhes que Deus é verdade.
* Acentue o amor de Deus e Seu cuidado para com eles.
* Observe as crianças que estão prontas para entender o evangelho.

3.2.2 Primários (de 7 a 9 anos)


Se magoam facilmente, mas não guardam ressentimento. Confiam sem
duvidar, comparam o certo e o errado.

Características Físicas
Como eles são.
* Crescimento muscular rápido.
* Cansam-se facilmente.
* Preferem fazer, do que prestar atenção.
* Gostam de construir.
* Os músculos estão se desenvolvendo vagarosamente.
* Sentidos aguçados.
* Sujeitos a doenças.
Como você pode ajudá-los.
* Providencie atividade, de modo que dêem vazão à sua energia.
* Providencie períodos quietos e de atividades.
* Dê oportunidade de trabalharem nos projetos de mesa.
* Não espere trabalho minucioso por um período longo de tempo.
* Use experiências sensoriais no ensino.
* Providencie um ambiente limpo e arejado e esteja de sobreaviso quanto
ás doenças de crianças, como sarampo, varicela, etc.

Características Mentais.
Como eles são.
* Estão aprendendo a ler, principalmente com o ingresso no Ensino Fun-
damental aos seis anos.
* Gostam de escrever.
* Desenvolvendo poderes de raciocínio.
* Período de atenção em expansão. ( de 5 a 15 minutos)
* Gostam de fatos e fantasias.
* Limitada capacidade de se expressar.
* Têm boa memória.
* Têm mente literal.
Como você pode ajudá-los.
* Estimule-os a ler a Revista do Aluno e versículos bíblicos simples.

24
Iii - o aluno

* Dê oportunidade de copiarem versículos, etc.


* Ensine-os a imitar o que há de bom nos caracteres bíblicos.
* Ajude-os a resolver seus próprios problemas.
* Divida a hora em três partes, com atividades variadas.
* Use ambos, mas faça distinção entre eles.
* Ajude-os a se expressarem em grupo.
* Cumpra as promessas e anime-os a decorar.
* Evite simbolismo.

Características Sociais
Como eles são.
* Gostam de brincar com os outros.
* Comunicativos.
* Desejam ser crescidos.
* Gostam do sexo oposto.
* Respeitam autoridades.
* Inclinam-se a ser egoístas.
* Desejam amizades íntimas.
* Em geral, são cooperadores.
* Gostam de atividades em que haja competição.
Como você pode ajudá-los.
* Providencie atividades em grupo.
* Providencie oportunidades de falarem.
* Evite a palavra “pequeno”.
* Tenha meninos e meninas na mesma classe.
* Seja digno do respeito deles.
* Ensine-os a pensar nos outros.
* Apresente Cristo como o melhor amigo.
* Encoraje-os a trabalhar em grupo.
* Providencie ambos os tipos de atividades , porém mais daquelas em que
não haja competição.

Características Emocionais e Espirituais


Como eles são.
* Emocionalmente imaturos. Imprevisíveis.
* Animam-se facilmente.
* Rebelam-se contra exigências pessoais.
* Bondosos.

25
* Impacientes: tudo tem de ser agora.
* Tem medo de muita coisa.
* Poderão sentir-se acanhados diante de um grupo.
* Gostam da Escola Dominical
* Tem fé na oração.
* Tem o sentido do sobrenatural.
* Desejam ser bons.
* Sensíveis ao amor.
* Curiosos quanto ao Céu e à morte.
* Podem estar prontos a receber a Cristo.
Como você pode ajudá-los.
* Não espere muito por causa do tamanho. Ensine-os dentro da sua capa-
cidade de agir.
* Providencie um ambiente controlado.
* Ensine obediência por sugestão.
* Ensine-os a expressar sua bondade.
* Encoraje-os a esperar para cooperar e use sua contribuição no lugar
apropriado.
* Ajude-os a se sentirem seguros.
* Louve-os por aquilo que fizerem.
* Mantenha essa atitude.
* Crie orações improvisadas e uma aceitação da resposta de Deus.
* Dê ênfase as maravilhas que realmente acontecem.
* Ensine o certo e o errado e dê ênfase à capacidade de Cristo para ajudá-
-los a ser bons.
* Mostre amor e dê ênfase ao amor de Cristo.
* Esteja apercebido desse fato e saiba como levar a criança a Cristo.

3.2.3. Juniores. (de 10 a 12 anos)


São crianças que possuem muita energia

Características Físicas
Como eles são.
* Desejam atividades intensa.
* Crescimento físico mais lento, porém, com mais força física.
* Desenvolvendo os músculos menores.
* Período mais longo de atenção, 10 a 20 minutos.
* Gostam de atividades externas.
* Gostam de competição.
* Barulhentos e gostam de lutar.
Como você pode ajudá-los.

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Iii - o aluno

* Tenha um programa ativo e encoraje atividades dirigidas.


* Desafie sua capacidade.
* Dê trabalho minucioso.
* Varie o programa. Planeje atividades de 15 a 20 minutos.
* Encoraje-os a fazer excursões e atividades sociais externas.
* Providencie competição na classe e fora dela.
* Chegue antes dos alunos e dê-lhes algo para fazer, que encha seu tempo.

Características Mentais
Como eles são
* Vivos
* Indagadores
* Tem boa memória
* Tem consciência de tempo e distância.
* Gostam de coleções.
* Estão formando hábitos.
* Gostam de ler.
* Interesse na vida real.
Como você pode ajudá-los.
* Dê oportunidades de pensarem e se expressarem.
* Capazes de alcançar perguntas mais minuciosas.
* A Idade Áurea da Memória. Encoraje bastante a memorização das Es-
crituras, hinos e outros fatos bíblicos.
* Ensine cronologia e geografia da Bíblia.
* Encoraje-os a ter sua devoção pessoal.
* Providencie bons livros para eles.
* Apresente histórias de heróis.

Características Sociais
Como eles são.
* Gostam de grupos do seu sexo.
* Não gostam do sexo oposto.
* Gostam de ter responsabilidades.
* Adoram os heróis.
* Rebelam-se contra autoridade.
Como você pode ajudá-los.
* Faça de sua classe um grupo unido e agradável.
* Evite classes mistas

27
* Dê responsabilidades de acordo com a capacidade.
* Seja um exemplo que eles possam seguir.
* Seja um guia e não um diretor.

Características emocionais e espirituais


Como eles são.
* Podem “explodir” com facilidade.
* Não gostam de manifestações externas de afeto.
* Quase não tem medo.
* Tem padrões elevados para si.
* Reconhecem o pecado como pecado.
* Têm fome de Deus.
* Têm fé simples.
* Têm perguntas sobre o Cristianismo
* As emoções não entram na sua conversão.
* Precisam ser encorajados em sua vida devocional diária.
* Estão começando a compreender mais o simbolismo.
Como você pode ajudá-los.
* Evite essas ocasiões.
* Ensine-os a cultivar o humorismo são e evitar o mau.
* Devem aprender a ter um pouco de medo.
* Tenha padrões elevados em sua própria vida.
* Aponte para Cristo que salva do pecado.
* Aponte para o Deus que pode satisfazê-la.
* Fortaleça-a pela Palavra de Deus.
* Ajude-os a achar as respostas por si mesmos na Bíblia.
. * Evite apelos emocionais.
* Providencie material devocional para eles.
* Use mais simbolismo, mas certifique-se de que entendam o seu signifi-
cado.

3.2.4. Adolescentes.
Vem do latim “adolescerer“, que significa crescer, transição e aspiração.
Temos as seguintes divisões de idade: intermediários, dos 12 aos 15 e secundá-
rios dos 16 aos 17 anos.

Características Físicas.
Como eles são.
* Passando do meninice à adolescência.
* Estão mudando a voz, especialmente os rapazes. Alguns tem espinhas.
* São inquietos, às vezes cansados, por causa do crescimento físico.

28
Iii - o aluno

Como você pode ajudá-los.


* Não gostam de serem tratados como meninos. Não os tratemos como
meninos.
* Tenhamos simpatia para as suas preocupações.
* Deve ser providenciado um programa de atividades variadas.

Características Mentais
Como eles são.
* Quase sempre há um crescimento na vivacidade mental.
* Desenvolvimento dos poderes de raciocínio.
* Gostam de ler e lêem de tudo.
* A imaginação adquire mais vida, recebe sugestões.
* O rapaz adquire ares de teimosia, rebeldia e argumentação.
Como você pode ajudá-los.
* Durante esta idade se deve falar muito acerca de datas e fatos da Bíblia.
* A ênfase maior deve recair no espiritual.
* Devemos providenciar muita literatura mas com ênfase evangélica.
* Deve-se das respostas corretas e sinceras.
* As moças hoje estão alegres, irriquietas, sonhadoras; amanhã mudam,
ficam tristes e não gostam de mais ninguém.

Características Sociais.
Como eles são.
* Este é o auge do instinto de agrupamento. Os jovens formam grupos
menores.
* Seu instinto vem acompanhado de um grande desenvolvimento de leal-
dade.
* Desenvolve o panorama social e há novos interesses, receiam fazer no-
vas amizades, são tímidos e retraídos.
* Interesse crescente pelo sexo oposto: desejam agradar as pessoas, têm
receio de ofender.
Como você pode ajudá-los.
* Ótima oportunidade para trabalhar durante a semana e formar centros.
* Se pudermos orientar essa lealdade para Cristo ou sua Igreja isso será
magnífico.
* Oportunidade e responsabilidade de criar novos interesses, prover ami-
zades cristãs com os professores líderes e oficiais da igreja.
* Providenciar atividades para ambos os sexos.

29
Características emocionais e espirituais
Como eles são.
* A religião é pratica.
* Receptivos e sinceros.
* Querem uma explicação para crer.
Como você pode ajudá-los
* O abstrato não deve ser enfatizado no ensino, mas também não deve ser
eliminado.
* Este é um períodos mais favoráveis à conversão.
* Os ensinos podem ser doutrinários, mas podem ser explicados pela Bí-
blia.

3.2.5. Jovens ( 18 a 24 anos)


A palavra de ordem é independência.

Características Físicas
Como eles são.
* Esta idade marca o princípio do amadurecimento.
* As jovens estão mais adiantadas que os jovens; eles crescerão por mais
dois ou três anos.
* Começam os sentimentos amorosos.
* Idade do gosto pessoal.
Como você pode ajudá-los.
* Dê-lhes responsabilidades.
* Dê-lhes ajuda prática em sua conduta como cristãos.
* Devem ser providenciadas atividades sociais sãs.
* Ajudá-los e cumprimentá-los por seu bom gosto.

Características Mentais
Como eles são.
* Gostam mais de pensar em ordem lógica.
* Descobrem os poderes mentais.
* Cresce o interesse intelectual.
* Época de dúvidas.
* Os sentimentos estão desenvolvidos (patriotismo, paixão por ideias),
gostam de aparecer.
Como você pode ajudá-los.
* Durante a classe deve-se dar a melhor instrução possível.
* Devem ser feitas perguntas que lhes permitem raciocinar e discernir.
* Provê-los de literatura interessante com ênfase cristã.

30
Iii - o aluno

* Devem ser apresentadas bases bíblicas claras e argumentos lógicos con-


vincentes.
* Tem imaginação construtiva, gloriam-se no sacrifício e no bem ao pró-
ximo.

Características Sociais
Como eles são.
* Gostam de uma boa reunião social.
* Amizade intima com um grupo reduzido de indivíduos; sua atividade
nesse grupo é mais formal.
* Estão crescendo em sua independência e se interessam pelo sexo opos-
to.
Como você pode ajudá-los
* Oportunidade e responsabilidade da igreja de providenciar atividades
sociais em um ambiente cristão.
* Responsabilidade de providenciar oportunidades para liderança e ativi-
dades de responsabilidades.
* Nesse período a igreja tem a responsabilidade de prover um ambiente
social cristão e sadio.
* A EBD pode ajudar na solução de problemas (conversão, dedicação á
Cristo, vida espiritual, namoro etc.)

Características emocionais e espirituais


Como eles são
* O conceito religioso nessa idade é muito idealístico.
* Idade culminante para a conversão.
* Gostam de ir a extremos.
* Desejam ganhar os outros.
* Atitude muito crítica.
* Oração sem caráter místico, mas muito práticas.
Como você pode ajudá-los.
* Deve ter uma base cristã para o seu idealismo.
* Oportunidade para os líderes de ganhar os jovens para Cristo.
* Necessidade de guiá-los contra essa tendência.
* Utilize e dirija esse desejo.
* Os professores e líderes devem ajudá-los a estabelecer normas para
julgar.
* Guie e dirija sua vida de oração.

31
3.2.6. Adultos ( 25 anos em diante. Á critério)

Características Mentais
Como eles são.
* Desejam satisfação intelectual.
* Sabem mais do que fazem.
* São inimigos do trivial.
* Aceitam responsabilidades
* Têm aspirações são idealistas. (25-39)
* Ajustam sua filosofia de acordo com a vida atual.
* Têm preocupações financeiras e familiares.
* Podem agora servir á igreja.
Como você pode ajudá-los.
* Aprofundar as lições, marcar investigações.
* Desafiá-los a por em prática seus dons.
* Tornar a lição prática.
* Dar-lhes oportunidades de cumprir responsabilidades específicas (apre-
sentar parte da lição, etc.). Organize a classe (oficiais, comissão de visitas, social,
etc.)
* Colocar alvos elevados, mas que possam ser alcançados.
* Mostrar-lhes que Cristo é o centro da vida diária.
* Orientá-los sobre os valores cristãos nessas esferas.

Características Sociais
Como eles são
* Querem ter a aprovação dos outros.
* Enfrentam problemas quanto às relações humanas.
* Desejam companheirismo.
* Sentem a importância do amor entre os cônjuges.
* Querem tempo livre para atividades.
Como você pode ajudá-los
* Visitá-los. Dar atenção às suas ideias, trabalhos, etc.
* Mostrar a influência de Cristo e a importância de cuidar das relações
sociais.
* Promover reuniões sociais.
* Dirigir estudos sobre o lar cristão.
* Ensinar a importância de disciplinar o tempo estabelecendo equilíbrio
entre o trabalho, a igreja, a família e a recreação.

32
Iii - o aluno

Características emocionais e espirituais


Como eles são.
* Desejam servir e serem úteis ao Senhor.
* Desejam desenvolver uma filosofia cristã prática para a vida.
* Firmam-se na direção que vão tomar na vida.
* Não gostam de superficialidades.
* Exercem maior controle das emoções.
Como você pode ajudá-los.
* Prepará-los para servirem na Escola Dominical e na igreja. Providen-
ciar oportunidade de serviço especial.
* Ensinar a relação prática da vida cristã. Mostrar a coerência da doutrina
bíblica com a vida humana.
* Mostrar que Cristo dá motivo e direção á vida. Ensinar sobre a direção
divina e a importância da oração. Providenciar reuniões de oração.
* Ensinar com seriedade, dar alimento espiritual. Se a classe não os ins-
truir e estimular, deixarão de assistir.
* Dirigi-los no reconhecimento do poder de Deus em todos os aspectos da
vida; personalidade, vida emocional, etc. Levá-los a confiar em Deus em todas as
circunstâncias.

33
34
IV - Como preparar uma Aula de EBD em seis dias,
utilizando trinta minutos diários

A
administração do tempo se tornou um dos assuntos mais abordados no
mundo contemporâneo em qualquer contexto que seja lembrado. Planeja-
mento das atividades diárias tornou-se fundamental para conseguir aten-
der a todas as solicitações da vida: trabalho, família, estudos, etc.
Aos trabalhadores da seara acrescenta-se o serviço ao Reino de Deus e a
Bíblia também trata do assunto tempo, nos aconselhando assim: “Tenham cuida-
do com a maneira como vocês vivem; que não seja como insensatos, mas como
sábios, aproveitando ao máximo cada oportunidade, porque os dias são maus”
(Ef 5:15,16 – NVI). Considerando que o professor da EBD também enfrenta as
mesmas circunstâncias com o fator tempo, o presente trabalho foi desenvolvido
com o objetivo de tornar mais prático e num menor tempo diário o preparo da
aula. Reservando 30 minutos por dia durante 6 dias da semana, penso ser sufi-
ciente para elaborar uma aula com excelência para EBD.1

4.1. Primeiro Dia


4.1.1. Decida dividir a lição em 2 partes
Antes de qualquer atividade para o preparo da lição, procure se orientar
pelo propósito de apresenta-la em 2 partes. Possuindo tal disposição desde o iní-
cio, o planejamento desta divisão se fará mais naturalmente.

Algumas razões para apresentar a lição em 2 aulas são as seguintes:


• O conteúdo de nossas revistas, quando bem explorado é farto. De-
vemos aproveitar o máximo possível.
• O tempo para lecionar é curto. Geralmente uma aula de EBD tem
duração entre 50 a 60 minutos, tempo insuficiente para uma aula que
busque alcançar todos os objetivos de uma lição.
• O objetivo do professor não deve ser o de chegar ao fim da revista
num prazo mínimo, como se a mesma tivesse uma data de validade.
• O uso da revista tem por objetivo facilitar o nosso estudo das Escri-
turas, o que não se esgota em qualquer tempo que se tentar determi-
nar prazo. Trata-se de uma atividade interminável.
• Economia: Ainda que esta não deva ser um procedimento visando
a diminuição de gastos, não obstante, este procedimento resultará em
economia, pois uma revista trimestral se tornaria praticamente se-
mestral, exigindo compra de revistas com menor frequência no ano.

1 - Esse texto é de autoria do Pr. Marcos Manoel Ventura e foi apresentado no Primeiro Encon-
tro Nacional de Educadores na cidade de Sumaré/SP

35
4.1.2. Leia a lição na perspectiva dos seus alunos
A leitura da lição deve ser livre, sem a preocupação de estuda-la, mas ape-
nas com o propósito de conhecê-la e saber de que assunto trata. Leia como se fos-
se o aluno, colocando-se no lugar dele, lembrando-se do tamanho do vocabulário
e do conhecimento bíblico que possui. Leia, assinalando as palavras que julgue
ser necessário maior esclarecimento. Leia também as referências bíblicas indica-
das na lição, conferindo os textos para evitar possíveis falhas na correspondência
dos assuntos. Durante a leitura bíblica, anote textos que requeiram pesquisa.
É essencial que essa leitura não seja feita na perspectiva de professor, pois
talvez nesta condição não precise assinalar nada, caso possua um alto nível de
conhecimento seja da Língua Portuguesa, da Bíblia ou da Teologia. Portanto, não
se esqueça de ler como se fosse os alunos da sua classe, considerando a formação
que possuem.

4.2. Segundo Dia


4.2.1 Consulte num bom dicionário as definições para as palavras
assinaladas na lição.
Não se satisfaça com definições que não eliminam as dúvidas ou defini-
ções vagas que não contribuem para elucidação das palavras. Procure uma defi-
nição que torne familiar para você aquela palavra até então pouco conhecida, de
forma que fique à vontade caso seja indagado sobre a mesma.

4.2.2 Pesquise a respeito das referências bíblicas anotadas na lição


Consulte Bíblias de Estudo, Enciclopédias, Dicionários, Comentários e
Manuais Bíblicos. Recomendamos ao professor que invista numa biblioteca bá-
sica para seus estudos e pesquisas. Entretanto, alertamos para o fato de que a li-
teratura para pesquisa é farta e diversificada, portanto, seja cuidadoso ao adquirir
livros, considerando o segmento teológico professado pela IEAB. Ao pesquisar,
procure esclarecer o texto em estudo, com o mesmo objetivo apresentado no item
anterior, que é tornar familiar o assunto e evite apresentar à classe ideias que ten-
dem a causar polêmica, que não vão contribuir com o propósito da edificação.

4.3. Terceiro Dia


4.3.1 Planeje a lição dividida em 2 aulas: 1ª e 2ª partes.
A leitura realizada no primeiro dia deve contribuir nesta atividade, ob-
servando em que ponto da lição seria mais natural uma divisão. A partir deste
ponto, utilizaremos a “Avivamento – Revista de Estudos Bíblicos nº 10 – Visão
Panorâmica do Velho Testamento” na lição nº 2, “Visão Panorâmica do Livro de
Gênesis” a título de exemplo.

36
IV - Como preparar uma Aula de EBD em seis dias,
utilizando trinta minutos diários
Plano de Aula – Genêsis (Panorâmica)

1ª Parte – História Primitiva – Caps. 1 a 11


2ª Parte – História Patriarcal – Caps. 12 a 50

4.3.2 Elabore seu plano de aula


A. Defina os pontos principais e os subpontos
A própria revista fornece esta divisão dos pontos principais e dos subpon-
tos, mas o professor pode planejar diferente conforme as necessidades dos alu-
nos.
Plano de Aula - História Primitiva
I - Criação III. Dilúvio
1. Céus e Terra 1. Preparativos
2. Homem 2. Como ocorreu

II - Queda IV. Babel


1. Adão e Eva
2. Caim e Abel

B. Descreva o quê sua classe precisa saber sobre cada ponto e subpon-
to, considerando os objetivos da lição.
Esta descrição é breve e objetiva e serve para indicar o que a Bíblia ensina
a respeito daquele assunto, sendo para o professor uma espécie de bússola para
não se desviar do propósito da lição.

Plano de Aula – História Primitiva


I. Criação
Deus é criador de todas as coisas

1. Céus e a Terra
Deus criou os céus e a terra com perfeição

2. Homem
Como Deus formou o homem e a mulher

37
3.4 - QUARTO DIA
3.4.1. Inclua as pesquisas realizadas
Em seus respectivos pontos e subpontos, inclua o resultado das pesquisas
em dicionários e outros recursos realizadas no 2º dia. O ideal é colocar em breves
frases que servirão de lembrete, caso seja necessária sua utilização.

Plano de Aula - História Primitiva

Genêsis (Significados)
1. Gr.: Origem
2. Heb. “Bereshit” - No princípio

I - Criação
Deus é o Criador de todas coisas

1. Céus e a Terra
Deus criou os céus e a terra com perfeição
Gn. 2:2 “...e todo o seu exercíto

3.4.2. Defina as leituras da revista e das referências bíblicas que os


alunos farão
Tendo em mente a finalidade de contar com a participação de todos, sem
provocar o constrangimento dos mais acanhados ou com dificuldades de leitura,
pode ser adotada a seguinte estratégia durante a aula:

→ Peça que cada um leia um versículo seguindo a sequência em que es-


tão sentados, quando o texto for a partir de 3 versículos;
→ Quando for a leitura de um único versículo ou da revista, seguindo
a sequência em que se parou a leitura anterior, peça ao aluno seguinte
continuar.

3.4.3. Elabore perguntas ou comentários visando à participação da


classe
As perguntas a serem elaboradas precisam ter o potencial de provocar
a reflexão antes de responder, de forma a permitir o compartilhamento das opi-
niões. Nesses casos, o professor deve estar preparado para conduzir a classe à
resposta que a Bíblia apresenta quanto à pergunta que foi elaborada.

38
IV - Como preparar uma Aula de EBD em seis dias,
utilizando trinta minutos diários
Plano de Aula - História Primitiva

Genêsis (Significados) - Revista Aluno


1. Gr.: Origem
2. Heb. “Bereshit” - No princípio

I - Criação
Deus é o Criador de todas coisas

1. Céus e a Terra
Deus criou os céus e a terra com perfeição
Gn. 1.1; 1.31; 2.2 - ALUNO
Gn. 2:2 “...e todo o seu exercíto” (ARA)
(NVI): “e tudo que neles há”
(?) Qual foi a avaliação que Deus fez de Sua Criação?
R.: MUITO BOM
(?) O que significa isso para você?
R.: Livre
Comentário: Deus Criou tudo com perfeição - Um mundo perfeito.

3.5. QUINTO DIA


3.5.1. Prepare a sua conclusão
3.5.1.1 Resumo

A conclusão é uma descrição breve do que foi exposto em aula com o


objetivo de conferir o que aprendemos e averiguar a possibilidade de ainda haver
alguma dúvida diante do exposto.

Plano de Aula - História Primitiva

Conclusão
1. Resumo
* Deus criou todas as coisas com perfeição
* A perfeição se acabou com a Queda do homem
* Deus exerceu Seu juízo com o Dilúvio salvando apenas Noé e sua
familia
* O homem voltou a falhar com a Torre de Babel

39
4.5.1.2. Aplicação

A aplicação deve ser encarada como o principal motivo de todo o nosso


esforço em preparar com excelência uma aula e lecionar, pois a sua ausência tor-
na a aula apenas informativa. A aplicação de uma aula corresponde ao apelo de
um sermão. Na aplicação encorajamos a classe a praticar o que foi estudado no
seu cotidiano, o que vai transformar a sua vida na medida em que assim o fizer.

Plano de Aula - História Primitiva

Conclusão
1. Resumo
* Deus criou todas as coisas com perfeição
* A perfeição se acabou com a Queda do homem
* Deus exerceu Seu juízo com o Dilúvio salvando apenas Noé e sua
familia
* O homem voltou a falhar com a Torre de Babel

2. Aplicação: (O que devemos fazer?)


* Louvor a Deus Criador
* Temor através da obediência a Deus

4.5.1.3. Prepare a introdução

A introdução de uma aula precisa ser pensada como aquele momento do


despertar e atrair a atenção da classe para o assunto a ser abordado. O contexto
em que vivemos como fonte de elementos para a introdução é uma excelente
opção, pois se trata de ambiente familiar à classe, em que todos podem participar
livremente. Jesus utilizou esse expediente através das parábolas.
O contexto pode ser explorado em duas áreas diferentes:
→ A vida pessoal e cotidiana dos alunos;
→ A sociedade e o mundo em que os alunos vivem.

Ao selecionar assuntos para serem usados na introdução da aula, considere


que todos atualmente têm acesso à informação através de diversos meios de
comunicação e que o nível de formação intelectual vem se tornando cada vez
mais alto, tornando-se assim grandes aliados na troca de ideias.

40
IV - Como preparar uma Aula de EBD em seis dias,
utilizando trinta minutos diários
Plano de Aula - História Primitiva

INTRODUÇÃO:
1. A teoria da Evolução
→ Uma rápida descrição
? Alguma experiência pessoal de conforto?

2. A Bíblia nos ensina:


→ A criação de Deus
→ A História Primitiva da Humanidade

4.6. Sexto Dia

4.6.1. Revisão
A última parte na preparação prática da aula se reserva para o trabalho de
revisão, que serve para fazer uma espécie de teste, verificando se tudo está em
ordem e também para os últimos ajustes.

4.7. Considerações Finais


Esta prática no preparo de uma aula de EBD proporciona algumas
vantagens ao professor:
1. Segurança e certeza de tarefas específicas para aquele determinado
dia. O professor sabe o que vai fazer
2. Tempo reduzido para preparar a aula, facilitando reserva-lo num
período mais propício para o professor
3. Tarefas que contribuem no enriquecimento da lição
4. Planejamento mais objetivo e simples.

Trata-se de privilégio sem igual para qualquer pessoa ter a oportunidade


de lecionar a Palavra de Deus. Na mesma proporção, também é uma tarefa
de enorme responsabilidade, o que requer temor de Deus, dedicação, zelo e
disposição para apresentar à classe uma aula com excelência, com vistas ao
crescimento no conhecimento de Deus e de Sua Palavra.

41
42
V - Os Oficiais da
Escola Dominical
5.1. O PROFESSOR DOS PROFESSORES
(SUPERINTENDENTE)
O Superintendente é um chefe diretamente subordinado ao Assessor de
Educação do Campo Eclesiástico. Ele lidera um grupo e suas responsabilidades
na escola, se dividem em quatro partes:
1ª. Parte – Da abertura da EBD até a separação das classes, que ocorre
da seguinte maneira: a. ser o primeiro a chegar na EBD; b. obedecer o horário de
abertura da EBD; c. fazer abertura com oração; d. cantar hinos (no máximo dois);
e. fazer a chamado dos Oficiais; f. fazer apresentações dos oficiais e visitantes e
g. fazer separação das classes.
2ª. Parte – Seguindo alguns critérios básicos: a. supervisionar todas as
classes; b. examinar os materiais que estão sendo usados. C. examinar se os
professores estão dentro do padrão; d. examinar os livros de relatórios e chamada
do aluno; e. tomar nota dos alunos ausentes para visitá-los; f. examinar se há
algum aluno vocacionado para o ensino e informar o Assessor de Educação para
que ele tome as devidas providências treinando-os para assumir sua vocação.
3ª. Parte – De suas responsabilidades: a. tomar lugar á mesa; b. passar
a palavra para o (a) Secretário (a) para a leitura do Relatório. c. saber se há
aniversariante(s) e orar por eles, se houver. d. dar os avisos e exortar os alunos a
voltarem na próxima aula. E, dar o término na hora certa.
4ª. Parte – Após o final da aula: Comunicar com todos os alunos, dando
atenção a cada um. Ser comunicativo.

O (a) Superintendente deve entregar na data correta o Relatório Trimestral


ao Assessor de Educação ou ao Pastor quando por eles solicitado. Ele deve ser
o primeiro a chegar na EBD; providenciar acomodações nas classes, para o
desenvolvimento da escola, como também os respectivos materiais; orientar os
professores e ajuda-los, quando por eles solicitado; substituir e preencher vagas,
quando necessário; visitar os alunos da EBD, incentivando sua participação;
informar ao Assessor de Educação, com bastante antecedência, o término das
revistas e qual revista é a utilizada, bem como outros materiais da EBD.

5.2. SECRETÁRIO (A) DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.


Não Basta fazer a chamada dos alunos e marcar presença ou ausência, ou
fazer o Relatório Geral. É importante que se saiba todas as obrigações: 1. Cuidar
dos livros de relatórios, conserva-los em perfeito estado. 2. Anotar na sobrecapa
dos livros de chamadas, as datas de aniversários, e lembra-las ao Superintendente,
para que este possa orar pelos aniversariantes e entregar um cartão padronizado

43
do Campo para o mesmo. 3. Ser um (a) cronometrista, tocando a campainha na
hora certa e fazendo a leitura do Relatório Geral. 4. Após o término, entregar ao
tesoureiro as ofertas da EBD. 5. Preparar o Relatório Trimestral, juntamente com
o Superintendente.

Veja o exemplo abaixo:


Em Janeiro tivemos 60 alunos matriculados. Em fevereiro 65 e em Março
70. O total da soma resulta em 195, este número deve ser dividido por 3 e o
resultado obtido, no caso 65 é a média dos alunos matriculados nos últimos três
meses.
Assim sucessivamente, os presentes, ausentes, ofertas, etc. Vejamos
ainda a porcentagem dos totais de presentes: Temos 64 alunos matriculados
mas, compareceram somente 48. Devemos multiplicar os presentes por cem e
dividir o resultado por 64, o total obtido, aqui no caso 75, será a porcentagem dos
presentes. Neste exemplo a porcentagem foi de 75 %.
Sempre que houver necessidade do Secretário (a) falta na EBD, ele (a)
deve avisar ao Superintendente antecipadamente para que o mesmo se previna
com um substituto, salvo se for uma necessidade de última hora, que não der
tempo de avisar. Deve deixar os livros de relatório em lugar que poder ser
encontrados, caso venha a faltar sem aviso.

44
VI - Análise dos conceitos
dos Professores
6.1. Análise dos conceitos dos professores
Para analisar-nos o professor e seus conceitos temos que observar os
seguintes itens:

1º. Família.
Ele deve ser o professor da família, como diz as Escrituras: “Ensinai-as
[as Escrituras] a vossos filhos falando delas assentados em tua casa, e andando
pelo caminho, e deitando-te e levantando-te, e escreve nos umbrais de tua casa
e nas tuas portas”. Dt 11:19-20. Diz ainda que o professor da família, quando
obedece a Palavra de Deus, está trazendo os dias dos Céus à Terra. V. 21.
2º. Vida Espiritual
Ele deve fazer do lar um verdadeiro santuário, onde são oferecidos a Deus
louvores e ações de graças, tornando-se o sacerdote de sua família.
3º. Empreendimento
Ele deve ser um planejador, elaborador, para que possa ser visto como um
grande personagem, com bastante conceito, em primeiro lugar no seio da família.
Partindo destes princípios, deve ser o exemplo de fidelidade, testemunho,
comportamento, como um verdadeiro cristão, levando a Palavra de Deus.

As qualidades exigidas para um Professor dinâmico são:

1. Crescimento Espiritual
O crescimento espiritual deve ser constante na vida do professor. Lemos
em 2 Pe 3:18 ;”Antes crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor
Jesus Cristo”. Para crescer no conhecimento, é só através do estudo da Palavra,
acompanhado de oração. Através do estudo da Palavra de Deus e oração, há
manifestação dos frutos do Espírito (Gl 5:22), fazendo-nos renunciar a velha
natureza, tornando-nos crucificados com Cristo. Gl 5:20
Quando o fruto do Espírito começa a manifestar em nossas vidas, promove
um crescimento real. Gl 5:16-17; 22-23. A Bíblia diz: “Frutificando e crescendo
no conhecimento de Deus” (Cl 1:10). Quem exerce um dom ministerial tem
que crescer em Cristo que é a cabeça (Ef 4:14-15). A falta de amadurecimento
espiritual traz um grande prejuízo, pois a Bíblia diz que não se deve separar
“neófito” para o ministério (I Tm 3:6). Vemos alguns exemplos bíblicos em Ec
10:16; Is 3:4, 5 e I Co 13:11. O rei Roboão, ainda menino, deixou ser levado por
conselho de amigos de infância, procedeu imprudentemente, acabou dividindo o
reino. I Rs 12:13-14.

45
2. A maturidade espiritual
“Bem-aventurada a terra cujo rei é filho de nobre.” Ec 10:17. Um líder
espiritual que é maduro é um verdadeiro pai (I Co 4:15). Ele pode suportar os
fracos (Rm 15:1, 2). Está disposto a sofrer pela salvação das almas. São homens de
responsabilidade (I Ts 2:7-11; 3:1, 2). Eles não são como avestruz que abandona
seus ovos na terra. Jó 39:13-18. Todos os obreiros que soam maduros têm o seu
trono firmado em Pv 16:12 e 29:14.
Os professores devem ser maduros, e isso leva tempo, não acontece de um
dia para o outro. Todos devem falar uma mesma coisa, não deve haver divergência
no ensino, todos devem aprender numa mesma fonte e viver unidos. Salmo 133.
O Apóstolo Paulo diz: “Completai o meu gozo para que sintais o mesmo amor, o
mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa”. Fl 2:2. Cada professor deve dedicar
sua vida ao ensino da Palavra de Deus. Paulo exorta para o aperfeiçoamento dos
santos, para a obra do ministério, para a edificação do Corpo de Cristo (Ef 4:12),
até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento de Cristo, Varão
Perfeito, á medida da estatura completa de Cristo. Ef 4:13. Observe também I Co
1:10.

6.2. Apresentação da lição.


Há três pontos importantes para o professor observar, na transmissão da
lição:

Bíblia

Revista Plano de Aula

A Bíblia não pode ser substituída por qualquer livro de estudo ou revista.
Ela é o melhor guia de estudo bíblico.
A Revista de Estudos Bíblicos tem alguns pontos importantes a serem
observados:

46
VI - Análise dos conceitos
dos Professores
1. Tema da Lição ou assunto da lição.
2. Esboço da Lição.
3. Introdução Geral.
4. Leitura Diária.
5. Cena da Lição.
6. Aplicação Geral.
7. Aplicação Pessoal
8. Recursos Pedagógicos.
9. Sugestões para o Quadro Negro.
10. Versos para decorar.

O Plano de Aula é um cronômetro. Ele nos dá as devidas orientações


seguras nas transmissões da aula, e faz o professor se sentir seguro, alcançando o
alvo desejado.

6.3. Como o professor deve se apresentar diante dos alunos em classe


1. Com traje decente.
2. Com sua Bíblia na mão.
3. Com sua Revista de Estudo e outros materiais usados na ED.
4. Com seu Plano de aula já preparado de antemão.
5. Com um semblante alegre.

Antes do início da EBD temos um período o qual chamamos de


PREÂMBULO. É o período que antecede a abertura da EBD. Deve ser no
mínimo de 10 minutos. Deve ser aproveitado para pregar o Evangelho ás pessoas
não crentes que estão presentes, aguardando o início, deve-se conversar com
eles, dando-lhes melhor atenção, mostrando ser o professor ideal, dinâmico,
convidando para estar novamente no próximo domingo, e ele é um convidado
especial.

6.4. Experiência do professor


Há dois tipos de experiência: 1. Experiência Real e 2. Experiência Teórica.
A Experiência Teórica, consiste apenas em ver alguém fazer o trabalho, enquanto
na verdade deveria fazer o trabalho junto com alguém. O professor é responsável
pelo ensino diante desta geração e da futura. Deus o requer porque foi uma ordem
de Jesus Cristo. Mt 28:19

47
48
VII - AS TÉCNICAS UTILIZADAS
NO ENSINO
7.1. A Preleção
A Preleção é a apresentação de uma lição por meio de discursos ou
conferência didática, envolvendo exposição do assunto, observações e explicações
quando necessárias visando esclarecimento.

7.1.1. Princípios para a sua utilização.


A capacidade de falar diante das pessoas: O professor deve estar atento ao
emprego eficaz de sua voz e da velocidade correta para discursar para adaptar-se
as variáveis reações dos alunos.
Preparação eficiente da matéria a ser apresentada: O professor não deve
limitar-se quanto à quantidade de recursos que possam ser utilizados na pesquisa
visando enriquecer a argumentação para exposição da matéria.
A forma de apresentação: O preparo da matéria unido à capacidade de falar
do professor resultará num primeiro passo positivo na forma de apresentação. Os
passos seguintes estão relacionados à capacidade de atrair e prender a atenção do
aluno a fim de que ocorra a aprendizagem.

7.1.1.1. As vantagens
Melhor aproveitamento do tempo: Com a matéria previamente preparada,
o professor tem controle dos assuntos a serem discutidos.
Organização sistemática e lógica: Uma vez que o professor prepara a
matéria ele tem oportunidade de organizá-la, identificando pontos principais e
secundários.
Apropriado a classes grandes: O número elevado de alunos impossibilita a
utilização de debates, de perguntas e outros, tornando a preleção mais conveniente.
Conveniente para a introdução de outros métodos: No início de um debate,
de uma demonstração ou outros, a preleção é praticamente indispensável.
Compensador na falta de professor: Quando há um número elevado de
alunos que impossibilita a divisão por classes devido a falta de professores, a
preleção torna-se a melhor saída.
Utilização da palavra falada: O poder de impressionar da palavra falada
é maior do que a palavra impressa, devido ao fator emocional que a voz possui e
que a letra não possui.
A influência do professor: Um professor de valor reconhecido pelos
alunos possibilitará um poder de influência maior na preleção.

7.1.1.2. As desvantagens
Participação mínima do aluno: Geralmente não há tempo suficiente para

49
averiguar o acompanhamento dos alunos quanto ao raciocínio desenvolvido pelo
professor.
Ignora a variação de assimilação do aluno: Numa classe com um número
elevado de alunos é óbvio que numa preleção, um grupo terá maior poder de
compreensão que outro.
Exige um professor capacitado para falar em público.
Menor preparo do aluno para a aula: Uma vez que a preleção tem a
tendência de explicar o máximo possível o assunto exposto, não exige do aluno
uma prévia preparação.
Possibilidade de monotonia: A utilização indevida deste método unida a
uma falta de preparo pode tornar a preleção algo monótono.

7.2. Pergunta e resposta


O método de Pergunta e Resposta consiste na elaboração de perguntas
feitas pelo professor que são dirigidas aos alunos, visando desperta-los para pensar,
refletir, assimilar e expressar, obtendo o interesse necessário para aprendizagem
da matéria.

7.2.1. Princípios para elaboração das perguntas.


De fácil entendimento: A pergunta deve ser elaborada de tal forma que na
primeira vez ao ser dirigida aos alunos, eles compreendam claramente o que o
professor deseja na resposta. Exemplo: Forma incorreta: “O que Herodes era?”;
Forma correta: “Que posição governamental Herodes ocupava na Judéia?”
Ao alcance do nível de conhecimento dos alunos: O professor deve
estar atento á quantidade de informações que seus alunos possuem. Exemplo de
desatenção a este princípio: Pergunta feita a uma classe de crianças da EBD: “o
que significa hamartiologia?”
Em ordem sistemática e lógica: As perguntas devem ser feitas seguindo-
se um raciocínio tal que venha atingir o objetivo desejado.
Para toda a classe: Ao se fazer as perguntas, o professor deve se dirigir à
classe a fim de que todos se mantenham atentos. Quando se dirige a apenas um
aluno, a tendência dos demais é distraírem-se.
Em tom de conversa: Quando se faz a pergunta como alguém que recita
algo decorado ou se lê a pergunta, o provável resultado é a desatenção. As
perguntas devem ser feitas como uma conversa entre amigos.
Com o propósito de induzir os alunos a pensarem: As perguntas que são
feitas devem estimular o pensamento dos alunos a fim de expressarem a resposta.
Exemplo de pergunta que não estimula o pensamento: “O que foi colocado
sobre a cabeça de Jesus na crucificação?” Exemplo de pergunta que estimula o
pensamento: “Por quê foi colocada uma coroa de espinho na cabeça de Jesus?”

50
VII - AS TÉCNICAS UTILIZADAS
NO ENSINO
7.2.1.1. As vantagens
Possibilita a identificação do grau de conhecimento dos alunos: As
respostas que são apresentadas ao professor, proporciona a ele a oportunidade de
verificar o grau de conhecimento dos alunos a respeito de determinado assunto.
Permite a livre expressão dos alunos: O aluno, ao responder, expressa os
seus pensamentos e idéias pessoais.
Possibilita a identificação de compreensão incorreta da lição: A partir das
respostas que são apresentadas, é possível encontrar pontos de compreensão ou
de apreensão inexata do assunto por parte do aluno.
Maior contato entre professor e aluno: É um meio de proporcionar
momentos de intimidade entre o professor e o aluno.

7.2.1.2. As desvantagens
Respostas de forma mecânica: Isto pode ocorrer quando o professor faz
perguntas que não estimulam o raciocínio dos alunos, isto é, que não leva a refletir
sobre a pergunta para dar a resposta.
Embaraços: Devido a quebra de princípios para utilização das perguntas,
podem trazer dificuldades para que o aluno responda.
Possibilidade de tornar-se um interrogatório: O uso demasiado das
perguntas não proporciona a aprendizagem, levando os alunos a se sentirem num
interrogatório e, não numa aula.
Possibilidade de tornar-se cansativo: Perguntas feitas com o objetivo
de recapitular um assunto demasiadamente conhecido tornam as perguntas
monótonas e cansativas.

7.3. O debate
O Debate é a reunião de um grupo de pessoas para partilharem experiências,
informações e opiniões a respeito de um assunto em questão, com a finalidade de
chegarem a uma conclusão ou decisão definida a respeito do mesmo.

7.3.1. Princípios para a realização de um debate


O assunto em questão deve estar relacionado com os alunos: Antes de
iniciar um debate, o professor deve esforçar-se no sentido de demonstrar á classe,
o quanto se relaciona o assunto com eles, isto lhes causará o interesse suficiente
para se envolverem no debate.
Deve ser orientado para um determinado propósito: o debate deve
contribuir para o desenvolvimento da matéria.
Tempo suficiente: O debate envolve uma livre troca de ideias, opiniões,

51
etc. Sendo assim, para que haja livre participação da classe é necessário um
espaço de tempo para isso.
Liberdade de opinião: Para que ocorra um debate eficiente. É preciso que
haja respeito quanto á opinião de cada aluno e ao mesmo tempo haja abertura
para novas concepções a respeito do assunto em questão.
Imparcialidade: A finalidade de um debate entre os alunos deve ser o de
descobrir a verdade, portanto, deve haver cooperação mútua neste sentido. A
atitude incorreta é a defesa de uma ideia já preconcebida e o preconceito.
Possuir um líder capacitado: um líder que saiba estimular e orientar a
reflexão acerca do assunto em questão, servirá para manter o debate em andamento
na direção certa.
Preparação adequada dos alunos: Uma vez que um debate consiste na
troca de idéias, informações, é essencial que os alunos obtenha-os previamente.

7.3.1.1. As vantagens
Inventivo à participação: Tanto o professor como os alunos sentem-se
estimulados a se envolverem na questão.
Motivação à auto-expressão: Os alunos sentem liberdade para expressarem
suas idéias e opiniões pessoais, para partilharem suas experiências.
Proporciona uma visão múltipla, fatalmente resultarão na consideração
do assunto sob diversos ângulos.

7.3.1.2. As desvantagens
Perigo de divagação: Sem o cuidado e a habilidade necessários ao
professor para orientar o debate, pode ocorrer desvios do assunto em discussão.
Motivação à auto-expressão: Os alunos sentem liberdade para expressarem
suas idéias e opiniões pessoais, para partilharem suas experiências.
Tendência do professor dominar a discussão: Se o professor não ter claro
em sua mente o seu papel de orientador no debate, provavelmente ele dominará
o debate, limitando a liberdade de expressão nos alunos.
O professor limitar-se ao arbítrio: Ao contrário do item anterior, pode
ocorrer a ausência do professor na discussão, resultando em falta de orientação
para o debate.
Requer maior preparo do professor: A fim de que a discussão seja dirigida
adequadamente, exige-se do professor mais capacidade, recursos e preparação do
que qualquer outro método.

52
VII - AS TÉCNICAS UTILIZADAS
NO ENSINO
7.4. O Projeto
O método de ensino denominado “projeto” é um empreendimento em
que os alunos se propõem a trabalhar em conjunto na realização de um plano que
lhes seja de seu interesse, visando um objeto real e que possua valor tanto para o
ensino, como para a vida prática.

7.4.1. Princípios para a implantação de um Projeto


Originar-se através dos alunos: Quando isso ocorre, o interesse por parte
dos alunos será maior, o que reduzirá o perigo do projeto ser abandonado antes
de sua conclusão.
Planejamento: Os procedimentos para a implantação, bem como para
realização do projeto, deve ser feitos preferencialmente pelos alunos. O professor
deve se limitar na posição de orientador.
Execução: Uma fez feito o planejamento, o próximo passo é colocá-
lo em prática. Os erros durante a execução servirão como uma fonte para a
aprendizagem.
Cooperação: Para que o projeto seja algo interessante a todos, é necessário
o equilíbrio na divisão das tarefas, evitando a sobrecarga em alguns e ociosidade
em outros. Isto contribuirá para que haja cooperação mútua.
União: Embora as tarefas estejam divididas, deve ser evitada a atitude
“cada um por si”. É importante que haja a preservação da ideias de um trabalho
conjunto.
Avaliação: Com a conclusão do projeto, a classe se reúne para averiguar
os resultados obtidos e compara-los com os objetivos pretendidos. Geralmente
nesta reunião encontra-se os motivos de alguns alvos não terem sido alcançados e
encontra-se o meio pelo qual deveria ter sido feito. Neste ponto do projeto ocorre
a aprendizagem

7.4.1.1. As vantagens
Alto grau de motivação e interesse: Um plano originado e elaborado
pelos próprios alunos criará a motivação e interesses suficientes para que seja
executado e resulte em aprendizagem.
Desenvolvimento de atitudes positivas e virtudes: desde que seja
preservada a visão de um trabalho conjunto, as atividades em grupo desenvolverá
nos alunos: cooperação, iniciativa, responsabilidade, perseverança, tolerância,
respeito, etc.
Maior possibilidade de aprendizagem: proporciona maiores oportunidades
de ocorrer aplicação prática do que foi ensinada teoricamente em sala de aula.

53
Isto aumenta as possibilidades de ocorrer a aprendizagem da matéria.
Desenvolvimento de capacidades: Proporciona maiores oportunidades do
aluno demonstrar seu potencial e desenvolve-lo.

7.4.1.2. As desvantagens
Perigo de se enfatizar demasiadamente a atividade: O Projeto pode vir
a ser uma finalidade em si mesma, ignorando-se seus propósitos, motivações,
conceitos, resultando em pouca aprendizagem.
Exige-se um maior gasto de tempo: Geralmente, a maior parte do projeto
é desenvolvida fora da sala de aula, requerendo da parte do professor e do aluno
maior desprendimento do que outro método.
Pode ser custoso: A implantação pode requere a compra de recursos.
Perigo de desinteresse: Á medida que o plano for desenvolvido, o interesse
no projeto pode ser perdido, surgindo o risco de deixar a tarefa incompleta.

7.5. A narrativa
Narrativa é o conto de uma história nas próprias palavras do professor ou
do autor para transmitir a lição propriamente dita, como é usado frequentemente
entre as crianças, ou como ilustração, ou ainda como introdução de uma palestra
ou debate.

7.5.1. Princípios para uma narrativa eficaz.


Seleção da história: A história a ser utilizada pelo professor deve conter
os seguintes elementos:
Sequência progressiva de fatos que desperte o interesse dos alunos pelo
desenrolar da história;
Uma verdade, princípio ou moral a ser aplicado;
Além deste elemento que devem ser observados, o professor precisa ainda
levar em consideração: O propósito para o qual será usada; a idade dos alunos
que ouvirão; a quantidade de ação na história; a apreciação pela história.
Consciência da seqüência correta da história: O professor deve fazer uso
de quatro passos para o desenvolvimento lógico de sua narrativa: introdução breve
e atraente; sucessão de fatos que se dirijam a um ponto principal; ponto principal
onde ocorre o clímax e conclusão geradora de conceitos a serem aplicados.
Preparo adequado da história: Os personagens, os fatos de uma narrativa
devem estar gravados na mente do professor, não de uma forma que o leve a
recitar a história diante dos alunos, mas de maneira que ela esteja viva em sua
mente.
Emprego de recursos para a narrativa: Concentração na história; atenção á
reação dos alunos; visualização mental dos personagens e dos fatos; gesticulação,
expressão do rosto e do olhar, tom de voz e entusiasmo.

54
VII - AS TÉCNICAS UTILIZADAS
NO ENSINO
7.5.1.1. As vantagens
Desperta a curiosidade e o interesse: Uma história que leve em consideração
os princípios apresentados prende a atenção dos alunos com a maior facilidade.
Percepção clara dos verdadeiros valores da vida: Através da história,
virtudes e verdades que seriam dificultosos para explicar e explana-la, tornam-se
claras quanto ao seu valor e significado.
Desperta a mente do aluno para a reflexão da história: Uma prioridade para
que ocorra aprendizagem é levar a mente do aluno e pensar sobre um determinado
assunto. A história freqüentemente obtêm este efeito entre os alunos.
Proporciona um estado de prontidão para a lição: A curiosidade e o
interesse despertado durante a narrativa da história gera prontidão entre os alunos
para o aprendizado.
Possui lições e aplicações intrínsecas: A história traz em seu conteúdo a
sua própria lição, da qual surge sua própria aplicação.
Maior facilidade de ser relembrada: Conceitos, definições, etc., são
gravadas na mente do aluno com menos esforço quando feito através de uma
história.

7.5.1.2. As desvantagens
Tendência a produzir passividade: Quando usada demasiadamente, o
aluno tende a embaraçar-se quando diante de situações que exijam análise dos
fatos, podendo ocorrer a sua condução por terceiros à solução do problema.
Perigo de tornar-se mero divertimento: Devido à habilidade do professor
em contar histórias, pode surgir entre os alunos o desejo de somente ouvir as
histórias, desinteressando-se pelo estudo da lição.
Distração do fato central da lição: A ênfase demasiada à história pode
distrair o aluno quanto ao assunto que está sendo estudado.
Dificuldade em proporcionar liberdade de expressão: Como a história
normalmente tem sua própria lição e sua própria aplicação, pouco resta ao
professor ou ao aluno para acrescentarem algo com suas próprias palavras.

55
56
VIII - Organização de
planos de aulas
8.1. Função do Plano de Aula.
O Plano de aula, como o nome está indicando, é um projeto que deve ser
realizado na Escola. É uma síntese de ideias, um traçado da atividade docente, um
resumo-guia do trabalho. Não é definitivo, inflexível, rígido. Pode ser alterado
depois de sua experimentação. Pode ser ampliado, retificado. Deve ser revisto
após o trabalho, em virtude das sugestões da experiência.
O Plano de aula é a expressão das ideias pedagógico-didáticas de seu
autor, e serve para mostrar a sua orientação docente e o conhecimento que tem da
situação escolar.
O Plano de aula é o atestado da capacidade de criar atividades no ensino,
de provocar interesses, de despertar iniciativas. Assim compreendido, todos os
planos de aula são projetos, que devem sofrer modificações, de acordo com a
experiência. É um traçado ideal de trabalho.

8.2. Os elementos do Plano de Aula


Sendo assim conceituado, o plano deve apresentar ordenadamente a
marcha da atividade docente e ter em conta os diversos elementos da aula, a saber,
alunos, matéria, material, meios auxiliares, objetivos de trabalho, métodos e
processos, avaliação de resultados, registro, etc. Deve, pois, articular o complexo
da situação aula como um todo, ligando as partes desse complexo.
O Plano de aula deve ser a expressão de convicções pedagógicas
fundamentadas e não pode ser nunca um conjunto arbitrário de ideias e de
teorias. Deve, pelo contrário, refletir conhecimento seguros do mestre, sua
experiência pedagógica, capacidade executiva e cultura. Assim, o Plano precisa
de fundamentos claros e persuasivos, hauridos da Psicologia, da Pedagogia, da
Sociologia e outras ciência básicas, na educação. Todas as ideias nele apresentadas
devem ser defendidas.

Observe:
a) O plano deve considerar os valores educativos da atividade da aula
que ele projeta. Não deve haver aulas deseducativas da atividade da aula que ele
projeta. Todas precisam educar o aluno sob todos os aspectos. A instrução, as
habilidades proporcionadas aos alunos, deve servir à educação.
b) Nenhum plano de aula deve ser elaborado com perguntas e respostas.
É sempre plano artificial o que apresenta dialogação entre professor e alunos. Ele
deve trazer apenas a orientação do trabalho.
c) O plano deve apoiar-se em princípios pedagógicos seguros, para que a
aula não se converta em simples movimentação de alunos.

57
d) A aula pode ser dada ao ar livre, em barracões, em salas específicas.
Observar as condições desses ambientes.
e) Os alunos podem ser selecionados, ou não selecionados. A classe pode
ser mista ou de um só sexo; numerosa ou reduzida, etc.
f) O professor deve declarar a matéria e o assunto da aula: se é matéria
inicial, revisão, exercício, trabalho, e do que se trata.
g) Declarar se usará material, que tipo de material; por que fará uso do
material e quais os objetivos de seu emprego. Indicar outros meios auxiliares do
ensino: ilustração, desenho, projeções, etc.
h) Citar os objetivos gerais e especiais que pretende alcançar na aula.
i) Indicar claramente os métodos e os processos adotados e justificar a
sua adoção. Dizer como trabalharão os alunos: isoladamente, em cooperação por
equipes, por autodireção, em pesquisa, na biblioteca, na coleta de material, etc.
j) Dizer como serão dirigidos os alunos e o papel do professor na aula.
l) Apontar os exercícios (dar modelo), que serão feitos na aula.
m) Dizer como pode avaliar o trabalho escolar: notas, pontos, etc.

8.3. EXEMPLO DE PLANO DE AULA

ESCOLA BÍBLICA
Localidade: São Paulo/SP
Ano: 2009.
Curso: Básico
Disciplina: Período Interbíblico
Professor: Aloisio T. Rodrigues da Silva
Assunto central
Persas e Gregos.
Duração provável
45 minutos.
Objetivos.
Apresentação:
Levar ao conhecimento da classe uma idéia geral da aula. 5 minutos.
Aprendizado da matéria. 35 minutos.
Integração:
Fixar a matéria através de exercício oral. 5 minutos.
Conteúdo
A – O Domínio Persa.
B- O Período Grego.
Procedimentos
A aula será ministrada de forma oral e escrita.

58
VIII - Organização de
planos de aulas
Recursos
Quadro-negro.
Giz
Apostila.
Avaliação
A avaliação será feita no final do Curso através de prova em forma de
teste.

59
60
IX - Jogos

Ao pensarmos nos jogos a desenvolver com um grupo de crianças é


importante considerar alguns pontos básicos que tornarão possível aproveitar ao
máximo este meio tão aceito pela criançada que é a brincadeira.

Saber adaptar o material


É preciso considerar:
A idade das crianças. O interesse de uma criança de 5 anos é muito
diferente do de uma de 12 anos.
A quantidade. A dinâmica obtida num grupo de 10 crianças será diferente
da de um de 30.
O local. Os jogos a serem desenvolvidos ao ar-livre serão bem diferentes
dos executados num local fechado e reduzido.
O clima. Em tempo frio, impõem-se os jogos ativos, em compensação um
calor sufocante pede jogos calmos.
O tempo disponível. Preparar o programa e o material com antecedência.
Você já sabe a idade e quantidade aproximada de crianças que terá que orientar,
assim como o local e o tempo que disporá. Prepare o programa considerando: a
curva de intensidade do programa, ou seja, variar entre jogos ativos e calmos,
indo dos mais simples aos mais complexos. Qualidades que deseja que o grupo
adquira ou desenvolva: atenção, observação, imaginação, presença de espírito
ou, ainda, agilidade, relaxamento, velocidade, destreza, etc. A falta do material
necessário na hora certa pode prejudicar o melhor programa já elaborado, ex.:
bolas, giz, lápis, papel, tesoura, barbante, etc.
Saber criar a dinâmica. Um ambiente espontâneo e descontraído é um
dos principais alvos a serem alcançados num programa de jogos e brincadeiras.
Para isso você deve ser espontâneo e usar de toda a sua imaginação e fantasia
na maneira de propor, sugerir ou apresentar os jogos. Se está percebendo que
um determinado jogo não está sendo aceito, que está sendo difícil de obter a
colaboração, não hesite em passar para outro muito naturalmente.
Observe as crianças durante o jogo. Muitas observações interessantes
podem se obter, no decorrer de uma partida, sabendo dirigi-la e ver o comportamento
dos jogadores, suas reações. Será fácil conseguir discernir os bons jogadores,
aqueles que se dão inteiramente, e, ao contrário, os de mau caráter, que discutem
a toda hora. Os trapaceiros que procuram ajeitar as regras, os briguentos que
julgam sempre ter razão, os orgulhosos que a qualquer preço querem ganhar e
não sabem perder. Os tímidos que não ousam manifestar-se, os medrosos que
não agem por receio de encontrões ou de quedas, os impulsivos que devem ser
moderados, os passivos, que é preciso encorajar e empurrar, os brutos a quem é

61
necessário ensinar a dirigir e a utilizar bem o excesso de vitalidade. Os sonhadores
que vivem no mundo da lua.
Sistemas usados para sancionar. Os mais usados são os seguintes:
Eliminações: É o sistema mais sumário - todo jogador que comete um erro ou
não realiza a ação pedida, é eliminado. Assim permanecem os mais hábeis, os
mais desembaraçados, os mais ágeis. No entanto, aqueles que se enganam, ficam
silenciosos ou agem fora de tempo, teriam justamente maior necessidade de
se exercitar e de jogar. Saindo do jogo perdem a possibilidade de treinar e de
progredir. Com esse sistema dificilmente poder-se-á despertar neles confiança
em suas possibilidades. Outro inconveniente é que se o jogo se prolongar um
pouca mais, os eliminados procurarão certamente compensar a sua inatividade
provocando desordem ou começam a criticar os colegas que permanecem jogando.
Será conveniente adotar este sistema só quando dispuser de pouco tempo e quiser
terminar o jogo o mais rapidamente possível. Pontos negativos: a todo jogador
que se engana, falha em seu objetivo ou é atingido pela bola, atribui-se um ponto
de penalidade. Os jogadores que totalizarem o menor número de penalidades, no
fim da partida, são proclamados vencedores.
Prendas: Aquele que se engana entrega uma prenda (um objeto qualquer).
No final deve, para recuperar essa prenda, executar uma prova imposta pelo
orientador: vencer certa distância num pé só, de gatinhas ou em marcha à ré; saltar
sobre um obstáculo, apanhar de vezes a bola, etc. Não se trata de um castigo,
pelo contrário deve escolher provas que obriguem os jogadores, portadores de
prendas, a praticar os exercícios em que se mostrem fracos ou desajeitados para
ajudá-los a suprimi-los ou atenuá-los o mais rapidamente possível.

Sugestão de jogos:

9.1. Bola no túnel. Formar duas fileiras de crianças com as pernas abertas.
A primeira da fila segura uma bola nas mãos; a um sinal, joga a bola para trás
entre as pernas das crianças. Quando a bola chegar lá atrás, o último da fila pega
a bola e corre para frente e joga novamente para trás e assim sucessivamente,
até que o jogador inicial se torne o último da fila. Quando este pegar a bola deve
levá-la até o orientador indicando assim qual a equipe que ganhou.

9.2. Pega-pega. Uma turma de crianças começa a correr cada uma para
um lado, enquanto que uma outra criança tenta pegá-las. A criança que ela pegar,
sai fora da brincadeira, e assim vai sucessivamente. O que ficar por último será o
vencedor.

62
IX - Jogos

9.3. Esconde-esconde. Uma criança fica virada contra a parede e conta


até 20, com os olhos fechados. Enquanto isso, as outras crianças se escondem
em lugares diferentes. Assim que acabar de contar, vai procurá-los. O primeiro
que ele achar será o novo procurador, quando os outros forem encontrados e
começaram a brincadeira novamente.

9.4. Passa anel. Um grupo de crianças sentadas fica com as duas mãos
juntas quase fechadas. Enquanto que uma outra, com um anel escondido em suas
mãos, também quase fechadas, vai passando de um a um, fingindo que vai deixar
cair o anel nessas mãos. Sem deixar perceber, ela deixa cair o anel em qualquer
uma das mãos. Depois de ter passado o anel em todas, ela pergunta a qualquer
um, menos o que está com o anel, com quem ele está. Se a quem ela perguntou
acertar, o que acertou é que irá passar o anel novamente, e se ele errar, quem
estiver com o anel é que irá passá-lo e assim sucessivamente.

9.5. Mole-duro. Igual a pega-pega, só que quando um for pego ele terá
que ficar parado na posição que estiver, até que um outro lhe bata com a mão e
ele ficará novamente mole.

9.6. Barquinho de letras. As crianças ficam sentadas em círculo, uma


delas tem um objeto na mão (uma bola pequena). O jogo começa quando ele joga
o objeto na mão de qualquer criança do círculo dizendo: “vai um barco carregado
com a letra a” quem pega no objeto deve responder com o nome de qualquer
objeto que comece com a letra a, ex: “areia” e passar o objeto para outra criança
que deve continuar dando nomes com a mesma letra. Quando alguém titubear ou
não encontrar mais palavras com a letra pedida marca um ponto contra e começa
o jogo pedindo “um barco carregado com a letra t” ... Quem tiver 3 pontos
negativos paga uma prenda. O jogo acaba quando tiver já 3 ou mais prendas para
serem cobradas.

9.7. Bola atrás. Uma criança ficará de costas para as demais e jogará
a bola para trás sem olhar. Quem pegar a bola fica com ela escondida atrás de
si, e as outras ficarão todas juntas em fileira com as mãos para trás como se
estivessem segurando a bola também. Quando todas estiverem arrumadas o que
estava virado de costas olhará para eles e tentará adivinhar com quem está a bola.
Se ele acertar, jogará a bola para trás novamente e se errar o que estiver com a
bola é que irá ficar de costas e jogar.

63
9.8. Cabo de guerra. Pega-se uma corda grossa e dividem-se dois grupos
de crianças. Cada grupo puxará para um lado a corda, o grupo que conseguir
puxar mais forte, será o vencedor.

9.9. Cobra cega. Amarra-se um pano nos olhos de uma criança de modo
que ela não veja nada. Todas as outras crianças correrão à sua volta e ela, mesmo
de olhos vendados, tentará pegá-las.

9.10. Siga o chefe. Será escolhida uma criança, e tudo o que ela fizer as
outras terão que fazer também. Vão-se trocando os “chefes” para dar participação
a todos.

9.11. Passa a passa. Escolhem-se duas crianças as quais ficam com as


mãos dadas formando uma casinha. Cada uma deve escolher o nome de uma flor
ou fruta ou animal, por ex.: tigre e leão. Mas só elas podem saber. O resto do
grupo forma uma fila imitando um trenzinho: a máquina e os vagões. O trenzinho
começa a andar contando: “passará, passará e o último ficará”... Ao passar pela
casinha a última criança fica e é interrogada pelas duas crianças que perguntam
“o que você escolhe, tigre ou leão?” sem declarar o que cada uma é. Se escolher
tigre fica detrás de quem é tigre e assim até que todas as crianças tenham passado
pela casinha e escolhido o animal preferido. Ganha quem tiver mais votos.

9.12. Pimentinha-pimentão. Todas as crianças que vão participar


deverão subir num lugar mais ou menos alto. Uma outra criança perguntará uma
a uma: pimentinha ou pimentão; se responder pimentinha a criança pegará na sua
mão e dará um puxão suave, se responder pimentão deverá puxá-la com força.
Do jeito que cada criança cair deverá ficar até o final da brincadeira.

9.13. Pula pau. Forma-se uma fila com as crianças. Na frente dela
colocam-se dois paus a uma distância de 50 cm. Todos deverão pular os paus
e ir formar outra fila no sentido contrário. Quando passar pela segunda vez, a
distância entre os paus será maior, no fim quem conseguir pular os paus a uma
distância maior sem mexer neles será o vencedor.

9.14. Mãe da rua. Marcar uma “rua” com dois traços de giz a uma
distância de uns 8 metros. As crianças devem se colocar num dos lados da rua.
Quando alguém apitar, todos devem atravessar a rua pulando num pé só, quem
errar vai saindo da brincadeira. Na segunda vez, os que ainda ficaram, deverão
atravessar a rua pulando num pé e segurando alguma coisa na cabeça. Cada vez
vai-se complicando mais. Quem conseguir fazer tudo sem errar será o vencedor.

64
IX - Jogos

9.15. Encontre o seu semelhante. Escolha nome de animais que tenham


andar e atitudes bem características e faça dois papéis com o nome de cada animal;
dois com gato, dois com pato, com cachorro, com sapo, etc. Distribua os papéis
dobrados em quatro. Dado o sinal, cada um abrirá o seu papel e conforme o nome
de animal que nele estiver escrito, imitará o seu andar e atitude, observando ao
mesmo tempo se há mais algum jogador com o mesmo andar ou a mesma atitude.
Quando o achar, segure-o pelo braço e leve-o até o orientador. O primeiro casal
assim formado terá vinte pontos, o segundo dezoito, etc. Uma variação deste jogo
é substituir o nome dos animais por profissão.

9.16. Telefone sem fio. Formar um círculo com as crianças sentadas.


O orientador fala no ouvido de uma das crianças uma frase (Ex.: “Hoje é um
dia bonito”, dependendo da idade a frase pode ser mais ou menos complicado),
este por sua vez passa a mensagem ao seu vizinho da direita e assim por diante.
Quando o último receber a mensagem deve falar em voz alta o que entendeu.
Geralmente acaba sendo bem diferente.

9.17. Formando grupos. Formar um círculo com as crianças que podem


ir cantando “Atirei o pau no gato” ou outro corinho conhecido pelo grupo. À
ordem de : “formar grupos de” todos rompem a roda para reunir-se em grupos
que obedeçam o pedido do dirigente: os grupos de dois ou de três ou de cinco, etc.
aqueles que não completarem o número pedido vão saindo da brincadeira.

9.18. Perseguição surpresa. Formar pares e com os pares um grande


círculo. Depois de caminharem um pouco cantando algum corinho conhecido
parar o movimento e, depois de observar bem no vizinho, o círculo interior girará
a direita, e o exterior para a esquerda. Quando o dirigente gritar “já” os jogadores
da roda externa fogem para atingir o refúgio que se encontra a uns 15 metros.
Cada jogador da roda interna vai se esforçar para apanhar, antes que atinja o
refúgio, aquele que era o seu vizinho, no começo.

9.19. Adivinhe quem sou. Disponha as crianças em círculo e coloque


dois no centro, um de frente para o outro. Fixe um cartaz nas costas de cada um
com o nome de um animal, de uma planta, ou de uma profissão, etc. Cada jogador
faz perguntas para adivinhar o que há no próprio cartaz (que ele desconhece) e o
seu parceiro só tem o direito de responder “sim” ou “não”. Ganhará aquele que
adivinhar, tendo feito o menor número de perguntas.

65
9.20. Obstáculo móvel. Este jogo é mais uma brincadeira para distração.
Os jogadores devem formar duas linhas, uma frente à outra, sentados e com as
pernas esticadas, de maneira que os pés de um encostem nos pés do colega da
frente. O dirigente chama uma criança e explica que ele ficará com os olhos
vendados e que deverá pular sobre todas essas pernas sem encostar em ninguém,
se tocar em uma, tem de recomeçar. Enquanto tampa os olhos do voluntário,
todos os pés se recolhem sem barulho, deixando a passagem livre.

9.21. As compras da vovó. Faça os jogadores sentarem-se em círculo.


Dirija-se ao jogador da direita. “Minha avó foi à loja comprou uma máquina de
moer carne”. Imite o gesto de moer carne, enquanto o vizinho repete a mesma
frase ao jogador seguinte, e assim por diante a todos os jogadores que continuam
a “moer carne”. Você então prossegue: “Minha avó foi à loja, comprou uma
máquina de moer carne e um ferro de passar roupa. Enquanto a mão direita
continua a girar, a mão esquerda, de frente para trás, finge passar roupa; em
seguida é uma máquina de costura (movimento de perna), uma cadeira de balanço
(balanço do corpo da frente para trás), um pêndulo que marca as horas com o
cuco (inclinando a cabeça da direita para a esquerda e imitando o grito do cuco).
Cada jogador continua a executar os gestos até o fim do jogo.

9.22. História animada. Você deve escolher um tema, por ex.: a feira
e ir contando uma estória. Cada criança será um elemento da feira. Você pode
ir falando: amanhã devo ir na feira para comprar uns lindos tomates, na barraca
do Sr. João, vou comprar peras e maçãs, mais adiante laranjas bem doces e
limão para fazer suco. Quando, no decorrer da história, uma dessas palavras for
pronunciada, aqueles que a representam devem levantar-se, fazer uma reviravolta
e sentar-se de novo. Quando você falar a palavra “feira” todos devem levantar-
se, fazer revira-voltas e sentar-se. Aquele que errar ou que se sentar por último
perderá um ponto ou pagará prenda.

9.23. Coelhinho na toca. Todos devem formar um círculo e numerar-se


de três em três. Os números 1 e 3 devem dar-se as mãos. Os números 2 entram na
“toca” formada pelos colegas. Todos os números 2 são os coelhos mas um deve
ficar no centro sem toca. Quando alguém gritar “troquem” todos os coelhos saem
das tocas e procuram alcançar uma outra. Nessa hora quem está no centro procura
encontrar uma toca vazia. O coelho que ficar sem toca passa para o centro. É
proibido permanecer na toca quando é dada a ordem de mudança ou voltar para
a mesma toca, o coelho que errou é preso e deve ir para o centro.

9.24. Segue, parte. Dividir o grupo em quatro equipes. Os jogadores


ficarão sentados um atrás dos outros formando uma estrela. Um dos jogadores é

66
IX - Jogos

escolhido para ser o “corredor”. Este deve contornar o círculo e, durante a corrida,
bater no ombro do último jogador da fila de sua escolha gritando ou “parte” ou
“segue”. À ordem “parte”, o jogador atingido depois de bater no ombro do que o
precede repetindo “parte” se levanta e vai no sentido oposto ao que o “corredor”
vai. À medida que forem atingidos, todos os jogadores da fila farão a mesma
coisa. Se o “corredor” disser “segue”, os jogadores da fila designada partirão no
mesmo sentido dele. Em ambos os casos o “corredor” continuará a correr para
vir se sentar no lugar do Nº 1 da fila que está em movimento. À medida que
chegarem, os jogadores dessa fila se sentarão atrás dele. O último a chegar será o
próximo “corredor”.

9.25. Jogos de revezamento. Os jogos de revezamento permitem


infinitas combinações ajudando a exercitar qualidades diferentes: agilidade,
destreza, precisão, senso de equilíbrio, flexibilidade, etc. É conveniente
estabelecer progressão mas dificuldades começando por revezamentos simples,
sem material, que ensinem a jogar bem; logo podem combinar ações diferentes
utilizando material que aumente o interesse dos jogos.São interessantes por vários
motivos:Contribuem para o desenvolvimento do espírito de equipe, pois não são
realizações individuais; cada jogador faz o máximo para que o equipe triunfe
e o resultado final é a soma dos esforços de cada um. Desenvolve a lealdade
dos parceiros já que é preciso respeitar estritamente as regras dadas para que as
equipes se mantenham nas mesmas condições.

9.25.1. Ida e Volta. Coloque as equipes em colunas, com cinco passos de


intervalo entre uma e outra. Trace uma linha diante do primeiro de cada coluna:
a linha de partida. A dez ou quinze metros das equipes, coloque uma vara ou
flâmula. Dado o sinal, o número um de cada equipe corre em direção a seu obje-
tivo, contorna-o pela direita, volta, toca na mão do seguinte, - que parte por sua
vez - e se coloca no fim da coluna. Este jogo permite muitas variações:ida num
pé só, volta em corrida simples.ida de gatinhas, volta correndo.ida em marcha à
ré, volta num

9.25.2. Polícia-ladrão. Os jogadores formam um círculo, no interior dele


ficam duas crianças com os olhos vendados. Um deles é o “polícia”, este começa
a procurar o outro jogador que é o “ladrão”, chamando-o: “ladrão”. Por sua vez,
ele deve responder: “polícia”, para orientar a busca. Quando o “polícia” conse-
gue apanhar o “ladrão” inverte os papéis ou outro par passa ao centro.

67
9.25.3. Objeto no centro. Divida os jogadores em dois grupos que devem
se colocar em duas linhas, uma frente a outra a uma distância de uns 10 metros.
Numere os jogadores da direita à esquerda e da esquerda à direita. Entre ambas
equipes, bem no meio, coloque um objeto ( um lenço ). A uma ordem do dirigente
os dois números 2, por exemplo, correm ao centro e tratam de pegar o objeto para
ser levado para seu grupo sem ser levado para seu grupo sem ser apanhado pelo
seu adversário. Se conseguir isto, ganha um ponto. Se o adversário o apanhar, o
ponto é para o grupo contrário. Ganha a equipe que fizer 10 pontos primeiro.

9.25.4 - Corrida da bola. Formar duas equipes as quais ficam em fila.


Um jogador fica a uns três metros na frente de cada fila com uma bola na mão.
A um sinal o jogador da frente começa a jogar a bola para cada elemento da fila.
O primeiro pega a bola, devolve-a e agacha-se, assim até o final. A equipe que
devolver primeiro a bola é a vencedora.

9.25.5. Batata na colher. Formam-se equipes ficando uma criança atrás


da outra. A primeira de cada fila deve segurar na mão uma colher com uma batata.
A uma distância de uns 4 metros colocar um marco ou flâmula. A um sinal, os
números 1 devem levar a batata na colher, sem deixá-la cair, dar a volta à flâmula,
entregar ao número 2 a colher com a batata e ir colocar-se no fim da fila. A equipe
que acabar primeiro será a vencedora.

9.25.6 - Qual foi a modificação? Escolhem-se dois jogadores os quais


ficam um diante do outro. Devem se olhar muito bem durante alguns minutos.
Depois, virando-se de costas cada um deve mudar alguma coisa. Colocando-se
novamente em frente ao outro o primeiro que achar a modificação ganha um pon-
to. O jogo pode ser realizado equipe contra equipe.

9.25.7. O detetive. Cada equipe escolhe um jogador para ser o “dete-


tive”. Todos os “detetives” escolhidos devem sair da sala. Estando eles ausentes,
escolhe-se um outro jogador que deve ir para outra sala e os restantes jogadores
mudar de lugar. A um chamado, os “detetives” entram novamente. Pergunta-se
qual é o jogador que saiu, o primeiro “detetive” que descobrir ganha um ponto
para sua equipe. Designam-se outros “detetives” e o jogo continua.

9.25.8. Quem foi raptado? Formar um círculo com todos os jogadores de


olhos vendados e rodando enquanto vão cantando “atirei um pau no gato”. En-
quanto os jogadores rodam, sem barulho, segure um deles pelo braço tire a venda
e esconda-o numa outra sala. Neste momento grite: “Alto, retirem as vendas,
quem foi raptado?” Ganha um ponto quem adivinhar primeiro.

68
x - a utilização do pac
na ebd
Levino Gomes Filho2
O Programa Avivalista de Crescimento também pode ser utilizado
3

em nossas salas de EBD. Abaixo segue um modelo para a utilização em cinco


classes. A ideia é discipular o novo crente antes do mesmo ser levado a uma
classe baseado na sua faixa etária.

CLASSES E LIÇÕES:

10.1. Classe número 1.


Assunto: Vida Abundante.
7 lições.
1.- O Amor E O Plano De Deus.
2.- O Pecado E A Separação Do Homem.
3.- A Provisão De Deus Para O Pecado Do Homem.
4.- A Necessidade De Receber A Cristo.
5.- O Que Acontece Aos Que Recebem A Cristo.
6.- A Necessidade De Comunhão Com A Família De Deus.
7.- O Batismo.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

10.2. Classe número 2.


Assunto: Missão qual é a sua?
06 lições.
1.- Evangelizar E Discipular Pessoas.
2.- Curá-Las Integralmente.
3.- Torná-Las Verdadeiras Adoradoras.
4.- Ajudá-Las A Crescer Na Comunhão Com Deus E Com Os
Irmãos.
2 - Levino Gomes Flho é Superintendente da Região Sul I; Pastor Presidente do Campo
Eclesiástico de Londrina/PR e Vice-Presidente do Conselho Geral da IEAB; Curso Pas-
toral - SEAB.
3 - O PAC é uma proposta oficial da Igreja Evangélica Avivamento Bíblico por meio da
Diretoria Geral de Cultura e Educação Cristã, referendado pelo Conselho Geral. O PAC
tem como objetivo a edificação da igreja em seu aspecto qualitativo e quantitativo. É
composto de materiais sobre integração, evangelismo e discipulado, grupos pequenos e
aprofundamento sobre a missão da igreja. O programa é resultado do conjunto de prin-
cípios e métodos estudados e experimentados por várias igrejas em diferentes lugares e
realidades, com resultados comprovados.

69
5.- Equipá-Las Para Servirem A Deus E Ao Próximo Através Dos
Dons Espirituais.
6.- A Fim De Glorificar O Nome Do Senhor Jesus.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

10.3. Classe número 3.


Assunto: Discipulando parte I.
8 lições.
1.1.- O Discípulo E A Bíblia.
1.2.- O Discípulo Conhecendo Deus.
1.3.- O Discípulo E A Salvação.
1.4.- O Discípulo E A Igreja.
1.5.- O Discípulo E A Oração.
1.6.- O Discípulo E A Santa Ceia.
1.7.- O Discípulo E A Idolatria.
1.8.- O Discípulo E O Fruto Do Espírito.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

Assunto: Discipulando parte II.


8 lições.
2.9.- O Discípulo E O Dízimo.
2.10.- O Discípulo E A Tentação.
2.11.- O Discípulo E A Pureza.
2.12.- O Discípulo E A Mordomia Cristã.
2.13.- O Discípulo E O Lar Cristão.
2.14.- O Discípulo E A Obediência.
2.15.- O Discípulo E A Volta De Jesus.
2.16.- Duração: 14 Semanas Ou Quatro Meses.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

10.4. Classe número 4.


Assunto: As células ou PG’s parte I.
5 lições.
1.1.- Observações Necessárias Em Relação Aos Pequenos
Grupos.
1.2.- Os Pequenos Grupos Na História Da Igreja.
1.3.- O Que É Um Pequeno Grupo.
1.4.- A Importância Dos Pequenos Grupos Para A Saúde Da
Igreja.
1.5.- Marcas De Uma Igreja Com Pequenos Grupos.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

70
x - a utilização do pac
na ebd

Assunto: As células ou PG’s parte II.


5 lições.
2.6.- Pessoas Chaves Para O Sucesso Do Pequeno Grupo.
2.7.- Roteiro Básico De Uma Reunião De Pequeno Grupo.
2.8.- Atitudes Dos Bons Líderes De Pequenos Grupos.
2.9.- Porque Você Deve Fazer Parte De Um Pequeno Grupo.
2.10.- Como Implantar Pequenos Grupos Para Comunhão E
Crescimento Na Igreja.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

10.5. Classe número 5.


Assunto: Apresentação do PAC ao novo líder.
07 lições.
1.- Criando E Aproveitando Oportunidades Para Evangelização;
2.- Eventos De Conquista.
3.- Consolidando O Discípulo.
4.- O Ministério De Integração.
5.- Recapitulando Os Pequenos Grupos Ou Células.
6.- Recapitulando A Prática Do Discipulado Com Cuidado Um
A Um.
7.- Revisando Todo O PAC.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

10.6. Modelo de Cronograma

Classe número 1.
Assunto: Vida Abundante.
7 lições.
1.- O Amor E O Plano De Deus.
2.- O Pecado E A Separação Do Homem.
3.- A Provisão De Deus Para O Pecado Do Homem.
4.- A Necessidade De Receber A Cristo.
5.- O Que Acontece Aos Que Recebem A Cristo.
6.- A Necessidade De Comunhão Com A Família De Deus.
7.- O Batismo.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

71
CALENDÁRIO DAS APRESENTAÇÕES
DAS LIÇÕES DO PAC:

Data da primeira semana:______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.- O Amor E O Plano De Deus.

Data da segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.- O Amor E O Plano De Deus.

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.- O Pecado E A Separação Do Homem.

Data da quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.- O Pecado E A Separação Do Homem.

Data da quinta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______3.- A Provisão De Deus Para O Pecado Do Homem.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______3.- A Provisão De Deus Para O Pecado Do Homem.

Data da sétima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______4.- A Necessidade De Receber A Cristo.

Data da oitava semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______4.- A Necessidade De Receber A Cristo.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______5.- O Que Acontece Aos Que Recebem A Cristo.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______5.- O Que Acontece Aos Que Recebem A Cristo.

72
x - a utilização do pac
na ebd
Data da décima primeira semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______6.- A Necessidade De Comunhão Com A Família De
Deus.

Data da décima segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______6.- A Necessidade De Comunhão Com A Família De
Deus.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______7.- O Batismo.

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______7.- O Batismo.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

CLASSE NÚMERO 2
Assunto: Missão qual é a sua?
06 lições.
1.- Evangelizar E Discipular Pessoas.
2.- Curá-Las Integralmente.
3.- Torná-Las Verdadeiras Adoradoras.
4.- Ajudá-Las A Crescer Na Comunhão Com Deus E Com Os
Irmãos.
5.- Equipá-Las Para Servirem A Deus E Ao Próximo Através Dos
Dons Espirituais.
6.- A Fim De Glorificar O Nome Do Senhor Jesus.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.
Facilitadores da lição: _______________________________

CALENDÁRIO DAS APRESENTAÇÕES DAS


LIÇÕES DO PAC:

Data da primeira semana:______/_______/______.

73
Lição número: ¬_______1.- Evangelizar E Discipular Pessoas.

Data da segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.- Evangelizar E Discipular Pessoas.

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.- Curá-Las Integralmente.

Data da quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.- Curá-Las Integralmente.

Data da quinta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______3.- Torná-Las Verdadeiras Adoradoras.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______3.- Torná-Las Verdadeiras Adoradoras.

Data da sétima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______4.- Ajudá-Las A Crescer Na Comunhão Com Deus E
Com Os Irmãos.

Data da oitava semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______4.- Ajudá-Las A Crescer Na Comunhão Com Deus E
Com Os Irmãos.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______5.- Equipá-Las Para Servirem A Deus E Ao Próximo
Através Dos Dons Espirituais.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______5.- Equipá-Las Para Servirem A Deus E Ao Próximo
Através Dos Dons Espirituais.

Data da décima primeira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______6.- A Fim De Glorificar O Nome Do Senhor Jesus.

74
x - a utilização do pac
na ebd

Data da décima segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______6.- A Fim De Glorificar O Nome Do Senhor Jesus.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Revisão

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______Revisão.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

CLASSE NÚMERO 3.
Assunto: Discipulando parte I.
8 lições.
1.1.- O Discípulo E A Bíblia.
1.2.- O Discípulo Conhecendo Deus.
1.3.- O Discípulo E A Salvação.
1.4.- O Discípulo E A Igreja.
1.5.- O Discípulo E A Oração.
1.6.- O Discípulo E A Santa Ceia.
1.7.- O Discípulo E A Idolatria.
1.8.- O Discípulo E O Fruto Do Espírito.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

Assunto: Discipulando parte II.


8 lições.
2.9.- O Discípulo E O Dízimo.
2.10.- O Discípulo E A Tentação.
2.11.- O Discípulo E A Pureza.
2.12.- O Discípulo E A Mordomia Cristã.
2.13.- O Discípulo E O Lar Cristão.
2.14.- O Discípulo E A Obediência.
2.15.- O Discípulo E A Volta De Jesus.
Duração: 14 Semanas Ou Quatro Meses.

75
CALENDÁRIO DAS APRESENTAÇÕES
DAS LIÇÕES DO PAC:

DISCIPULANDO PARTE I.
Data da primeira semana:______/_______/______.
Lição número: ¬¬¬¬_______1.1.- O Discípulo E A Bíblia.

Data da segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.1.- O Discípulo E A Bíblia.

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.2.- O Discípulo Conhecendo Deus.
Data da quarta semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______1.2.- O Discípulo Conhecendo Deus.

Data da quinta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.3.- O Discípulo E A Salvação.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.3.- O Discípulo E A Salvação.

Data da sétima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.4.- O Discípulo E A Igreja.

Data da oitava semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.4.- O Discípulo E A Igreja.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.5.- O Discípulo E A Oração.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.5.- O Discípulo E A Oração.

Data da décima primeira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.6.- O Discípulo E A Santa Ceia.

76
x - a utilização do pac
na ebd

Data da décima segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ 1.7.O Discípulo E A Idolatria.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.8.- O Discípulo E O Fruto Do Espírito.

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.8.- O Discípulo E O Fruto Do Espírito.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

DISCIPULANDO PARTE II.


Data da primeira semana:______/_______/______.
Lição número: ¬¬¬¬_______2.9.- O Discípulo E O Dízimo.

Data da segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.9.- O Discípulo E O Dízimo.

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.10.- O Discípulo E A Tentação.

Data da quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.10.- O Discípulo E A Tentação.

Data da quinta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.11.- O Discípulo E A Pureza.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.11.- O Discípulo E A Pureza.

77
Data da sétima semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______2.12.- O Discípulo E A Mordomia Cristã.

Data da oitava semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.12.- O Discípulo E A Mordomia Cristã.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.13.- O Discípulo E O Lar Cristão.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.13.- O Discípulo E O Lar Cristão.

Data da décima primeira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.14.- O Discípulo E A Obediência.
Data da décima segunda semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______2.14.- O Discípulo E A Obediência.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.15.- O Discípulo E A Volta De Jesus.

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.15.- O Discípulo E A Volta De Jesus.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

CLASSE NÚMERO 4.
Assunto: As células ou PG’s parte I.
5 lições.
1.1.- Observações Necessárias Em Relação Aos Pequenos Grupos.
1.2.- Os Pequenos Grupos Na História Da Igreja.
1.3.- O Que É Um Pequeno Grupo.
1.4.- A Importância Dos Pequenos Grupos Para A Saúde Da
Igreja.
1.5.- Marcas De Uma Igreja Com Pequenos Grupos.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

Assunto: As células ou PG’s parte II.


5 lições.

78
x - a utilização do pac
na ebd
2.6.- Pessoas Chaves Para O Sucesso Do Pequeno Grupo.
2.7.- Roteiro Básico De Uma Reunião De Pequeno Grupo.
2.8.- Atitudes Dos Bons Líderes De Pequenos Grupos.
2.9.- Porque Você Deve Fazer Parte De Um Pequeno Grupo.
2.10.- Como Implantar Pequenos Grupos Para Comunhão E
Crescimento Na Igreja.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

CALENDÁRIO DAS APRESENTAÇÕES


DAS LIÇÕES DO PAC:

AS CÉLULAS OU PG’S PARTE I.


Data da primeira semana:______/_______/______.
Lição número: ¬_______1.1.- Observações Necessárias Em Relação Aos
Pequenos Grupos.
Data da segunda semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______1.1.- Observações Necessárias Em Relação Aos
Pequenos Grupos.

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.2.- Os Pequenos Grupos Na História Da Igreja.

Data da quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.2.- Os Pequenos Grupos Na História Da Igreja.

Data da quinta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.3.- O Que É Um Pequeno Grupo.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.3.- O Que É Um Pequeno Grupo.

Data da sétima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.4.- A Importância Dos Pequenos Grupos Para A
Saúde Da Igreja.

79
Data da oitava semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______1.4.- A Importância Dos Pequenos Grupos Para A
Saúde Da Igreja.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.5.- Marcas De Uma Igreja Com Pequenos Grupos.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.5.- Marcas De Uma Igreja Com Pequenos Grupos.

Data da décima primeira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______Recapitulando.

Data da décima segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

AS CÉLULAS OU PG’S PARTE II.


Data da primeira semana:______/_______/______.
Lição número: ¬_______2.6.- Pessoas Chaves Para O Sucesso Do Pequeno
Grupo.

Data da segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.6.- Pessoas Chaves Para O Sucesso Do Pequeno
Grupo.

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.7.- Roteiro Básico De Uma Reunião De Pequeno
Grupo.

80
x - a utilização do pac
na ebd

Data da quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.7.- Roteiro Básico De Uma Reunião De Pequeno
Grupo.

Data da quinta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.8.- Atitudes Dos Bons Líderes De Pequenos Grupos.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.8.- Atitudes Dos Bons Líderes De Pequenos Grupos.

Data da sétima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.9.- Porque Você Deve Fazer Parte De Um Pequeno
Grupo.
Data da oitava semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______2.9.- Porque Você Deve Fazer Parte De Um Pequeno
Grupo.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.10.- Como Implantar Pequenos Grupos Para
Comunhão E Crescimento Na Igreja.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬______2.10.- Como Implantar Pequenos Grupos Para
Comunhão E Crescimento Na Igreja.

Data da décima primeira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da décima segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.

81
Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______ Recapitulando.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

CLASSE NÚMERO 5.
Assunto: Apresentação do PAC ao novo líder.
07 lições.
1.- Criando E Aproveitando Oportunidades Para Evangelização;
2.- Eventos De Conquista.
3.- Consolidando O Discípulo.
4.- O Ministério De Integração.
5.- Recapitulando Os Pequenos Grupos Ou Células.
6.- Recapitulando A Prática Do Discipulado Com Cuidado Um
A Um.
7.- Revisando Todo O PAC.
Duração: 14 semanas ou quatro meses.

CALENDÁRIO DAS APRESENTAÇÕES


DAS LIÇÕES DO PAC:

Data da primeira semana:______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.- Criando E Aproveitando Oportunidades Para
Evangelização;

Data da segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______1.- Criando E Aproveitando Oportunidades Para
Evangelização;

Data da terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.- Eventos De Conquista.

Data da quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______2.- Eventos De Conquista.

82
x - a utilização do pac
na ebd
Data da quinta semana: ______/_______/______.
Lição número: ¬_______3.- Consolidando O Discípulo.

Data da sexta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______3.- Consolidando O Discípulo.

Data da sétima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______4.- O Ministério De Integração.

Data da oitava semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______4.- O Ministério De Integração.

Data da nona semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______5.- Recapitulando Os Pequenos Grupos Ou Células.

Data da décima semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______5.- Recapitulando Os Pequenos Grupos Ou Células.

Data da décima primeira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______6.- Recapitulando A Prática Do Discipulado Com
Cuidado Um A Um.

Data da décima segunda semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______6.- Recapitulando A Prática Do Discipulado Com
Cuidado Um A Um.

Data da décima terceira semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______7.- Revisando Todo O PAC.

Data da décima quarta semana: ______/_______/______.


Lição número: ¬_______7.- Revisando Todo O PAC.

Data da entrega dos certificados: ______/_______/______.

83
84
xI - A Cosmovisão
Cristã de Princípios
Maria das Graças R. R. da Silva1

11.1. Relevância do Tema


Em cada época e dentro de cada cultura o currículo se propôs estabelecer
a formação do individuo dentro do seu contexto. Por isto dentro do seu histórico
ele não demonstra neutralidade e nem sempre uma preocupação critica do seu
tempo mas, a maioria das vezes reproduz a sua própria cultura. Ele carrega as
politicas na sua maioria pronta e não se discute os desafios contemporâneos. No
currículo encontramos pressupostos pedagógicos e filosóficos do conhecimento.
Segundo, SILVA o currículo nasce nos EUA nos anos vinte, em meio
ao processo de industrialização e temos que em Bobbitt - em seu livro “O
Curriculum” (1918), ele aparece como uma forma racionalizada e objetivada do
desenvolvimento do conhecimento. Conforme Silva:

O modelo institucional dessa concepção do currículo é a fabrica


sua inspiração teórica é a ”administração cientifica,” de Taylor. No
modelo de currículo de Bobbitt, os estudantes devem ser processados
como um produto fabril. (SILVA 2010 p 12 )

Entende-se com isto que o Currículo nasce com base na educação das
massas no movimento industrial de alta produção e o seu objetivo e diretrizes
para o emprego dentro da linha Taylorista sem preocupação critica de fora, da
competência de conteúdos e da pesquisa Cientifica. O que Bobbitt trouxe foi
questão da origem e da falta de neutralidade do currículo nos processos de ensino
aprendizagem de conteúdos. O que ele definiu como currículo, denota que por
trás de um existe uma finalidade definida, um alvo. Esta questão tão criticada

1 - Licenciada em Pedagogia pela Faculdades Integradas de Ribeirão Pires; Bacharel


em Teologia pelo Seminário Evangélico Avivamento Bíblico e pela Universidade Pres-
biteriana Mackenzie, Licenciada em Filosofia pela Universidade Cruzeiro do Sul; Pós
Graduada em Educação Infantil, Pós Graduada em Filosofia e Pós Graduada em Design
Instrucional pela Universidade Federal de Itajubá; Diretora Pedagógica do SEAB, De-
sign Instrucional e Professora do Seminário Evangélico Avivamento Bíblico; Professora
do projeto de EBD - Netinins com adolescentes e crianças; Professora de Filosofia e
Sociologia do Estado de São Paulo; Dirigente de Congregação do Campo de Casa Verde,
Zona Norte de São Paulo; Foi Coordenadora do Projeto Educação Teológica na IEAB de
Artur Alvim, (Curso EaD, instalado no AVA gratuito do TelEduc da UNICAMP – garan-
tindo gratuidade aos alunos); Autora do livro “Ministério Docente do Pastor”; Secretária
de Cultura da DGCEC, Secretaria da Editora Publicações.

85
por tantos teóricos não nos diz que mesmo a falta de neutralidade do currículo,
precisa-se dele, senão estaríamos ensinando sem objetivo.
Hoje a Educação secular formal brasileira, construiu a BNCC (Base
Nacional Comum Curricular) que igualifica o ensino em todo o território nacional.
Isto possibilita a entrada de alunos sem retrocesso quando precisa mudar de um
estado para o outro e acompanhar o processo de ensino aprendizagem brasileira.
Não temos a intenção de aprofundarmos neste assunto mas, é interessante
entender que, todo currículo carrega a seguinte questão: que tipo de homem se
quer formar?
Tendo em vista esta questão e a necessidade de dimensionarmos o
currículo em nossa Igreja, é que apresentamos para a denominação o currículo de
princípio nas revistas da IEAB.

11.2. Educação por princípios


Devemos fazer logo de inicio diferença entre Educação por Comportamento
- que é uma ação provocada, da Educação por Princípios – que é uma verdade e
não é alterada. Esta ultima o aluno compreende e pratica usando a sua autonomia
de compreensão dentro da cosmovisão bíblica. Cosmovisão é o filtro usado para
entendermos as questões da vida e a forma de como a respondemos. Dentro da
cosmovisão bíblica podemos entender a educação por princípios.
Educação por princípios nasceu no EUA na constituição americana -
transformação a partir do que se sabe sobre Deus.
Segundo Borges (2001), o ensino fundamentado em princípios bíblicos
é uma realidade que tem ganhado destaque neste terceiro milênio não só em
diversos países do mundo como também em muitas escolas brasileiras. Este
modelo de educação cristã tem como prioridade formar o caráter e a personalidade
dos alunos de acordo com os princípios bíblicos, além de ser uma abordagem
interativa entre escola e família, e ter como objetivo estabelecer relações destes
com as disciplinas, os conteúdos curriculares e com o cotidiano do aluno. Sendo
assim segundo a AECEP (Associação de Escolas Cristãs de Educação por
Princípios).
Além disso, Lyons (2006, p. 10) inspirado por Albert Einstein afirma que
“ao dominar os princípios de sua área de conhecimento, o indivíduo estará mais
bem capacitado para adaptar-se a aprender e adquirir um conhecimento mais
detalhado”.

11.3. Princípios a observar


1. Deus Criador: Deus soberano - tudo emana d’Ele. Fonte de
conhecimento e não de comportamento;
2. Deus Criador: fonte do conhecimento - justiça, o amor e ética perfeita,
influência da realidade relacional enquanto criatura depende do criador. Esta

86
xI - A Cosmovisão
Cristã de Princípios
relação demanda a necessidade de um mandato de exercício da mordomia;
3. Bíblia - lente de correção para todos aspectos da vida;
4. A verdade fundamental sobre a realidade;

Visão de princípios está acima da visão humanista.


A Educação por Princípios tem como objetivo central promover uma
educação onde a palavra de Deus esteja em todo contexto de aprendizagem,
proporcionando o desenvolvimento do potencial de cada indivíduo, a formação de
um caráter cristão, e a preparação de sujeitos que atuem com responsabilidade na
sociedade através dos princípios morais e espirituais, buscando educar o sujeito
integralmente. Nesse sentido, espera-se que a educação prepare os indivíduos das
gerações, “para cumprir o seu propósito na história, agregando valor à sociedade
a partir da compreensão de sua própria identidade e vocação” (RINALDI, apud
OLIVEIRA 2006, p. 6).

11.4. Conceitos que deverão aparecer nas revistas


Abaixo, exemplos de conceitos que devem aparecer como principio e não
como comportamento.
Conceitos comportamentais: olhe, escute pergunte alinhe e focalize;
Conceitos de Princípio - Principio de Soberania. Reflexão, você parou
para pensar em qual propósito: listar.
Imagem - Imagem tem sido uma linguagem bastante usada no mundo
moderno, isto por conta da tecnologia. É importante ressaltar que com a segunda
geração da internet, a chamada Web 2.0, é que a cibercultura veio se solidificar,
oferecendo a probabilidade de se trabalhar com diferentes dimensões da
linguagem: textual, imagética, sonora, entre outras, alcançando assim os diversos
estilos de apren¬dizagem, das quais os sujeitos aprendentes necessitam para
desenvolver sua capacidade de cognição2.

A imagem na revista tem que condizer com o tema e devemos encontrar


os princípios de soberania, caráter, serviço e etc.
Dimensões - Nas dimensões curriculares, a linguagem é muito importante,
pois ela tem que estar dentro de uma cosmovisão cristã e bíblica. A aplicação
dada ao principio que deve estar claro a quem está estudando a revista. Utilizando
a metodologia de pesquisar, raciocinar, relacionar, entender. Registrar - entender
o princípio e praticar.( I Co 11.2; Dt 6.7;Mt28.20).
2 - Estilos de Aprendizagem e Estratégias. FELDER, Richard M.

87
1. Basilares;
2. Doutrinário;
3. Pratico;
4. Dimensão formativa;
5. Prática, serviço e discipulado;

PRINCÍPIOS A SEREM TRABALHADOS:


DOUTRINÁRIOS, ÉTICOS E BÍBLICOS TEOREFERENTES.

CONTEÚDOS GERAIS
Os Parâmetros Curriculares Nacionais classificam os conteúdos em três
categorias: conceituais, procedimentais e atitudinais. Para estas três classificações,
a AECEP3 (2010), apresenta as relações que são estabelecidas com a Educação
por Princípios, sendo elas:
- Conteúdos conceituais: Refere-se à construção das capacidades
intelectuais a fim de permitir ao aluno atribuir significado ao conhecimento
ministrado e relacioná-lo a outros. Na abordagem por princípios este conteúdo
será introduzido através da metodologia do PRRR, nos passos: Pesquisar e
Raciocinar.
- Conteúdos Procedimentais: Refere-se as ferramentas necessárias para
que o aluno realize suas ações educativas. Essas ferramentas têm a ver com o
processo, os passos, as ferramentas. Na abordagem por princípios este aspecto
é trabalhado também na metodologia do PRRR, no terceiro e quarto passo:
Relacionar e Registrar, onde o enfoque é relacionar o aprendido com a vida.
- Conteúdos Atitudinais: Nestes conteúdos o aprendizado se dá a partir do
relacionamento. Aqui entra a questão do currículo vivo, é um currículo oculto,
porém demonstrado nas atitudes. Além disso, esse conteúdo é contemplado
principalmente no terceiro passo: o de Relacionar, onde o aluno irá relacionar
o ensino com sua vida e realidade. O relacionamento com os demais alunos,
o valor e respeito aos colegas também fazem parte dos conteúdos atitudinais.
(OLIVEIRA,2015p. 35-36).

3 - A AECEP é uma organização não governamental e interdenominacional. Fundada


em 1997 na cidade de São Paulo, a partir de uma demanda de escolas cristãs de várias
localidades, buscando apoio para sua constituição e desenvolvimento.

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xI - A Cosmovisão
Cristã de Princípios

Currículo da Escola Bíblica:


Rol de Berço – 0 a 3 anos
Em Andamento...
Princípios a Serem trabalhados:
Cuidado afetivo de Deus como Pai, Identificando a Família

Avivakids – Pré-Primário – 4 a 6 anos


01 – Princípios e Valores 06 – Joel – Malaquias
02 – Genesis – Êxodo 07 – Mateus Lucas
03 – Deuteronômio – II Reis 08 – João - Atos
04 – I Crônicas – Eclesiastes 09 – Atos - Apocalipse
05 – Cantares – Joel
Princípios a Serem trabalhados:
Soberania Divina, Formação de caráter cristão, Cuidado afetivo de
Deus, Identificando a Família, Identidade

Avivakids – Primário – 6 a 8 anos


01 – Princípios e Valores 06 – Joel – Malaquias
02 – Genesis – Êxodo 07 – Mateus Lucas
03 – Deuteronômio – II Reis 08 – João - Atos
04 – I Crônicas – Eclesiastes 09 – Atos - Apocalipse
05 – Cantares – Joel
Princípios a Serem trabalhados:
Formação de caráter cristão e prática, Soberania Divina, Deus
Salvador, Deus criador e sustentador, Exercendo nossa função
familiar, Unidade

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Juniores – 8 a 11 anos
01 - Ensinamentos bíblicos 07 – I Crônicas – Eclesiastes
02 - Curiosidades bíblicas 08 – Cantares – Joel
03 – Revistas Juniores 09 – Joel – Malaquias
04 – Em Andamento 10 – Mateus Lucas
05 – Em Andamento 11 – João - Atos
06 – Deuteronômio – II Reis 12 – Atos - Apocalipse
Princípios a Serem trabalhados:
Formação de Caráter
Deus criador
Deus sustentador do Universo
Deus onipresente
Cristo mediador
Família projeto de Deus
Semeadura

Adolescentes – 11 a 16 anos
7 - Crescendo no conhecimento
1 - E agora, sou adolescente
do AT
8 - Crescendo no conhecimento
2 - Adolescentes e o seu mundo
do NT
3 - Eu e Deus 9 - Igreja (inst/ def/ dout/)
4 - Eu, brasileiro, cristão e
10 - Músicas e artes
cidadão
5 - Escolhas que agradam a
11 - Cosmovisão cristã
Deus
6 - O plano de salvação 12 - Doutrinas

Princípios a Serem trabalhados:


Formação de Caráter, Deus criador, Deus sustentador do Universo,
Deus onipresente, Cristo mediador, Família projeto de Deus,
Semeadura

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xI - A Cosmovisão
Cristã de Princípios
Jovens – 17 a 25 anos
1. Jovens conectados 13. Visão Panorâmica VT1
2. Projetos de vida 14. Visão Panorâmica VT2
3. Jovens na Bíblia 15. Visão Panorâmica NT1
4. Geração que não retrocede 16. Visão Panorâmica NT2
5. Vivendo mais perto de Deus 17. Música e Artes
6. Sermão da Montanha 18. Saúde Emocional
7. Não ameis o mundo 19. Fé e Ciência
8. Acautelai-vos (rever o titulo
20. Dons espirituais 1
da revista)
09. Jesus e os Jovens 21. Dons espirituais 2
10. Avivamentos no VT 22. Dificuldades bíblicas
23. Igreja (instituição, definições
11. Avivamentos e avivamento dou-trinárias e envolvimentos
práticos)
12. Frutificar 24. Evangelismo e discipulado
Princípios a Serem trabalhados:
Deus Soberano, Cristo Mediador, Deus de Equidade, Semeadura,
Mordomia Cristã, Família, Autogoverno, Unidade

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Adultos
1. Visão Panorâmica VT1
2. Visão Panorâmica VT2
3. Visão Panorâmica NT1
4. Visão Panorâmica NT2
5. Avivamentos no VT
6. Avivamentos e Avivamento
7. Dons Espirituais
8. Dons Espirituais
9. Mordomia
10. Expondo Verdades Bíblicas1
11. Expondo Verdades Bíblicas 2
12. A igreja e sua missão
13. A vida em família
14. Adoração e Comunhão (revisão)
15. Evangelismo e Discipulado (revisão)
16. Vida Cristã (revisão)
17. Parábolas do Reino
18. Atualidades da mensagem bíblica
19. Frutificar
20. Santidade
Princípios a Serem trabalhados:
Doutrinários, Éticos e Bíblicos.

Adultos - Séries
Série Doutrinas:
O Deus verdadeiro
Fundamentos (simpósios)
Escatologia
Doutrinas (Manual de doutrinas)
Princípios a Serem trabalhados:
Doutrinários, Éticos, Mordomia e Bíblicos.

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xI - A Cosmovisão
Cristã de Princípios
OBRAS CONSULTADAS:
AECEP – Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios https://
aecep.org.br/ acesso 15abr.2020
BORGES, Inez Augusto. Educação e Personalidade: a dimensão sócio-histórica
da
educação cristã. São Paulo: Editora Mackenzie, 2001
CAVELLUCCI, Lia Cristina B.- Estilos de aprendizagem: em busca das
diferenças individuais. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4528367/mod_
resource/content/1/estilos_de_aprendizagem.pdf acesso 15abril.2020
DOMINGUES,GLEYDS SILVA- As Cosmovisões - a Formação Humana nos
projetos Políticos Pedagógicos
OLIVEIRA, Camila Ribeiro. A educação cristã por princípios e sua aplicação. -
Rio Claro, 2015- Trabalho de conclusão de curso (licenciatura - Pedagogia)
- Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro
Orientador: Laura Noemi Chaluh
P.C.N. Parâmetros Curriculares Nacionais livros digitais.
SILVA, Maria das Graças Rocha Rodrigues A construção do Currículo
SACRISTAN, J. Gimeno. O Currículo uma Reflexão sobre a prática. Artmed
Editora Porto Alegre – 2000. 3ª. Edição.

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94
XII - Ministérios alternativos á
classe de Escola Dominical
Pr. Aloísio Tadeu Rodrigues da Silva1
12.1. Classe de cinco dias
Em todo lugar há crianças aguardando para ouvir de Jesus Cristo, mas
muitas nunca ouvirão sobre o Salvador porque estão fora do alcance normal
das Igrejas Evangélicas. A Classe de Cinco Dias pode ir onde as crianças estão,
alcançando ás de uma forma eficiente.

12.1.1. A duração
Em cinco dias consecutivos em qualquer época do ano, mas de preferência
nas férias escolares, num período de uma hora, pode-se realizar uma classe de
cinco dias.

12.1.2. Local.
Um lar evangélico de bom testemunho onde as crianças se sintam bem,
é o lugar ideal para a evangelização da vizinhança. Um local alegre e agradável,
possivelmente atrairá muitas crianças para ouvirem a Palavra de Deus.

12.1.3. Vantagens
A realização da Classe de Cinco Dias apresenta inúmeras vantagens, tais
como:
Crianças que são impedidas de irem a uma igreja evangélica, poderão
ouvir o Evangelho no lar e serem salvas por Jesus.
A Bíblia será ensinada de uma forma simples e atraente, num lugar de
fácil acesso às crianças da vizinhança.
O professor poderá aproveitar suas próprias férias ou as escolares para
servir ao Senhor. Com pouco material alcançará um grande número de crianças,
ao realizar classes em lugares diferentes. Terá muita alegria ao evangelizar grupos
diferentes de alunos em pouco tempo.
A Igreja local será grandemente beneficiada, com seus membros –
adolescentes, jovens e adultos – envolvidos nestes ministérios. Há a necessidade
de intercessores, hospedeiros, professores, auxiliares, visitadores , etc., para o
funcionamento da classe. A formação de equipes e participação direta ou indireta
1 - Diretor Geral de Cultura e Educação Cristã Bacharel em Teologia (SEAB e Universi-
dade Presbiteriana Mackenzie); Mestre em Teologia (FATEBOM); Licenciado em Letras
- Português e Latim (Universidade Guarulhos); Psicopedagogo Clinico (Universidade de
Guarulhos); Gestor de Pessoas e Projetos Sociais (Universidade Federal de Itajubá/MG);
Pastor Presidente do Campo Eclesiástico da Casa Verde, zona Norte da Capital paulista.

95
de crentes, fortalecerá a igreja local, que poderá ter uma filha (outra igreja) no
futuro.

12.1.4. Propaganda.
Poderá ser de várias maneiras:
Por um grupo de crianças da Igreja, no dia anterior ao 1º, programa,
liderados por um professor.
Pelas pessoas da casa hospedeira, com convites próprios ou simplesmente
verbal.
Pelo próprio professor e auxiliares no dia da classe, neste caso é
recomendável que o professor antecipe sua chegada, saindo para convidar as
crianças.

12.1.5. Programa
A ênfase do programa é a evangelização, isto é, a Mensagem da Salvação.
O Programa consta de Cânticos, oração, história em capítulos, memorização de
versículos, lição bíblica e aconselhamento. Este último deve ser feito paralelo a
uma outra atividade, como por exemplo, recapitulação da história, versículos e
cânticos.

12.1.6. Encerramento.
Pode ser feito no 5º. Dia de aula, com alguns minutos a mais no programa.
É aconselhável avisar às crianças sobre este detalhe. Neste dia a hospedeira ou
o professor poderão oferecer uma surpresa apetitosa para os alunos: biscoitos,
balas, bolo e refrigerante. Estes são bem aceitos, mas somente no encerramento.
As crianças devem ser atraídas pelo alimento espiritual e nunca por doces; por
isso não avise sobre essa parte.
O encerramento poderá ser feito na igreja, por causa da Escola Dominical,
com a participação das crianças da Classe de Cinco Dias. A equipe da Classe
de Cinco Dias deve preparar com antecedência o programa de encerramento de
modo que seja atraente de deixe boas recordações nas crianças.

12.1.7. Lembretes.
A pessoa que de dedica à Classe de Cinco Dias deve lembrar-se de que:
A quantidade nem sempre é melhor do que a qualidade. Não deve se
desanimar com o número de alunos, mas fazer o melhor, pois uma alma vale mais
que o mundo inteiro.
A pontualidade para começar e terminar o programa é muito importante,
pois as crianças vêm de famílias não evangélicas.
A colaboração de outras pessoas é valiosa; procure separar tempo para
orar com seus colaboradores, definindo a função de cada um.

96
XII - Ministérios alternativos á
classe de Escola Dominical
O lar cristão aberto á vizinhança deve ser um lugar agradável e os
hospedeiros poderão cooperar, distribuindo convites, auxiliando o professor
durante o programa, fazendo a matrícula e chamada dos alunos, intercedendo
pelo professor, auxiliares e crianças.
O relatório da classe é um estímulo. Anotar nome e endereço de cada
criança logo que ela chega, ajuda a equipe de visitadores que poderão entrar em
contato com as famílias representadas.
12.1.8. Frutos.
A Classe de Cinco Dias produz frutos que precisam de certos cuidados
para a sua conservação. Cabe á equipe envolvida desenvolver atividades que
possibilitem esta conservação. Eis algumas sugestões:
Oração: a equipe que trabalhou e os outros intercessores devem orar
pelas crianças que participaram da Classe, apresentando a Deus o nome de cada
uma que tomou a decisão de aceitar a Cristo como Salvador. O Senhor promete
completar a obra iniciada. Fl 1:6.
Classe de Boas Novas: organizar uma classe semanal, dando continuidade
ao ensino da palavra de Deus, é uma forma eficiente para conservar o fruto.
Igreja Local: os alunos da Classe de Cinco Dias poderão ser encaminhados
à Escola Dominical, sempre que possível, sendo integrados à família cristã. A
Igreja Local também poderá participar enviando visitadores aos lares das crianças
alcançadas nas Classes,

12.2. A Escola Bíblica de Férias


A Escola Bíblica de Férias tem a cidade de Nova Iorque como seu berço.
Nova Iorque em 1898 era uma cidade de muito movimento, crianças brincando
e vivendo nas ruas e sem nenhuma esperança de um futuro melhor. O Dr. Walker
Aylett Hawes e sua esposa Elisa Hawes chegaram neste ano para especializar-se
num ministério médico para crianças. “A Sra. Hawes sentiu-se desafiada pelas
crianças nas ruas de Nova Iorque. Como superintendente do Departamento de
Primários na Igreja Batista Epifany, ela quis alcançar as crianças para Jesus
Cristo, mas era difícil.” (ANGUS, 1992, p. 13)
Em 1898 ela resolveu levar a Escola Bíblica até ás crianças e criou no
fundo de uma taverna a Daily Vacation Bible School, ou seja, Escola Bíblica de
Férias Diária. Ali ensinava às crianças leitura e ginástica, mas o tempo principal
na escola era dado ao estudo da Bíblia e ao doutrinamento. Essa escola teve
cinqüenta e sete crianças; a de 1899, contou com a participação de cento e
quatorze crianças. No ano seguinte mais uma Escola foi realizada. Devido ao
sucesso, a Sociedade Batista de Missões Urbanas de Nova Iorque, por intermédio

97
de seu secretário executivo Dr. Robert G. Boville, começou a promover a EBF.
Em 1911 foi criada a Associação da Escola Bíblica de Férias, para
promover e fornecer materiais e recursos para as EBF. Seis anos depois tornou-
se uma associação internacional. Em 1924, pelo menos 233 igrejas batistas
realizaram uma EBF. Neste mesmo ano, este importante trabalho educacional
chegou ao Brasil. A igreja pioneira foi a Igreja Batista de Vitória/ES. O Rev.
L. M. Reno escrevendo em O Jornal Batista, de 25 de dezembro de 1924 dizia:
“é grande o material de que dispomos; maior o interesse, e ainda maiores serão,
cremos, os resultados” (ANGUS, 1992, p. 15).

12.2.1. Propósitos da Escola Bíblica de Férias

1. Alcançar pessoas para o estudo bíblico.


Desde o princípio a Bíblia tem sido a razão principal para se ter uma
EBF. E o estudo bíblico é muito importante. A EBF sem o estudo bíblico não é
mais uma EBF. Quando Josué levou o povo de Israel a atravessar o Jordão rumo
à terra prometida, ele lhes disse: “Aproximai-vos, e ouvi as palavras do Senhor
vosso Deus”. (Js 3:9) Da mesma maneira, a EBF diz às crianças: “Venham ouvir
as palavras do Senhor seu Deus.”

2. Levar as pessoas a descobrirem verdades bíblicas.


Uma pessoa retém só 20% da informação que é ouvida. Mas, se uma
pessoa fala e faz algo, ele reterá 90% do que é falado e feito. Quando uma
criança reconta histórias, encenando, fazendo jogos, brincadeiras, projetos
didáticos, memorização e exercícios, vai realmente aprender. Assim as crianças
experimentarão: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

3. Procurar possíveis alunos para a EBD.


Jesus é o grande professor. Ele ordenou que seus discípulos e, portanto,
todos os crentes, fizessem discípulos. Isso é difícil fazer em só poucos dias de
EBF, mas é um grande início. De modo que é importante continuar o que é
começado na EBF. A melhor maneira de fazer isso é alistar crianças da EBF para
a EBD. Então, o estudo da Bíblia prosseguirá nas vidas dessas crianças preciosas.

12.1.3. Pessoas envolvidas na EBF

1. O Líder Geral da EBF.


O Líder Geral da EBF pode ser o pastor, o Superintendente da EBD, o
Assessor de Educação ou outro ministro da igreja, seminarista. Quem quer que
seja o líder possui as seguintes tarefas:
* Reunir-se com a liderança da EBD para planejar a escola como parte do

98
XII - Ministérios alternativos á
classe de Escola Dominical
ensino bíblico da igreja.
* Liderar na determinação das datas e da agenda da escola.
* Planejar a organização da escola.
* Fazer pedidos de todos os materiais e recursos.
* Servir como membro ex-officio das Comissões de Promoção, Lanche,
Transporte, Recreação e outras necessárias.
* Orientar a secretária na colheita e preservação dos dados das classes e
dos alunos.

2. A Secretária da EBF.
A secretária tem responsabilidade na colheita e preservação dos dados
das classes e dos alunos. O Líder Geral gostaria muito de receber uma cópia do
relatório final. Além dessa responsabilidade, a secretária também tem as seguintes
tarefas:
* Compilar registros diariamente durante a EBF,
* Fazer atas das reuniões de planejamento.
* Coletar listas das necessidades e do material de cada classe, fazendo o
pedido de tudo.

3. Os professores
Os professores têm responsabilidades com os grupos pequenos, além de
assistir a toda EBF. As tarefas dos professores incluem:
* Estudar o livro didático usado para a EBF.
* Participar do treinamento para Professores.
* Ensinar nas classes.

4. Comissão de Promoção.
Esta comissão tem a responsabilidade de desenvolver a promoção da
EBF. Essa Comissão começa com a identificação de um grupo ou de grupos-
alvos. Esses grupos são as pessoas que a igreja gostaria de alcançar durante a
EBF.

5. Comissão de Transporte
A responsabilidade desta comissão é o transporte dos alunos e dos
obreiros. Pode-se arranjar ônibus ou kombi da igreja, ou carros dos membros.

6. Comissão do Lanche
O lanche não precisa ser sofisticado e caro. Um refresco ou suco e biscoitos

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são suficientes. Os membros da igreja podem doar esse lanche. O trabalho desta
comissão é:
* Determinar o que é necessário.
* Comprar o material ou alistar doações.
*Conseguir obreiros para servir durante a EBF.
* Planejar a “Noite da Família”.

12.1.4. O Planejamento da EBF

1. Data e horário da EBF


Três fatores precisam ser considerados na determinação da data e do
horário da EBF. Convém realizar a EBF quando: os obreiros estiverem disponíveis,
o pastor puder participar e quando houver menos conflito com outros eventos.
A quantidade dos dias da EBF é outra questão que deve ser respondida.
Mais importante que a quantidade de dias são as necessidades das crianças
alcançadas pela EBF. Quando estão os alunos disponíveis? Quando estão os
obreiros também disponíveis? Flexibilidade é a resposta. Se uma escola de cinco
dias consecutivos de duração não é possível, talvez se possa realizar: de dois fins
de semanas consecutivos ou de cinco sábados consecutivos.

2. Planejamento da Organização
Deve-se decidir antes do planejamento da quantidade das classes e dos
obreiros quem será convidado para a EBF. Sugerimos as seguintes divisões:
1. Infância e Pré-escola. Incluem crianças que tem de quatro a seis
anos. Uma classe para cada grupo de quinze crianças é melhor, com
um professor para cada conjunto de quatro alunos, com o mínimo de
dois professores. Isso é necessário porque essa idade precisa de muita
atenção.
2. Escolar. É a criança que tem de sete a doze anos. Normalmente o
máximo de alunos para uma classe de escolar são vinte e cinco, mas é
bom ter duas classes pequenas, por causa da diferença das necessidades
das crianças. Então uma classe com este número de alunos deveria ter
dois professores ou mais. Um professor para cada grupo de sete alunos
é melhor.
3. Adolescentes. Pessoas com doze a dezessete anos são incluídas na
faixa de adolescentes. Planeje ter um professor para cada grupo de dez
alunos e uma classe para cada vinte e cinco alunos. Quando possível,
planeje ter duas classes: uma com adolescentes novos (12-14) e outra
para adolescentes mais velhos (15-17)

3. Planejamento de espaço para a EBF

100
XII - Ministérios alternativos á
classe de Escola Dominical
Planeje o espaço da EBF com inteligência. As salas de aulas deveriam ter
um bom ambiente. Para facilitar a boa aprendizagem, a sala de aula precisa ter boa
luz, boa ventilação e assento confortável. A sala deve ter um tamanho suficiente
para os alunos esperados. Tudo o que é desnecessário deveria ser retirado. Falta
de espaço no edifício da igreja, porém, não é razão para não se realizar uma
EBF. Procure salas perto da igreja. Pode-se usar uma escola pública, clubes ou
salões de festa. Também garagens e quintais muitas vezes estão disponíveis bem
próximos ao templo. Uma outra maneira de resolver esse problema é ter um
horário dividido. Pode haver uma parte das classes pela manhã e outra parte
à tarde ou à noite. Se essa solução não for possível, talvez possa haver uma
parte das classes numa semana e outra na semana seguinte. Assim, o problema de
procurar professores e de achar espaço disponível pode ser resolvido ao mesmo
tempo.

4. Realização da Noite da Família.


A Noite da Família é uma maneira de se conhecer os pais e outros membros
da família dos participantes. Esse é o modo de abrir portas para alcançar mais
pessoas. Também é uma maneira de ajudar a conservar os resultados. Durante
a promoção da EBF informações sobre a Noite da Família precisam ser dadas.
Isso possibilitará que a pessoas planejem assistir à Noite da Família. Durante a
semana, todo o trabalho que as crianças fizerem deverá ser guardado. No último
dia da EBF, uma exposição deveria ser preparada na sala de aula ou no salão.
A Noite da Família pode começar com um Culto, os pais podem sentar-se no
santuário juntamente com as crianças. As classes podem se apresentar, cantar ou
recitar versículos bíblicos. Depois do Culto uma recepção pode ser feita. Isso será
bom para os crentes conhecerem os visitantes. Quando as crianças saírem devem
levar todos os seus trabalhos. Se uma criança estiver ausente poderá ser levado o
seu trabalho até ela e uma visita pode ser feita para tentar conservar os resultados.

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