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Wotas de aula redigidas pelo assistente: Victor M. de Souza Lima . Denomina-se estrutura o conjunto das partes resistentes de uma constry gio. 4s estruturas que aparecen na maior parte dos problemas de Resisténcia dos Materiais e Est&tica das Construgdes sso formadas de barras. Barra 6 todo corpo alongado, cujas dimensées transver sais so bastante pequenas em relagéo 20 comprimento (fig. 1), A barra pode ser considerada como gerada por uma figura plana varidvel, cujo plano se conserva normal & trajetéria do centro de gravida, de da figura, Essa trajetéria chane-se six da barra e a figura plana a Sle nor mal 6 8 secodo transversal da barra. A barra é xeta quando seu eixo 6 retilinec, ela 6 prisnética quando, alén de reta , tem todas as secces transverseis iguais. Una barra qualquer de uma estrutura se acha sob 2 apdo de ‘temnge, como, por exeaplo, os oriundos do seu péso préprio ou da aplicarso des cargas (ativos) e as reagoes de apdio (reativos) e que se manifestam.sob a forma de fércas concentradas, frcas distribuidas ou momentos. Estando a barra em re- Pouso, evidentemente os esforgos externos estao em equilfbrio. Sua transmissao se faz 90 longo da barra, de modo que, em qualquer parte do seu interior, hh 90- licitagao do material, & qual ste opce certa resisténcia, que se manifesta sob a forma de esforco: a read intensidade se mede por unidade de rea de uma secgao plans da pega (§ 2). Por outro lado, como to- dos os corpos conhecidos, naturais ou artificiais, sso formados de material de forngvel, a barra que faz parte de uma estrutura, tem a sua forma ou as suas di- mens0es alterades, quando submetida & agao de esforgos. Wao sao suficientes, por tanto, para o cloulo e o dinensionanento das estruturas, os resultados obtidos na Mec&nica, quando trata dos corpos idesis, absolutanente rigidos. A disciplina, capitulo da Fisica, que visa a unificagao dos estudos re. Jativos aos corpos deforméveis, tem o nome de Reologia. Assim, fazen parte da Reologia, a Mec&nica dos Fifidos, a Mecnica dos Solos, a Teoria da Blasticidade ¢ 8 Teoria da Plasticidade que, respectivamente, tém como objeto o estudo dos fli dos, dos materiais gramlosos, dos corpos elsticos @ dos corpos pldsticos. Reologia estuda, tanbém, as propriedades das chamadas “natérias pldsticas" © tra ta de problemas referentes & fabricagao de materiais novos, com determinadss con digdes de deformabilidade, fixades de infcio. 4A Resisténcia dos Materiais e a Estética das Construgses tratan, tam bém, dos esforgos © das deformardes dos corpos eldsticos plésticos; distinguen e da Teoria da Elasticidade e da Teoria da Plasticidade pelo fato de introduzi, zen maior mimero de hipéteses simplificadoras para a obtengao répida das solu —— ges dos seus problemas. Essas quatro disciplinas constituem a Mecinica das Es- truturas. Para a maior parte dos problemas que se propoem ao engenheiro de estru tures nao 6, todavia, necessério recorrer diretamente & Teoria da Elasticidade ou & Teoria da Plasticidade, A Resisténcia dos Materiais e a Estética das Constru- a2 Ges permitem obter, de maneira mais simples e répida, as solugdes désses proble, mas, com a sproximagio necessria para os fins da prética. 2e Clessificacgo dos esforgos. Considere-se um corpo de material homogéneo, em equilibrio sob a agao de diversas forges aplicadas (fig. 2). Seja ABCD uma seccao plena qualquer que corta 0 corpo em dues partes Ie II. No caso mais geral, pode~se dizer que, pa- Figura 2 va manter qualquer uma desses partes em equilfbric, e nas mesmas condigdes ante- riores ao corte, & necessério e suficiente aplicarem-se, nos diversos pontos da face ABCD, os esforgos que af atuavan, anteriornente ao corte efetuaio. Poder- se-é, entéo, conservar a parte I em ee aplicando em cada elensnto de &- rea AS da superficie ABCD, uma forga AF, que corresponda A agao que, primiti, vamente, a parte II exercia sobre a parte I. Quanto & natureza désses esforcos internos resistentes nada se estabelecer4; ainite-se, poréa, que as foryas que os constituen sejan continuanente distribuidas eébre a superficie ABCD. Para definir tenso no ponto P da superficie ABCD (fig. 2), admiters que a relagao A¥/AS tenda para um limite finito quando AS tende para sero, que, a0 mesmo tempo, o momento de AF em relacao ao ponto P tenda para zero. Wossas condicves un 420 oF (con [#1 = &, por definigao, a tensao no ponto P da superficie ABCD. Agsim definida, a tensao pf nao terd, no caso mais geral, a direcao da normal H a superficie ABCD; & possivel, porém, decompor pf, nas direcoes dos versores Hi e € (situado no plano de ABCD): pts Cas vt (2.2) As componentes e % dao-se os nomes de tenséo normal e tensao tangencial no ponto P; a tensao normal pode ser de tracéo, quando tends a tracionar o corpo considerado, ou de compressso quando tende a comprim{-lo; a tensao tangencial é, ‘também, denominada tensa de cisalhamento. Observe-se que mum mesmo ponto P, a tensso pf varia como plano ABCD (passando por P). Nessas condigdes, a tensao no ponto P nao é uma grandeza representével por um vetor associado ao ponto P; para cada plano que passa por @sae ponto, temse um vetor diferente, of, associado a P e ao plano conside— rado} en outras palavras, o estado de tensso no ponto P 6 wna erendeza tensori, al, isto 6, representével por um tensor. Considere-se, agora, una eatrutura formada de barras ¢ soja (b) une baz a qualquer dessa estrutura, em equilfbrio sob a agao dos esforgos externos ati- . s @! . @ Figura 5 (Caen vos e reativos (fig. 3a). Como se diese no pardgrafo anterior, ésses esforgos 59 propaga eo longo da barra, dando lugar a tensoes. Suponha-se, entéo, a barra (b) cortada segundo uma secgao transversal qualquer S e consideremse as ten- s0es que nela agem redusidas no seu centro de dade; atuarao af a resultante geral R e um bindrio de momento B (fig. 3b). A férca R pode ser decompos- ta em duas outras, N e Q, uma normal & seccao e outra contida em seu plano e que se chaman, respectivanente, £6rea normal e frca cortante. A forge normaly de ser de tracko ou de compressa, conforme se dirija da seccao para fora ou vie ce-versa. Por sua vez 0 bindrio B pode ser decomposto em dois outros, de mo mentos My © M, atuantes, rospectivamente, no plano da seccao e no que Ihe 6 normal, e que se chaman momento de torcao ¢ momento fletor. Os esforcos N,Q, M e M denominan-se esforcos solicitantes © sao de grande importéncia no odloulo das estruturas, pois é através deles que se calculam as tensces oriundas dos es~ forgos externos. 4 Ea resumo 9 classificago dos esforgos que acaba de ser apresentada ¢ b) Esfo: solicitantes: 3 ‘férgas normais (de tracao ou de compressio) forges cortentes monentos fletores H ieoecriice taal rescl c) Esforcos int rf a Bs ‘tensoes normais (de tracéo ou de compresséo) tensdes tangenciais (de cisalhamento). Para efeito do céloulo ¢ dimensionamento de una estrutura 6 necesséria 8 determinarao dos esforyos externos e internos; além disso, & necess&rio saber, ‘também, como calcular as deformacdes. Muito esquemAticanente, pode-se dizer que a disting&o entre Resisténcia dos Materiais e Estética das Construgdes esté em ~t- que a primeira tem como objeto o estudo das tenses, des deformacdes e dos teore mas gerais relatives a energia de deformardo, eo passo que a Ultima visa a deter minagdo dos esforgos reativos e solicitantes (a partir dos esforgos externos ou outras causas de esforcos como, por exemplo, variacao de temperatura, recalques de apdio, etc.). 3. Tenses sdmissiveis. Todo 0 corpo em equilfbrie, sob a ago de esforcos aplicados, esté sub, metido a tensdes; aléa disso, todo material comhecido, sujeito a tensoes, se de- forma. Considerando um corpo qualquer, em equilfbrio sob a acao de determina~ do sistena de carges, admite-se que a intensidade dos esforcos externos anmente Progressivanente. Aumentarao, também, os esforcos solicitentes e resistentes e as deformacdes do corpo em estudo. Fode acontecer que se atinja un determinado estado de tensdes para o qual o material do corpo se desagregues nesse caso diz se que 0 material rompeu. Yo dimensionanento de uma estrutura é necessrio dar a cada una de su- as partes, dimensdes tais que sob a aao dos esforcos aplicados néo se verifique a ruptura em nenhun dos seus pontos. Pode acontecer, também, que antes da rupty, ra se atinja, na estrutura, um estado de solicitagao para o qual as defornastes sejem denasiadamente grandes} nesse caso as dimensdes devem ser determinadas com @ condigao de que as deformagces sejam menores que um determinado valor prévia-- mente estabelecido. Chama-se tensso de ruptura o valor da tensao que ocasiona a ruptura « Bese valor se determina experimentalmente para os diversos materieis empregados nas construgdes; conforue 0 tipo de sclicitayso: trarao, compreaséo ou cisalha-~ mento, determina-se, em ensaios de laboratério, para cada material, a teneio de ruptura correspondente. Para a aplicacéo prética dos valores das tensdes de rup tura deve~se considerar que os ensaios de laboratério sao realizados en materi— ais de propriedades geralnente ben conhecidas, e em corpos de prova de formae di, mensdes perfeitamente determinadas; além disso, o ensaio 6 realizado com a técni_ ca de laboratério onde, para determinar, por exeuplo, a tensao de ruptura A tra 0, procura-se reprodusir no ensaio, com tida a perfeicao, 2s condigdes ideais de carreganento de uma barra solicitada axialmente por uma fSrya de tragdo. Quando, na prética, se trata de dimensionar ums esiritura, 6 necessé— rio, porém, levar em conta outros fatores, que nao intervén nos ensaios de labo- ratério; assim, quando da execugao da estrutura projetada, o material utilizado poderé apresentar defeitos internos, ou as dimensdes © « forma da estrutura pode, réo ser ligeiranente diferentes das previstas, ou as cargas e as condicdes decar reganento poderao nao reproduzir fielmente aquelas hipsteses que se aduitiran pa rao eflculo. Bn vista disso, o dimensionanento deve ser feito com um certo "coefici, ente de seguranga", isto 6, estabelece-se que as tensdes que se verificam na es= trutura sob a agao das cargas splicadas nao devem ultrapassar, para cada tipo de solicitacao, wma determinada tensad, denominada tenséo admissivel, obtida divi— dindo o valor da tensao de ruptura correspondente por um mimero (coeficiente de sequranca), sempre maior que a unidade. Assim, por exemplo, se @,,, 6 a tensdo de ruptura determinada no en-- saio de tragio, as tensdes normais ~~ de tracéo que se verifican na estruturade ven ser tais que: o Bee 5 onde s 60 coeficiente de seguranga e @ a tensao admiss{vel a tracao do mate rial de que 6 feita a estrutur © coeficiente de seguranga s & fungéo do material e do tipo de soli~ citaecdo (tracao, compresséo ou cisalhamento). Os manusis de Engenharia apresen- tem tabelados, para diversos materiais, as tensdes de Tuptura, os coeficientesde seguranca e as tenstes sduisefveis. A t{tulo de ilustregso eso dagos a seguir ql guns valores dos coeficientes de seguranca e das tensdes admissiveis. Xoterial Sosficientes de sequranca pedra: 8 alo maded: 4 a8 consreto: 25a 5 ago: 6a 2 Chamando: © , = tonsdo aimissivel & tracdo G , = tensdo sdmissivel & compressao % = tensio sdmissivel do cisalhanento, 0s valores médios das tonsces sanisetveie (oa xe/en”) sito 290 doce lasinado | 1200 a 1800 | “1200 a 1600 | 600 @ 900 ferro fundido | 300 300 | Oj conoreto armado | : 6allo0 | 8a2 concreto simples | 5 5a 6 sper madeira | 40 a 100 40 a 100 6a2 | pedra - granito 0,175 \ 40a 0 - | | Pedra - erenito W1Te we | = | 2 as ates igen! |e Be AE page Se 3 1 B= tragho. = es Se 0 nico esfSreo solicitante que atua na secedo transversal de uma barra é a férga normal N, como se daria, por exemplo, no caso de uma barra reta tracionada ou comprimida axialmente (fig. 4), imagina-se pela pequenez da secgao traneversal (de drea S), que ag tensdes, que em cada sec- 0 a equilibran, se distri- f busm uniformenente, isto 6, wor que em cada ponto de seccao | @ tensao seja: — c =} (4.2) u. i £ Se a férya normal for de tracdo, também a ten~ 880 0 seré; anbloganente, a nay uma férga de compressao corresponderé uma tensao de compressac. ‘Tem-se, em qualquer ponto da barra, um estado simples de tensao, cujas ~~ propriedades seréo apresentadas no § 7. ~~, De acdrdo com o que foi visto no pardgrafo anterior, o edlculo de veri, ficagGo das dimensées da secyao trensveraal seré feito com a férmila: portanto: ns4. a 4°) Soldas. Para a emenda de chapas met4licas pode-se, tanbém, empre- gar a solda. 0 proceso consiste em aquecer as duas superficies a serem colda— das © depositar, entre eles, um metal fundidg. Nessas condigdes, poden-se ter as As chapas de 1/16 até 1/8 de polegada p Pp podem ser ficilmente soldades de tdpo, em Sngu- §— —e— CP Jo reto. 0 tipo indicado na fig. 1b (enV) & (a) aconselhado para chapas de 1/6 até 1/2 polegada. Wo caso de chapas de espessura maior que 1/2 pop Pp legada adota-se 0 tipo da fig. Mic (om duplo V). 4 -—— YF] esses casos 0 cAlculo a ser efetuado (6) muito simples; chanando de e a espessura @ > a largura das chapas, deve-se ter (4.4): P Pp z — a, eee % Gi (c) onde P 6a férca splicadae @ a tensao ad Figura 11 missfvel a tracao do material da solda. Outros tipos de solda, em juntas de superposigao, sao também emprega-- dos. Nesses casos o material fundido é depositado sob a forma de um prisma de ba je triangular, tal como se indica, por exemplo, na'fig. 12. Se a espessura da cha~ pa for e ese a solda fér colo ss 4 oa +e 2 cata a 45¢ (ver. fig. 12), dover pase, P se ter (5.4): ea eeees reaaah eke onde F 6 a tensio admissivel ao cisalhamento do material da sol- ds. Sega condicao exprime que a s0lda nfo deve cisalhar segundo © plano MN. Daf se retira o compri, M wento da solda: a, ie See oles, oF = oF N Figura 12 5®) Duss pecas de madeira, de secgao transversal retangular (de largu- ra b= 20 ca), devem ser reunidas por meio de duas chapas, tal como se apresen- tana fig. 13, pera resistir a fra axial de tragao P= 12+. Dimensiqnar os -10- juntas com as tensdes admiss{veis seguints e 3 = 6 tafe’ ca = 15 te/en! (nadeiza) 7 = 120 tale 4 2, = tales? (chapas). Para determinar g, fixemos a condigao de que a madeira nao rompa por cisalhanento segundo AB; portanto: , ¢ T$ as respectivas tensdes de cisalhanento. Cortando do corpo, no ponto considerado, um prisma, de espessura uiitéria, limitado por $3 ses dois planos e pelo terceiro plano, onde atuam as tensdes @ e T que se que ven conhecer (fig. 17a), verifica-se que nas faces désse prisma atuarao as resul tantes das tensdes indicadas na fig. 17>. Anulando a soma de seus momentos em rg Jaga0 eo ponto 0, por onde passam quatro des seis resultantes, acha-se (chaman~ a * TTT Hit 8 Figura 17 4- do de de a rea da face do prisma onde atuam Pe T, ede & o Angulo que essa face faz com direcao de @,): ® ws & Th ds cos. Basen +7, ds sone . cost = 0 donde: Z =-t (8.2) © que indica que, no estado de equilfbrio, as tensdes de cisalhamento em dois pla nos ortogonsis sao iguais e de sinais contrdrios. A soma das componentes das resultantes da fig. 17b, nas diregses de o” eT , devendo também ser mila, condus a: da = 75 ds cose « cose +h as eos . sent + +0, ds sen% . sent - 7, ds sencl . cose T ds =~ 0% ds cose « senm +75 ds cone . cOBK + +0, ds sene cose + %, ds senet . sen ol donde, substituindo T$ por - 7 ¢ dividindo todos os térmos por ds: © 20% cos" +7, sen'X - 27, sen% cosa T 20, ~78) cone cos = 7, (cos*e - sen“o ) ou, (usando as conhecidas relagdes eee sen 2% = 2 senet cos, 2 sen2a =1- cos 2x, 2 costed = 1+ cos 2x)(*): T= 7, snk +7% cose ~z, sen 2X = (8.2) 0 ° 0 Ht -% = Ot 2 c08 20-7 sen Zoe (8.3) o ~o% T => oon 2m ~7, 008 20 (8.4) Quando % varia de 0 a7, os valores de 7 e¢ 7 também verian , passando por um mérino e por um minimo. Os valores m&ximo e m{nimo de & verificar-se-do quando a soma dos dois W1timos térmos de 8.5 (pois o prineiro térmo do segundo membro constante) fer méxima ou minima, ov ae (usando as férmiles do anexo I, com@ = 2K, A= =- = (#- Ze B= (0x -9,)/2) quando 2% te 20 "aa = (8.5) ¢ valerfo, respectivamente (substi tuindo em 8.2 os dois itinos térms por «+++ t Vie + + de acérdo com o exposto no anexo I): (*) Para dedugao das equacdes 8.5 ¢ subsequentes, usar-se~ao as férmlas epre-~ sentadas no anexo I. otoe fam =2;. areca (8.6) % to % =O, od (anan2)2 3) Zen ap! +o ‘Essas tensdes denominadas tensbes principsis, atuam em dois planos or~ togonais pois, como se mostra no anexo I, os ngulos 2a definidos por 8.5 a~ cham-se defasados de 160®, Seus valores sao, de acdrdo com as férmlas (c)e (4) do snexo I e substituindo 0 radical pelos seus valores tirados respectivanente das duas expressies 8.6: ok -9. ek Tt tee, = E ° (8.7) ot tee, Le onde % © %5 silo os Angulos, defasados de 90°, que os planos onde atuan oo eT, ou sejam, respectivanente, as direcdes de-T; © T2, fazem com a diregao de 5, medidos a partir desta, em sentido octet (fig. 17c). Wos planos em que atuam as tensces principais, nao hé tensdes de cisa~ Ahamento, pois que os valores correspondentes de 2e, dados por 8.5, amlano se gundo membro de 8.4: Senn T = (25 te 2a ~ 7) cos 20 = (F, - %) cos 2a 0 Por sua vez os valores m4ximo e minimo de T obtem-se de 8-4, usando as f6rmilas do anexo I com @ = 2a, A= (GS, -0$)/2 e B=-Ty. Mes se verd ficam para u, -a% tg 20 =~ 2u, (8.8) expresso cujo segundo membro multiplicado pelo de 8.5 d& - 1, donde se conclui serem defadados de 90° os valores de 2et obtidos com 8.5 e 8.8, isto 6, os % a que correspondem os valores méximo e mfnimo de T valen X1+ 45° eM + 45°. De acérdo com a dedugdo do anexo I, @sses valores sao s Yat+ Be , correspondendo 0 sinal positive aT nex ¢ 0 negative a Zpin« Pode, pois, es— crever-se, notando tanbém que o radical 6 o mesmo que figura nas expresstes 8.6: Tee mire (8:9) tensdes que atuan, como se viu, em planos ortogonais, bissetores dos diedros for mados pelos planos onde atuam as tensdes principais 8 planos bissetores as tenses normais sao iguais a o, +08 G5 (8.10) como se deduz de 8.3, cujos dois fltimos t8rmos se anlan quando se substitue .. ~16- tg 2a pelo seu valor tirado de 8.8, 0 que se percebe inediatamente pondo-os sob 2 forma ot 0, T , cos au C= te 20). Comparando 8.6 e 8.9, pode ainda escrever-se: oT, +05 oe eos 2 2 * max g +9% = Bike. S25 an mex (8.11) donde, somando as duas expressoes 8.11, verificar-se que a soma das tensdes nor- mais que agen em dois plancs perpendiailares quaisquer é sempre a mesma e igual % soma das tensdes principais, pois: o, +0% =o, +0, (8.12) Do exposto se verifica que basta, para caracterizar o estado de tensao em térno de um ponto, o conhecimento das tensoes principais (em intensidade . ai regao). Com efeito, se se fizer, en 8.2 ¢ 8.4, T=], T§=T2 © T . ven, para ag tensdes en ua plano quilgier, definido pelo fngilo & que cae fan com a direao de T) (fig. 170): T=G, sen +O, cos (8.13) Ta -T,) sent cose (g.14) Multiplicando 8.14 sucessivamente por cotg% e - tg ol e somandocom 8.15, obtem-se ainda: oa T+ Tten 1 oa T= tte (8.15) Resumindo, verifica-se que, no estado duplo de tensao: 2) As tenses normais méxima ¢ minima denominadas tensdes principals tieoe dois plenos ortogonais, onde nao atuam tensces de cisalhanento cla Me 2) A soma das tensdes normais, que atuam em dois planos ortogonsis quaisquer, 6 constante e igual & soma das tensdes principais. 5) As tensdes de cisalhamento m&xina e minima, que sé iguais © de si, nal contrério, dao-se nos planos que fazem Angulo de 45° com osplancsdas tensoes principais. Nesses planos atuam ainda tensdes normais iguais & semi-soma das principais. 0 valor absoluto das tensdes m4xima e minima de cisalhamento é igual & semi-diferenga das tenses principais (fig. 174). 4) As tensdes de cisalhanento, que atuam em dois planos ortogonais quae quer, sao sempre iguais e de sinal contrério. Melhor idéia se faz da variago das tensées em térno de um ponto,no es tado duplo de tensao, com es representagdes gréficas da elipse das tensdes e do sfroulo de Mohr, estudadas nos §§ 11 @ 12. ae 2. Gasos particulares. Quando uma das tensdes principais é mila, diz-se que hé esti de tensao (fig. 18a); 6 0 caso j4 apresentado no §7. Tem-se, entao, de 8.9, .. 8.15 © 8.14: le) See = Tein (9a) © 20, sone (9.2) T =@ sone cos (9.3) Figura 18 Quando nos planos em que agem Tagx © Trin se tem 6 = 0, dimsege b& cisalhamento simples (fig. 18b). Tom-se, entao, de 8.10 ¢ 8.12: Se Oe ore gD aed (9.4) Tae =~ Fain = GI (9.5) Quando es tensdes’principais sao igueis, diz-se que h4 tensso unifor—— mg, Tem-se, entao, de 8.13 e 8.14: @ =, =¢, (9.6) T=0 (9.7) Qe Bremploss 18) Um tubo de 2m de difmetro e 0,4 om,de espessura, fechado nas ex- tremidades, suporta a pressio interna p= 5 ke/cu”. Determinar o estado de ten sdes mm ponto qualquer da parede do tubo. De acérdo coma fig. 19, as tensdes radial e longitudinal, produzidas pela presséo interna, séo as tensces principais 7) © Tp. Os valores dessas tensdes se obtem imediatanente; assim: =PE 2210, 2 o=1F-tk = 1250 ke/cn it Figura 19 2 ote Bie 3. ae *,* tere 20" = 625 alent ‘A tensao de cisalhamento méxima 6 ‘eat «6, ggg Ew Bw 1045 tafe? max 2 Ten-se, entao, todos os elementos que definen o que se estabelece na parede do tubo. 20) A barra da fig. 20, de secgao trang versal quadrada, de 10 cm de lado, 6 solicitada peles fércas N= 1000 kg e Q= 500 ke mmadas sécgoes trensversais. Calcular as tensdes princi pais e 4 tendo md&xima de cisalhamento, na secs: onde se éplica a férca cortante Q. = aA Na seceao transversal da berra onde atu, am simlt&neamente, a férga normal Ne a force cortante Q, obtem-se o estado de tensao, por su- perposigao dos efeitos de.cada ua daquelas f0r- gas consideradas separadamente (§§ 4 5). issim em cada ponto da seceao transversal haver una ten " sao normal: X_ 100 2 7, = Ba HO 0 10 g/ea! Figura 20 e uma tensao de cisalhanento: = 2.0. ? Thee. ee ae Como nas seogdes longitudinais da barra nao hé tensces normais, temse Tf = 0, ficando’ assim conhecidas tOdas as grundezas que caracterizan o estado dy plo de tensao que h4 no interior da barra. A tensao m&xima de cisalhanento obtemse de 8.9: z fo Toe = Bere aos 2527 ke/en® Aplicando as equag’es 8.11 achan-se as tonsde principais en qualquer ponto da secodo: g, ee Ts 1a 12 nae G O ature cee 2 Srna 27 T= = 2 ke/ont |_ Owwerverse que as tensGes principais sic, una, de tragic, © cutra, de compressa0. AL, Blinge das tensoes. Qonsidere-se (fig. 21a) a resultante das tensces 7 e T que atu am na seceao inclinada de e& sdbre a direcdo de’ 0}, representada por un vetor aplicado no meio da seogio. Quando & varia, o vetor se modifica, descrevendoa sua extremidade uma curva que é a elipse des tensdes (fig. 2lb). Com efeito, a Projecao da resultante na direcao de 7 6 x= sen + 7 cos x © na diregao de 7p, y= TosK - TsenX. Dividindo esses equagces respectivanente por sen% ¢ cose e tendo em vista as igualdades 8.15, vem: is =o, geno = "2 cost = 2 oe sent = coset = (11.1) a 2 sone + cos = “5+ ire (a1.2) oo 2 equaglo de uma elipse de eixos paralelos a T, © 2 © semi-eixos iguais aos vy lores absolutes dessas tensdes, caracterfsticos @sses que facilitam o tragado da Li 15. Sua principal propriedade 6 a seguinte (fig. 21b): todo se= mindigmetro OC (que faz com o eixo das abcissas OX o @ngulo 9) representa , Figura 21 -20- ex direcio © inteusidade, a tenséo resultante en uma seccdo através do ponto con siderado; esta secgao é « paralela & reta DD', que faz.com OX o fnguloe (me dido em direcao oposta a f) definido por ¢, teh. ten 2 (12.3) cr Com efeito, temse (fig. 21b): ede 11.1: 6, ¢, C3 ghee tect. tof = SET. teh ae. =o 12. Cfroulo de Mohr. Outro método dexepresentagao gréfica das. tensces em térno de um ponto 0 cfroulo de Mohr. Para tragd-lo, tonanese dois eixos ortogonais, representan, dowse as tensdes norsiais @ em abcissas e as de cisalhamento & em ordenadas (tig. 22)3 0 cfrewlo em questao ¢ o que tem por centro o ponto de ordenada 0, e Figura 22 de aboissa @, +2)/2 © cujo raio.é r= @, -9>)/2, tomando-se para. Sy “8 reson ee principais. 0 cfreulo de Nor tem a seguinte Pcoaeietes to. do o-raio que faz como eixo das abcissas um Angulo 2et medido emi sentido dex- trorso, corta 0.ciroulo no ponto cujes coordenadas corresponiem As tenstes © e % que stuam no plano que faz o &ngulo e& com a direcao de T,- Com efeito, o valor de T , tirado da fig. 22, 6: @, -o, Tar sen2u st 2 eode co: -2 t% o-9, Oa 2 AS cos 20 2 7 send + 01, cos” igualdades essas que coincidem com 8.14 e 8.13, A equagao do efr= culo de Mohr 6, como se de- 9 y daz das condigoes impostas para a posicao do seu cen-~ tro eo tamanho do seu raio: 2? = (0, -7)(o-0,) & ?'(az.2) © ofrenle pode ser tragado_ quando se conhecen as tensces em dois planos Perpendiculares quaisquer. Sejam eles 7,7* © = = -%*; determinam-se (fig. 2) ee pontos (@,7) e (*, =) ¢ traga-se, sObre a re ‘ta que os une cou di’metzo, ee um cfroulo, que é o procur; do, pois nele se tem (8.12): = “+e, cooks we ons age, SO ote No caso particular de ser ¢* = 0 (caso importante, pois corresponds 0 estado de tensao em una barra solicitada simltineamente por uma férga cortan, ‘te e por uma fora normal ou um momento fletor), 0 cfroulo de Mobr corta o eixo das ordenadas, como se vé na fig. 24a, Nos planos que passax pelo ponto, havers, pois, tensdes de compressio © de tragio, cujos valores linites (7 © -0%) sao diferentes de 7 ; do mesmo modo o m&ximo valor das tensdes de cisalhamento é di- ferente de t (ver o 2 exemplo do § 10). Quando T = 0,.a8 tensdes 7 e 7* serao as tensces principais. Se taubén 7"* = 0, teu-se o estado simples de tenso (§§ 7 e 9); 0 ofreulo tangenci, aré 0 eixo das ordenaias (fig. 24b) e 7 ser& o valor m&ximo absoluto das ten sdes_normais que sé terao um sinal (serdo 96 de compressao ou a6 de tragso); a tenso méxima de cisalhamento §T max = |7|/2. No estado de cisalismento simples (§7),7#07* = 0 ¢ olctreulo serk simétrico em relacao a0 eixo das ordenadas (fig. 24c); tense Tyo, = T © aston ses normais variarso entre 72 =~-7% (coupressac) e 7, =~ (tracho). Quando es duas tensdes principsis forem iguais (estado de tensa: fgme, § 7), o_cfrculo de Mohx reduz-se a um ponto: em tédas as secgoes as ten s0es nommais sao iguais &s principais e as de cisalhamento sao mulas. GQualquer estado de tensio pode ser decomposto em dois outros,um de tea so uniforme e outro de cisalhanento simples. De fato, de acérdo com o que se a presenta na fig. 25, a superposigao do estado de tensao uniforme (b) com 0 esta~ do de cisalhamento simples (c) conduz ao estado de tensao (a). Quando se conhecem as diregdes das tensdes principais pode trepar-se , Giretamente, a direc do plano en que atuan as tensoes 7 e T , usando o do cfreulo de Mohr. Sejam 7, © 72 as tensdes principais (de intensidadés Gao | Gar cisalhamento simples compresséo simples 1980088808888 8808888888088 888828 ddd dh hd dk hdd cay direcdes conhecidas) atuantes nos planos indicados na fig. 26; denomina-se polo @ chrono do Noir o ponto Py interseegao do ofrculo com a paralela & direcao de ©; pessante en A. Pera determinar a direySo do plano om que agen as tensoes 7 eT , basta tragar a reta que une o ponto D (de coordenadas J e © ) com o polo P. B G ‘Figura 26 Com efeito, de acéréo com a fig. 26, 0 Angulo formedo pelas retas PD e PA 6 igual ao Angulo ef que o plano de © e T faz coma diregao de 7). © polo pode, também, ser usado para tragar as direcdes des tensdes prin cipais quando se conhecem (em intensidade e diregao) as tensces em dois plenos ~24— Perpendiculares quaisquer. Sejan 7,7* ¢ ZT =-Z* as tensdes conhecidasque agen nos planos ortogohais indicados na fig. 275 trace-se o cfroulo de Mohr cor- respondente © determina-se o polo P tracando pelo ponto de coordenaias 0 © @ , a paralela ao plano onde atuem essas tenses. As retas PA e PB forne-- cen, respectivamente, as direcdes de 7 ye de Tp. Problema interessante que se resolve com facilidade empregendo 0 palo do cireulo de Kohr ¢ 0 da superposicao de dois estados de tensao. Considerem--se 08 estados de tensao (a) ¢ (b) indicados na fig. 28, cuja soma (c) se deseja co- mheoer. Tragados os cfrculos de Hohr correspondentes ¢ determinados os polos P* eP", tregan-se por P", pardlelaente a P'A' e P'B', as retas PYD" e P'E". Os Pontos D" e representam as tensdes (gy, t"* e@", 7") do estado (b), agentes Grow g -Ge ee & zt ae ec \- gq A Geo" (a) G : 1 (6) (¢) @ = nos planos de ©} e @j. Somando, grBficanente, as coordensdas dos pontos D" e 5" com, respectivamente, as coordenadas de A' e BY, obtémse os pontos D e By que determinam o cfrculo resultante, representativo do estado de tensao (c). 0 seu polo P 6 obtido tragando pelo ponto D a paralela & reta DIP", B interessante observer que 0 centro C do cfrculo resultante é tal que: ea, Ba Gr = OC igualdade que permite verificar a exatidéo do tragado gréfico efetuaio. 23, Estado triplo de tensao. A elipse das tensdes e o circulo de Nohr estudados nos §§ 11 e 12, a- Plicamse ao caso de tensces mm sistema bi-dimensional. Se eles se manifesta ‘Tem no espago, com componentes em trés dimensdes, demonstra-se que hé trés ten ses noruais principais, perpendiculeres entre si, % duas das quais sao os i mites nao ultrapassados por qualquer outra ten- 880 nozmal agente sdbre os panos que passam pe~ o ponto considerado. Hé entso um elipséide das tenses, que substitui a elipse, cujos seni-cizos orientam-se na direcao das tensdes principais e tém por medida as respeg tives intensidades. a A representa~~ geo de Mopr, que conti-~ ma a ser feite no plano G em relagao aos eixos co- Figura 29 ordenados OTe OT a (fig. 29), contém trés cfrculos, iguais aos dos estados de tensao que agen nos ‘trés planos perpendiculeres as direcdes das trés tensdes principais 7)? 72>9;. Chemam-se tensces principais de cisalhamento as quentidades: 0-6. 5-0, o, -9, od eee Coen (i541) cujos valores absolutes sa0 iguais sos raios dos trés circulos da represents;io de Mohr e cuja soma 6 mla: T1+%+%=0 (23.2) As tensdes normais variam entre os limites 7, e 7; e as de cisalhe- mento entre -T e T>. 0s valores’ 7 e@ T das que atuait em um plano qual~ quer que passe pelo ponto considerado coinciden com as coordenadas dos pontos qe se acham nos arbelos hachurados da fig. 29, limitados pelos trés cfrculos cita— aos. Ya seco transversal de uma barra onde age apenas um momento fletor M = caso denominado de flexto pura- os esforcos resistentes manifestem-se sob a forma de tensdes de compressao e de tracso (tig. 30), cujas respectivas resultentes Fy e Fy sao de igual intensidade, mas de sen- tidos opostos, formando um bindrio de momen toiguala M. Se 2 féro braco de ala venea (distancia entre as linhas de agao de Bye F;), ter-se-é Ma Foe Poe (14.2) As consideracdes feites sdbre os Figura 30 esforgos resistentes que se opden a M nfo se alterargo se a tase monento fletor se adicionar una férea cortante Q, porquan to as tensdes_que desta se originan sio de cisalhamento ©, porisso, achando-se no Lano da seccGo, nfo influirao nes resultantes Fo ¢ Fi, que Ihes sio nomais haveré, entretanto, influéncia de M na distribuigao das tensdes oriundas de Q, como se veré nos §§ 19 a 21). A Sste caso d&-se o nome de flexao simples. Dagui por diante conside-- var-se~4 a flexao pura como um caso particular da flexdo simples, em que Q=0. _ Se s0 momento fletor M adicionar-se uma férea nomal HN, dis-se que hé flexao comosta (*), a qual ser& estudada nos §§ 23 a 25, deixando entao de ser vg lidas as consideragoes anteriores sdbre as férgas Fy Py. A flexio - simples ou conposta - diz-se normal quando 0 seu plano con—— ‘tém um dos eixos centrais de inércia da seco&o; en caso contrério ola é obliga (§ 17). A razdo de ser desta classificarao ficaré elucidada com 0 que adiante se expe. Os diversos tipos de flexao que acabam de ser definidos podem ser reuni, dos no seguinte esquena: ‘ 2) Flexio simples { nomal (quando Q= 0: flexao pura) oblfqua, b) Flexao composta (quando Q= 0: tragéo on com ae pressao excéntrica) ee ¥ sin; 4s tinicas condigdes impostas pelo equilfbrio dos esforcos, no caso da flexdo simples, sao as representadas pelas igualdades 14.1, as quais nada esclare cem s8bre a lei de distribuiggo das tensdes pelos diferentes pontos da aeccao. U- ma primeira hipstese pode ser feita, se o plano de acao do momento cortar a sec-- go segundo un eixo de simetria: nao havendo motivo para que se considerem dife- (+) Quer haja ou nao férga cortante. Se esta nao existir, a flexso composta po- de ser chamada compressao exc@ntrica ou tracao excéntrica conforme N seja de compressao ou de tragao. - -21- rentes as tensdes de un lado e do outro désse eixo, pode-se, em face da pequenez das dimensdes transversais, supor que elas se distribuam uniformemente ao longo das faixas perpendiculares Aquele eixo (como AA’, por exemplo, na fig. 31). Para lelamente so plano de agao de M, nao se pode, evidentemente, fazer a mesma hipS- Figura 31 tese, pois, como se viu, as tensdes devem ter uma resultante mula (Fy + F, = 0) - A lei mais simples que pode ser admitida, 6 a da distribuicao linear das tensdes (hipStese de Bernoulli), que realmente se verifica nos casos mais frequentes da prética, Fixadas essas hipSteses torna-se fécil determinar para 0 caso da seogao sinétrica considerada, os valores néximo (méxima tregéo) e mfnimo (méxima compreg, 880) das tensce Seja (fig. 51) uma barra de seceao transversal qualquer: tome-se um ei, xo Gx que passe pelo seu centro de gravidade © que seja perpendicular ao plano de apao de M; chame-se b a largure da barra a uma distincia y de Gx e de-- signe-se por © a tensao normal que ai se manifesta. Bn cada faixa AA' de alty va dy, a resultante das tensdes 6 ob dy @, om téda a secgao: y {ere Mes @ , por hipStese, varia linearnente com y, ou seja, 0 = = = Fyj logo: y" 7’ reon( O7+0 ou { - y" ora, a Ultima integral representa a rea S da secgao e a peniltima o seu momen- to est&tico em relecao a um eixo passando pelo centro de gravidade e, portento, mu lo. Vem, pois: y+oe Foe y vrere| bays PeOscs, ~28- donde exo e oxy; Asto 6, as tensdes sé0 nulas s0 longo do eixo Gx que toma, por isso, o nome de iinha neutra. For outro lado, o momento de todos os @, om relagdo a Gx 6 cD rovanal vy ay pcenee @ deve ser igual ao momento M. Vem, pois, notando que a fltima intogral repre-- senta o momento de inéreia J da seccao om relagdo ao eixo Gx: c MeageSs y donde: oat, (15.1) equagao que d& o valor da tensdo em qualquer ponto da seccao. Os valores extre-- nos obt@mse substituindo y por y' e -y", ou seja, tendo om vista as defini- goes de médulos de resisténcia W' e W" da seccao (*): ety oe etn AL ossy air oO aT y aie (25.2) Essas férmilas justificam a denominagao de "nédulos de resisténcia" da- dg Bs grendezas W'e li". De fato, sendo @_ © Tg, respectivanente, as ten -- s0es admisefveis A tragao © a compressio do material da barra, deve-se ter: eek F 2k Cer: 2% (15.3) ou seja, para uma dade tensso admiss{vel, o momento m&ximo a que a seccao trans—— versal da barra pode estar solicitada 6 proporcional ao médulo de resisténcia cor, respondente. © brago de alavanca 2 (fig. 31) 6: ou, notendo que a fitima integral representa o momento estético, M,o, da parte da secyao situada acima do eixo Gx, em relacao a sse ef — Fabs Mes finalmente: to (15.4) Moo (*) Observe-se que, na dedugao epresentada, considerou-se M positivo quando cau 8a trago no lado de y'; continua-se fazendo © positive quando representa tensao de tragao. 29 Daf se conclui que o brago de alavanca do bindrio formado pelos esfor~ 90s resistentes depende inicamente da forma e das dimensdes da secgao transversal. Do que foi apresentado resulta que as secgdes transversais mais econSni, ces, isto 6, mais resistentes & flexao com rea (mesma quantidade de mate rial) sao as que apresentan maior médulo de resisténcia (maior quentidade de mate, Fial_afastedo da linha neutra). Daf a razao pela qual as vigas de aco apresentam secpdes transversais como as que se indicam na fig. 32a, 1 Of (6) (@) Geel Figura 32 Nas barras que podem sofrer flexso segundo varias direcdes (como aconte ce, por exemplo, no caso dos postes), as seccdes vazadas (fig. 32b) sac sempre mais resistentes A flexao que as seccdes nao vazadas de mesma dre. Nas vigas de seceao retanguler (como, por exemplo, as vigas de madeira) procura-se, sempre que possfvel, fazer a altura bem maior que a largura, pois , neste caso, se tem (fig. 320): 2 Wewew shh (15.5) isto 6, W varia como quadrado de h, e, consequentemente, a capacidade de re sisténcia & flergo amente mito mais ripidamente com um acréscipo de h do que com un scréecimo de b. Poderso as mesmas hipéteses feitas para 0 caso da solicitario simstrica estender-se ao caso,om que o plano de acao do momento fletor nao corta a seccaose gindo_um eixo de sinctria? Nada h& que se oponha A hipStese da varisgao linear m éiregio paralela ao trago do plano de M; mas quanto & distribuigso uniforme das ‘tens0es na direcao que lhe 6 perpendicular, pode haver uma restrigko: 6 preciso que escas tensces nao venhen dar origen a un bindrio agente em plano normal Aque- Je trago. De fato, o momento da resultante das tensdes em relagao a ase trago & igual & integral dos produtos x 0 d3 (fig. 31), ou, como e hipStese feita leva- riaa O'= ay, como ecima se viu: ates, onde Izy 6 0 momento centr{fugo em relagSo aos eixos Gx @ Gy que passem pe Jo centro de gravidade da seccao. Para que as hipéteses feitas sejam vélides 6, pois, condigao necesshria que se tenha Jyy = 0, isto 6, que os referidos eixo sejam eixos centrais de infroia da seccao. Essa condicao ficaré preenchida seo Plano de agao de M cortar a seccéo segundo um de seus eixos centrais de inéroia ~70- isto 6, se_houver flexio nomal, de acbrdo com a definiggo anterior. Nessas con @igdes serdo aplicdveis tédas as dedugdes désse parégrafo e, portento, as f6rm—— las 15.1 2 15.4. 16. Exemplos 19) A vige prismética, de seccdo transversal retanguler,representada na fig. 33, € de madeira com tensao adnissfvel (4 tracao ou & compreseso) @ = 100 kg/on? e péso espectfico Y= 0,8 ke/an3. Determi- ner a altura h da seccao transversal, sabendo—se pP=r2t que a largura é b= 16 cm. © momento fletor m&ximo, en valor absoluto, se veri- fica na secgao de engastanento e 6 igual a: 022m zg martes pout Figura 33 Desprezendo, inicialmente, o péso préprio da viga , vem: M= PP = 1200 . 200 = 240 000 ke x om donde (15.3): =H. 240.00 _ 3 Wage To = 2400 oor n= (Ee 22400. 50 om Considerando, agora, a influéncia do péso préprio: 2 = pen d= 09216 25 x= 760 te x an = 1600 ke x on © portanto (15.5): obtém-set w = BALE = 2477 oa? e daf: n= SRR . 50,5 on valor que pode ser considerado como definitive, pois que wm novo eéleulo do péso préprio conduziria a uma alteracso despresfvel de h. 20) Dimensionar o poste de seocko transversal circular da fig. 34, com os dados seguintes: = 100 kg/on* (madeira), f=5me P= 200 ke. © momento fletor méximo se 44 na secgao do engastanento e é igual a Pt. Portanto, chamando de R 0 raio dessa seccao, deve-se ter (15.3): ¢, consequentemente: 3 3 4 ne EE AW OE 4. 0,0 c0 Se 0 poste fér de seccéo transversal constan- te, serd Bsse 0 seu raio. No caso de seccSo transversal variével & inte ressante pesquisar qual a forma do poste que conduz 20 aproveitenento m&ximo do material ("forma de igual re— sisténcia"). Para isso, impde-se a condicao de que a tensdo normal mdxina em t8das os secgdes transversais se Ja igual a G ; dessa forma, tem-se, para uma seceao transversal distante x do tdpo do poste (fig. 34): =3le en. e ¥ equagao de uma pardbola ctfbica que fornece a lei da va~ riagao procurada (fig. 35). Na prética nao 6 zr 4 res atk 1 * R Figura 34 econtmico fazer-se vaiar a secc3o transversal de acdz dg cots » led aoina dedusida (princiyalnente yor causa das diziculdades de exccu—~ a0). BR, eR > Fode-se, porém, tomar o trorco de cone cuja ceratria é tangente & pardbole no ponto de abscissa x= 2 + Nesse onto, a inclinacao da tangente 4 pardbola & a t ono 20 dedus fecondo x= 2 na expresso da deri vada de r em relacao a xr ae a a xin ol cre seria Tea-se, assim, um poste com forma tronco-cnica, de raio R na base ¢ 28/3 na secgao do tépo (fig. 35). Wo guadro seguinte, achan-se reunidos, para compa xagao, 03 volumes correspondentes sos vérios casos considerados (apresenta-se, também, o volume do tronco de cone cuja gerstriz 6 tengente & parébola R cibica no ponto de sbeciasa x= 0,665 e que & aoe © troneo de cone de menor voluze: ; 29 Cilindro de vaio R: arte Forma de igual resisténcia: 0,6 ¥, Tronco de cone de raio R na base © 2 R/3 no tépo: 0,704 V, Tronco de cone de menor volume: 0,654 ¥, 3*) Deseje-se cortar de uma tora de madeira de seccdo circular (di’me~ tro 4) uma viga de seocao retangular. Quais as dimensdes da secgao transversal da viga que resiste ao maior monento fletor? Chamando de b a altura, o problema consiste largura da secgio transversal da vigae de ha sua em determinar o ret&igulo para o qual W = bh?/6 6 mg ximo. Substituindo na expresséo de W o valor deh’ tirado da fig. 361 weave, resulta: ee we2de a E Derivando em relaggo a b ¢ igualando a zero, vem: a3 su donde: Bate ee QI que so as ainensdes procuradas. aes 36 1]. FlexSo simples ob]: No havendo coincidéncia do trago do pleno de H com um dos eixos cen —— trais de ingroia da seccdo, haveré flexéo oblfqua e as férmlas do § 15 nao se a plicarao diretanente. Entretanto, seré sempre poss{vel decompor Q momento fletar M em dois outros que atuem em dois planos perpendiculares & secgao e que conte-- nham respectivanente os seus dois eixos principais de inéroia Gy © Gx (fig.37@) t" (2) Chemando-os respectivamente de M, ¢ My, verifica-se que o primeiro deles daré lugar, em um ponto de abscissa x e ordenada y, & tensao (15.1): X M cos (et = g0¢) M senx oy=ay= a 2 ii zr i F x x Figura 37 a € 0 segundo, & tenséo (note-se, na fig. 37b, que My provoca trago do lado dos * negativos: daf o sinal negativo de x): 4 M sen (« - 90°) M cos oa (-x) = 2 (- x) =———29 x = J J v y y onde %» 6 0 &ngulo que faz o trago de M como eixo Gx (no sentido indicato na fig. 37a) e Jz © Jy 80 os momentos de inéroia da seccao em relesto a Gx © Gy, respectivenente, Ae tensdes Ox © G'y, tendo a mesma direcio, soman-se algdbricanente endo lugar & tensao resultante M sent B cos x er eee (17.1) x es) A linha neutra obtém-se com ¢ = 0, ou seja (17.1): 3 ok Ls 3 igi eee ape is ee ae z y donde: 3G res z cotget,.x > (17.2) equagao da reta Ii que passa pelo centro de gravidade fazendo como efxo Gx um @ngulo « (fig. 37a), definido por: a ted = z cotex, (x < «,) (17.3) A linha neutra IN eo trago do plano de M coincidem, entéo,com dois Ai’metros conjugados da elipse central de inéreia. Em todos os pontos de uma fai, xa qualquer BBY (fig. 37a) paralela B iinhe neutra Ll, us tensdes sao cons= tantes ¢ proporcionais & sua distancia t a.essa linha, Com efeito (17.1 ¢ 1.5; M sanet, Z es 0 a2 (ye Kx cote.) = ° x Ay M sen a M senx =— Hy - -_—— ae) J, cos * (27.4) pois que y~xtgx = t/oosx (fig. 38). De 17.3 vem: ‘ sent 000, ae expressao que equivale a 7/Mt (17.4) e donde se tira: T SEMA, cook ~ coBK, Sen seNc, cosK = cosoL, sen ut J, 008° J sent J, cose + J, seni onde o mmerador equivale a sen (%)-%) ¢ 0 denominador ao momento de inéreia J, em relagao ao eixo IN. Daf, uma nova expressao para 0 , onde M, represen taa projecao Msen (¥9-%) de M no plano normal a LN: Msen (=) oicmeeen es of 6 z, ook (17.5) As tensbes m/ eae substituindo + pelos seus valores limites t' e -t" nae 37a), ou seja, tendo em viste as definigdes dos médu-— Jos de resistinoia Wi WY da seoyao (en relepio a Lt): Maen (a, - x) (ee in Fs % M sen (ol, - x) nee J. 2 (27.6) -o%e f6rmlas anélogas &s 15.2. 28. Exeuplo A terca de madeira que se apoia na tesoura de: telhado repre-~ sentada na fig. 39 tem secodo retan gular de largura b= 10cm e alta ra h=15 cm, A inclinagao do te- Ihado 6 de 30° © 0 momento fle— tor méxino na terga é igual a 150kg xm, Pedemse as tensoes normaismé xima e minima na seegao transversal da terga. De acérdo com a teoria da flexao obliqua, segundo a qual a li mha neutra 6 una reta que passa pe= Jo centro de gravidade da secgao, € pelo fato de ser a tensao mum ponto qualquer proporeional & distincia désse ponto & linha neutra, conclu se dmedistanente que og valores 6x tremos das tensdes se dio nos pon-~ ir tos Be @ (fig. 39). Nessas condigses, tem-se (27-1 com 3 3 we, me yak 3,005, 3, <3 abe Figura 39 M sen ¥ 008. oma Ry vwf2 7 awe onde o' & a tensdo no ponto C e 7" a tensao no ponto B. Notando que Xo = 60° (fig, 39), vem: 1 2 ote 2 Mend, M cos, ef glaagts + W004 0,866 26, os vr/e - nve/e 10 x B 5x = 3AyT + 30 = 64,7 e/ea™ Se se quizer conhecer a inclinagao da linha neutra, basta aplicar 17.3: J, 2 x Be 25 tenes rs cots x, = - z cotg %, = - $3. 0,577 = - 1,299 donde: = = 52025". 19. Tensdes de cisalhamento na flexso. Se, na secgao transversal de uma barra, agem um momento fletor M e u- ma fOrga cortante Q, as tensdes normais que af se manifestam sao as mesmas que 0 momento M causaria agindo 96; es tensoes de cisalhamento, porém, nao se dis-- ‘tribuem do mesmo modo que as causadas pela férga Q aplicada isoladamente. As tensdes 7, embora sua resultante continue sendo igual a Q, nao sao mais constan tes em téda a secofo, mas variam com a distribuicao dos 0 oriundos de M. © caso mais comm, em que isso se a4, 60 des barras retas solicitadas por férgas coplanares perpendiculares a0 e seu eixo, Neste caso, qualquer que seja . eix0 ol bere a distribuigéo das frees externas p = =f (x), tem-se, para o equilfbrio das frgas que atuam num trecho dx da bam ra (fig. 40): Qt/Q = Q+aQ=Q-par Ms Mame Q ax pax “ ) donde, deaprezando 0 t8mo de segunda or | M+dm McEUVESVOETSa “cajcuse cquch3ea rundseate iS 2 tais que relacionan 02 esforgos externos E— © solicitantes: dx a at? (19.2) 2 » ‘Figura 40 a a. -P (19.2) ax Note-se que p e M s&0 considerados positives quando dispostos na for me indicada na fig. 40, isto 6: se x for medido da esquerda para a direita, p 36= seré positivo se atuar de cima para baixoe M se causar tragdo na parte infe— rior da barra. ° Quanto a Q permanece vélida a convencie do ¥ 7, ou seja, 6 posi, tiva t tendsa girero elemento en que se aplica no sentido dextroreo, Se as forgas_coplanares nao forem normais ao eixo reto da barra, as fér mulas anteriores valerao se se fizer p igual & componente daqueles férgas nor- al a0 eixo. A componente longitudinal, bom cono a presenga de f3reas normsis , nas barres retas, nao altera as igualdades 19.1¢ 19.2. Se as fSrgas externas nao forem coplaneres, 6 sempre poss{vel deconpS-1as projetando-as em dois planos que contenham o eixo da barra e considerer separadanente as duas componentes. tenséo de cisalhamento T, agente verticelmente em um ponto da sec- Go transversal, dé lugar, como foi denonstrado com a igualdade 8.1, a outra ten- 80 igual (fig. 420) atuante no plano horizontal que passa pelo ponto (naeinense, para facilidade de exposi¢ao, que as forgas externas sejam verticais). Ea possi. bilidade do material de resistir a essas tensdes que impede o escorregamento de suas fibres segundo plancs horizontais; escorreganento @sse que é perfeitazente vi sfvel quando se carregam duas vigas superpostas e inaderentes (fig. 41). A existéncia da tensao de cisalhamento na secoao transversal mostra, como se viu no $8, que 8 tenses nomais que af atuam ndo sao os méxinas ou mfnimas; estas agirao em outros planos seus velores em cada ponto da barra obtén-se usando es i6rmilas 6.6 e 8.7 ou os processes gréficos des~ eritos nos parégrafos lle 12. A méxima tensao de cisalhanento ser, cono se disse no citaio § 8, igual, em valor absoluto, a semi-diferencadas tensoes principais © atuaré nos planos inelina-= f=) ton do 450 aStre an aizegies das tensBeo princt= SSS Se ris. Para a distribuigzo dos T , cuja determinacdo ri, gorosa exige recurso & Teoria da Elasticidade, po den, em certos casos, admitir-se hipsteses que simplificam 0 seu céleulo. De qualquer forma, su posta a validade das conciusies doa 9§ 15 © iT, a8 condigdes de equilfbrio ce um elemento da burra ~ como o designado por .. ABIKK'I'B'A' na fig. 42a, compreendido entre duas seccdes transversais AKCD Figura 41 “Te A'BIC'D' afastedas de dx e entre uma parte da superficie da barra e una super ffoie cilfndrica (RK'I'I) que a corta com as geratrizes paralelas ao eixo da bar- ra - exigen que a resultante dR dos T que atuan na superficie cilfndrica para, Jelamente 3s sus geratrizes seja igual & diferenca das resultantes P+ dF e F das tensdes normais que atuam nas fragdes A'B'K'I’ ¢ AHKI das secgdes trans— versais A'B'C'D! © ABCD: aC dx = (F+ dF) - PF = oF onde C 6 a resultante dos T por unidade de comprimento do elemento dx. Daf: cu ak (19.3) que é f6rmia mito usada no cAlculo das ligagdes de barras compostas de elemen-~ tos justapostos transversalmente. Usando a notagao do § 17 e a férmla 17.5, pode escrever-se: uM x rf ows [ sita=t tas ‘ABI. ‘ABKI * apr onde M, & a projecdo do momento fletor em plano normal a linha neutrae J, 6 0 momento de inércia em relacao a essa linha. Notando que a tltima integral re-- presenta o momento estAtico M, da parte ABKI da seceao trensversal en relacao a linha neutra, vem: Fs = 4H (19.4) e daf (19.3): pee cae g om) (29.5) Se_KK'I'I fér um plano de trago KI paralelo & linha neutre, as ten- sdes T serdo, en virtude de 8.1, iguais A componente perpendicular a linha neu- tra das tensdes de cisalhanento que se verifican na secpao transversal (fig.42b). Para completar a solugio do problema sio necessérias agora as hipsteses aludidas, as quais deven versar sdbre a distrituiggo dos T eo longo do comprimento b do trego KI e sébre o valor das componentes parelelas a IN das tensdes de cisa— Thamento na seccao transversal (das quais os T considerados so as projecdes nor mais a IN). En se tratando de flexao normal (se fér oblfqua é possfvel deconpé-laer dues normais), se a largura da secpao nao for mito maior que sua altura, pode od mitirse a distribuicdo uniforme dos T a0 longo de b. Nessas condicdes, tem— se (aplicando 19.5 e notando que na flexao normal M,=M e J, =J): of. a tahad 2Gn) (39.7) Quanto & tensdo resultante da quel T 6 uma componente, ficaré ela de- terminada se_se lhe admitir una dada inclinagdo, 0 que pode ser feito, en pritei- ra aproximagao, com a hipétese seguinte (exemplificada na fig. 43 para o ceso do efreulo): supoe-se que tédas es tensdes que atuan ao longo de b convirjam para um mesmo ponto determinado pela interseccao das tangentes so contérno_ da sec¢éo ti radas des extremidades de b (com essa hipétese satisfaz-se a condigao obrigaté- Tia de que ao longo do contérno da seccao a tensao de cisalhanento lhe seja tan—— gente). Com bases nesses hipSteses deduzen-se as férmilas de aplicacao corrente, ~38- como se mostra nos §§ 20 © 21. tante. Yo caso de ser constante a seco transver sal da barra, a fragao Ns/J nao varia com x, po-- dendo escrever-se a expressao 19.7 sob a forma: Eom aS ou, usando 19.1: cette (20.2) bs E ' Nas fibres extremas, no plano da secgo Figura 43 transversal, nao h& tensdes de cisalhamento, pois Ms se anula pera y=y' ou y=~y" (fig. 44). 0 va, Jor méximo de T d4-se na ordenada para a qual o quociente M,/b 6 méximo, Como ¥, cresce quando aquela ordensda tende para zero, conclui-se que, sempre que 2 Figura 44 largura bo da barra, na altura do centro de gravidade, nao fOr maior que as cor respondentes 3s demais ordenadas, 0 T méximo verifice-se para y = 0. Jesin, para una seogdo retengular de largura b e altura h, tense (ti, gure 45): p i. 2 2 b= Gr a) 2-2 e 0-4) 3 ba yet Sen © que mostra que o diagrana dos T 6 uma parbola (fig. 45). Para y= *h/2, tense 7 = 0; para y = 0, obtémece a tensao méxima de cisalhamento: a. THUS gs h5T, (20.2) onde Tq representa a tenséo de cisa Ihanento que se daria se Q se dis—~ tribuisse uniformenente pela secg0 transversal. (paraboles Mesmo para as secgoes circu lares e elfpticas, em que b, é ama ior das larguras.o efeito do acrésci-~ Figura 45 mo de b, quando y tende para zero, nao chegar a ultrapassar o oriundo da variagao de M, eo T méximo também seve rifica na altura da linha neutra. Neste caso, demonstra-se que o diagrama dos T tanbén 6 una parébola e que T. = 4/3 Tm: _ _ @ualquer que seja 2 forma da secyo transversal pode representar-se | 8 tenséo de cisalhanento para y= 0 (que, nos casos comms, 6 a tensao méxima) por T= Pas (20.3) onde by 6 a lergura da barra, medida sdbre CG, e 2 & 0 brago de alavanca. das resultantes Fo © Fy das tensdes de compressio e tragao oriundas de M (figura 44). Com efeito, de acérdo com 15.4 (Mj, 60 valor de M, quando y = 0): wed, (20.4) valor que aplicado em 20.1 conduz a 20.3+ Para o célculo das ligagdes de barras compostas de elementos justspos-— tos transversalnente pode usar-se e f6rmla 19.5 que, no caso presente (flexso mr mal e secgao transversal constante), se escreve (fazendo M,=M e J,=J, em 19.5, e usando 19.1): x QM, ote ae Catt a (20.5) Observe-se que a f6rmula acima é vélida mesmo quando a linha KI (fig. 42a) nic é uma rete. As conclusées d@ste parégrafo nao sao alteradas se eébre a barra atuar também uma f$rga normal constante M, pois que as tensdes que ela origina (neste caso do secqao transversal constante) nao perturben o equilfbrio do elesento con- siderado na fig. 42. 21. Sece’o variével. Tendo a barra, apesar de reta, seccao transversal varidvel, a igualdede 19.7 pode escrever-se: (aa.a)

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