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RE,CuRSO Paulo - Dissertaca de Faculdade de Educogéo - UNICAMP tuma inter do conhec (Tese de dos SP: Faculdade de Educogio- UNICAME ila Roane I 2. Pub Scored doo Fe- Jum de “n Suilde | froaloQ Cuouge 2 dd sda S rating Munie dis seule da Palle | - 1388 - 42 Satide Mental: Politica e Clinica Gostori me agradecer e parabe comisso organizad realizagGo desse Semind porece-me, é uma das conseqUéncias dessa experiéncia vital que esté ocorrendo em Belo Horizonte: 03 Féruns de Alengao & Sate Mental da Crianga e do Adolescente. Farei meu depoimento a partir de minha experiéncia enquanto Preceptor de uma Residéncia em to sor dos Cursos de Minas Gerais quanto nas Faculdades Integradas Newton Paiva. No exercicio dessas fungées, 0 questéo da formagéo ¢ da capacitagao técnica se impée ser maiores rodeios. Capacitar para qué? Formar para quem? A que demandas assistenciais, morais, ideolégicas sas devemos responder? Parece-me que no cerne de todas estas questées esta 43 Pee bh bob bboesveyboeLvbsbebebsese RECURSO locada @ problernatice dos s, dos valores, da stica.s~*m. promover a saiide mental com o qual buscavo-se considerar os problemas @ partir de uma perspeciiva centrada na saiide, em um conjunto de valores posilivos (prevencéo e biologia ou na economia, o causalidade, no mundo modero, api Logo, é quase impos miltipla. A jundamentais para a con: educagdo), ao invés de propor —_produzir um programa ou uma de uma capacidad praticas centrados na doengae _proposta uniforme sobre o modo do universo de pr no aspecto curative e s diferentes reabiltador. do campo da Em nome da saide mental, Trata-se de um por sua impossil predizer ou prever exat. eventos futuros que occeterdo nesses campos. Ou seiq o jamos ‘Aimporténcia dessa demonsiracéo para 0 csmpo da mente, © que oe O termo saide mental néo Possui, portanto, um sentido ivoco. Para alguns, opée-se & e representa a sua superagéo modernizante. Para outros, supde um complexo € consideracées sobre esta expresso ampla, impre estralégico: “sadde ment Sabemos que tol expresso ‘aparece depois da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1948, nos EUA, ‘quando da fundaco da da “presse e s0ciagG0 Nacional de Sade _ da segregacao, T Aligumas dos idéias opresentadas muitos vezes, em nessa parte do lrabalho sé0 fruto de verdade cientifica, discussées com a colega Maria ‘Devemos ser, portato, --* _Aparecida de Morais Souza. -a, neuroquimice ou ica) deve ser recusada. Recusada, porque qualqver ideal ou causalidade ideal traz consigo © risco da tirani linica, social, na tradigéo| Temos, assim, um ag AU ULTCUUUUCEL RECURSO conjunto de praticas @ de soberes, sem. estudo bem delimitaco e com um corpo teérico e conceiluai indefinido. Nao existe um vestibular para o curso de "Savde Mental’. Ela também néo delimita uma categoria ‘Cédigos de F que o sade mental tem sempre uma ‘ancoragem institucional e politica, ov seja, a praca clinica particular nunca & definida como de sade mental, endo como técnico ov trabalhador do saéde mental. Desse modo, podemos estabelecer uma primeira aproximagdo entre a saide conjunto da populagao. Tol vinculaséo coloca a partcipagéo polifica como uma das tarefas dos trabalhadores de saide na melhoria da qui assisténcia prestada aos usudrios de nossos servigos, como a criagéo dos Hospitais-dia, das Oficinas, dos Cersams ov Centros de Convivéncia, esto COCUUEE marcados por co tomadas de posis luta entimanicomi io, inserindo-se nas dispulos do jogo democratic. ilo No entanto, 0 campo da saide mental néo pode ser reduzido simplesmente 00s interesses da saiide pibliea, aos programas que visam 0 conjunto da populagéo, pois a quesiao da subjetividade, dos raco: particulares de cada su também objeto de interesse desse campo. Assim, chegamos, em meu entendimento, ao segundo exo da formaséo ¢ capacitagéo dos profisionais: 0 eixo da clinica, da relagéo de cada profissional com cada paciente, 0 eixo do um a um. Parece-me que é na volorizasdo dos supervisses e das dliscusséesclinicas - encontros conde a discusséo das regras aide vel Primeiro plano - que podemos | Nesse sentido, @ inegavel buscar os meios de se respeitor 0 arficulagéo entre os referéncias ‘gerais (sejam as categorias nosolégicas ou as estruturas 46 para os autistas ou os esquizofrénicos, enquanto categorias gerais e varias. Nessas discusses é que as questées do diagnéstico e da diregdo do tratamento (seja ele medicamenioso, psicoter nalitico) sero abordadas, imprescindivel Nesse ponto, os perguntas se imp3em: Qual teoria? Quais conceitos? Quais préticas? Uma primeira resposta seria: Aquela ue cada um der conto de sustentar e prestar contas. Sabemos que, a partir do calgumas considerasées sobre a sgica que sustenta essa icagdo, que estabelece mais de 100 categorias diagnésticas, desmembrando as calegorias que orientam a anolilica (neurose, psicose € a0), em prol de novos reordenados pela medicacéo. Sou bem mais simpético &s idéias do importante historiador do psiquiatria, Paul Bercheri da crianga, com conceitos & métodos préprios, s6 se consiiluiv a parfir da década de 30, gracas ao advento da Psicologia do desenvolvimento € Doengas - CID-10 (da Organizagao Mundial de Sade} se tornardo a linguagem ofic dos servigos de saéde mental. las parece-me seguissemos, 0 seminério deveria ser “Transtornos invasivos do desenvolvimento”, ai estando incluidos 0 a psicose infantil, a Sindrome de Rett e de Asperger. Poderei fazer, no debate, es de diferentes escolas de psicandlise sobre 0 outismo € a psicose na inféncia: Meltzer, D. Winnicot, F Tustin), « Escola Americana (Bruno Betielheim, Margareth Mabler) «@ Escola Francesa (M. Mannoni, Rosine e Rober Lefort, Eric Laurent, entre outros). Por fim, gostoria de encerrar a minha patticipagao, fazendo referéncia & andlise contida no documento "Programa de Residéncia em Psiqui SaGde Mental Infant 47 dada do as Instituto P Pinel do Rio de Janeiro, programa que funciona desde 1994. Penso em retomér-lo para evidenciar a necessidade de

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