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A Teoria Cinética dos Gases Quando uma garrafa de champanha, cerveja ou qualquer outra bebida com gés é aberta, uma névoa se forma em torno da boca da garrafa e parte do liquido espirra para fora. Na fotografi a névoa éanuvem branca que envolve a rolha, e 08 respingos sao 0s riscos no interior da nuvem. A resposta esta neste capitulo. Tom BranctVPhato Researchers 215: Capitulo 19 | A Teoria Cinética dos Gases imate Um dos t6picos principais da termodinamica é a fisica dos gases. Um gas é formado de dtomos (isolados ow unidos em moléculas) que ocupam totalmente o volume do recipiente em que se encontram e exercem pressdo sobre suas paredes. Muitas vezes podemos atribuir uma temperatura tinica a um gés confinado, Essas trés proprieda- des de um gés (volume, pressito e temperatura) estéo relacionadas ao movimento dos dtomos. O volume é resultado da liberdade que os étomos tém para se espalhar por todo o recipiente, a pressdo é causada por colisdes dos étomos com as paredes do recipiente e a temperatura esté associada a energia cinética dos étomos. A teoria cinética dos gases, o foco deste capitulo, relaciona volume, pressio e temperatura de um gas ao movimento dos étomos. ‘A teoria cinética dos gases tem muitas aplicagdes préticas. Os engenheiros au- tomobilisticos estudam a queima do combustivel vaporizado (um gas) nos motores dos carros. Os engenheiros de alimentos medem a taxa de produgio do gas de fer- mentagio que faz 0 pao crescer quando esta sendo assado. Os engenheiros da indtis- tria de bebidas procuram entender como o gas produz um “colarinho” em um copo de chope. Os engenheiros biomédicos tentam calcular o tempo minimo que um mer- gulhador deve levar para subir a superficie para nao correr o risco de que bolhas de nitrogénio se formem no sangue. Os meteorologistas investigam os efeitos das tro- cas de calor entre os oceanos e a atmosfera sobre as condigdes do tempo. primeiro passo em nossa discussio da teoria cinética dos gases tem a ver com amedigao da quantidade de gas presente em uma amostra, que ¢ feita usando o nti- ‘mero de Avogadro, 19-2 |O Numero de Avogadro Quando estamos lidando com étomos e moléculas faz sentido medir o tamanho das amostras em mols, Fazendo isso, temos certeza de que estamos comparando amos- tras que contém o mesmo ntimero de dtomos ¢ moléculas. O mol, uma das sete uni: dades fundamentais do SI, é definido da seguinte forma: A pergunta dbvia é a seguinte: “Quantos 4tomos ou moléculas existem em um mol?” A resposta foi obtida experimentalmente. Como vimos no Capitulo 18,ela éa seguinte: ) Na = 6,02 x 10" mol“! (némero de Avogactro), (19-1) ‘onde mol representa o inverso do mol ou “por mol”, e mol é 0 simbolo da unidade mol. O mimero NV, é chamado de mimero de Avogadro em homenagem ao cientista italiano Amedeo Avogadro (1776-1856), um dos primeiros a concluir que todos os gases que ocupam 0 mesmo volume nas mesmas condigdes de temperatura ¢ pres- so contém o mesmo miimero de dtomos ou moléculas. Ontimero de mols n contidos em uma amostra de qualquer substancia é igual & ra- zo entre o niimero de moléculas N da amostra e o mimero de moléculas Nem 1 mol: W a n (19-2) (Atengao: Como os trés simbolos desta equagdo podem ser facilmente confundidos, certifique-se de que compreendeu bem o que significam, para evitar problemas futu- 0s.) Podemos calcular o numero de mols 2 em uma amostra a partir da massa Myy da amostra e da massa molar M (a massa de um mol) ou da massa molecular m (a massa de uma molécuta): 193 | Gases es (19-3) mN, Na Eq, 19-3 usamos o fato de que a massa M de 1 mol é 0 produto da massa m de uma molécula pelo mimero de moléculas Nem | mol: M=mNq. (19-4) ROE r ica 1: Numero de Avogadro de Qué? Na Eq. 19-1, por exemplo, se a unidade elementar é um tomo, podemos es- © niimero de Avogadro esta expresso em mol!, que € inver- crever Nq = 602 x 10% dtomos/mol. Se a unidade elementar é so do mol ou I’mol; a unidade do numerador nio esté indica- uma molécula, podemos eserever Ny = 6,02 10° moléculas/mol. da, Nada nos impede de indicar explicitamente no numerador Esta forma de proceder ajuda a tornar mais claro qual é a uni- qual € a unidade envolvida em cada situagio especifica. Assim, dade bésica usada como referéncia. 19-3 | Gases Ideais Nosso objetivo neste capitulo é explicar as propriedades macroscépicas de um gis (como, por exemplo, sua pressio © temperatura) em termos das moléculas que o constituem, Surge, porém, um problema, De que gas estamos falando? Seria ele hi- drogénio, oxigénio, metano ou, talvez, hexafluoreto de urdnio? Eles so todos dife- rentes, AS medidas mostram, porém, que se colocarmos 1 mol de varios gases em ecipientes de mesmo volume ¢ mantivermos os gases & mesma temperatura, as Pressdes medidas serdo quase iguais. Se repetirmos as medidas com concentragaes dos gases cada vez menores, essas pequenas diferencas das presses medidas ten- dem a desaparecer. Medidas mais precisas mostram que, em baixas concentragoes todos os gases reais obedecem a relagao 3 PV=nRT (ids gasesideais), (19-5) Téa temperatura em kelvins. O fator R é chamado de constante dos gases ideais, ¢ possuio mesmo valor para todos os gases: cr R= 8,31 JimolK. 05) Ly 25 A Eq, 19-5 ¢ a chamada lei dos gases ideais. Contanto que a concentragio do g4s soja baixa, essa lei se aplica a qualquer gés ou mistura de gases. (No caso de uma , d ( f) + inde p € a pressio absoluta (e no a manométiea),n & 0 niimero de mols do gése (>) 4 ve e@ mistura, ri é 0 niimero total de mols na mistura.) Podemos escrever a Eq. 19-5 de outra forma, em termos de uma constante k chamada constante de Boltzmann, cefinida como BSS MEK 19-5 x asy Qe ¢%3 diloveng NINa)s do OU veal ) N, 602x10" mol nR = Nk. (19-8) Substituindo esta relagdo na Eq. 19-5, obtemos uma segunda expresso para a lei dos gases ideais: De acordo com a Eq. (19-7), R= temos: :N. Assim, de acordo com a Eq. 19-2 (n PV=NKT —(leidos gases ideas) (19-9) (Atengao: Note a diferenga entre as duas expressdes da lei dos gases ideais. A Eq. 19-5 envolve o niimero de mols, n, enquanto a Eq. 19-9 envolve o niimero de moléculas, N.) Capitulo 19 | A Teoria Cnktica dos Gases /—~ O leitor pode estar se perguntando:“O que é, afinal, um gas ideal e por que cle é importante?” A resposta esti na simplic klade da lei (Eqs 19-5 ¢ 19-9) que governa as propriedades ma- como yeremos em Feguida, podemos deduzir muitas das propriedades de um gis, mbora nao exista na natureza um gés com as propriedades Jexatas de um gés ideal, todos os gases reais se aproximam do estado ideal em concentragdes suficientemente baixas, ou seja, em condigdes nas quais as moléculas esto (20 distantes umas das outras que praticamente nao interagem. Assim, 0 conceito de gis ideal nos permite obter informagées titeis a respeito do ‘comportamento-limite dos gases reais Uma equipe de faxina estava usando vapor d’égua para limpar o interior do vagdio-tanque da Fig. 19-1. Como ainda nao haviam terminado o trabalho no final do expediente, fecharam as vilvulas do vagao e foram embora. Quando voltaram na ma- FIG.19-1 Um vagio-tanque nha seguinte, descobriram que as grossas paredes de ago do va- cesmagado da noite para o dia. fo tinham sido esmagadas, como se uma criatura gigantesca de um filme de ficgao (Cortesia de www.Houston.RailFan. { cientifica classe B tivesse pisado no vagio durante a noite. net) A Eq. 19.9 fornece uma explicagio para 0 que aconteceu com o vagio. Quando © vagiio estava sendo lavado seu interior estava cheio de vapor quente, que é um gas 2 de moléculas de agua, A equipe de faxina deixou 0 vapor dentro do tanque quando fechou as valvulas do vagio no final do expediente. Nessa ocasido, a pressio no in- terior do tanque era igual a pressdo atmosférica, porque as vélvulas tinham perma~ necido abertas durante a limpeza. Quando o vagao esfriou durante a noite, o vapor esfriou e a maior parte se transformou em dgua, o que significa que tanto o ntimero N de moléculas de gas quanto a temperatura T do gés diminuiram. Assim, o lado direito da Eq. 19-9 diminuiu ¢, como o volume V se manteve constante, a pressio p do lado esquerdo também diminuiu, Em algum momento durante a noite a pressio do gas no interior do vagiio ficou tao baixa que a pressdo atmosférica foi suficiente para esmagar as paredes de ago do vagao. A equipe de faxina poderia ter evitado 0 acidente deixando as vélvulas abertas, para que 0 ar entrasse no vagio e mantivesse apressio interna igual pressao atmosférica, <5 Trabalho Realizado por um Gas Ideal a Temperatura Constante ‘Suponha que um gés ideal seja introduzido em um cilindro com um émbolo, como do Capitulo 18. Suponha também que permitimos que o gas se expanda de um vo- lume inicial V; para um volume final V,, mantendo constante a temperatura T do gas. Um processo desse tipo, a temperatura constante, é chamado de expansdio isotérmica (c0 processo inverso é chamado de compressio isotérmica). Em um diagrama p-V, uma isoterma € uma curva que liga pontos de mesma temperatura, Assim, ela é 0 grafico da pressio em fungio do volume para um gés cuja temperatura Té mantida constante, Para n mols de um gis ideal, ela é 0 grafico equacio 1 1 = ART = (constante) — (19-10) Vv v FIG. 19.2 Trésisotermasemum — | AYFIE 19-2 mostra trés isotermas, cada uma correspondendo a um valor diferent diagramap-V.A trajetdria mostrada [| (Constante) de T. (Observe que os valores de T das isotermas aumentam para ci na isoterma central representa € para a direita.) A expansio isotérmica do gas do estado / para o estado fa tem ‘uma expansio isotérmica de um ratura constante de 310 K esta indicada na isoterma do meio. 4s de um estado inicial i para um Para determinar o trabalho realizado por um gas ideal durante uma expans estado final fA trajetéria de fpara na mesma isoterma representa ‘0 processo inverso, ou seja, uma compressio isotérmica, isotérmica, comegamos com a Eq. 18-25, 193 | Gnesideis Esta € uma expresso geral para o trabalho realizado durante qualquer variagéo de volume de um gés, No caso de um gas ideal, podemos usar a Eq. 19-5 (pV = nRT) para eliminar p,obtendo “RT oy Como estamos supondo que se trata de uma expansio isotérmica, T'é constante, de modo que podemos colocé-la do lado de fora do sinal de integragao e eserever Wenkr & snrrtnv. (19-13) We av. (19-12) Caleulando 0 valor da expressio entre colchetes nos limites indicados ¢ usando a relagdo In a ~ In = In(a/b), obtemos Wenkr int (is ideal, processoisotérmico). (19-14) Lembre-se de que o simbolo In indica que se trata de um logaritmo natural,cle base e. No caso de uma expansio, V;é maior do que V;, de modo que a razio VV, na Eq. 19-14 € maior que 1. O logaritmo natural de um niimero maior do que 1 é positivo ©, portanto, como era de se esperar, o trabalho W realizado por um gas ideal durante uma expansio isotérmica € positive. No caso de uma compressio, V-é menor que V;, de modo que a raza entre os volumes na Eq. 19-14 é menor que 1. Assim, como era de se esperar, o logaritmo natural nesta equagao (e, portanto,o trabalho W) é negativo. Trabalho Realizado a Volume Constante e a Presséo Constante“) ) Ke { 4 A Eq, 19-14 nfo permite calcular o trabalho W realizado por um és ideal em qual: : Quer processo termodinamico; ela s6 pode ser usada quando a temperatura é man- d | fe ve ) tida constante. Se a temperatura varia, a varidvel T da Eq. 19-12 nao pode ver colo, w { dy cada do lado de fora do sinal de integragio, como na Eq. 19-13, de modo que no ¢ - possivel obter a Eq, 19-14 Entretanto, podemos sempre voltar & Eq. 19-11 para determinar o trabalho W realizado por um gis ideal (ou qualquer outro gés) durante qualquer processo, S como os processos a volume constante ¢ a pressio constante. Se 0 volume do gas ¢ constante, a Eq. 19-11 nos dé W=0 (processoa volume constante) (19-15) ‘Se, em vez disso, o volume varia enquanto a pressio p do gas é mantida constante, a Eq. 19-11 se tora W=P(Y-V)=PAV (processoa pressto constant), (19-16) Van 1 Uim gas ideal tem uma pressdo inicial de 3 unidades de press ¢ um volume inicial de 4 ab 6 anidades de volume. A tabela mostra a presso finale o volume final do gs (nas mesmas unidades)em p [127@ 7S m:> ms Ordene ones tpor de aoordo (a) comaenergasinsica meciae(s) | OO U-L 6 coma vlocidade média quadratica cm ordem decrescente, 4 7 esyocr Oo vind e. oq-s, lc 9-6 | Livre Carfiinho Médio* ¢ - — - ow) elyn Sp 9 Vamos continua 0 estudo do movimento das moléoulasemum gisidea.AFiZ195 “ye (2 ly ugyr mostra a trajet6ria de uma molécula tipica no interior do gas, sofrendo mudangas, Pista tm ig % abruptas tanto do médulo como da orientagao da velocidade ao colidir elastica- Mente com outras moléculas. Entre duas colis6es a molécula se move em linha reta com velocidade constante. Embora a figura mostre as outras moléculas como se esti- ‘vessem paradas, elas também esto se movendo. Um parametro util para descrever esse movimento aleatério é o livre caminho médio A das moléculas. Como o nome indica, A é a distancia média percorrida por uma molécula entre duas colisoes. Esperamos que A varie inversamente com N/V, © niimero de moléculas por unidade de volume (ou concentragao de moléculas). Quanto maior o valor de N/V, maior deve ser o nimero de colisées e menor o livre caminho médio. Também esperamos que A varie inversamente algum parametro as- sociado ao tamanho das moléculas, como 0 diametro d, por exemplo. (Se as molécu- las fossem pontuais, como supusemos até agora, nao sofreriam colisdes e o livre ca- minho médio seria infinito.) Assim, quanto maiores forem as moléculas, menor deve ser © livre caminho médio. Podemos até prever que A deve variar (inversamente) FIG. 19-5 Uma molécula se com 0 quadrado do didmetro da molécula, jd que é a secdo de choque de uma molé- _ movendo no interior de um gas, cula,e nao o diametro, que determina sua area efetiva como alvo. colidindo com outras moléculas do Na verdade, o livre caminho médio € dado pela seguinte expressio: ‘g4s. Embora as outras moléculas sejam mostradas como estacionérias, —_— também esto se movendo de forma "A designaso camino livre médko também ¢ encontrada na bteratura. (NE.) semelhante, 1 2nd? NiV livre caminho medio) (19-25) Para justificar a Eq. 19-25, concentramos a atengao em uma tinica molécula e supomos que, como na Fig, 19-5,a molécula esta se movendo com velocidade cons- tante v e que todas as outras moléculas esto em repouso. Mais tarde, vamos dispen- sar esta tiltima hipétese. Supomos ainda que as moléculas sio esferas de didmetro d. Uma colisio ocorre, portanto, se os centros de duas moléculas chegam a uma distancia d um do outro, como na Fig. 19-62, Uma outra forma de descrever a situagao é supor que 0 raio da nossa molécula € d ¢ todas as outras moléculas so pontuais, como na Fig. 19-66. Isso naio muda 0 critério para uma colisio e facilita a andlise matema- tica do problema. Ao ziguezagucar pelo gas, nossa molécula varre um pequeno cilindro de segio reta am entre colisdes sucessivas. Em intervalo de tempo At a molécula percorre uma distancia vAs, onde v é a sua velocidade. Assim, alinhando todos os pequenos ci- lindros varridos no intervalo As formamos um cilindro compesto (Fig. 19-7) de com- Primento vas e volume (md?)(vAt). Nesse caso, o niimero de colisdes que acontecem em um intervalo de tempo Ar é igual ao niimero de moléculas (pontuais) no interior desse cilindro. Como N/V € 0 ntimero de moléculas por unidade de volume, o ntimero de mo- éculas no interior do cilindro é N/V vezes 0 volume do cilindro, ou (N/V)(@2vAN), Este € também 0 miimero de colisdes que acontecem no intervalo Ar. O livre ca- minho médio € 0 comprimento da trajetéria (e do cilindro) dividido por este mt ‘mero: quando os centros de duas moléculgs ficam a uma distancia donde d € 0 didmetro das moléculas (b) ‘Uma representagao equivalente, porém mais conveniente,é pensar ‘na motécula em movimento como tendo um raio d e em todas as out moléculas como pontos.A condigao para que acontega uma colisio Permanece a mesma, 1 —SMistdncia percorridaem Ary ar numero de colisbesem At wd? v At N/V. ae (19-26) Esta equagdo é apenas aproximada, porque se baseia na hipatese de que todas as mokéculas, exceto uma, estdo em repouso. Na verdade, todas as moléculas esto em }ovimento; quando este fato é levado em consideracao o resultado é a Eq. 19-25. lote que ela difere da Eq. 19-26 (aproximada) apenas por um fator del/v2. A aproximacdo da Eq. 19-26 tem a ver com os dois simbolos v que cancela- jos. O v do numerador € Ying, a Velocidade média das moléculas em relacdo ao 16.197 Nointervatode tempo Jcipiente. O v do denominador ¢ v,.,, velocidade média de nossa molécula em A,amoléculaem movimento varre_placdo ds outras moléculas, que também estao se movendo. E esta tiltima veloci- fade média que determina o nimero de colisdes. Um célculo detalhado, levando fm conta a distribuigdo de velocidades das moléculas, nos dé Vy =V2v qa; esta & rigem do fator v2. O livre caminho médio das moléculas de ar ao nivel do mar cerca de 0.1 pum. A uma altitude de 100 km o ar € tao rarefeito que o livre caminho médio chega a 16 cm. A 300 km o livre caminho médio € da ordem de 20 km. Um problema en- frentado pelos cientistas que estudam a fisica e a quimica da atmosfera superior em laboratorio é a falta de recipientes suficientemente grandes para conter amostras de gas nas condigSes em que se encontram nas camadas superiores da atmosfera. O estudo das concentragdes de freon, diéxido de carbono e ozénio na atmosfera supe- rior € de importancia vital para o controle da poluigao. tum cilindro de comprimento v Are rao d. Wee 3° Um-mol de um gis A,cujas moléculas tém um difimetro 2d, e uma velocidad ‘édia vy, € colocado em um certo recipiente. Um mol de um gés B, cujas moléculas tém uum diimetro dy e uma velocidade média 2vp (as moléculas do gis B so menores e mais "Apidas), € colocado em um recipiente igual, Qual dos gases tem a maior taxa média de es? 19-7 | ADistibuigdo de Velocidades das Moléculas Sxemplo MP (a) Qual € 0 livre caminho médio A de moléculas de oxigé- nio a temperatura 7 = 300 K e a uma pressio p = 1,0 atm? Suponha que o didmetro das moléculas é d= 290 pm e que © gis € ideal. (b) Suponha que a velocidade média das moléculas de oxi- genio é v = 450 m/s. Qual é 0 tempo médio r entre colisdes para qualquer molécula? Qual € a freqiténcia f das coli- ses? MERI a stecuts de oxinénio se move entre outras moléculas de oxigénio em movimento, descrevendo uma trajetoria em ziguezague por causa das colisoes Assim, 0 livre caminho médio é dado pela Eq. 19-25, Calculo: Para aplicar a Eq. 19-25 precisamos conhecer 0 niimero de moléculas por unidade de volume, N/V. Como (1) Entre colsdes a moléeula pervorre, em média, o livre caminho médio A com velocidade v. (2) A freqiéncia das colisdes € 0 inverso do tempo £ entre coli- ses. Calculos: De acordo com a primeira idéia-chave, o tempo médio entre colisées & estamos supondo que se trata de um gis ideal, podemos usar a lei dos gases ideais na forma da Eq. 19-9 (pV = N&T) para escrever N/V = p/kT. Substituindo este valor na Eq. 19-25, obtemos distancia 107 m velocidade v 450 m/s 2,44x10-"s= 0.24 ns. (Resposta) Isso significa que, em média, uma molécula de oxigénio 1 AT oe meer Vind? p passa menos de um quarto de nanossegundo sem sofrer — a colisdes. 2 De acordo com a segunda idéia-chave, a freqiiéncia (1,38 x10 J/K)(300K) s ——eSeee das colisoes € ¥2m(2,9 x10" m)? (1,01 x10* Pa) 1 fate = 41x10" (Resposta) =14x10°7m. (Resposta) 1 244x10""s Este valor corresponde a cerca de 380 vezes 0 didmetro de uma molécula de oxigénio. 04S A Distribuicado de Velocidades das Molécul: desere vel A velocidade média quadratica v.., nos dé uma idéia geral das velocidades das mo- lécutas de um gés a uma dada temperatura. Em muitos casos, porém, estamos inte- ressados em infor mages mais detalhadas, como, por exemplo, qual é a porcentagem, de moléculas com velocidade maior que Viq,? Qual é a porcentagem de moléculas ‘com velocidade maior que 0 dobro de V;q.? Para responder a esse tipo de pergunta precisamos saber de que forma os possiveis valores da velocidade esto distribuides pelas moléculas. A Fig, 19-8a mostra esta distribuigao para moléculas de oxigénio & (emperatura ambiente (T = 300 K);na Fig, 19-8b este resultado € comparado com a distribuigéo de velocidades a uma temperatura T = 80K. Em 1852, 0 fisico escocés James Clerk Maxwell calculou a distribuigao de ve~ locidades das moléculas de um gas. O resultado que obteve, conhecido como lei de distribuigio de velocidades de Maxwell, foi o seguinte: Isso significa que, em média, uma molécula de oxigénio so- fre cerca de 4 bilhdes de colisdes por segundo. 19-7 PO)=4n Gy vig arte (19-27) onde M € a massa molar do gés, R & a constante dos gases ideais, T’é a temperatura do gas ¢ v é a velocidade escalar da molécula. Graficos desta funcdo esto plotados nas Figs. 19-84 € 19-8b. A grandeza P(v) da Eq. 19-27 e da Fig, 19-8 € uma fungao distribuicao de probabilidade: para uma dada velocidade v,o produto P(v)dv (uma grandeza adimensional) a fragao de moléculas cujas velocidades esto no intervalo dv no entorno de v. 6 0 29400 Velo @ FIG. 19-8 (a) A distribuigdo de vel moléculas de oxigénio a uma tem| velocidades caracteristicas estao in 300 K e 80 K. Note que as moléculas se movem mais devagar ‘quando a temperatura é menor.Como se trata de distribuigdes de probabilidade,a irea sob as curvas: aval Cm cliftreny entre? {4 am 80010001200 dace (m/s) locidades de Maxwell para ratura T= 300K.As tres \dicadas, (b) As curvas para ‘0 20000-6on ADD 1007 1200 ‘Velocidad (m/s) ‘éigual i unidade. © ‘Como esta mostrado na Fig, 19-8a, esta fragdo ¢ igual & drea de uma faixa de al- tura P(v) € largura dv. A area total sob a curva da distribuigao corresponde a fragao das moléculas cujas velocidades estao entre zero ¢ infinito. Como todas as moléculas esto nesta categoria, o valor desta drea total é igual a unidade, ou seja, J Podavet. (19-28) A fragao (frac) de moléculas com velocidades no intervalo, digamos, de vy @ v2, 6 portanto, frac= J" PO) dv, (19-29) Velocidade Média, Velocidade Média Quadratica e Velocidade Mais Provavel / Em principio, podemos determinar a velocidade média vq. das moléculas de um gs da seguinte forma: em primeiro lugar, ponderamos cada valor de v na distribuicao, ‘ou seja, multiplicamos v pela fragdio P(v)dv de moléculas cujas velocidades estéio em um intervalo infinitesimal dv no entorno de v; em seguida, somamos todos esses va- lores de v P(v)dv.O resultado € Yiu. Na pratica, isso equivale a calcular vO) dv, (19-30) Substituindo P(v) pelo seu valor, dado pela Eq. 19-27,e usando a integral 20 da lista de integrais do Apéndice E, obtemos aRT Yous = \rag — (eloidade met. (19-31) Analogamente, a média dos quadrados das velocidades, (v") ug, pode ser caleu- Jada usando a equacdo Wace = [Fv PO) dv, (19.32) Substituindo P(v) por seu valor, dado pela Eq, 19-27, ¢ usando a integral 16 da lista de integrais do Apéndice E, obtemos 3RT. Cg (19-33) aa =e 19-7 | A DistibuigSo de Velocidades das Moléculas A raiz quadrada de (+")qaséa velocidade média quadratica Vin Assim, vase arte quadrétiea), (19-34) VM © que estd de acordo com a Eq, 19-22. A velocidade mais provavel vp é a velocidade para a qual P(v) é maxima (veja.a Fig. 19-8a). Para calcular v,, fazemos dPidv = 0 (a inclinagéo da curva na Fig. 19-8a € zero no ponto em que a curva passa pelo méximo) e explicitamos v. Fazendo isso, obtemos |2RT Ye= [opp (eloidade mais proved, (19.35) E mais provavel que uma molécula tenha uma velocidade vpdo que qualquer ou- tra velocidade, mas algumas moléculas tém velocidades muito maiores que vp. Essas moléculas esto na cauda de altas velocidades de uma curva de distribuicdo como a da Fig, 19-82, Devemos ser gratos por essas poucas moléculas de alta velocidade, j4 que sio elas que tornam possivel a chuva ea luz solar (sem as quais ndo existiria- mos). Vejamos por qué. Chuva A distribuigao das moléculas de agua, digamos, em um lago no verdo pode ser representada por uma curva como a da Fig. 19-8a. A maioria das moléculas nao Possut energia cinética suficiente para escapar da superficie da égua, Entretanto, al- gumas moléculas muito répidas, com velocidades na cauda de altas velocidades da curva de distribuigdo, podem escapar. Sao essas moléculas de 4gua que evaporam, tornando possivel a existéncia das nuvens e da chuva. Quando as moléculas de dgua muito répidas deixam a superficie de um lago, levando energia com elas,a temperatura do lago ndo muda porque este recebe calor das vizinhaneas. Outras moléculas velozes, produzidas através de colisdes, ocupam rapidamente o lugar das moléculas que partiram, e a distribuicao de velocidades permanece a mesma, Luz solar Suponha agora que a curva de distribuigio da Fig. 19-8a se refira a protons no centro do Sol. A energia do Sol se deve a um processo de fusao nuclear que comega com a unido de dois prétons, Entretanto, os protons se repelem por- que possuem cargas elétricas de mesmo sinal, € protons com a velocidade média nao possuem energia cinética suficiente para vencer a repulsiio e se aproximar 0 suficiente para que a {uso ocorra. Entretanto, prétons muito répidos, na cauda de altas velocidades da curva de distribuigao, podem se fundir, ¢ é por isso que o Sol brilha, Um cilindro de oxigénio ¢ mantido & temperatura am- 2, A fragdo de moléculas cuja velocidade est4 em um in- biente (300 K). Qual ¢ a fragao das moléculas cuja veloci-.__tervalo infinitesimal dv é P(v)dv. Gaile std no Intervalo de 599 a 601 m/s? A massa molar 3, No aso de um intervalo init, a fraglo pode ser deter Se anlgtain. £0 0220 kg/mal minada integrando P(v) para o intervalo. 4, Entretanto, o intervalo Av = 2 m/s do problema pode eas ser considerado muito pequeno em comparagao com a 1. As volocidades das moléculas estio distributdas em —_Y¢l0eidade v= 600 mis no centro do intervalo, uma larga faixa de valores, com a distribuigio P(v) da Céleulos: Como Av é pequeno, podemos evitar a integra- Eq. 19-27. ‘so usando para a fragdo 0 valor aproximado PIETY Coptuto 19 1 4 Teoria Cinstica dos Gases My (i) Ave dar( Myre mie ay ” (aor) “ i frac O grifico da fungao P(v) aparece na Fig. 19-8a.A drea total entre a curva ¢ o eixo horizontal representa a fracdo total de moléculas (igual & unidade). A area da faixa amarela sombreada representa a frago que queremos caleular. Para determinar 0 valor de frac, escrevemos frac = (4m)(A)(v?}(e9)(Av), (19-36) onde ( ue ___ 0.0320 kg mol 2nRT. (2m)(8.31 J mol-K)(300 K) = 2.92 x 107? sim? Exemplo FEI A massa molar M do oxigénio é 0,0320 kg/mol. (a) Qual é a velocidade média vin das moléculas de oxigé nio A temperatura ambiente (300 K)? MERE as cstcviar a vetocidade méaia, devemos ponderar a velocidade v com a fungao de distribuigéo P(v) da Eq. 19-27 integrar a expressao resultante para todas as velocidades possiveis (ou seja,de 0a»). Céleul sso nos leva A Eq. 19-3], segundo a qual = [BRE “VM 8(8.31,F mol K)(300 K) |) 7(0.0320 ke mol) = 445 mis, Este resultado esta indicado na Fig. 19-Ba, (b) Qual é a velocidade média quadratica ¥;,, 4300 K? [ea cave Vy: PEecisamos primeiro, calcular (¥)qcy ponderando 1 com a fungao de distribui- (ao P(v) da Eq, 19-27 ¢ integrando a expressio para todas as velocidades possiveis. Fm seguida, caleulamos a raiz quadrada do resultado. (Resposta) Mv* __ (0.0820 kg'mol)(600 m/s)* 2RT (28.31 Jmol K)(300K) -2.31. Substituindo A e B na Eq, 19-36, obtemos fae = (4m) A)(¥2)(e*)(AV) = (A)(2.92 x 10-® sYn?)(600 mis)"(e *)(2 mis) = 2,62 x 10° (Resposta) Assim, a temperatura ambiente, 0.262% das moléculas de ‘oxigénio tém velocidades no pequeno intervalo de 599 a 601 mvs, Se a faixa amarela da Fig. 19-8a fosse desenhada na es- cala deste problema, a largura seria dificil de ver a olho nu. Céleulo: Isso nos lev a Eq. 1 (BRT Me [3.317 mol-K)G00 K) ~ 0,0320 kg’ mol = 483 mis (Resposta) Este resultado, indicado na Fig. 19-80, € maior que Vpea porque as velocidades mais altas influenciam mais o restl- tado quando integramos os valores de v do que quando integramos os valores de v 34, segundo a qual (©) Qual é a velocidade mais provavel va 300 K? EE os vctccitscc vy com sponde a0 maximo da fungiio de distribuigdo P(v), que obtemos fazendo dPidv = Oe explicitando v. Céleulo: Isso nos leva 8 Eg. 19. [RT VM (S310 mol-R)S00 KY {0.0320 ke mol 35, segundo a qual = 395 mis. (Resposta) Este resultado est indicado na Fig. 19-84 19-8 | Os Calores Especificos Molares de um Gas Ideal Nesta seco vamos obter, a partir de consideragdes a respeito do movimento das ‘moléculas, uma expressio para a energia interna Ei. de um gés ideal. Em outras pa- lavras, vamos obter uma expresso para « energia associada aos movimentos aleal 1948 | Os Calores Espectcos Molares de um Gis idea! ES rios dos dtomos ou moléculas de um gés. Em seguida, usaremos essa expresso para calcular os calores espectficos molares de um gas ideal. Energia Interna E,., -@) ‘Vamos inicialmente, supor qdssaekso gas ideal ¢ um gas monoatémico (formado por tomos isolados ¢ nao por moléculas), como 0 hélio. © nednio ¢ o argdnio. Vamos supor também que a energia interna E,,, de nosso gés ideal é simplesmente a soma das energias cinéticas de translagao dos dtomos. (De acordo com a teoria quantica, ‘étomos isolados ndo possuem energia cinética de rotagao.) A energia cinética de translagao média de um atomo depende apenas da tem- peratura do gas, ¢ é dada pela Eq. 19-24 (K,.,, = + kT). Uma amostra de n mols de um gis monoatémico contém mN, dtomos. A energia interna Ey, da amostra €, por- tanto, Em = ON) K pes (19-37) De acordocom a Eq. 19-7 (k = RIN,),esta equagao pode ser escrita na forma Eq =3mRT — (gésideal monoatdmico). (19-38) A partir da Eq. 19-38, podemos calcular o calor especifico molar de um gas ideal, Na verdade, vamos deduzir duas expresses, uma para 0 caso em que o volume do gas permanece constante ¢ outra para 0 caso em que a pressao permanece cons- tante. Os simbolos usados para esses dois calores especificos molares sio Cy © Cp, respectivamente, (Por tradigHo, a letra C maitiscula é usada em ambos os casos. em- bora Cye Cp sejam tipos de calor especifico e nfo de capacidade térmica.) Calor Es ve inte ( /3 A 9a mostra n mols de um gas id ss80 Ea uma temperatura T,confinados em um cilindro de volume V fixo. Este estado inicial i do gas esti as- sinalado no diagrama p-V da Fig, 19-9b. Suponha que adicionamos uma pequena quantidade de energia Q ao gas na forma de calor, aumentando lentamente a tem- peratura do recipiente, A temperatura do gés aumenta para T + AT‘ ¢ a pressio aumenta para p + Ap, levando 0 gés ao estado final f. Nesse tipo de experimento observamos que o calor Q esta relacionado a variagio de temperatura AT através da equagao Q=ACyAT (volume constame), (19-39) onde Cy € uma constante chamada calor especifico molar a volume constante. Substituindo esta expressiio de Q na primeira lei da termodinamica, dada pela Fg, 18-26 (AEq, = Q ~ W),obtemos AB = NCAT ~ W. (419-40) Como 0 volume do recipiente & constante, 0 g4s néo pode se expandir e, portanto, nid pode realizar trabalho. Assim, W = Oe a Eq. 19-40 nos fornece AE, t<* 19.41 naT oan) De acordo com a Eq. 19-38, a variagio da energia interna é AE, = inRAT. (19-42) © Volume o FIG. 19.9 (a) A temperatura de um pis ideal € aumentada de T para T + AT emum proceso a volume constante. E adicionado calor, mas nenhum trabalho ¢ realizado. (5) 0 proceso em um diagrama p-V oe Calores Especificos Molares a Volume Constante Cy Molécula Exemplo_(Jimol-K) 1 4R= 125 Monoatomica #8 38 = 125 _ He 2S Re eal ar 126 20. Diatomi : 207 208 Potitomica #8! Real Presa Volume FIG. 19-40 Tiés trajetorias representando trés processos diferentes que levam um gas ideal de um estado inicial 8 temperatura T,a umestado final f. temperatura T+ AT.A variacio ABjne da energia interna do g4s é a mesma para os trés, processos e para quaisquer outros que resultem na mesma variagio de temperatura. GEE Covitlc 19 1 A Tecra Cindtica dos Gases Substituindo este resultado na Eq. 19-41, obtemos CD aes uno se fode ver na Tabela 19-2, esta previsio da teoria cinética (para gases ideais) contorda muito bem com os resultados experimentais para gases monoatémicos re- ais, 0 caso que estamos considerando. Os valores (teéricos e experimentais) de Cy para gases diatémicos (com moléculas de dois étomos) ¢ gases poliatdmicos (com moléculas de mais de dois stomos) so maiores que para gases monoatomicos, por razBes que serdo mencionadas na Segao 19-9. Podemos agora generalizar a Eq. 19-38 para a energia interna de qualquer gas ideal substituindo 3R/2 por Cy para obter =125J/mol‘K (gis monoat6mico). (19-43) Eqq. = nCyT (qualquer gis idea! (19-44) Esta equagdo se aplica nao s6 a um gés ideal monoatdmico, mas também a gases diatOmicos e poliatémicos, desde que seja usado o calor correto de Cy. Como na Eq, 19-38, a energia interna do gas depende da temperatura, mas nao da presstio ou da densidade. De acordo com a Eq. 19-41 ou a Eq. 19-44, quando um gés ideal confinado em um recipiente sofre uma variagdo de temperatura AT, podemos escrever a variagio resultante da energia interna na forma AE qe = nCy ST (4s ideal, qualquer processo). (9-45) Esta equagao nos diz 0 seguinte: Considere, por exemplo, as trés trajetorias entre as duas isotermas no diagrama p-V da Fig, 19-10.A trajetdria | representa um processo a volume constante. A traje- t6ria 2 representa um processo a pressdo constante (que vamos discutit em seguida). ‘A trajetéria 3 representa um processo no qual nenhum calor é trocado com & am- biente (este caso ser discutido na Segio 19-11). Embora os valores do calor Q ¢ do trabalho W associados a essas trés trajet6rias sejam diferentes, o que também acon: tece com pye V). 08 valores de AF associados as trés trajet6rias so iguais ¢ so dados pela Eq. 19-45, uma vez que envolvem a mesma variacdo de temperatura AT ‘Assim, independentemente da trajetdria seguida entre T'© T+ AT, podemos sempre usara trajet6ria I ea Eq. 19-45 para calcular AE.q, com mais facilidade. Calor Especifico Molar a Pressao Constante (S_ Vamos supor agora que a temperatura de nosso gés ideaNqumeyyd do mesmo valor AT, mas agora a energia necesséria (0 calor Q) & fornecida Trantendo o gés a uma pressio constante. Uma forma de fazer isso na pritica é mostrada na Fig. 19-11a; 0 diagrama p-V do processo aparece na Fig. 19-116. A partir de experimentos como esse, constatamos que 0 calor Q esté relacionado a variagéo de temperatura AT atra- vés da equagio (pressio constante), Q=nC,aT (19-46) onde Cp € uma constante chamada de ealor especifico molar a pressio constante, O valor de Cp é sempre maior do que © do calor especifico molar a volume constante Cy, que, nesse caso, a energia é usada nao s6 para aumentar a temperatura do gas, ‘mas também para realizar trabalho (levantar o émbolo da Fig. 19-11). Para obter uma relagao entre os calores especificos molares Cp e Cy, comega- ‘mos com a primeira lei da termodinamica (Eq. 18-26): 1948 | Os Calores Espectficos Molaes de um Gis Ideal AE = Q-W. (19-47) Em seguida, substituimos os termos da Eq. 19-47 por seus valores. O valor de Ein € dado pela Eq. 19-45. O valor de Q é dado pela Eq. 19-46, Para obter o valor de W observamos que, como a pressao permanece constante, a Eq. 19-16 nos diz. que W = p AV. Assim, usando a equagao dos gases ideais (pV = nR7), podemos es- crever W = pAV=nRAT. (19-48) Fazendo essas substituigdes na Eq. 19-47 e dividindo ambos os membros por n AT, obtemos ©, portanto, (19-49) sta previsio da teoria cinética dos gases estd de acordo com os resultados experi ‘mentais, ndo s6 para gases monoatOmicos mas para gases em geral, desde que este- jam suficientemente rarefeitos para poderem ser tratados como ideais. O lado esquerdo da Fig. 19-12 mostra os valores relativos de @ para um gés ‘onoatdmico submetido a um aquecimento a volume constante (Q=$nR AT) e Pressdo constante (Q= }nR AT), Observe que, no segundo caso, o valor de Q & aior por causa de W, o trabalho realizado pelo gas durante a expansio. Observe tgmbém que no aquecimento a volume constante a energia fornecida em forma de lor € usada apenas para aumentar a energia interna, enquanto no aquecimento a VaR tee epee a ee eee ringdo da energia interna do gas,em ordem deerescente, H , Ty m v Monoatémico Diatamieo FIG. 19.12 Valores relativos de Q para um Earear b= @ Pressio » Volume FIG. 19-11 (a) A temperatura de ‘um gés ideal é aumentada de T para T + AT emum processo a pressio constante. E adicionado calor e é realizado trabalho para levantar ‘oembolo. (5) O proceso em um. diagrama p-V.O trabalho p AV é dado pela drea sombreada, Isolamento Voume @ 6 19411 | A Expansio Adiabética de um Gés ideal Demonstragao da Eq. 19-53 Suponha que vocé remova algumas esferas do émbolo da Fig. 19-15a, permitindo que 0 gas ideal empurre para cima o émbolo e as esferas restantes ¢, assim, aumente seu volume de um valor infinitesimal dV. Como a variacéo de volume é pequena, podemos supor que a presséo p do gas sobre o émbolo permanece constante du- ante a variagdo. Esta suposigao permite dizer que o trabalho dW realizado pelo gas durante o aumento de volume é igual a pdV. De acordo com a Eq. 18-27, primeira ei da termodinamica pode ser escrita na forma dE = Q - pdv. (19-57) Como o gas estd termicamente isolado (e, portanto, a expansio é adiabatica), pode- mos fazer Q = 0. De acordo com a Eq. 19-45, podemos também substituir dE, por nCy dT. Com essas substituigdes ¢ aps algumas manipulagdes algébricas, obtemos. na? Pp : (2) av. (19-58) De acordo com a lei dos gases ideais (pV = n RT), temos: pdV +Vdp=nRaT. (19-59) Substituindo R por Cp ~ Cyna Eq, 19-59, obtemos pareve (19-60) ev Igualando as Eqs. 19-58 ¢ 19-60 e reagrupando os termos, temos: C, av io, | Se.) av. P v Substituindo a razao entre os calores especificos molares por ¢ integrando (veja a integral 5 do Apéndice E), obtemos Inp + yln V = constante. Escrevendo 0 lado esquerdo como In pV? ¢ tomando 0 antilogaritmo de ambos os membros, obtemos Cy pV” = constante. (19-61) Expansées Livres ——— Como vimos na Segio 1S. wha expansao livre de um gas é um processo adiabé- tico que nao envolve trabalho realizado pelo gas ou sobre o gis, nem variagio da energia interna do gas, Uma expansiio livre é, portanto, muito diferente do tipo de Proceso adiabiitico descrito pelas Eqs. 19-53 a 19-61, em que ha trabalho realizado © a energia interna varia. Essas equagdes, portanto, ndo se aplicam a uma expansaio livre, embora essa expansio seja adiabatica Lembre-se também de que, em uma expansio livre, o g4s est em equilibrio ape- nas nos pontos inicial e final; assim, podemos plotar apenas esses pontos, mas nao 4 expanso propriamente dita, em um diagrama p-V. Além disso, como AE, = 0, a temperatura do estado final deve ser a mesma do estado inicial. Assim, os pontos inicial e final em um diagrama p-V devem estar sobre a mesma isoterma, ¢ em vez da Eq, 19-56, temos T= Ty (expansao tive) (19-62) Se supomos também que o gas ¢ ideal (de modo que pV = nRT), como nao ha variagao de temperatura 0 produto pV nao pode variar. Assim, em vez da Eq. 19-53, uma expansio livre envolve a relagio PM.= PV; Cexpansotioe) (19.63) Capitulo 19 | A Teoria Cinética dos Gases No Exemplo 19-2, 1 mol de oxigénio (considerado um gas ideal) se expande isotermicamente (a 310 K) de um vo- lume inicial de 12 L para um volume final de 19 L. (a) Qual seria a temperatura final se 0 gas tivesse se ex- pandido adiabaticamente até esse mesmo volume final? O oxigénio (O;) é um gés diatOmico e, nesse caso, possui ro- tagdo, mas nao oscilagao. =z & ——— 1. Ao se expandir contra a pressdo do ambiente, um gas realiza trabalho, 2, Quando o proceso € adiabstico (nao existe troca de calor com o ambiente), entao a energia necesséria para o trabalho provém da energia interna do gis. 3. Como a energia interna diminui,a temperatura T tam- bem diminui, Célculos: Podemos relacionar as temperaturas ¢ volumes iniciais e finais usando a Eq. 19-56: TV =Tyy", (19-64) Como as moléculas sto diatémicas ¢ possuem rotagao, mas ‘no oscilagaio, podemos usar os calores especificos molares da Tabela 19-3. Assim, Explicitando 7; ¢ substituindo os valores conhecidos, ob- temos _ TV)" _ @1okKa2L)'" vr aoLy =(10K)(3)"" = 258K. (Resposta) (b) Quais seriam a temperatura final e a pressio final se 0 és tivesse se expandido livremente para 0 novo volume a partir de uma pressio de 2.0 Pa? HERE i sccnpecitara nto varia em ura exponsto livre. . Céleulo: Como a temperatura nao varia, T,=T,=310K. Podemos calcular a nova pressio usando a Eq. 19-63, que nos da (Resposta) 2L 20Pa) 7 =13Pa. _ (Resposta) ee ] Tatica 2: Um Resumo Gréfico de Quatro Processos em Gases Neste capitulo discutimos quatro processos especiais ‘40s quais um gis ideal pode ser submetido. Um exemplo de cada um desses processos (para um gis monoatémico ideal) é mos- trado na Fig. 19-16, algumas caracteristicas associadas aparecem nna Tabela 19-4, incluindo dois nomes de processos (isobiirico © isoe6rico) que nao so usados neste livro, mas que 0 leitortalvez ‘encontre em outros textos. FIG. 19-46 Diagrama p-V representando quatro processos cespeciais para um gas monoatémico ideal coer Quatro Processos Especi Press Volume Tiajetéria na Fig. 19-16 Grandeza Constante Nome do Provesso Alguns Resultados Expeciais (AE g = Q- We MEn, {Cy AT para todas trajet6rias) 1 P Isobérico 2 T Isotérmico 3 pv ve Adiabitico 4 v Isocérico, Q=nC,AT-W=pav Q= W=nRTin( VV); SE Q=0; W= Ain AB g = nCy AT, W=0 calor,em ordem decrescente, lade de energia transferida para 0 gis na forma de REVISAO E RESUMO Teoria Cinética dos Gases A teoria cinética dos gases re- laciona as propriedades macroscépicas dos gases (como, por exemplo, pressdo e temperatura) as propriedades microsedpicas das moléculas do gis (como, por exemplo, velocidade © energia cinética. Namero de Avogadro Um mol de uma substancia eontém ‘Na (namero de Avogadro) unidades elementares (em geral 4t0- ‘mos ou moléculas),onde N, € uma constante fsica cujo valor ex- perimental € Ng = 6,02 x 10% mol? (ast) ‘A massa molar M de uma substincia & a massa de um mol da substancia, e esté relacionada & massa m de uma molécula da substancia através da equagio M=mNq. (némero de Avogadro} (94) (O niimero de mols n em uma amostra de massa Min, que contém N moléculas,¢ dado por patil Be, 492,193) MM inky, Gas Ideal Um gés idea! & um gis para 0 qual a pressto p. © volume Ve a temperatura T estao relacionados através da equagio pV =nkT (ci dos gases ideais), «a9s) onde n ¢ 0 mimero de mols do gis © R é uma constante (8,31 Jimol -K) chamada constante dos gases ideais.A lei dos gases ideais também pode ser escrita na forma pV = NkT, 199) onde & é constante de Boltzmann, dada por 38% 10-7I/K. 9-7) Trabalho em uma Variagéo de Volume Isotérmica 0. trabalho réalizado por um gés ideal durante uma variagao isotér- imiea (» temperatura constante) de um volume V, para um volume V6 dado por Went in Vv (Gis ideal processoisotérmivo). (19-14) Pressio, Temperatura e Velocidade Molecular pres- siio exercida por n mols de um gas ideal, em termos da velocidade de suas moléculas,é dada por nae 9-21) cg onde tm = YO Juas 68 velocidude média quadritica das molé- culas do gas, De acordo com a Eq. 19-5, (RT Ym (19-22) Temperatura © Energia Cinética A enersia cinética de translagao média K.pz,por molécula em um gas ideal é dada por Keyug = 3KT. (1924) Livre Caminho Médio 0 livre caminho médio Ade uma mo- lécula em um gés é a distincia média percorrida pela molécula entre duas colisdes sueessivas,¢ & dado por 1 ea Vind NV onde N/V € 0 ndimero de moléculas por unidade de volume e dé ‘odidmetro da molécula. (19-25) Distribuigéo de Velocidades de Maxwell A disiribuicao de velocidades de Maxwell P(v) & uma fungio tal que P(v) dv é a fragao de moléculas com velocidades em um intervalo dv no en- torno da velovidade v: Ms Nog liag P= 4e(—M_) ytemeionr 1=4e( sear) ‘Trés medidas da distribuigdo de velocidades das moléculas de um 243 si0 19.27) SRT You = \auy —Selocdademédi), (18-31) va fee (voincidade sais pepe) M 1 velocidade média quadritica & definida pela Eq, 19-22 Calores Especificos Molares © calor especifico molar Cy de um gés a volume constante é definido como Q _ Ag, Se 39, 19- nar rar (19-39, 19-41) onde Q € 0 calor cedido ou absorvido por uma amostra de n mols de um gis, AT é a variagdo de temperatura resultante € AE, &a variagao de energia interna, Para um gas ideal monoatémico, (19-43) O calor especifico molar C, de um gis a pressao constante é defi- ride como @ maT Cy =3R=12,5 Ymol-K, (19-46) onde Q, me AT 1ém as mesmas definigdes que para Cy. Cp tam- bem é dado por GaG HR 29-49) Para n mols de um gas ideal, Ee =nCyT — (ghsideal (9-44) ‘Se mols de um gas ideal confinado sofrem uma variago de tem- peratura AT devido a qualquer processo, a Variagio da energia in- terna do gis é dada por AEigg = nCy AT (19-45) onde deve ser usado 0 valor apropriado de C,, de acordo com o tipo de gis ideal. (2s ideal, qualquer provesso), Graus de Liberdade e Cy Pocemos determinar Cy usando © teorema de equiparticto da energia, segundo o qual a cada grau de liberdade de uma molécula (ou seja, cada forma independente de armazenar energia) esti associada (em média) uma energia de Capitulo 19 | A Teors Cinética dos Gases 4KT por molécula liberdade, Ey LRT por mol). Se f& 0 mimero de graus de 1167 S/mol-K. (1951) ara gases monoatémicos f = 3 (trés graus de liberdade de trans- lagio); para gases diatOmicos, f = 5 (trés graus de translagao € dois de rotagéo), Processo Adiabatico Quando um gis ideal sofre uma len- ta variagio de volume adiabatica (uma variagao para a qual Q = 0). pressdo 0 volume estio relacionados através da equagao pV" =constante —(processoadiabitico), (19-53) onde y (= Cx!Cy) € a raziio entre os calores especificos molares do gés Para uma expansio livre, porém, pV = constante, 1 Para um aumento de temperatura AT;, uma certa quantidade de um gas ideal requer 30J quando aquecido a volume constante € 50 J quando aquecido a pressio constante. Qual é 0 trabalho realizado pelo gas na segunda sitwagio? 2. O ponto na Fig. 19-17a representa o estado inicial de um gs, © a reta vertical que passa pelo ponto divide o diagrama p-V em regides 1 € 2, Para 0s seguintes processos, determine se 0 traba- tho W realizado pelo gas € positivo, negativo ou nulo: (a) 0 gas se move para cima ao longo da teta vertical, (b) 0 gas se move para baixo ao longo da linha vertical, (c) 0 gis se move para um ponto qualquer da rezido I ¢ (d) 0 gas se move para um ponto qualquer da regido 2. yO > v «@ o o FIG. 19-17 Perguntas2,406. menace 2 [OTs pelo gas em forma de calor ¢ 0 * trabalho W realizado pelo gis —40 +40 ou o trabalho W, realizado so- ER er Otheat we quico sine umen ee ae eee ei ater 4 O ponto da Fig. 19-176 representa o estado inicial de um gis, aisoterma que passa pelo ponto divide o diagrama p-V em duas regives, 1 2. Para os processos a seguir, determine se a variago AE, da energia interna do gas € positiva, negativa ou nula: (a) 245 Se move para cima ao longo da isoterma, (b) o gis se move para baixo a0 longo da isoterma, (c) 0 gas se move para qualquer onto da regido I e (d) 0 gas se move para qualquer ponto da regio 2. 5 Uma certa quantidade de calor deve ser transferida para 1 mol de um g4s ideal monoatémico (a) a pressio constante e (b) a volume constante,¢ para 1 mol de um gis diatOmico (c) a pressio constante ¢ (d) a volume constante. A Fig, 19-18 mostra quatro {rajet6rias de um ponto inicial para ‘um ponto final em um diagrama p-V. Que trajet6ria corresponde a que processo” (e) As moléculas do as diatomico estio girando? 6 0 ponto da Fig, 19-17¢ repre- senta 0 estado inicial de um gas. a adiabatica que passa pelo ponto divide 0 diagrama p-V nas regides 1 e 2. Para os processos a se- ir, determine se 0 calor Q correspondente € positivo, negativo ‘ou nulo: (a) o gas se move para cima ao longo da adiabética.(b) 0 als se move para baixo ao longo da adiabatica, (c) 0 gas de move para qualquer ponto da regito 1 e (d) 0 gis se move para qual quer ponto da regio 2 7 Um gis ideal diatomico, cujas moléculas estao girando, mas nao oscilam, perde uma quantidade Q de calor. A diminuigao de ‘energia interna do gis é maior se a perda acontece em um pro- cesso a volume constante ou em um processo a. presse cons tante? 8 No diagrama p-V da Fig. 19-19, 0 gas realiza 5 J de t1abalho quando percorre a isoterma ab e 4] quando percorre a adiabé- tica be, Qual € a variagdo da enersia interna do gas quando cle pereorre a trajetéria retilinea ac? FIG. 19-18 Perguntas. 2 “ FIG.19-19 Pergunta8. 9 (a) Ordene as quatro trajetérias da Fig. 19-16 de acordo com © trabalho realizado pelo gs, em ordem decrescente. (b) Ordene as trajetGrias 1,2.¢ 3 de acordo com a variagao da energia interna «do was, da mais positiva para a mais negativa 10 A temperatura de um gas ideal aumenta, diminui ou per- ‘manece a mesma durante (a) uma expansio isotérmica, (b) uma cexpansdo a pressao constante, (¢) uma expansio adiabstica e (4) ‘um aumento de pressdo a volume constante? Problemas ETE] PROBLEMAS 18+ O nimero de pontosindica © rau de cicudade do problems EAE inicrmacses adicionsis cisponiveis em © Circo Voador da Fisica, de Jearl Walker, Rio de Janeiro: LTC, 2008, segio 19-2 O Numero de Avogadro #10 ouro tem uma massa molar de 197 g/mol. (a) Quantos mols de ouro existem em uma amostra de 2,50 g de ouro puro? (b) Quantos dtomos existem na amostra? +2. Determine a massa em quilogramas de 7.50 x 10° étomos de arsénico, que tem uma massa molar de 74,9 g/mol segio 19-3 Gases Ideais #3. O melhor vacuo produzido em laboratério tem uma pres- sio de aproximadamente 1,00 x 10-" atm, ou 1,01 x 10" Pa, ‘Quantas moléculas do gas existem por centimetro cuibico neste vvicuo a 293 K? +4 Calcule (a) o nimero de mols ¢ (b) 0 ntimero de moléeulas em 1,00 em? de um gas ideal a uma pressio de 100 Pa © a uma temperatura de 220K. +5 Um pneu de automével tem um volume de 1,64 x 10-? m € contém ar a pressio manométrica (presso acima da pressio satmosférica) de 165 kPa quando a temperatura é 04°C. Qual € a pressio manométrica do ar no pneu quando a temperatura aumenta para 27,0°C 0 volume aumentar para 1.67 x 10? m°? Suponha que a pressio atmostérica € 1,01 x 10 Pa, 6 Uma certa quantidade de um gés ideal a 10,0°C ¢ 100 kPa ccupa um volume de 2.50 m°. (a) Quantos mols do wis estao pre~ sentes? (b) Se a pressdo ¢ aumentada para 300 kPa e a tempera- ‘ura € aumentada para 30,0°C, que volume o gs passa a ocupar? Suponlha que nao ha vazamentos. *7 Uma amostra de oxigénio com um volume de 1000 em! a 40,0"C e 1,01 x 10° Pa se expande até um volume de 1500 cm a uma pressio de 1,06 x 10° Pa. Determine (2) o ntimero de mols de oxigenio presentes na amostra e (b) a temperatura final da amostra. +8 Um recipiente contém 2 mols de um gés ideal que tem uma massa molar Mj ¢ 0.5 mol de um segundo gas ideal que tem uma ‘massa molar M; = 3M). Que fragdo da pressao total sobre a pa- rede do recipiente se deve ao segundo gs? (A explicagio da te- otia cinética dos gases para a pressio leva & lei das presses par- ciais para uma mistura de gases que nfo reagem quimicamente, descoberta experimentalmente: A pressio otal exercida por uma ‘mistura de gases & igual @ soma das pressoes que os gases exerce- riam se cada um ocupasse sozinho o volume do recipiente.) +9 Suponha que 1,80 mol de um gas ideal é levado de um vo- lume de 3.00 m para um volume de 1,50 nv através de uma com- ressao isotérmica a 30°C. (a) Qual ¢ o calor transferido durante acompressio ¢ (b) o calor € absorvido ou cedido pelo gas? +10 Garrafa de digua em wn carro quente. Nos dias de calor a temperatura em um carro fechado estacionado no sol pode ser suficiente para provocar queimaduras. Suponha que uma garrafa de égua removida de uma geladeira & temperatura de 5.00°C seja aberta, fechada novamente e deixada em um carro fechado com ‘uma temperatura interna de 75,0°C. Desprezando a dilatagio ter mica da agua e da garrafa, determine a pressio do ar contido no interior da garrafa. (A pressio pode ser suficiente para arrancat uma tampa rosqueads.) =F +11 Suponha que 0.825 mol de um gés ideal sofre uma expan: sfo isotérmica quando uma energia Q € acrescentada ao gis na forma de calor. Se a Fig, 19-20 mostra o volume final V,em fun- fio de Q, qual é a temperatura do gs? A escala do eixo vertical & detinida por Vs, = 0.30 me a escala do eixo horizontal é definida por Q, = 12004 au FIG. 19-20 Problema 11 12 No intervalo de temperaturas de 310 K a 330 K,a pres- sii p de um certo gés no ideal est relacionada a0 volume Ve A temperatura T através da equagio 24407 ome x) Qual ¢ o trabalho realizado pelo gas se a temperatura aumenta dc 315 K para 325 K enquanto a pressio permanece constante? 13 Oar que inicialmente ocupa 0,140 m' trica de 103.0 kPa se expande isotermicamente para uma pres- stio de 101,3 kPa e em seguida & resfriado a press constante até atingir o volume inicial, Calcule o trabalho realizado pelo ar. (Presstio manométrica ¢ a diferenga entre a pressio real ¢ a pres- sto atmosférica,) 14 Salvamento no fundo do mar. Quando o submarino ame- ricano Squalus enguigou a 80m de profundidade, uma cimara cilindrica foi usada para resgatar a tripulaggo. A camara tinha um rao de 1,00 m e uma altura de 4,00 m, era aberta do fundo € levava dois operadores. Foi baixada ao longo de um eabo-guia que um mergulhador havia fixado ao submarino, Depois que a camara completou a descida e foi presa a uma escotitha do sub- marino, a tripulagéo pde passar para a cémara, Durante a des- «ida, os operadores liberaram ar de tanques para que a cimara nao fosse inundada, Suponha que a pressio do ar no interior da

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