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Analise de resposta transitoria e de regime estacionario CAPITULO 5.1 | Introducao Em capitulos anteriores, foi dito que o primeiro passo para a andlise de um sistema de controle €4 obtengio de um modelo matematico do sistema, Uma vez obtido esse modelo, € possivel analisar o desempenho do sistema a partir dos varios métodos disponiveis. ‘Na pratica, o sinal de entrada de um sistema de controle no é conhecido previamente: ele & de cariter aleatério e seus valores instantineos nao podem ser expressos de maneira analitica, Somente em alguns casos especiais o sinal de entrada é conhecido antecipadamente e pode ser expresso de maneira analitica ou por meio de curvas, como no caso do controle automitico das maquinas-ferramentas. Na anélise e no projeto de sistemas de controle, devemos ter uma base de comparagdo do 0 6.6) Entdo, o sinal de erro e(0) & =r) (0) =1i-e") Conforme / tende ao infinito, e~7 se aproxima de zero e, assim, 0 sinal de erro e(t) se aproxima de Tou eo)=T ‘A Figura 5.3 mostra a rampa unitéria de entrada e a resposta do sistema. O erro do sistema para seguir a rampa unitéria como sinal de entrada ¢ igual a T para fsuficientemente grande. Quanto ‘menor a constante de tempo T, menor o erro estacionério ao seguir a entrada em rampa Resposta ao impulso unitério de sistemas de primeira ordem. Para 0 impulso unitério de ‘entrada, R(s) = 1 e a resposta do sistema da Figura 5.1(a) pode ser obtida como: ls) 6D A ransformada inversa de Laplace da Equagio 5.7 resulta em: c(t) = he, parar= 5.8) (= pe, paras20 6.8) ‘A curva de resposta dada pela Equagao 5.8 mostrada na Figura 5.4 Uma propriedade importante de sistemas lineares invariantes no tempo. Na anilise anterior, mostrou-se que, para a entrada em rampa unitéria, a saida c(0) & ec) =1- T+ Te, parar0 (Veja a Equagao 5.6) Capitulo 5 —Anslise de resposta transit de regime estacionsvio [EG FIGURA 5.3 Resposta de ampa unitéria do sistema smostrado na Figura 5.1(@) no. ea) wr Br de estado permanente ar or FIGURA 5.4 Resposta a0 impulso unitirio do sistema exposto na Figura 5.10) 90. Para a entrada em degrau unitério, que é a derivada da entrada em rampa unitéria, a saida c(t) &: e@)~1-e, parar=0 (Veja a Equagao 5.3) Por fim, para a entrada em impulso unitério, que € a derivada da entrada em degrau unitétio, a safda o(t) &: e(t)=4 =, parat> 0 (Veja a Equagdo 5.8) Acomparagdo das respostas do sistema com essas trés entradas indica claramente que a resposta 4 derivada de um sinal de entrada pode ser obtida diferenciando-se a resposta do sistema para © sinal original. Pode-se ver também que a resposta a integral do sinal original pode ser obtida pela integragdo da resposta do sistema ao sinal original ¢ pela determinagdo da constante de integragao a partir da condigdo inicial de resposta nula. Esta € uma propriedade dos sistemas lineares invariantes no tempo. Os sistemas lineares variantes no tempo e sistemas ndo lineares no possuem essa propriedade. 5.3 | Sistemas de segunda ordem ‘Nesta segao, obteremos a resposta do sistema de controle tipico de segunda ordem as entra- das em degrau, rampa e impulso. Aqui, consideraremos um servossistema como um exemplo de sistema de segunda ordem. GEO] Engenharia de controle modern Servossistema. A Figura 5.5(a) mostra um servossistema constituido por um controlador pro- porcional e elementos de carga (elementos de inéreia e de arito viscoso). Suponha que se deseje controlar a posigao da saida c de acordo com a posigao de entrada r ‘A equagao para os elementos de carga é: Je~Be=T onde 6 0 torque produzido pelo controlador proporcional cujo ganho é K. Considerando as ‘ransformadas de Laplace de ambos os lados dessa tltima equagao e supondo condigaes iniciais nulas, obtemos: IEC(S) + BSC(8)= NS) Ento, a fungdo de transferéneia entre C(s) ¢ 1s) & CW) _ 4 Ts) ~ sUs+B) Pelo uso dessa fungao de transferéneia, a Figura 5.5(a) pode ser redesenhada como na Figue 12 5.5(b), que pode ser modificada para o esquema mostrado na Figura 5.5(¢). A fungio de ‘ransferéneia de malha fechada & entdo obtida como: Cs) __ ik RG) Is BstK Ki + Bi)s + (ID) Esse sistema, em que a fungio de transferéncia de matha fechada possui dois polos, & chamado sistema de segunda ordem. (Alguns sistemas de segunda ordem podem conter um ou dois zeros.) Resposta ao degrau do sistema de segunda ordem. A funcio de transferéncia de matha fechada do sistema mostrado na Figura 5.5(c) & C$) _ ik RG) I + Bs + K 69) ‘que pode ser reeserita como: FIGURA 55 (2) Servossistema; (b) diagrama , . 7 dle blocos, —e- LE ) -t+4—- (e) diagrama de blacos u simplificado 0) ne ri aw we as) © Capitulo 5 —Anslise de resposta transite de regime estacionsvio [EH £O), Ris) ‘05 polos de malha fechada séo complexos conjugados se B° —4JK'< 0/e sto reais se BY 4JK> 0, Na andlise da resposta transitéria, ¢ conveniente escrever: Kia Box, Kaui, 2-20, 1s onde ¢ & chamado atenuagdo; 0, € a frequéncia natural ndo amortecida; e 6 & 0 coefictente de amortecimento do sistema, O cocficiente de amortecimento { ¢ a relagdo entre o amor teal B e 0 amortecimento eritico ou B,=2 ¥JK ou BB STR Em termos de ¢¢ «, 0 sistema da Figura 5.5(c) pode set modificado conforme mostra a Figu- 1a 5.6 ea fungdo de transferéncia de malha fechade C(s)/R(), dada pela Equasdo 5.9, pode ser eserita como: COs) RG) Essa forma é chamada forma-padrdo do sistema de segunda ordem, os 5° + La,s + ob (5.10) Determinaremos agora a resposta do sistema mostrado na Figura 5.6 a uma entrada em 1). (1) Sistema subamortecido (0 <{ <1): nesse caso, C{s\/R(s) pode ser escrito como: COs) oF RG) ~ © bw, +05 Lo, — Io) onde o,= 0, v1 = ©. A frequéncia w, & chamada freguéncia natural amortecida do sistema. Para uma entrada em degrau unitério, C(s) pode ser escrita como: cls) i a (84 os + ws Atransformada inversa de Laplace da Equagao 5.11 pode ser obtida facilmente se C(s) for escrita da seguinte manera GAD yal s+ 20, CW) = Fy Naso L___s4to, fo, S Gtto +o; @+lwF +o; FIGURA 5.6 Sistema de segunda ordem, Engenharia de controle moderna Consultando a tabela de transformadas de Laplace no Apéndice A, podemos demonstrar que: s+bo, (s+ CaP + 0% 108 yt SM senaygt e+ fo, al- . Enlfo, a transformada inversa de Laplace da Equagao 5.11 6 obtida como: £"C(s)] = e(t) ee) (cosy + vI=e A partir da Equago 5.12, pode-se ver que a frequéncia da oscilagdo transitéria é a frequéncia natural amortecida do sistema a, ¢, assim, varia de acordo com 0 coeficiente de amortecimento &.O sinal de erro para esse sistema é a diferenga entre a entrada e a saida e é: e(t) = r(t)— c(t) (corour+zLersenoui} par 0 vI-¢ Esse sinal de erro apresenta uma oscilagdo senoidal amortecida. Em regime permanente ou em 1= or, nio existe erro entre a entrada e a saida, Se 0 coeficiente de amortecimento & for igual a zero, a resposta nio ser amortecida e as ‘oscilagdes continuarao indefinidamente. A resposta, c(t) no caso de o amortecimento ser nulo, pode ser obtida substituindo ¢ = 0 na Equagdo 5.12, 0 que resulta em: ef) 1-cose,t, parat20 (5.13) Assim, a partir da Equagdo 5.13, vemos que o, representa a frequéncia natural do sistema sem amortecimento Isto é, ©, & a frequéncia em que a resposta do sistema poderd oseilar, se © amortecimento for reduzido a zero. Se o sistema linear tiver algum amortecimento, a frequéncia natural no amortecida do sistema nao poder ser observada experimentalmente. A frequéncia que pode ser observada € a frequéncia natural amortecida, w, que & igual a, v1 — £7, que sempre menor que a frequéncia natural no amortecida, Um aumento em & poderia reduzir a frequéncia natural amortecida «2, Se ¢ for aumentado acima da unidade, a resposta se tomard superamortecida e nio oscilard (2) Sistema criticamente amortecido (£= 1): s¢ 0 dois polos de C(s\/R(s) forem iguais, o sistema sera dito criticamente amortecido. Para uma entrada em degrau unitério, R(s) s € C(s) podem ser escritas como: Cs) = (5.14) Crore ‘A transformada inversa de Laplace da Equasao 5.14 pode ser determinada como: et) = 1-e"(1 4 0, parar>0 (5.15) Esse resultado pode também ser obtido fazendo-se ¢ se aproximar da unidade na Equagao 5.12 c utilizando o seguinte limite: Nyt (3) Sistema superamortecida (6 > 1): nesse caso, os dois polos de C(s)/R(s) so reais, negativos e desiguais, Para uma entrada em degrau unitario, R(s) = Lis e C(s) podem ser escritas eomo: Capitulo 5 —Anslise de resposta transit ede regime estacionsvio. [ERI 0 Croton E ANG lo, oOo Vs 619) A wanafomad inversa de Laplace de Bquagio 5.166 “= 1 = ETe (3.17) exponeneiais decrescentes. Quando { for, de modo considerdvel, maior que a unidade, uma das duas exponenciais, decrescentes decai mais répido que a outra e, assim, o termo que decai mais rapido (0 que cor responde menor constante de tempo) pode ser desprezado. Ou seja, se-s, estiver situado muito ‘mais préximo do eixo jw que ~s, (que significa [|< [s)), eno, para uma solugdo aproximada, poderemos desprezar ~,. Isso ¢ permitido porque o efeito des, na resposta é muito menor que ‘ode 5, jd que o termo que contém s, na Equagao 5.17 decresce muito mais rapidamente que 0 termo que contém s,. Uma vez. que o termo exponencial que decresce mais rapidamente tenha desaparecido, a resposta serd andloga & de um sistema de primeira ordem e C(s/R(s) poderd ser aproximada para: fo, 0,v' s+ ba— 0, Esse modo de aproximago & uma consequéncia direta do fato de que os valores tanto de C(sV/R(s) original como da aproximagao, so coin Com a fungao de transferéncia de C(s)/R(s) aproximada, a resposta ao degrau unitirio pode ser obtida como: jviais e finais, c(s) = Sur 0./8 (s + £0, — a, /— 1s A resposta no tempo c(t) & ent, igual a e(t)=1—etP, para 0 Isso fomece uma resposta aproximada ao degrau unitério, quando um dos polos de C(sV/R(s) puder ser desprezado, ‘A Figura 5.7 mostra uma familia de curvas o(?) como resposta ao degrau unitério para diversos valores de G, onde a abscissa € a varidvel adimensional «,/. As curvas so fungdes somente de 6. Essas curvas sdo obtidas a partir das equagées 5.12, 5.15 e 5.17. O sistema deserito por essas equayes inicialmente estava em repouso. ‘Note que dois sistemas de segunda ordem que tenham 0 mesmo valor de C, mas valores de ‘0, diferentes, apresentam 0 mesmo sobressinal e 0 mesmo padrio oscilat6rio. Diz-se que esses sistemas t8m a mesma estabilidade relativa ‘A partir da Figura 5.7, vemos que um sistema subamortecido com £ que varia entre 0,5 ¢ 0,8 se aproxima mais rapidamente do valor final do que um sistema criticamente amortecido ou supe ramortecido. Entre os sistemas que apresentam resposta sem oscilagdo, um sistema criticamente amortecido & 0 que fornece a resposta mais ripida. A resposta de um sistema superamortecido & sempre mais lenta, qualquer que seja.o sinal de entrada. importante notar que, para sistemas de segunda ordem cujas fungdes de transferéneia de rmalha fechada sejam diferentes da que foi apresentada pela Equagdo 5.10, as curvas de resposta ao degrau podem parecer completamente diferentes das mostradas na Figura 5.7, [EBA engernara de convote moderns FIGURA 5.7 Curva de resposta 30 ddegrau unitario do sistema smostradlo na Figura 5.6 10 o8 06 04 02 Definigao das especificagdes da resposta transitéria. Com frequéncia, as caracteristicas de desempenho de um sistema de controle so especificadas em termos de resposta transitéria ‘a uma entrada em degrau unitério, j& que se trata de entrada suficientemente brusca e gerada ‘com facilidade. (Quando a resposta a uma entrada em degrau & conhecida, é possfvel calcular matematicamente a resposta a qualquer tipo de sinal de entrada.) A resposta transitéria de um sistema a uma entrada em degrau unitrio depende das condi iniciais, Por convenigncia, na comparagao entre as respostas transitérias de varios sistemas, pratica comum utilizar uma condigao inicial padrao que € a do sistema inicialmente em repouso, com 0 valor da variavel de saida e todas as suas derivadas em fungao do tempo iguais a zero, Assim, as caracteristicas de resposta dos varios sistemas poderdo ser facilmente comparadas. ‘Na pratica, antes de atingir o regime permanente, a resposta transitéria de um sistema de controle apresenta, frequentemente, oscilagGes amortecidas. Na especificagiio das caracteristicas das respostas transitdrias de um sistema de controle a uma entrada em degrau unitério, € comum. especificar 0 seguinte: 1, Tempo de atraso, ty 2. Tempo de subida, 3. Tempo de pico, , 4, Maximo sobressinal (ou apenas sobressinal), M, 5. Tempo de acomodasao, t, Essas especificagdes sto definidas a seguir e sto mostradas graficamente na Fi 1, ‘Tempo de atraso, (; trata-se do tempo requerido para que a resposta alcance metade de seu valor final pela primeira ve7. 2. Tempo de subida, r: & 0 tempo requerido para que a resposta passe de 10 a 90%, ou de 5% 2.95%, ou de 0% a 100% do valor final. Para sistemas de segunda ordem subamor- tecidos, o tempo de subida de 0% a 100% é 0 normalmente utilizado, Para os sistemas superamortecidos, o tempo de subida de 10% a 90% é mais comumente utilizado. 3. Tempo de pico, ,: & 0 tempo para que a resposta atinja 0 primeiro pico de sobressinal. Maximo sobressinal (em porcentagem), M,: €0 valor maximo de pico da curva de resposta, medido @ partir da unidade, Se o valor final da resposta em regime permanente diferir da unidade, entao é comum utilizar porcentagem maxima de sobressinal, definida por: () — () coe x 100% Porcentagem méxima de sobressinal FIGURAS.8 Curva de resposta em degrau unitivio aque mosta yy Mp, Capitulo 5 —Anslise de resposta transite de regime estacionsrio. [EER © valor maximo (em porcentagem) do sobressinal indica diretamente aestabilidade relativa do sistema, 5, Tempo de acomodagio, ¢,: ¢ 0 tempo necessério para que a curva de resposta aleance valores em uma faixa (geralmente de 2% ou 5%) em torno do valor final, ai permane- cendo indefinidamente, 0 tempo de acomodagao esta relacionado & maior constante de tempo do sistema de controle. Pode-se determinar qual porcentagem deve ser utilizada no critério de erro a partir dos objetivos do projeto do sistema em questi. As especificagies no dominio de tempo dadas anteriormente so muito importantes, porque a maioria dos sistemas de controle é sistema no dominio de tempo, isto é, devem fornecer respostas temporais aceitéveis. (Isso quer dizer que o sistema de controle deve ser modificado alé que a resposta transitdria seja satisfatéria.) Observe que nem todas essas especificagées se aplicam necessariamente a todos os casos 0,8) responde lentamente, ‘Veremos adiante que o maximo sobressinal eo tempo de subida so conflitantes entre si. Em. ‘outras palavras, tanto 0 méximo sobressinal como o tempo de subida ndo podem ser diminuidos simultaneamente. Se um deles diminui, outro necessariamente se torna maior. Sistemas de segunda ordem e especificagdes da resposta transitéria, A seguir, obteremos ‘ tempo de subida, o tempo de pico, o méximo sobressinal eo tempo de acomodaga0 do sistema de segunda ordem dado pela Equagio 5.10. Esses valores serao obtidos em termos de ¢ ¢ ©, Supde-se que o sistema seja subamortecido, Tempo de subida , referente & Equagio 5.12, obtemos o tempo de subidaf, com e(t,)= 1 £ sigs) 1 ciate tne (cosas Como ¢**" 1, obtemos a partir da Equagdo 5.18 a seguinte equaga: [BBR engernara de convote moderne coset, + A sencyt, = 0 Como w,¥1 —&* = wye Go, = 9, temos tay, Assim, o tempo de subida /,é 6.19) onde 0 angulo é definido na Figura 5.9. Evidentemente, para um menor valor de f,, , deve set maior. Tempo de pico ,: com o auxilio da Equagio 5.12, podemos obter o tempo de pico diferenciando (1) em relagao ao tempo e igualando essa derivada a zero. Como one (cosioyt + Fogel) set(ogseno = yee) e € 05 fermos em cosseno nessa tiltima equagdo cancelam-se mutuamente, de/dt, calculada em t= 1}, pode ser simplificada para: (ene,t eer 0 vi-e essa titima equagdo resulta a seguinte expressdo: seno,/,=0 04,7 0,1, 2, 31, Como 0 tempo de pico corresponde ao primeiro pico do sobressinal, wf, = x. Entio, a (5.20) 4 ‘0 tempo de pico t, corresponde a meio ciclo da frequéncia de oscilagdo amortecida, “Maximo sobressinal M,: 0 méximo sobressinal ocorre no tempo de pico ou em supor que o valor final da saida seja unitiio, M, &obtido a partir da Equagdo 5.12 como: M, = elt) -1 ion Ao (6.21) FIGURA5.9 Definigio do Angulo B. FIGURA 5.10 Par de curvas envoltsrias para a curva de resposta 20 dlegrau unitirio do sistema rmostrado na Figura 5.6 Capitulo 5 —Anslise de resposta transit de regime esacionsvio. [EEA Seo valor final c(n) da saida nao for unitrio, eno serénevesséro utilizar aseguinte equa: ett) = () M,- ele), Tempo de acomodagao t: para um sistema subamortecido de segunda ordem, a resposta transitria € obtida a partir da Equagao 5.12 como: para = 0 As curvas 1 +(e /1 — @) slo as curvas envoltérias da resposta transitéria a entrada em degrau unitario. A curva-resposta c(t) permanece sempre dentro de um par de curvas envoltérias, como ‘mostra a Figura 5.10. A constante de tempo dessas curvas envoltérias € 1/60, A velocidade de decaimento da resposta transitéria depende do valor da constante de tempo 102, Para dado valor de 0, 0 tempo de acomodagio 1, é uma fungio do coeficiente de amor- tecimento C, A partir da Figura 5.7, vemos que, para o mesmo «, e para uma faixa de valores, de G entre 0 ¢ 1, 0 tempo de acomodagao 1, para um sistema ligeiramente amortecido & maior {que para um sistema adequadamente amortecido. Para um sistema superamortecido, 0 tempo de acomodagio 1, se tora grande porque a resposta & lenta, © tempo de acomodagao correspondente a faixa de tolerdncia + 2% ou +5% pode ser medido ‘em termos da constante de tempo 7'= 1/Ge,a partir das eurvas da Figura 5.7 para valores dife- rentes de £. O resultado & mostrado na Figura 5.11. Para 0 <¢<0,9, se for utilizado o critério de 2%, 1, ser aproximadamente quatro vezes a constante de tempo do sistema, Se for usado © critério de 5%, entdo f, sera aproximadamente trés vezes a constante de tempo. Note que © tempo de acomodagao atinge um valor minimo em tomo de & = 0,76 (para o eritério de 2%) ou = 0,68 (para o critério de 5%) e, entdo, aumenta quase linearmente para valores grandes de C, A descontinuidade nas curvas da Figura 5.11 surge porque uma variagao infinitesimal do valor de C pode causar uma variagdo finita no tempo de acomodacao, Por conveniéncia, na comparagdo das respostas dos sistemas, definimos comumente o tempo de acomodagiio f, como: 4=4T= Ze nin da2%) Poy , ERY cues aria de controle moderna FIGURA 5.11 Cuna de tempo, de acomodagio, {versus curvas ¢ sry sr| na de toertcia de 2%| sr| Tempo de acomodssto, at+—t le tolerincia de 5% 03 04 05 OS OF as 09 10 5 3 ‘ ta M=S= 2 (ernésio de5%) (523) to, ‘Note que o tempo de acomodagao ¢ inversamente proporcional ao produto do coeficiente de amortecimento pela frequéncia natural do sistema nao amortecido. Como o valor de é, em geral, 0 (5.26) Para (627) Para G>1, OD EE ara = are ayer para r= 0 (5.28) Note que, sem necessidade de recorrer & transformada inversa de Laplace de C(s), podemos também obter a resposta no tempo c(t) derivando a resposta ao degrau unitério correspondente, {8 que a fungdo impulso unitério é a derivada da fungdo degrau unitério. Uma familia de cur ‘vas de resposta ao impulso unitirio dada pelas equagdes 5.26 e 5.27 para varios valores de ¢ é ‘mostrada na Figura 5.14. As curvas (t/a, estdo representadas no grafico em fungao da varidvel dimensional o,f e, portanto, so fungdes somente de ¢, Para os casos de amortecimento critico superamortecimento, a resposta ao impulso unitério é sempre positiva ou nul, isto é, c(t) > 0. Isso pode ser visto a partir das equagdes 5.27 € 5.28, Para o caso de subamortecimento, a resposta, 20 impulso unitério o() oscila em toro de zero e assume valores tanto positivos como negativos. A pantir da andlise anterior, podemos concluit que, se a resposta c(t) a0 impulse nido muda de sina, o sistema deve ser criticamente amortecido ou superamortecido, caso em que a resposta correspondente a um degrau nao possui sobressinal, mas aumenta ou diminui monotonicamente, aproximando-se de um valor constante. ‘© maximo sobressinal para aresposta 20 impulso unitério do sistema subamortecido ocorre em: cs =r oMeO SEI 6.29) ov (AB quasiio 5.29 pode ser obtida igualando de/ai a zero e determinando 1.) O méximo sobressinal é eas = 4 2%P onded <£<1 FIGURA 5.14 Cunas de resposta a0 impulso unitério do sistema smostrado na Figura 5.6, w a 0, 02 4 Capitulo 5 —Anslise de resposta transite de regime estacionsvio [ERT (A Equagao 5.30 pode ser obtida substituindo a Equarao 5.29 na Equagao 5.26.) Como a fungio de resposta ao impulso unitério ¢ a derivada em relagdo ao tempo da fungao de resposta a0 degrau unitario, © maximo sobressinal M, para a resposta a0 degrau unitario pode ser

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