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5 copas do mundo com 4 eliminações precoces para Croácia, Bélgica, Holanda e França

e um quarto lugar em uma copa disputada em casa, com uma eliminação na semifinal
por humilhantes 7x1.
Seleção Sub 20 não se qualificou para 3 das ultimas 5 copas do mundo, e na última foi
eliminada na quartas de finais por Israel
Seleção Pré Olímpica não consegue se qualificar para um torneio de segundo escalão no
futebol que são os Jogos Olímpicos.
O que acontece com o futebol brasileiro? 10 motivos para o futebol brasileiro não ser
respeitado por ninguém
1) Perda da identidade com a importação do padrão europeu;
A globalização teve como consequência o acesso fácil as principais competições da Europa. Com a
febre dos games de futebol em especial a série FIFA o público do futebol assumiu como padrão o
futebol europeu.

O Brasil não soube se impor a esse padrão (como fez a Argentina) e importou da Europa o modelo
de organização do futebol: campeonato de pontos corridos, numeração fixa, protocolo de entrada,
estádios estilos arenas e afastou o povo do esporte, elitizando com altos preços nos ingressos,
camisas e tudo relacionado ao clube.

Resultado, entregamos o futebol a um público que não tem empatia com o esporte.

O futebol mudou com certeza, é um esporte mais intenso, de muita organização e senso tático, porém
podemos adequar o nosso estilo a esse padrão, com um futebol mais vistoso, com atletas com mais
personalidade e com uma identificação maior com a história do nosso país, que foi totalmente
abandonada em nome do “futebol moderno” e do horroroso “padrão FIFA”!

2) Gestão sem credibilidade no mercado;


Hoje existe uma obrigatoriedade de capacitação para atuar em quase todas as áreas do futebol,
menos nas gestões de clubes e federações. Se fizermos uma lista dos presidentes de clubes e
federações, quantos serão reconhecidos internacionalmente pelos serviços prestados ao esporte?

Temos muita gente incompetente, sem compromisso com o esporte, nas funções administrativas do
futebol.

Para tal é necessário além da capacitação acadêmica, conhecimento de causa e serviços prestados
ao esporte. Esses três pilares eliminariam 80% das pessoas que administram o nosso futebol
atualmente. Não tem como dar certo algo assim

3) Super poderes dos empresários;


A Lei Pelé, não libertou os atletas, apenas trocou o dono de suas vidas que passou de ser o clube
para ser empresários de futebol. O papel antes mau feito pelos clubes de futebol, hoje é feito com
único objetivo de lucro, pelos empresários de futebol. O atleta continua dependente, pois se hoje um
bom jogador não quer ter empresário, dificilmente terá espaço nos principais clubes do país.

Lógico que existem os bons empresários, éticos e que pensam além dos lucros que o esporte pode
proporcionar.

Mas a maioria pensa somente no capital. Quantas histórias presenciei de atletas abandonados pelos
seus empresários porque não tinham perspectiva de dar retorno financeiro.

Já ouvi de empresários que preferem atletas que não tenham plano B, que vejam no futebol sua
única oportunidade de ascensão social. É ético isso?
E são esses que detem o poder no futebol atualmente no Brasil. Mandam e desmandam nos clubes,
alguns só contratam atletas de determinado empresário e muitos treinadores são pressionados a
escalar os atletas de acordo com o interesse dos empresários.

Eles influem até nas convocações das seleções brasileiras. Faça uma análise de quantos atletas
foram negociados após uma única e surpreendente convocação para seleção.

4) Calendário mau elaborado;


É inacreditável que a maioria dos clubes no Brasil tenham calendário na temporada de apenas 3
meses.

Hoje enquanto grandes clubes fazem mais de 50 jogos por ano, alguns clubes tradicionais do futebol
nacional fazem 9 jogos em um ano inteiro, como por exemplo o Paraná Clube na temporada de
2023.

Enquanto muitos defendem o fim do campeonatos estaduais, não visualizando que a longo prazo,
com o fim dos estaduais e por consequência, o fim dos pequenos clubes, os grandes e médios clubes
atuais se tornaram os pequenos do futuro e o futebol brasileiro será monopolizado por 4 ou 5
grandes clubes no país.

Há de se readequar o calendário, com uma nova dinâmica de jogos onde TODOS os clubes tenham
um calendário anual para se organizar.

Um calendário anual, dá ao clube a oportunidade de elaborar um planejamento estratégico para


captação de recursos e patrocínios que lhe darão suporte em toda a temporada.

E com um calendário anual, os clubes que hoje servem somente para atletas pedágios, terão
dificuldades em se manter em atividade, e fecharão suas portas, sem deixar saudades.

5) Elitização das competições;


Com a cópia do padrão europeu, estabeleceu-se no Brasil uma verdade de que o campeonato por
pontos corridos é o modelo ideal e perfeito. Um campeonato insosso, que perde seu interesse para
80% dos clubes participantes da metade para o final da competição.

Se pontos corridos fosse modelo padrão, a NBA adotaria essa fórmula.

E no Brasil hoje, se dá muita atenção ao Brasileiro das Série A e B e a Copa do Brasil, sendo que
outras competições quase não tem atenção por parte dos patrocinadores.

Um país como o Brasil, com apenas 20 clubes em sua primeira divisão é um aberração cultural.

Temos que ter no mínimo 26 clubes em nossas três principais divisões, uma quarta divisão
regionalizada e uma quinta divisão divida por estados onde todos os clubes possam participar dela,
além de termos a Copa do Brasil disputada por TODOS OS CLUBES filiados a CBF.

6) Sucateamento dos pequenos clubes;


Hoje os pequenos clubes, não possuem apoio das federações, disputam torneios de três meses, e não
conseguem se manter.

Os pequenos clubes são a base da pirâmide do futebol brasileiro, e só tivemos um topo de pirâmide
com 14 gigantes do futebol, porque tínhamos muitos clubes pequenos para sustentar o sistema.

Acabar com os pequenos, eliminando estaduais, fazendo um calendário de somente três meses, é o
principal motivo da qualidade do nosso futebol estar caindo ano após ano.
Não damos oportunidade de jovens atletas com potencial de desenvolver uma carreira. Porque se
não tem espaço no primeiro momento nos grandes clubes, acabam desistindo da carreira.

Quantos grandes atletas perdemos?

Precisamos de uma mudança na política do futebol. Dar oportunidade para o pequenos clubes
disputarem grandes competições.

Hoje quantas regiões do Brasil podem assistir a um jogo do clube de sua cidade ou região contra um
clube de primeira divisão.

Sim os clubes grandes do país tem sim essa obrigação.

O Athlético Paranaense, em nome do bem do futebol, deve ir com sua equipe principal jogar em
Cianorte, Pato Branco e mobilizar a região em torno do seu nome. Mesmo que isso dê prejuízo
financeiro, pois não podemos chamar isso de prejuízo e sim investimento na fomentação do futebol
nos diversos cantos do país.

7) Incompetência na formação de atletas;


8) Alienação dos ex-atletas;
9) Técnicos brasileiros incapazes;
10) Imprensa esportiva não profissional;

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