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SUSTENTACAO
SUSTENTACAO
OBJETIVO
Conhecer os efeitos fí
físicos produzidos pelo ar,
capazes de gerar sustentaç
sustentação para o voo de
aeronaves, bem como as aç ações que podem
levar um avião ao estol e ao parafuso.
SUSTENTAÇÃO
Prof Deusdedit Carlos Reis
SUSTENTAÇÃO
Forças aerodinâmicas
ROTEIRO
1. Definiç
Definições
2. Teorias acerca da Sustentaç
Sustentação
3. Estol
4. Parafuso
• Empuxo = Arrasto
• Sustentação = Peso
• O ar é um fluido;
Vento relativo
• O vento relativo é o vento resultante do movimento de um
objeto.
• Apesar do vento real que está soprando de trás, o corredor
sente o vento em seu rosto como conseqüência do
movimento de corrida.
• O vento relativo é relativo (oposto e igual) ao movimento
de um objeto.
Princí
Princípio de Bernoulli
Princí
Princípio Newtoniano
Efeito Coanda
Descriç
Descrição Aerodinâmica Matemá
Matemática da Sustentaç
Sustentação
Princí
Princípio de Bernoulli
Tubo de Venturi (explicaç
(explicação do caminho mais longo ou igual tempo de trânsito)
• A sustentação é a componente
Um meio de visualizar o Princípio de Bernoulli da resultante aerodinâmica
é estudar o escoamento de ar num tubo que perpendicular ao vento relativo.
tem a área central menor que as extremidades,
que é o Tubo de Venturi. • A Resultante Aerodinâmica
(RA) seria, portanto, explicada
como sendo uma força que surge
em virtude do diferencial de
pressão entre o intradorso e o
extradorso da asa que tende a
empurrá-la para cima;
Princí
Princípio de Bernoulli Princí
Princípio de Bernoulli
Questionamentos Por que isso não está
está inteiramente errado?
• Sua principal desvantagem é o fato de estar baseada • A explicação do caminho mais longo está correta em
no princípio dos tempos de trânsito iguais, ou ao mais de um aspecto. Primeiro, o ar na parte superior da
menos na hipótese de que uma vez que o ar tem um asa se move mais rápido que o ar na parte inferior - na
caminho maior para percorrer por cima da asa, ele verdade, ele se move mais rápido do que a velocidade
tem que fazê-lo mais rapidamente. necessária para as partículas de ar da parte superior e
inferior se reagruparem, como sugerem muitas pessoas.
• Esta abordagem é focada no formato da asa e
• Segundo, a pressão geral na parte superior de uma asa
dificulta que se entendam fenômenos importantes produtora de sustentação é menor que a pressão na parte
como o vôo invertido, o efeito-solo e a sustentação inferior da asa, e é essa diferença líqüida de pressão que
que é gerada em asas de perfil simétrico. cria a força de sustentação.
Princí
Princípio Newtoniano Princí
Princípio Newtoniano
(transferência de momento ou deflexão do ar) (transferência de momento ou deflexão do ar)
• Isaac Newton declarou que, para cada ação, existe uma reação • No final do século 17, Isaac Newton formulou a teoria de que as
igual e oposta (Terceira Lei de Newton). Um bom exemplo está moléculas de ar atuam como partículas individuais e o ar que
em dois patinadores em uma pista de gelo. Se um empurra o atinge a superfície inferior de uma asa atua como chumbinho
outro, ambos se movem - um pela força da ação e outro pela ricocheteando em uma placa metálica. Cada partícula individual
força da reação. ricocheteia na superfície inferior da asa e é desviada para baixo.
Conforme atingem a parte inferior da asa, as partículas
concedem parte de sua cinética à asa, gradualmente empurrando
a asa para cima com cada impacto molecular.
Princí
Princípio Newtoniano
Questionamentos
Princí
Princípio Newtoniano
Por que isso não está
está inteiramente errado? Princípios
• Embora uma pura explicação newtoniana não produza estimativas Bernoulli e Newtoniano
precisas de valores de sustentação em condições de vôo (por
exemplo, o vôo de um jato de passageiros), ela prevê muito bem a
sustentação de certos regimes de vôo. Para condições de vôo
hipersônico (velocidades que excedem em cinco vezes a velocidade Há aqueles que conjugam ambos os princípios,
do som), a teoria de Newton prova ser verdadeira. Em altas afirmando que a sustentação seria o resultado da
velocidades e densidades muito baixas de ar, as moléculas de ar se atuação das forças decorrentes de ambos os
comportam como os chumbinhos exemplificados por Newton. O princípios; sendo atribuindo 75% ao efeito
ônibus espacial opera sob essas condições durante sua fase de
reentrada.
Bernoulli e 25% a Terceira Lei de Newton.
Efeito Coanda
É baseada essencialmente nas três leis de Newton e em um
fenômeno chamado de efeito Coanda.
Quando um fluido que escoa encontra uma superfície curva pela
frente, ele tentará acompanhar o perfil daquela superfície. Esta
tendência dos fluidos de acompanharem uma superfície curva é
conhecida como efeito Coanda.
Para ver este efeito, segure um copo debaixo de um filete de água
de uma torneira de modo a fazer com que a água toque levemente
o lado do copo. Ao invés de continuar fluindo na vertical, a
presença do copo faz a água grudar-se nele e escorrer pela sua
superfície, como mostra a figura.
A - Princí
Princípio de Bernoulli
B - Princípio Newtoniano (aumenta em um ângulo de ataque maior).
Descriç
Descrição Aerodinâmica Matemá
Matemática
3a Lei de Newton
da Sustentaç
Sustentação
A terceira lei de Newton diz que deve haver uma força
Usada por engenheiros aeronáuticos. Esta abordagem usa uma
igual e oposta em sentido sobre a asa, ou seja, para matemática complexa e/ou simulações computacionais para
baixo. O resultado é que um upwash aumenta a carga calcular a sustentação de uma asa. Ela usualmente faz uso de um
sobre a asa. Para compensar este aumento, a asa conceito matemático chamado circulação para com ele calcular a
precisa voar com um ângulo de ataque maior e, aceleração do ar sobre a asa. A circulação é uma medida da
portanto, com uma maior potência induzida. rotação aparente do ar em torno da asa.
Cálculo de sustentaç
sustentação com base em
resultados de testes
Camada Limite
Por que um fluido tem a tendência de acompanhar o
perfil de uma dada superfície?
A resposta é a viscosidade, a resistência ao
escoamento que também faz com que o ar (sendo um
fluído) tenha certa “aderência”.
A viscosidade do ar é pequena, mas o suficiente para
fazê-lo querer se grudar na superfície.
A menos que a curvatura da superfície seja muito
abrupta, o fluido seguirá o perfil da mesma. O volume
de ar ao redor da asa que parece estar parcialmente
grudado a ela é chamado de “camada limite” e tem
menos de 2,5 cm de espessura mesmo em asas
CAMADA LIMITE grandes.
AEROFÓLIOS Aerofólio
Um aerofó
aerofólio é uma secç
secção bidimensional,
projetada para provocar variaç
variação na direç
direção da
velocidade de um fluido. A reaç
reação do fluido
sobre o aerofó
aerofólio (ou simplesmente fó fólio)
devido a variaç
variação na quantidade de movimento
é uma forç
força (Lei de Newton), que será será
decomposta em ângulos normais a direç
direção de
seu movimento.
Aerofólio Aerofólio
Em aeronaves, o uso do aerofólio está nas Eles são usados para a produção de reações
secções da asa e nas empenagens (profundor e úteis, não só sustentação nas asas.
leme). A força de sustentação, arrasto e Assim, os aerofólios da hélice produzem a
momento são altamente dependentes do ângulo tração, os da deriva/leme de direção ajudam a
de ataque. Para grandes ângulos de ataque o estabilizar o avião e mudar de direção, bem
aerofólio se submete ao fenômeno do Estol como o estabilizador horizontal/profundor que
(Stall). também auxilia na sustentação.
Terminologia da Asa
Área da asa
É considerada toda área entre os bordos de
ataque e de fuga, de ponta a ponta, incluindo-se
a parte compreendida pela fuselagem.
Alongamento
É a relação entre a envergadura da asa
(distancia de ponta a ponta) pela corda média
geométrica.
Bordo de ataque
É a parte dianteira do aerofólio.
Bordo de fuga
É a parte traseira do aerofólio.
Terminologia do Aerofólio EXTRADORSO DA ASA
Bordo de ataque
É a parte dianteira do aerofólio.
Bordo de fuga
É a parte traseira do aerofólio.
Extradorso
Parte superior do aerofólio
Bordo de ataque
É a parte dianteira do aerofólio.
Bordo de fuga
É a parte traseira do aerofólio.
Extradorso
Parte superior do aerofólio
Intradorso
Parte inferior do aerofólio
Terminologia do Aerofólio
Bordo de ataque
É a parte dianteira do aerofólio.
Bordo de fuga
É a parte traseira do aerofólio.
Extradorso
Parte superior do aerofólio
Intradorso
Parte inferior do aerofólio
Ângulo de ataque
É o ângulo formado entre a linha de corda e o vento
relativo
Terminologia do Aerofólio
Linha de curvatura média
É obtida ligando os pontos médios do aerofólio
Terminologia do Aerofólio
Linha de curvatura média
É obtida ligando os pontos médios do aerofólio
Linha da corda
Linha reta que passa pelos bordos de ataque e
de fuga. É a dimensão característica do
aerofólio • A espessura de um aerofólio é a maior distancia entre o
extradorso e o intradorso, medida em porcentagem da corda;
Curvatura ou arqueamento • Um aerofólio com grande espessura e grande arqueamento é
É a distancia máxima da linha de curvatura ideal para aviões de pequena velocidade que operem de
média a corda, medida como percentagem da pequenas pistas;
corda. É uma importante propriedade dos • Num perfil simétrico a linha de curvatura média coincide com a
aerofólios corda, e o arqueamento é igual a zero; no assimétrico ele é
superior a zero.
RELEMBRANDO!
Vento Relativo
Efeitos da viscosidade.
Coeficiente de sustentação > mede a “habilidade do
Fatores da sustentação!
aerofólio de produzir sustentação”;
Quanto maior a diferença entre as pressões, maior
será o coeficiente de sustentação;
Ele depende da forma do aerofólio e do ângulo de
ataque.
A resultante dessas pressões atua num ponto Há dois pontos de estagnação, onde a velocidade
denominado centro de pressão (cp) sendo chega a zero: no bordo de ataque e no de fuga;
decomposta em duas componentes, uma
perpendicular e outra paralela ao vento relativo, Os filetes acima do ponto de estagnação dianteiro se
sustentação e arrasto, respectivamente. dirigirão para o extradorso, e vice versa;
A figura a seguir mostra a variação do Os três primeiros são simétricos, com espessuras máximas de
6, 9 e 12%. Observa-se que quanto maior a espessura, maior o
coeficiente de sustentação com o ângulo coeficiente de sustentação máximo.
de ataque de quatro tipo de aerofólios
NACA.
O aerofólio 63-412 tem a mesma espessura e distribuição de espessuras O coeficiente de sustentação do perfil simétrico cresce até o ângulo de 140
que o aerofólio 63-012, porém não é simétrico, possuindo arqueamento. para Clmax=1,4, enquanto para o perfil assimétrico os valores são 140 e 1,72
Isso resultou em um grande aumento do coeficiente de sustentação respectivamente. Esses ângulos são os ângulos de estol para os dois perfis.
máximo, de 1,40 para 1,72.
Nos aerofólios simétricos, o ângulo correspondente ao coeficiente de Para de ângulos de ataque menores que o ângulo de sustentação nula, os
sustentação nulo é o zero grau, enquanto o assimétrico é -3,80. O ângulo coeficientes de sustentação são negativos. Isto significa que nestes ângulos
correspondente ao coeficiente nulo tem o nome de ângulo de sustentação a pressão é maior no extradorso que no intradorso. Tais ângulos são
nula, que é sempre igual a zero para os perfis simétricos, e tem pequeno empregados para os voos de dorso ou para manobras invertidas.
valor negativo para os perfis assimétricos, variando entre os modelos
CONTROLE E SUSTENTAÇÃO
PELO PILOTO
SE UM PILOTO, EM VOO NIVELADO, DESEJA AUMENTAR Se a sustentação deve manter-se igual ao peso;
SUA VELOCIDADE, O QUE, AERODINAMICAMENTE Se a densidade do ar não varia em um voo horizontal;
FALANDO, PRECISARÁ SER FEITO? Se a área da asa da asa não pode ser modificada...
Perturbaç
Perturbação da Camada Limite
• Pré-estol – os filetes turbilhonados da asa atingem • O Clmax ocorre no ângulo de estol, acima deste a
o estabilizador horizontal/profundor produzindo asa estará estolada.
vibração – buffet.
• Estol – se dá em decorrência do piloto tentar voar
• Estol – após o ângulo de estol a redução da com um ângulo de ataque excessivo. Para sair
sustentação gera perda de altura, e o movimento dele, basta levar o manche à frente, fazendo com
do Cp para trás, juntamente com a redução da que reduza o ângulo de ataque.
sustentação negativa da cauda fará com que o
• O ângulo de ataque será sempre o mesmo,
avião abaixe o nariz.
variando a velocidade em função do peso, fator de
• Isso sempre ocorrerá com o mesmo ângulo de carga e outros. Por isso, não é necessário que o
ataque, que nas aeronaves de treinamento gira em avião esteja com o nariz alto e baixa velocidade
torno do 15º a 16º. para estolar.
Estol com e sem potencia No estol com potencia, como a parte interna
das asas estão com maior sustentação, as
partes externas tenderão a estolar antes.
Qualquer produção assimétrica de sustentação,
tenderá a produzir um rolamento do avião.
RECONHECIMENTO DO ESTOL
• A asa externa aumenta a velocidade e produz • Começa a autorotação, com a asa abaixada
mais sustentação, levantando. O ângulo de aumentando o seu ângulo de ataque,
ataque diminui afastando-a do estol; reduzindo a sustentação e aumentando o
arrasto.
• A asa interna reduz a velocidade e produz
menos sustentação, abaixando. Seu ângulo de • O avião rolará, glissará e o nariz afundará. A
ataque aumenta e a asa estola (se já estolada, velocidade de rotação aumentará e será
aumenta ainda mais o ângulo acima do estol) desenvolvido um parafuso com o nariz para
baixo.
O que ocorre durante o comandamento do E o parafuso acidental?
parafuso?
ATENÇÃO!