Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Livro Digital - A Reinvenção Do Profissional
Livro Digital - A Reinvenção Do Profissional
DO PROFISSIONAL
Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro
A REINVENÇÃO
DO PROFISSIONAL
Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro
2a edição
Setembro/2013
S ão Pau l o 2 0 1 2
Prates, Alexandre
12-08125 CDD-650.14
10
Capítulo V – Pensamento................................................................................ 57
– Crenças......................................................................................................................58
– Valores.......................................................................................................................60
– Sabotadores de resultados................................................................................60
11
Conclusão..............................................................................................157
Referências...........................................................................................159
12
O livro
13
14
O especialista
15
16
17
A aposentadoria
Os mantras da dependência
18
19
20
Fernando Dolabela
Autor de O segredo de Luísa
21
23
A reflexão que citei acima fez também com que eu me preocupasse com o
futuro da liderança, afinal qual é a mensagem que o nosso país passa para estes
jovens que, no futuro, serão os comandantes das organizações? De que maneira
temos encorajado os nossos jovens a empreender? E mais, como temos preparado
os nossos jovens para o futuro do mundo corporativo?
A REINVENÇÃO DO PROFISSIONAL
A reflexão anterior serviu para reforçar a minha missão de publicar uma obra que efe-
tivamente pudesse servir como um manual prático sobre comportamentos de sucesso.
24
25
3a) A terceira opção reflete o que defendo neste livro. Reinventar-se para que
o novo comportamento verdadeiramente reflita os seus valores, as suas crenças.
26
27
28
29
30
Conhecimento: saber;
Habilidade: saber fazer;
Atitude: querer fazer;
Competências: um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que pos-
sibilitam um jeito especial de fazer, ou seja, o SABER FAZER BEM. Portanto,
o SABER FAZER BEM é o equilíbrio entre o SABER, o SABER FAZER e o
QUERER FAZER.
E o comportamento?
31
33
Base de pesquisa:
41 profissionais
565 horas de atendimento
7 Diretores
5 Empresários
24 Gerentes
4 Universitários
1 Vendedora
1 Futura empresária
Estados estudados:
34
O jogo interior
Trazendo isso para a nossa vida profissional, podemos chamar de Self 2 (jogo
exterior) o nosso trabalho, aquilo que fazemos. E Self 1 (jogo interior), as inter-
ferências que prejudicam a realização do processo da melhor maneira possível. O
Self 1 está ligado ao julgamento interno, aos momentos em que deparamos com
as nossas indagações, paradigmas e limitações internas que não nos deixam seguir
em frente.
O Self 1 age como um treinador que, na maioria das vezes, não confia no seu
atleta, o Self 2. E, a todo o momento, sente a necessidade de interferir na ação,
pois não acredita verdadeiramente que possa dar certo. Portanto, esse treinador
julga, critica e prejudica, pois tem a necessidade de comandar o jogo exterior.
Esse conflito é minimizado ao passo que o técnico confia mais no seu atleta,
deixando de lado julgamentos que impossibilitam que a ação seja realizada de
forma integral e congruente.
35
Ao ter acesso a essa fórmula, tudo ficou mais claro na minha pesquisa. Foi
então que me dediquei a procurar as INTERFERÊNCIAS que prejudicam o
nosso potencial, pois, se as minimizarmos, teremos o desempenho que desejamos.
36
37
1. ESTADO ATUAL: Por mais insatisfeitos que estejamos ou por mais que quei-
ramos alguma coisa, temos ganhos em permanecer no estado atual. Afinal, con-
quistar um objetivo requer novos comportamentos e estes, por sua vez, nos obri-
gam a encarar o desconhecido. E, geralmente, preferimos permanecer na zona de
conforto.
38
Imagine que você foi convidado para disputar uma maratona dentro de
alguns meses. Porém, existe um detalhe: não lhe informaram quantos quilôme-
tros você deverá percorrer, o tempo médio que deverá alcançar e nem o prêmio
que você irá receber. O que provavelmente irá acontecer?
1. Como será o seu treino? O quanto terá que se esforçar? Talvez você
treine para correr uma maratona de quarenta quilômetros, o que vai lhe dar
bastante fôlego, mas não a velocidade necessária para uma maratona de quinze
quilômetros.
2. Como será o seu desempenho na competição? Qual estratégia você irá ado-
tar? Correr rápido ou um pouco mais lento? Se poupar no início ou garantir um
bom posicionamento logo na largada?
3. Como será a sua motivação? Por que vale a pena se esforçar? Por que vale a
pena treinar? Por que vale a pena empenhar todo o seu potencial? Provavelmente
você não terá um bom desempenho, mas por quê? Falta de talento? Você não
possui as habilidades necessárias para ser um atleta? Você não tem potencial para
isso? Talvez possa até faltar algum talento ou habilidade para tal feito, mas este
não é o principal elemento, pois as habilidades podemos adquirir. Então qual é o
segredo para se conquistar a tão sonhada alta performance?
No exemplo que citei acima, fica claro que se soubesse o desafio e a recom-
pensa que o esperam, você se desenvolveria da maneira correta e teria uma pos-
tura diferente na competição. Esse é o grande segredo! O foco nos proporciona
enxergar um motivo para que valha a pena todo o nosso esforço. Quando você
encontra uma direção, é como se trilhasse uma linha rumo ao futuro e pudesse
projetar todas as etapas para alcançar os seus objetivos.
39
Uma missão define o que você pretende fazer da sua vida, como pretende
utilizar seus talentos, de que maneira suas competências podem ser mais bem
aproveitadas. Ter uma missão é ter clareza daquilo que você realmente é bom, e o
que lhe diferencia dos demais. Quando você define uma missão, registra algo em
que realmente pode ser extraordinário. Ter uma missão é sair da zona comum,
deixar de ser um profissional razoável em várias coisas, e tornar-se excelente, um
expert em alguma coisa. Dessa forma, todas as outras especialidades que você
desenvolver ao longo da vida lhe servirão como um grande alicerce para que a sua
especialidade maior, a sua missão, possa ser aplicada com maestria.
40
Exemplo de missão:
41
Muitas vezes esse limite é desafiado sem esperarmos por isso, como no caso do
nosso gerente de vendas citado anteriormente. Talvez ele não contasse com esta
promoção, tornando o processo de desenvolvimento mais inquieto, pois o tempo
não para. Estes momentos inesperados nos fazem crescer muito, porque nem
tudo pode ser planejado em nossa vida. Senão o que seria do acaso?
Agora, imagine se o nosso amigo estivesse se planejando para o cargo. Com certeza
o processo de preparação já estaria acontecendo e, quando a oportunidade surgisse, já
estaria mais bem preparado. Porém, um planejamento somente existe se houver uma
meta, caso contrário, não há um motivo, um propósito para tal desenvolvimento.
42
Nas sessões de coaching que realizo, minha grande missão é encontrar as evi-
dências, pois é a única maneira de mensurar os resultados. Uma pessoa pode ter
um objetivo de crescer na empresa, mas para que isso seja uma meta, é necessário
responder: Em qual cargo eu gostaria de chegar? Quais são as etapas para chegar
lá? O que eu terei que desenvolver? Quais metas eu terei que atingir na empresa?
Quando eu pretendo chegar lá?
Aprendi uma premissa no coaching que me faz garantir que um bom planeja-
mento é fundamental: “Se você projetar bem o caminho, a meta é consequência”.
Isso é fato, pois muitos dos nossos objetivos não se concretizam; além de não
definirmos as evidências, não projetamos o caminho, estabelecendo os passos
necessários para alcançá-los.
Para falar sobre planejamento, resolvi utilizar uma técnica que tem me aju-
dado muito nesse processo. Uma técnica que desenvolvi, baseado no método
43
É importante ressaltar que este modelo pode ser utilizado para uma meta
de curto, médio ou longo prazo. A META FIM é uma meta de resultado,
seja conquistar algo, chegar a algum lugar – enfim, é o objetivo maior do
processo, aquilo pelo qual vale a pena se desenvolver. As METAS DE PER-
FORMANCE são metas de desenvolvimento, como adquirir uma nova habi-
lidade, um novo comportamento, alcançar um resultado necessário para che-
gar ao final do processo, ou seja, o passo a passo fundamental para garantir
a conquista do nosso objetivo maior, a META FIM.
Portanto, é preciso compreender que, para alcançar uma META FIM, é fun-
damental elencar quais RECURSOS são necessários para chegar lá. Vamos com-
preender melhor esta etapa no próximo capítulo.
44
Quero que você perceba o quanto a nossa maratona está diferente. Digo isso, pois,
neste exemplo, quando aceitamos participar da maratona, não sabíamos nada sobre
ela, simplesmente aceitamos participar. E muitas vezes isso acontece conosco: estamos
percorrendo uma maratona, mas não sabemos, de fato, aonde vamos chegar.
Veja, encontramos a META FIM, mas essa é apenas a primeira etapa, sendo
necessário agora definirmos as METAS DE PERFORMANCE, os RECURSOS
necessários para o alcance da META FIM. É neste momento que planejaremos
o alcance do nosso objetivo, ou seja, como posso chegar lá? No exemplo acima,
deveríamos definir: Que tipo de treino tenho que fazer? Como devo me alimen-
tar? Quais especialistas devo contratar para me ajudar?
45
Para Gardner, uma inteligência, seja ela qual for, é uma linguagem que todas
as pessoas falam e dominam e que está influenciada, em parte, pela cultura à qual
46
Conhecendo as inteligências:
Vamos a elas:
1. Verbal-Linguística
Capacidade de ouvir, falar, ler e escrever conceitos e ideias.
47
Como treinar:
2. Lógico-Matemática
Capacidade de resolver problemas através de cálculos numéricos e pensa-
mento lógico.
48
3. Visual-Espacial
Capacidade de orientar-se no mundo físico, construir um mundo mental-
mente e operar nele.
Como treinar:
4. Corporal-Cinestésica
Capacidade de resolver problemas utilizando o corpo.
49
Como treinar:
• Aprender a dançar;
• Participar de oficinas de teatro;
• Praticar exercícios relaxantes, sensibilizantes, oculares, faciais, manuais;
• Praticar esportes, artes marciais;
• Andar, pedalar, correr;
• Degustar novos sabores;
• Andar na grama, areia, participar de esportes radicais.
5. Intrapessoal
Capacidade de reconhecer e lidar com seus sentimentos enquanto estão ocorrendo.
50
Como treinar:
6. Interpessoal
Capacidade de lidar com outras pessoas e, através delas, implementar e realizar
diversos objetivos.
Como treinar:
51
7. Musical
Capacidade de identificar sons e ritmos.
Como treinar:
8. Naturalista:
Capacidade de identificar e classificar padrões na natureza.
52
Como treinar:
53
O plano de ação pessoal é utilizado para definir a sua META FIM e as metas
de performance.
Confira na próxima página um modelo de PLANO DE AÇÃO PESSOAL.
54
55
Agora chegou o momento crucial desta metodologia. Vamos falar neste capí-
tulo sobre motivação, permissão e consequência. É fundamental mostrar o
poder do pensamento neste processo de mudança comportamental e na con-
quista de objetivos.
Existe uma premissa no coaching que diz: É nossa crença sobre os even-
tos, mais que os eventos em si, que determinam quão bem nos sentimos e
comportamos. Ou seja, nossas reações são totalmente direcionadas pela maneira
como encaramos os acontecimentos. A forma como eu percebo as situações é o
combustível para as minhas atitudes e comportamentos. Existe um caminho para
determinadas reações, vamos compreendê-lo:
57
Se as experiências determinam as nossas crenças, que por sua vez nos ajudam
a construir os nossos valores, tudo provém da percepção dos acontecimentos, ou
seja, da maneira como lidamos com nossas experiências.
COMPREENDENDO OS ELEMENTOS
Trabalhar crenças é uma das sessões de coaching mais delicadas, pois aborda o
que acreditamos sobre a vida. Nossas crenças são fruto da nossa educação e apren-
dizado desde a infância. É o processo que conduz a formação do nosso caráter,
conduta e o que almejamos na vida pessoal e profissional.
58
Por outro lado, existem crenças fortalecedoras, ou seja, conceitos que você adqui-
riu sobre a vida e sobre você mesmo que impulsionam suas ações em direção aos
objetivos. Por exemplo, uma pessoa que acredita que a vida é cheia de oportunidades
e que para conquistar seu espaço é necessário correr atrás dos seus objetivos, nunca
ficará na zona de conforto e buscará sempre mais. Creio que seja esta crença que
impulsiona os grandes empreendedores. Lembre-se, você é aquilo que acredita ser!
Vamos à prática:
1. O que está custando para você não realizar seu sonho hoje?
59
Se você acredita que precisava de outras pessoas para conquistar os seus objeti-
vos, pergunte-se: “O que eu posso fazer para que a conquista dos meus objetivos
dependa apenas de mim?”.
Faça este exercício com frequência, assuma a responsabilidade por todos os
acontecimentos da sua vida, e posso lhe garantir: as respostas sempre aparecerão!
A grande pergunta é: as crenças que me impedem de seguir em frente são bar-
reiras reais ou apenas limitadores criados pelo meu pensamento?
Porém, muitas vezes sabemos por que vale a pena atingir os nossos objetivos
e queremos realmente aquilo. Então por que não seguimos em frente? Vamos
compreender isso.
Sabotadores de resultados
Atire a primeira pedra se você nunca iniciou uma dieta; nunca se matriculou
em uma academia (geralmente pagando um plano semestral), frequentou uma
semana e nunca mais voltou; nunca planejou gastar menos, poupar mais. Enfim,
nunca começou algo e parou.
Isso ocorre com todos nós e pode acontecer com você, quando decidir
adquirir um novo comportamento e planejar o seu desenvolvimento. Digo
60
As perguntas acima lhe permitem analisar as perdas que este novo compor-
tamento lhe trará? É importante saber que mesmo um comportamento negativo
lhe traz algum benefício, portanto deixar de praticá-lo lhe trará uma perda. Por
exemplo, uma pessoa que fuma sabe que esse comportamento lhe traz muitos
prejuízos. Mas se ela continua fumando é porque isso lhe traz alguns ganhos,
como bem-estar, tranquilidade, prazer etc. Adotar um novo comportamento será
dolorido, pois ela estará deixando de atender a valores importantes e isso é uma
perda. Portanto, antes de sair por aí dizendo que você é uma outra pessoa, que
adquiriu novos comportamentos, primeiro investigue o que você irá perder ao
colocar em prática esse novo modelo de comportamento.
61
Essa é a pergunta fundamental para garantir que você terá bons resultados no
processo de mudança. Pois uma coisa eu lhe garanto, vão lhe testar.
Imagine que você é uma pessoa que perde facilmente a paciência com as
pessoas e isso já lhe proporcionou a fama de mal-humorado, estourado etc. De
repente, você parece estar diferente e naquela situação rotineira, em que fatal-
mente iria agredir verbalmente alguém, você simplesmente diz que não tem pro-
blema algum e dedica parte do tempo para ajudar a pessoa. Imagine os comen-
tários na empresa:
62
Agora imagine isso se espalhando como pólvora por toda a empresa. Será que
você mantém a prática do novo comportamento ou estoura de vez e retoma o
comportamento negativo?
Após analisar com cuidado estes pontos, crie as estratégias para que o novo
comportamento possa realmente ser efetivo. Pergunte-se: O que eu posso fazer
para minimizar as perdas?
63
Nos próximos capítulos, novos conceitos para ajudar-lhe nesse processo incrí-
vel de evolução pessoal e profissional serão apresentados.
64
Nossos valores determinam nossas ações, que, por sua vez, são disparadas por
nossas emoções. Tudo o que fazemos em nossas vidas é impulsionado por nossos
valores. Portanto, ter consciência dos nossos valores nos faz compreender nossas
emoções. Por exemplo, um profissional bem-sucedido, que já chegou ao topo de
sua carreira como executivo, percebe que apesar de toda a fama não está feliz. Por
quê? Porque, mesmo inconsciente, o seu valor família pode estar falando mais
alto e ele começa a perceber que toda a fama não está valendo mais a pena; então
algumas emoções começam a ser disparadas: insegurança, tristeza, raiva etc. No
entanto, se ele conhecesse os seus valores, saberia que suas escolhas afetariam suas
emoções e consequentemente os seus objetivos.
65
O que eu posso fazer para que a apresentação seja um sucesso? Neste momento
ele pode encontrar respostas e visualizar mentalmente a apresentação e encontrar
os caminhos para melhorar a sua performance e eliminar os erros. Por exemplo:
Vou preparar com cuidado os slides, conversar com algum profissional da área,
cronometrar a apresentação para que ela possa ser interativa e dinâmica e vou
ensaiar alguns momentos de descontração para quebrar o gelo da plateia.
Se nada pudesse dar errado, como seria? Eu entraria no palco com tranqui-
lidade, falaria com segurança, aplicaria alguma dinâmica para quebrar o gelo.
Enfim, o executivo pode encontrar alternativas para ganhar mais segurança.
O que posso fazer para minimizar os riscos? Creio que preciso conhecer melhor
o público que estará presente, preciso preparar muito bem a minha apresentação e
procurar algum profissional com experiência para conseguir algumas dicas.
• Dúvida: Não confiar que vai dar certo. O medo gera dúvida e começamos a
duvidar de nossas escolhas. Perceba isso, a dúvida tem que servir para avaliar
nossas escolhas, mas não para nos deixar inseguros. Insegurança é não con-
seguir tomar uma decisão, e você só não conseguirá tomar uma decisão, se
66
• Raiva: Nossos valores são feridos – Só existe um fator que nos deixa com esse
sentimento: quando alguém ou alguma situação fere nossos valores. Duas
pessoas brigam quando uma fere o valor da outra, simples. Ser controlado
não é viver sem raiva, mas é aprender a avaliar a situação e decidir: Posso
perdoar e neste momento abrir mão do meu valor?
• Felicidade: É um estado presente, e não uma meta – Já falamos sobre isso: não
busque a felicidade no alvo, faça dele uma nova realização, mas seja feliz no cami-
nho. Ser feliz é aprender com o passado e viver o presente com foco no futuro.
Utilize suas emoções a seu favor e não permita que o impeçam de conquistar
novos comportamentos e resultados de sucesso.
67
Pare e pense por um instante: Você está no seu trabalho hoje por prazer, por
opção ou por falta de opção? Se pudesse imaginar um mundo ideal para você,
teria a vida que tem hoje? Estaria casado(a) com o(a) mesmo(a) marido/esposa?
Teria a profissão que você tem hoje? Estaria na empresa em que você está hoje?
Se a sua resposta para as questões acima for “sim, esta é a vida que eu sempre
quis ter!”, parabéns, você está no controle da sua vida. Porém, se a sua resposta
for “não, as coisas aconteceram e fiquei sem opção!”, cuidado, você não está no
controle da sua vida e, se não fizer alguma coisa o quanto antes, provavelmente
não terá controle sobre o seu futuro.
Sabemos que nossas decisões comandam nossas vidas e servem para nos pro-
porcionar liberdade ou nos aprisionar. Geralmente as decisões que nos tiram a
liberdade são disparadas por prazeres de curto prazo. Por vezes, sabemos o que
queremos e o que deve ser feito. Isso nos motiva, pois atende aos nossos valo-
res. Porém os sabotadores estão por toda a parte e precisamos ter um propósito
muito claro para manter a disciplina e seguir em frente. Se você tem uma meta
de economizar dinheiro, oportunidades não faltarão para gastá-lo e atender a sua
vaidade. Se você tem uma meta de perder peso, muitas tentações o cercarão a todo
instante. Esse é o eterno conflito entre os seus valores (aquilo que é importante
para você) e os prazeres sensoriais de curto prazo.
69
1. Sobrevivência – Este profissional retrata muito bem o que é não ser livre.
Geralmente o trabalho o escraviza, pois serve apenas para pagar suas contas. Não
é comprometido com a empresa, porque a regra do jogo é sobreviver; não existe
foco no futuro. O trabalho não proporciona prazer.
70
71
PASSADO É APRENDIZADO
Seligman, que por quase trinta anos lidou com pacientes deprimidos, resolveu
inverter o curso de seus estudos. Em vez de se dedicar a entender as fraquezas
humanas, ele buscou respostas para compreender quais são as raízes da felicidade.
O que Seligman nos mostra é que felicidade tem fórmula. Então vamos a ela:
73
HAPPINESS (FELICIDADE)
=
SET RANGE (LIMITES ESTABELECIDOS)
Nós temos uma herança genética que define o limite de felicidade na vida.
Você vai ser tão feliz quanto a soma dos seus pais biológicos.
+
CIRCUMSTANCES (CIRCUNSTÂNCIAS)
Influencia o grau de felicidade para mais ou para menos. Exemplo: Casa-
mento, morar em lugares quentes ou frios, trabalho, dinheiro, meio que você
vive, saúde, alimentação, idade, relações sociais.
+
VOLUNTARY (VARIAÇÕES VOLUNTÁRIAS)
Influenciam positivamente ou não seu grau de felicidade. Emoções positivas
no tempo: pessoas bem resolvidas emocionalmente no passado, presente e futuro.
74
Então eu pergunto: Qual é a sua proposta de valor? O que você tem para
mostrar ao mundo?
Se lhe perguntassem em uma entrevista: Por que devo contratá-lo? Você tem a
resposta na ponta da língua?
Se um cliente lhe perguntasse: Por que devo contratar os seus serviços? Você
consegue responder sem pestanejar?
É isso que no final das contas irá diferenciá-lo dos demais, pois no momento
em que você souber como responder a essas questões com segurança, está fortale-
cendo o seu DCP – Diferencial Competitivo Próprio –, ou seja, a sua proposta
de valor.
75
Não importa o seu cargo, profissão ou ramo em que atua, você deve buscar
resultados.
Apresentando resultados:
76
2. Na sua carreira: Tudo o que uma empresa quer é saber quais resultados
você, como colaborador, poderá apresentar e também quais os resultados que já
apresentou. Acredite, não importa o seu cargo atual, mas de que maneira você
está fazendo o seu trabalho. E se no momento da entrevista você souber apresen-
tar os resultados gerados pela sua atuação, estará apresentando a sua proposta de
valor. Se você atualmente é um atendente em uma lanchonete e enxergar o seu
trabalho como algo que não traz futuro, é exatamente assim que as pessoas enxer-
garão também. Se você enxergar o seu trabalho como uma escada para o sucesso
e fizer um atendimento diferenciado, encantar os clientes, ser lembrado pelo seu
bom humor e presteza no atendimento, pode ter certeza de que ao enfatizar estes
resultados ao entrevistador, é exatamente dessa forma que ele irá enxergar.
77
Vamos exemplificar:
79
E para garantir que você utilize esta habilidade como uma oportunidade,
vamos identificar as ameaças:
1. O que você está fazendo hoje na sua vida pessoal ou profissional que não lhe
trará resultados positivos?
80
4. Que tipo de pessoa e profissional você se tornou? Este novo perfil lhe trará
resultados positivos ou negativos?
B.
Quais comportamentos precisam ser modificados e quais precisam ser
desenvolvidos?
C. De quem depende para que isso aconteça? O que você pode fazer para que
dependa somente de você?
G. Quando você vai começar a mudar esta nova realidade e em quanto tempo
quer conquistar isso?
E quero terminar este capítulo com uma frase do compositor Gabriel O Pen-
sador: “Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo!”.
81
A frase mais comum que ouço em minhas sessões de coaching é: “Não tenho
tempo para nada!”. Uma fala típica de executivos que possuem grandes atribui-
ções, e também de diversas pessoas que, muitas vezes, não têm tantas atribui-
ções assim. Por outro lado, conheço profissionais que, mesmo com suas enor-
mes atribuições diárias, viagens, mestrados, família etc., ainda conseguem tempo
para malhar, escrever, relaxar, ficar com os filhos, enfim, conseguem viver com
qualidade.
Qual a diferença?
83
07h00/
08h00
08h00/
09h00
09h00/
10h00
10h00/
11h00
11h00/
12h00
12h00/
13h00
13h00/
14h00
14h00/
15h00
15h00/
16h00
84
– C: Baixo impacto. Seria bom, mas com pouca consequência. Quais tarefas
não possuem importância, não são urgentes e com poucas consequências imediatas
para a realização de seu sonho?
– D: Delegáveis. Quais tarefas você poderia delegar para outra pessoa fazer?
3. Reorganize sua agenda: Após identificar as atividades que você pode dele-
gar, diminuir intensidade (Atividades C) ou eliminar, insira e coloque horá-
rios para as atividades necessárias para o desenvolvimento dos comportamentos
85
Esta é a maneira mais simples e eficaz de administrar o seu tempo. Isso que ensi-
nei chama-se Planejamento, a próxima etapa é com você – Disciplina!
86
Os estudos serão apresentados por grupos de entrevistados para que você possa
analisar a opinião a partir de diversos pontos de vista. Em seguida, apresentaremos
o resultado final, abrangendo todas as opiniões. E, para fechar com chave de ouro,
você terá acesso aos melhores momentos das entrevistas que originaram o estudo.
87
AS ORGANIZAÇÕES DO FUTURO
89
90
Resultado Geral
91
92
93
3. Gestão profissional
94
4. Tecnologia de ponta
5. Crescimento sustentável
95
97
1. Gente
98
99
3. Ações socioambientais
• Ações socioambientais;
• Disseminação de uma cultura sustentável entre os colaboradores;
• Treinamento e desenvolvimento da equipe sobre questões socioambientais;
• Incentivo à participação ativa dos colaboradores em questões sociais e
ambientais.
• Conhecimento sociocultural;
• Inteligência de mercado;
• Marketing;
• Planejamento;
• Relacionamento;
• Parcerias estratégicas.
100
O PROFISSIONAL DO FUTURO
101
São elas:
• Cabeça (Pensar)
Inteligência de Mercado | A Inteligência Estratégica
• Mãos (Agir)
Inteligência Empreendedora | A Inteligência do Resultado
• Alma (Ser)
Inteligência Inspiracional | A Inteligência do Exemplo
• Coração (Sentir)
Inteligência Relacional | A Inteligência da Conquista
• Instinto (Evoluir)
Inteligência Potencial | A Inteligência da Autogestão
102
Eu o desafio a encontrar algum profissional, por mais brilhante que seja, que
possua todas competências que apresentaremos a seguir. Posso lhe garantir, não
existe! Como também posso lhe garantir que os profissionais mais brilhantes que
conhecemos na história da humanidade prosperaram sem que fosse necessário
possuí-las. Esse é o grande segredo das nossas competências: nós nunca seremos
excelentes em tudo, por um simples motivo, não é necessário. As organizações são
compostas por pessoas que possuem habilidades complementares. Logo cada uma
tem que ser excelente na sua posição. Alerto para esta questão, pois o que tenho
presenciado são profissionais que passam a vida toda buscando conhecimento e
habilidades que complementem o seu perfil profissional. Não há nada errado com
isso, desde que não se esqueçam de investir muito mais tempo e energia naquilo
em que são verdadeiramente competentes.Um profissional não é reconhecido
no mercado por fazer bem várias coisas e sim por ser espetacular em alguma
coisa. Portanto, a grande pergunta é: no que você pode ser espetacular? Qual é a
sua missão profissional? Ao responder esta questão, a próxima pergunta é: quais
competências eu preciso para potencializar os meus resultados? O que eu posso
fortalecer e o que eu posso melhorar para ir além? Não quero dizer que você deve
deixar de lado as suas fraquezas, longe disso, mas sim que o seu foco deve estar
sempre apontado para o seu diferencial competitivo próprio. Então, ao acessar as
próximas páginas, enxergue as competências com esse olhar, o olhar de quem vai
investir naquilo que realmente lhe fará muito forte e o projetará para o sucesso
profissional.
103
104
Resultado Geral
105
1– Inteligência Empreendedora
A Inteligência do Resultado
Qual é o propósito final de uma organização? Por que uma empresa existe?
Por que uma pessoa dedica anos e anos da sua vida em uma universidade? Por que
alguém abdica muitas vezes de sua vida pessoal, de sua qualidade de vida, para
envolver-se plenamente no seu trabalho? Qualquer resposta que surgir para estas
indagações resume-se em Resultados. Tudo o que buscamos em nossa carreira
é conquistar bons resultados. Tudo o que almejamos em nossa vida pessoal são
bons resultados. O que muda é o propósito de cada um, mas no final das contas
vivemos para atingir resultados em todas as áreas da vida. Exatamente por isso
que essa inteligência foi a mais citada como sendo um fator predominante para o
profissional do futuro.
106
107
Lars Grael, iatista, afirma: “O profissional jamais deve entrar na zona de con-
forto, precisa sempre aceitar novos desafios e buscar desafios”.
108
4. Manter-se focado:
O que você pode fazer para não perder-se nas distrações do dia a dia e dedicar-
-se ao que tem que fazer?
É fato que um líder não pode mais investir o seu precioso tempo somente
em questões burocráticas e operacionais. As organizações do futuro, conforme
exposto nas pesquisas anteriores, precisam ser ágeis e dinâmicas para competir
109
Não apenas os líderes, mas todo profissional deve compreender que o seu
tempo deve ser investido em ações que tragam resultados e a cada dia fugir das
distrações que o impedem de ser produtivo.
Christian Barbosa, especialista em produtividade pessoal, afirma: “Os líderes
gastam pelo menos dois terços do seu tempo com coisas urgentes e menos de um
terço em coisas importantes. Quando 70% do seu tempo deveria estar focado em
coisas mais importantes e 30% em coisas mais simples”. E complementa: “É um
círculo vicioso: líderes urgentes vão criar equipes urgentes; equipes urgentes vão
criar famílias urgentes e crianças urgentes...”.
“Os profissionais precisam conhecer o seu ponto produtivo e para isso preci-
sam mudar não só hábitos, e sim o modelo mental que vem antes dos hábitos. O
grande pilar da produtividade é a pessoa entender que ela tem um modelo mental
vigente, o modelo de deixar para última hora, de deixar para depois. Em vez de
deixar as coisas para a última hora eu posso fazer com dois, três dias de antece-
dência e ficar mais tranquilo, esse é o pilar que o profissional do futuro precisará
desenvolver”, orienta o especialista.
110
2. Ponto produtivo:
Em quais atividades você produz grandes resultados? Onde você deve focar os
seus esforços?
3. Manter a disciplina:
Quais atividades são mais prazerosas e tiram você do que é preciso fazer? O
que você pode fazer para não fugir das suas responsabilidades?
Infelizmente, o ser humano teve que destruir para aprender que precisa recons-
truir. A inteligência empreendedora é a inteligência da construção a longo prazo,
pois o foco no curto prazo já mostrou o seu poder de destruição.
111
112
1.4 – Inovação
Com base nessa afirmação, podemos identificar que inovação vai além dos
investimentos que as organizações têm feito na diferenciação dos seus produtos
e serviços. A inovação deve fazer parte da alma do profissional. O profissional do
futuro deve ser um eterno insatisfeito, que busca, a todo momento, diferenciar as
suas ações, seja para trazer novos recursos para o negócio, reduzir custos, aumen-
tar a produtividade, enfim, sempre focando em resultados.
113
• Questionar;
• Deixar fluir a criatividade;
• Quebrar paradigmas;
• Exercer a flexibilidade;
• Buscar a excelência;
• Ter ambição.
2. Coragem de questionar:
O que você tem feito da mesma maneira há muito tempo e que pode ser ques-
tionado sobre uma nova maneira de se fazer? Como você pode fazer diferente e
quais resultados você espera disso?
114
4. Exercer a flexibilidade:
Quais paradigmas você precisa quebrar para ser mais criativo? De que
maneira você pode investir mais o seu tempo para ouvir outras pessoas, ler
novos assuntos, pesquisar novos conceitos etc?
5. Buscar a excelência:
De que maneira você pode inovar o seu modo de agir para garantir a excelên-
cia nos trabalhos realizados?
Luciano Pires, escritor e palestrante, afirma: “Eu colocaria dois pontos cru-
ciais para os quais as empresas não se atentam: o desenvolvimento da capaci-
115
116
Buscar soluções:
Como manter-se informado constantemente para ser um agente de soluções?
Pró-atividade:
O que você pode fazer para entrar em ação e fazer as coisas acontece-
rem? Como não permitir que a reatividade prejudique os seus resultados?
117
A Inteligência do Exemplo
O mercado nunca precisou tanto de exemplos como hoje. A cada dia, uma
enxurrada de notícias sobre corrupção e desvio de dinheiro público invadem as
nossas casas, fazendo-nos questionar o caráter de toda e qualquer pessoa que se
aproxima de nós. Nas organizações, isso não é diferente. Deparamo-nos constan-
temente com traições, jogadas políticas, inversão de valores, nepotismo, enfim,
situações que prejudicam as organizações e consequentemente a carreira dos
profissionais.
Carlos Hilsdorf, escritor e palestrante, tem uma opinião forte sobre esta ques-
tão: “O líder do futuro deve ser autêntico e mais bem preparado em termos de
conhecimento do ser humano, seu perfil psicológico e seu perfil de produtivi-
dade. Um líder que consiga canalizar a competência de pessoas acima da média,
mantendo-as focadas em seus desafios. Um líder com a competência de lidar com
questões multiculturais, ambíguas e paradoxais, sem perder sua core competente de
inspirar pessoas a desenvolver alta performance e construir a excelência. Um líder
que saiba exercer o papel de coach e mentor ininterruptamente, estabelecendo
um sonho coletivo, pleno em significado e capaz de reunir as pessoas em torno do
objetivo de construir um mundo melhor!”
O especialista constata, neste exemplo, que o líder capaz de inspirar pessoas
deve, inevitavelmente, conhecer e gostar de gente. Somente assim ele terá a capa-
118
2.1 – Humildade
Robert Wong destaca: “Não adianta você liderar os outros, se você não tem
disciplina, amor-próprio, não tem autoconhecimento, não tem humildade. Aliás,
a palavra humildade tem um significado muito grande, vem da mesma origem
da palavra 'humano', as duas palavras derivam da palavra latim humus, e húmus
é terra fértil. E o húmus (terra) tem muito a nos ensinar. A mãe-terra está lá para
servir, ela é muito generosa, dá a todas as sementes a mesma condição de florescer
e nós, humanos, que viemos do húmus, precisamos reaprender a servir e a ser
generosos e tolerantes. Infelizmente, na maioria das vezes, somos intolerantes, ego-
cêntricos e queremos ser servidos. Portanto o líder tem que ter essa humildade”.
119
Por fim, o líder do futuro deve ter a vontade incondicional de servir e aprender
constantemente para um propósito maior, que não seja o de ser o astro.
Resiliência:
Em que você pode se apegar para não desistir diante das dificuldades? O que
fazer para superar as adversidades?
120
Autoconhecimento:
Como você pode aprender a conhecer mais profundamente as suas emoções?
Em quais situações é importante uma autoanálise dos seus comportamentos para
uma atuação mais madura?
Paciência e Tolerância:
O que você pode fazer quando perceber que está perdendo a paciência com
alguém ou alguma situação? Como você pode se tranquilizar para não causar
transtornos? Em que você pode pensar para ser uma pessoa tolerante com os
demais?
Autoconfiança:
Como você deve se preparar para que a autoconfiança faça parte de você? O
que você ainda não fez para garantir um desenvolvimento que lhe permita atuar
com confiança e tranquilidade?
121
Impossível falar em inspirar pessoas sem falar sobre ir além, em fazer mais do
que esperam de você. Quando um líder preocupa-se em entregar mais do que
esperaram dele, a equipe tem este exemplo de atuação. Quando o líder entrega
somente o necessário, colherá estes mesmos resultados de sua equipe. Como
cobrar alta performance de um time, quando o seu treinador não inspira esse
dinamismo, essa vontade de ir além?
122
Sensibilidade política:
Como conquistar e manter um bom relacionamento com pessoas brilhantes,
mesmo que tenham um temperamento difícil?
123
Servir, servir e servir. O líder que não compreender que esse é o maior pro-
pósito da sua liderança, nunca terá pessoas envolvidas e comprometidas com a
organização. Quem lidera para ser servido estará com os seus dias contados. O
líder do futuro é um facilitador, um ser capaz de deixar as pessoas brilharem. Este
é o seu maior mérito e a sua grande vitória, quando consegue fazer as pessoas
progredirem e as leva para onde não iriam sozinhas. O grande desafio do líder
do futuro é criar um ambiente propício para a inovação, no qual as pessoas se
desenvolvam constantemente.
Rodrigo Cardoso destaca muito bem esta questão: “Costumo dizer que é uma
troca: o liderado entrega mais do que se espera e a empresa oferece um ambiente
propício para o desenvolvimento de seus talentos”.
E Leila Navarro, escritora e palestrante, completa: “Liderar equivale a criar um
ambiente do bom-senso, em que as pessoas podem revelar seus talentos. Quando
isso ocorre, as pessoas manifestam orgulho e se transformam em super-heróis.
Não, não é exagero. O super-herói clássico é aquele que reconhece suas debilida-
des e sabe de seus talentos, dispondo-se a utilizá-los na batalha”.
Servir requer maturidade, pois o líder que serve nem sempre é a estrela do pro-
cesso, como destaca José Luis Tejon: “O grande líder é aquele que vai saber sair,
124
125
Adquirir destreza para lidar com pessoas nas mais variadas situações:
O que você pode fazer para aprimorar a sua capacidade de relacionamento?
Quais comportamentos são fundamentais para garantir a sua excelência nas rela-
ções humanas?
2.4 – Confiança
126
Não existe segredo, um ambiente de confiança é gerado por pessoas que con-
fiam e são confiáveis. A confiança é muito mais do que um valor expresso no
mural da empresa, é o envolvimento intenso e natural de pessoas que compreen-
dem que ambientes saudáveis são frutos de relacionamentos saudáveis.
José Luiz Tejon explicita bem o que se espera de um líder confiável: “O líder
tem que ser uma pessoa que promete e entrega. Líderes são pessoas que têm a
coragem de fazer as promessas e têm a rigidez de caráter para entregar”.
127
Capacidade de persuasão:
Como eu posso melhorar a maneira de expor as minhas ideias? Como eu
posso desenvolver a minha comunicação para tornar-me mais articulado e ter
maior poder de convencimento?
Saber ouvir:
Como posso ampliar a minha capacidade de ouvir as pessoas? Como eu devo
me comportar para que o meu interlocutor sinta que estou interessado no que ele
está falando? O que eu posso fazer para compreender exatamente o que a pessoa
quer me dizer?
Carisma:
Como eu devo me comportar para apresentar-me uma pessoa mais agradável?
Investir em Network:
Quanto tempo eu posso investir no aprimoramento do meu network? Quais
ambientes são propícios para construir relacionamentos que me permitam desen-
volver a comunicação e ao mesmo tempo fazer bons negócios?
128
2.5 – Congruência
129
Suzy Fleury contribui: “No futuro, o líder deverá ser cada vez mais inspirador,
que cobre por resultados. E, para isso, não pode ser incongruente, ter um discurso
e atuar de outra maneira. Deve ser atuante, que lidere pelo exemplo, que saiba
cobrar e ser cobrado”. Perceba o cenário que a especialista nos apresenta. Só é pos-
sível cobrar por resultados se você entrega resultado. Só é possível cobrar se você
sabe ser cobrado. Só faz sentido fornecer um feedback se você se permitir receber
feedback. É fundamental liderar pelo exemplo, isso é congruência!
Por fim, Gustavo Cerbasi destaca um elemento fundamental para ser um pro-
fissional congruente: “A formação acadêmica não deixará de ter valor. Porém,
o profissional precisa saber equilibrar cabeça e coração, precisa seguir seu cora-
ção, fazer o que gosta, porque quem gosta cresce mais e ganha mais dinheiro”. É
impossível ser congruente se você não for apaixonado pelo que faz. Afinal, como
ser exemplo de alguma coisa em que você não se envolve de coração?
• Servir de exemplo;
• Realmente viver os seus valores;
• Paixão pelo que faz;
• Ter uma missão de vida bem definida;
• Equilibrar cabeça e coração;
• Ser autêntico;
130
Capacidade de persuasão:
Como eu posso melhorar a maneira de expor as minhas ideias? Como eu
posso desenvolver a minha comunicação para tornar-me mais articulado e ter
maior poder de convencimento?
Saber ouvir:
Como posso ampliar a minha capacidade de ouvir as pessoas? Como eu devo
me comportar para que o meu interlocutor sinta que estou interessado no que ele
está falando? O que eu posso fazer para compreender exatamente o que a pessoa
quer me dizer?
Carisma:
Como eu devo me comportar para apresentar-me uma pessoa mais agradável?
131
Capacidade de persuasão:
Como eu posso melhorar a maneira de expor as minhas ideias? Como eu
posso desenvolver a minha comunicação para tornar-me mais articulado e ter
maior poder de convencimento?
Saber ouvir:
Como posso ampliar a minha capacidade de ouvir as pessoas? Como eu devo
me comportar para que o meu interlocutor sinta que estou interessado no que ele
está falando? O que eu posso fazer para compreender exatamente o que a pessoa
quer me dizer?
3 – Inteligência de Mercado
A Inteligência Estratégica
Como imaginar obter sucesso no mundo dos negócios sem conhecer o mer-
cado em que atua? Como prosperar em qualquer área de atuação profissional sem
investigar o que está a sua volta? Como imaginar ser um líder de resultados que
132
Ter uma ampla visão do negócio não é apenas importante, é determinante para
qualquer profissional, em qualquer área de atuação. Geralmente, percebemos nas orga-
nizações um fato interessante: os profissionais da área comercial, de marketing, aque-
les que precisam obrigatoriamente relacionar-se com o mercado, em sua grande
maioria, procuram estar atentos ao negócio, aos clientes, aos acontecimentos que
impactam o seu ramo de atuação – afinal, as suas estratégias dependem de tais
133
• Conhecimento do mercado;
• Pensamento alinhado com as inovações do mercado;
• Conhecimento do seu produto/serviço;
• Pensamento alinhado com as questões da sociedade;
• Visão sistêmica;
• Comunicação direta com o consumidor.
134
“Pensar global e agir local.” Essa é a dica do escritor e palestrante Luciano Pires.
“Como é que você mantém a identidade local num negócio que é global? Ninguém
pensa assim, o brasileiro não tem a menor ideia do que está se passando lá fora.”
Essa afirmação nos remete à importância de estarmos ligados com o mundo,
de conhecermos o seu mercado, de termos uma ampla visão do seu negócio e,
principalmente, de termos a capacidade de traduzir conceitos amplos de mercado
em ações aplicáveis para o seu mundo.
135
136
Leila Navarro completa: “Todo líder precisa ter consciência do que sabe e do
que não sabe. Essa consciência crítica não diminui sua capacidade de inspirar as
pessoas e de lhes dar condições para que revelem suas melhores facetas”.
Aprender é fundamental, mas Robert Wong alerta: “Eu creio muito que nós
sempre podemos melhorar, portanto tudo o que você possa aprender é válido,
mas de uma forma seletiva, não precisa aprender tudo”. Wong fala do turbilhão
de informações a que somos apresentados todos os dias, que, muitas vezes, nos
traz uma sensação de angústia. É impossível absorver tamanha motivação do mer-
cado pela evolução.
Carlos Hilsdorf orienta sobre esta questão: “O mercado exigirá que os profis-
sionais tenham desenvolvido a competência de aprender melhor e mais rápido
sem perder-se nas ondas da hiperinformação. É preciso que desenvolvam um
network de conhecimento altamente relevante”.
137
O aprendizado não está exclusivamente nos livros ou nas cadeiras de um MBA, e sim
na vida, no trabalho e na vivência, como bem explana Blecher. Atreva-se a viver experiên-
cias, a colocar o conhecimento em ação, a tirar lições verdadeiras ao longo da sua trajetória.
José Luiz Tejon aborda um ponto fundamental desta questão: “Não vamos imaginar
que você poderá ter um ser humano especialista em duzentas coisas. Não, ele terá que ser,
cada vez mais, um bom especialista em um ângulo da gestão e conhecer profundamente este
ângulo da gestão que ele domina. Mas ele precisa ser um profissional com uma competência
generalista para compreender o que o antecede, o que vem em cima e abaixo dele, após a
área dele, após o departamento dele, para que ele possa ser um profissional de sucesso”.
138
E Luciano Pires conclui: “... outra competência é a cultura, mas veja bem: não me
refiro à educação, mas cultura. Cultura significa saber o que está acontecendo pelo
mundo, saber o que está se passando pelo país, saber de suas raízes, das coisas que
movem suas escolhas. Cultura é a cola que segura um povo. Hoje em dia deixamos
isso para trás, não cuidamos mais da cultura”.
Fazer coaching:
Como você pode se preparar para ser um coach para a sua equipe? Como agir
para apoiar o crescimento dos profissionais a sua volta?
139
Desafiar as pessoas:
Quais desafios podem estimular o seu time? O que fazer para criar um
ambiente de desafios constantes que promova o aprendizado e a inovação?
4 – Inteligência Relacional
A Inteligência da Conquista
140
Se lembrarmos dos tópicos anteriores, quando falávamos das novas relações de tra-
balho e da nova geração de profissionais que vem assumindo um papel importante nas
organizações, vemos que essa inteligência torna-se primordial por um simples motivo.
Essa nova geração vai buscar lugares agradáveis e saudáveis para ficar e construir as
suas carreiras. Portanto, o líder do futuro tem um papel fundamental na construção
de ambientes saudáveis, nos quais as pessoas sintam-se bem para que queiram produ-
zir cada vez mais. Ambientes saudáveis são propícios a construção de relacionamentos
saudáveis. E quando você tem um ambiente em que as pessoas queiram estar, prova-
velmente é lá que elas se sentirão motivadas a permanecer e prosperar.
Alessandra Assad destaca bem esta questão: “Não adianta você ser excelente
naquilo que você faz, ser o melhor do mundo, se você não souber trabalhar em
equipe, se você não tiver inteligência emocional. Sem as competências compor-
tamentais você está fora do mercado, ninguém vai querer trabalhar com você,
ninguém vai suportar trabalhar com você”.
141
142
Por fim, Homero Reis, especialista em coaching ontológico, não deixa dúvi-
das ao declarar: “As duas únicas competências que fazem a diferença hoje é [sic]
a capacidade conversacional e capacidade relacional. O que está se buscando
nos executivos? A capacidade de conversação e de relacionamento, o resto você
agrega. Repare, o que você faz 24 horas por dia? Você conversa! É da qualidade da
sua conversa que as coisas acontecem, então eu diria claramente que a capacidade
de conversação é a ferramenta na qual eu aposto como uma das competências
exigidas pelas organizações do futuro”.
143
Leila Navarro acrescenta: “Hoje, o mercado exige pessoas com três virtudes que
não serão obtidas na escola: autoconhecimento, autoconfiança e autoestima. O auto-
conhecimento permite ao indivíduo saber o que é, quais são seus limites e o que
deseja para sua vida. Quem não sabe o que quer não tem como ser feliz no que faz.
A autoconfiança permite ao indivíduo acreditar que pode conseguir o que deseja.
Se a pessoa não acredita em si mesma, estabelece-se uma falha na comunicação com
seus interlocutores, pois ela perde a credibilidade. Quem não confia em si próprio
reduz-se à categoria dos fantoches. Seu futuro dependerá sempre da ação de um ser
pensante externo. A autoestima faz com que o indivíduo julgue-se merecedor das coi-
sas que deseja. Ele merece porque gosta de si próprio, respeita-se, ama-se. As pessoas
somente amam as pessoas que nutrem esse sentimento por si próprias, antes de tudo”.
144
1. Conhecimento do mercado:
Onde você pode buscar informações sobre o mercado em que atua? Como
você pode utilizar essas informações para potencializar os resultados?
3. Conhecimento do produto/serviço:
Onde você pode buscar informações estratégicas sobre o produto/ serviço que
a sua empresa oferece?
145
146
Robert Wong evidencia esta questão: “O líder precisa ter ego e carisma, mas
entenda: o bom ego não é o ego voltado para si, mas é o ego de você acordar de
manhã, pular da cama e fazer o seu melhor. E tem que ter carisma, eu conheço pes-
soas com muita capacidade, mas que não possuem carisma, porque carisma vem
de uma palavra grega que quer dizer magnetismo, atração, e isso ajuda muito”.
O profissional do futuro deve ter em mente que ele precisa entregar resultados
e para isso tem que fazer o seu melhor. E esse melhor muitas vezes é possibilitar
ao outro o reconhecimento total pelo seu esforço e genialidade. O líder do futuro
será reconhecido ao passo que possibilitar às pessoas as condições necessárias para
projetarem todo o seu potencial.
Por fim, o empresário Pedro Bittar completa: “O líder do futuro precisa ter
pessoas melhores do que ele e saber liderá-las se quiser obter grandes resultados”.
147
148
E outra pergunta que se faz necessária: Como imaginar ser próspero nos rela-
cionamentos, sem gostar e entender do único elemento que realmente importa
neste processo – o ser humano? Impossível!
Talvez você não tenha facilidade para lidar com as pessoas, por não gostar
ou não compreender o comportamento humano, e possivelmente nem queira
aprofundar-se nesta questão. Mas eu lhe garanto, independentemente da sua pro-
fissão, tudo resume-se ao ser humano e você precisará conhecê-lo, de fato, para
prosperar em qualquer cenário do mundo corporativo.
149
Tornar-se multiespecialista:
Quais áreas podem complementar a sua formação para que você amplie o seu
leque de possibilidades de atuação no mundo corporativo?
150
Embora tenha sido o último comportamento citado nesse estudo, isso não
minimiza a sua importância no conjunto de competências que apresentamos. A
comunicação se faz presente a todo o momento, principalmente no externar dos
nossos comportamentos.
Luciano Pires é categórico quando questionado sobre as competências do pro-
fissional do futuro: “Primeiro é ser competente na comunicação interpessoal, em
equipe. Se você não tiver uma boa comunicação, você pode até ser um gênio, mas
ficará recluso. As pessoas pensam que, se sabem falar, sabem se comunicar, mas
é mais do que isso. Capacidade de escrever um texto, entender o que está lendo,
saber ouvir, refletir, tudo isso tem a ver com a comunicação”.
151
Arthur Diniz alerta sobre esta questão: “O líder tem que aprender a motivar,
desafiar, treinar e desenvolver as pessoas de uma forma distinta e a competên-
cia mais importante nesse caso é a capacidade de dar feedback. Quase todas as
empresas que eu entro para trabalhar não possuem a presença do feedback. Existe
primeiro a questão cultural, é preciso quebrar essa barreira, pois aprender a forma
de aplicá-lo é muito fácil, o difícil é convencer o líder que isso é sua obrigação. No
Brasil, o feedback é visto como algo muito negativo.”
152
Tornar-se multiespecialista:
Quais áreas podem complementar a sua formação para que você amplie o seu
leque de possibilidades de atuação no mundo corporativo?
153
154
Acredito que construir uma carreira exitosa é simples. Não disse que é fácil,
mas é simples.
Aos 15 anos, comecei a minha carreira profissional como office-boy, numa
empresa na zona sul de São Paulo. Aos 16, enfrentei a minha primeira sala de aula
como professor de informática e, cinco anos depois, o meu primeiro auditório
lotado na minha estreia como palestrante.
Com 23 anos, ocupei pela primeira vez um cargo como executivo com atua-
ção nacional. Logo mais, aos 26, inaugurava a minha primeira empresa e, aos 29,
lançava o meu primeiro livro.
No ano passado, com 31, completei mais de trezentas apresentações em vinte
e cinco estados, comemorei milhares de livros vendidos e iniciei a sociedade em
uma nova empresa.
Orgulho-me de minha caminhada até aqui. E quando me perguntam como
consegui construir uma carreira num curto espaço de tempo, eu atribuo isso a
momentos que me fizeram dar três passos cruciais na minha vida:
155
A você, meu leitor, um único conselho: não acredite em tudo, não duvide de
tudo e tenha uma única certeza: O mundo corporativo do futuro vai mudar e
você precisará mudar se quiser prosperar e alcançar a tão sonhada realização
pessoal e profissional. Se o que apresentei a você puder lhe ajudar nesta jornada,
terei realizado a minha missão.
Alexandre Prates
157
W. Timothy Gallwey
O Jogo Interior do Tênis
Editora Texto Novo
Marting E. P. Seligman
Felicidade Autêntica
Editora Ponto de Leitura
Cadastre-se no site:
www.novoseculo.com.br
novo século ®