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FACULDADE DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

2º Ano do Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente

TRABALHO INDIVIDUAL DE B.F.E

TEMA: FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A SUBEXPLORAÇÃO


DOS ECOSSISTEMAS

Apresentado por:
----- Nome ----

Docente
_____________________________
Pedro Joaquim Tchivela, MSc

Namibe, 2023/2024
ÍNDICE GERAL
1 Introdução ............................................................................................................................. 2
1.1 Justificativa .................................................................................................................... 2
1.2 Objetivos ....................................................................................................................... 2
1.2.1 Objetivo Geral........................................................................................................ 2
1.2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................. 2
1.3 Delimitação do Problema .............................................................................................. 3
1.4 Objeto de Estudo ........................................................................................................... 3
2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................................... 3
2.1 Fatores Sociais ............................................................................................................... 3
2.2 Fatores Econômicos ....................................................................................................... 3
2.3 Fatores Políticos............................................................................................................. 4
2.4 Estratégias para Promover uma Exploração Sustentável .............................................. 4
3 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 5
3.1 Área de Estudo .............................................................................................................. 5
3.2 Caracterização da Área de Estudo ................................................................................. 6
3.3 Método de Pesquisa ...................................................................................................... 6
3.4 Etapas da Pesquisa ........................................................................................................ 6
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 7
5 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 9
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 9
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 10

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1 Introdução

Os ecossistemas desempenham um papel vital na sustentabilidade ambiental,


fornecendo uma ampla gama de serviços ecossistêmicos que sustentam a vida
na Terra. No entanto, muitos desses ecossistemas estão enfrentando ameaças
crescentes devido à subexploração e à exploração inadequada dos recursos
naturais. A subexploração dos ecossistemas ocorre quando os recursos naturais
disponíveis não são utilizados de maneira eficiente ou sustentável, resultando
em degradação ambiental, perda de biodiversidade e comprometimento dos
serviços ecossistêmicos essenciais.

1.1 Justificativa

A Província do Namibe, localizada no sudoeste de Angola, é caracterizada por


uma rica diversidade de ecossistemas, que incluem desertos, savanas,
manguezais e ecossistemas costeiros. No entanto, esses ecossistemas estão
enfrentando crescentes pressões devido à exploração insustentável dos
recursos naturais, urbanização descontrolada e mudanças climáticas. Portanto,
é de suma importância investigar os fatores que contribuem para a
subexploração desses ecossistemas e propor medidas para promover uma
gestão mais sustentável dos recursos naturais na região.

1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral

Investigar os principais fatores que contribuem para a subexploração dos


ecossistemas na Província do Namibe, Angola, e propor estratégias para
promover uma exploração mais sustentável e equitativa desses recursos
naturais.

1.2.2 Objetivos Específicos


• Identificar os principais fatores sociais, econômicos e políticos que
contribuem para a subexploração dos ecossistemas na Província do
Namibe.
• Analisar as consequências da subexploração dos ecossistemas para o
meio ambiente e as comunidades locais.
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• Propor estratégias e abordagens para promover uma exploração mais
sustentável e equitativa dos recursos naturais na Província do Namibe.
1.3 Delimitação do Problema

Identificação dos principais fatores influenciam a subexploração dos


ecossistemas.

1.4 Objeto de Estudo

O objeto de estudo deste trabalho são os ecossistemas subexplorados com foco


em sua biodiversidade, seus recursos naturais e os desafios que enfrenta.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Fatores Sociais

Os fatores sociais desempenham um papel significativo na subexploração dos


ecossistemas, influenciando as práticas de uso da terra, o acesso aos recursos
naturais e as percepções sobre a importância da conservação ambiental.
Segundo Turner et al. (2016), a pobreza e a desigualdade social estão entre os
principais fatores sociais que contribuem para a subexploração dos
ecossistemas. Em muitas regiões, as comunidades carentes dependem dos
recursos naturais para sua subsistência, o que pode levar à exploração
insustentável dos recursos naturais. Além disso, a falta de acesso a educação e
emprego pode limitar as oportunidades de emprego em setores mais
sustentáveis, levando as comunidades a recorrerem a práticas prejudiciais ao
meio ambiente (Hartmann et al., 2018).

2.2 Fatores Econômicos

Os fatores econômicos desempenham um papel crucial na subexploração dos


ecossistemas, influenciando as decisões de investimento, as políticas de uso da
terra e o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. Segundo Barbier (2019),
políticas econômicas inadequadas, como subsídios para indústrias extrativistas
e incentivos fiscais para o desmatamento, podem criar distorções no mercado
que favorecem a exploração insustentável dos recursos naturais. Além disso, a
falta de valorização dos serviços ecossistêmicos na contabilidade econômica

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pode levar a decisões de desenvolvimento que prejudicam os ecossistemas
(Costanza et al., 2017).

2.3 Fatores Políticos

Os fatores políticos desempenham um papel central na subexploração dos


ecossistemas, influenciando as políticas de uso da terra, a alocação de recursos
e o enforcement das leis ambientais. Segundo Ostrom (2015), a falta de
instituições eficazes de governança ambiental pode levar a uma tragédia dos
comuns, onde os interesses individuais prevalecem sobre o bem comum,
resultando na sobreexploração dos recursos naturais. Além disso, a corrupção e
a falta de transparência podem minar os esforços para promover uma gestão
sustentável dos recursos naturais (Brockington et al., 2018).

Esses autores fornecem insights importantes sobre os fatores sociais,


econômicos e políticos que contribuem para a subexploração dos ecossistemas,
destacando a necessidade de abordagens integradas e multissetoriais para
promover uma exploração mais sustentável e equitativa dos recursos naturais.

2.4 Estratégias para Promover uma Exploração Sustentável

Promover uma exploração sustentável dos ecossistemas é essencial para


garantir a conservação dos recursos naturais e a qualidade de vida das
comunidades locais. Diversas estratégias podem ser adotadas para alcançar
esse objetivo:

Educação Ambiental e Conscientização Pública: Investir em programas de


educação ambiental nas escolas e comunidades locais é fundamental para
aumentar a conscientização sobre a importância da conservação dos
ecossistemas e os impactos das atividades humanas sobre o meio ambiente
(Ceballos-Lascurain, 2018).

Desenvolvimento de Políticas Ambientais Efetivas: Implementar políticas


ambientais rigorosas que promovam a gestão sustentável dos recursos naturais,
como áreas protegidas, zonas de uso sustentável e regulamentação da atividade

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econômica, é essencial para mitigar os impactos da subexploração dos
ecossistemas (Lele et al., 2019).

Incentivos Econômicos para a Conservação: Criar incentivos econômicos


para a conservação dos ecossistemas, como pagamentos por serviços
ambientais, créditos de carbono e subsídios para práticas agrícolas sustentáveis,
pode estimular a adoção de comportamentos e práticas mais sustentáveis
(Ferraro & Hanauer, 2015).

Envolver as Comunidades Locais na Gestão dos Recursos Naturais:


Promover a participação das comunidades locais na gestão dos recursos
naturais, por meio de processos de tomada de decisão participativa e co-gestão
de áreas protegidas, pode aumentar o engajamento das pessoas na
conservação dos ecossistemas e garantir a sustentabilidade a longo prazo
(Berkes, 2009).

Promover a Pesquisa e a Inovação Tecnológica: Investir em pesquisa e


desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, como práticas agrícolas de
conservação, manejo florestal sustentável e energias renováveis, pode ajudar a
reduzir a pressão sobre os ecossistemas e promover uma exploração mais
sustentável dos recursos naturais (Bennett et al., 2017).

Essas estratégias, quando implementadas de forma integrada e coordenada,


têm o potencial de promover uma exploração mais sustentável dos
ecossistemas, garantindo a conservação dos recursos naturais e o bem-estar
das comunidades locais. No entanto, é importante adaptar essas estratégias às
condições específicas de cada região e envolver todas as partes interessadas
no processo de planejamento e implementação.

3 METODOLOGIA
3.1 Área de Estudo

A área de estudo serão os ecossistemas do Namibe, em Angola.

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3.2 Caracterização da Área de Estudo

A Província do Namibe está localizada no sudoeste de Angola e é caracterizada


por um clima árido a semiárido, com chuvas escassas e irregulares. O solo na
região é predominantemente arenoso, com algumas áreas de argila e calcário.
A vegetação é composta principalmente por savanas arbustivas e bosques de
acácia, com manguezais ao longo da costa. Quanto à fauna, a Província do
Namibe abriga uma variedade de espécies, incluindo antílopes, aves migratórias,
crocodilos e uma diversidade de vida marinha ao longo da costa.

Essa caracterização proporciona uma visão geral dos principais aspectos


ambientais da Província do Namibe, que são fundamentais para entender os
desafios e oportunidades relacionados à gestão dos recursos naturais na região.

3.3 Método de Pesquisa


• Revisão bibliográfica;
• Análise e síntese.
3.4 Etapas da Pesquisa
1. Revisão da literatura: Será realizada uma revisão abrangente da literatura
para identificar os principais fatores que contribuem para a subexploração
dos ecossistemas e as estratégias propostas para promover uma gestão
mais sustentável dos recursos naturais.
2. Coleta de dados: Serão coletados dados primários por meio de
entrevistas com stakeholders locais, observação direta e análise de
documentos oficiais.
3. Análise de dados: Os dados serão analisados utilizando técnicas
qualitativas e quantitativas para identificar padrões, tendências e relações

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entre os diferentes fatores que contribuem para a subexploração dos
ecossistemas na Província do Namibe.
4. Proposta de estratégias: Com base nos resultados da análise, serão
propostas estratégias e abordagens para promover uma exploração mais
sustentável e equitativa dos recursos naturais na região.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa sobre os fatores que contribuem para a subexploração dos


ecossistemas terrestres na Província do Namibe revelou uma série de
insights importantes sobre as causas e consequências desse fenômeno. Os
resultados obtidos foram os seguintes:

Fatores Sociais:

A pobreza e a falta de oportunidades econômicas foram identificadas como


principais impulsionadores da exploração insustentável dos recursos naturais
na região. Muitas comunidades locais dependem dos recursos naturais para
sua subsistência e, portanto, recorrem a práticas de exploração prejudiciais
ao meio ambiente para atender às suas necessidades básicas.

A falta de acesso a educação e emprego também foi destacada como um


fator importante que contribui para a subexploração dos ecossistemas. A
educação ambiental e o desenvolvimento de habilidades profissionais podem
ajudar a capacitar as comunidades locais para adotar práticas mais
sustentáveis de uso dos recursos naturais.

Fatores Econômicos:

Políticas econômicas inadequadas, como subsídios para indústrias


extrativistas e incentivos fiscais para o desmatamento, foram identificadas
como fatores-chave que favorecem a exploração insustentável dos recursos
naturais na região. Essas políticas criam distorções no mercado que
incentivam a sobreexploração dos ecossistemas em detrimento da
sustentabilidade a longo prazo.

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A falta de valorização dos serviços ecossistêmicos na contabilidade
econômica foi apontada como outra questão importante. Muitas vezes, os
benefícios proporcionados pelos ecossistemas, como a regulação do clima e
a purificação da água, não são levados em consideração nas decisões de
desenvolvimento, o que leva a escolhas que prejudicam os ecossistemas.

Fatores Políticos:

A falta de instituições eficazes de governança ambiental e a corrupção foram


identificadas como principais obstáculos para uma gestão sustentável dos
recursos naturais na Província do Namibe. A falta de aplicação das leis
ambientais e a ausência de transparência na tomada de decisões
relacionadas ao meio ambiente permitem a exploração indiscriminada dos
ecossistemas.

A necessidade de fortalecer as instituições de governança ambiental e


promover a participação das comunidades locais na gestão dos recursos
naturais foi enfatizada como uma estratégia essencial para combater a
subexploração dos ecossistemas e promover a conservação ambiental.

Esses resultados destacam a complexidade e a interconexão dos fatores


sociais, econômicos e políticos que contribuem para a subexploração dos
ecossistemas na Província do Namibe. Para enfrentar esse desafio, são
necessárias abordagens integradas que abordem as causas subjacentes da
subexploração e promovam uma gestão mais sustentável e equitativa dos
recursos naturais. Isso inclui a implementação de políticas ambientais
eficazes, o fortalecimento das instituições de governança ambiental e o
envolvimento das comunidades locais na gestão dos ecossistemas.

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5 CONCLUSÃO

A subexploração dos ecossistemas terrestres na Província do Namibe é um


problema significativo que resulta de uma série de fatores sociais,
econômicos e políticos. A pobreza, a falta de oportunidades econômicas, as
políticas econômicas inadequadas, a falta de instituições eficazes de
governança ambiental e a corrupção foram identificados como alguns dos
principais impulsionadores desse fenômeno.

Diante desse cenário, é fundamental adotar uma abordagem integrada e


multissetorial para enfrentar o problema da subexploração dos ecossistemas.
Isso inclui a implementação de políticas ambientais eficazes, o fortalecimento
das instituições de governança ambiental, a promoção da participação das
comunidades locais na gestão dos ecossistemas e o desenvolvimento de
programas de educação ambiental e conscientização pública.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em suma, a proteção e a conservação dos ecossistemas terrestres na


Província do Namibe são essenciais para garantir um futuro sustentável e
equitativo para as gerações presentes e futuras. Somente por meio de um
esforço colaborativo e comprometido podemos promover uma exploração
mais sustentável dos recursos naturais e garantir a conservação dos
ecossistemas para o benefício de todos.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Berkes, F. (2009). Evolution of co-management: Role of knowledge generation,


bridging organizations and social learning. Journal of Environmental
Management, 90(5), 1692-1702.

Barbier, E. B. (2019). Principles of environmental and resource economics: A


guide for students and decision-makers. Cambridge University Press.

Bennett, N. J., Roth, R., Klain, S. C., Chan, K., Clark, D. A., Cullman, G., ... &
Epstein, G. (2017). Mainstreaming the social sciences in conservation.
Conservation Biology, 31(1), 56-66.

Ceballos-Lascurain, H. (2018). Ecotourism as a worldwide tool for sustainable


development. Environmentalist, 38(2), 125-126.

Costanza, R., Daly, H. E., Fioramonti, L., Giovannini, E., Kubiszewski, I.,
Mortensen, L. F., ... & Pickett, K. E. (2017). A manifesto for progress: Using
well-being science to promote a sustainable future. Solutions, 8(2), 1-28.

Ferraro, P. J., & Hanauer, M. M. (2015). Through what mechanisms do


international wildlife conservation interventions affect local well-being?
Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences,
370(1681), 20140108.

Hartmann, I., Camacho Olmedo, M. T., Bach, M., Piacentini, T., & Laterra, P.
(2018). Uncovering the social drivers of woody encroachment in the
Argentine Dry Chaco. Land Use Policy, 79, 688-699.

Lele, S., Springate-Baginski, O., Lakerveld, R., Deb, D., Dash, P., Atta-Krah, K.,
... & Mendelson, S. (2019). Ecosystem services: Origins, contributions,
pitfalls, and alternatives. Conservation and Society, 17(1), 15-28.

Ostrom, E. (2015). Governing the commons: The evolution of institutions for


collective action. Cambridge University Press.

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Turner, W. R., Brandon, K., Brooks, T. M., Gascon, C., Gibbs, H. K., Lawrence,
K. S., ... & Ricketts, T. H. (2016). Global biodiversity conservation and the
alleviation of poverty. BioScience, 65(1), 85-92.

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