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fe ANTONIO NOBRE puck MBA AREA PRR BIBLIOTECA ULISSEIA DE AUTORES PORTUGUESES INTRODUCKO CConforme consta do regio parogual da igreja de Samo Uidefonso.no Port. Aono Pereira Nobre nascenem 1857, cinco horas damanhi dda? de Agosto, numpréto dara ‘Sama Catarina, ‘Noentant,etadata nd coincide coma que éconsiderada idica,e que anotada pelo pa do poeta, um apontamento [amovido eterno, parece amanciar ja, rofecamente oder ne daguele que fol.navida.eporasemprefcaréna Poca, smeninoemoco»:«Nasceuomenino Amnioem lode Ages 1807. plas cinco horas da marae + .Debalio dum sgno mafne,| Pela la-nove, nasceu um ino» —assim €referido,nopocmasMemblae qu cont Dedicatria consti a abertura do So nascent do 9 Antio, também at denominada Virion, por ante. nomdsia devidoatersidofadado poeta Eoporma ‘inten ‘explora também metajoricamente i temitca. wu: cgrifca, aresemeaidénnica alu (“Ao mundo vin, em ra:feira Um sino owtasedobrarsj-em qu lqualeni se vdencia a assecagdo dos dois temas Carateiicos da sta de Nobreofataismo ea More ocormgernnaananotcio Sees, ‘Se, elarivamente ao més de Agosto, signe do Leo. com dena nefaso peo povo, como 0 aestam dros provebis. ‘imerpretaxta posta confirma ainformagao bogrdica. 0 imesmonaoaconece quanto drcfercia,eseicament inten Coal deuce lunar, imagem smbica da Morte em ‘ras coamogonig,e que aparece decTaradamenteexpressa Inopoma «Maes de Anos: "Viaa Foie noCe, quando era LaaNova ‘jecivamente segundo as Efeméries do Observatéio Astrondmico de Coimbra, 0 dia 16 de Agosto de 1867 conc ¢ pela poesia parasiona, Nobre, 083 ‘anos mais tarde — 4 tua chegada a Colmbra, em 15 de ‘Outubro de 1888 impression oda a Academia (ou, adop- fando a expresido depreciate ioresca, registada na #4a Correspondéneia Vale de Sebentas.) pelo seu porte ‘romantica ¢ostensivamentebyroniano, acenuado pelo ex Tismo da inumentiia resultant dav aleragies, tates para vetranare pravstas, que se permit nro no rae ‘academic “A averaio de Nobre vida wniverstvia, to exagerada ‘mente manifstada na correspondencia (vo tom de dade Media quest emo ito€ tal queen por momentos chego ‘tere que Dante ecrevewolnferno,omes pasado») deve ter trgida no dada abertara das alas de Dieto,devirada {da Porta-Férrea, Enbora dese ere aos amigos que passou T ah ‘ncn esobum pio goloride de pastas, owsndoasenba Drotectora (eB post! pocta erformators), 6 related fend, tesemunhada por tm condiscipl, permite enrever lima valde mats reel pare oor do poeta de vine ros fan tana railed come leo. sugestvo,condcente com fotografi dest Pol netas horas afitras que Se me dep un compa thr de isa, cerado por numero gro, qe or ‘mento com thar mantra Ea un ape, ma ‘same pad, cael preter encara lade om dsaiho, peat bo ear bina, sora diet © cape, aoroada também wo pescogo,dstavam passer Sobre estan largo colarnko bronco, fchado free por rand lcarte de seda peta. A cal, argtsina, core 4 moda, cla sobre sapatos rectangles, de exravagante Jeo. Asma, de magrese nodose dedos, quase se eScon ‘ian em puntos branes, em som delande bres, ‘em gusa de botes, grande cabera de prego Contdo. os dois anes em que Nobre vive em Coimbra (+eprovae, pla segunda ves,no "ane do Curso de Diet fm Julho de 1890, fie impedido de frequent a Univers Sade) cnsizuemoperodomsisenrigucedor dssuas ven tas, pela descberta da Amzade Perea da Note lea, ppdendo também considerarse afte determinant da ‘void potia, ‘Assim, Coimbra possibilia um segundo nascimento. Como shomem, adopa dfciaimene 0 nome abreviado om que fo ‘sina as poesia ~AntnioNobre~ confining neni amente of lines err Vida e Poet, aspiagao roman: tea gue tr xsuniragicamente nos demas ants de doa, quando os sofimentos reais mito, ou exedem 08 {que descrevera poeicamente em =Males de Argos. Como Doct, inrodus novos vimos € novos rar, tornando-e © ‘iador de uma expressao do oiginal, que choc eeseand {isa as tertiaslterris da poco, as que 0 redela da didnira de Jovens poeta, qu tthe dedicam como 1s t compensandoro da Incompreensdo geral, pois "ser coniderad 0 pincpe dos Poca Bre ests ovens avultaocondecpulo Aero de Olive ra,tanbem natural do Porto, e que, apesar de mats novo ses fos serdo Amigodilecto oconfideme. Alandoo seu nome ‘ao de Antnio Nobre, tra se redactor-chef, 800 0 pact ‘donno de «Dr. Fauson, de uma =Revista de Literotra f Ciencias, intulada Boia Nova, de que sao redacto tes alem do poet, outros amigos fis: Agostnko de Cam pot, Antnio Homem de Melo (Toy) »e Vasco da Rocha ease. Consindda apenas por sis noneras(duroudeFeveriroa Abit de 1889) principal ng da Bosnia Nova consis: tiem efi a enda de Antonio Nobre epromover 0 seu faior mesmo casa de contest e polémico, de que ‘dio sstemuno a eriagdo. por disidetes, de revi tas licrdrla vai, e on atques a Amon Nobre,acwsado deter plagiado Guerra Junqueiro, na Ode 08 Rapazes ‘Novos, pubiicada nopriniro mimer "Emidante de Direto sem voce exposto aos rigors daprare acodémica nama dade em que maior fi estavam formas, Antano Nobre, conscieme de. ter-adguirido ‘hdiosciviltzados no convo com acol6na bianca de Lega tente-se superior, por educagdo © também pelo ta Tent gu ent jhe forarecomhecdo, aos shanestos bac ‘din, gue 0 perseguiam com a vulgar eloiro. Assim te explica @hostidade ao ambien wniversirio, que Constind 0 toma do desaofo lic, na «Carta a Manoel crest / Vida clawiral, Dachareltea.furesta, Numa ci dade assim, chelrando essa indecene, | Por toda a parte, desde Ala a Bata, lene! ‘Enacerbada a triste de que sempre se ressemva(auto- denominando-se, por sugesdo luerdta, sargudugue da Newoses, shsérice como 0 Principe Hamlet»), Antnio [Nobre, fechando-e om st propio, desenvove 0 egoceiris- mo erofugiase ma saudades Peflectindo na tema dasa 6 aa ee pocsa aon dso deed, canta mtforca- Imente 0 coreg como «Vale de Gangrene. ‘Assim, Nobreiolase do me aadimic,alleand-se , includas nas Despedids: «Cidade iste ere a ‘ses Oh Balimorel Mat ex dria que na Terra exes) lade dos Poca don Trites! Com tes sino clamando Voltando a procuar a cara, embora inilmente em Ca- sais, Nobre parte om Fevereiro de 1898 parao Funchal onde Ficars, mas piorando sempre, até Abr de 1899, 0 que nao Iinpediu'o poeta de celebrar falantemente a belesa das ‘imeninas da Madeira» (Qual ¢ 4 mats bela tha dt Madera? Sesdotodasiguas?s) eserevendotambimsoneas de amor, inpirades por uma das fibas doe Marquess de isa, D.Consanca Teles da Gama, que conhecenaithaecom 2 quem se correspond até morrer. Estes soneosentr os quais 5 imalados sSestangar e sAdeus a Constanga, foram {ame inculdos nas Despesias. ‘Desesperando da ewa, tena inuimente novos ratamens tos, quet em Lisboa, quer em Davor Plats, para onde parte ‘novamente, mas por mar.om diecgdo a Londres, devido {epidemia de peste bubanica no Porto, em Agosto de 1899. DecaminkoparaaSulga, pasa por Pars.c.emborajdquase Semforgesdevisitad pent da Rue des Ecoles, ondemorard, Drefere um aposenio do d* andar ao saber que at tinh Dpemoitado Franots Coppée, um dos poetas mencionados ‘om admiragao na correspondénca, equ, al com Nobre, ‘amu os pobre e niles ‘Nabadetra,AntnioNobreteveaconsolacdodeassstirao ‘sito da segunda edigao do 86, publicada em Abril de 1898, ‘jo diet de autor vendera em 1898, por mil fancos, (Eudora Aland, antes de regresara Portugal. Dandi quae atédmorte(s6 depots do represso da Madeira se oben ds esceniiades dese ede inkamentra), ‘Antnio Nobre fo um dos nosox poeta que mats eran {fotegrafar, tendo também posado para 0s maiores pntres Dortugueses da ipoca: Colunbano e Carls Res. O pntor Dolace Edmund Koh eratowo em Pars, m 1892. Tomés Cota, dacpulo de Soares dos Reis e bolero na coptal Francesa, onde consiveu com Nobre,eselpu-theousto que {fot reprodusido na segunda edo do 86. e se enconra ‘olocado nos locals que mas direciamente esto igads & ida ed poesia de Antonio Nabre: Porto, Lega da Palmer (0 Peneo da Saudade. “Caricanurado por Refee! Bordlo Pineiro (no Asssaio ‘Maria de 3 de Mai de 1892, pouco depots do aparecimento dda primeira edigdo do 86, Aniinio Nobre, no opradecmen!o ‘20 arta, afta, com orguho, a sua independéncia em ‘relagdo ao meio intelectual portugues em palovras que cons tudo o testamento da sua ida No devo ao meu pals {loriono lindo endo o aca do nascent. com oparto Py 458m ama ve: gu 0 Hera pris € ona (Con dere cde pens haa, horror ‘ ‘mia de poate Anns Notre see tec cnc deen con pa peannds etm dey nres tlt es ens fines eos fea fracas nse aa Naga Stl, Rosas, Mago © apore Seni no "LinsenGA0 D0 AUTOR NA SUA ECA £m 1867, ano do nascimento de Antnio Nob, er publi- ‘ado em folie no Smal do Pot wm romans de Gara lersicat novadoras, logo ediado em voime,€ gue pelo {oobi repidament opaarzow 0 eu eo, ee {uasedesconcido, sb 0 peadinins de Talo Bins Pops do Sento Rr. Romance tptcamente cmpesino, em que obseragdo € ‘maginacdo sao habment doreadat na tec rane, ‘econ com aparenteeipontonidade ida ‘cle do Note de Portul sando om eaamo tp neue vei ge conrbutam por crater um epoca ¢ ‘gia emboraadesrigaodavidacanpesrepermanceacs Senciimeme bucélica, na inriga ronaneseapredomine {iso tilicee moratizonte Tantonesteromance como em A Morgan dos Canaviis (edtadoem 1898 depos de tambon divagadoenfoletns.¢ geese sana nearest apres cata teristics) omarador compre em deserves pags, ‘econsiundo o ambiente mente ax personagens ‘or meio da inrodusa de cnt ¢ romance recoals (ou composes pelo aor segundo 0 meta estrada poesia puta, culated rime tab ina) csi 2 como fas ressurgr o teatro de origem medieval, que perma- ‘ecew na radio, por se dentfcar com areligiosidade do ‘ove. Sao tambem evocadat vas vethasusanga,em ia de ring, entre as qual actividades davidararal equviiona, lat nud quaveesquectdas na fei romaneea ‘Asim, pela descoberta da natures eo interesse pela tmadigdo poptar alo Dink flava as suas obras no pi Imeiro Romantiomd, beneficiando da revougdo Therd a posta em praca por Almeida Garret cm 1848, nas Via- igo na Minha Torta, assumindo-se aberimente como Rerdeiro de Alexandre Hereulano, autor da nossa prime ‘a mvela rst, 0 Proc de Aldi, publiada em 1844 ‘Como veremos, a tematica do romance de Jilio Dims, filiada no nacionalismo lterdrio dos rodubres do Ro- ‘mantis portugues, serdretomada por Antinio Nobre mo Sore aberlamente assumida nam dos poemas mas significa tivo da oletdnea~»Viagens na Minha Terra» ~ quer pela tapropriagio exttica do tulo da obra, que 0 pocta con Jessaamarapaisonadamente «Ore, cultas.ewacia NO feto.umiivroea a, Garret daminhapalido—»). quer Dela referencia a tm dos romances de Silo Din fo tencionados, A Morgana dos Canavais, onto pela ii- {agao das stuagdes, como pela alusdod personagem a? romancita: se dormia coma idea | Naguela ta Doroea, "De que fai tio Die, ‘Masa exéica os processoslterdrios gue caractrizam. ‘anivel fnico,a poesia de Anno Nobre nao podiam dttar ‘de corresponder, quer pela aceltaga0, quer plo repo, ‘evolu do conteno cultural em que 0 poet se stwava, ‘sim como a tomdica aoprada refiecte, em parte a crise Social politica em que edebatia a pari ne ima década do secu ‘Em Portugal, 20 Romantsmo, dentfieado pela geracdo dos eplgonor ou alra-romdntcos, com um sentinemaism tmérbido,e redwido a uma expressdo sem orsinalidade (i excepcto da obra de Soares de Passos, poeta insprado, 26 Le Itico€ doeniamente pessiista como Amino Nobre, seu Cconterrdneo,sucedera por rupture polemicamente mans: ‘ade soba dsignagdo de Questa coimbrs.o Realm gue Subst as rages nactonai eos temas deinpiragde ular pelos modelos cultwats eséicor europeur, Como ‘ira Ega de Quer, ao evoear 0 entusiazmo com que “Geragdo Coimbr,posteriomentedeignada sGeragto de 30s, aloptow as nova ideas. “Coimbra via ents rtd ‘grande actvidade, ow antes, num grande tumult mental. Peios caminhas de ferro, que tnham aberio a Peni: sul, ompiam cada da, descendo da Franca da Aleman {através da Franca) torenes de cosas nove, ies, ste ‘mas, estes, formas, setinents, inerestes hunaitrios Le]. Era Michele que surgi, e Hegel, Vico, Prowdhon: ‘Htug, tornado profeae utieiro dos Rls eBalsac, com © sen mundo perverso languid; e Goethe, vaso como ‘universo:e Poe, Hetne,ecrelo gue jé Darvin equantos ‘Assim, em 1858, a3 Odes Modems, de Antero de Quntal, inivodutndo em Portugal a poesia detendéncias floss, Clentfeas¢ socioldgeas, cantando tomas soca, policos « relipioacsrepudian completamente a express ica sen: imental e popular. ffrmando-secomouma obra fundamental da esteca ant: romantica ‘Noentano.atradigd rica portuguesa nao se extingura completamente, snfocad pelo Realismo na Arte ¢ 0 Poti amo em Fost Em Coimbra, que era entéo um slaboratrio de Arter (conformeaexpressdoquirsiana),umestadante de Diret, ‘amigo de Antero de Quen. mas ae a excolasiterdras¢ ‘dowrinas polticas~ Jodo de Deus renovavaolirizma de ‘anor, fndindo na sua poesia a espomaneidade e 0 grog ‘madsigalescada nossa raigdoricacomaligd camontana Restaurandoosoneo, banido pelos romantios¢retomando © conceto de amor petrarquita, Jodo de Deus Uberiase ‘otalmente do eri lamuriento¢convenconal,em ue 2 racam poeta ulra-roménticos, seus contempord: eas (ores do Campo aprimiracoletinea dara de 185), ‘eenando, nas posts de mold adiciona, em redandha.¢ fudnca ¢ mataldade que Garret inrodusira nas Folhas aids. Em 1885, Antonio Nobre exprine a sua admiragdo pela poesia de Joao de Deut, consderando eelcoso» ese fri no aparentonene esponaneD © inginuo, que, conforme Chreven dera snovaficarapoesalrcade Cambes egue le proprio retomarcom origialdade, em nova temdica Enmvrrimes Deonos mals arde,em Pars Nobreserd wm ‘le colaboradores do joral Ose Pais a Jodo de Dess, Jublcado em homenagem ao autor de Campo de Flores, obra ‘stad em 1885 roretanto dos representantes da «Geragto de 70», ea de Qucrbse Antero de Quen descobrem. em 1868, vdts Soler no sctu da Poesia francesa» Baudelaire Leconte de ite a temdicapretendem iniar. Eno into de tscandlizar 0 mei intelectual Tse, publican onges ‘poemas, em verso alezanrin, que aibuem a Carlos Pra ‘gue Mendes, suposto autor dos Poemas do Macadam. "tim toes de ma misfeg era fobs ‘dana Poesia portgusa ina nova correneesica ~ 0 Reatsmo = ane s anos mats tarde (a parr de 1873, mas obretudo cera de 1880 revelarbum poeta verdadeiramente viinal—Cesdrio Verdes cua obra, recodidar’ OLIN ( Cestio Verde serdeitada em 1887, alguns meses pds ‘@morte do autor "Mas 0 fohetin de Bade Quéirds,publicados de 18660 1867 na Guzen de Portgal,apresemando inowagdes no domino da expressto,sugerias pela letra de Heine dos frandespoctsfrancses da tpca-Vicwr Hugo, Gerdrd de ‘erl. Pheophle Gautier inlueretariam também parna- Sianos e simboista,além de Gomes Leal, cuja obra potica, porvaiadaecompiea,apresenuacaracteristcas devas dias ‘orrentes Meri. 28 ita Contde, desde Novembro de 1858, mama revista de Coimbra A Fo, mcocommo Herinor a ie. ‘ia edu Pore «psa parasonat tor Sone meiomene pees de vob aa ‘eto findador ¢ titer, Tots Prha,cntenportnes a Era de Qui om Cob, wen amie, no pene buna redacoegue pond omer sedi plos 4 Pena. etedem 0 mere, bond se cone erates 4 ma pos motors Gucra ange Conga Crespo. = en [Ns as ras — Minis. de 171, one anos mas tarde Nectsmes—Gompalves repo drna sco nave pr tei parnsion, gut qu mel soe aap ade Inpassel abjecin carters dos potas aa on Fregaa paride 1882 reagindo contra ame coder cia lar amnoveil alado Pre Cone porn Rete e Vers Nomen clectne pada em trés séries, de 1866 a 1876, em Paris. 2 ‘em despots connie mesespelsParassinte Gar Econ de Ue Baar Bac re boinc, err tran Say Pradhonne rons Copee cainda done ars de Het en oea,beadeos ‘etormete ropes atom 1883) reel 0 mas per. feo parasiono pond em pita com mesa prin hios rc oii eva covet occs perfomance, ‘eda forma as rar espera rrp a imogica em que Predominant os ema as pede re. ots temas erator, apranio quatos ttc ticlion condense tones roars pt ote des vias das sonodaes quebec lic, imprnind a vrs md serenade mje tn. fala arrears ama complet bjecade exes foc mas are do | que inspirado. = ‘au Verne eSphame Malad, colboradoes dos spine fie do Pama Contempo fot » ‘eilldos do timo, devido evolu da sua poesia parauma Inova esttica, de que foram inrodutrese também mesres~ 2 Simboiom. Prudhomme Coppée do, depois de Baudelaire os parma sianosmascitadoanacorrespondéncade Antino Nobre. Em 13RS, 0 poeta clasffcavaas também a Théodore de Ban- tile como sparnasinos modernissimos»,afrmando que Goncalves Crespo, emborasegulse as psadas dos poctas franceses.eratao bom como eles: um desmethoresexemples ‘da poesia burilada com apacincia dum chines» ‘Esranhament, no se encontra na correspondéncia de Ananio Dior nenhuma referencia as dois poets porta ftueses jb citador~ Cesirio Verde e Gomes Leal ~apesar de {erem tido reconhecdos, a partir das décadas de 80 90. ‘como poctasnovadore Bastante mats velhosdogue Atrio. ‘Nobre ~ Gomer Leal nasceu em 1848, e Ceséie sete anos ‘depots, também em Lisboa ambos souberam interpretar ‘Com originalidade as corentes potas ¢tdeolicas do “Seeulo, es tendo ambos parnaiondr pela ersficagdo adopt da. fd apresentam imagética simboista, sobretdo Gomes Leal na colectnea inttulada Clandades do Sul, de 1875, ‘Asim, olém de Todo de Deus e de Goncalves Crespo, os porta otocemistsreferidas com mater adiraa por Nobre ‘so Antero de Quentl, que, em 1886, public, no Port, (0s Soneos Compt (uma primeira colectinea, de vite ¢ limoneto,sairaem Coimbra em 1861, acusando infldncia “Maso nova cscs dine se cnr ox oct, dvi, 30 bretado Os obs de Pai Veraine ede Haysmans ‘Aware Pottiqus, de Veraine,pubicada em 1882 (in lida dois not depots na olctnea Sl Nagas) se ‘ie peta sngeto raga ¢ mused. que 4 ope ad gor ‘marmireo do verso, ets pelos Parasians, ao mesme Tempo que corresponde am hoo exado de esprit, car Tereadoporan noocmal dusicessencarnad peo herdide ‘XRebours romance desman. publicady em 1884 asin, oDecadeniomoémasumaainoferamoraleurticado qe "elo condi, no poema que conagrouVeraine como chee, da escola sinbolt tassotada pelos atitudes e'pelas aspragdes ao. Decadentiomo) oparecem de Sintdos os prncpios aque devia obedecer nova pocsa, belo gwe Cons conforme oral indie, Ate Poetic do novo movimento edo “kasi, Verlane precontza @ marca ¢ 0 ritmo («De ta ‘masigue avant owe choses) 0 preerécia pelo verso de Thee once sabes (Er pour cla prefer Impairs) ao OE a sugestio do indfinid inefdvl, como espressto do queé ‘goe indisivelRion de plucher que lachanson ise) Oh Uindéis.au Pris se joi [Car nous voutons ta Nuance ‘encor./ Pas la Couleur, em gue la Nuances)-acondenago tte emplifcagdovetvica («Prends eloquence et tords ll Son cous). Ea revola contra via (-O ut dia es tors de a Rimes) jusrfiea-se pela aspiragdo d espntancdade Urica.mesmo quando ortenadaparac rraconale Ocul ‘Quen verssoitlachaseenvoleeQu'onsent auf ne me em allée! Vers d'atres cies de autres amour. "Em 1886 a doutrina smbolistafca ainda melhor defi com a publicagdo do Trait ds Verte, de René hi. que inclu laa de prefcio. on «AvantDires de Mallar Jem que ese pocta jd conbecido como mest, desde 1875. peo seu concer de poesia hermit, funda mua nove Hinguagem, de acordo com aaspracao de sdonner un sens spr ax mvs dela tus} esabelece a teora do ime bole poco. ‘Mas oTaité du Verbeimtraasia anda otras invades pDexpujats a palerrax que complemen de sien can prvts teresaata explora apenas significa fescosiderandvosvoeabulas como notarmusicats ue cor spondesiem simultaneamente a tenayerauditivase i= vais. Assim, pela insramentagao verbal. corvelacionada om sensaies iden pooma, thus im rec fe misca sugestiva,obedecendo a uma maya rimice ¢ seal em que se inegram vocdhulosevocadore imagens oloridas bm Oaistos Hors, Eugénio de Casto exemple roumalsonsrumetis do que propriamenteo Simbols: tal como foi defnid e praicado por Verlaine.Pelo taro, Antnio Nobre revela cera dfnidade com Ver ine, como se refer [No mesmo ano (1886), em 18 de Setembro, otro poeta cademista, Jean Moréas, publica no Syplementon Jornal Figaro uni manijesio, em que pela primeira 2 aplica 0 adjeco =simblitas @ nova escola te 35 iri, som qu todavia propusesse wna dowrina coer tm de sinter at nove endents«Emneie de ese ferment, dela dicamation de a foase semble, de la EESoipion objective la pots symbaie here 2 Wt Tide nonmotn, nesra we bt dele ne ma ut ‘ners esrimer idee demeurerl set “Anos antes também em Pars Iles Laforgueasptrava @ compor rune pote a sera el pythloie dant une formeerbreovec sft vent dersenear ier {ables tmphonesanccune pas (unset) mld dont {edessereparatrdetempr enters» Masaobrague pica fn 1855 Compuies, prevent inde una npiragdo mais Vavadaconstadeporemat da vida uot radu “em rimos de spiro popular alm de renova argu empocicapor ince colasomos termasfaiiaes, ser Scopronaicch nina cxploragaderodoro recursos verbal. “Presario, apart de 1888, Maurice Barr, 0 vestlteo Barrss(um dor atores mais itados na correspondencia de ‘Antine Nobre. aii de Paul Bourget splralteraranente ‘tema do ndvidulo reguntado.nariogia do Cad Mor Sou wil des Bartarcs de 1888 «otc volume Lelardn de Bernice, stem 1391 ‘Hats pornasiana do que simbolita, Ein de Casrondo surapaton na revolugo iteréia ue empreendeu.0 ape Iocitriore decorative decafonteo neta do Son Tim. Conde rvoa feria het, eta nena al queda de 198801896, emu colaoraram Ver Taine“ Gustove Kahn, Swart Serr, Regier « Mallarmé onsite 0 drgao ofcal do movimento smbolsta em Pon Tats novo dois ans do ave Anno Nobre, Euséio de Casvo:nanralae Commie ko dean ent pieracelebra {na Academia como pociaprecoce, quand Nobre ven Frequntaro Univeradade Irfueciado pa poesia de Jodo EeDens pce, as guns ano, dot ros de vers Sqn be Seguin ton trio, em 138, depots mats dts % Yolumes até 1888. Connuo, no prefelo de Onis, estat bras sero renegaar pelo ato, or as onsderar apenas Teresa ds Vale omg saga ¢ Poa Pornguss antes do revolug irene promevidapetapbl Cao de Onis, ome "eagindo a apareinents, om Coimbra da revista teria Boemia Nova, IS de Fever de 189, fndada come 4 refer, por Alberto de Over, 0b 0 penton de Dr. Fast (onde colaborane Antnio Nobrée oe teria A itera admiraoresy Egan de Cato dt ures Jovent™I0S0 de Meneses cum bast, Franciso Bast, siden do grapo da Bogmia Nov, pot colaborara Drincre nimero da reta ~ can, sob 0 pacudnimo fatetv sNats our revit iva, nbs, ue surge tanbémem Fevereiro, ecajaimengsopolemicac danced ta ds da capa wm Cupido de chap aio ¢empurando tina tanga com a dvisa «De Tonga em rise De facto, tenur dos colboraores da Boma Nova poops ‘acucdo de pagiriosRefleron de Goncaes Crapo, Ea de Quint, Cexorio Verde, Guera Janguc Rama oOrigd,cisoquetenosdeparasnplee uncanente. "Ena devcavam deter cota asd o nsw embo aa Botmia Nova, desmenindo obo de Revista de teratrae Citic parcioitetaapenas a corre real, prevendese confome a Notas de aera, Set Inasteniomente moderna sprocerard sein oma delat moderna de oretago modern de modersina escola. Cond, smodertdodesniosiropacanacectvamente ‘liga de Cesdrio Verde, cjo Livro acabare de er pt fad, alm da de Gomes Leal; mbm, como Jat cape vara, dads a popuardade de gue goa thie 05 fo ‘ens, ¢# anitoglo gue Nobre he dana a fldnta de Guera qui No extant, Never de Carvel, ant {0 de Nore olaorando com ima Carta de Pars; men: Clonava alguns. dor introdutres da nova. esc ‘apsmane, Pau! Adam, Moras. 37 (0s atagues mais itetor dos Ysubisss tem por ao AnioNobre' asa Odean: Rapazes Noose publcadeno ‘mcr mars da Boda Nova [cinch ne ra posta, Breton Veron f cone plo da psd Guerra Jungucro Naconpotgdo =A Av)com gue Nobre cote iro sequndo aero iguaimeninserida nos Primes Sess) am os nebmisaen novo pli. mat da poesia de Joga dea; o quar one pubes no reiro mor daevista rts dor guaseaparecrao,modcodo, ta'Sbc wn nos Princo Were) foram tab slenta- meme cacados pelos Inaba, umenando vai Tir ods rs “Aseunanagoncasdoscomponrtes da Bokmia Novos capt fechado os nbosncado, parece mien sarc ‘Pras pigins de nssrson,minaseando om apode a Sura dos Coaboradres, entre ox gus Alberto Oxo de Era mtelada como srefinadisinoparsinse. de Man (alcove aaado de pagar Artin Fei. Sah hanes de afar pli, dence pore. ua perspire que tempo tem con ma Asim: na ste ts Rapazes Noor» € endef, ainda jee ‘merctmalidade com poesia junguiana sim como nd ‘mpi asugetedotiamo de foam de Arai nas ompougie de Nobre exerts neste fea ‘Be oc. Joagu de Ara, director d Dro Nasional, ‘Sunda no Porto, em 1883, ¢-em que Nobre color ‘force certs naa toe os jves pots da Cade In ie Adsersno dos Parnasonn,embora tambon sone Ut correc (0 vhmo do seu sesonrin, asin como as teferiniserudas do verso, no devmerccem 0: Model Wee adeposdaqutacorentepodtca), Jagan de Arailo oi sored un romantica quer plo basin, ge pelo it da saudade © pea apropso ad repes 6 inca, enditea que reaporece, eplrada com onginalidade, ‘epoca de Anno Nobre: Rdmiador da poesia de Mein (ainin 0 ntermcize Lia). revlow prowavelmente 8 as jovens erator portwenses @ obra deste poeta ale- indo. requentemente itado na correspondencia de Ania NNobre, que se exreou nas Letras, como Jd e refer, com lum pocma initdado slntermesco Ocidental Joaquim de ‘Aaj poder ainda ter vansmaido a Nobre 0 gosto de ‘erty alates de indole cultural mas de inspiragao 7 India, ewja recorvéncia € 10 sugesiva e-cv0ea, Como obxesslo, uma certa imagem de Mulher na poesia dS Ofelia, herfna mga do Hane, e Margarida do mito do Faso. ‘Outrainflugncia apontada pelos nsubmissos aos poeasda Bosania Novae que hoje se poder consderar apenas como natural eld de certexualdade) devia obra deouro Contemporaneo,poueo mats vetho do que os poemisias ‘deste revstaslterdias, pois nascew em 1862 "~ Anno Fei. Tniciand a vida académica, como estudante de Diet, em 1877 (pertncen d geragdo de Las de Mogathies de Trindade Coeio) Anion Fel enconurava-se, desde 1885, rp Brasil, como cOnsul de Portagal no Rio Grande do Sul Tendo jt publicado, d data da fundacéo da Bosmia Nova, ‘quatro colectinearde vers, Antonio Feliinrodusnasduas lirmar — Lire Bucs, de 1884,¢ AJapela do Oriente, de 1285 — ama nova vaca, em que persist a inspiragdo ‘omnica que concliava com aperflgao dor verso parka ‘aor: ma pasagem minora natal fra natural de Ponte de lima), desert com alevezaerstiidade de wma aguarela Inerlameivoramorosos, de serenidademelancllca,em que Iansparece a obstsi0 da Morte, uma das constantes do lirismo deste poeta (0 milo provocado na Academia pela polémica, tar da entre of jovens estudantes¢ literate das duas re ‘sas vais, manfestoucse no artigo de Alberto de Olvera, 10 Sr Eugénio de Cano e Ex, de que rsulou 0 inetd ‘et pugiato na Rua Largo, de acordo com a radgdoacadé mica, Mas teve ainda como contequencia a cago, urica- 9 ‘mente com intitosatirco, de our revsas, dria tam empor estudanter: no meimomds (Fevereiro de 1880). Nem ‘inom is tulo de acordo com a divsa «Inter duos liga testers audete,em gue Nobre €apodado de «Anibni,0 Serdfcos ede «Santonio, ermito do Penedo da Saudade» assim com Eugéniade Castro recebe a designagdo de slr Ienicon, em vez de poeta: em Margo, aparece a Boia ‘elnague persist na alusessaricas aos litera. “Ass. das tentattvas da Boga Nova e dos Isubissos pararenovaraPoesa portuguesa, apenas hojemerece ee Fordada uma plémica: aque conssu na dspua entre ‘Alberto Ostri de Casto, reresenant da Botti Nova, € Prantoco Bases wm doe fundadores dos nsubmisso, sobre (prioridade da desarticulacao do verso lerandrna que. lpindoo modelo francts, devia dvidi-epor meiodecesira, Emcois emis de sels sllabas, opus ou groves. Embo- ralnguetro renovase oalerandrina.evtando a coiciden had cesuraobrigatria com a pausaldgica ou. exemplo Aevitor Hugo, otransformaree no wines romanico,itro= thcindo duas ceraras ¢ decompondo-o, portant, em trés Sersos de quatro silabas,s20 05 jvens poeta das das evs rivasque,marcandoatranzio do aleandrin para ‘verso ivr, desocaram ou aboliram acesura tradicional. "No entanto,no Prefcio.de Oxistos, Eugenio de Castro arrogowse a introdutor desta inovagao na Poesia porte fuests As Artes Poticasensinam a fazer o alexandrino Eom cesura imutével na sexta Saba. Desprecando a re fra, 0 Pocta exibe aleandrinos de cesura deslocada {tguns outros sem cesura. Tal fiteram, em Franga, Pran- (i Viel-Grifi Jean Moréas ‘Experinenundo horror por tenperamento, ds comendas de iterates, Antnio NoBre ficou naturalmente isolado no meio da agitagdo coimbrd, como. mais tarde recordar, Cm carta de Paris, iii, em 1891, a Alberto de Olivera Netaexprime também ucidamenteo seu concede poesia, (gu, sendo muito pesio e intencionalment alto e5cO= 0 las, se distingue do que era propat pels varias core tes potcr de eto: “A ccunstincia dee er mens do fue ue noe importa demasadamnte com 0 fue eect pend die ara somentepencrar em min ¢ de rim taro tenho dentro, ete conderar me opents coe os talent natvo gue 38 prods 0 que @ Nats he someoa naa do qu lunar etranka poderam semear ambos 127Marndo cues que me income. Anda me record dua nite teu guar das Fang peo tempo da Boia Nova, em que dominado pelos Parmasiono®e pels potat {uc nals ade fra or Smbolaas ou que jb. ecm sem iis ou plo menor eu, sabermos o que io ea) [<]ome de Fas com um frend ar ingéhuo de prof gue eu era lima excepgio nes geragio, gue hoje a. Poesia do Se preccupna "ie iltber, de ‘ion, de omargurar wT poeta ere cura cis, ager, era nfm, ue t Salas Mas 0 tempo ea dor erm, por cago, masta. “tequeaPoctia €ocoaglo deyeioen trsm ‘ho conrdrio de Anti Nobre que, embora allo coment pobicas, comeguvaagiter Cora teas citar @ adeno, Camilo Pesan, da mesa ade Sk"Nobre, mar iiciando'0 curso de Diretom 1885, ‘asia quae completamente anno em Coimira, onde fascera. quer como estudonte, quer como’ poet, até Dara para Macon, em 1694, ghele gue set 0: hows tna puro simbolnia(ovor de na ora tnpar, Cp Gr. recolhdaoralmenteem 1916, © 6 edad em 1900), ‘do ‘colaborou em nena das revistar mencionadat, ‘bora foie amigo de dois colaboradorer da Boga Nova ~ Alberto Oririo de Canto ¢ Sanches da Gama. 58 em Dezembro de 1890 publ um dos set mais be: Toe soneton (00 MadalnaS cael de rasos) na re vista ltemeao, onde também colaboram Eugen de Coro e'AntnioHomem de Melo (Foy), amigo de ‘Antiio Nobre: Condo, n' Ox Nefeibatas, Cano Pea 4 _—C—rti<“—C*MS—S—s Te et te oS Lrr— cera ee ee Sati eet aes lan ase | aap mea irre sre on ei ia fo Sas ars a i oa aa ins datas do soo one tn ct ate a ee apeiaene ayes ee feed, na soe a ieee tate en pee ted on ee fran Cen etitats itn ia paging See eo idaete Senden Fat tee Catena Zee Fon es depart en Pons "Srcvopone no tana Boros ocrre chaade caste Cie, deca mat rr” 6h—h™—rr ce rn eatin bee reaps - —™ Cer rales pr ie SS —————~— Mam as via sofa pedi a - rrr eer Pent ene ise ange oo a -—— 2 ‘A pretenso de Portugal a ocuparosteritiris da rica central (descoberios, desde 1877 pelos exloraores port. ucses Sera Pim, Captoe Ivete que nd heviam sido Parthadas na Conferénciaaeracond de Bertin de 185), fanindo Angola ¢ Mocambiqe, contariava os planas do inperaliam inglés, que, segundo formula de Cel Mode, procirava abrir um camino importa Do Cabo ao Cares nas necesita paraiso de tertras sobre os quals 0 orga tiki its hos eae, ado 2 porte de Lourengo Margues. Eo dominis portugueses cram ambien abigads pelo imperialismo atomdh pos tena fe elrera como a Alemanha, grandes potest, fensiavam por conqustar novos mercadose explorar nova es de Fgueza. Assim se explcao lima inglés em TT ae Jancire de 1890, pretest de um aague de Serpa Pino trbo dos mocools. sob protege ines, expo are irada de todas as nosaas orgs militares de vetoes depen ene da soberania de Portugal, desde que sehesvem dela 0306 a tel britnica, ‘As cedénclas do govero¢ do rel Os imposictesinglesat 0 sb provcaram a inignagd partic de matona da lado que preferiaaresisencla até derrtepelaforga mada, mat ispirara também exeiores¢ oft, ‘Aen de Gomes Leal ede Fath de Almeida. que expr iam, em verso pros, 0 bo d Inglaterra, sma la Monarqui, fol sobrendo Gactra Jungucve horse eo do estado deep colctno, Not sus oemes de 1890 ~ Fis Pain, m gue te tncuem a etdasquntas +A Moidade dar cols ( do Sebastionimo, que, 0 semethanga ‘da que spiro Fernando Pessoa ma Mensagem, se paderia tame desgnar pr snacionaliomo miso, seastonomo racial ‘0 mio de D. Sebati inspir também Antinio Nobre, qu, como veremos, deixou dio opoema +0 Deseados, Inclldo na obra péstama Despedidas. cui prefacador foi ‘Sampaio Bruno autor de O Eneober (1904) “Antbnio Nobre terd ainda inluenciado virios poctas f pensadores do movimento cultural denominado oRe- haicenca Pornguesan, enre of uals Leonardo Coimbra ¢ Telsera de Pascoaet. Herdeiro do Natomas Liter Flo, ou Neogarretismo, Pascoues nspirase a poesia Ine- a al, criada por Anténo Nobre, asim como o Sauosiom, qe fi principal representa dee far in "Ao inerpretarflosoficamente a obra dos poets da Re ascenga Portuguesa, Fernando Pessoa menciona 0 $8 como lima das obras inpiradoas «A Nova Poesia Portague fa-, Enum artigo ittulado «Para a Memoria de Antonio Nobres,onacionaismo de poeta do 86 ¢ asim evidenciado eloator da Mensagem: «De Antnio Nobre partem todas a Dlavras com semidolustano que de entdo para ed tem sido ‘romunciadas |] Ele foto primero a pbrem europe exe Senumentoporugués das almate das cosas [0 tngénuo Dantelimo da Raga que lem carinhos de espontnea frase para com as drvorese a pedras,dezabrochow nele mela Eolicamente. Ele vem no Outonee pelo crepisalo. Pobre {de quem 0 compreende e ama! [..] Quando ele nascen, hascemos todos i Além das dus dies do S6publicada em vidade Antinio Nobre, saint postumas duat colectneas de verses, qu, ppouco valorizandoo pocta, Jd defniivamente consagrado, Constiuer, porém, documentos precios para 0 studs da Sua evolugdoMerdria: Despesida, que incl um fragmento «0 Desejadon, data de 1902; Pimeion Vero, jap ‘meta edgdo, de 1921, ot consderada muito defer ¢ ‘om erat tpogrificos por ilo Brandao,prefacador da Segunda edigeo. soa em 1937, com revlao de Augusto Nabe, orm dilecto do poeta, a quem se devem também ‘anotagdes ds Despediase a daar edigbes do S6 (a quart, Saldaem1921.no oro: a guint publcada der anor depot ynamesma cidade) ‘Conforme referu Siio Brando (amigo de Nobre e,como se dise, wm dos Nefeibaas do cendculoportuense), rela tvamentededigao da colecnea om que foram reunias as “8 rimeiras composes de Nobre, ecrtas de 182 a 1889 fms publicadas em diversas revistat, mass algunas clas, com variants, wo$6}05« Primeros Verso aeenuam Je evtucdo estnica e formal do poeta, conttuindo [um ivr de inutas documenta pora uma minacioxa andise erica vda sua poesia, visto gue marcam nitdamente, or esis, asinctinagdesterdriasdo poeta, sua onli estas as preferencias de expressao ede ritmo, que powco 2 pouc se foram moxifcando= 'E conforme tambem informa o Prefaciador, de todas a camposicoes ncluidas nos Primeirs Verss (em nimero de tenia ses rma e quatro das guts x80 soneto), Anno bre apenas deiou escohidas guns para publicagdo, qe recem asim dscriminadas nos apontamentos do poeta “Primeiro Amor” (mals tarde inulada "Interme:s0 cident”) ~"0 Eclipse" Ingles" ‘Abeira:mar”~ "Mar °O Embargaico "Ao volo” ~ "A uma Virgom do Nore” rer” = "A papoila” — “Dthts ai "Varas quads» ‘Ancontririod criéricronolico, qu presidia 0 orga: iapdo dox Primeros Versas, a ordenagao das pocsas leccionadas pelo autor, &ercepgo dat duas primeira, raha dtas,reflectndo um crite entéico pesto dif apreender Efectivamente, sImermezzo Ocldentals, que se julgava a poesia mas amiga do poeta que nd sendo Nob um rico do Amar, opreseniatemticaamarasa inspira pot ‘owen romanticamente digfana e purd. Quem se conhece jd uma antepessada da Parinha (2 © Meiga tira, Tew vadto maculado.Unerotabranc,ebelto, fumade:/ Era eu lio sam, E como sea tua amd delat / Se unis @ minh, lors), data de 20 de Malo 1882 quando opoeta ainda no conpletarddecasseisanes, versio que he nspirow um poema,osegundo include ma nea, com odo de sDecaseis Anat o aki J Contudo, sto conheidos outros versos, anteriores 20 tcrmezzo Deidentals, escrito por Nobre eum joe ani {go (8 referde), Eduardo Coimbra desinados am Jona linkomanasrito de que ambos cram redactores,Tremulae, ‘ars erminados’sPaldto de Cristal, dois de Janet, Mil ‘tocenoneotenta eds ‘elas datas regltadas no fim das composc des selecciona» dase posteriormenteineridat not ries Versos fos tale eA Beira Mars, Olhor Asai, «Vias Quadras>, ado seenconram nestacoletnea),verficase que +0 Eclipses de 1884, assim como «0 Amor. foram compostasem 1386, tInglesasse«Inlesnhas»(ambas com indicagdo do local ~ Seizoe Port, respecivament) alem de +0 Embarcadigo>, ‘NetrAvd, «Quando eu morrers(ar das primera datadas ‘eLega.e a itima, do Seno), «0 Mars 0 tla comm ao {fragmento de im poem, de 1888, a dos sonetos de 182, tad com ameca indica de Toca (Porta) Ao vildo» é ‘amas recente poesia deste conunt, com data (1888), qpare ‘endo sem qualquer referéncia os composigesinindadas “ana Virem do Nortes¢ A Papoila, ‘A recente publlcagdo fem 1983) do caderno manuscrito, contendo posmas e nota pesoai,legado pela fafa de ‘Antinio Nobre 8 Biblioteca Pablica Municipal de Matos. Inhs, pelo excritor Mario Claddio(Anténio Nobre, Alicerces {epuido do Livro de Apontamentos), velo trazer exclave: ‘mento, relatvamentaceros poems ‘hss, © poema ,poema dramiiico, obedeceria a uma exe tra éiea, pois apresenta Dedlcatria (oA Lisboa dat naus Cheiade gldras)elnvocagdoAssenhorasde ishoa),além ‘eimitaro romance daNowCatrinta,«OsLusiada do povor, ‘quando herd, vomoeoAnriques,poctae apatsonado,sonhd Com as avenuras nica («Como 08 noss Portuguese!) femcomparhiadaamada: «Ev sera comandante| Daguela ‘na almirante!) Onque formosa serias Quetmade das mare: Sas! Vestidade marinhere.(Aisobe! sobe! gageiroAguele {ope real Dis deus a Portugal.» 1A sNarragdo» do poema épco correspond n'«O Deseja: dow a his do her (Bra uma ver,0 moco Anvigue que ‘ivia/Ldnanabre Nag de Portagal),cajo percarso ita tno semethante ao do autor pois troca Porgal por Franca (6 Paris de Baudelaire! Pars da minha pena ! Que em tempos d molhet naz dguas do teu Sena [-] © Paris de Verlaneepoctas sonkadores!») Ao regress rein, por “encontrar a tra em separa evo o herbs («Li onde ‘scoao Teo, os Exculors | De entre a dgua erguerdo alos herds, | Poeias, Santos e Navegadore),anspondo toda a ‘esperanca de saivagdo de pra paraacrencano regressode Di Sebasdo:«Esperai espera, Portuguese! / Que ele hd ‘de vir, wm dia Esper | [ov] Tende paciencal ina ‘revezes:E até ld. Portagueses! Trabatha. 'Que Ele ‘Menino no tarda suri! Que ele hide ir, dev ha ddevirl, Eo poema exh penetra desubectivismo e marcado de alusbeslogrficas:repetindoasqueteas,,dowidas no 88 do “menino e mogos, «que no Mundo safe todas as dares = Anvique apresentase como a mifcagso do poeta, simula Ineamentesmenino ¢ mago «0 Lasiada, ovador, para (quem éansferda oda a experincia de vida do autor. “Asim, ascaracterstics lea do pooma,em gue aval ofatalisme id expresso no 88, sobre, porveset, ss aa. | sale co «demina anperonaens rnd Toon wromal pgene leo mag ager ‘Peore rom Belek Ueraga, sent tt qu cm ems tao Ee ‘2s seioe comedic) seamen cen (ped mienmlacee scone En hee 2 tame Spent Epo ede pot ahaa ia oe wine exrineide jor moe - detiina ¢gapio~ 50 esa scant co apts be tpto der “Sot ‘ite ogress teres 88 Mot opna ete decent ofachio Os Lana set Nee 8 se oe rar crt ow 196, pre tee ec co's tt Taapeso pte antidote wertipe TNC pri, 0 Dead eden inde xr anda potrc anata eon po ane teago ms eatne methine pve acpi, Tdrematonomens hits ton wnnore Caner alae goon owt cooen anaes (epee enmity td min Mas (ire tas dar hen Das) ofa Tee de mals nen ra sek et ‘Soe daa pr com ana lo slr doa cae ‘re erro Sampi Bran corde cafepnne fo prs tess is eo sheer De reo a ot no sa Sine ncopoptonene ase! quan dare Tame hice hemes esr edn sa ‘lt aot ds tang repr Sent obo ua ie drone ipod eet encfowsl etelorsontons late eros echo, curls sno cones Seats 55 erat na nacionlidade ecomoincentvoeconsolagdo nas faperancas ena decepyces da patrian wo 0 $6, publad por on Vie edo de Vein nba atm dep as bons epi Scon arsenate oe we om ayers enor cer ongenads irs, pees econ sep gee 3000 etna ect amen ppl cur diese tariioca hiokanehc reads pov as ToC scar ilan Erwin reonmicscanaiobadeinomehohe= De mo agers 9 Rn pe ops paar Ei ar rere ttt mdb Som uel ete © plc sd do'S, Tajo poe conde om feeb te 195ml st salen ofan nor nee Se Kenll uotjora cone cins)aoia edeotvecebraprinparsescnap ooo tmistnalnspoemernpnes conoid ogee ‘revo mgs do oe rf ‘age agen ans “Ste pla wna cletinea de vess— meu in ara eran la enna Cre onic tne Mee. see tte Con ‘fom Oud toot forma oma = Seri der Aes Sel po ve ine Bo Ise lenge scenes ir sac pa Minin rtd pot ice brea rons Cotas ia ond em Clnira poco ram ce ¢ an Sor pea ae a ‘oder ganda Oe hin ne 36 4 Alberto de Oliveira, na carta de 30 de Julho de 1880, @ rtcipar a composgio da primeira parte do poema «Males {dedntow«Trvoadas oo do men segundo lio, Ponho esta poesia ima nas Confisoes, ou Pesero-a para as Trovoadss decison Segundo informa Guilherme de Cast ‘ho, ator da mais completa Biografa de Amini Nobre os rmanascitondo porta aparecem indicadosrumerosos te Dora primeira lo, enre ot quals Vespeninos,Alicrces €Contissbes, sendo ese anda oadoptado, quando, em Paris, Hiprocivasa edior Contudo, mma carta a Alberto de Olivera, esrita na wiagem de regrest.a Paris («A boro do Sintra Canal da Mancha» ent de Novembro de 1891), Antonio Nobre tnd ‘avanow lo = Missal Jour Tortuado para ecoletdnea ‘aque destinavaoversasfetas no mavi.equeforam includes Ino 6: eTinha ete muitos vrsosparao Missal. Um sonoma Biscata, ouro na Mancha, e [ogo farel outro no mar alo. ‘Asim, sim, Bizara gest ler not roe seraosdtadox de sobre as gua.» ‘io vrata hipdteses que tentam explicr 0 tl at ‘ido por Nobre ao snic vr que publica "Asim, temesejustificado a adopeao defn de S6, or sugesdo terdra, quer de um verso de Antero de Quemtal (08d, a0 eremita.»),como defendeu Camara Res: quer por Iinpiragdo do tindo de um tvro de Edmond Haraucourt "Seal publicado em Pars, em 1891, conforme adm ‘Alberto deSerpa,emborareconkeca ques verzat deste poeta francés de endéncia clisica nada tm de comumcom os de Notre Tadavia,otndo -S8~ pode constinir apenas aexressdo do estado de aima do poet, exilado no cbanal Pars mir rentodecivilzagdow. conforme se exprimia em 1883, que, ‘ois anos mais tarde, consderava anda ada ve ai fo, ‘mais vacio de coraci>, em oposcdo ao seu temperament, ‘pedir econfortos de alma, crus, fee des» Meses antes “da publicagdo do $0. em Dezembro de 1897 desabaava 37 lesesperado: «Sino um infinite desinimo de vida esinto-me 56,30, sd» ‘Mas, independentemente da experiénclaparisense, a so dio e a conscénca de ser ferent ~de iver em elo ~ ‘parecem constr wma caraceratica predominant dot Deramenio de Antnio Nobre,cutvada come aitude esti, ‘insplrando a temic da sua poesia.) “Asim, em 1885. 0 poema A Toa incia-se_com o tema dda solo (Que grande 0° Mundo !E eu soc). Banos ‘lepois, 48 doente clamav, com revels eaten, ide ‘numa carta: «Esiow fro de ser sit» 0 vocdbulo apa rece também regisiado num dos cadernos do poeta, mas ‘associado romanticamente ao génio incompreendide, com {ue timamente, sempre se identfcow «Oe grandes ~ 0: xcepcomais~ so sempre solidrios. Inransigentes¢ por- ‘amos, ‘Segundo refere Manuel Teles, condiscpulo © amigo de [Nobreidenifeado como destinario da Cartaa Mantels. poeta jé durante os anos de Coimbra pensarapubliear wna evita 2com oul que exprimiaa sua deolada stags — és. Campletando seu esemunho, Manuel Tels afrmon ‘indater te sido confessad por Nobre,apsapubicagiodo 6, equ emboraeserevessena sua vida multone diferente trabaths,havia de reunt los ao depots mum a volume, que porlaaqule ital, ecritoa tera defogo, a0 meta das cps Iegras Eterminou com esta orgubotafrase “quero fic 33 ‘na iteratra portugues» ‘Plo coniravi, na capa do S6, at duat grandes letras sobressaem, negra espuis, em contraste com a Branca ‘do pape mas nem por iso sda menos sugestivas “A segunda edigbodo'S6&contiulda por cinguentaerés composigbes posicas,vinte © duas das qua 30 sanets, fenbora ad desoto steam mumerados ¢ includae sob & ‘espectva rbrica(eSoneioss). A excepoo das duas pri Imeias poesias —0 soneto de aberira sem ttl, mas Que tno Indice aparece sob a epirafe «Meméria aos Pais 58 0 poema «Meméria» —todas as composgdes esto datadas, ‘eferindose também o local de produgdo. ‘Asin, deduse que grande parte das composgdes do $6 (vinteecinco,ou tea, quate metade) foram eseia, out tides em 1891, em Pari d excep de cinco sonets, 2 dos quatsinpradns pela segunda iagem por mar de Porte. fal a Franca (Golfo de Biscaia, Mar da Mancha, Mar do Nore )e doi compostar durante acura permanéncia na Ale ‘mana (Hamburgo Coldnla) Opoema sAoCanto do Lume» tarmbém aparece datado de Paris, abrangendo 18901891 ‘Lasitinta no Batrro-Latino» teria sido compost Igual. ‘mente na ello pariiene, em I ¢ no ano segue “Tdavia, ignoramon se todas at datas 300 comple ‘mente vericas Com eto, come ase refer, apenas sabe mmosterNobreconclldoorprimeirascento¢rintwalevandr- tor de «Males de Anto» (que aparece datado de +Paris- 1891+), em Coimbra, em 29 de Funho de 1890, enquani as aparigas da sua rua sats a sfoguir, a clebrar S Pero: sAo°Ai ol” emocionante dels, ecoando soba note, ‘devo eu ter csmado or meus mehores verses. Trabalhava a ‘uwi.larenlevado @ Janel, abera sobre a Rua de Pedro, para mais faclmente os als delas me chegarem ao "Korarticipar ao amigo Alberto de Olivira)acomposigao do poema, que the gastara =dovnervososuco», Nabreacen- tava: "0130 verso quefis,espremendo-os, 20131 ais», 1 que lena a dedusir que 0 deservolvimenio do poema jd tvaraimplicito neste neleo nical antomalsqueatemdtiea Indicoda pelo porta corresponde 2 que etd expresta na ‘ero publicada, desconhecendo-se,porém, sea esraturase Inanteve,polsoscomentirios de Nobreparecem siperirquea ‘rte initia era sido supriida ou deslocada, na versdo ‘defintiva: «Mando-e 0 principio. Nao avaies por isso “Quando chegue, gu, Santo Deus, como euvinka” Neste pont principe melhor parte da pest: tod a mina vida ‘passa Ano emt revista, Bancuos! Dramas! Psicologia! 8 Tortras! Solus! Ais! Sonas pedidos! Tudo isto 36 vé ussando.@desfladaagalope, mma aveida de gangrenas, {0b ros. Sa-me quase tudo de um acto entetant, mats tardesnasprovasetederevélumpouco» (Eslareyese qe ‘os vocdbulos -Bancworse «Psicologia» fazem parte do voce bln privado de Anno Nabe’ por«Pacoogla, queria indcar ‘as complicagdes da sua vida amorosa, ¢ natural Imonteasdesttsdes ou desenconto: «Banco nome de wm Gos generis do rei Duncan, do Macbeth sinfcava eee Imisicamente scautela de ponhors, segundo inerpretagae ‘eAlberto de Sepa, an "A data crbulda a eMoles de Arto, no Sb, tem oviginado _rave confsao entre Poesia e Vida, ou sea entre a aide Esta, propria do poeta decadenista, que Nobre foe 8 ‘doenca gue parece ter conrad em Parise que ovitmaria ‘anos mai tarde Mas, lem da refer carta do poet ed informacao de Augusto Nobre, na 4 edi do So, que @ Completa ¢ indieciamene « confirma («Poesia esta Imapinada no Sexo, para onde for depos de abandonar 0 (Curso de Direto de Coimbra, com a sade muito aalada ¢ ‘heiode desgotoss),opocta poucdantesdemorrer forse ‘inde mais um estemanto da data verdes em quo poem {era sido compasto,embora conf dade pols om verde Vinee dts ans, eacrevedesanove «O que me tm acon ido! Todos a firm da minka tose. Deus cassie, (Quando era felise apenas inka arvankaduras dos 19 ano, fscrevia os «Males de Anton, exagerando tudo. Agora € ‘tue euos sino, depois de os ter exes em tteratiras “Aparecm. pot, datados de Paris tes dos poems mais significative da fomtca do'86(eAntbiom, *Lastna no Batro-tatin, "Males de Anos qual constiem en Iulam) sda ota sees gue caacersam, na tequna fdigdo, a esrutura etrineeen da coecnea’“Antinlon “Lasitnta no Barr-Latin’ssEntre Dowroe Minow La Chetan: Lua QuarrMinguanen; Sonctore sElegis ‘Males de Anton « £0 (0 poema ntinid“¢ en dos mas originals pelaesrutura, que parece obedecer dsugestéo do canto antfonico (08 ibotisas ram eeicarent sents Tiwi), ou apro- mar se do coro da tagédia greg: 0 texto potic principal, jue corresponderia a0 canto do slista ou do Corie, & Scompanhado de outro testo, de rinas, metros ¢ tom dife- ‘enter, que The serve de contaponto, ov de comentéio an- tictco. ‘Asim, liiria maraviosa do ‘em quaras)€denientia pelo comeradro pessimisa (qin thas dividdas em dition tercto.rarserindo aamargura (adescrenga do presente para o pasado “Alm da nostalgia da fdnca,o poema, conti por dros andamentos, como uma snfmia (cnforme aestéca imbola),dsenvlve anda outros dts temas ore, Apu de Robe —p sous ico: © 2 esa \ toninia doa deren dolar ” ‘ene mado rarqutresprncipas.potafe acento ingest fr te bce compare meres oe seer oes na) wna pagem nent) ‘ecidamente pet imaynaio no eto mara 0 poeta Totose ‘dread amPere ca 0 soulevrd pela ‘ys dr presi her ao got mb) ite precio Meteor gue moa fata da arated pena GeNobre since cap Tonto nase mano ohdemei, peta evocaopanad,afmande- seconde dese creponalspetand aru ‘hepa Condes identifcrtote cm ono hr ord fpco mayen neat do eno, porter compre locate ‘sinc opessinismodpresene (gue padetmbim ec a ce hisrce da pra om 190) ofr se na coonao GE ps, toraiftncapredeide presage find nas mare of de shat maroon TnL no Bar-Lanno, ex 0 moti 6 ye 3 | onde (id tsa, cited). resimeo ena dain do so do deer, amargars fe vda Paras coptesesmatlcomentett eros que cot Trem mace serra cram dos anton temague opotacroce anna pure efelewem qu cre dents do presente stents ene connec ‘Ste Tore tem par dnimtcretanoconratenreopreseneeo asad, expres no pooma Antonios 0 hed feats Imeoo nom tambon eps pte de md {canada deand dese sPasr” de Lid ‘amide vets banca pre oan «Pore (rd Saadeh sudo ue ee de {ocd det onde ena) smi segradaent radon se reds pogo anos (Ondo tig?) radio sh reaps da erent Shcdemse ent a mages see. aparece csroinea.cxprniremsesag esis cai eas ‘ans ranparccea enon de revar mundo gue see heavacoma vor delete visio dea nao s6domundoda Inne mar tonbon dos hos asecs da deportes pater comanesetipor Oration proaos eam ‘enon nora ma nibs det halo mrs transmit ransom soos da sipaierade rascomaueo paca nt no pom none ppc, mas ‘ee qu popes equ reper a pesos ely ‘has coker ain como momes debe © de ‘ects oes wanftradr pla fea Com gue os ‘oun Ea desert da pattem, el proces me rerio topics, contin niin ta tas rls inovcies dos poems de Nobre ue asin Sorat fords epoca grate ‘urs orice daposia de Nobre,equainsre a estica simbolia, const no ineditamo ds me ‘eas de visualise, ce per Sena oi re relsmo das evocases,geografcamente sada. Simla o rneament, através da sintaeexlamativaedalogal.o poet Consul transporporaa Poesia inna orl imegradest Peretamen no contests do poema.Comomema vrtwsis- Ira resmata por moda anotgdo de wir aipects da Teale, pitorcico dasromaras, deamembrando 00, brosicand, para unsitrtdoodlacre movimento das esas populares novenhan 8 que no fa a maga dos Pm conse com aalegia pena que crater estas cevocapeopocty de acon cm seu esto teed, Snearece capes doenorerepelemer—ofc,o cove, limcceuiko alas ua mol zando a presen A Deen da More, Miers, revelam acura face ‘de meama realidad. ‘Como observou Alberto de Olvera, o ofoeorimos de \Nobrecesainbeleade espistos de quoes de pormeno- Fesend de mancirasopuares deze em que ingen at ‘io repararas. “Atrcrarabca—~Entre Douro Minho» —éformada, cen grane parte por composes daadas de Pars sPar= ‘he sCanga a Foca "Sade, Voges na Mina Terras+08 Sins»), nas quis eevdeniaatendticaespres Sacm cLastnia no Baro ating» evocosdosoudrsa da tera natal com aealzagao da pig aa por- tiguesr (por tse taerem ds poems anteriores em dita, mas gue recone poisagem coimbrd— Mancels Paras Ropargar de oimbrac— outa conpargio «Os Figo Preto Supestto de nosa poesia popular) a mitficagao da lhe, ‘nguadrada’ men meio fiplcanente provincand © por {ute demunta inpiragdo romance. quel. nd. poe Slade Nobre,€sinukancomente decadetsia. > “rescompougdes det ncleo=-xCancdo da Felicidade, Saudoden «Viagens na Miho Tera» — apenas foram Inclddas na segunda cigdoe testemunam, sbreado 0s thas timas, nacionliso esto de Antonio Nabe. 8 ‘Carta, ae. Cae Na eCanctodaFeliades,o moran Inco escondea Ansa desesprada de aleangor a felicidad nana vida sn ‘Pls. que contin ealdo home cman: ea ona revel Ssenocontrasecnreosubtin lac dum Parens>) eas ass dpasagem portage com referencia eres a {Leca, metoniicamnte represenada plo Ze da Pont (que ‘atigva brcos para pssiosno Rio Doce, cnforme ae tagao de Augusto Nobre,na dig do 6), ‘No poema «Saudade Nobre rtm a radii. lrica ‘pefasiet, rinomnde aos Cannas, roads al come i ranigas de aigoarepariga desc sss Img com a nase si re anon ses fe ahorausete.invocao Mondego, quctambemaparecee Sonfeado, pedindothe nates do nov, estalowe ¢ ci lado em Franca ientficao or antonamaa-irgtios) om ‘0 pocta,«, inependeMenente das. ccunsicior ‘iogrcas, com o smenino> predetinad, gue, no poema ‘Memoria, dedic ao pais 0 vr mai ite que hd Pormeals ‘Nesta do poema,costinisa por sires de substan |r gue clamoctn poner de afciadeenoalia,¢ arate da poesia de Ato Nobre. 1 tlulo deste'pooma —~ "Saudades — € a iocasdo 44 Garret camo da Saudade no poems Cane, que dic feamente 0 Romantono erro. cm Porugl) stemanhamo Neogareiomo ov Nasionalon ete do ss ~ sViagens na Minha Tera ma das poesias mas conke ils de Aino Nobre:€ tes que melhor dosnents 2 Saudossmo Uren, © 0 ue mais drectmente eine {Nacional eipontineoeantdelamatori. ras etn reportage conti snuanea ‘mente na deserido inpresionsts¢ ta enced me tha da paisagem familar Maro tom directo com quer ‘ia a vagem ransrevendo lingua ora vee ‘ular. compleado como mondogs Ino, ove se i 6s ae ee oe divgisse a evianga que foi, e exrimise as suas asi ‘Procedendo também como poeta dramitico, Nobre into- dus uma personagem —a ava qul se recorta via, ‘através das plavras, das attudes, das reac des, de ard ‘oma a idade «concep de vida “também manfesta,no poema, través do tal, asuges tao directa da obra de Garten assim como se evidenca a tertexnalidode com 0 romance iiico e campesino de ali Dini, pots ambos os eertresdellearam a ealidade po fugueza 0 mundo provinciano e nortenho que Thes era falar — masque na poesia de Nobre surge penvrado de soudesime,vansfigrado pela distdnciae vesusliado pela neceridade de preencherasoiddo (<0 Portugal da inka Infancia’ Nie se que é, mote a dstnca, | mote mats, quando estos») (0 Saudasismo exprime-e também nos dos grandes poe- mas deste micleo Carta a Manoel» «Purinhax. Con Ido. 0 pooma narraio, em discos tom de ladainha, [Ne Exroda da Beira», inculdo nas ~Elegior», ¢ tales aguele que reflecte mais dolorasamente a conscéncia da muda, iremedidvele reverie (Mas tudo passa»), transportando para a vida alémtimao a realidad da vida (uotdlana e familar, que nose reperd jamais, mas que ‘poeta antta por retusa: «Dobra ent me corajdo 2 ino da Saudade» (Na «Carta a Manoel», poema em forma narativaedalo- fal caf csratura Cade uma verdadeiracarta,evocam-s,em mode deambulagao, of vrior momento deumpasteio,¢ ot faspectos palsagitcos de Coimbra ¢ arredores (Sonor Ligaress), com que, em lima comunhao, se idenfica 0 ‘etado de mado ex da poem. ‘Exemplo de spoesia integrals, poema engloba dos os | specto david quotdiananacidadeunivesitiria os nome | dosamigorecompankeirosde casa, acaricaturads meses, | ‘aot coi a encarecinrt d potagem | 13 6 ‘de Colmbra e dos aspecos da realidade aque o poet adera, ‘que, mercé de wa profindainimidadeafectvaaparecem {Uo subjecivados qu se tornam pocvia. Os vocatves, pene ‘mando apatsagem de anmismo,superem a algria pate, ‘assim como os topdnimos, Inpregnador de ofectvidade, ‘ganham o valor potico de imagens sugestivas¢esocadorar Eosimbolimo deNobvereveantenotnediomo daadjectow. ‘lo magica, embora sj evidenteoromantsme da sp Posto. "Purina 0 poema datado de Paris que iniia est niclco dda esraura trnseca, éconstuldo por aoa sri de ma ens, encadeadas como num automatiamo de sonho, iad elas coordenatvase, mais (0 sindnimo popudar da com: Jingo) ‘Airanés do encadeamenoimagisico,o ex do poema define ‘matsforicamente a Mulher ideal, exprimindo @ certeza do ‘ncontro para que fol predestinad,o qual, com mina sao, inserdo num cendrio rurale radicionalist,realzando-¢ ‘2 casamento do grande senhor,perante@ adniragdo ¢ & Teipeto dos cradore hilde. ‘Simullaneamente,0 alo eos encarecimentos aribuides “Amada («Anjos »Etrelan, «Bem Amada») provam 0 cade ‘er espriual do amor que x infantizapropostadamente comofimdesuserr afigurade uma MulherCriana, integra dacomummisia de ingenuldad romano maravtnos da histrias de fades. 0s processs de versficasdo 0 emprego do refido ev denciam a sugeso da poesia poplar também denunciada has comparagéestradas da mitologia tradicional ristca, nairanseriguo de expresses tipcas da inguagem do pov (05 tndos das és primeira secgdes do 86 “Anni sLsitinia no Borro-Larin, Ere Douro ¢ Minos |ameam portato atemdtica mais caracterisca da poesia | deAntinioNobre-onarcisismo,eosaudosiamolco,expres- [Tana evocago dainfnia edo terra natal, "Peio contri, olor dos micloeseguinter a 66 [Cheia, «La Quarto-Minguante» — tem fxs simbdlca Tua asiro dos ritmo: da sda em odos os nies cdsmicos, imbolza emp que passa, medido peas fases sucess € repulares, sugerndo também a renovadocilca: portant Constina para o homem 0 sinbolo da passagem da vida 3 Imorteedamerte vida Mat em astolopa. ala representa ‘Gsenibidade primi do homem, que erfugia no paralso ‘da nfincia, agen doseiomatemo,ouseentrega, ragabun ‘doe caprichaso,d embrigguds do tine da aventura ‘Asim aesraurada segunda edigdodo So parece reflect 4 atracpao do poeta pela astologiae pela ienclasocas (drias vezesconfessada nos versos ena Correspondénca)e, 2 ‘or conseguinte uma sgestio mals directamente manifesta ‘dada extticasibola ¢decadentsta y ‘Contudo a imagem da lua ndo se revela apenas signifi iva nivel da esratura extrinseca do 86.14 na primeira ‘edigdo, a imagem da ua-nov, simbolo da Morte, como se refer, dominavaainspracdo da colecineogerandootema fundamental, reiomado ou desenvolido em quasefodos 28 Doemas, desde a ahertura(eMemirias) até. ial, Males fe ania E,conuiderando que a bografia consid no $6, um dos temas poticos mais carctritico, pode torar-se gual- mente gnicatvna a coimcid@ncia da rubricasescolMdas ‘elo poeta com as datas proposias pard 0 seu nascimento, onforme foram indica no inl desta Introdugao. ‘Soba eplrafe Lua Chela est includes ato composi- es: quar alernando com ontras mais antiga, dtm de Bertsmas wma delas, «D, Engigon 95 aparece na segunda ‘eigdo. este auto-retato irénico do poet, o humorismo Ureo ‘exprime-se com espontaneidade aparenie ena na faralidade de quem conversa, no proprio rimo da lingua gem flada A ima quadra juste 0 tom dialog ero- ricamente galaneador de todo 0 poem, que docimen- (a, através do tema do fatalismo eda expresso do con 0

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