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SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRACAO PENITENCIARIA ATO DO SECRETARIO EM EXERCICIO RESOLUGAO SEAP N° 338 DE 29 DE JANEIRO DE 2010 DISPOE SOBRE INGRESSO, REINGRESSO E TRANSFERENCIA DE PRESOS NO AMBITO DAS DISTINTAS UNIDADES PRISIONAIS DA SECRETARIA DE ESTADO _ DE ADMINISTRAGAO PENITENCIARIA E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. © SECRETARIO DE ESTADO DE ADMINISTRAGAO PENITENCIARIA, EM EXERCICIO, no uso de suas atribuigoes legais, tendo em vista o Processo n° €-21/10.104/2007, CONSIDERANDO: - a necessidade de atualizagao das normas para ingresso, reingresso e movimentagao de diferentes unidaces prisionais, visando a atender a politica penitenciéria implementada no Rio de Janeiro, = que a lotagéo dos presos deve acatar a exigéncia do postulado basico de justiga denominaco individualizaco da pena, inserto no inciso XLVI, 7® parte do art. 5° do Supremo Estatuto, € « que 0 ingresso, 0 reingresso e a transferéncia de presos devem ser realizados com transparé: critérios rigorosamente legais, o que implica, ainda, o respeito a capacidade fisica e & destinacao cada unidade, RESOLVE: CAPITULO! DO INGRESSO ‘Art. 1° - O ingresso de preso provisério no sistema penitenciétio dar-se-4 em cad: compativel com 0 seu sexo, devendo estar ele acompanhado da seguinte documentacao 1 - registro da ocorréncia policial, ou mandado de prisdo, ou copia do auto de prisdo em flagr It — guia de recoihimento de preso, preenchida e assinada; Ill - ficha de identificagao com os dados disponiveis € foto do interno Art. 2° - O ingresso no sistema penitenciario de condenado a pena privativa de liberdade em regime jechado dar-se-4 em unidade compativel com o regime que ihe foi imposto, a pena que Ine fo cominada e 0 seu Sexo, devendo estar ele acompanhado da seguinte documentacéo: 1 ~ sentenga condenatéria ou comunicagao judicial de sentenga condenatoria: 1 — quia de recolhimento de preso, preenchida e assinada. ‘Art. 3° - O ingresso no sistema penitencidrio de condenado a pena privativa de liberdade em recim semi-aberto dar-se-4 em unidade compativel com o regime que Ihe fol imposto e o seu sexo, devend estar ele acompanhado da seguinte documentacao: | — sentenca condenatéria ov comunicac&o judicial de sentenca condenat6ria devidamente an pela DC-POLINTER e peia Divisdo de Cadastro Juridica; wuia de recolhimento de preso, preenchida e assinada. Art. 4° «0 ingresso no sistema penitenciério de condenado a pena privativa de liberdade om 12a aie o Gar sous em unidade compativel com o regime que Ihe fol imposto eo seu sexo, devendo estar ele acompanhado da seguinte documentacao: | = sentenga condenatéria ou comunicagao judicial de sentenga condenatéria transitada em julgado Hovidaments analisada pela DC-POLINTER e pela Diviséo de Cadastro Juridico/SEAP il - quia de recolhimento de preso, preenchida e assinada Paragrafo Unico - © ingresso das pessoas mencionadas no caput dos arts 28, 9° @ 4° nao serd preiudieado por interposicao de recurso pela defesa em raz da condenacéo imposta. Art. 8° = © ingresso no sistema penitenciério de pessoa contra a qual fol prolatada sentenca art mminando # aplieagao de medida de seguranca dar-se-é sempre em hospital oe custédia © tratamento psiquidtrico, devendo estar ela acompanhada da guia de internamento expedida pela autoridade judiciéria. Paragrafo Unico - A guia de intemamento devera conter: | 2 qualificagéo do agente e o numero do registro geral do drgao oficial de identificagéo; ito inteiro teor da dencincia @ da sentenga que tiver aplicado a medida de seguranga, bem como a certido de transito em julgado: a data em que terminard o prazo minimo de internagéo. art 6° = Em reveréncia, sobretudo, 20 art, 9° da Lei n® 8.06990 - Estatuto da Grianos & do a Sblescente, 0 acautelamento de presa provisoria, ou de condenada em qualquer regime, Sui tenha fino recem-nascido, Ou esteja em final de gestagao com indicacéo médica para ingress A=. Unidade Pree tttanti dar-se-a nessa unidade, com autorizagio do Diretor da Divisdo de Registro € Movimnentagao do Efetivo Carcerario — CEDR -, para a amamentacéo eo estreitamento da convivéncie ‘com 0 seu rebento pelo periodo de 6 (seis) meses. Paragrafo Unico - A presa retornaré a seu local de origem nos seguintes casos: | 20 findar 0 periodo de 6 (seis) meses destinado ao alactamento; 1) ~ quando da ida ou retomo do recém-nascido para o selo familiar antes de findo 0 prazo destinado aleitagao; 1h quando da suspensio, extingdo ou perda do poder familiar por parte da press, Me forma dos art teas incisos |, IV @ V. 1.687, caput, @ 1.638, incisos |, I, Ill @ IV do Cédigo Civ & excegao do cas trevieto no paragrafo Unico do art, 1.637 da mesma Loi Substantiva, por decisa0 judicial, se o crime oe foie ease Tragmento normative nao howver sido cometido contra filho proprio. ‘sonsoante ¢ termos do inciso I! do art. 92 do Cédigo Penal. ‘Art. 7° - 0 acautetamento de preso provisério ou condenado, oriundo de outros érgos do sistent © Seguranga pablica e Internado para tratamento médico em unidade hospitalar do sistema penttenciar Sevee-capenas durante 0 tempo estritamente necessario ao trato, devendo ele, quando de sua al hospitalar, retornar imediatamente a seu drgao de origem § 1° - A Coordenagao cle Gestdo em Satide Penitenciaria jomara as providéncias pertinentes junto a: responsdveis pela baixa e pela alta hospitalar, visando ao retorno imediato do preso a sua origer. cise muntiin 9 Panrdanaran da Gestion em Satide Penitenciatia n&o lograr 0 retor do acautelado, com alta hospitalar, ao seu érgao de origem, deverd, incontinenti, comunicar 0 fara & Coordenagao de Seguranga, que adotar as medidas necessérias & solucdo do imbréglio. CAPITULO I DO REINGRESSO Art. 8° - O sentenciado foragido, que cumpria pena privativa de liberdade em regime fechado, quando recapturado reingressaré no sistema penitenciério em unidade compativel com o regime que Ihe fora imposto, a pena que Ihe fora cominada e o seu sexo, devendo estar acompanhado da seguinte documentagao: i - guia de recoihimento de preso, preenchida e assinada; ii - registro da respectiva ocorréncia policial. Art. 9° - © apenado evadido, que cumpria pena privativa de liberdade em regime semi-abertc ou aberto, quando recapturado reingressaré no sistema penitenciério em cadeia ptiblica compativel com o seu sexo, devendo estar acompanhado da seguinte documentagao: 1 guia de recolhimento de preso, preenchida assinada; it registro da respectiva ocorréncia policial Art. 10 - O sentenciado de que tratam os arts 6° e 9° deverd ser imediatamente submetido a procedimento disciplinar, conforme o estabelecido no art. 84 do Regulamento do Sistema Penal do Rio de Janeiro. Paragrafo Unico - O epenado recapturado durante ou apés a pratica de novo delite, excetuando-se o condenado a pena privativa de liberdade em regime fechado, reingressard no sistema em cateia publica compativel com o seu sexo, cuja direc&o, de imediato, informara do ocorrido ao Juizo da Execucdo. Art. 14 - O apenado evadido ou foragido de unidade destinada ao regime semi-aberto ou aberto, ac se apresentar espontaneamente podera reingressar na unidade de origem, desde que, em seu desfavor, .o haja mandado de priséo expedido em virtude do escape ou da pratica de novo delito Paragrafo Unico - Havendo mandado de priséo expedido contra o foragido, sera ele conduzico 2 delegacia da area para os procadimentos legais de praxe. CAPITULO II DA TRANSFERENCIA ENTRE AS UNIDADES SECAO! | DOS PRESOS PROVISORIOS Art. 12 - A excegao dos internos da Penitencidria Laérolo da Costa Pelegrino, os presos proviscrios poderdo ser transferidos entre as cadeias puiblicas. Paragrafo Unico - A transferéncia, sempre para unidade compativel com o sexo do transferido, respeitara ainda a capacidade de lotagdo dessa unidade, o atenderé: 1—Ao interesse da Administragao, nas seguintes circunstancias: a) a manutencao da orciem e da disciplina carcerérias; b) a necessidade de se aplicar a sancdo disciptinar secundaria prevista no art. 62, inciso Il do RPEP: ©) anecessidade de se facilitar a apresentacao do preso 2o juizo no qual tramita o respectivo pracesso; li —2 determinacao judicial. SECAO I DOS CONDENADOS QUE CUMPREM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM REGIME FECHADO Art. 13 - Os condenados que cumprem pena privativa de liberdade em regime fechado poderéo ser movimentadas entre as unidades prisionais do sistema penitenciario. § 1° - A transferéncia, sempre para unidade compativel com 0 sexo do transferido, respeltaré ainda a capacidade de lotagao dessa unidade, e atendera: \— Ao interesse da Administragao, nas seguintes circunstancias: a) a manuteng&o da ordem e da disciplina carcerérias; b) a preservagao da seguranca pessoal do condenado; ©) a preservacéio de condigGes pessoais favoraveis a individualizagdo da execugdo penal, conforme indicacao do programa elaborado pela Comissao Técnica de Ciassiicacao; d) a preservacao dos lacos afetivos entre ascendentes, descendentes e germanos presos, desdé que compativeis a condenagao e 0 regime de cumprimento da pena impostos; ©) 0 exercicio de atividades laborativas, apés a andlise do pedido pela Comissdo Técnica de Classificagao ¢ 0 seu deferimento pela Coordenacéo de Classificacao; 1-0 pedido do apenado, de seus familiares ou de seu patron, mediante requerimento assinaco & instruido por aquele e se decorridas, no minimo, 12 (doze) meses de sua permanéncia na unicade: lll - a necessidade de se aplicar a sango disciplinar secundaria prevista no art. 62, inciso Il do RPERJ § 2° - A movimentacéo de preso da Penitenciér conforme o dispositive do art. 29 desta Resolucdo. Laércio da Costa Pellegrino - SEAPLP — ocor’eré Art, 14 - © prazo minimo obrigatério de permanéncia na unidade de destino passaré a 24 (vints e quatro) meses se a transferéncia para ela ocorrer em virtude do disposto no art. 13, § 1°, inciso |, alinea a, OU No art. 13, § 1°, inciso Ill : Art. 18 - O cumprimento de pena privativa de liberdade em regime fechado dar-se-4 segundc os critérios estabelecidos no ANEXO |, relatives a lotacdo de presos nas unidades prisionais co sistema penitenciario, respeitadas, sempre, a compatibiidade com 0 sexo € a capacidade da unidade qu2 0 acolher. SEGAO lil DOS CONDENADOS QUE CUMPREM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM REGIME SEMil- ABERTO Art. 16 - Os condenados que cumprem pena privativa de liberdade em regime semi-aberto poderao ser transferidos entre as unidades prisionais do sistema penitenciério. Paraégrafo Unico - A transferéncia, sempre para unidade compativel com o sexo do transferido, respeitard ainda a capacidade de lotagao dessa unidade, e atendera: 1 — Ao interesse da Administragao, nas sequintes circunstancias: a) 2 manutengdo da ordem e da disciplina carcerarias; b) a preservacéo da seguranga pesscal do condenado; c) a preservacao de condigdes pessoais favoraveis individualizagao da execugdo penal, confo:me indicagao do programa elaborado pela Comissdo Técnica de Classificagao; 4) a preservagéo dos lagos afetivos entre ascendentes, descendentes ¢ germanos presos, desde que compativeis a condenazao e 0 regime de cumprimento da pena impostos; 2) 0 exercicio de atividades laborativas, apés a andlise do pedido pela Comisséo Técnica de Classificagdo ¢ 0 seu deferimento pela Coordenacdo de Classificacao; li - 0 pedido do apenado, de seus familiares ou de seu patrono, mediante requerimento assinaco & cinstrufde por aquele e se decotridos, no minimo, 12 (doze) meses de sua permanéncia na unidade; Ill - a determinagao judicial; IV — a necessidade de se aplicar a sangao disciplinar secundaria prevista no art. 62, inciso Ii do RPERJ. Art. 17 - © prazo minimo obrigatério de permanéncia na unidade de destino sera de 24 (vinie e quatro) meses se a transferéncia para ela ocorrer em virtude do disposto no art. 16, parégrafo Unico, inciso | alinea a, ouno art. 16, pardgrafo Unico, inciso IV. Art. 18 - © cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto dar-se-& segundo os ofitérios estabelecides no ANEXO |, relativos & lotacdo de presos nas unidades prisionais do sistema penitenciario, respeitadas, sempre, a compatibilidade com 0 sexo e a capacidade da unidade que o acolher. SEGAO IV DOS CONDENADOS QUE CUMPREM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM REGIME ABERTO Art. 19 - Os condenados que cumprem pena privativa de liberdade em regime aberto poderdo ser movimentados entre as unidades do sistema penitenciairio. Paragrafo Unico - A transferéncia, sempre para unidade compativel com o sexo do transferido, respeitard ainda a capacidade de lotagéo dessa unidade, e atendera: 1 —Ao interesse da Administragdo, nas seguintes circunstancias’ a) @ manutencao da orem e da disciplina carcerarias; b) a preservacdo da seguranga pessoal do condenado; c) a preservagao de condigdes pessoais favoraveis a individualizagao da execucao penal, confo:me ndicacdo do programa elaborado pela Comissao Técnica de Classificagao; d) a preservacéo dos lagos afetivos entre ascendentes, descendentes e germanos presos, desde que compativel o regime de cumprimento da pena que hes foi imposto; ll — 0 pedido do apenado, de seus familiares ou de seu patrono, mediante requerimento assinaco e instrufdo por aquele € se decorridos, no minimo, 12 (doze) meses de sua permanéncia na unidade, lit — a doterminagao judick IV — a necessidade de se aplicar a sancdo disciplinar secundéria prevista no art. 62, inciso |i do RPERJ Art. 20 - 0 prazo minimo obrigatério de permanéncia na unidade de destino seré de 24 (vinte © que.tro) meses se a transferéncia para ela ocorrer em virtude do disposto no art. 19, paragrafo Unico, inciso |. alinea a, ou no art. 19, aaragrafo Unico, inciso IV. Art. 24 - 0 cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto dar-se-a segundo os critévios esiabelecidos no ANEXO |, relativos A lotacdo de presos nas unidades prisionais do sistema penitenciério, respeitadas, sempre, a compatibilidade com o sexo e a capacidade da unidade que o acolher. CAPITULO IV DOS PROCEDIMENTOS Art. 22 - Na transferér cia a pedido do preso, de seus familiares ou de seu patrono, 0 procedimento inicial dar-se-4 na unicade de origem, com o preenchimento do requerimento de transferénoia, que sera datado e assinado por aquele e percorrera os tramites seguintes: 1 — 0 requerimento serd instruido no servigo de classificagéo da respectiva unidade, «ue, obrigatoriamente, deverd anexar a ele a transorigao disciplinar atualizada do interno. § 1° - Enquadrando-se a transferéncia requerida nos critérios desta Resolugao no tocante a unidade desejada, 0 servigo de classificagéo, no prazo de 3 (trés) dias Utels, encaminhard a solicitagée a0 Diretor do Estabelecimento. § 2° - Constatando-se, entretanto, que a transferéncia requerida néo se enquadra nos critérios desta resolucéo quanto unidade pretendida, indicar-se-4 outra, danda-se ciéncia ao interessado, 8, com a sua concordancia, no mesmo prazo, encaminhar-se-a 0 requerimento ao Diretor da unidade. ll = 0 Diretor da unidade, no prazo de 2 (dois) dias uteis, encaminharé o requerimento devidamente instruido & Comissao Técnica de Classificagao para avaliaca iil — a Comissdo Técnica de Classificacéo, no prazo de 03 (trés) dias Uteis, avaliara o pedide de transferéncia, considerando as conseqiiéncias decorrentes do deferimento do pleito no tocante as questées relativas ao trabalho, & educacdo, a disciplina, as regalias e, sobretudo, ao processc de ressocializagao do preso, além de outras julgadas convenientes, tendo em vista o princ constitucional da individualizagao da pena; IV — apds o cumprimento do disposto nos incisos |, §§ 1° e 2°, Il @ Ill deste artigo, o Diretor do estabelecimento encaminharé imediatamente o requerimento @ seus anexos a Divis&o de Informegao Juridica, para que se ependa a eles a Ficha de Término de Pena — FTP -, devendo essa diviséo, no prazo de 07 (sete) dias uteis, encaminhar toda a documentagao & Coordenagao de Classificagao: V — a Coordenagao de Classificagdo, no prazo de 03 (trés) dias Uteis, emitir parecer quanic a0 requerido, consoante o disposto nesta resolugao, analisando toda a documentacao, € encaminnando-a a Sequir, & Divisdo de Flegistro e Movimentacao do Efetive Carcerario para decisao final VI — 0 Diretor da Diviséo de Registro e Movimentacéo do Efetivo Carcerdrio, apés decidir sobie a transferéncia requeride, encaminharé cépia do requerimento, sem os anexos, a unidade de origem para gue o requerente tome ciéncia de sua decisao, devendo o Servigo de Classificagao © Tratamento arquivar 0 documento junto ao prontuario mével do preso; Vil — 0 deferimento do requerimento nao implica a imediata transferéncia do requerente, que es: candicionada & ordem cronoldgica de registro do documento, ao nivel de seu indice de aprovertamento @ 4 disponibilidade de vaga na unidade pretendida; Vill - @ movimentagae do preso decorrente de mudanca de perfil da unidade ou de sua interd gao judicial nao traré prejuizo & contagem do tempo referente ao direito de requerer transferéncia para unidade de seu interesse, devendo, em tais casos, ser somado ao tempo de permanéncia na unidade de destino o tempo apuradio na de origem; IX — os presos classificados nos indices de comportamento neutro ou negativo, em virtude de sar¢gao disciplinar, née poderao requerer transferéncia de unidade. Art. 23 - Nas transferéncias por interesse da Administracdo seréo adotadas as seguintes medidas: a solicitagao de transferéncia por interesse administrativo, devidamente instruida, sera encaminhada pelo Diretor da unidade & Comissao de Classificagao e Tratamento para avaliagao € parecer , quando da eleboragéo do parecer, houver empate na votagdo efetuada pelos membros da Comissdo de Classificagao @ Tratamento prevaleceré a manifestacao exarada pelo Diretor da unidate Ill ~ sendo-o parecer da Comissdo de Classificacao e Tratamento favoravel & transferéncia, 0 Dirstor da unidade devera encaminhar a documentagéo original por meio de correspondéncia intema — Ci - & Coordenagao de Unidades Prisionais da respectiva area para andlise e emisséo de seu préprio parecer; IV — sendo 0 parecer da Coordenagéo de Unidades Prisionais favordvel a transferéncia, deveré ela encaminhar a documentagao original @ Coordenacéo de Acompanhamento de Execucéo Penal para decidir. Paragrafo Unico - Havendo dissensao entre o parecer da Coordenagao de Unidades Prisionais e o da Coordenacao de Acompanhamento de Execugao Penal, a solicitacdo sera submetida & apreciagao da Subsecretaria Adjunta das Unidades Prisionais, cuja decisao prevaleceré. Art. 24 - Quando do pedido de transteréncia motivado pela alegacdo de estar o requerente correndo risco de natureza grave (Solicitagdo de seguro), adotar-se-40 as medidas seguintes: 1 — a solicitagao, contendo a justificativa sobre 0 que foi alegado, instruida, se possivel, com documentos comprobatérios acerca da alegacéo, e atendendo, ainda, as exigénoias insertas no anexo lil desta Resolugao, seré encaminhada pelo Diretor da unidade & Comissao de Classificacao ¢ Tratamento para avaliacdo e parecer; |i - sendo o parecer da Comisséo de Classificago e Tratamento favordvel a transferéncia, a Direcdo da unidade encaminhara a documentacéo original & Divis&o de Registro 6 Movimentagao do Efetivo Carcerério, que decidiré sobre o pleiteado; Il — havendo decisao favoravel de parte da Divisdo de Registro e Movimentacao do Efetivo Carcerario, © solicitante aguardara a transferéncia onde se encontra, até o surgimento de vaga na unidade destinada ao acolhimento de presos com essa espécie de necessidade, sem prejuizo a sua i fisice, que serd resquardada pela Administragao. Art. 25 - A lotagdo de ascendentes, descendentes e germanos dar-se-4 no mesmo estabeleciment penal, ressalvados os casos de incompatibilidade entre o regime que thes foi imposto, a pena que ‘nes foi cominada, 0 seu nivel de periculosidade e 0 seu sexo. § 1° - A lotagao a que se refere este artigo sera desteita; com a transferéncia, para estabelecimentos diversos, de até mesmo todos os parentes, caso sua permanéncia na unidade venha 4 revela’-se nociva a manutencao da ordem e da disciplina carcerarias. § 2° - O desfazimento da lotacéo mencionada no pardgrafo anterior dar-se-4 conforme o disposte no art. 23 € seus incisos e paragrafo Unico. § 3° - 0 prazo minimo obrigatério de permanéncia na unidade de destino serd de 24 (vinte e quatro) meses quando da traneferéncia prevista no § 1° deste artigo, Art, 26 - O preso que solicitar transferéncia e tiver seu requerimento deferido, mas for removido para unidade diversa da por ele escolhida sem qualquer motivo de natureza disciplinar ou relacionado vom sua seguranca pessoal, sera, mediante comunicagéo da atual direg&o, transferido para a unidade de seu interesse, Paragrafo Unico - Nao havendo vaga na unidade pretendida, poderé 0 preso retomar a unidade de origem para aguardé-la, ou, se assim desejar, e com a anuéncia do Diretor, permanecer no estabelecimento atual até a efetivagéo da solicitada transferéncia. Art. 27 - A transferéncia de preso para o desempenho de atividades laborativas em estabelecimento nosccomial dar-se-A por solicitagéo do Diretor da Unidade Hospitalar ao Coordenador de Area, que indicara aqueles que atendam aos seguintes quesitos: i - aié 05 (cinco) anos de pena de reclusao a cumprir; it - estar ativo hé mais de 01 (um) ano no sistema; {il — nao possuir processos pendentes; 1V — haver, no minimo, alcancado 0 indice de aproveltamento born. Art. 28 - A transferéncia em virtude da sangao disciplinar secundaria prescrita no inciso || do art. 62 do RPERJ sera autorizada pela Diviséo de Registro e Movimentagao do Efetivo Carcerario, apés 0 recebimento de parecer da Comiss4o Técnica de Classificagao em que a maioria dos membros tenha opinado favoravelmente & movimentacéo, Paragrafo Unico - A transferéncia em razéo da submisséo do condenado ao Regime Disciplinar Diferenciado — RDD — determinada sempre por deciséo judicial, dar-se-4 para unidade compativel Art. 29 - A movimentagao de preso da Penitencidria Laércio da Costa Pellegrino ~ SEAPLP ~ sera eietivada sempre segundo os critérios da RESOLUGAO SEAP N° 023, de 02 junho de 2003. Art, 30 - A movimentacéo de preso de qualquer unidade para _a Penitencidria Laércio da Costa Pellegrino - SEAPLP -- ser sempre precedida de avaliagéo do Subsecretario Adjunto de Unidades Prisionais. CAPITULO V DAS DISPOSIGOES GERAIS Art. 31 - A Comisséo Especial de Avaliagéo das Transferéncias de Presos ~ CEATP ~ seré compusta pelo Subsecretério Adjunto de Unidades Prisionais, pelo Coordenador de Acompanhamento de Execugao Penal, pelo Coordenador de Classificagao e pelo Coordenador de Seguranca. § 1° - A comissao referida no caput deste artigo sera presidida pelo Subsecretério Adiunto de Unidedes Prisionais. § 2° - Incumbe a essa comissdo a apreciacéo e a deliberacdo no tangente aos casos excepcionais de transferéncia de presos entre as unidades do sistema prisional. Art. 32 - Quando houver prenncio de ameaga a ordem e a disciplina no ambiente carcerdrio, o Diretor do estabelecimento deverd, de imediato, comunicar 0 ocorrido, por escrito, ao Coordenador das Unidades da Area, solicitando, justificadamente, a transferéncia dos presos envoividos no fato. Pardgrafo Unico - Apés conhecer do fate, 0 Coordenador das Unidades da Area remetert a solicitagéo & Comissao Especial de Avaliagao das Transferéncias de Presos — CEATP ~ para anailise € decisao a respeito Art. 33 - Os casos omissos serdo resolvidos pelo Subsecretario Adjunto de Unidades Prisionais. Art. 34 - Esta Resolugao entrara em vigor na data de sua publicagéo, sendo revogadas as disposi¢ses em contrario e, em especial, a Portaria n° 771/DESIPE-DG/00, de 26.04.2000. Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2010 IPURINAN CALIXTO NERY Secretério de Estado de Administragao Penitenciaria, em exercicio ANEXO | CRITERIOS PARA A LOTAGAO DE INTERNOS NAS UNIDADES DESTINADAS 40 CUMPRIMENTO DE PENA EM REGIME FECHADO 1 - Presidio Ary Franco ~ AF: — condenados a qualquer pena ¢ provisérios; “Ik - Piesidio Diomedes Vinhosa Muniz — VM a) condenados a quaiquer pena oriundos das comarcas da regiao norte-noroeste fluminense; ) condenades a qualquer pena com familiares que, comprovadament, residam em ttaperune ou noutros municipios da regido norte-noroeste fluminense; ©) condenados a qualquer pena e custodiados, por interesse da Administragao — 1A IIL - Presidio Evaristo de Moraes ~ EM: ~ condenados a qualquer peria e provisérios: IV - Presidio Hélio Gomes - HG: = condenados @ qualquer pena; V - Presidio Joao Carlos da Silva - JCS ~ condenades a qualquer pena € provisérios; VI - Penitenciéria Lemos Brito ~ LB: ~ condenados a qualquer pena e provisérios; Vit - Penitenciéria Industrial Esmeraidino Bandeira - EB — condenados & pena ¢e reclusdo em regime de até 15 (quinzs) anos; Vil - Penitenciéria Alfredo Tranjan - AT: —condenados a qualquer a qualquer pena IX - Penitenciaria Dr. Serrano Neves - SN: : — condenados a quaiquer pena e, excepcionaimente, provisérios; X--Penitencidria Gabriel Ferreira Castiino - GC ~ condenados a qualquer pena e, excepcionalmente, custodiados; XI - Penitencidria Jonas Lopes de Carvalho — JL: ~condenados a qualquer pena; XIl - Penitenciaria Laércio da Costa Pellegrino ~ LP: = condenados a qualquer pena e provisérios: Xill - Presidio Carlos Tinoco da Fonseca — CF: a) condenados @ qualquer pena oriundos das comarcas da regiao norte-noroesie fluminense: b) condenados a qualquer pena com familiares que, comprovadamente, residam em Campos dos Goytacazes ou noutros municipios da regiao norte-noroeste fluminense; ©) condenados a qualquer pena e custodiados, por Interesse da Administragdo ~ IA; XIV - Penitenciéria Pedrolino Werling de Oliveira~PO (ESPECIAL) ~ condenados a qualquer pena e provisérios Devendo, além da documentagao constantes nos arts 1° ¢ 2° da presente Resolugéo, no atc do ingresso apresentar documentagéo comprobatéria de curso de nivel superior, devidamente publicado ‘em Didrio Oficial ; XV - Penitencidria Vieira Ferreira Neto — FN: a) condenados & pena de recluséo por até 08 (cite) anos, que nao possuam processos pendentes; b) condenados a qualquer pena, maiores de 60 (sessenta) anos de idade, consoante o § 1° do art. 82 da Lei n° 7.210/84 — Lei de Execugdo Penal, cuja redagao foi dada pelo art. 1° da Lei n° 9.460/97; ¢) condenados a qualquer pena portadores de deficiéncia fisica grave que diminua sua capacidade de locornogéo € nao demande intemagao hospitalar, devidamente comprovada por parecer médicc da Coordenagao de Gestdo em Satide Penitenciaria -SEAP; 4d) condenados a qualquer pena, em atendimento ao disposto no art. 15 e seus pardgrafos, da Lei n® 9,807/99, mediante determinacao judicial; XVI - Presidio Nelson Hungria — NH: — condenados a qualquer pena e provisérios; XVII - Penitencidria Talavera Bruce - TB: —condenados a qualquer pena; XVIII - Penitenciéria Milton Dias Moreira — MM: — condenados a qualquer pena; XIX - Penitencidtia Moniz Sodré — MS: - condenados com até 15 (quinze) anos de pena a cumprir. XX - Presidio Feminino (Campos) a) Condenadas a qualquer pena ou provisérios, oriundas das comarcas da regiéo norte — noroeste fluminense. b) Condenadas a qualquer pena e custodiadas, por interesse da administragao. CRITERIOS PARA A LOTACAO DE INTERNOS NAS UNIDADES DESTINADAS AO CUMPRIMENTO DE PENA EM REGIME SEMI-ABERTO I - Instituto Penal Vicente Piragibe - VP - condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto e no possuam autorizacdo de saida para trabalho extra-muros' Hi - instituto Penal Placido S4 Carvalho - PC: = condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto e ndo possiiam autorizacdo de saida para trabalho extra-muros: i - Instituto Penal Candido Mendes — CM: — condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto e possuam autorizeqéo de saida para trabalho axtra-muros; iV - Institute Penal Benjamin de Moraes Filho - BM: ~ condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto ¢ néo possuam autorizagéo de saida para trabalho extra-muros e visita periédica ao lar; V - Instituto Penal Edgerd Costa - EC: — condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, independentements de possuirem beneficios: VI - Instituto Penal Ismael Pereira Sirieiro ~ |S: — condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, independentemente de possuirem beneficios; Vil - Coldnia Agricola de Magé — AM: —condenados do regime semi-aberto que atendam também aos seguintes requisites: a) tenham a regalia da visita periédica a familia j& concedida pela Vara de Execugdes Penais; b) tenham aptidao para o desempenho de atividades agricolas, comprovada mediante sua avaliaczo ¢ entrevista pela Comisséo Técnica de Classificagéo da SEAP/AM, que serao realizadas na unidade onde se encontram; Vill - Penitenciéria Carlos Tinoco da Fonseca - CF: a) condenados ou aciueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, oriundos das comarcas da regido norte-noroeste fluminense; b) condenados ou aguales que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, com familiares cue, comprovadamente, residam em Campos dos Goytacazes ou noutros municipios da regiéo nemte- noroeste fluminense; ©) condenados a qualquer pena ou custodiados, por interesse da acministragao — 1A; IX - Presidio Diomedes Vinhosa Muniz — VM: a) condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, oriundos das comareas da regio norte-noroeste fluminense; b) condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, com familiares «ue, comprovadamente, residam em ltaperuna ou noutros municipios da regiao norte-noroeste fiuminenss o) condenados a qualquer pena ou provisérios, por interesse da administracdo — 1A; X - Fenitencidrial Joaquim Ferreira de Souza — JF. ~ condenadas a qualquer pena ou aquelas que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto XI - Presidio Feminino (Campos); a) Condenadas ou aquelas que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, oriundas da resi norte - noroeste fiuminense. b) Condenadas ou aquelas que estejam cumprindo pena no regime semi-aberto, com familiares que comprovadamente, residam em Campos dos Goytacazes ou noutros municipios da regiéo norte- noroeste fluminense. c) Condenadas a qualquer pena ou provisdrios, com interesse da administracao. CRITERIOS PARA A LOTAGAO DE INTERNOS NAS UNIDADES DESTINADAS AO CUMPRIMENTO DE PENA NO REGIME ABERTO i - Casa do Albergado Crispin Ventino — CAC: — condenados(as) ou aqueles(as) que estejam cumprindo pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progressao da pena para este regime; Il - Presidio Carlos Tinoco da Fonseca — CF: a) condenados ou aqueles que estejam cumprindo qualquer pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progressao da pena para este regime, oriundos das comarcas da regio norte-noroeste fluminense; b) condenados ou aqueles que estejam cumprindo qualquer pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progresséo da pena para este regime, com familiares que, comprovadamente, residam em Campos dos Goytacazes au noutros municipios da regiéo norte-noroeste fiuminense. Ill - Presidio Diomedes Vinhosa Muniz - VM a) condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime aberto ou aqueles que tiveam progressao da pena para este regime, oriundos das comarcas da regio norte noroeste fluminense: b) condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progressdo da pena para este regime, com familiares que, comprovadamente, residam em itaperuna ou noutros municipios cla regido norte-noroeste fiuminense. IV - Casa do Albergado Francisco Spargoli Rocha - FS = condenados ou aqueles que estejam cumprindo pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progressao da pena pava este regime. V - Fresidio Feminino (Campos) a) Condenadas ou aquelas que estejam cumprindo qualquer pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progressdo de. pena para este regime, oriundas das comareas da regiéo norte norocste iuminense b) Condenadas ou aquelas que estejam cumprinde qualquer pena no regime aberto ou aqueles que tiveram progresséo da pena para este regime, com familiares que comprovadamente residam em Campos dos Goytacazes ou noutros municipios da regido norte noroeste fluminense, ANEXO Il - MOTIVO DA MOVIMENTAGAO EXPRESSO EM CODIGO AV - ABERTURA VAGA IA - INTERESSE DA ADMINISTRAGAO Rl - REQUERIMENTO DO INTERNO SE - SEGURO DJ - DETERMINACAO JUDICIAL AL—ATIVIDADE LABORATIVA PR - PROGRESSAO DE REGIME RR - REGRESSAO DE REGIME SD - SANCAO DISCIPLINAR SC - SENTENCA CONDENATORIA PT ~ PROTECAO A TESTEMUNHA PIT — PLANO INDIVIDUALIZADOR DE TRATAMENTO ALH — ATIVIDADE LABORATIVA EM HOSPITAIS RDD - REGIME DISCIF'LINAR DIFERENCIADO ANEXO IIL MEDIDAS PARA A PRESERVAGAO DA SEGURANGA DO INTERNO Ao receber 0 pedido de seguro, o Diretor da Unidade adotaré as sequintes medidas: 1- QUANTO AO INTERNO LI- ouvi-lo a termo 1.2 - isol-lo 2- QUANTO A COMUNICACAO 2.4 - relatério circunstenciado, individual e objetivo a Divisao de Registro e Movimentacao do Efetivo Carcarario — CED, que deverd conter os seguintes elementos: 2.1.1 - identificacdo do interno; 2.1.2 - tempo de permanéncia do intemo na unidade; 2.1.3 - total de pena a cumprir, 2.1.4 - unidades para as quais 0 interno alega nao poder ser transferido; 2.1.5 - trés unidades pera as quais 0 interno prefere ser transferido: 2.4.6 - quantas vezes 0 interno jé pediu seguro; 2.4.7 - em que unidade ja esteve por motivo de seguro; 2.1.8 - motivo do atual pedido de seguro.

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