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CiP.Brasd. Cataogncto-ne Sina Naan Son'Bltats fa Eien, ‘Sani Forenee Waivers, 1087 Trace des Sills de Max Weber clogin 2. Weber, Max, 18641980 — So ota snasrs pu — 901 ‘Spb = $01 Proenor conference (Facade Litt "Cais Homanas de Exrasburss SOCIOLOGIA DE MAX WEBER FORENSE-UNIVERSITARIA Rio de Janeiro caprroLo mir A SOCIOLOGIA COMPREENSIVA 1. A nogio de sociologia compreensiva ‘A dofinigéo que comumente se da da Sociologia ¢ a seguinte: € a cléncia dos fatos socials. As dificuldades comecam @ as divergéncias e contusdes se prodizem quan do se trata de precisar a nogio de fato social, Afora algur ‘mas tentativas para captar seu. conteddo (que 6 de natureza coletiva e implica um imperative exterior), contentamo-nos nna maioria das vezes com o processo enutierativo, e dene ‘minamos fatos socials o conjunto das estruturas a socie ade, ‘das ‘institulgdes, dos costumes, das crencas. colett vas te. Assim compreendida, a Sociologia so tora uma Aisciplina essenclalmente formal. Estudamse profundamets te'o crime, o direito, o costume e eventualmente sua evolu (G0, de acordo com as socledades ¢ atraves das idades da Humanidade, desde as sociedades primitivas até as conte: pordneas. Mais eheia de sutilezas ¢ a posicao de DURKHEIM. Ele divide a Sociologia em duse partes Principals: de mn Jado, a morfologia social, que tem por fim descrever as estrituras com base em’ seu condiclonamento geogrifico, fecaldgico, demogritic, econdmico etc. © de outro lado, 2 fislolosia social, cujo objetivo 6 0 estudo’ do funciona ‘mento. dessas estrufuras, para descobrir as leis de sua fevolucdo. Apesar de tudo, temse 2 impressio de que a seu er Os fatos socials se desenvolvem por si s6s, como se ‘Obedeoessem a uma, dinamica interna, fora da. participacio {80 omem. No maximo evoca ele agul e all uma agio ou o ‘uma relagio reciproca que ele tem bastante culdado de no precisar de mancira diferente ‘A oviginalidade de Went é no ter ele cortado as festruturas’ ¢.institulgbes. socials da atividade multiforme do homem, que é ao mesmo tempo 0 seu obreiro © 0 dono de suas significagses. Mncontramos no centro de sua Sociologia ® nogio de atividade social (s0ziales Handeln), ‘nfo avaliar ou aprociar as estruturas no sentido em que podem ser boas ou més, oportunas ou inoportunss, orem ara compreender o mais objetivamente possivel como ot homens avallam e apreciam, ullizam, cflam © destroem, as diversas relagées sociais. Ele procure, pols, captar con Crelamente o homem que vive no seio da sociedade, Na nega absolutamente 0 valor dos estudos puremente estétl 08 e descritivos dos diversos agrupamentos socials, por fexemplo, as categorias de sociedade e de comunidade elabo- ‘adas por TONNIES, mas acrescenta a elas uma anise esta. tistica “destinada a ‘compreender como. 08 homens. vivers fem média todas essas’estruturas. © vocabulario que ele femprega Ja 6 suficientemente significativo. O que the inte: essa, € domo 0 homem se comporta na comunidade ¢ na Sociedade, como forma essas Telagées eas transforma, ‘Também,’em ver de termos como Geselischa/t e Gemein: schajt, elo emprega Vergesellschaftung (sodtalizagio) ¢ Ver. gemetnschaftung (comunalizacio). Contentar-se como. est ar a evolugao de uma instituicéo unicamente no aspecto exterior, independentemente do" que ela vem a. ser. pela fagio do homem, ¢ fugir a um aspecto ‘capital da vida Social. Etetivamente, o desenvolvimento de uma relagio s0- ial se explica igualmente elas. intengtes que nela pbc © ‘ser humano, os interesses que nela encontra e o sentido Giferente que’ ele Ihe atribul no curso do. tempo. Daf | Importancia que Wei dd & relatividade signficativa (sinnhafte Bezogenheit), que permite compreenter, além fa evolugso objet, 0° sentido a que 0 nomem visa de cada ‘vez, subjetivamente, no curso de seu comportamento, Social, ‘Tomemos 0 exemplo de uma Ie. "Eoguneto dit Wane, se daate © eaborapto de ume wore ‘also menos univoos clang coquetment. gu" des equine do um arapto "co igus, oe 1 Satna parse dor jee © advogudoe pode poner, reaunte ta Tina pore ¢ ual aqodat Normne eriens anbaiadat ‘Sepam ldo sna labora emidaa public por sum ver edu sabes Tasho de ser nen Sn alae cpa “Et Sfortnidades ste Sl hee ‘Talver_mesmo ninguém conheca muitas veres a vali dade de uma lel, a interpretacio que em média se the dé, feo Imperativo gue the ¢ implicto, melhor do que quem ‘tem a intenelo de violtia © objetivo de Wesex aparece dessa forma claramente. Em momento algum rejeita ele a concepedo geral que se tem da sociologia, a saber, que se trata de uma disciplina ‘eujo objetivo @ elaborar ‘relagées gerais © fomnocer. um ‘saber nomol6gico. Ble proprio enveredou por esse caminho fao construir os tipos ideais do agrupamento, da institu’. fo, do dominio, do diveito, da burocracta, ou a0 estabe- Jecer estatisticamente segundo as regras gerals da experién: ‘ia, 0 sentido @ que os homens visam em média ao s© ‘dobrarem a uma Telagio social. Apenas, conforme vimos no capitulo precedente, ele se recusa a limitar a soclologia ‘esse tinico aspecto. Qualquer ciénela pode proceder, se undo as necessidades de sua pesquisa, pelo metodo gene- Fullzante ou pelo método individualizante, Desde quo ocx. ‘me clentifico do problema permaneca sempre aberto © Tio {eche questo em nome de preconceitos © de prescrigdes filoséticas a priors, nfo hi motivo para que a. sociologia espreze por parti pris o singular. A explicagao pelas Icis gerais e a compreensio do individual ‘sto igualmente legi- fimas, © tuma nfo pode prevalocer sobre outra. E mals ainda, ‘sio -duas’ medidas soliddrias e complementares, ‘ambas indispensévels, desde que tentemos dominar, na ‘medida do possivel, @ diversidade infinita do devir © da ealidade social, ,'a0 contrario, um erro vedar & socio: Togia certos melos’ de investigagio capazes ‘de enriquever ‘nosso saber. ‘For conseguinte, quando WEEE emprega a ‘denominagao de sociologia compreensiva, no tem absolute: ‘mente a intengao de privilegiar a commpreensio relativa ‘mente A explioapio, nem tampouco de condenar as outras ‘Orientagbes da soctologia, mas pretende apenas marcar suas {nsulleléneies, por veses deliberedas, e acentuar a estreltera TT Bats our te there de te seems, ig, 50606 9 de certos pontos de vista. Ela é compreensiva no sentido fem (que abre novas perspectivas &soclologia. tredicional, Se‘uma limitagao existe a introduzir, € de ordem intel: ramento diferente. Certa tendencla imperialiste gostaria de fanexar & sociologia diseiplinas como a geografia (humana), 4 demografia, & etnologia ea etnografia e, de. modo eral, 0 estudo das civilizaedes. Semelhante \pretensio 6 Insustentével, pols essas discipiinas constituem clencias fautonomas, cada uma com objetivo proprio de pesquisa, E tio ridicula quanto a eventual tentativa de fazer da. economia um ramo da biologia. vegetal ou da goologia, porque ela se interessa pelos recursos vegetais © minerals eum pais, ou inversamente, de subordinar pelas mesmas razdes & biologia ea geologia & economia, tsso nfo quer Gizer que a soctologia “deve guardar distincia om relacto lis pesquisas de ordem demografica, geogratica ou etno- ggiea. Ao contrério! Ela leva em conta o numero dos naseimentos e dos dbitos ow as caracteristleas racials, da ‘mesma maneira que os fendmenos de hereditariedade, fas observagoes ‘pslcanaliticas, os resultados da climatolo: ila ot da elénela furidica, Todos eases elementos ela consi- era como problemas a resolver por outras cléncias e no apenas pelos meios do método sociolégico. Ve neles, pois, pros dados, isto 6, condiobes o circunstincias do desenro: Jar da atividade social, desde que entrem na explicacao do comportamento.significativo dos homens uns em relacio fos outros. Acontece o mesmo com os objetos artificial, ‘Uma maquina qualquer nfo tera interesse em si mesma para. a sociologia, mas unicamente pelas eventuals modificacdes Signifieativas que ela introduzir nos agrupementos humanos. Suponhamos que tum sabio desetibra que certo indlee freno- Iogieo determina ma aptidao malor 20 exercicio da auto- ridade, Em si mesma esta descoberta nfo teria nada de ociolsgieo, mas unieamente na medida” em que. esses homens especials poderiam influenciar as relagies. socials © transformar as relagées signficativas entre o inferior © 0 superior. TRespettando a autonomla de cada cléncia, cada qual explorando um selor determinado da realidade’ em virtude {de um ponto de vista especifico, Weske insiste na interacso {nevitavel entre todas a8 dlseiplinas. Nao é difiel! de com- ppreender Iss0, A sociedade nao é um essencial em si mesma, ‘mas se constitul de toda espécie de redes de relagées, de {ntercimbios e de confiitos provenientes das diversas orien ‘tagoes da atividede humana’ a politics, a economia, a rell 0 filo, 0 direito, a arte, ete. Neste sentiav, podemos falar Ge tuma ‘oclologia politica, economic ov Teligiosa. Nao ‘que a soclologia tendesse a suplantar ou ‘ltrapassar a cién ‘Ga polities ott a economia — cada uma destas aisciplinas fem ‘uma Tuneio ¢ problemas proprios — unas ‘se constitu ‘em soctologia politiea ou econémica na medida em que so ‘propte a compreender, do ponto de vista especificamente Soctologico, em que sentido e em que medida a politica a economia exercem uma ago significativa sobre a ativi. Gade social dos homens no seio de agrupamentos determi nnados e orientam se comportamento tocendo novas Te agdes ou transformando af antiga, Em outros. termos, 2 sociologia politien e econdmica nao formam disciplinas futOnomas, mas correspondem somente & divisio do trabae Tho soctoldgico segundo dirija este sua atencéo a aspectos fiferentes ca Tealldade social. A sociologia tem, pois, uma lunidade pelo fato de examinar por sua ver, de um ‘ponto Se vista expecifico, 2 diversidade infinita do real. Dat a defi- ‘lego. soguint chamames snlagia (e 6 nosto sentido gue tomamos termo de gufisagia to male vera) amma iota ce elie citi narra (cd etchant Petia Sean avd Duns nogies exigem aqui um comentério especial, a de “compreender” a de “atividade social” 2. A compreensdo As criticas a Wane acentuaram repetidas vores os equi- ‘voods de sia concepelio da compreensio. Sabese que ele hnio fol o inventor desse método (que fol elaborado pela ‘primeira ‘ver pelo historlador D#O¥SEN por volta. de. 1850) Ziti disso, encontramse na teoria. de WEDEE contribulcbes de origens’ diversas (DUTHEY, RICKERT, Sinitel, GovTie Orrin, Liers, Jasrexs, tc.), Nao entraremos aqui hos detalles que interessam & hist6ria da fllosoti, © mais fspeclalmente "A da nocdo de compreensio, e contentar hosemos em expor a maneira pela qual Wesix a concebeu. Ela se vincula 20 mesmo tempo a sua teoris da interpre: —F Wirtehase wad Geechee. 1 taco (por vezes ele chega ao ponto de confundir om certos textos esses. dois conceltos) ea da eausalidade. isso sign fee que @ seu ver 0 metodo te naturalstico mo poderia baster para Ros tornar inteligivel o comportamento hhumano, pelo fato de no conhecer sento as relagbes Dura mente exteriores e ainda porque a interpretagio ‘por com: reensio, para ser villda, deve veneer os equivosos da pura Subjetividade e dobrarse sos metodos ordindrios da inves tigucdo cientifica. Em suma, Wesex reconhoce a legitimidade {do método compreensivo, elaborado pelos que vieram antes Adele e por seus contemporaneos: ¢ ele tums condigao essen cial da’ inteligibiidade dos objetos em dovir. Todavi, em, ‘ver de se prender as questoes puramente filosoticas’ que © metodo evanta, ele dirige sua atengao A validede clenti flea do. processo. Existem, com feito, diversas manciras de. compreender qlle podem favorecer’ ora a. inteligencia esidtica, ora a experiéncia direta, mas no sio todas compa tiveis com o rigor clentifico. A questio weberiana @ Dols fa seguinte: em que medida a compresnsio ¢ um procesto ‘apaa de elaborar em sociologia verdades vilides para todos, os que querem a verdade? ferentemente “da explicagio puramente naturalist, © objetivo peculiar & compreensto ¢ sempre eaptar o sentido dde uma atividade ou de uma relacio. Embora Wenet et pregue a nocdo de "figura significativa” (Sinngebilde), no Se detém ele nos problemas filosofioos que ela levanta,’este, por exemplo: pertence ela a uma esfera autnoma, distinta das do fisico e do psiquico? Baste the constatar que a ati ‘dade humana se orienta segundo um sentido que se trata de compreender para tornila inteligivel, No entanto, cle indaga a si mesmo as diversas maneirae de entender & no¢ao, de sentido, Certas disciptinas de carater dogmatico, como 4 l6gica, a metafisica ou a jurisprudéncia, se empenham fem definir o sentido “exato”, "verdadeiro” ou “correto” de luma relagio, “Assim, a dogmdtien juridiea ‘se atribul por exemplo, a tarefa de definir 0. sentido preciso ‘ou exato ‘de um pardgrafo do Codigo Civil; ¢ logics, a de elaborar as condigdes das proposigoes corretes e nfo. contreditarias, (utras disciplinas, as chamadas empitieas, como a historia ‘i a sociologia, se ocupem do sentido visado sulbjtivamente pelos homens ou por um grupo de homens no curso de uma Atividade teal e' concreta. Flas procuram compreender © sentido “(quer seja.logicamente ‘exato quer no) pelo ‘qual eles orientaram praticamente sua alividade, Toda pe Gqulsa relacioneda ‘com a teoria miisieel dos pitagdrioos € obrigada a aceitar antecipadamente 0 cdlculo “falso", a0 que sabemos, ‘segundo o qual 12 quintas — 7 oltavas, dds mesma forma que um estudo das praticas dos agrimen Sores romanas e dos banquelros florent Ger, sem tentar corrigtlos, os erros que eles puderam come ter relativamente ao que sabemos da aritmética e da trigo hometria, Desde 0 momento que se trata de regras que tiveram uma validade convencional e que orientavam subje tivamente o atividade humana, um estudo empirico deve compreendéas, da mesma maneira que n6s_compreende ‘mos aquele que utiliza corzetaments a proposieao 2 x 2— 4, fu o teorema de PiTAconAs, ou entio 0 que se fundamenta ‘has "Ilgbes da experincia” para escolher 0s meios roais apro priados ao fm desejado, Sendo uma diseiplina empirica, a soctologia no conlece coutra compreensao além da do sentido visado subjetiva Iente por agentes, no curso de Uma atividade concrete Mas, como caplar esse sentido? Wenex introduz aqui nova, distinglo entre © que ele chama a compreensio atual ou Imediata ea compreensio ezpliealiva. Compreendemos dda. primeira manelra 0 sentido de uma multiplicagio que ffettamos ou de Uma pagina que lemos, ou ainda o da fdlera, que se manifesta por uma mimica que ihe é peculiar ‘03, enim, 0. comportamento de um lenhador ocupado em fabater uma devore, out 0 de um cagador que aponta 8 sua spingarda, A segunda forma é indireta, porque faz inter ‘rem. os motivos dos atos na. caplacio do sentido. Com preendo, desta maneira, o sentido que ume pessoa dé'a uma Dperaglo de ‘oaleulo quando a vejo mergulhada em um problema ‘de contabilidade, ou 0 do comportamento do enhador que trabatha para ganhar sus vida, ou 0 do ca (gador que se entrega u esse esporte por motivos de satde. Gada tima estas “duas espécies de compreensio pode ser Yacional ow irracional, Sio Taclonals a compreensao atual ‘do sentido de uma operagio aritmética que efetua 0 com portamento do lenfiador que sbate uma érvore, bam como & Sompreensio pelos motivos quando vejo uma pessoa ocupa- fa em um trabalho a fim de ganhar sua vida. Si0 lrraclo- ‘pais a compreensio atual da edlera ou a compreensio pelos motives quando uma pessoa se serve de uma espingarda ‘para se vingar ou entra em cdlera por clime. Eniretanto, ‘Qualsquer que sejam essas diversas formas da compreensio, ‘caracterisatnse todas por uma evidéncla que se nos impos fora de qualguer investigagdo clentifiea. Compreender, 7 podese dizer, é captar a evldéncia ao sentido de uma ‘atioldade. ‘A evidéncia comporta, todavia, graus varidvels, de acor @o com os casos, O grat mais clevado consiste na com: Dreensio intelectual de uma atividade racional, como @ de luma operagio matemitiea que se efetua, Compreendemos, ‘om uma evidéneia simpiesmente sulciente, as experiencias falhcias que estamos em condigses de reviver, como POF fexemplo, erros que nds tambem somos levados comet ‘A evidéncla desta compreensio, ‘pela reviveseéncia. funda: ‘mentada na, imaginagio intropdtiea, diminul a proporoio que @ atividade alheia se fasta de Tnossas proprias ave. Iag6es. "No méximo, aceitamoias como simples fates, na mesma qualidade de-umareagio “de ordem psleotisiea fou de um fator de’ hereditariedade, quando a atividade alheia consiste na proeza caritativa de um virtuose do amor Aacésmico ow no. fanatismo racionalista “de mm partidsnio os direitos do homem. No entanto, somos tho capazes de reviver por intropatia e de compreender reacbes irracionals ‘como o med, o chime, a vinganca, quanto somos acessivels fesse género de sentimentos. A evldencln da compreensio odo. ser, pportanto, pertiroada quer pela intervencio. de elementos exteriores "incompreensivels, como 0” acitental, {quer pelo espanto psicolégiea qtiando vemos duss ‘pessoas reagir'de mancira diferente a uma mesma situagio. © mes ‘mo acontece com a compreensio dos motives, quando a8 Tazbes confessadas ‘nfo passam de pretexios que exprimem lum equivoco que esta ho intime da alma de outvem, ou, landa quando tndividuos sto dominados por desejos contra: fitorios, Nestes casos, a comoreensao 9 pode conflar nas ‘conclusées estabelecidas pelas clencias que £e oeupaim desses problemas, como a biologia, a psicologia, a psicandlise, ete. ‘Em suina, a sociologia compreensiva considera esses fend. ‘menos incompreensivels como simples dados, @ os leva em Conta da mesme maneira que os fenomenos fsieos ou clima- tol6zicos, ou ainda, a alimentacéo e o envelhecimento, Embora certoy textos. possam prestar-se a. debate, nio parece que Wane tenha coneebido em principio A ‘con®. Dreensio como processo puramente psicoldgico, Em part ular, ele reprova “SIMMEL por téla_deserito. como tim processo simplesmente.psiquico, quando ela 6 um método {ogico ortentado no sentido da captaeao do sentido de uma alividade ou de um comportamento. Mesmo que nao com preendamos. com uma ‘evidéncia raclonal a contemplagi Dudista ou a mistiea de monges eristios, no @ menos ver” ‘dadelro que na impossibilidade do reviver essas experitncias ‘las comportam uma relalividade signifiestiva no mundo, € importante tentar’compreendé-las eventualmente gracas ‘aos trabalhos dos que se ocuparam dessas questées. ¥ por aso que Wener adverte os que se delxam tontar a interpre- tar o sentido subjetivamente visado como formando 0 "as- ‘pecto “interior” do comportamento. ‘Tratase at de uma maneira de falar por assim dizer tnfeliz, pois a sociologia. ‘Compreensiva nao ‘bjetiva absolutamente fazer a decompo- ‘soho das manifestagbes e dos elementos psiquicos ou fisicos ‘que acompanham, ou mestho produzem a relacio significa: ‘iva de uma conduta com objetos. Além disso, desde que ‘a.compreensio mals plena é aquela que capta com uma ‘evidéncia racional ou intelectual 6 sentido de uma operacio ‘atemética, por exemplo, no se poderia alinhar” WESER ‘entre os péicologistas. Os equivocos que encontramos em sua teoria tim por origem a importancia que ele atribut A revivescéncia (Wacherleven) e & intropatia. (Binfihiung), que sio conceitos utillzados de preferéncia por metoddiogos de. tendéncla.psicologista. Isso nos obriga a. precisar 0 ‘Papel da compreensio na economia geral do método socio. 1igico de Wenen ‘Uma coisa 6 certa: a captacio do sentido, subjetivar ‘mente’ visado no curso ‘de uma atividede, ‘se faz mals, faciimente com base na compreensio © especialmente na revivescéncia por intropatia, Nao obstante, WeBex s6 atribul 2 este aspecto da compreensio uma evidéncia “suficiente” e, ‘Por outro lado, declaraexpressamente: ened, Rutbidade, de revive stcvanent, 0. comportaent nko‘ ina conic ainluta de ale aera Bute Nio 6, por exemplo, necessério ser César para com- proender César. Por outras palavras, 2 compreenstio nunca E seni um método alsillar Ul; no &, porem, indispen. Sivel. Facilita 0 trabalho do socidlogo, ajudao a apreender roblemas de que ele jamais: suspeltaria sem ela, talvez: ‘mas pio é a ultima palavra da metodologia. O verdadero Problema de Wess ¢ outro ¢ se situa em dois niveis dife- Tentes; 1, estabelecer, com base na compreensio, tim tino {deal racional e evidente da alividade social, que seja compa: TS Wirechpe and Gevehatt, phe. & 6 ‘vel com @ intorpretagio racional de que falamos anterior- mente, € que facllite 0 trabalho cientific, «2°, dar a0 ‘método ‘compreensivo a maior validade objetiva ‘possivel ‘Abordaremos primeiro 0 ‘timo destes problemas e vere. ‘mos o outro no momento de analisar a noglo de atividade social ‘So raclonalmente evidentes, na esfera da_atividade, todas as relagdes signiticativas que se deixam compreendet de maneira claramente intelectual. Entretanto, esta evidén- tia raclonal. s6.¢ clentificamente valida se ‘sta exa{ldao [ude ser controladn pela vias comuns’ do trabalho cin ui uma intrpretagdo um grau,particlar ‘inn nia" prov nada quam ‘cun val Se for necessérlo veriticar uma proposicio matemética cevidente ‘pela demonstragio, esta exigéncla se impOe com ‘multo mals rasdo a evidencia que se obtem por intropatia, pols 0" vivido, quer saja experiencia vivida. pessoal, quer Fevivesoénola da experiencia alfela, nfo tem como tal a vall- Gade de uma abservacdo clentifiea. Reencontramos aqul as DSbjendes que Wires fala & medida puramente intultiva que renuncia a precisso de uma coneeituagio rigorosa. Alem, isso, a0 mesmo tempo que ele alega em favor da pesquisa, motives contra os partidarios do nuturalismo, afirma com fgual veeménela que s6 a omusalidade garante & pesquisa compreensiva @ dignidade de tima proposigio clentifica ‘A seu ver @ compreensio nio passa de melo awallar que toma mais fdell¢ descoberta do sentido, porém ela espera Ser confirmada pela Imputagdo causal ou. pela observaclo fstatisticn, 2 apenas sod essa condigao que a soclologia compreensiva pode estabelecer rogras.gerais. Neste ponto posieo de Wenea nunca variou, Nao. se poderia, pois, fem ipotese alguma, aseocinr sa teoria & de DILTHEY, que ‘opbe explicer e campreender como dois métodos autOnomos. ‘Para Weak, toda Telaggo inteligivel pela compreensio deve fo mesmo tempo se delxar explicar causalmente. N&O hs, pois, motivo de espanto no fato de ullizar ele’ repetidas ‘Yeres a expressio “explicagio compreensiva” ou "compreen Sivel” (oersfenende Erkarung). 7 ins eer le toric de a wie, no. 9 2 HSS SS MSO oo ES AE an ence oats %6 |A combinagio entre a expllcagio e 2 compreensio dé ‘por sua vex tim sentido & imputagio causal: tornase causa Tidede signiticativa (sinnhafte Kousattat), o que vale dizer fque as relagdee eausals (Kausaleusammenhange) se tornam or iseo mesmo relacoes significativas.(Sinnzusammenhin- be). Aivestd um dos elementos mais originals da teoria da Gxusaildade de Wane. No mélodo puramente naturalistico, frrelagio de causa ¢ efeito fica humanamente indiferente, ‘to comtnisio do. método histérico, Se se limita a explics: Gio de uma afividade ou de um comportamento social Spenas as ‘relagGes caustis, 0 socidlogo ai nio encontra (O° que fazer, justamente porque uma atividade humana fos 6 ininteligivel enquanto nio compreendermos sua relat Yidade significativa aos objetos, aos molos e uo fim. Mesmo 4 soctologia funcional no 6 suflciente sob esse ponto de ‘sta, preciso algo mais, que consiste na explieagéo com- Dreensiva; nosso conhecimento s0 se satistaz quando explica Gausalmente uma atividade e ao mesmo tempo apreende fo sentido visado subjetivamente. Entretanto, Wenex no Goncebe absolutamente 0 vinculo contre a causalidade © compreensio & manelra dos fldsofos da Histdria, que pro- menos profético, porém fundamentandose na relagio com ‘os valores, que definimos anteriormente. B preciso entender ‘com isso que a compreensto e a causalidade sio limitadas ft um setor determinado da realidade infinite, precisamente faquele que é objeto da pesquisa positiva. Evidentemente, fa compreensi nfo poderia jamais tomar, neste caso, o valot Ge uma verdade spoditica, pols, observa Wesk, o ganho Suplementar obtido’ pela inierpretaedo compreensiva em re- Iagdo A simples observagio causal 6 adquirido a grande ‘custo, pols € pago ao prego do carater hipotetico e fragmen- {ario ‘dos resultados, Apesar de tudo, um beneticio existe: ‘ferentemente das pretensbes dos fildsofos da Histéria, 0s resultados da soclologia compreensiva so controldvels fdquirem por isso mesmo relativa validade objetiva, 8. A atividade social © seus diversos tipos © segundo problema menclonado diz respeito & poss bitidade de captar com a malor evidéncia possivel o sentido Ge uma atividade Social. Que vem a ser a atividade (Han- dein) em geral e a atividade social em particular? ” “Batons, dit Wane, por ‘are arenay, em comoqncia, te Esclarece, além disso, que a atividade social pode-se forientar de acordo com tum comportamento pasado, pre- Sento ou previsivel de outrem (uma vinganga era reparar luma agressuo passads, a defosa contra uma agreseio presen te ou-a organizagio de medidas de defesa para prevenir ‘uma agressdo eventual). Por outrem, € preciso entender Uma fou varias pessoas Isoladas, ow entso uma multidao indeter. ‘minada. Assim, 0 uso da moeda 6 uma atividade social, do Yer que 0 fndividuo orienta seu comportamento de acdrdo. coma esperanca de que uma massa indetermindvel e des onhecida utilizard significativamente, no coméreio, as pecas. ‘de metal ou as cédulas banedrias, Dai resulta que uma ati ‘dade que se orienta exclisivamente segundo a perspectives ‘que ofsrecem os objetos materials nfo poderia ser chamada, Social, da mesma forma que o comportamento Teligioso de lum ‘scr que ore na solidao. Eafim, qualquer contato entre ‘05 homens nio implica, como tal, em uma relacdo social. ‘A colisio involuntdria entre dois cicistas nada tem de uma elagho social, no entanto, esta aparece quando os dols ten tam evitar um ao outro Ou, apds © choque, quando come ‘gam as invectivas de parte parte ou se infein uma troca ‘Ge palavras pare um entendimento amigavel. Apressupo- ‘sigao fundamental de uma atividade social ¢, pois, & relativ- dade significativa a0 comportamento de outzem. ‘altando essa relatividade, uma atividade uniforme de ‘vérias pessous isoladas no poderia ser tida como social ‘por exemplo, o fato de abrirem os transeuntes de uma Pi 0s seus guardachuvas, ao mesmo tempo, para se protege: em de um aguacelro que comeca a calr. Mesmo a imitagao © 4 tradi¢io nto comportam necessariamente uma atividade Social quando sio simples repetiqao de tum gesto para si ‘mesmo, sem orientacdo segundo o comportamento de um ‘teroeirs, Evidentemente, na realidade, as transicdes entre 4 imitagio, que 6 simples reagio de gesto, e a que comporta ‘uma relatividade signifieativa so multas vezes ‘vagas} em ‘istingdo 80 se pode fazer encarando-se cada caso TH Wreohept wad Gortuchaft, pis. 1. ” particular. Podese dizer © mesmo de certos comportamen {os isolados, mas influenciados pela massa. Sem entrar noe sda caststiea estabelecida por WEBER, observemos 2 soclologia compreensiva a distincio entre uma dade qua se traduz por simples comportemento simul fu “sucessivo de wrias pessoas eo que st orienta signficativamente segundo “um tereeizo 6 absolutansente mental. Emibora esta ultima serie de comportamentos se apenas & sociolopia compreensiva, por ser a forma primniria de atividedes mais complesas, como a8 do 9g7UDe. fento, da instinuigho, do convénio e da associag’o, & Dr frie série pode, entretanto, constitair o objeto de uma Sociologia puramente caus, Esta observagio confirma, ima vez mais, a ideia de WSSER sobre a sociologia compreen sivas seu proposito nfo ¢ subsrituir a soclologia existent hem ultrepasséla, mas sim completsis e aprofindar aspec tos at entio delvados & margem. Psclavecamos, enfin, que, se a relatividade significativa € essencial, nio & necessaria Que 6. agente tenha Hida ‘consciéncia do sentido de se Comportamento quando ele se orienta segundo o de outrem. Em muitos casos, cabe 20 especialista da sociologia cam preensiva descobrir esta relatividade inconsciente, quando Brocira tomer inteligivel um ‘comportamenta. social. Dal lima dificuldade que deve ser precisamente resolvida pela {vestigagio clentiiea ondinaria’ o sentido que o socislogo acredita dever dar a uma atividade ¢, porventura, verda: Geiramente aquele a que os agentes ‘visam consciente ou ‘Como toda compreensio tende pare a evidéncia, o pro- bblema definir a atividade social ‘mais evldente.rhclonat mente. Para isso WESER distingue a atividade racional por Hinalidade (zweckrational), atividade ‘racional por valor (Wwer-rationel), a atividade’afetiva (affektuell) ve atividade tradicional (traditional). ‘De acordo com a exposicio que fez destas quatro especies de comportamento, comecaremos a explicacao pelo que é menos evident: o comportamento tradicional. situa-se no timite da explicagio pela sociologia puramente’ causal e "pela sociologia. compreensiva, pore onsiste muitas vezes' em uma conduta maquina, por obe- Glenciainconseiente ao ‘costume e porque comporta. POF {sso elementos nio-compreensivels. Por outro Indo, siftse, As veres, no limite do comportamento racional por valor, ‘quando 6 agente considera a tradigdo como um valor que merece ser Tespeitado. 1 claro que se encontra muito Tara mente, na realldade, uma conduta estritamente tradicional 6 Isco nilo ¢ indispensivel, 34 que para Wenxk este comporta jento um tipo ideal que serve para determina se una ‘vidade concreta se aproxima (até que ponte) do ipo Duro da atividade tradicional, ou se ele se afasta para Seaproximar ora de uma sividads cimulténea apotada na expe Dreensiveis do ordem instintiva, sencorial, emocional ou pas ional, ou ainda uma sublimagdo a ser explicada pela psico: Jogia ou pela psicandlise. age de mancira afetiva aquele que procura Satistazer uma vinganca, aproveitar um go20.pre- Sente, dedicarse ou entregarse a pura fellidade conter- lativa. ‘Tratase, pois, igualmente, de um comportement fue se situa no limite’ do que se baseia na pra psicologia 62, 20 contrario, em uma orlentagio no sentido ‘da racio- nalidade por valor, no sentido da racionalidade. por final ade, ou nos dois io mesmo tempo, de sorte que, na quall ‘dade’ de tipo ideal, ele serve para determiner ate que Ponto luma atividede conereta se aproxima de tim pro comporta: ‘mento psicoldgico ou um comportamento orientado No sen. tido de tima racionalidade sigiticativa, A atividade racional por valor se caracteriza pelo {ato de se inspirar, no curso de seu desenvolvimento, apenas na convictio do agente, sem se preocupar com as’ conseqlien. las previsivels, O individuo se poe a servico exclusive do lum valor, ou de tima causa de ordem religiose, pollticn ete, com o sentimento de que o dever se Ihe impoe incondicional f pessoalmente. Tal aividade ¢ racional, porque se recusa a {ar eréaito unicamente a0 sucesso e h adaptacio fs normas fem vigor, e tenta revestirse de uma coeréncia Interna que Se tradus em atos conformes 8 conviegio, Nao obstante, ela @ trracional sab outzos Pontos de vista, de ver que tem Dor fhm um valor exclusiva, sem qualquer confronto com” os Dutros fins possivels e sem reflexio critica sobre a oport hidade dos meios e sabre a tronia das conseqtléncias previ- sivels. O-quo conta @ apenas a harmonia da conduta com fs exigéncias do fim desejado. Tal atividade se torna tanto ‘mais Irracional quanto faz do’ fim um valor mais absoluto. Vale dizer que ela ¢ incapaz de tomar constiéneia do que ‘hd de irracional em sua conduta; isso serd fungao da ative dade racional por finalidade, Vése, sem outro comentario, {que no plano da ética, a alividade racional por valor corres pponde o.que WesEe chama em Polltit als Beru) @ moral de convlegso, que ele opse i moral da responsabilidade, 0 ‘gujo_fundamento socioldgico 6 a atividade racional ‘Snalidade,| be sta ultima possui uma prioridade em relacio & socio logia compreensiva, pois comporta mais evidencia racional Sua caracteristica é ser uma conduta. que, uma ver fxado © fim, segundo reflexio amadurecida, escolhe 0s meios Tals ‘apropriados Ievando em ‘conta corsequénclas. previsivels, ‘apazes de acompanhar 0 desenrolar da agao. Suh evigencia yyem do fato dese fundamentar ela ‘nas regras_gerals da ‘experiéncia, no para a estas se submeter cegamente ou ara elas fazer’ um eritério intangivel, mas sim para ordenar, © mtis racionalmente possivel, a previsio, Ndo 6 tampouco luma_ simples adaptacto a. situaedo dada, pols, segundo © caso, ela pode tentar 0 impossiel para realizar 0 possivel, Seja_como'for, leva em conta. 0 vantagonismo dos. fins, 4a variedade e @ concorréncia dos melos, bem como as con Seqléncias que poderiam eventuelmente contradizer a inten (qo do. agente ‘ou fazer enviar 4 ago. para um. Tesul {ado mio desejado, Esta definigho ¢ puramente de tipo ideal ‘© que no a impede de comportar certas variedades, E, po ‘exemplo, possivel que sob a pressio das necessidades, o fim Se imponha em nome de tma urgencia. que nao admite Aiscussio; neste caso a alividade pode 86 Ser racional DOF {inalidade no piano dos melos. Pode scontecer tambem Gue © fim se imponna ao agente com a exigéncia imperativa da facionalidade por valor, embora ndo.sendo imediatamente Fealladvel porque supbe'um trabalho de folegor neste Caco, 4 racionalldade por finalidade pode consistir em uma hie: arquia dos melos_com ‘base em um plano progressio. ‘A atividade racional por finalidade ¢, pots, um'caso limite tedrico, que do exci, em certos’ nivels, relagoes com 2 Tacionalidade por vaio "E, pols, como tipo ideal da atividade social mais evi dente’ racionalmente, que o. comportamento racional_ por {inalidade desempenta 6 papel mais importante, que o agen te construa de maneira’ de tipo ideal a relacko de meio ¢-fim e 0 curso provavel dos acontectmentos segundo o se tigo'a que ele vise subjetivamente, quer 0 sabio labore {al construgio a fim de precisar 0 sentido visado realmente pelo agente ou pelos agentes, para medir a aistancia entre Seu comportamento teal e conereto e suas intengdes inciais Com efeto, um ser histérico no tomuria a decisio de agit Ser Agra, WORE Le serene Je politique, Pai, Plon 3060, a se sua ago nko devesse abrir novas possibilidedes; par into, ter tum sentido, Para isso, sendo racional sua ago fle pesa 08 melos e as conseqléncias previsivets, examina ‘a5 condicdes independentes desi, que podem afetar seu plano, em-stma, constrol em pensamento 0 tipo ideal da edo futura sob’ forma de projeto. A unica diferenca em Telagio 0 historiador e © socidlogo consiste em que estes Ultumos tem a vantagem de julgar uma agdo concluida, de Sorte que, construinde o tipo Ideal da atividade racional por finaliade, eles podem avaliar, no limite de seus conhe Siento se ete dos agency Sobre os miles ¢ as onseqléncias provisivels estava correta, se pudessem efett ‘amente esperar uma realizagio de sea projeto, portanto Se 0 curso. real das olsas correspondia efetivamente ou io. ad sentido @ que eles visavam subjetivamente. Assim, 6 tipo ideal da aga raclonal fornece ao socidlogo a opor funidade de apreciar 0 aleance da intervencio dos elemen- tos. frracionais, de_ordem acidental, afetiva ou outra, de medit a importénela das perturbagGes © calcular 0 afasta mento e 0 desvio do desenrolar real da atividade em re lacao so sentido visado subjetivamente. A titulo de ius tragio, tomemos dois exemplos de WkSER Quando nos propomos a examinar um panico na Bolsa, & bom construir © tipo ideal da. atividade olsista regula, para. sabermos ‘como atividade se teria desenrolado.sem’a intervencio {dos elementos. Irracionals ou imprevisivels, e medi com {sso s importancia das perturbacées, Hm outras palavras, ‘0 tipo ideal elabora um cusso deal fundamentando-se na categoria de ‘possibilidade objetiva, com vistas a efetuar fs imputacio causal mals correta possivel. Assim também Acontece quando -estudamos uma batalba, ow qualquer futra operacio militar ow politica, Constrotse em penss ‘mento, de Maneita puramente racional, um tpo ideal da ‘batalha, para se saber domo 0 acontecimiento se teria desen Polado’se os atores, ou seja, os dois comandantes-chefes Aversirios tivessem tido.cosihecimento completo das cir cunstinclas e da sifuagio respectiva em seu proprio campo fe no do inimigo, se tivessem tido em mao todas as infor smagbes de que dispbe 0 historiador. Esta construgéo utopica permite determinar, por comparagao com 0 curso real, quais, fos erros cometidos, qual a Infuencia dos elementos detden tals e das decisoes irrefletidas. Este exemplo mostra, pois, também, como a constrigio objetivamente possivel permite facet a imputagao eausal, compreender a imporiancia da faita de informagoes, ow das Informacses falses, apreciar e 0 valor de um chete , por conseguinte,« participasio de Sei temperamento nas’ Gecisber que tomnou, ato por ane Compreendese agora por que WeneR sempre negou ter snvonind sm insramento metOdooqie novo. a0" proper 2 'pocao ‘tipo ideal, uma ver quo into fer mals. Go: ue Siabotar ieicamente tina price espontanes do historiador do sociiogo, que se reterem. constantemente, no” Curso de Saas expliaches, um quadro Heal da atvidae para Compreender uma "gio. Jovwoary sdmiravese Ge, facet rosa sem 0 saber. Bm sume, 0 pe ideal € tm ‘once 4s grandes recurs, uma ver qu ali 0 vigor na pesdlsa 80 ‘gor clentiico, © imposive consruir umn po eal da ‘Soclagio. em geal” (ooiooginsintemation) para descre tein como ividade societéra com umn finldade. ser for, membros, um -quadeo itelor um estat, na Ga yet. (coma Wane fer no panagrato 8" de seu sai Sur Guelquts, categories dein socolopte comprehensive) On eftto'o deta sxociacto conereta (sociologists Fea) para eonivontar com shu sentido sade teorcarente o'dtsenveinimento prio © empirco, Para toma outros Sxempios, que, Wraen nio cite, podose elaborar tn po ‘eat "dn ‘guera em geral (90 dentido em que, CLAUsEWiRY Ofer soba cenominacio an guerra absolits) edo. ue fucera partcalar qualquer. Que vem a ser 0 Contato Soca! GeRovearac, senio macSonangap topice do governo ‘ireto do" povo pelo ovo? Ninguem probe a0 aibi0 que onoeba um tipo de eto para Melhor apreener 0. afastr onto em relagio a0 tipo de exatiaao. Eom numa, no existe tipo deat nico ca atfiande rational. por falda © © Siciogo pode elaborar tants” guantos” torent noctssios Fara. comprocnder @ reiatvidade significative do qualquer Bividade paricune quo comport @Telag do ineise fn, fom wstae = melhor captar is, contradgdes, nds Ingdes, an perturbagies, as subimagbes, as: tensdes eos Yalores “que se achavein em jogo, por weses smn ae bs agente 0 soubessen “Stam ons construgbes de tipos ideis varia segundo as nectmdades da penguin. ‘Um coi encanto, deve Ser notnda's ativéade Tacinal por finale mio © nscce Seramente idénion a0 "po iden! da exatidio Togica an fcepeao com que falamos,anteriosmente dem sega fogrmaticaments justo. verdadeir, Com efeto, © raclons figede segundo ‘extidio tem vor unieamente comma re Jago de meio e fim em consigoes dacs. We taba 3 yer que ums atividade que o sabio se propte a explicar Pods palveerine como eminentemente.racional or final Zede, ims ser orlentada da parte do agente segundo sipost hes’ mmal fundamentadas. Assim, ima atfvidade de carater Sigico possul multas vases carder racional por finalidade, Butesor ao comportamento Seligioro, que, emt conseqUencla Seesencento, Go. mundo. moderne; € sbrigado a tolerar ‘ue eopoce de irracionaidades de cardter ideologico ou Iefstice Alem do mais, como a atvidado raconal por tne Tfande cncara a relogao mais adequada entre os meios €-0 Him, levando ein conta conseqiéneias previsves, pode, com {ormne o caso, semir na pratiea so homem de agio’ todavia, Io poderla jamais espirar a0 velor de ume norma Qual {uer que seo uso. que se {a2 do tipo ideal, 30 possul e's vblidade de um “paradigm”, cujo objetivo & compreen- Ser ‘uma relatvidade Signiicativa. Er outras palaeras, clo Se facta necessariamente da realidade empiica para melhor ‘dominala teorcamente. Como. tl, 6 sempre um instru Inento. #, portanto, um erro fazer da atvidade ractonal fim ultimo Ga sociologia. Considerandose a realidade, & 0 Sontratio que parece minis certo, pois as atividades ‘con. eretas, emsun maiora, se desenrolam a despelto da pure SEclonalidade, tho" nurierosos aio om fatores ‘eracionals, cidentas © incompreensivels que intervém. # por isso que, Seia qual for 0 tivo ideal, oda atiidade tradicional come Srl atividade afttira eda atvidade racial por valde 04 por fnaldade, ele nunca passa de tm quadro wopico, elabo Palo Teosieaniente para faciter a pesquisa. ‘Sun. validade Epos, sempre proBlematien ¢ sua utlidade 56 58 comprova Sisaves de’ sua feoundidade na pesquisa 4. 0 individuo Sendo a relatividade significativa entre um comport: ‘mento e 0 de outrem capital para a sociologia compreensiva, testa nig poderia fer outro fundamento a nfo ser o individuo, preciso entender com isso que WERER considera que, no onto de vista, socioldgico, 0. coletivo no constitu uma Fealldade em si. A compreensio, escreve ele, mien ina ida; «vind coma ide ‘Stn comparasio'mprodenta. A fungto de que ae revestom outa ee eats foe frm Tat ing alice, guimicay, "ow sutras, Do ponts de vita da mciloga, * See a oe sa imine do compere Super ply cle € 9 nin portador do cnportaments tgif ‘Num mods “diveegente "de expvimito poser iainaile AA razio invocada neste texto, a saber, que 86 a pessoa {individual 6 um agente compreensivel de uma. atividade orientada significativamente, J bastaria para justificar sua posigio. Importa também evitar os malentendides. Convem Jgualmente esclarecer melhor sua concepgio, "Todo apelo a um sentido supde uma conseléncia, e esta, 6 individual. Wasex nio encara, sequer, a hipdtese de uma consciéneia coletiva, porque els, Ihe parece ‘io passar de Dura suposiglo, se se quiser aceltar o ponto de vista em que fle se coloca. Com efeito, a avaliaeao dos melos em fungio 4o fim, a escolha desse fim, a previsio das consequéncias, fa decisio o finalmente a determinacho na exeougao, enim fudo 0 que intervém no curso de ume relatividade’ signifi. cativa, pertonce & vontade do individuo, Hste oonstital uma. lunidade por si mesmo e, & falta desta unidade de base, f Sociologia se arrisca a perderse na inooeréncia e na con’ fusio, buscando sem cessar sua valldade como ciéncia autO- yhoma, A individualidade signiicante 6, afinal de contas, © postulado sem o qual a sociologia compreensiva, em busca 420 sentido da atividade social, nao teria mals, nem ela mes- ‘ma, sentido. Certamente, ela’ nio passa de'um ponto de ‘isia especifico sobre a realidade infinita, mas como tal ela deve submeterse & lel de seu ponto de vista, sob pens de ser tio-somente uma divagacio como pretensio clentifica. A este respeito, os conceltos coletivos $6 se tornam socio. logicamente inteligiveis a partir das relagOes significativas que as condutas individuals comportam, Certamente, existe ima infinldade ‘de outros pontos de vista possivels, cada ‘um dos quals dando origem a uma ciéncia diferente ¢ autO- noma (af esté.o momento subjetivo inevitdvel de toda me ‘ida clentifiea), mas uma vee escolhide © panto de vista, & preciso submieterse a suas condigdes. im outras ‘pala- ‘ras, a sociologia compreensiva no exclul absolutamente 4 legitimidade dos outros. pontos de vista, inclusive o da Bim pr la Moric de ta aioe, phe, S46, Ver tanbin Wirtcaft und" Gesclashal wag. 5 sociologia puramente causal. WEBER © acentua justificando 2 necessidade da individualidade da relatividade. significa. tiva peculiar & sociologia compreensiva, gracas a uma com ‘paragio com as medidas pecullares clenela juridica e Daloologia, ‘Ninguém pode proibir 0 socidlogo de utilizar eonceitos coletivos como os ‘de feudalismo, ‘stado, nacio, classe, Tamilia'e outros. 0 uso corrente os impoe, ¢ seria de. um ppedantismo exagerado no’ se conformer com ele, 1ss0 no Impede absolutamente a sociologia, quando ela fala, por exemplo, do Estado, de entender esse conceito & sua ma ‘peira, que mio €'da politica nem do direito. A eléncia, JKurdiea ve nele uma entigade autonoma, dotada de perso. halidade moral, da ‘mesma forma que considera 0 embriie ‘como personalidade juridica, ‘diferentemente ‘da biologi fou da psicologia. Para a sociologia compreensiva, o Estady ‘lo tem, pols, o mesmo sentido que para o dircito: € (© lugar ‘de. atividades.significativas das pessoas que nele participa. O que interessa ai s8o, pols, 0: comportamen {os que nele so desenrolam, os interedmblos que lise fazem, ou os conflitos que’ surgem do Tato da. relacko Significativa do comando sda obediéneia, do poder e da, rotecio, etc. Os elementos do concelto coletivo de Estado, {que sto importantes para o jurista, nlo 0 si0, pois, fore: sSamente, ‘para 0 socidlogo, mesmo que este cometesse 6 erro do lgnorar completamente o trabalho da ciendla Jur fica. No obstante, 0 ponto de vista do socidlogo ¢ espect feamente diferente, pelo fato de ter ele por funedo com preender antes de’ ttido 0 sentido subjetivamente visado pelos. membres, ‘sentido em ‘virtude do qual eles aveltam A realidade estatal, nela mantém relagbes soclais e exercem ‘Stividades determinadas. Poder-seiain fazer” obsorvagoes andlogas a propdsito de outros conceltos coletivos como os {do massa, ou de nagéo, Esta depende em primetro lugar da ‘vontade signficativa dos que querem viverem uma tal festrutura, pois, dobrandose a vontade, a nacio se degrada © Por veies sucumbe, se mo vier a eair sob o jugo de um ‘izinho mais decidido, Assim também ‘0 carisma ‘supoe Juma massa, mas esta nio tem sentido sendo pelas relagoes Significativas dos individuos que a compéem com 0 chele 20 qual esto prontos a se devotar. A falta da relatividade ‘Significativa, om conceitos coletivos 26 podem tornarse Obse. toda anélise da sociologia puramente causal Sera preciso coneluir dat que a sociologia compreen- ‘siva seria um ramo da psicologia, pelo fato de ocuparse 36 festa também co indivicuo? Nada mais estranho ao pense mento do Wr ct do que esta assimilagio, pois 0 ponto de vista sob o qual a psicologia estuda 0 Individuo ¢ especit Camente diferente do da sociologla. Encontrasse mesmo em Sua obra uma desconflanea constante para com a disciplina ‘pslcoldgica, dadas as pretensbes do psicologisino entdo rel ante na Alemanha. “A. psicologia 6 por enquanto uma iéncia pelo menos tio hesitante quanto’ sociologia, apesar os. resultados obtides pela psicofisica, a psicandlise ea Psicologia compreensiva. Sem sombra ‘de duvida, Ween, mesmo se opondo aos psicanalistas, trou grande’ provelt ara a ‘sociologia compreensiva das pesquisas de ordem ‘Pslcanatitica, particularmente no plano da motivagio dos Atos: aqueleé que age nem sempre sabe por que se orienta nesta ou naquela direcso; multas vezes indo tem qualquer onseiéneia clara do sentido de sua atividade porate sublt ImagOes, pretextos, justficagies ilusOrias que. the. roubam essa conscisnela, Alem disso, uma mesma atividade pode ter motivagdes diferentes, sem contar que os impulsos con traditérios podem fazer com que pessoas diferentes reajam ‘de maneira’ diverse uma mesma situaeao ou que’ Uma ‘mesma pessoa adote uma alitude. contraditéria ante um Testo problema. Nao obstante, estes fatos dependem, 208 ‘olhos de Weses, do. jogo northal dos intereimbios inter ‘isciplinares. Em hipdtese alguma e qualquer que seja seu ‘estatuto, a psloologia poderia servir de fundamento A socio. logia compreensiva. Mals exatamente, no mantém esta com ‘aquela Telagbes mais estreitas do que com qualquer oUtra cieneia, A" adequacio ‘significativa niio se detxa levar por ‘elementos paiguicos, embora a sociologia possa levalos en conta como fatos out dados. Neste ponto a posigio de West sempre foi muito clara, pois ele chega a afirmar que a dis tingto do fisico e do psiquico é estranha a sociologia e indi ferente & captagao do sentido visado objetivamente no cliso ‘de uma atividade social. Enfim, 0 fato de tomar a sociologia compreensiva por base 0 individuo, por ser ele o unico. portador de relate: des signifcativas, nfo quer dizer que ela seria individua lista por oposicio a uma diseiplina que fosse coletivista. Em qualquer circunstancia, ‘nao se ‘poderia. atribuir ine aa intengéo de querer afirmar 0 valor tnico ¢ a dignidade o individue’ ou da pessoa, Semelnante posicio ¢ ética @, além do mais, contradia 0 principio da neutvalidade axioldgica indispensavel a qualquer trabalho verdadeira ‘mente’ clentifieg. Tampouco nio 6 pelo fato de utilizar " f soclotogia métodos racionals ou tipos racionsis, que se oderia concluir que dla ¢ raclonalista, O que € peculiar ‘toda cltneia € introduzir, com base em uma subjetividade ‘original, uma racionalidade ‘no real para explicd10 € cor reendélo; assim fazendo, nio da ela, entretanto, nenhium, fargumento ao raclonalismo que ¢ e continua sendo uma ‘oncepeio flossfica que ‘depende de uma convierio ¢ de Avaliagées tltimas, pessoals e subjetivas 5. AS oportunidades ¢ as estruturas sociais ‘A atividade social, que Wise chama ainda atividade comunitaria (Gemeinschajtshandeln) ‘no Besct sur quelques ‘eatéportes de a sociologie comprehensive, & a realidade pri ‘maria da sociologia como ele a concebe. Pode ela ter carder ‘casional e efémero, como um encontro sem tim aman, Juma conversagio com desconhecidos em um bonde ‘ol um Giscussio entre os. participantes de ‘ums reuniao publica, fou ainda adotar formas duraveis que constituem o funda’ mento da maioria das estruturas socials, EB & andlise dos fipos destas formas durdveis que’ se dedica o”Bssat sur Guelgues catégories. de Ia’ soctologie. comprehensive. Para, ‘compreender plenamente esso estudo, importa prestar ster ‘gio a uma nova nogio que comanda quase todas as expll- ‘cagdes sociologicas de Wane, a de oporiunidade. Este ter. ‘mo, que ele ‘nunca definiu “de maneira estrita, embora esempenhando papel capital, marca o cardter probablis. fico de toda construgio sociologica, cariter que ela € in apes de superar apesar’do maior rigor clentitico, Tss0 ‘no quer dizer quo as estruturas sociais sejam necessaria. ‘mente preedrias, mas somente que podem perder com (© tempo sua significacio, ou mesmo. desaparecer, desde ‘que a stividade dos homens a elas referente Ihes dé outra Significagio, quer por forga das necessidades, quer por ‘motivo de interesses novos, quer em virtude da evolucao, ‘éenioa e ractonal da Humanidade; ou entdo podem ser privadas de toda significagio, © neste caso morrem, Dizer de uma atividade quo cla se orienta significativa, ‘mente de acordo com o comportamento de outrem, é adm fir que 0 agente tem 0 direlto de cantar, de certs forma, ‘com uma regularidade a conduta dos ‘outros; portant, ‘que set comportamento Ihe delxa entrever esperaness, emt ‘fungéo das quals pode ele julgar ter oportunidades de éxito a8 fem seu empreendimento. Reencontramos aqul a nogéo de ossibilidade + sjtiva LR elise acre See eee rare eee ae Por outras palavras, a atividade soclal se carncteriza pelo fato de regular 0 agente sua conduta segundo espe Tanga de que os outros. se comportem de uma certa. ma nel, de sorte que ele encontre nisso uma razio favordvel ‘Ou uina oportunidade de levar a bom termo a agho enca- rrada, Esta oportunidade pode consistir no fato de.os outros Fespeitarem um acordo combinado ou 0 respeltarem em. ‘média no sentido em que o agente 0 entenda subjetiva ‘mente. A falta de um acordo explicito, 0 agente pode esperar ‘Que 0s outros se comportem de ceria manelra em fave de Juma racionalidade por valor, ou que eles ajam por dever, por tradicio ou por dignidade pessoal em uum sentido pre- Yisivel. Isso também 6 villdo para uma atividade que so ropes a violar um regulamento, pols o transgressor conta Drecisamente com a oportunidade média de que os outros ontinuarao a orientar seu comportamento de acordo com ‘sua méxima ‘habltual. Sob este ponto de vista, 0 ladrao, por exemplo, violando de maneira consciente ¢ subjetiva’ mente. signitcativa 0” regulamenta, se orienta, spesar do {todo seu comportamento, de acordo com esse Tegulamento, ‘mag diseimulando seu ato, senio a violagio nao teria mals enhum sentido. A oportunidade exprime ‘pols que. em, média, ou segundo toda probabilidade, os homens orienta ho stia atividade de acordo com tum sentido que se exprime quer em um regulamento, quer em um nabito, quer em um ‘alor ou uma erenca, de sorte que cada tum deles encontre azbes.favorivels para a orlentagio de sua propria tiv. Gade. & somente existindo subsistindo esse oportunidad ‘Que uma estrutuira social ser durével. Em outres palevras, 2 oportunidade € por si $60 fundamento solido de. ums relagho social, 20 mesmo tempo que ela Ihe dé uma consis- {énota. Dizer que um regulamento esté em vigor, ou gue Um ‘etado exerce normalmente suns prerrogativas é reconhecer que em media os homens se submetem a esse Tegulamento, 7 Bessie mr le thorie de Us sone, ps, 38 9 ‘¢ respeitam as declsdes do Governo. Se esta oporsunidade “Guminul, a duragio da relagdo ou da estrutura social se ve comprometida, "A. nogdo de oportunidade esté, pois, igada & catogoria| de possibiidade objetiva, © que vale dizer que, nas condi ‘05, objetivamente dadas, “€ provével que os homens ‘girio de maneira que se’ pode prever aproximadamente ‘Arnocio de adequacao se reveste aqui de todo o seu sentido. ‘Uma atividade social serdchamada causaimente adequada (kausal ‘adaquat), quando, segundo as regras.gerais da ‘experiencia, portanto segundo uma regra de probabilidade, ‘pode esperar que uum comportamento determinado serd 4 conseqlincia de. outros comportamentos cujo. sentido visado subjetivamente se pode apreciar em média e aprox ‘madamente, Esta atividade sers significativamente adequada (Sinnhaft adéquat) quando, inspirandose nessa. probabil dade, ela, So desenvolver com coeréncia com base’ em Uma fustaestimativa dos melos a utllzar para alingir 0 ‘im, Partindo dessa nogio de oportunidade, WEBER mostra como a atividade social se complica e da’ lugar a oUtras atividades que formam a base das organizagoes politica, ‘oondmicas, religiosas e outras. Nao tem ele sbsolutamente 4 pretensio de Teconstruir a sociedade, mas sim isolar os pos de estruturas sobre as quais repousam as instituigdes ‘arléveis da Historia, O tipo ideal, o elemento primeiro 6, ois, a relacio. social, isto 6, 0 comportamento de ums Pluralidade de individuos que, pelo contetdo sinificativo Ge suas atividades, regulam sua conduta reciprocamente luns pelos’ outros. Pouco importam as razbes Ow motivos pelos’ quals eles agem (o modo, a solidariedade, a preocupe Go de protecio), o importante é que a oportunidade de Juma relatividade significativa dos comportamentos uns em elago aos outros existe © que os individuos ajam aprox ‘Madamente de acordo com ela,” entendendoso que’ esta {Felatividede pode referirse um comportamento tual OU otencial e provavel dos outros. evidente, sem maiores xplicagdes, que’ 0 contetdo significativo em causa é 0 oon tetdo empirico a que os participantes.visam efetivamente ‘ou em geral e de modo algumh um sentido normativamente Justo do ponto de vista l6gico ou ético. Dito isso, quals 50 ‘0 tipos fundamentals da atividade social? 2) A pliidade socevaria, (Geselschajshandeln). Ein supée a existéncia de rogulamentos estabelecidos el fade dos membros ot ainda aos quais ela dé livremente 0 -adesio. Ha pois na base um acordo explicito sobre um éstatuto. Os Fegulamentos define a finalidade da organiza ‘Go, os metos, os servigos, 0 patriménio, a composigio do Aparelho dirigente, as sangbes contra og recaletrantes, a5 prerrogativas, o modo de adesao, etc. Em geval, tratase ‘de uma estrutura durdvel, embora com o tempo cerios mem bros possam delsi-la e outros possam aderir a ela, desde {que accitem o estatuto, Esta espacie de estrutira se enicontra, hha base da maloria das associaeses, por exemplo, as asso lagGes esportivas ou de Denefloenela, as associagdes de ex ‘combatentes, os partidos polities, os sindleatas, etc, Este iénero de organizacio subeiste enquanto os membros ele encontrarem um interesse, isto enquanto estiverem ais postos a respeitar 0 sentido visado subjetivamente, embora teste possa ser interpretado de maneira diferente pelos mem ‘bros ou possa variar no curso do tempo com a concordain ‘la dos nteressados. by. A alividade. por entendimento (inverstindnishan dein), Neste caso, tratase de uma estrutura que nao re pousa em nenhum estatuto e, portanto, em nenhuma espé le de acordo, de convencio € de regulamento, mas que oF participantes respeitam como. se houvesse uma “obrigaclo, pols nela encontram uma relatividade significativa. Noe ‘remo inferior, esta atividade ¢ intelramente efémera, como, por exemplo, ‘quando as. pessoas. prestam socorro a. tm ‘fogado; no exizemo superior, a estrutura é drivel, como ‘economia do mereado, a comunidade racial ou nacional, fou até mesmo’ 0 respeitd que se deve em nome da polider Nao se deve confundir absolutamente entendimento com solidariedade, pois, submetendo.se a0 principio do mercada ‘ou da polides, os que partcipam nessa atividade podem feombater uns contra os ‘outros travar entre i ima 1ita surda ou aberta. ‘). Avatividade institucional (Anstaltshandetn). Carao. terizase pelo fato de encerrar um estatuto, em geral editado Isto 6, regulamentos explicitos cuja existénota nio’ depende da vontade dos membros. No aderimos a ele, mas vemo-nos ‘membros de uma instituigho por naselmento, por edcagao fou pelas cireunstaneias da vida. Ela nao exige, pois, nenhtr ‘ma yontade formal, nenhuma declaragao explicita, 0 fentanto 0 fato de existir um regulamento submete os mem ‘constrangimento. Este tipo de estru ‘nas Organizagoes politicas decom junto como a tribo, a ‘comunidade, 0 Hstado, ou ainda nav rganteagdes religiosas, como tums’ lgreja on 4) A atividade de agrupamento (Verbandshandein).. ‘Tratase de uma estrutura A qual aderimos sem obrigaeao eh falta de qualquer regulamento explieito ou definido. mesmo assim ela encerr uma autoridade que determina © sentido da atividade e exerce eventualmente um constran ‘mento sobre os membros. 0 que acontece com a comu Fldade do mestre edo discipulo, do profeta e de seus fdeptos, do chete carismético e de seus partiddrios. "Como todos. 05. tipos ideals, nfo ‘se encontram por assim dizer jamais na realidad essas estruturas. em Sua ‘pureza logics. Pode haver entre elas toda ospécie de. tran ‘SigGes mals ou menos discerniveis, Enfim, em geral, um ‘mesmo’ individuo ‘perticipa a0 mesmo tempo em. todas fessas estruturas, ou pelo menos na maioria delas, e orienta conseqientemenie de mancira. significativa sua’ atividade. 6. A relagdo social ¢ os conceitos fundamentats a soctologia A atividade social esté na origem de toda sorte do relagies sooiais que WHaER define — como ja. vimos — Como. as relagdes.signifieativas segundo as quais os indi ‘viduos “orlentam reciprocamente seu comnortamento “uns ‘com os outros. Sem um minima de reciprocidade, nfo ppoderla, aver relagio social nem orientacto.signifieativa de um comportamento: esta nocio 6, pols, caracteristica fe fundamental. Tsto nio quer dizer que todos 0s que part! fipam em uma Telacto social Ihe dio exatamente 0 mesmo conteido significative (reciprocidade nio 6 solidariedade) Por outras palavras, a reciprocidade nas condutas nfo. é sindnimo de reciprocidade no sentido a dar & relagho social Dols adversérios orientam reciprocamente seu comporta mento, um em relagio ao outro, precisamente porque no io o'mesmo contetido significative & relaedo que se thes ‘opbe. Uma relagio social que repouse em atitudes intetra mente idénticas pera tuma e oulrs partes quanto & recioro- tidade do sentido nito passa de um caso limite. Ao contrério, 4 reclprocidade pode ‘ser positiva ou negativa: os homens ‘nao mantém entre si apenas relagGes de amizade, de con fiancee de concérdia, mas igualmente entram em oposteao ‘uns ‘com os outros. provocando confiitos © antagonismos {de toda sorte, desde’s Inte’ belicoua e violenta & concor- réncla erotica ow & emulacto. Neda, pois, leva a crer que 8 felaglo social deva ser pacifica por natureza; multisimas 2 ‘sezes, mesmo, a paz consiste em um deslocamento da tuta ‘pare ‘um outro plano, = evidente que nestas condicées © contetdo signiticativo de uma relacio pode mudar com 0 empo: uma solidariedade podese transformar com os mes: mos parceiros em tuma concorréncia de interesses, Aq também, estamos sem cessar a bragos com toda sorte de ‘ransigges que s6 conseguimos delimitar pelo uso dos tipos ideais. Baseando-se nesta nogso de reciprocidade significa: tive, que liga unicamente individuos no curso de uma ati dade, Weomn vai claborar uma definiedo rigorosa dos con. ceitos fundamentais e essencials que a sociologia emprega regularmente no curso de suas investigagbes. ‘Toda relagdo social durdvel supe regularidades. No ‘plano mais imediato, consistem no’ uso (Brauch) © n0s costumes (Sitte). Para evitar qualquer interpretagio ‘onto: Togiea ou substancialista, WEnER at define pela nocio de ‘oportunidade. © uso eonsiste na oportunidade de uma regularidade persistir em um grupo pelo fato de a seguirem praticamente. Torna-se costume quando regularidade toma © earéter de uma rotina ou de uma femiliarlzagho. A carac. toristice essoncial destas duas reyularidades reside no {ato de nfo serem elas obrigatérias, do nao serem elas garan- fdas exteriormente ‘por um constrangimento, ou sea, 08 individuos. as observam livremente, por corhodismo, POF fencontrarem nelas um Intoresse. # costume tomarmos pela ‘mani café da. manhi; entretanto, nfo existe nenhuma ‘brigacao de fazermos tal refeicio, hem de a prepararmos fe determinada maneira. Na maioria das vezes, os homens eager socialmente sob 0 efeto de um constrangimento, ‘mais ou menos consciente e perceptivel; neste caso, cles se submetem a uma ordem legitime. A. oportunidade. de espeltarmos essa ordem se chama vaildade da ordem. Um funclondrio que chega na hora certa a sua repartiqao 0 fa rmuitas vezes. por simples rotina e por interesse, mas tam ‘hem em rasio ta validade de tma ordem qu, se ele violas. se, poderia trazerhe aborrecimentos. Bm geral, a ordem Aue se respeita por costume ¢ mals estavel do que a que ¢ ‘simplesmente obrigatoria, salvo quando é legttima (na maioria das vezes os dois elementos se juntem).. Nao obstante, a existéncia de um constrangimento no permite ‘dentificar costume com ordem; conceitualmente, trata se e duas coisas diferentes, como se vé na atitude de quem se Date em duelo, apesar da’ protbigao: de um lado, ele obedeoe livremente a "um costume, o da honra; de outro, reco 9% Inhece a validade da ordem tegitima, pelo fato de dissimular seu ato As Tormas tipicas da ordem legitima so a convencio eo direto. A convencao significa que uma regularidade se Sicha garantida pela oportunidade de se exporem a uma Feprovagio geral no selo do grupo os individuos que del Eevatastam ou que a violam. © direlfo significa que a, valk ade da ordem € garantida por Um constrangimento fisico fu psiquico que um orgie, especialmente criado para tal Gre, eeeree sobre. os membros. do grupo, com possibll ade de castigar os infratores (WEBER admite sem dificulda fe que cota definigao do. direito ¢ valida unicamente para ft sovtologia compreensiva, pois € possivel elaborar outras a partir da-ciéncia politica, econdmica ou Juridica). Diferente Frente do costume, a convencéo supde uma opinlto com pulséria do grupo, sob a forma de um atentado & reputacto Eoeials diferentemente do. ditto, esta coercio no repousa Sobre um aparelho especializado, encarregado de exerce-a. {Em oulrus palavras, @ convencio supde um constransimento Mtormal" do grupo; 0 direlto, tun constrangimento. “mate Hal" ou instifuetonal, Segundo 0 caso, a opinido que esta ba base da convengio é mais dura que o direito, ou inverss frente 0 direlto opie sua exigéncia & opinilo, Quanto a0 Epareiho de constrangimento, caracteristico do direito, pode cbnsistir, como nas sociedades racionalizadas modernas, em fnstinela Judieidria, da mesma forma que pode em outras Soeledades ‘ser a prerroyativa do cli em seu conjunto (cendetta, oheme) ou da familia. © elemento caracteristico do direito # a existéncia de uma instincia ofielal de coer (Go, independentemente da_naturesa eda variedade dos fnelos ennpregados. Com. efeito, 0 constrangimento pode onsistir nn exortagio fraterna das comunidades religiosas como nas medidas de polieia dos Estados politicos. Eviden: femente ‘um constrangimento tal qual aqui _compreend 0. pela sociologia, nao’ se deve confundir com 0. dever ftiog, conquanto‘possam as duas coisas eventualmente ‘config se Tndependentemente dos motivos subjetivos que levam fa submisado 0 constrangimento, os fundamentos da legit Imidade de uma ordem sao de natureza diferente. Podemos Fespeitila em virtude da tradieto (validade do. que fo), ou entio’ se uma crenga de_carater afetivo (validade de ‘uma revelagio ol de um exemplo), ou ainda de uma erence Tacional por valor (valldade de uma conviccto como a just fay a lberdade, a igualdade, ow enfim de uma erenca racio- 9% ral por finalidade (validade da legatidade). Este ultimo Tundumento €o mais corrente’ em nossos ls, embora {Jeplldade possdfundamentarse enn um contrato. ene Gs que se comprometem.a Tespeltala_ouentao em ‘uma Sutelga gue tenha por base ¢ dominio de um homem, que 5 outfos reconnect coma egitim, Ox otros fundamen tos tem ‘sobretudo valor ‘histérca, embora continuem « esata ordem legal, quando male nio fosse, pela aval fade do dirio natural Por outro lado, a legatiaade, ma frado ‘nin “universidade leanta. everson problemas “que Sto longe de serem resoWidos. Primelramente, 0 que aca Stine ae‘ inocar reuavaments & oposiqao enire contato e outorgs; depots, 0 da relagho ‘entre maloria © minoria, fntre le decreto, ete, sem contar que ¢ susctado pele Slpniiengdo Ge ovedinciy segundo se opte Por una devas Sehugdes ou pela outra, fin outras pala, & ordem Jur eae poliica se chocam em antagonismos mites. vess {nconentives ‘Ein ing’ ordem dada, os homens se agrupam segundo dois tips principals de relagbest a comunaliaagt e a soci. itengdo"A “sormunaizagio.(Vergemenachaftang) designs. fividede\ socal unfieadors. que se_fndamenta ‘no sent tent subjeivo dos. particlpantes. de perteoerem um Iesmo conjunto. A-sotiaizagio. (Vergeseschftung) desi In tiidade. que tea om seres na ase de tm compre Isto re uma coordenagio ae inteveses segundo 0 {Tue Gh riclonatisegio por valor om por finaligade. ri ‘hire repousa em sentimento ae Grdem tradilonal ov Motiv uo pode ser de carter religoro, domestica, ero Go, nico (comunigade religiose, de familia de mack, casa, coimpannitiamo ele). Eniretanto, a exisinela, de tragod tou de-qualidades comins no se transforma em uma com ‘talzacdo sento ne contigas de om inaiviavos nei. deseo rien ‘um sentido stbjetico capa Ge orientar mtuamente cu comportamento em ‘fungio. do. sentimento comm. 5 socalmeso' seposea_ em tim comprometimento ‘num, quero por motivos raclonals (roc mercado, Eeociadhs pera Sctonier iiareaien,sstoconiodeologen ome um partido, ec). Selam qinis forem. as reatbes Sets comnts ou socilndy ls oe ab igjuando ox partcipantes ao fem. qualaver objecko SsdeShg voluntifa de teretos, Cato contri, so che nadas “techadas" nfm, todos os: parilpantes. de” uma Teingio social podem sr’ solidalamente responsive, sob eras formas eterminadas, Pein aividade de cad um 9% representados (Vertretung), os, primelros endo. responsi els pela. atividade ‘dos semundes, a0 mesmo tempo. que fesies ‘iltimos.aproveltam inicativas felizes de seus repre ‘Sentantes ou sofrem seus fracassos, A representagio_ pode consistir em uma delegagdo que um individuo possul de Sireito ou em uma missao permanente ou tempordria de um ‘ou virios individuos com base em critérios. definidos ol fem um estatuto. De qualquer maneirs, a Tepresentagso in: ‘roduz uma hierarquia na relagio social ‘A mais comum forma de relagio social é © sgrupa- ‘mento (Verband), caracterizado de um lado pelo feehamen: to, isto 6, por reyulamentos que submetem a adesio de teteeiros a "certo ‘numero de condig6es mals Ou menos restritivas, e de outro lado pela representacio, desde que © agrupemento ‘comporte uma direqio (Individual ot cole. tiva) e na maioria das vezes um aparelho administrative, Um de seus elementos. determinantes 6, pois, a existencia de uma autoridade dotada de poderes mals ou menos deft. hidos (presidente, ‘diretor, sindico, patrio, chetv religio- 80 ete.), de sorte quo a oriontacdo significativa da atividade fdos_membros uns em relagto aos outros. se acresconta ‘orfentagao segundo as decisdes da sutoridade, ‘Um agra: Pamento pode ser auténomo ow heterdnomo, isto 6, pode fxar lirremente sua linha de conduta (exemplo: 0 Bstado), ‘ou ser obrigado a respeltar regulamentos impostos por uma fautoridade exterior (exemplo:'@ assoclacéo que deve subme- terse a uma legislagio sobre as associagbes)- Pode igual mente ser autocefalo ou heterocéfalo, na hipotese de possult luma directo propria (Presidente da. Repibliea Prancesa) fou de aceitar uma autoridade estranha (a nomeacio de lum governador em um Dominio britanico é um ato de auto- cefalia). Em geral, autonomia @ autocefalia se juntam, mas {sso nd 6 necessdrio, como o demonstra o antigo Staaten: und alemdo antes de 1914, em que cada Estado, por exem- plo, a Baviera, era autinomo © heterocetslo, Os regulamen- {os’internos. do agrupamento podem ser estabelecidos por livre © comum scordo dos membros ou ser owtorgado pela autoridade representativa. A nogio de outorga deve ser tomeda em seu sentido mais Isto, pois uma decisao da ‘maloria, & qual a minoria deve submeter-se, entra na cate- fora, Com efelto, um livre comum acordo supde em. Principio a unanimidade. Ha diversas variedades de agrupa: %6 smentos, das quals as mais essencials sio as seguintes: a empresa (Betrieb) que se caracteriza por uma atividade ‘continua servigo de uma finalidade precisa, sob a tutela ‘de uma sutoridade outorgante; a associagio (Verein), cuja fcaracteristica ¢ repousar em ‘um comum scordo relative mente aos estatutos, cuja validade se dirige unieamente 20s (que a ela aderem livremente; a instituigio (Anstall), que se ‘caracteriza por uma delimitacio de sua zona de atividade (Cermitorial, pedagogica, ou outra), com base em regula. Inentos outorgados. A sina uma empresa; 0 clube, uma fssoriaglo ea universidade, uma instituigao. Entre’ estas, Giversas variedades pode evidentemento ‘aver “multiplas transigbes, ‘Saja qual for a relagéo social, pode ser objeto de uma, Inta (Kempf), provecd'a, ou sustentéa. A lute exprime orientagao de'uma atividade com vistas a fazer triunfar Sua vontade sobre a dos outros. Pode ser belicosa ou pacifiea; neste ttimo caso, la néo usa meios chamados Ylolentos. A uta pacifiea ou concorréncia consiste na vor {ade de adquirir tim poder com vistas 2 dispor de oportu nidades que outros. procuram igualmente. Quando a con corréncia se desenvolve segundo uma tinalidade, e com ‘meios definidos por disposicdes explicitas, ela se chama ‘concorréncia regulamentada, Chamarsed selogio a luta (na ‘maioria das vezes latente) pela existéncia, que pJe em con- ‘ronto os individuos no curso de uma rivalidade desprovida do relatividade significativa, por so tratar somento de arran- Jar melhores oportunidades' de vida. ou de. sobrevivéncia. ‘neste sentido que se fala de selecio natural em biologia. Desde a iuta sangrenta destinada ‘a. suprimir’fisleamente ‘o adversdrio ‘até & simples competicio.regulamentada (por ‘exemplo, esportiva), hé toda sorte de transigtes. Em outras ‘palavras, 4 exceg’o do caso limite da comunslizagao. por lunanimidade, toda relagko social pode comportar'a ute. Pode tomar todas as formas: polities, econdmica, erotics, ‘deoldgica ou outra. Segundo o objeto’ da competicto (tor: arse um marido, ‘um amante, um funciondro, um dep. ‘ado, um empresétio, uma vedete), ou melos podem variar fe consistir na forga ‘isi, ina espertera, maior cepacia Intelectual, na forga dos pulmGes, na. inelhor técnica de ‘mag6sica, ‘na maior destrezs, na sonja, na hablidade ‘na intriga, ele. A luta 6 eterna e'nio se poderia imaginar meio ‘capas de suprimila definitivamente, Assim, também, 2 re ‘pulsmentagao ‘mais pacifist nao passa de uma manelra 7 de tolerar cortos melos e certas orientagbes da rivalidade, oma erating dos outros. "A lute esta a base de diversas manifestagbes socials das quals. as mals importantes 80 0 poder (Macht) eo dominio (Herrschaft). poder. significa a existencia de ‘uma. oportunidade de fazer triunfar, no. interior de wna elagko social, sua propria vontade contra resistincias, Ela ‘Bio é, pois, somente de naturesa polities; pode ser. eco. nomica, doméstica ou religiosa © mesmo pedagogica, O do Iinio exprime a exlstencia de uma oportunidade de encon trar pessoas dispostas a obedecer a uma ordem de contetido doterminado; fundamentase na relagio de comando ¢ de Dbediénola, esta podendo mesmo consistir na vontade de um {ndividuo de fora de qualquer agrupamento e de qualquer faparelho administrative. O dominio dd origem a um agra pamento politico quando o comando conseyue afirmar, de aneira. continua, a validade de suas ordens no. interior de. fronteiras gedgrificas “determinadas, ‘com a. posstbll. Gade de recorrer a0 constrangimento fico. O Estado é a forma moderna do agrupamento politico e se caracteriza pelo fato de deter 0 monopdlio da ¥ioléncta e do eonstrangi ‘mento flsioo legitimos. Quando un agrupamento apela a um ‘constrangimento. pslatleo, por dispar dos melos de salva. ‘eho, que pode ministrar’ ou recusar, ¢ um agrupamento FBlerocratico, Se dispuser do constrangimento ‘hierocratleo Tegitimo, chama-se Tere}a. "Armado desses conceitos e dos tipos ideals da atividade fem geral ¢ da atividade social em. particular, WEBER se ‘props em Economie et Soclété a explicar sociologicamente fs diversas direqdes dos empreendimentos humanos: a eco homia, a polities, a religifo, o direito, a arte, a ciéncia, De passagem, aproftindow diversas estruttiras que The pareciam mals importantes do. aue outras, por exemplo, as nogbes {do ordem (Stinde) ¢ de classe social, de raga, de nacio, de ‘merendo. de cidade ou de burocracia, ‘infeliemente, morte Interrompeu brutalmente esta ‘obra monumental e extraordindria tanto pela penetracto {dn reflexio quanto pela riqueza incomoarével da erudicfo. Certos capitulos esto intelramente redigidos, outros s6 nos Sto conhecidos atravée dos fragmentos quo uma pledosa mio reuniu ¢ coordenow: enfim, certas IntengOes ficaram fem estado de puro projet. ‘O contunto constital, entretento, dois volumes: a0 todo mals de oltoventas péginas de grande formato e tipos de ‘corpo pegueno, Aerescente-se a essa obra a Sociologie de oe 1a religion, também inscabada, apesar de seus trés volumes, ‘pols Wrati ndo deixou sen notas sobre o estudo em que ‘Shordaria o islamismo; e mais, os diversos estudos reunidos em Gesammelte aufeaiee aur Sosiologie und Sozialpoltik © ‘om Wirtschaftsgeschichte. 99

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