Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DOI:10.34119/bjhrv2n4-114
RESUMO
ABSTRACT
Phytotherapy studies the use of plants with therapeutic potential, derived from popular
knowledge, which is passed down from generation to generation, is considered an alternative
to medical and dental treatment. The present study aimed to review the literature on the use of
herbal remedies aloe vera, calendula, chamomile, copaiba, malva, papain, penicillin, propolis,
pomegranate and tansage, relating popular use with the scientific evidence in dentistry. We
searched for articles in the databases of Scielo and Pubmed using phytotherapy, medicinal
plants and dentistry, published between 2005 and 2015, which were grouped according to the
medicinal plant. All the plants studied presented therapeutic potential and application in
dentistry. The antibacterial potential was identified in aloe vera, calendula, copaiba, papain,
propolis, pomegranate and tansagem, the healing action is present with the use of aloe vera,
calendula, papain and propolis and analgesic with camomile, copaiba, malva and penicillin,
besides of them all had anti-inflammatory power. Therefore, these phytotherapics should be
considered as an alternative in the treatment of oral diseases because they present properties
that aim to improve the signs and symptoms present in the oral cavity during pathological
processes, with easy access.
1 INTRODUÇÃO
“A Fitoterapia é a ciência que estuda a utilização de plantas ou parte delas para
tratamento de doenças que acometem a espécie humana” (Aleluia et al., 2015). Os
medicamentos fitoterápicos são substâncias obtidas a partir de plantas que podem ser utilizadas
sob a forma de chás, soluções, comprimidos, dentre outros. Segundo a Organização Mundial
da Saúde, aproximadamente 80% da população mundial faz uso de fitoterápicos como uma
alternativa ao tratamento médico (Francisco, 2010; Oliveira et al., 2011).
No Brasil há uma das maiores diversidades vegetais do mundo e por isso inúmeros
estudos têm sido realizados buscando vincular o conhecimento popular sobre às plantas
medicinais e a comprovação de sua efetividade científica (Santos et al., 2009). Antigamente era
2 METODOLOGIA
Foram realizadas buscas de artigos em bases de dados como Scielo e Pubmed, além de
cartilhas informativas sobre medicamentos fitoterápicos. A busca foi realizada utilizando como
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 ALOÉ VERA (ALOE VERA L.)
Pertence a família das Liliáceas. Popularmente conhecida no Brasil como babosa, erva-
babosa, babosa-medicinal, aloé, aloé-do-cabo, erva-de-azebre, seu nome científico é Aloe vera
L. A parte mais utilizada para tratamento são as folhas (ITAIPU Binacional, 2012). Seus
componentes potencialmente ativos, incluem aminoácidos, açúcares, enzimas, vitaminas e
minerais com propriedades importantes, como a penetração do tecido, efeito anti-inflamatório,
função imunorreguladora, além de propriedades antimicrobianas, cicatrizantes e regenerativas,
favorecendo a recuperação do tecido agredido (Fé et al., 2014; Francisco, 2010). É
contraindicada para gestantes, lactantes e crianças, teve o uso de preparações orais relacionada
com casos de hepatite aguda, cólicas intestinais, náuseas e diarreia (Freitas & Rodrigues &
Gaspi, 2014).
O princípio ativo da aloé vera pode ser usado para preparação de enxaguatórios bucais
e géis dentários, com a função de eliminar bactérias pelas suas propriedades antimicrobianas e
antisépticas. Pode ainda ser usado após cirurgias periodontais e de exodontia, nos casos de
gengiva traumatizada e de mucosite por ter propriedades cicatrizantes e regenerativas
(Francisco, 2010; Freitas & Rodrigues & Gaspi, 2014).
TABELA 1 – Ação terapêutica proporcionada pelo fitoterápico e porcentagem das plantas estudadas que a
desempenham.
Ação Fitoterápico Porcentagem
Aloé Vera
Calêndula
Camomila
Copaíba
Malva
Anti- 100%
Papaína
inflamatório
Penicilina
Própolis
Romã
Tansagem
Aloé Vera
Calêndula
Copaíba
Papaína 70%
Antibacteriano
Própolis
Romã
Tansagem
Aloé Vera
Própolis
40%
Antisséptico Romã
Tansagem
Aloé Vera
Calêndula
40%
Cicatrizante Papaína
Própolis
Camomila
Copaíba
Analgésico 40%
Malva
Penicilina
Romã
20%
Antifúngico Própolis
4 CONCLUSÃO
Em geral a população tem acesso fácil aos fitoterápicos devido ao baixo custo, desta
forma podem ser considerados como uma alternativa eficiente nos tratamentos médicos e
também odontológicos. Ainda são pouco utilizados pelos cirurgiões-dentistas, mas de acordo
com a literatura revisada, existem diversas plantas que comprovaram eficácia para o tratamento
odontológico. É importante que o profissional da saúde conheça os benefícios e terapêutica das
REFERÊNCIAS
ALELUIA, C.M. et al. Fitoterápicos na Odontologia. Revista de Odontologia da
Universidade Cidade de São Paulo. São Paulo. v. 27, n. 2, p. 126-134, mai./ago. 2015.
Disponível em:
<http://arquivos.cruzeirodosuleducacional.edu.br/principal/old/revista_odontologia/pdf/maio_
agosto_2015/Odonto_02_2015_126-134.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2017.
BRITO JUNIOR, L.C.; FERREIRA, P.L. Cicatrização de feridas contaminadas tratadas com
papaína. Medicina (Ribeirão Preto). v. 48, n. 2, p. 168-174. 2015. Disponível em:
<http://revista.fmrp.usp.br/2015/vol48n2/AO6-Cicatrizacao-de-feridas-contaminadas-
tratadas-com-papaina.pdf>. Acesso em: 02 abr. 2017.
ECKER, A.C.L. et al. Efeitos benéficos e maléficos da malva sylvestris. Journal Oral
Investigations. v. 4, n. 1, p. 39-43, 2015.
FÉ, J.L.M. et al. Aloe vera as vehicle to mineral trioxide aggregate: study in bone repair.
Revista de Odontologia da UNESP. v. 43, n. 5, p. 299-304. set./out. 2014.
FRANCISCO, K.M.S. Fitoterapia: uma opção para o tratamento odontológico. Revista Saúde.
2010. Disponível em: <http://revistas.ung.br/index.php/saude/article/download/432/631>.
Acesso em: 24 mar. 2017.
MONTES, L.V. et al. Evidências para o uso da óleo-resina de copaíba na cicatrização de ferida
– uma revisão sistemática. Natureza online. v. 7, n. 2, p. 61- 67. 2009. Disponível em:
<http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/02_monteslvetal_6167.pdf>.
Acessado em: 20 Jun. 2016.
MOTA, J.H. et al. Crescimento Da Espécie Medicinal Tansagem (Plantago major L.) Em
Função Da Adubação Fosfatada e Nitrogenada. Ciência agrotécnica. Lavras, v. 32, n. 6, p. 1748-
1753, nov./dez., 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cagro/v32n6/v32n6a11.pdf>.
Acesso em: 09 abr. 2017.
PIERI, F.A.; MUSSI, M.C.; MOREIRA, M.A.S. Óleo de copaíba (Copaifera sp.): histórico,
extração, aplicações industriais e propriedades medicinais. Revista brasileira de plantas
medicinais, Botucatu, v. 11, n. 4, p. 465-472, 2009.
ROCHA, R.P.A. GURJÃO, W.S. BRITO JUNIOR, L.C. Cicatrização de úlceras teciduais não
Infectadas Tratadas Com Papaína. Revista Paraense de medicina. Belém, n. 23, v. 4, out-dez.
2010. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/0101-5907/2009/v23n4/a1934.pdf>.
Acesso em: 16 mar. 2019.
SCHIRMER E. M.; FERRARI, A.; TRINDADE, L.C.T. Evolução da mucosite oral após
intervenção nutricional em pacientes oncológicos no serviço de cuidados paliativos. Revista
Dor. São Paulo, v. 13, n. 2, p.141-146 abr-jun, 2012. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rdor/v13n2/09.pdf>. Acesso em: 11. Jun. 2017.
SHABANLOEI R.; et al. Alloporinol, chamomile and normal saline mouthwashes for the
prevention of chemotherapy-induced stomatitis. Journal of Clinical and Diagnostic Resarch,
2009. v. 3, p. 537-542.
VIEIRA, D.R.P. et al. Plant species used in dental diseases: Ethnopharmacology aspects and
antimicrobial activity evaluation. Journal of etnopharmacology. v. 155, p. 1441-1449. 2014.