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CoV Jit meor 3 Movimento em Duas e Trés Dimensoes 4-1 posici E DESLOCAMENTO Objetivos do Aprendizado Depois de ler este médulo, vocé sera capaz de... 4.01. Desenhar vetores posigao bidimensionais e tridimensionais de uma particula, indicando as componentes em relacao aos eixos de um sistema de coordenadas. 4,02 Para um dado sistema de coordenadas, determinar a orientagao e 0 médulo do vetor posig&o de uma particula a partir das componentes, e vice-versa. 4,03 Usar a relagdo entre o vetor deslocamento de uma particula e os vetores da posicdo inicial e da posi¢ao final Ideias-Chave + Alocalizagdo de uma particula em relago a origem de um sistema de coordenadas 6 dada por um vetor posigao 7 que, na notagao dos vetores unitérios, pode ser expresso na forma Fexitylezk em que xi, yj e zk so as componentes vetoriais do vetor posigao F e x, y € z So as componentes escalares (e, também, as coordenadas da particula) + O vetor posigio pode ser representado por um médulo e um ou dois 2ngulos, ou por suas componentes vetoiais ou escalares. + Se uma particula se move de tal forma que seu vetor posigao muda de 7'; para 72, 0 deslocamento AF da particula é dado por OF = 72771. (© desiocamento também pode ser expresso na forma ~xdi+ We-yol + @-zk = Axi + ay) + ack Oque E Fisica? Neste capitulo, continuamos a estudar a parte da fisica que analisa o movimento, mas agora os movimentos podem ser em duas ou trés dimensdes. Médicos e engenheiros aeronduticos, por exemplo, precisam conhecer a fisica das curvas realizadas por pilotos de caca durante os combates aéreos, j4 que os jatos modernos fazem curvas tao répidas que o piloto pode perder momentaneamente a consciéncia. Um engenheiro esportivo talvez esteja interessado na fisica do basquetebol. Quando um jogador vai cobrar um lance livre (em que o jogador langa a bola em direcao a cesta, sem marcagao, de uma distancia de 4,3 m), pode arremessar a bola da altura dos ombros ou da altura da cintura. A primeira técnica € usada pela maioria esmagadora dos jogadores profissionais, mas o legendario Rick Barry estabeleceu o recorde de aproveitamento de lances livres usando a segunda. Ae Nao é facil compreender os movimentos em trés dimensées. Por exemplo: o leitor provavelmente é capaz de dirigir um carro em uma rodovia (movimento em uma dimensio), mas teria muita dificuldade para pousar um avido (movimento em trés dimensées) sem um treinamento adequado. Iniciaremos nosso estudo do movimento em duas e trés dimensdes com as definigdes de posicao e deslocamento. Posigao e Deslocamento A localizagao de uma particula (ou de um objeto que se comporte como uma particula) pode ser especificada, de forma geral, por meio do vetor posi¢ao 7, um vetor que liga um ponto de referéncia (a origem de um sistema de coordenadas, na maioria dos casos) @ particula. Na notacdo dos vetores unitérios do Médulo 3-2, F pode ser escrito na forma (4-1) Fa=xityj + zk em que xj, yj e zk sao as componentes vetoriais de 7 € x, y ¢ z Sdo as Componentes escalares. Distancia ao longo do eixo z. Distancia ao [longo do eixo y. fy / Distancia ao longo do eixo x. Figura 4-1 0 vetor posigio ¢ de uma particula é a soma vetorial das componentes vetoriais. Os coeficientes x, ye z fornecem a localizacao da particula em relagao & origem ao longo dos eixos de coordenadas; em outras palavras, (x, y, 2) sao as coordenadas retangulares da particula, A Fig, 4-1, por exemplo, mostra uma particula cujo vetor posigao é 3 mf + (2 mj + (S me e cujas coordenadas retangulares séio (-3 m, 2 m, 5 m). Ao longo do eixo x, a particula esta a 3 mde distancia da origem, no sentido oposto ao do vetor unitario {. Ao longo do eixo y, esté a 2 mde distincia da origem, no sentido do vetor unitario j, Ao longo do eixo z, esté a 5 m de disténcia da origem, no sentido do vetor unitario k. Quando uma particula se move, o vetor posicéo varia de tal forma que sempre liga o ponto de referéncia (origem) a particula. Se o vetor posicao varia de 7; para 72, digamos, durante um intervalo de tempo At, o deslocamento da particula, Ay durante o intervalo de tempo At é dado por AF = fy - 7, (4-2) Usando a notagao dos vetores unitarios da Eq. 4-1, podemos escrever esse deslocamento como AF= Gal ty) +28) - Oni ty) +a) ou como AF = (x) — x) + (2 — yD) + — Dk (43) em que as coordenadas (x;, y;, Z:) correspondem ao vetor posigdo 7;, e as coordenadas (xs, Yo, Z2) correspondem ao vetor posicao 7. Podemos também escrever 0 vetor deslocamento substituindo (x) — x;) por Ax, (ye ~ yi) por Ay e (%» ~ %) por Az: AT = Axi + Ayj + Azk. (4-4) Exemplo 4.01 Vetor posicao bidimensional: movimento de um coelho Um coelho atravessa um estacionamento, no qual, por alguma razdo, um conjunto de eixos coordenados foi desenhado. As coordenadas da posicéo do coelho, em metros, em funcao do tempo f, em segundos, sio dadas por x = —0,31f + 7,21 + 28 (4-5) e y = 0,22F — 9,1¢+ 30. (4-6) (a) No instante ¢= 15 s, qual &0 vetor posicéo 7 do coelho na notacio dos vetores unitérios e na notacao médulo-angulo? IDEIA-CHAVE As coordenadas x ey da posigio do coelho, dadas pelas Eqs. 4-5 e 4-6, sdo as componentes escalares do vetor posigdo 7" do coelho, Vamos calcular o valor dessas coordenadas no instante dado e usar a Eq, 3-6 para determinar o médulo e a orientacéo do vetor posicio. Calculos: Podemos escrever F(t) = x(t + y(Oi- (m) >(m) ;— Componente 20 x da posicao 20 ae do coelho. } ; IN| ot eT] a we 1 20 -20 —40 —40 10s fu a je (d) 208 “_Trajotoria do coelho, com varias posigées indicadas Figura 4-2 (a) 0 vetor posigéo de um coelho, 7, no instante f = 15 s. As componentes escalares de j sdo mostradas ao longo dos ceixos.(b)Atrajetéria do coelho ea posigdo do animal para seis valores de. [Fscreveros = (1) em vez de porque as componentes sio funcées de e, portant, j= também éfuncéo det] Emt= 155, as components escalares s30 x = (—0,31)(15)? + (7,2)(15) + 28 = 66m 5 y = (0,22)(15) = (9,1)(15) + 30 = ~57m, oquenos di F = (66 m)i ~ (57 m)j (Resposta) ‘ajo desenho pode ser visto na Fig, 4-2a, Para obter o méduloe o Angulo dey" usamos aq. 3-6; = V(66m)? + ( m tant | 66m Verificagéo: Embora 8 = 139° possua a mesma tangente que ~41°, os sinais das componentes de 7" indicam que o angulo desejado 6 139° 180°=—41°, my = 87m (Resposta) e @=tan 41°. (Resposta) (b) Desenhe o grafico da trajetéria do coelho, det =0at= 25s. Plotagem: Podemos repetira parte (a) para varios valores de t eplotar os resultados. A Fig. 4-2b mostra os pontos do grafico para eis valores det ea curva que liga esses pontos, 4-2 VELOCIDADE MEDIA E VELOCIDADE INSTANTANEA Objetivos do Aprendizado Depois de ler este médulo, vocé sera capaz de ... 4,04 Saber que a velocidade é uma grandeza vetorial e, portanto, possui um médulo e uma orientagao, e pode ser representada por componentes. 4,05 Desenhar vetores velocidade bidimensionais e tridimensionais para uma particula, indicando as componentes em relagéo a um sistema de coordenadas. 4.06 Relacionar os vetores posi¢Ao inicial ¢ final, 0 intervalo de tempo entre as duas posi¢des e o vetor velocidade média de uma particula, utiizando a notagéo médulo-Angulo e a nota¢aio dos vetores unitarios. 4,07 Dado 0 vetor posigao de uma particula em funcéio do tempo, determinar o vetor velocidade instantanea, Ideias-Chave + Se uma particula softe um deslocamento A em um intervalo de tempo At, a velocidade média Vmeq da particula nesse intervalo de tempo € dada por i Ar Vind = At + O limite de Fmeq quando At tende a zero é a velocidade instantanea (ou, simplesmente, velocidade) 7: dr dt que, na notagao dos vetores unitérios, assume a forma +o + Tk, em que v, = dxidt, vy = dyldt e v, = delat. + Aorientagao da velocidade instantanea 7 de uma particula é sempre a mesma da tangente a trajetéria na posigéo em que a particula se encontra no momento, Velocidade Média e Velocidade Instantanea Se uma particula se move de um ponto para outro, podemos estar interessados em saber com que rapidez a particula esté se movendo. Como no Capitulo 2, podemos definir duas grandezas que expressam a “rapidez” de um movimento: velocidade média e velocidade instanténea. No caso de um movimento bidimensional ou tridimensional, porém, devemos considerar essas grandezas como vetores e usar a notagao vetorial. Se uma particula sofre um deslocamento Aj em um intervalo de tempo At, a velocidade média Tinea € dada por Jeslocamento velocidade média : intervalo de tempo 7 Ar on Vine = t (48) Essa equagio nos diz que a orientaco de Fn (0 vetor do lado esquerdo da Eq. 4-8) é igual do deslocamento A7(o vetor do lado direito). Usando a Eq. 4-4, podemos escrever a Eq. 4-8 em termos das componentes vetoriais: Axi + Ayj + Az Avs Ay: Axi + Ayj + Ack Aye, ai ar 7 ar Assim, por exemplo, se uma particula sofre um deslocamento de (12 m){ + (3,0 mt em 2,0 s, a velocidade média durante 0 movimento — _ AF _ (12m)i + 3,0 mk Yuet =, (6,0 m/s)i + (L5 m/s)k Nesse caso, portanto, a velocidade média (uma grandeza vetorial) tem uma componente de 6,0 m/s em relagdo ao eixo x e uma componente de 1,5 m/s em relagdo ao eixo z. Quando falamos da velocidade de uma particula, em geral estamos nos referindo 4 velocidade instanténea 7 em um dado instante. Essa velocidade é 0 valor para o qual tende a velocidade Fines quando o intervalo de tempo At tende a zero. Usando a linguagem do calculo, podemos escrever 7 como a derivada a dt” (4-10) A Fig. 4-3 mostra a trajetéria de uma particula que se move no plano xy. Quando a particula se desloca para a direita ao longo da curva, o vetor posicao gira para a direita. Durante o intervalo de tempo At, 0 vetor posicaio muda de 7, para 7, e o deslocamento da particula é Ay. Para determinar a velocidade instantanea da particula no instante t, (instante em que a particula est na posicao 1), reduzimos o intervalo de tempo At nas vizinhancas de t,, fazendo-o tender a zero. Com isso, trés coisas acontecem: (1) O vetor posigao 7, da Fig. 4-3 se aproxima de 7;, fazendo AF tender a zero. (2) A diregao de AF/AF (e, portanto, de Fs) Se aproxima da diregao da reta tangente a trajetéria da particula na posicao 1. (3) A velocidade média Faq Se aproxima da velocidade instantanea 7 no instante t. Quando a particula se move, 0 vetor posic¢ao muda. Tangente~ ——Este 60 deslocamento. Trajet6ria/ x 0 Figura 4-3 0 deslocamento 7 de uma particula durante um intervalo de tempo At, da posigio 1, com vetor posigio 7's no instante ty, até a posicio 2, com vetor posigdo F2 no instante f. figura mostra também a tangente & trajetéra da particula na posigio 1. No limite At — 0, temos 7, + 7 e, 0 que é mais importante neste contexto 7, assume a diregao da reta tangente. Assim, 7 também assume essa direcao: ELA diegio da velocidade nstantanea de uma partcula€ sempre tangente i trajetéria da paticula na posicéo da paticula, O resultado é 0 mesmo em trés dimensdes: 7 6 sempre tangente a trajetéria da particula. Para escrever a Eq. 4-10 na forma de vetores unitarios, usamos a expresso para 7 dada pela Eq. 4- dz dt V=uit nd + (4-11) em que as componentes escalares de 7 sao dx dy dz a y= y= ==, b a ae et a Assim, por exemplo, dx/dt 6 a componente escalar de 7 em relag&o ao eixo x. Isso significa que podemos encontrar as componentes escalares de 7 derivando as componentes de 7. A Fig. 4-4 mostra o vetor velocidade 7 e as componentes escalares x e y. Note que 7 é tangente a trajetéria da particula na posigdo da particula. Atengdo: Um vetor posicdo, como os que aparecem nas Figs. 4-1 a 4-3, é uma seta que se estende de um ponto (“aqui”) a outro (“la”). Entretanto, um vetor velocidade, como o da Fig. 4-4, ndo se estende de um ponto a outro. No caso do vetor velocidade, a orientagdo do vetor mostra a direcdo instanténea do movimento de uma particula localizada na origem do vetor, e 0 comprimento, que representa 0 médulo da velocidade, pode ser desenhado em qualquer escala. O vetor velocidade é sempre tangente a trajetoria. Estas sao as componentes x ey do vetor velocidade neste instante. Trajetéria 7 x o Figura 4-4 A velocidade 7 de uma particula e as componentes escalares de 7. [Teste 1 A figura mostra uma trajetéria circular descrita por uma particula, Se a velocidade da particula em um dado instante é7' = (2 m/s) ~ (21m/s) i, em qual dos quadrantes a partcula esta se movendo nesse instante se o movimento & (a) no sentido hordrio (b) no sentido anti-horério? Desenhe 7 na figura para os dois casos. y Exemplo 4.02 Velocidade bidimensional: um coelho correndo Determine a velocidade 7 no instante t = 15 s do coelho do exemplo anterior. IDEIA-CHAVE Podemos determinar 7 calculando as derivadas das componentes do vetor posicao do coelho. Gélculos: Aplicando & Eq. 4-5 a parte da Eq. 4-12 correspondentea v, descobrimos que a componentex de 7 & ded SS (051? + 721 + 28 Kod sige ) = —0,621 + 7,2. (413) Ei t = 15 5, isso nos dé v, = 2,1 m/s. Da mesma forma, aplicando a Eq. 4-6 a parte da Eq, 4-12 correspondente a v, descobrimos que a componentey é & _ 4 (999)? — 917 + 30) vy = = oe * om dt dt = 0440 — 9.1. (4-14) Emt=15 5, isso nos dé v, = —2,5 m/s. Assim, de acordo coma Eq. 4-11, ¥ = (-2,1 mis)i + (-2,5 m/s)j. (Resposta) que esta desenhada na Fig. 4-5, tangente&trajetéria do coetho e na diregdo em que o animal esté se movendo em f= 15 s Para obter 0 médulo eo angulo de 7, podemos usar uma calculadora ou escrever, de acordo com a Eq, 3-6, V(-2,1 mp + (-2,5 mis (Resposta) ene (ae 5) e ta! (See tan-!1,19 = —130 (Resposta) Verificacéo: 0 angulo é-130° ou 130° + 180° = 50°? x(m) Estas séo as componentes xe y do vetor velocidade neste instante. Figura 4-5 A velocidade 7 do coelho emt= 15s. 4-3 ACELERACAO MEDIA E ACELERACAO INSTANTANEA Objetivos do Aprendizado Depois de ler este médulo, vocé sera capaz de... 4,08 Saber que a aceleracao ¢ uma grandeza vetorial e que, portanto, possui um médulo e uma orientagéio e pode ser representada por componentes. 4,09 Desenhar vetores aceleragdo bidimensionais e tridimensionais para uma particula, indicando as componentes em relagdo a um sistema de coordenadas. 4,10 Relacionar os vetores velocidade inicial e final, 0 intervalo de tempo entre as duas posigGes e 0 vetor aceleragao média de uma partcula, utilizando a notagaio médulo-Angulo e a notago dos vetores unitarios. 4.11 Dado 0 vetor velocidade de uma particula em fungo do tempo, determinar o vetor aceleracao instantanea. 4.12 Para cada dimenséio do movimento, obter relagdes entre a acelerag: equagdes de aceleragao constante do Capitulo 2, , a velocidade, a posi¢o e o tempo usando as Ideias-Chave + Se a velocidade de uma particula varia de 77; para 72 em um intervalo de tempo At, a aceleragao média da particula nesse intervalo de tempo é > _h-v, Av Gea = = At At’ * O limite de @ még quando At tende a zero é a aceleragao instantanea (ou simplesmente, aceleracao) 7: dv dt que, na notagao dos vetores unitérios, assume a forma a em que a, = dysldt, ay = dvyldt e a, = dv lat Aceleracaéo Média e Aceleracao Instantanea Se a velocidade de uma particula varia de 7, para 77, em um intervalo de tempo At, a aceleracao média 7 més durante o intervalo At é variagaio de velocidade aceleragiio média imtervalo de tempo - _ vy ¥, _ Av = +t = —_ (4-15) Gia a i (4-15) ou Quando fazemos At tender a zero no entorno de um dado instante, Zne tende para a aceleracéo instantanea (ou, simplesmente, aceleragao) 7 nesse instante, ou seja, ea (4-16) dt Se 0 médulo ou a orientagdo da velocidade varia (ou se ambos variam), a particula possui uma aceleracao. Podemws escrever a Eq. 4-16 na notagao dos vetores unitarios substituindo 7 pelo seu valor, dado pela Eq. 4-11, para obter Podemas escrever essa equacao na forma @=aitaj+ak (4-17) em que as componentes escalares de 7 siio. dy dy dy pt og OE (4-18) Assim, podemos obter as componentes escalares de @ derivando as componentes escalares de 7 em relacdo ao tempo. A Fig, 4-6 mostra o vetor aceleragdo je suas componentes escalares para uma particula que se move em duas dimensdes. Atengdo: Um vetor aceleracao, como o da Fig. 4-6, ndo se estende de um ponto a outro. No caso do vetor aceleragio, a orientagéo do vetor é usada para mostrar a diregio instantinea da aceleracao de uma particula localizada na origem do vetor, ¢ o comprimento, que representa o médulo da aceleracao, pode ser desenhado em qualquer escala. Estas sao as componentes xey do vetor aceleracdo » _ Neste instante. o Figura 4-6 A acelerag3oq de uma particula e as O componentes de @. [W1Teste2 Considere as sequintes descrigdes da posigéo (em metros) de uma particula que se move no plano ay: (1) x=-30+4t-2 e y=6rt—4t (2) x=-30 +4t e y=5t—6t @) 7=2°]- t+ =3)) (4) 20543) As componentes x ey da aceleracéo sio constantes em todas essas situacées? A aceleracéo a &constante? Exemplo 4.03 Aceleragao bidimensional: um coelho correndo Determine a aceleracao Z no instante f = 15 s do coelho dos exemplos anteriores IDEIA-CHAVE Podemos determinar a aceleracao 77 calculando as derivadas das componentes da velocidade do coelho. Célulos: Aplicand & Eq, 4-13 aparte da Eq. 4-18 correspondente aa, descobrimos que a componente x de é a — = —0,62 mi at mus 0,621 +7 a, Analogamente, aplicando & Eq. 4-14 a parte da Eq, 4-18 correspondente a, descobrimos que a componentey é ee adr — 94 = 0.44 aa i A= mis Vemos que a aceleracdo nao varia com o tempo (é uma constante), pois a varivel tempo, t, ndo aparece na expresso das componentes da aceleracdo. De acordo com a Eq. 4-17, @ = (-0,62 mis’)i + (0,44 m/s?) (Resposta) que é mostrada superposta a trajetéria do coelho na Fig. 4-7 Para obter o médulo eo angulo de, podemos usar uma calculadora ou a Eq 3-6. No caso do médulo, temos: + (0.44 m a=Vaz = 0,76 mis”. (Resposta) No caso do angulo, temos: 14% 1 (0.44 mis* aco @= tan = tan a a 0,62 mis? Acontece que esse angulo, que é 0 resultado fornecido pelas calculadoras, indica que a orientacao de 7 é para a direita e para baixo na Fig. 4-7. Entretanto, sabemos, pelas componentes x e y, que a orientacio de a” é para a esquerda e para cima, Para determinar 0 outro angulo que possui a mesma tangente que —35°, mas nao é mostrado pelas calculadoras, somamos 180°: 5° + 180° = 145°. (Resposta) Onovo resultado é compativel com as componentes de i. Observe que, como aaceleracao do coelho é constante, omédulo ea orientacao de 7 sao os mesmos em todos os pontos da trajetéria. Este € 0 segundo exemplo no qual precisamos calcular a derivada de um vetor que esté expresso na notacio dos vetores Unitérios. Um erro comum dos estudantes é esquecer os vetores unitdrios e somar diretamente as componentes (a, e a,, no caso), como se estivessem trabalhando com uma soma de escalares. Nao se esqueca de que a derivada de um vetor é sempre um vetor. y (m) Estas sao as componentes xey do vetor aceleragao neste instante. Figura 4-7 A aceleracéo @ do coelho em t= 15 s.0 coelho possui a mesma aceleracio em todos os pontos da trajetéria 4-4 movimento BaListico Objetivos do Aprendizado Depois de ler este médulo, vocé seré capaz de 4.13 Explicar, em um gréfico da trajetéria de um projtil, a variago do médulo e da orientagao da velocidade e da aceleragao ao longo do percurso. 4.14 Apartir da velocidade de langamento, na notagao médulo-angulo ou na notagao dos vetores unitérios, calcular a posi¢ao, 0 deslocamento e a velocidade do projétil em um dado instante de tempo. 4.15 A partir da posigéo, deslocamento e velocidade em um dado instante de tempo, calcular a velocidade de langamento do proj Ideias-Chave + No movimento balistico, uma particula é langada, com velocidade escalar vp, em uma direcéio que faz um Angulo @) com a horizontal (eixo x). Em todo 0 percurso, a aceleragao horizontal é zero, e a aceleragao vertical é ~g (no sentido negativo do eixo y) + As equages de movimento da partcula sfio as seguintes: xX — Xy = (vycos &)t, Y= Y= (Vo sen Gt — 38, = yy sent — gt, vj = (vsen@)? — 2g(y — yo). + Atrajetéria da particula tem a forma de uma parabola e é dada por gx y = (tan 0))x 2(vycos 6)? para Xp = yo = 0. + 0 alcance horizontal R, que é a distancia horizontal percorrida pela particula entre o ponto de langamento e o ponto em que volta & altura do langamento, € dado por © sen 26h g Movimento Balistico Consideraremos, a seguir, um caso especial de movimento bidimensional: uma particula que se move em um plano vertical com velocidade inicial 7g ¢ com uma aceleragao constant, igual & aceleragao de queda livre &, dirigida para baixo. Uma particula que se move dessa forma é chamada de projétil (o que significa que é projetada ou langada), e o movimento é chamado de movimento balistico. O projétil pode ser uma bola de ténis (Fig. 4-8) ou de golfe, mas ndo um avido ou um pato. Muitos esportes envolvem 0 movimento balistico de uma bola; jogadores e técnicos estio sempre procurando controlar esse movimento para obter o maximo de vantagem. O jogador que descobriu a rebatida em Z no raquetebol na década de 1970, por exemplo, vencia os jogos com facilidade porque a trajetéria peculiar da bola no fundo da quadra surpreendia os adversarios. “ Velocidade constante @- x Velocidale constante Figura 4-9 © movimento balistico de um projétl langado da origem de um sistema de coordenadas com velocidade inicial 7g e Angulo Oy Como mostram as componentes da velocidade, 0 movimento é uma combinacio de movimento vertical (com aceleragé0 constante) ¢ movimento horizontal (com velocidade constant). Essa propriedade permite decompor um problema que envolve um movimento bidimensional em dois problemas unidimensionais independentes e mais faceis de serem resolvidos, um para o movimento horizontal (com aceleragdo nula) e outro para o movimento vertical (com aceleragdo constante para baixo). Apresentamos a seguir dois experimentos que mostram que o movimento horizontal e o movimento vertical so realmente independentes. Duas Bolas de Golfe A Fig. 4-10 6 uma fotografia estroboscépica de duas bolas de golfe, uma que simplesmente foi deixada cair e outra que foi lancada horizontalmente por uma mola. As bolas de golfe tém o mesmo movimento vertical; ambas percorrem a mesma distancia vertical no mesmo intervalo de tempo. O fato de uma bola estar se movendo horizontalmente enquanto estd caindo ndo afeta o movimento vertical; ou seja, os movimentos horizontal e vertical sao independentes. Richard Megna/Fundamental Photographs Figura 4-10 Uma bola é deixada cair a partir do repouso no mesmo instante em que outra bola é langada horizontalmente para a dircita, Os movimentos verticais das duas bolas so iguais. Uma Demonstracao Interessante A Fig, 4-11 apresenta uma demonstracéio que tem animado muitas aulas de fisica. Um canudo C é usado para soprar pequenas bolas em direcéo a uma lata suspensa por um eletroimi E. O experimento é arranjado de tal forma que o canudo esta apontado para a lata e o ima solta a lata no mesmo instante em que a bola deixa o tubo. Se g (0 médulo da aceleracio de queda livre) fosse zero, a bola seguiria a trajetéria em linha reta mostrada na Fig, 4-11 e a lata continuaria no mesmo lugar apés ter sido liberada pelo eletroima. Assim, a bola certamente atingiria a lata, independentemente da forca do sopro. Na verdade, g ndo é zero, mas, mesmo assim, a bola sempre atinge a lata! Como mostra a Fig. 4-11, a aceleragao da gravidade faz com que a bola e a lata sofram 0 mesmo deslocamento para baixo, h, em relaciio a posig&o que teriam, a cada instante, se a gravidade fosse nula. Quanto maior a forca do sopro, maior a velocidade inicial da bola, menor 0 tempo que a bola leva para se chocar coma lata e menor o valor de h. Teste 3 Em um dado instante, uma bola que descreve um movimento balistico tem uma velocidade 77 = 25 j — 4,9) (0 eixo x é horizontal, 0 eixo y€ vertical eaponta para cima e7esté em metros por segundo), A bola passou pelo ponto mais alto da trajetéria? Abola ea lata caema mesma distancia h. Figura 4-11 A bola sempre acerta na lata que est caindo, é que as duas percorrem a mesma distancia h em queda livre. Movimento Horizontal Agora estamos preparados para analisar o movimento horizontal e vertical de um projétil. Como ndo existe aceleragdo na direcao horizontal, a componente horizontal v, da velocidade do projétil permanece inalterada e igual ao valor inicial vo, durante toda a trajetéria, como mostra a Fig. 4-12, Em qualquer instante t, 0 deslocamento horizontal do projétil em relacao a posigao inicial, x —_xo, é fornecido pela Eq 2-15 coma = 0, que podemos escrever na forma Como Vo, = Vo COs 8, temos: X — Xy = (vq COS H)t (4-21) Movimento Vertical O movimento vertical é 0 movimento que discutimos no Médulo 2-5 para uma particula em queda livre. O mais importante é que a aceleracao é constante. Assim, a equagdes da Tabela 2-1 podem ser usadas, desde que a seja substituido por -g e 0 eixo x seja substituido pelo eixo y. A Eq. 2-15, por exemplo, se torna Vout — 38¢ = (vy sen @)t — Sg, (4 em que a componente vertical da velocidade inicial, vo, foi substitufda pela expressao equivalente v, sen 05. Da mesma forma, as Eqs. 2-11 e 2-16 se tornam vy = vy sen@y — gt (4-23) = (vp sen)? — 2e(y — ¥ (4-24) Como mostram a Fig. 4-9 e a Eq. 4-23, a componente vertical da velocidade se comporta exatamente como a de uma bola lancada verticalmente para cima. Esta dirigida inicialmente para cima e 0 médulo diminui progressivamente até se anular no ponto mais alto da trajetdria. Em seguida, a componente vertical da velocidade muda de sentido e o médulo passa a aumentar como tempo. Jamie Budge Figura 4-12 A componente vertical da velocidade do skatista esté variando, mas nao a componente horizontal, que é igual 8 velocidade do skate, Em consequéncia, 0 skate permanece abaixo do atleta, permitindo que ele pouse no skate apés 0 salto, Equacao da Trajetéria Podemos obter a equagdo do caminho percorrido pelo projétil (ou seja, da trajetéria) eliminando 0 tempo t nas Eqs. 4-21 e 4-22. Explicitando ¢ na Eq. 4-21 e substituindo o resultado na Eq. 4-22, obtemos, apés algumas manipulagées algébricas, a 2(vq COS By) y = (tan @)x (4-25) Essa é a equacao da trajetéria mostrada na Fig. 4-9. Ao deduzi-la, para simplificar, fizemos xy = 0 e Yo = O nas Eqs. 4-21 e 4-22, respectivamente. Como g, 8) € Vy Sao constantes, a Eq. 4-25 é da forma y = ax + bx’, em que ae b sao constantes. Como se trata da equacao de uma parabola, dizemos que a trajetéria é parabélica. Alcance Horizontal O alcance horizontal R de um projétil é a distancia horizontal percorrida pelo projéti] até voltar & altura inicial (altura de langamento). Para determinar o alcance R, fazemos x — x) = R na Eq. 4-21 ey—yy=Ona Eq. 4-22, 0 que nos dé R= (vy cos &)i e 0 = (vp senO)t — Age? Eliminando t nas duas equagdes, obtemos n COS by Usando a identidade sen 20, = 2 sen 8, cos 6, (veja o Apéndice E), obtemos R =~» sen20. (4-26) & Essa equacao ndo fornece a distancia horizontal percorrida pelo projétil quando a altura final é diferente da altura de langamento. Observe na Eq, 4-26 que R é méximo para sen 26, = 1, 0 que corresponde a 26, 90° ou 6, = 45°. a 9 Oalcance horizontal R é maximo para um Angulo de ancamento de 45°. Quando a altura final é diferente da altura de langamento, como acontece no arremesso de peso, no langamento de disco e no basquetebol, a distancia horizontal maxima nao é atingida para um angulo de langamento de 45°. <= Efeitos do Ar Até agora, supusemos que o ar nao exerce efeito algum sobre o movimento de um projétil. Em muitas situagées, porém, a diferenga entre a trajetéria calculada dessa forma e a trajetéria real do projétil pode ser considerdvel, jA que o ar resiste (se opde) ao movimento. A Fig. 4-13, por exemplo, mostra as trajetérias de duas bolas de beisebol que deixam o bastéo fazendo um Angulo de 60° com a horizontal, com uma velocidade inicial de 44,7 m/s. A wajet6ria I (de uma bola de verdade) foi calculada para as condigées normais de jogo, levando em conta a resisténcia do ar. A trajetéria II (de uma bola em condigdes ideais) é a trajet6ria que a bola seguiria no vacuo. O ar reduz a altura ... ..@ 0 alcance. TAI Figura 4-13 (1) Trajetéria de uma bola, levando em conta a resisténcia do ar. (II) Trajetéria que a bola seguitia no vacuo, calculada usando as equagdes deste capitulo, Os dados correspondentes esto na Tabela 4-1, (Adaptado de “The ‘Trajectory of a Fly Ball’, Peter J. Brancazio, ‘The Physics Teacher, January 1985.) Teste 4 Uma bola de beisebolé reatida na direcdo do campo de ogo, Durante o percurso(ignorando o efeto doar), o que acontece com as componentes (a) horizontal e (b) vertical da velocidade? Qual é a componente (c) horizontal e (d) vertical da aceleracao durante asubida, durante a descida eno ponto mais alto da trajetoria? ‘Tabela 4-1 Trajetérias de Duas Bolas de Beisebol” Trajetéria I (An) Trajetéria | (Vcuo) lance 985m Wm Altura maxima 530m 768m Tempo de peraurso 66s 19s “Veja a Fig, 4.13. O angulo de langamento é 60" e a velocidade de langamento & 44,7 mis, Exemplo 4.04 Projétil langado de um aviao Na Fig. 4-14, um avido de salvamento voa a 198 km/h (= 55,0 m/s), a uma altura constante de 500 m, rumo a um ponto diretamente acima da vitima de um naufrégio, para deivarcair uma balsa. (a) Qual deve sero angulo ¢ dalinha de visada do piloto paraavitima no instante em que opiloto deixacaira balsa? IDEIAS-CHAVE Como, depois de liberada, a balsa é um projétl, os movimentos horizontal e vertical podem ser examinados separadamente (nao é preciso levar em conta a curvatura da trajetéria). Géleulos; Na Fig. 4-14, vemos que $ é dado por b= tant 7) 6 = tan L re (4-27) emquexé.a coordenada horizontal da vitima (eda balsa ao chegar &dgua) e h = 500 m, Podemos calcularx com 0 auxlio da Eq 421 X= xy = (vp Cos 6)t (4.28) Sabemos que x = 0 porque a origem foi colocada no ponto de langamento. Como a balsa & deixada cair endo arremessada do avido, avelocidade inical 7 € igual & velocidade do avido. Assim, sabemos também que a velocidade inicial tem médulo vy = 55,0 m/s e Angulo 6, = 0° (medido em relacio ao semieixo x positivo) Entretanto, nao conhecermos o tempo t que a balsa leva para percorre a distancia do aviao até vitima. Figura 4-14 Um avido lanca uma balsa enquanto se desloca com velocidade constante em um voo horizontal. Durante a queda, a velocidade horizontal da balsa permanece igual velocidade do aviao. Para determinar o valor de t, ternos que considerar o movimento vertical e, mais especificamente, a Eq. 4-22: Vy — yy = (vy sen®%)t — Age? (4.29) Aqui, odeslocamento vertical y-y, da balsa é 500 m(o valor negativo indica que balsa se move para bai). Assim, 500m = (55,0 m/s)(sen0°)r 198 m/s)’. (4-30) Resolvendo essa equacao, obtemos f= 10,1 s. Substituindo na Eq, 4-28, obtemos: x ~ 0 = (55,0 m/s)(cos 0°)(10,1 s), (4-31) ou x=555,5m. Nesse caso, aq. 4-27 nos dé = tan = 48.0 (Resposta) 500m (b) No momento em que a balsa atinge a 4gua, qual é a sua velocidade 77 na nota¢ao dos vetores unitarios e na notacao médulo- Angulo? IDEIAS-CHAVE (1) As componentes horizontal e vertical da velocidade da balsa sdo independentes. (2) A componente v, nao muda em relacéo ao valor inical v, = vp cos 8 porque nao existe uma aceleracio horizontal. (3) A componente v, muda em relagdo ao valor inical vo, =V, sen 6, porque existe uma aceleracdo vertical CGéleulos: Quando abalsa tinge a équa, ¥,= Vy (05 8, = (55,0 m/s)(cos 0°) = 55,0 m/s Usando a Eq, 4-23 eo tempo de queda da balsa t= 10,1 s, descobrimos que, quando a balsaatinge adgua, y fy Sen 8, — gt = (55,0 m/s)(sen 0°) = (9,8 m/s?)(10,1 5). =-99,0 mis. Assim, no momento em que a balsa atinge a Agua, ¥ = (55,0 m/s)i — (99,0 m/s)j (Resposta) Deacordo coma Eq. 3-6, o médulo e o Angulo de sao li3m/s ¢ 60,9". Exemplo 4.05 Langamento a partir de um escorrega aquatico Um dos videos mais impressionantes da intemet (na verdade, totalmente falso) mostra um homem descendo um grande escorrega aquitico, sendo langado no ar e mergulhando em uma piscina. Vamos usar dados realistas para calcular com que velocidade o homer chegaria & piscina. A Fig. 4-15a mostra os pontos inciale final da trajetria balistica e um sistema de coordenadas com a origem no ponto de langamento. Com base no que mostra o video, usamos uma distancia horizontal entre os pontos inical final D = 20,0 m, um tempo de percurso t = 2,50 s e um Angulo de lancamento 6, = 40,0°. Nosso objetivo é calcular o médulo da velocidade no instante em que o homem deixa o escorrega e no instante em que ele mergulha na piscina, Z, 0 Ci ae? 2 a7 Lancamento oo. Y } D a (@ Yor Vo Ts Velocidade ny Velocidade vy, inicial — final 0s (b) (od Figura 4-15 (a) Um homem é lancado de um escorrega aquatico e vai cair em uma piscina, Velocidade do homem (b) ao ser langado do escorrega e (c) ao mergulhar na piscina IDEIAS-CHAVE (1) Como se trata de um movimento balistico, podemos aplicar separadamente as equacées de aceleragéo constante s componentes horizontal e vertical do movimento. (2) Em toda a trajetria, a aceleracéo vertical é a, = 9 = -98 m/s ea aceleracao horizontal é, =0. Gélaalos: Na maioria dos problemas de balistica, o primeiro desafio consiste em escolher as equaGes mals adequadas. Ndo ha nada de errado em experimentar varias equacGes para verse alguma delas permite calcula as velocidades que buscamos. Aqui vai, porém, uma sugestao: Como pretendemos aplicar separadamente as equacBes de aceleragdo constante aos movimentos a0 longo dos eixos xe y, é mais razodvel clcular as componentes horizontal e vertical da velocidade nos pontos inciale final e usar esses resultados para calculara velocidade total nos dois pontos. Vamos comesar pelo movimento horizontal. Como a, = 0, sabemos que a componente horizontal v, da velocidade é constante a0 longo de todo o percurso e, portanto, é igual a componente horizontal vq,no ponto de lancamento. Podemos relacionar essa componente ao deslocamento x x, €ao tempo de percurso usando a Eq. 2-15: x= x)= Vt + dae. (4-32) =20m,4,=0et=2,505, temos: 20m = va 50s) + £(0)(2,50 s) Voy = 8,00 mis. Como mostra a Fig. 415b, as componentes xe y da velocidade sao os catetos de um triéngulo retangulo cuja hipotenusa é 0 médulo da velocidade total. Assim, podemos aplicar a relacio trigonométrica V it cosh, = ——, % quenos da Yur _ 8,00 m/s v1 cos A cos 400° = 10,44 m/s ~ 10,4 mis. (Resposta) Varnos agora calcular 0 médulo v da velocidade no ponto final do percurso. Jé sabemos que a componente horizontal v,, que nao varia com o tempo, € 8,00 m/s. Para determinar a componente vertical v, escrevemos a Eq. 2-11 na forma y+ 4 1 que nos dé, usando urna relacdo trigonométrica(vejaaFig. 4-156), v, = vg sendy + aye. (4-33) —9,8 m/s' et=2,505, obtemos Fazendo v= 10,44 m/s, a,=—9 v,= (10,44 m/s) sen (40,0°) — (9,8 m/s?)(2,50 s) =-17,78 m/s. Agora que conhecemos as duas componentes da velocidade final, podemos usar a Eq, 3-6 para calcular 0 médulo da velocidade: = V(8,00 mis)? + (=17,78 mis)? 19,49 m/s ~ 19,5 mis. (eee) 4-5 MoviMENTo CIRCULAR UNIFORME Objetivos do Aprendizado Depois de ler este médulo, vocé sera capaz de ... 4.16 Desenhar a trajetéria de uma particula que descreve um movimento circular uniforme e explicar 0 comportamento dos vetores velocidade e aceleragao (médulo e orientagao) durante 0 movimento. 4.17 Aplicar as relagdes entre 0 raio da trajetéria circular e 0 periodo, a velocidade escalar e a aceleragao escalar da particula. Ideias-Chave + Se uma particula se move ao longo de uma circunferéncia de raio r com velocidade escalar constante v, dizemos que ela esta descrevendo um movimento circular uniforme; nesse caso, 0 médulo da aceleragao @ tem um valor constante, dado por A aceleracio 7, que & chamada de aceleracdo centripeta, aponta para o centro da circunferéncia ou arco de crcunferéncia. 0 tempo T necessrio para a particula descrever urna circunferéncia completa, conhecido como periodo de revolucdo ou simplesmente periodo, é dado por Movimento Circular Uniforme Uma particula em movimento circular uniforme descreve uma circunferéncia ou um arco de circunferéncia com velocidade escalar constante (uniforme). Embora a velocidade escalar néo varie nesse tipo de movimento, a particula estd acelerada porque a direcdo da velocidade est mudando. A Fig, 4-16 mostra a relagdo entre os vetores velocidade e aceleracaio em varias posigdes durante 0 movimento circular uniforme. O médulo dos dois vetores permanece constante durante 0 movimento, mas a orientagdo varia continuamente. A velocidade esta sempre na direcdo tangente a circunferéncia e tem 0 mesmo sentido que o movimento. A aceleragio esté sempre na direcao radial e aponta para o centro da circunferéncia. Por essa razio, a aceleracdo associada ao movimento circular uniforme é chamada de aceleragao centripeta (“que busca o centro”). Como serd demonstrado a seguir, o médulo dessa aceleragio @ é (aceleragdo centripeta, (4-34) em que r é o raio da circunferéncia e v é a velocidade da particula. O vetor aceleragao sempre aponta para o centro. O vetor velocidade é sempre tangente a trajetoria, Figura 4-16 Os velores velocidade e aceleracdo de uma particule em movimento circular uniforme. Durante esta aceleragéo com velocidade escalar constante, a particula percorre a circunferéncia completa (uma disténcia igual a 2rr) em um intervalo de tempo dado por (periodo). (4-35) O parmetro T & chamado de perfodo de revolugao ou, simplesmente, perfodo. No caso mais geral, periodo € 0 tempo que uma particula leva para completar uma volta em uma trajetéria fechada. Demonstragao da Eq. 4-34 Para determinar 0 médulo e a orientagéo da aceleracdo no caso do movimento circular uniforme, considere a Fig, 4-17. Na Fig. 4-17a, a particula p se move com velocidade escalar constante v enquanto percorre uma circunferéncia de raio r. No instante mostrado, as coordenadas de p sao x, ¢ y,. Como vimos no Médulo 4-2, a velocidade de 7 uma particula em movimento 6 sempre tangente trajetéria da particula na posigao considerada. Na Fig. 4-17a, isso significa que 7 é perpendicular a uma reta r que liga o centro da circunferéncia a posicao da particula. Nesse caso, o Angulo 8 que 7 faz com uma reta paralela ao eixo y passando pelo ponto p é igual ao Angulo @ que o raio r faz como eixo x. ‘As componentes escalares de 7 sdo mostradas na Fig. 4-17b. Em termos dessas componentes, a velocidade 7 pode ser escrita na forma V= yi + vj = (-vsen &t + (v cos 8}. (4-36) Usando o triangulo retangulo da Fig. 4-17a, podemos substituir sen 8 por y,/r e cos 6 por x,/r e escrever )+ CH) tan Para determinar a aceleracao 7 da particula p, devemos calcular a derivada da Eq. 4-37 em relagio ao tempo. Observando que a velocidade escalar ve o raio r no variam com o tempo, obtemos : ei + (= dtp i (4-38) r di r dt Note que a taxa de variagdo com o tempo de y,, dy,/dt, é igual & componente y da velocidade, v,. Analogamente, dx,/dt = v,, e, novamente de acordo com a Fig. 4-17b, v, = -v sen @ € v, = v cos 8. Fazendo essas substituigdes na Eq. 4-38, obtemos (4-39) ———_ wv V (cos 0)? + (sen 9)? = — V1 r r r como queriamos demonstrar. Para determinar a orientacao de 7, calculamos o Angulo $ da Fig. 4-17c: a, vir) sen tan bd = al °} ) = tan 0. a, —(WIr) cos 0 Assim, # = 6, 0 que significa que @ aponta na direcao do raio r da Fig. 4-17a, no sentido do centro da circunferéncia, como queriamos demonstrat. (6) te ( Figura 4-17 Uma particula p em movimento circular uniforme no sentido anti-horério, (a) Posigao e velocidade 7 da particula em um dado instante de tempo. (b) Velocidade 7. (c) Aceleragio a. Um objeto se move com velocidade escalar constante, ao longo de uma trajetéra circular, em um plano xy horizontal com o centro na origern. Quando o objeto esté em x= -2 m,a velocidade é—(4 m/s)i. Determine (a) a velocidade e(b) a aceleracdo do objeto emy= Exemplo 4.06 Pilotos de caga fazendo curvas 05 pilotos de caca se preocupam quando tém que fazer curvas muito fechadas. Como o corpo do piloto fica submetido & aceleracdo centripeta, com a cabeca mais préxima do centro de curvatura, a pressdo sanguinea no cérebro diminui, o que pode levar a perda das funcées cerebrais. 0s sinais de perigo sao varios. Quando a aceleracao centrfpeta é 2g ou 3g, 0 piloto se sente pesado. Por volta de 4g, a visdo do piloto passa para preto e branco e se reduz a “visdo de tunel”. Sea aceleracdo é mantida ou aurnentada,o piloto deixa de enxergar e, logo depois, ele perde a consciéncia, uma situagdo conhecida como g-LOC, da expresso em inglés “g-induced loss of consciousness”, ou seja, “perda de consciéncia induzida por g’ Qual é 0 médulo da aceleracio, em unidades de g, para um piloto cuja aeronave inicia uma curva horizontal com uma velocidade 7, = (400; + 500j) m/s e, 24,0 s mais tarde, termina a curva com uma velocidade 77, = (~400] - 500}) m/s? IDEIAS-CHAVE Supomos que o avido executa a curva com um movimento circular uniforme. Nesse caso, o médulo da aceleracao centripeta é dado pela Eq, 4-34 (a= /R), em que R é 0 raio da curva, O tempo necessério para descrever uma circunferéncia completa é o perfodo dado pela Eq. 4-35 (T= 2nR}/). 0) em segundos. (a) Qual é a aceleracao no instante “17 Um carro se move em um plano xy com componentes da aceleragao a, = 4,0 ns? e a, = 2,0 mvs”. A velocidade inicial tem componentes Vo, = 8,0 Vs € Voy = 12 ns. Qual é a velacidade do carro, na notacaio dos vetores unitdrios, quando atinge a maior coordenada y? --18 Um vento moderado acelera um seixo em um plano horizontal xy com uma aceleragao constante @ = (5,00 nvs*)i + (7,00 nvs’)j. No instante ¢ = 0, a velocidade € (4,00 mvs)}. Quais sao (a) o médulo e (b) 0 Angulo da velocidade do seixo apés ter se deslocado 12,0 m paralelamente ao eixo x? +=-19 A aceleragio de uma particula que se move em um plano horizontal xy é dada por a = (3¢} + 4t/), em que 7 est em metros por segundo ao quadrado ¢ ¢ em segundos. Em t = 0, 0 vetor posicao 7 = (20,00 m)i + (40,0 m)j indica a localizagao da particula, que nesse instante tem uma velocidade 7 = (5,00 nvs)i + (2,00 m/s)j. Em t = 4,00 s, determine (a) 0 vetor posicao na notagdo dos vetores unitarios e (b) o Angulo entre a dirego do movimento e o semieixo x positivo. ++-20 Na Fig. 4-32, a particula A se move ao longo da reta y = 30 m com uma velocidade constante 7 de médulo 3,0 nvs, paralela ao eixo x. No instante em que a particula A passa pelo eixo y, a particula B deixa a origem com velocidade inicial zero e aceleragao constante 7 de médulo 0,40 nvs*. Para que valor do angulo @ entre e 7 0 semieixo y positive acontece uma coliséo? Figura 4-32 Problema 20. Médulo 4-4 Movimento Balistico “21 Um dardo € arremessado horizontalmente com uma velocidade inicial de 10 mvs em direcdo a um ponto P, o centro de um alvo de parede, O dardo atinge um ponto Q do alvo, verticalmente abaixo de P, 0,19 s depois do arremesso, (a) Qual é a distancia PQ? (b) A que distancia do alvo foi arremessado 0 dardo? 22 Uma pequena bola rola horizontalmente até a borda de uma mesa de 1,20 m de altura e cai no chao. A bola chega ao chao a uma distincia horizontal de 1,52 m da borda da mesa. (a) Por quanto tempo a bola fica no ar? (b) Qual é a velocidade da bola no instante em que ela chega a borda da mesa? -23 Um projétil é disparado horizontalmente de uma arma que esté 45,0 m acima de um terreno plano, saindo da arma com uma velocidade de 250 ny. (a) Por quanto tempo o projétil permanece no ar? (b) A que distancia horizontal do ponto de disparo o projétil se choca com o solo? (c) Qual é 0 médulo da componente vertical da velocidade quando o projétil se choca com o solo? -24 <= No Campeonato Mundial de Adletismo de 1991, em Téquio, Mike Powell saltou 8,95 m, batendo por 5 cm um recorde de 23 anos estabelecido por Bob Beamon para o salto em distancia. Suponha que Powell iniciou o salto com uma velocidade de 9,5 m/s (aproximadamente igual a de um velocista) e que g = 9,8 m/s? em Téquio. Calcule a diferenga entre o alcance de Powell e 0 maximo alcance possivel para uma particula langada com a mesma velocidade. “25 <= O recorde atual de salto de motocicleta é 77,0 m, estabelecido por Jason Renie. Suponha que Renie tivesse partido da rampa fazendo um Angulo de 12° com a horizontal e que as rampas de subida e de descida tivessem a mesma altura. Determine a velocidade inicial, desprezando a resisténcia do ar. +26 Uma pedra é lancada por uma catapulta no instante t = 0, com uma velocidade inicial de médulo 20,0 m/s e Angulo 40,0° acima da horizontal. Quais sio os médulos das componentes (a) horizontal e (b) vertical do deslocamento da pedra em relacao & catapulta em t = 1,10 s? Repita os calculos para as componentes (c) horizontal e (d) vertical em t = 1,80 s e para as componentes (e) horizontal e (f) vertical emt=5,00s. *:27 Um aviao esta mergulhando com um Angulo @ = 30,0° abaixo da horizontal, a uma velocidade de 290,0 knv/h, quando o piloto libera um chamariz (Fig. 4-33). A disténcia horizontal entre o ponto de langamento e 0 ponto no qual o chamariz se choca com o solo é d = 700 m. (a) Quanto tempo o chamariz passou no ar? (b) De que altura foi lancado? Figura 4-33 Problema 27. “+28 Na Fig, 4-34, uma pedra é lancada para o alto de um rochedo de altura h com uma velocidade inicial de 42,0 ms e um Angulo 8, = 60,0° com a horizontal. A pedra cai em um ponto A, 5,50 s apés 0 langamento. Determine (a) a altura h do rochedo, (b) a velocidade da pedra imediatamente antes do impacto emA e (c) a altura maxima H alcangada acima do solo. Fh Figura 4-34 Problema 28. -29 A velocidade de langamento de um projétil é cinco vezes maior que a velocidade na altura maxima. Determine o Angulo de langamento 8. *30 Uma bola de futebol é chutada, a partir do chao, com uma velocidade inicial de 19,5 m/s e um Angulo para cima de 45°. No mesmo instante, um jogador a 5S m de distancia, na diregao do chute, comega a correr para receber a bola. Qual deve ser a velocidade média do jogador para que alcance a bola imediatamente antes de tocar o gramado? +31 AGE Ao dar uma cortada, um jogador de voleibol golpeia a bola com forga, de cima para baixo, em direcao & quadra adverséria, £ dificil controlar o Angulo da cortada. Suponha que uma bola seja cortada de uma altura de 2,30 m, com uma velocidade inicial de 20,0 m/s e um Angulo para baixo de 18,00°. Se o Angulo para baixo diminuir para 8,00°, a que distincia adicional a bola atingird a quadra adversaria? +32. Vocé lanca uma bola em direcéio a uma parede com uma velocidade de 25,0 m/s e um ngulo 05 = 40,0° acima da horizontal (Fig. 4-35). A parede est a uma distdncia d = 22,0 m do ponto de lancamento da bola. (a) A que distancia acima do ponto de lancamento a bola atinge a parede? Quais sio as componentes (b) horizontal e (c) vertical da velocidade da bola ao atingir a parede? (d) Ao atingir a parede, a bola ja passou pelo ponto mais alto da trajetéria? Figura 4-35 Problema 32. --33 Um avido, mergulhando com velocidade constante em um Angulo de 53,0° com a vertical, langa um projétil a uma altitude de 730 m. O projétil chega ao solo 5,00 s apés o lancamento. (a) Qual é a velocidade do avido? (b) Que distancia o projétil percorre horizontalmente durante 0 percurso? Quais so as componentes (c) horizontal e (d) vertical da velocidade do projétil no momento em que ele chega ao solo? +34 <0 O trebuchet era uma maquina de arremesso construfda para atacar as muralhas de um castelo durante um cerco. Uma grande pedra podia ser arremessada contra uma muralha para derrubé-la. A maquina nao era instalada perto da muralha porque os operadores seriam um alvo facil para as flechas disparadas do alto das muralhas do castelo. vez disso, o trebuchet era posicionado de tal forma que a pedra atingia a muralha na parte descendente da trajetéria, Suponha que uma pedra fosse langada com uma velocidade v, = 28,0 mvs e um Angulo 8, = 40,0°, Qual seria a velocidade da pedra se ela atingisse a muralha (a) no momento em que chegasse & altura maxima da trajetéria parabélica ¢ (b) depois de cair para metade da altura maxima? (c) Qual a diferenga percentual entre as respostas dos itens (b) e (a)? +35 Um rifle que atira balas a 460 m/s é apontado para um alvo situado a 45,7 m de distancia. Se o centro do alvo esté na mesma altura do rifle, para que altura acima do alvo o cano do rifle deve ser apontado para que a bala atinja o centro do alvo? --36 Durante uma partida de ténis, um jogador saca a 23,6 m/s, com o centro da bola deixando a raquete horizontalmente a 2,37 m de altura em relagéo 4 quadra. A rede esté a 12 m de distancia e tem 0,90 m de altura. (a) A bola passa para 0 outro lado da quadra? (b) Qual é a distancia entre o centro da bola e o alto da rede quando a bola chega & rede? Suponha que, nas mesmas condigdes, a bola deixe a raquete fazendo um Angulo 5,00° abaixo da horizontal. Nesse caso, (c) a bola passa para o outro lado da quadra? (4) Qual €a distancia entre o centro da bola e o alto da rede quando a bola chega 4 rede? --37 Um mergulhador salta com uma velocidade horizontal de 2,00 m/s de uma plataforma que esté 10,0 macima da superficie da agua. (a) A que distincia horizontal da borda da plataforma est o mergulhador 0,800 s apés 0 inicio do salto? (b) A que disténcia vertical acima da superficie da Agua est o mergulhador nesse instante? (c) A que distancia horizontal da borda da plataforma o mergulhador atinge a agua? -38 Uma bola de golfe recebe uma tacada no solo. A velocidade da bola em funcao do tempo é mostrada na Fig. 4-36, em que t = 0 é 0 instante em que a bola foi golpeada. A escala vertical do grafico é definida por v, = 19 mvs e v, = 31 mvs. (a) Que distancia horizontal a bola de golfe percorre antes de tocar novamente o solo? (b) Qual é a altura maxima atingida pela bola? v5] v (m/s) Figura 4-36 Problema 38. +39 Na Fig, 4-37, uma bola é langada para a esquerda da borda esquerda do terraco de um edificio. O ponto de langamento esté a uma altura h em relacao ao solo, e a bola chega ao solo 1,50 s depois, a uma distancia horizontal d = 25,0 m do ponto de lancamento e fazendo um angulo @ = 60,0° com a horizontal. (a) Determine 0 valor de h. (Sugestdo: Uma forma de resolver o problema é inverter 0 movimento, como se vocé estivesse vendo um filme de tds para a frente.) Qual é (b) 0 médulo e (c) qual o Angulo em relacio a horizontal com que a bola foi langada? (d) © Angulo é para cima ou para baixo em relacao a horizontal? CLEC | 4 OOS | = Figura 4-37 Problema 39. --40 <9 Um arremessador de peso de nivel olimpico 6 capaz de langar 0 peso com uma velocidade inicial vj = 15,00 ms de uma altura de 2,160 m. Que distancia horizontal é coberta pelo peso se o angulo de langamento @ é (a) 45,00° e (b) 42,00°? As respostas mostram que o angulo de 45°, que maximiza o alcance dos projéteis, nao maximiza a distancia horizontal quando a altura inicial e a altura final sio diferentes, +-41 <4 Quando vé um inseto pousado em uma planta perto da superficie da Agua, 0 peixe arqueiro coloca o focinho para fora e lanca um jato d’agua na dire¢do do inseto para derrubé-lo na gua (Fig. 4- 38). Embora o peixe veja o inseto na extremidade de um segmento de reta de comprimento d, que faz um Angulo @ com a superficie da Agua, o jato deve ser langado com um Angulo diferente, 8, para que o jato atinja o inseto depois de descrever uma trajetéria parabélica. Se $ = 36,0°, d = 0,900 me a velocidade de langamento é 3,56 mV/s, qual deve ser o valor de 8, para que o jato esteja no ponto mais alto da trajetéria quando atinge o inseto? Inseto Pra. arqueiro +-42 <= Em 1939, ou 1940, Emanuel Zacchini levou seu nimero de bala humana a novas alturas: disparado por um canhio, ele passou por cima de trés rodas-gigantes antes de cair em uma rede (Fig. 4- Figura 4-38 Problema 41. 39). Suponha que ele tenha sido langado com uma velocidade de 26,5 m/s e em um Angulo de 53,0°. (a) Tratando Zacchini como uma particula, determine a que distancia vertical ele passou da primeira roda- gigante. (b) Se Zacchini atingiu a altura maxima quando passou pela roda-gigante do meio, a que distancia vertical passou dessa roda-gigante? (c) A que distancia do canhio devia estar posicionado o centro da rede (desprezando a resisténcia do ar)? Figura 4-39 Problema 42. +43 Uma bola é langada a partir do solo. Quando atinge uma altura de 9,1 m, a velocidade 6 7 = (7,61 + 6,1)) mvs, com } horizontal e j para cima. (a) Qual é a altura maxima atingida pela bola? (b) Qual é a distancia horizontal coberta pela bola? Quais so (c) 0 médulo e (d) 0 Angulo (abaixo da horizontal) da velocidade da bola no instante em que ela atinge 0 solo? --44 Uma bola de beisebol deixa a mio do lancador horizontalmente com uma velocidade de 161 knv/h. A distdncia até o rebatedor é 18,3 m. (a) Quanto tempo a bola leva para percorrer a primeira metade da distancia? (b) E a segunda metade? (c) Que distancia a bola cai livremente durante a primeira metade? (@) E durante a segunda metade? (e) Por que as respostas dos itens (c) e (d) no sao iguais? -45 Na Fig, 4-40, uma bola é lancada com uma velocidade de 10,0 m/s ¢ um angulo de 50,0° com a horizontal. © ponto de langamento fica na base de uma rampa de comprimento horizontal d, = 6,00 me altura d, = 3,60 m, No alto da rampa existe um estrado horizontal. (a) A bola cai na rampa ou no estrado? No momento em que a bola cai, quais so (b) o médulo ¢ (c) 0 Angulo do deslocamento da bola em relagao ao ponto de langamento? Figura 4-40 Problema 45. --46 <= Alguns jogadores de basquetebol parecem flutuar no ar durante um salto em diregao a cesta. A ilusdo depende, em boa parte, da capacidade de um jogador experiente de trocar rapidamente a bola de mao durante o salto, mas pode ser acentuada pelo fato de que o jogador percorre uma distancia horizontal maior na parte superior do salto do que na parte inferior. Se um jogador salta com uma velocidade inicial vy = 7,00 mvs e um Angulo @, = 35,0°, que porcentagem do alcance do salto o jogador passa na metade superior do salto (entre a altura maxima e metade da altura maxima)? --47 Um rebatedor golpeia uma bola de beisebol quando o centro da bola esté 1,22 macima do solo. A bola deixa o taco fazendo um Angulo de 45° com o solo e com uma velocidade tal que o alcance horizontal (distancia até voltar altura de langamento) é 107 m. (a) A bola consegue passar por um alambrado de 7,32 mde altura que esta a uma distancia horizontal de 97,5 m do ponto inicial? (b) Qual & a distancia entre a extremidade superior do alambrado e o centro da bola quando a bola chega ao alambrado? -48 Na Fig, 4-41, uma bola é arremessada para o alto de um edificio, caindo 4,00 s depois a uma altura h = 20,0 macima da altura de langamento. A trajetéria da bola no final tem uma inclinacao @ = 60 em relagdo a horizontal. (a) Determine a distancia horizontal d coberta pela bola. (Veja a sugestio do Problema 39.) Quais sdo (b) 0 médulo ¢ (c) o Angulo (em relagao & horizontal) da velocidade inicial da bola? Figura 4-41 Problema 48. +49 O chute de um jogador de futebol americano imprime & bola uma velocidade inicial de 25 nvs. Quais so (a) o menor e (b) o maior Angulo de elevago que ele pode imprimir a bola para marcar um field goal" a partir de um ponto situado a 50 m da meta, cujo travessio esta 3,44 m acima do gramado? ++50 Dois segundos apés ter sido langado a partir do solo, um projétil deslocou-se 40 m horizontalmente e 53 m verticalmente em relago ao ponto de langamento. Quais sdio as componentes (a) horizontal e (b) vertical da velocidade inicial do projétil? (c) Qual é 0 deslocamento horizontal em relago ao ponto de langamento no instante em que o projétil atinge a altura maxima em relagao ao solo? ++°51 <6 Os esquiadores experientes costumam dar um pequeno salto antes de chegarem a uma encosta descendente, Considere um salto no qual a velocidade inicial é vy = 10 nVs, o Angulo é 8) = 11,3°, a pista antes do salto 6 aproximadamente plana e a encosta tem uma inclinagao de 9,0°. A Fig. 4-42a mostra um pré-salto no qual o esquiador desce no inicio da encosta. A Fig. 4-42b mostra um salto que comeca no momento em que o esquiador esté chegando a encosta. Na Fig. 4-42a, 0 esquiador desce aproximadamente na mesma altura em que comecou o salto. (a) Qual é o angulo ¢ entre a trajetéria do esquiador e a encosta na situagao da Fig, 4-42a? Na situacao da Fig. 4-42b, (b) 0 esquiador desce quantos metros abaixo da altura em que comeou o salto? (c) Qual é 0 valor de ¢? (A queda maior e o maior valor de @ podem fazer o esquiador perder o equilibrio.) a a ie (a) (d) Figura 4-42 Problema 51. ++52 Uma bola é langada do solo em direciio a uma parede que est a uma distincia x (Fig, 4-43a). A Fig. 4-43b mostra a componente v, da velocidade da bola no instante em que ela alcanca a parede em fungdo da distancia x. As escalas do grafico sao definidas por v,, = 5,0 m/s ¢ x, = 20 m. Qual é o Angulo do langamento? (@ x(m) (b) Figura 4-43 Problema 52. ++-53 Na Fig, 4-44, uma bola de beisebol é golpeada a uma altura h = 1,00 me apanhada na mesma altura, Deslocando-se paralelamente a um muro, a bola passa pelo alto do muro 1,00 s apés ter sido golpeada e, novamente, 4,00 s depois, quando est descendo, em posicdes separadas por uma distancia D = 50,0 m, (a) Qual é a distancia horizontal percorrida pela bola, do instante em que foi golpeada até ser apanhada? Quais sao (b) 0 médulo e (c) o Angulo (em relagéo & horizontal) da velocidade da bola imediatamente apés ter sido golpeada? (d) Qual é a altura do muro? Figura 4-44 Problema 53. «+54 Uma bola é langada a partir do solo com uma dada velocidade. A Fig. 4-45 mostra o alcance R em fungao ao Angulo de langamento 6. O tempo de percurso depende do valor de 84; Seja fs, 0 maior valor possivel desse tempo. Qual é a menor velocidade que a bola possui durante o percurso se 0, escolhido de tal forma que o tempo de percurso seja 0,5tmix? 200} R(m) 100) Figura 4-45 Problema 54. «55 Uma bola rola horizontalmente do alto de uma escada a uma velocidade de 1,52 m/s. Os degraus tém 20,3 cm de altura e 20,3 cm de largura, Em que degrau a bola bate primeiro? Médulo 4-5 Movimento Circular Uniforme “56 Um satélite da Terra se move em uma érbita circular, 640 km acima da superficie da Terra, com um perfodo de 98,0 min. Quais sao (a) a velocidade ¢ (b) 0 médulo da aceleracao centripeta do satélite? “57 Um carrossel de um parque de diversdes gira em torno de um eixo vertical com velocidade angular constante. Um homem em pé na borda do carrossel tem uma velocidade escalar constante de 3,66 nvs e uma aceleracao centripeta 7 de médulo 1,83 nvs®. O vetor posigao 7 indica a posigao do homem em relagdo ao eixo do carrossel. (a) Qual é 0 médulo de 7? Qual é 0 sentido de 7 quando @ aponta (b) para leste e (c) para o sul? -58 Um ventilador realiza 1200 revolugdes por minuto. Considere um ponto situado na extremidade de uma das pas, que descreve uma circunferéncia com 0,15 m de raio. (a) Que distancia o ponto percorre em uma revolugdo? Quais so (b) a velocidade do ponto e (c) o médulo da aceleracaio? (d) Qual é 0 periodo do movimento? -59 Uma mulher esté em uma roda-gigante com 15 m de raio que completa cinco voltas em torno do eixo horizontal a cada minuto. Quais so (a) 0 periodo do movimento, (b) 0 médulo e (c) o sentido da aceleragao centripeta no ponto mais alto, e (d) o médulo e (e) o sentido da aceleracio centripeta da mulher no ponto mais baixo? -60 Um viciado em aceleracdo centripeta executa um movimento circular uniforme de periodo T= 2,0 se raio r= 3,00 m, No instante f,, a aceleraco é @ = (6,00 m/s*)i + (4,00 m/s?)j, Quais sdo, nesse instante, os valores de (a) 7 @ e (b) Fx 7? “61 Quando uma grande estrela se torna uma supernova, o nticleo da estrela pode ser tio comprimido que ela se transforma em uma estrela de néutrons, com um raio de cerca de 20 km, Se uma estrela de néutrons completa uma revolucio a cada segundo, (a) qual é o médulo da velocidade de uma particula situada no equador da estrela e (b) qual é 0 médulo da aceleragao centripeta da particula? (c) Se a estrela de néutrons gira mais depressa, as respostas dos itens (a) e (b) aumentam, diminuem ou permanecem as mesmas? “62 Qual 6 0 médulo da aceleracao de um velocista que corre a 10 m/s ao fazer uma curva com 25 m de aio? +63 Em f; = 2,00 s, a aceleragao de uma particula em movimento circular no sentido anti-hordrio é (6,00 ms); + (4,00 m/s?)j. A particula se move com velocidade escalar constante. Em t, = 5,00 s, a aceleragao € (4,00 m/s”)? + (6,00 m/s)}. Qual é 0 raio da trajetéria da particula se a diferenga t, ~ t, 6 menor que um periodo de rotacao? +64 Uma particula descreve um movimento circular uniforme em um plano horizontal xy. Em um dado instante, a particula passa pelo ponto de coordenadas (4,00 m, 4,00 m) com uma velocidade de -5,00} ns e uma aceleracio de +12,5j mvs”. Quais sao as coordenadas (a) x e (b) y do centro da trajetoria

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