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Em contraste com outros pesquisadores nas ex-coldnias que argumentavam que a ideia de descolonizagao “poderia ser ‘empregada para descrever quo a8 iniciativas para a descolonizagio [| foram tomadas pelos poderes metropolitanos’, e que preferem, como alternativa, 0 conceito de libertagdo, Chamberlain (1985, p. 1) afirma que um historiador “deve tentar manter o equilibrio” entre a verificagao das “politicas dos pode- res coloniais ¢ as ideias e iniciativas que vieram do colonizado”. Ela também argumenta que historiadores devem “ver o problema em uma perspectiva mais longe’, tracando, diferentemente de libertadores e ativistas decoloniais nio historiadores, as raizes dos movimentos de descolonizagao ocorridos entre 1947 e 1968. apelo de Chamberlain para o equilibrio e para uma “perspectiva ‘mais longa” ¢ adequado, Entretanto, limites muito ébvios aparecem em seu estudo quando se considera que: a) os impérios europeus permanecem como sua principal unidade de andlise; b) grande parte do seu livro concentra-se no Império Britdnico; e c) os vastos impérios espanhol e portugues si0 mencionados somente brevemente, principalmente no capitulo intitulado ' Versio modificada deste capitulo sairé publicada no livro Critical Transitions Genealogies and Trajectories of Change, organizado por Marc Botha e Patricia Waugh. Bloomsbury Press. Tradusio de Dionisio da Silva Piments, doutarando.em Sociologia, com bolsa FAPESP pelo PPGS-UFSCar (2015-2018), e visiting scholar, com bolsa FAPESP, na Rutgers Univesity (2017-2018), “Os impérios dos menores poderes europens”. 0 texto nio oferece conside- ragdes aprofundadas sobre a relevancia das doutrinas da “descoberta”, bem como das expedlides ¢ dos conflitos anteriores na transformagio das formas de conquista e colonizacao que emergiram com a virada da centralidade do Mar Mediterrineo para o Oceano Atlantico na historia eno comiércio europeu ‘ena formagio do Novo Mundo. Essa “perspectiva mais longa” é crucial para se entender a colonizagao e a descolonizacao, especialmente quando grupos colonizados e outrora colonizados tendem a experimentar partes dessa historia ‘ndo como um passado que existe como um trago, mas sim camo um presente vivo. Essa transformagio do tempo em side um tempo histérico-cronol6gico para 0 que parece ser uma forma de temporalidade anacronica por meio da qual grupos sio expostos a légicas e conflitos que so considerados como ino mais existentes, é parte dos legados da colonizacio e um alvo central da critica dos esforgos decoloniais. Por isso a perspectiva do ativista decolonial torna-se indispensével a qualquer esforgo intelectual, incluindo aquele do historiador, ¢ também por isso nao se pode ficar satisfeito com a relagdo que Chamberlain coloca entre libertagao e descolonizagiio ou entre investigacio histérica eativismo. ‘Tomando como exemplo Os condenadas da terra, de Frantz Fanon (2004), euuso descolonizagio como um conceito que esté fundamentalmente alinhado com o conceito de liberta¢ao, pelo menos nos modos que tem sido usado pelos ‘movimentos que se opdem & colonizacao. Libertacio expressa os desejos do colonizado que nao quer atingir a maturidade e tornar-se emancipado como ‘0s europeus iluministas que condenam a tradiglo ~ néo que essa sea a ‘inica forma de conceber a emancipagdo -, mas sim organizar e obter sua prépria liberdade. Um objetivo tipico desses esforcos tem sido tanto a independéncia politica quanto a econdmica. Independéncia, todavia, no necessariamente implica descolonizagio na medida em que hé l6gicas coloniais e representagbes que podem continuar existindo depois do climax especifico dos movimentos de libertagio e da conquista da independéncia, Nesse contexto, decoloniali- dade como um conceito oferece dois lembretes-chave: primeiro, mantém-se a colonizagio e suas varias dimensies laras no horizonte de luta; segundo, serve Como uma constante lembranga de que a légica e os legados do colenialismo podem continuar existindo mesmo depois do fim da colonizagao formal e da conquista da independéncia econdmicae politica, E por isso que o conceito de decolonialidade desempenha um importante papel em virias formas de trabalho intelectual, ativistae artistico atualmente, _ ‘Tentarei abordar aqui alguns desses problemas e oferecer uma visio da decolonalidade que considereo significado da colonizacio ea agéncia do cxlnizado, so envoterd um engajaento sro coma “perspective mas Tonga” que Chamberlain invoca, a qual tem sido perte de luta por libertagio, + também do esforgo para compreendé-la por meio das lentes tedricas arediidas por pensadores do antigo edo atual mundo colonizado, muitos fos quais foram ou slo ativstase artista, Esse insight tebrico oferece a0 ‘menos duas contribuigSes importantes. Primeiro, ajuda a combater a line- ‘aridade da temporalidade que integra alogica das ciéncias europeias:histo- ricismo, empiricismo e positivismo, Essas correntes do pensamento tendem a abordar o conhecimento como uma soma de dados que sio observados, quantificados e analisados, Os dados tém sido o modo predominante de se referir aos potenciais objetos de conhecimento, como s¢ eles aparecessem em um campo de temporalidade linear, que torna extremamente dificil explorar fendmenos que refletem ou s8o encontrado na intersecgio de temporalidades. Desse ponto de vista, colonizagio ¢ descolonizacio sio a soma do visivel e/ou dos eventos quantificaveis que aparecem dentro de tum certo periado de tempo, ambas fundamentalmente pertencentes a um ‘momento do passado. A decolonialidade, como uma luta viva no meio de -visdes e maneiras competitivas de experienciar 0 tempo, o espago ¢ outras coordenadas bisicas de subjetividade ¢ sociabilidade humana, precisa de ‘uma abordagem diferente. ‘A teoria decolonial, como abordarei aqui, criticamente reflete sobre nosso senso comum e sobre pressuposigdes cientificas referentes a tempo, espago, conhecimento e subjetividade, entre outras éreas-chave da experiéncia ‘humana, permitindo-nos identificar e explicar os modos pelos quais sujeitos colonizados experienciam a colonizagdo, ao mesmo tempo em que fornece ferramentas conceituais para avancar a descolonizagio. Esse simultneo en- gajamento construtivo e critico &a segunda contribuicio fundamental euma fungao-chave do pensamento e da teoria decolonial. Mais especificamente, © pensamento ¢ a teoria decoloniais exigem um engajamento critico com 4s teorias da modernidade, que tendem a servir como estruturas epistemo- lgicas das ciencias sociais ¢ humanidades europetas. O tempofespago da descolonizacio nao é considerado pela modernidade europeia; a0 contrario, Promove uma ruptura com ela. De uma perspectiva moderna, entretanto, a decolonialidade é frequentemente representada como tentativa de retorno 20 passado ou como um esforgo em retroceder a formagées culturais e sociais ré-modernas. Entio, eu comegarei aqui com um esforgo em clarificara relagao entre modernidade e colonizagio. Civilizagao moderna ocidental como modernidade/colonialidade ‘A modernidade ocidental & comumente entendida como a época da ‘mais avancada forma de civilizagao em comparagdo a outros arranjos sécio- culturais, politicos e econdmicos que aparecem como menos civilizados, nio sent de arenas expeciias, tas como/o mundo académico eo atitico. fonialidade requer nao somente a emergéncia de uma mente critica, giro decolonial requer uma suspensio da légica Se sas também de sentidos reavivados que objetivem afirmar conexio em cia das instituigese pritias que mantam a modernidadc tla a plstaforma decolonal ara musts suet extensecrstivos cooptados pela Feado reconhecimento tavez termine aqui, eclesse tornam,em uma ocasiso “ou mais que em tima ocasido, agentes da colonialidade. Oativismo tradicional também pode cair em tais formas de cooptagio e Gecadéncia, Isso acontece quando ativistas se consideram mais radicais que 08 teéricos eartistas, por exemplo, como seo verdadeiro ativismo no procuresse 16, comma Sh juntar esss Areas e mobilié-las contra os muros de separacéo criados pele e todernidade/colonialidade, 0 ativismo ndo é, portanto, algo que existe fora do pensamento ou da criagdo. © ativismo ocorre através deles, assim como na discussio de estratégias para mudar instituigdes especificas na sociedade- ‘Mas, para que o giro decolonial se torne um projeto, nenhume dessas dreas de atividades pode existr isoladamente. A agéncia do condenado é definida pelo pensamento, pela criagdo e pela agio, de um modo que busque trazer juntas as virias expressdes do condenado para mudar o mundo, giro estetico decolonial é um distanciamento da colon‘alidade da visio edo sentido. F um aspecto-chave da decolonialidade do sex, incluindo 1 decolonialidade do tempo, espaco e subjetividade. Ele esta tembém co- nectado a decolonialidade da espiritualidade, um ponto que é ben expresso por Anzaldiia quando ela escreve que, “na etnopoética e performance do xama, meu povo, 0s indigenas, no separavam 0 artistico do funcional, 0 sagrado do secular, a arte da vida cotidiana, Os propdsitos religiosos, sociais «estéticos da arte estavam todos interligados” (ANZALDUA, 2007, p. 88). A cespiritualidade esta em grande parte conectada & decolonialidade do ser € também a0 abarcamento da unidade de saber, poder e ser, A estética de- colonial tem também esse caréter: liga e interliga, conecta e reconecta 0 eu ‘consigo mesmo, o conhecimento com as ideias, as ideias com as quest6es, as questdes com 05 modos de ser. resposta previsivel: a ordem scartar a anomalia tanto rejitando, minimizando, humilhando, matando e exotizando quanto estereotipando o zondenado. A atitude decolonial envolve rentincia aos sistemas de valores que permitem que ‘ resposta que busca desqualificar o condenado como uma anorralia funcione. ‘Mas um condenado sozinho nao pode ir muito longe. ‘ALGUMAS DIMENSOES BASICAS, Uns ras oat acl aaa om a ‘ betmeat —descnbnde Poser a ponent | Eater Conder) eto oni nd ve \ Neoasog a Decoded dor Referencias ANZALDUA, Gloria E. Borderlands/La Frontera: The New Mestiva. San Francisco: Aunt Lute Books. 2007. ANZALDUA, Gloria E.; KEATING, Analouise (Eds). This Bridge We Call Home: Racal Visions for Transformation. New York: Routledge, 2002. sueve. I Write What I Like: Selected Witings. Chicago: University of Chi- eago Pres, 2002. [1978] SJOWDEN, Bret. The Empire of Civilization: The Evolution of an Imperial Ia. Chicago: The University of Chicago Press, 2009, CESAIRE, Aimé. Discourse on Colonial. New York: Monthly Review Press, 2000. CHAMBERLAIN, M.E. Decolonization: The Fall ofthe European Empires. Oxford: Blackwell Publishers, 1985. 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