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TEORIA GERAL DOS SISTEMAS Considere-se agora as cinco observa¢ées feitas da caixa preta da Figura 2.4.0 problema agora é determinar os valores de Ae B. Nao seria surpresa se alguém, quem sabe a maioria das pessoas, identificasse a caixa preta com uma caixa “mais 1” e previsse que A = 4 e B = 5. No entanto, a resposta estaria errada. Na verdade A = 5 e B = 8. De fato, a caixa esta soman- do sua entrada atual com sua entrada anterior. Ela tem memédria, algo que sé 0 projetista da caixa poderia saber de antemao. Um erro comum ao lidar com a abordagem de caixa preta é concluir que se entende invariancia num sistema sem estud4-lo por um tempo suficiente. 2.3.3 Caixa turva Conceito introduzido para demonstrar que a maioria das caixas com as quais os gerentes lidam nao é completamente transparente nem completamente opaca. iA SISTEMAS COMPLEXOS A julgar pelas definicdes de sistemas apresentadas no inicio deste capitulo, pode-se chegar a conclusdo equivocada de que sistemas sao entidades triviais. Se a definicdo de sistemas é muito simples e intuitiva, a identifica¢ao de sistemas na pratica pode se tornar um enorme desafio. Primeiro, por causa do numero de deta- Thes envolvidos, mesmo no mais vulgar dos sistemas com os quais se tem de lidar no dia a dia. Segundo, a identificagdo de sistemas na pratica pode se tornar um enorme desafio por causa da dificuldade de definir propésitos, fronteiras etc. que podem envolver aspectos muito subjetivos. Simplesmente nao se pode atribuir propésitos, ou mesmo fronteiras, a siste- mas como se fossem fatos objetivos da natureza. Os fatos acerca da natureza € propésito de um sistema nao sao realidades objetivas, mas s4o reconhecidos por um observador dentro da sua percep¢ao do que o sistema faz. Porém, duas pessoas podem discordar total ¢ irremediavelmente acerca do que quer que o sistema faga.? 3 BEER, 1979. p.9. 22

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