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Femininos ¢ Plurais dos Homes Terminades em A Hélio Meto O Cel. Paulo Ayrton Aratijo, meu itustre confrade no INSTITUTO DO CEARA (Histérico, Geografico € Antropoldgico) e professor de ma- tematica, aposentado, do Colégio Militar de Fortaleza, trouxe-me um assunto, até certo ponto complexo que é o feminino de palavras finali- Zadas em —do. Tanto assim que o Prof. Gladstone Chaves de Melo diz, em sua “Gramatica Fundamental da Lingua Portuguesa”, que “os substantivos terminados em —do fazem o feminino em —ona, —oa ou —4, sem que se possa formular qualquer regra (0 grifo é meu). Nao ha, na verdade, uma norma fixa Para a formacao tanto do femini- no como do plural de tais nomes. O substantivo tabelido, a que se referiu meu distinto consulente, tem por feminino a forma tabelioa. E, aqui, cabe o registro que faz sobre 0 assunto © Prof. Anténio Soares da Silva, em “Portugués sem auxilio de professor” (pag. 89): “Juizes e Serventudrios de Justiga no Ceara fazem o feminine de tabelido — tabelid e nao tabelioa, mas sem raz4o para tanto, como o demonstra o desenganado fildlogo coes- taduano Martins de Aguiar, em trabalho Publicado no “Diario do Cea- ra", de 4-12-1949”, “Tabelioa” 6 também adjetivo e Machado de Assis o emprega nesse sentido: “No era preciso esta minuciosa genealogia, excedente das praticas tabelioas” (“Fulano’, in “Histérias sem data”, pag. 210), Quem nao simpatizar com a forma tabelioa empregue notdria. 214 Empreguemos, por conseguinte, tabelioa. Vejamos outros no- mes que fazem o ferninino em —oa: abegao — abegoa, anfitriao — anfi- trioa (hé anfitria, de raro emprego), beirao — beiroa, capitéo — capitoa (ha © brasileirismo capita, empregado no sentido esportivo: a capita do time), ermitéo — ermitoa (e ermita), escorpiao — escorpioa, furéo — furoa (e furona), gargéo — gargoa (ouve-se comumente o galicismo gargonete), leitao — leitoa, mafatrao — mafatroa, patrao — patroa, pa- vao — pavoa, rascdo ~ rascoa, hortelao — horteloa, ledo — leoa, tecelao. = teceloa, varéo — varoa (e virago), vilao — viloa (ou vil& muitos déo preferéncia a esta Ultima forma) etc. Certos femininos como ladroa, gargoa, bacalhoa, furoa, peoa etc., apesar de registrados em gramaticas e diciondrios, ndo tém apli- cacao no uso da Lingua, mas ndo poderiam deixar de figurar num tra- balho normativo e pragmatico. Ha alguns femininos com a terminagao oa, de outros masculinos, como: elefante — elefoa (e ainda elefanta e alia; esses trés femininos constam no “Vocabulario Ortogréfico da Lingua Portuguesa” e na maioria das graméaticas brasileiras); ilhéu — ilhoa, tabaréu — tabaroa, bacalhau — bacalhoa, capiau — capioa etc. Fazem 0 feminino em & aldedo - alded, alazao — alaza, alemao = alema, ando — ana, anciao — ancid, bretao — breta (ou bretoa), cam- pedo — camped, catalao ~ catala, casteléo — castela (também casteloa e castelona), charlatéo - charlata, cidadaéo — cidada, cirurgiao — cirur- gia, coimbréo — coimbra, comarcdo — comarca, cortesdo — cortesd, cristo — crista, deao — dea, decuriéo — decuria, escrivao — escriva, es- pido — espid, faisdo — fais (e faisoa), fudo — fua, guardiao — guardia, histrido — histria (ou histrioa), irm&o — irma, lougdo — louga, marrao — marta, medo — mea, pagdo — paga, pedo — ped (peoa e peona), sacris- {Zo — sacrista, sintrao — sintra, tempordo — tempor, vilo — vil (ou viloa) etc. Tém o feminino em ona: aldravdo (ou aldrabao) — aldravona, amigalhéo — amigalhona, besuntéo — besuntona, bonachdo — bona- chona, burlao — burlona, espertalhao — espertalhona, fanfarréo — fan- farrona, feiarrao — feiarrona (ou feianchona, de feianchao), figurao — fi- gurona, comilaéo - comilona, folgazao — folgazona (ou folgaza), foliao — foliona, gairéo — gairona, glutéo — glutona, burlao — burlona, ignorantao — ignorantona, !adrao — ladrona (ladroa e ladra, este de uso freqtiente), logro - logrona, mandriao - mandriona, matulao — matulona, moce- tdo - mocetona, moleiréo — moleirona, pedinchao — pedinchona, pol- tro — poltrona, resmungao — resmungona, responddo — respondona, sabiddo — sabichona, sabid&o — sabidona, sancarrao — sancarrona, se- 215 carréo — secarrona, solteiréo — solteirona, truéio — truona, velhacdo — velhacona, vendilhao — vendilhona etc. A grande maioria deste Ultimo proceso € constituida dos aumentativos de que demos alguns exem- plos. Vejamos, agora, alguns femininos de outras flexdes: barZo — ba- ronesa, c&o — cadela, ladrao — ladra (ha as formas ladrona e ladroa), lebrao — lebre, magando (forma paratela de Magano) — magana, per- digao — perdiz, sultao — sultana, zang&o (ou zangao) — abelha, cafetéo (ou catten) — caftina; cafeta é veste talar de arabes e turcas. Quanto aos adjetivos terminados em ao, uns fazem o feminino em & alemao — alem&, chéo— cha, cereao — cerca, cristéio ~ crista, lougao — louga, parmesao — parmesd, sAo — sa, véo — va; outros em ona: brigao — brigona, choréo — chorona, comilao, — comilona, granda- Iho — grandalhona, moleirao — moleirona, regaléo — regalona, respin- gao — respingona, valentéo — valentona; mas beirao faz beiroa, ou beira, este de pouco uso. Os adjetivos terminados em ao fazem o plural, em sua maioria, em des: brig&o — brigdes, chorao — chordes, poltrao — poltrées, valen- téo — valentées etc. Fazem o plural em des: alemao — alemaes, ca- taléo — catalaes, charlatao — charlataes etc., e ainda em dos: chao — chaos, comarcéo — comarcaos, cristo — cristdos, lougao — lougdos, Pagdo — pagaos, sdo ~ sdos, tempordo ~ temporiios, v4o ~ vaoseetc, Muitas palavras tém mais de um aumentativo, Papel, por exem- plo, tem dois aumentativos: papelao e papelzao, embora este ultimo no esteja muito afeito a certos ouvidos, razdo por que o estranham. Comecemos pela forma erudita que é papelao. O sufixo gradual mais corrente em portugués é do, correspondente a forma latina one. Junta- se ele diretamente ao radical como em papel + do = papeldo, bem assim, bobo + 40 = bobdo (ou bobalhao), macaco + 40 = maca- cdo, sapato + 4o = sapatao, parede + 4o = paredio etc. Em sentido figurado, emprega-se “papeléo” (e ndo papelzao), como conduta ridicula, ma figura, fiasco: Todos comentaram o Papelao que vocé fez. O aumentativo pode formar-se ainda com o auxilio do adjetivo grande ou outros de tal sentido, constituindo formas analiticas: papel grande (que corresponde a papeldo ou papelzdo), esforgo maximo, parcela imensa, vontade intensa, produgao abundante, quest6es mag- nas etc. Ocorre o mesmo com o diminutivo analitico, ou seja, forma-se com © adjetivo pequeno, ou outros do mesmo sentido: pape! pequeno (papelinho ou papelzinho), esforgo minimo, parcela insignificante, von- tade débil, produgao exigua, questées minusculas (questitinculas) etc. 216 Tais exemplos, resultantes de recursos volitivos, déo-nos uma visdo de aumentativos e diminutivos destituidos de sufixos que trazem em si idéia de significagdo aumentada ou diminuida. Certos aumentativos que, como diz o Professor Enéas Martins de Barros ("Nova Gramatica da Lingua Portuguesa”, pag. 197), “perderam a consciéncia de préprio grau, podem receber o sufixo diminutivo”, co- mo caixdo — caixdozinho, facdo — facdozinho, orelhdo — orelhaozinho, paredo — pareddozinho, portéo — portdozinho. etc. Em alguns subs- tantives como caledo, cartéo, cordao, caldeirao, flordo, puxao (o aumen- tativo 6 puxavdo) etc., obliterou-se a significacéo real, deixando de haver a nocéo de aumento. Essas dimensées, préprias do aumentati- yo, sofrermna também os adjetivos: gostoso — gostos4o, bonito — boni- tao, presungoso — presungosao, folgaz ~ folgazdo, mole — moleiréo, seco — secarrao. Alias, qualquer adjetivo pode substantivar-se. Os substantivos femininos, 20 receberem o sufixo aumentativo, tornam-se masculinos: a alegria - 0 alegrao, a cabega ~ 0 cabecao, a caixa — 0 caixdo, a caldeira — 0 caldeirao, a camisola — 0 camisolao, a casa — 0 casaro, a chave — © chavo, a colcha — o colchdo, a cilha — 0 cilhao, a cova — 0 covao, a cota — 0 cotdo, a casaca — 0 casacao, a dobra — 0 dobro, a espada — o espadao (ou o espadagao}, a farela — © fareldo, a fazenda ~ 0 fazendAo, a febre — 0 febrao, a figura — 9 figu- rao, a farda — 0 fardao (fardalhao é farda aparatosa), a fumaca — o fu- magdo, a gaivota - 0 gaivotéo, a garganta — 0 gargantao, a janela — 0 janelao, a jarra — 0 jarrao, a laje — 0 lajao, a lingua — 0 linguarao (ou © linguo}, a maquina — 0 maquindo, a marra — 0 marrao, a minhoca — © minhoc4o, a moita — 0 moitao, a muther — o mulherdo, a navalha — 0 navalhdo. a orelha — 0 orelhdo, a pancada — 0 pancadao, a pataca — 0 patacdo, a perna - 0 perndo, a ponte — o pontao, a prancha — © pran- cho, a pulga — 0 pulgao, a quadra ~ 0 quadrdo, a rabeca — 0 rabec&o, a sovela — 0 soveldo, a vaga — 0 vagalhao, a vara ~- 0 varao (ou 0 va- rejao, aumentativo irregular de vara e comumente de varejo) etc. Alguns aumentativos e diminutives, formados por diversos sufi- x0S, S40 empregados com sentido pejorativo, denotando assim zomba- ria, ou até mesmo, com idéia de abjegao: charlatao, catolicdo, indecen- to, nojentao, parvoeirao ou parvalhdo, pedinchao, pobreto, porcalhao, remendao, retoric&o, sabich4o, sapatao, santarrao; barrigudo, beicudo, espadatido, narigudo, orelhudo, ossudo, pangudo, testudo; ministrago, mestrago, papelucho, livreco, gentinha, gentalha, régulo etc. Verifica-se que, em muitos casos, sofre a palavra, no aumentati- vo, sentido de diminuigéo como em pontilhdo (ponte pequena). No 217 diminutivo, da-se, as vezes, o fenémeno inverso: capote (capa gran- de}. Sofrem, também, no aumentativo ou diminutivo, mudanga de sig- nificagao. O Professor Adriano da Gama Kury diz em “Portugués Basi- co" (pag. 103): “Muitas palavras, a principio diminutivas ou aumentati- vas de outras, perderam esse valor, indicando coisa diferente do subs- tantivo de que se derivam, e nao devem ser analisados como aumen- tativos ou diminutivos. Exs.: cart&o é coisa diferente de “carta grande”; caixdo é coisa diferente de “caixa grande”; papelote é coisa diferente de “papelzinho", florae é coisa diferente de “flor grande”; joguete é& coisa diferente de “jogo pequeno”; vidrilho é coisa diferente de “vidri- nho”; lingdeta é coisa diferente de “lingdinha’; corpete é coisa dife- tente de “corpo pequeno”; portao é coisa diferente de “porta grande”. Numa pequena digressao, permito-me tembrar que essa mudan- Ga de significagao independe, em muitos casos, da agdo que sofrem 08 vocdbulos no aumentative ou diminutivo. A palavra vergonha, por exemplo, tanto pode exprimir dignidade, brio, honra: ter vergonha na cara, como oprébrio, ignominia: cobrir de vergonha o nome da fa- milia. O aumentativo forma-se em muitos casos, da forma popular. “Supetao", por exemplo, é o aumentativo de stipeto, forma popular de subito, expresso usada freqiientemente na locugaéo de supe- tao, Alegre, forma popular do latim alacre, deu o aumentativo ale- grao. De “pobre”, do latim paupere, formou-se pobretao. Quanto ao plural dos substantivos terminados em o, nao tém eles forma idéntica. A exemplo do feminino, fazem o plural de trés maneiras: PRIMEIRA — Com o simples acréscimo de um —s a forma sin- gular. artesdo — artesdos (Diz o Professor Celso Cunha - “Gramatica da Lingua Portuguesa” (pg. 193) que “quando significa “artifice” faz 0 plural artesaos; no sentido de “adomo arquiteténico", o seu plural po- de ser artesdos ou artes6es’; cidad&o — cidaddos, coimbrao ~ coim- bros, corrimao — corrimaos (Diz ainda o Professor Celso Cunha, na ci- tada gramatica (pag. 194), que “corrimao", como composto de mao, deveria apresentar apenas o plural corrimaos; a existéncia de corri- mé6es explica-se pelo esquecimento da formacao original da palavra’); cantochao - cantochaos, corteséo — cortesdos, cristo — cristaos, de- mao — demos, desvao — desvaos, irmao — irmaos, lougdo — lougaos, marrao — marréos, meao - medos, pagdo — pagdos, rechao — rechaos, ressao — ressdos, salcomao — salcoméos, sattinvdo — saltinvaos, sodo — soos etc. Incluem-se, nesta regra, os monossilabos ténicos: chao ~ 218 chaos, gfdo — graos (gro, a forma apocopada do adjetivo grande, néo vatia no plural: grao-ducados, grao-rabinos), mao — maos, vao — vos etc, Essa regra abrange todos os paraxitonos: acérd&o -. acér- daos, béngao — béngdos, c6vao — cévaos, gOlfao — gélfaos, |édao — 16- daos, médéo — médaos, néb&o — ndbaos, drfao — érfaos, érgao — ér- gas, orégéo — orégaos, rébao (ou rdbanc: planta) - rabaos, sétao — s6- 140s, zAngao — zangéos. Como vimos, zangao (paroxitono) faz o plural zAngaos, seguindo a regra geral de nomes terminados em do, atono, quando recebem apenas um “s”, obedecendo assim a regra de formar Gao geral dos plurais, mas, zangao (oxitono) faz o plural zangées. Alias, como ja dissemos, apenas um reduzido nimero de oxitonos tem © plural com o acréscimo de “s”. “Mamao” (aumentativo de “mama” = peito, ou o fruto do mamoeiro, ou ainda, o que mama muito) tem como plural mamées. on SEGUNDA — Com a mudanga de 40 em des (que constitui 0 grupo mais numeroso ¢ por isso mesmo mais comum): agao — acées, admissdo — admiss6es, afeccdo (ou afegdo) — afecgtes, algapao (de alga + pe) — algapdes, algodao — algodées, alusao — alus6es, asser- géio"— assergées, ascensao — ascensGes, agressao — agressdes, abs- tengao — abstengoes, auscultagao (ato de auscultar. nao confundir com “escutar’ e “escrutar”) — auscultagdes, assombragao (tem a forma aferética e popular “sombragéo") — assombragées, balaéo — balées, bo- 120 — botdes, borbotao (ou borbulhao) — borbotdes, bubao (ou sim- plesmente “bubo”) — bubées, contengdo — contengdes, cafetao (caften ou cafifa) — cafet6es, contensaéo — contensdes, consumpgao (ou con- sungéo) - consumpgées, coliséo — colisées, coalizéo (ou coalizagao) — coalizées, camaledo (de cameleao, por assimilagao) — camaledes, convecgado — conveccées, cansangao — cansangées, corroséo — corro- s6es, crucificagao (ou crucifixao} — crucificages, cisdo (forma methor, mas pouco usada: ciss&o) — cisdes, camnic&o (forma popular: camegao) — carnicées, cormorao — cormorées, deciséo — decisées, descensao {ou descenso) — descensédes, desercaéo — desergdes, destilagao — des- tilagdes, defensao (ou defesa) — defensées, distensdo (de distender-se) ~ distensGes, distorgao — distorgdes, decocgao — decoogées, descrimi- nagéo — descriminagdes, discriminagao — discriminagdes, detragdo — detragées, dissenso — dissensées, difusdo — difusdes, estremegao — estremegoes, especulagéo — especulagdes, exacerbagao — exacerba- Ges, exprobragdo — exprobragdes, espoliagdo — espoliagdes, extorsao (ou extorse, diferente de estorso) — extorsdes, exempcado (ou isengao) — exempedes, enxaguagao (ou enxaguadura) — enxaguagées, estrigao ~ estrigdes, egressao — egressdes, epilogagdo — epilogagdes, evasao — 219 evasGes, edugao — educdes, emersdo (antén. imersao) — emersées, exculpagao — exculpagdes, evulsdo (0 mesmo que avulsdo) - evul- s6es, expectagdo (ou expectativa) — var, @xpetacdo ~ expectagdes, ex- puigéo — expuigdes, estuacdo — estuagGes, exaustao — exaustées, es- trangulacao (ou, estrangulamento) — estrangulagées, esputacao — espu- tag6es, eructagao — eructagdes, espoliagdo — espoliagdes, espiragdo — espiragdes, expiragdo — expiragées, extrema-ung4o — extremas-un¢ées, @ ainda, extrema-ungdes, facg4o (ou fagao) — facgdes, freqtientagao (ou freqliéncia) — frequientagées, fleimao (de flegmao, por vocalizagao. Aulete diz que a forma correta é freimao) — fleimées, frustragdo — frus- tragdes, gorgolao (forma mais usada gorgothao) — gorgoldes, glutao — glutées, harpagao — harpagées, heliagao — heliagdes, hebetagao (ou hebetamento) — hebetagdes, hidroaviao (par aglutinagao hidravido) — hidroavides, igualag&o (ou igualamento) — igualagdes, impulsao — im- pulsdes, improbragéo — improbragées, inversdo — inversées, ilutagaéo — ilutagdes, isencdo ~ isengdes, irisagao — irisagdes, intromissdo — in- tromissGes, intrujéo — intrujdes, incrustagdo — incrustagdes, infligéo — infligdes, intengao — intengdes, intensdo — intensdes, insergdo — in- serg6es, imissdo (tem por anténimo emissdo e por pardnimo imisgao) — imissdes, intoxicagéo (pron. cs) — intoxicagdes, jargao — jargées, li- mao — limdes, leo — lees, lucubragéo (ou elucubragéo) — lucubra- g6es, liquidagao (var. liqiidag&o) — liquidagées, multidao — multiddes, maganao (forma popular: manganao) — maganées, mangustéo — man- gustées, malversacéo — malversag6es, nagdo - nagées, opressao — opress6es, oscitagdo — oscitagdes, obumbragao — obumbragdes, ob- sesso — obsessées, pantedo — pantedes, perspiragao — perspiragdes, pamao (mais usada a coruptela pernao) — parndes, pretens&o — pre-. tensdes, puxavao (grande puxdo) — puxavées, parturi¢do (forma popu- lar. parig&éo) — parturicdes, persuasdo — persuasdes, propensdo — pro- pensGes, postergagaéo — postergagées, procrastinagao — procrastina- goes, paralisagao — paralisagdes, prostrag&o — prostragées, quatrielhao (0 mesmo que quatrilido e quatrilhéo) — quatrielhées, questo — ques- t6es, quatemiao — quatemides, Tagao — ragées, redengao — redengées, redargui¢&o — redargiligdes, replegao — teplegdes, rincéo.— rincdes, re- versdo — revers6es, retengdo — retengdes, sero — serées, sessfio — sess6es, (tem o mesmo plural os parénimos: secoao, com a forma va- tiante segao; cessdo, sezdo, sisdo, cisdo etc.), subversdo — subvers6es, tensdo — tensdes, tencdo — tengdes, translagao (ou transladagdo, de transladar) — translagdes, tanchao (forma metatética do antigo chan- tao) — tanchdes, torgéo — torgdes, ulceragao — ulceragdes, usucapiao ~ usucapides, ustulacao — ustulacées, umecta¢ao — umectagées, varao — 220 vardes, vazdo — vazdes, vomigéo — vomigées, vacuidao (ou vacuidade) — vacuidées, vituperagao — vituperagdes, vaguiddo (vaguidade ou va- queza) — vaguidées, vagueagao — vagueagées, xingagao (xingadela ou xingamento) — xingagées, zangaralhdo (ou zangalhao) — zangaralhées, zarnéo — zarndes etc. Nesse grupo se incluem todos os aumentativos: amigathdo (ou amigéo) — amigalhées, albardao (aumentativo de albarda) — albard6es, boqueiréo — boqueirées, bicharrdo (ou bichdo) — bicharrées, bobalh&o — bobalhdes, buracdio — buracdes, casaréo — casardes, chapeléo (ou chapeirao) — chapelées, doidarrao (ou doidao) — doidarrées, dramalhao — dramalhées, espadag&o (ou espadao) — espadagdes, espertalhao — espertalhdes, estupidarrao — estupidarrées, facalhéo (ou facdo) — fa- calhes, garrafao — garrafées, gatarrao (ou gat&o) — gatarrdes, homen- zarréo — homenzarrées, livrao ~ livrées, solteirao — solteires, narigao (ou narizdo) — narig6es, negociarrao (ou negogao) — negociarrées, pa- redao — pareddes, rapagdo — rapagées, sapatao — sapatées, toleiréo — toleirdes, pretalhado (ou pretéa) — pratalhées, vagueagao — vagueacdes, vagalhéo — vagalhdes etc. Alguns aumentativos derivados de verbos, alias, muitos: beber ~ beberrao, formar — formao, encontrar — encontrao, gritar — gritéo, lograr — logro, puxar ~ puxdo, repuxar — repuxo, rojar — rojéo, remendar — remendaa, relinchar — relinch&o etc., fazem também o plural em Ges: berreréo — berrerées, encontrdéo — encontrées, puxdo — puxées, relin- chao — relinchdes, remendao — remendées, rojao — rojées etc. TERCEIRA — Pela mudanga de 40 em des: alemao — alemdes, bastido — bastiaes (ou bastides), céo — c&es, caimao — caimaes, ca- pelo — capelaes, capitao — capitées, catalao — catalées, ermitao — ermitdes, escrivdo — escrivaes, dedo — dedes, faisao — faisdes, foliao — folides, guardido — guardides, massapao (de massa + pao) — massa- paes. O Dicionario do Aurélio registra macapao, do italiano marza- pane e 0 plural macapaes. O Dicionario da Academia Brasileira de Le- tras registra as duas formas: massapéo e magapdo, que nos pare- cem formas semanticamente convergentes; matacéo (¢ mata-céo — mata-caes), matacdes, pao — paes, sacristéo — sacristaes, tabeliao — tabeliaes, trudo — trudes etc. Como ficou dito, anteriormente, nao ha, realmente, uma norma fixa para a formagao do plural dos nomes terminados em “ao”, Os trés conhecidos tipos de plural - 4os, des e aes provém, respectivamente, das terminagées latinas anos, ones e anes. Mas, em alguns casos, deixaram algumas palavras de obedecer ao plural latino como em es- crivao, cujo plural é escrivaes e em latim 6 escribANOS. “Tabeliao” 221 também fugiu a regra, pois o plural é tabelidies e em latim é tabeliO- NES. Castelao, pelo latin castellANO, deu além de “casteldos”, que é © plural legitimo, a forma “casteldes”. “Vulcdo” que, em rigor, devia ter © plural “vulcdos”, do latim vulcANOS, admite hoje os trés plurais — vulcdos, vulcdes e vulcdes. “Capitao”, pelo latim capitANOS deve- tia ser Capitaéos; em portugués, contudo, vingou a forma capitaes. Neste e noutros casos nao se firmou a forma erudita. As trés mencio- nadas terminag6es latinas, no singular, confluiram para 40 em portu- gués. Entretanto, “palavras ha ~ salienta o Professor Napoledo Men- des de Almeida, em sua “Gramatica Metédica da Lingua Portuguesa”, terminadas em o, que ndo possuem formas correspondentes em la- tim: a tendéncia em tais casos, é flexiona-las, no plural, em Ges: botao — botées; vagdo — vagées”. Diz o Professor Rocha Lima (“Gramatica Normativa da Lingua Portuguesa”, pag. 76) que “por certa confusdo popular, encontra-se, a0 lado do plural legitimo, outro ou outros mais ou menos usados”. A ver- dade € que, geralmente, nao se observa a prontincia dos nomes prefe- ridos na lingua culta. Vejamos, a seguir, alguns substantivos terminados em 4o que possuem dois plurais: alazao — alazdes e alazGes; alcorao — alcordes € alcoraes; aldedo — aldedos e aldées; Candido de Figueiredo (“Grama- tica Sintética da Lingua Portuguesa”, pag. 54, entende que, tigorosa- mente, o plural 6 aldedos, considerando popular o plural aldedt bastido — bastides ¢ bastides; charlato (charlata 6 o derivado regres: sivo de charlatdo) — charlataées e charlatées; cirurgido — cirurgides e ci- Turgides; corrimao — corrimaos e comimées; corteso ~ cortesdos @ cortesGes; faisao ~ faisSes e faisdes; frudo — frudos e frudes; guardiao ~ quardides e guardides; guido - guides e guides; hortelao — horteldos © horteldes; folido — folides ¢ folides; rifao (forma dissimulada de re- frao) — rit6es e rifées; rufiéo, cujo aumentativo ¢ rufianaz, faz os plurais tufides e rufides; sacristéo ~ sacristéos e sacristdes; soldao (forma an- tiga @ alternada de sultao) — soldées e sold4os; temporao — temporées © lempordos; trudo — truGes e trudes; verdo — verdes e verdos etc. O Professor Silveira Bueno, em sua “Gramatica Normativa da Lingua Portuguesa”, Curso Superior, Saraiva, 1944, pag. 195), inclui, entre os Plurais de duas formas, o substantivo cidad4o, que faz cidadaos e ci- dadoes. Finalmente, vejamos, agora, as trés formas de plural: alao ~ alaos, alGes e aldes; aldeao ~ aldedos, aldedes ¢ aldedes; ando — andos, andes e andes; anciao - ancidos, ancides e ancides; castelao — castelaos, castelées e casteldes; dedo — dedes, dedos e dedes; ermi- 222 to — ermitaes, ermitaos e ermitées; pedo — pedos, pedes e pedes; pido — pidos, pides e pides; refréo — refraes, refraos e refroes; sultéo — sultées, sultdos e sultées; viléo — vildos, vildes e vilaes; vulcdo — vul- cos, vulcdes e vulcdes etc. Cremos que essa variagao de formas plurais depende muito da sonoridade e da melhor adaptagdo ao substantivo respectivo. Além do sufixo ao, que é o mais comum na formacao de aumen- tativos (dentao, peixao, pasteldo etc), hd outros sufixos como: aga — barbaca, barcaga, pernaca; ago — negraco, animalaco, valentago, atre~ vidago, ricago, calhamago {por canhamago: de canhamo + ago); agao — espadagao; alho — lencalho, fomalha, muralha; alhao — bo- balhdo, negralh4o, porcalhao, amigalhao, dramalhao, vagalhdo, espa- dalhao, espertalhdo; alhaz — fagalhaz, pratalhaz, pretalhaz; anca ~ bi- canca; anga — festanga; acho — bonachao, anchao, feianchao; anha — bariganha, anzil - corpanzil; arao — casarao, linguarao; arra — na- viarra, bocarra; arrao— gatarrao, nuvarrao, insetarrao, doidarrao, pratar- r4o, mansarréo, mancarrao; arraz — pratarraz; aréu — fogaréu, povaréu, lumaréu, mundaréu; asco — penhasco; astro — poetastro, medicastro; az — vilanaz, fatacaz, lobaz, tolaz (0 superlativo absoluto sintética: to- lacissimo); acaz — machacaz; araz — linguaraz, 4zio — copazio, bala- Zio, gataézio; edo — penedo, rochedo; eira — fogueira, bigodeira; eirao — chapeirao, toleirao, vozeiréo, molangueirao, capeirao, parvoeirao, fra- queirao, asneirdo; eiro — cruzeiro (este sufixo figura também como di minutivo: fogareiro); ofa ~ beigola, camisola; oca — beigoca; ério — fi- nério; orra — manzorra, beigorra, cabegorra, patorra, 240 — pezao; udo — barrigudo, narigudo; uga — dentuga, carduga; zarrao — homenzarrao, eanzarrao. Muitos aumentativos. néo exprimem, rigorosamente, idéia de au- mento, mas, as vezes, anomalia, excrescéncia, disformidade (ca- begorra, beigudo), desdém (poetastro, medicastro), intimidade (ami- galhao), abundancia (bigodeira). Valer-me-ei do ensejo, pela natureza e contigtiidade do assunto, para relacionar varios sufixos diminutivos, com os respectivos exem- plos: acho — riacho, fogacho, penacho, populacho, covacho, lobacho; alha — migalha; apo — fiapo; ato — lobato, folhato; culo — animaiculo, lombriculo, corpusculo, opisculo, arbusculo, radicula, goticula, fontiou- la, canicula, particula; ebre — casebre; eco — jornaleco, livraco, caneca, soneca; echo — folecho; ejo ~ lugarejo, animalejo; el —- fardel, corde; elo — colunelo, viela, rodela, ruela,; epo — folepo; elho — rapazelho, grupelho, artiguelho; eto — folheto, poemeto, esboceto, mansueto, co- reto, maleta, saleta, lingiieta; ete — artiguete, diabrete, bailete, 223 cunhete, olhete; éu — ilhéu, poviléu, mastaréu, malandréu; ico namorico, burtico, nanico, pelica, pelotica, burrica; igo — magrigo: icho —. coelhicho, rabicho, govemicho, canicho, barbicha; il — co- vil, redil, tamboril, cabanil, canil; ilho — pecadilho, folilho, quar- tilho, escudilho, tropilha, frotilha, presilha. pontilha, espadilha; ilo — codicilo; im — espadim, flautim, cometim, fortim, farolim; inca — travin- ¢a (ou travelha, de pouco uso); inho — livrinho, cademinho, frangainho, bacorinho (var. bacorim), vozinha, mesinha, mulherinha, cartinha; inhola — portinhola, casinhola; ino — pequenino, maestrino, botina, eravina; ipa — folipa; isco — chuvisco, Pedrisco, lambisco, talisca; ispo — galispo; ito — cabrito, mosquito, manguito, rapazito, animalito, palito (alteragdo de paulito, diminutivo de pau), canito, casita, cobrita, estre- lita, Gabrielita; oila — mogoila; oca - engenhoca, sitioca; olo — nu- cléolo, comentariolo, fazendola, sacola, casola, rapazola, arteriola, bendeirola (0 sufixo ola tanto serve para o diminutivo como para au- mentativo: beicola); ote — perdigoto, aldeota, bolota, gargota, gordota; ote — saiote, rapazote, frangote, fidalgote; ucho — gorducho, papelu- cho, casucha; ulo — glébulo, granulo, évulo, médulo, régulo, formula, nétula, rétula; usco — chamusco, velhusca; uncule — homunculo, pe- dunculo, porcidncula, questiuncula; usto — arbusio; zinho ~ irmaozi- ho, cord&ozinho, cdozinho, maozinha, ruazinha, zete — leaozete; zito - reizito, florzita, maquinazita. Dentre os citados ha alguns diminutivos irregulares, Sao sutixos graduais mais correntes em portugués ~ do, para o aumentativo, e inho, para o diminutivo, que correspondem as formas latinas one e inu. & preciso observar que a grande maioria dos substantivos admite a formagao do diminutive com o sufixo “inho” ou “zinho”. Em algumas palavras. faz-se indistintamente a jun¢o de qualquer um desses sufi- xos: caderninho ou cardemnozinho, demoninho ou demoniozinho, deva- garinho ou devagarzinho, animalinho ou animalzinho, bigodinho ou bi- godezinho, manchinha ou manchazinha, pontinha ou pontazinha, va- guinha ou vagazinha etc. Contudo, se a palavra termina por vogal acentuada, 6 de riger a forma com “z”: filezinho, pazinha, jatobazinho, nozinho, Acarauzinho etc. Se a palavra termina por ditongo, também se usa a forma com “2”: odiozinho, craniozinho, seriezinha, cariezinha, aguazinha, maezinha, pordozinho, assembleiazinha etc. Nada impede, todavia, de se grafar a forma agtiinha, por exemplo. Ao receber 0 sufixo aumentativo com “z”, nao mais se indica, gra- ficamente, 0 acento secundario: chaminé — chaminez4o, cipé — cipo- 240, patud (de pautaud, por sincope) — patuazdo, pé — pezao, tid (for 224 ma contrata de tei) — tiuzdo etc. incluem-se, neste caso: café — cafe- zinho, jud — juazeiro, cajé — cajazeira etc. Convém notar que o til permanece: cdozito, romazeira, cristémente. etc. No plural dos diminutives suprime-se o “s” do plural do substanti- Vo primitivo: paes — paezinhos, anéis — aneizinhos, papéis — papeizi- nhos, canis — canizinhos, colares — colarezinhos etc. Além dos sufixos citados, forma-se o diminutive com o prefixo grego micro (micro-6nibus, micrémetro) e com a.forma indigena mirim (poeta-mirim, mogi-mirim). A forma diminutiva as vezes deixa de expressar diminuigdo para traduzir carinho, ternura: filhinho, maezinha, Renatinho. Outra parti- cularidade diz respeito aos diminutivos noitinha e manhazinha que indicam comego, a0 passe que tardinha significa fim. So fendme- nos da Lingua que ocorrem as vezes; em alta noite, por exemplo, a idéia 6 de noite adiantada ao passo que em alta madrugada so- bressai a de inicio da madrugada. O adjetivo alto, rico de acepgdes, despoja-se, mais uma vez, do sentido de mensurar fisicamente a alti- tude, assumindo outra acepgao com caracteristicas seménticas pré- prias, As vezes, pela gravidade do momento e pelo tom com que se profere o diminutivo, expressa este hostilidade, contenda Preciso ter uma conversinha com vocé. O diminutive pode receber nova flexao de grau. Trata-se do dimi- nutivo do diminutivo: dois sufixos agrupados num s6. Alguns gramati- cos consideram um s6 sufixo, Vejamos alguns exemplos: frangote — frangotezinho, gorducho — gorduchinho, soneca — sonequinha, casinha ~ casinhola, portinha — portinhola, Manuelito — Manuelitinho. E a co- nhecida redupticagao. Vejamos ainda outros exemplos: saquitel (de saquito + el), magricela (de magrigo + ela) ou magrizela (de ma- griz), fagulha (do lat. facucula dim. de facula, que por sua vez € di- minutivo de fax, “archote”, poucachinho (var. de poucochinho): poucu- cho ete. Um sufixo pode denotar mais de uma significagao. E comum ve- rificar que 0 mesmo sufixo nominal, que serve para a formacao do au- mentativo, 6 empregado também para exprimir outro sentido: edo, que forma os aumentativos penedo, rocheds, indica colegdo, aglomera- gao de drvores em arvoredo, udo, que forma os aumentativos barri- gudo, narigudo, indica o sentido de “provido de”, “cheio de” em si- sudo, faganhudo (alias, faganha, do verbo fazer, ja tem o sentido de “grande feito"; eiro, que forma aumentativo em cruzeiro, indica profis- sdo em leiteiro, relojoeiro (de um suposto aumentativo relojao + ei- ro), chacareiro (var. chacreiro), cocheiro (de coche), coicheiro (de col- 225 cha), colchoeiro (de colchdo); anga, que forma aumentativo em fes- tanga, ¢ indicativo de agao em matanga, confianga. O aumentativo ou o diminutivo pressupée a palavra primitiva: ri- cago — rico, balago — bala, animalago — animal; bigodao — bibode, bo- bao — bobo; espadim — espada, lingdeta — lingua, canigo — cano, fa- zendola — fazenda, galeota — gaié, Mas, ha vocdbulos com sufixos aumentativos e diminutivos estritamente formais: mormago, espanta- Iho, fanfarra, navarra, mamao, macaréu, oclusdo etc. Com relacao aos diminutivos dé-se o mesmo fenémeno que veri- ficamos no aumentativo: sufixos nominais tanto servem para formar diminutivos como para exprimir outras circunstancias: ato forma o di- minutivo Tabato e indica dignidade: baronato, centuvirato, canonicato, @ ainda os empregados na nomenclatura cientifica: sulfato, clorato, Permanganato; igo forma o diminutivo canigo e é empregado com o sentido de “dado a”, “facil de”: encontradigo; ita forma o diminutivo cabrita e indica “procedéncia”, “origem’’ israelita, eremita, jesuita; ito forma os indicativos “mosquito” e “bonito” (diminutivo imegular de “bom”} e “granito” {rocha). E assim inumeraveis exemplos poderiam ser acrescentados. 226

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