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• •
EDUCAÇÃO FÍSICA
•
- - •
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Centro de Educação
Mestrado em Educação
O
c.
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•
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RECIFE -1994
r-
:-
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO
COMISSÃO EXAMINADORA:
Celi Tafíarel
Reiner Hildebrandt
Célia Salsa
r
RECIFE, 24 DE AGOSTO DE 1994
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•
r
RESUMO
APRESENTAÇRO 9
I PARTE
1- ORIGEM DO ESTUDO: DELIMITANDO A PROBLEMÁTICA 13
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ESTUDO 22
2.1- A escola, espaço de contradições:
Contribuições para uma prática
pedagógica tranfonnadora 22
2.2- 0 ensino do Jogo na escola: Elementos
para uma critica 32
«•-•**
II PARTE
1- 0 CONTEXTO DA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA - 0
COLÉGIO DE APLIGAÇRQ 48
1.1- A hiBtória da Educação Fisica
no Colégio de Aplicação 48
1.2- A proposição metodológica para o
ensino do Jogo 57
1.3- Observação e descrição de uma unidade
de ensino sobre o Jogo 66
r
III PARTE
1- LIMITES E POSSIBILIDADES DE UMA ABORDAGBM
METODOLÓGICA 125
ANEXOS 153
**.
«•—
r-
•
DEDICO:
A MICHELE ORTEGA:
Ao despertares-me para um mundo novo, para
A CELI TAFFAKEL:
Ao acompanhares-me durante a minha
•
formação académica, ensinando-me a buscar
A IRACEMA PIRES:
r-
M.AM
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revisão do texto.
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APRESENTAÇÃO
r
<-*
O presente estudo foi delineado com base nas inquietações
identificadas e sistematizadas a partir de análises da prática
pedagógica, bem como da consideração de referências críticas
Educação Física.
0 aspecto destacado refere-se à questão metodológica do
V
.-
10
AM -
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11
•
1- ORIGEM DO ESTUDO:
DELIMITANDO A PROBLEMÁTICA.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
13
I PARTE
"T
14
•
Colégio, por ter como uma de suas finalidades ser experimental,
possibilitou condições para a elaboração de projetos de
pesquisa, os quais caminharam para a produção de novos
conhecimentos.
Com os estudos e as reflexões sistemáticas, a respeito do
ensino da Educação Física, junto aos outros professores daquela
escola, surgiam cada vez mais dúvidas e inquietações de ordem
metodológica para o ensino daquela disciplina.
A partir da ampliação da jornada escolar, a escola criou
-tV!
um espaço para um atendimento mais ampliado àe atividades
curriculares, na medida em que o aluno, além das tarefas
relacionadas diretamente ao conteúdo específico de cada
disciplina, passou a participar de trabalhos que contribuíssem
para o redimensionamento da sua formação, na perspectiva
individual e social. Com este projeto de ampliação exigiu-se,
ainda mais, dos professores de Educação Física, um compromisso
pedagógico com o trabalho coletivo na escola. Esse esforço viria
a subsidiar iniciativas junto a escolas Públicas do Estado de
Pernambuco.
A ampliação da jornada escolar impunha novas necessidades
em termos metodológicos. Isso implicou uma avaliação do que já
vinha sendo feito e a apresentação de novas propostas.
Nos dados coletados para avaliar o que já vinha sendo
feito, destaco as respostas doa alunos acerca da metodologia do
ensino da Educação Física. Em suas respostas, os alunos já
apontavam elementoB que questionavam metodologias tradicionais
centradas no ensino do Jogo esportivo, com ênfase no desporto
competitivo de alto rendimento.
Tanto em reuniões do Projeto "Ampliação da Jornada
Escolar" quanto ©m outras circunstâncias de reflexões coletivae
sobre o ensino da Educação Física, essas insatisfações e
inquietações foram sendo sistematizadas, junto aoe professores de
Educação Física, por ocasião da elaboração, execução e
intercâmbio das experiências vivenciadas com a comunidade
escolar. A seguir estão relacionados os títulos da produção
académica resultante do esforço em tratar cientificamente a
prática pedagógica.
Produções escritas noa anoa de 85/86/87:
"Novo enfoque para as aulas de Educação Física do Colégio de
AplicaçSo da UFPE"; "Projeto Brasil, Ginástica Urgente no Estado
de Pernambuco"; e "A Co-Educação nas aulas de Educação Física do
1
T
16
anais do Congresso.
"A Co-Educacão: Um enfoque alternativo nas aulas de Educação
Fisica"; "0 treinamento esportivo nas escolas da rede oficial de
ensino do estado de Pernambuco; "0 homem e a natureza:
Experiências de inovações pedagógicas"; e "Planejar
participativamente as aulas de Educação Fisica: Uma experiência
no âmbito escolar", apresentado no V Congresso Brasileiro de
Ciências do Esporte, promovido pelo Colégio Brasileiro de
Ciências do Esporte. Recife-PE. Publicado na revista Brasileira
de Ciências do Esporte.
"Inovações pedagógicas para a reestruturaçSo do Curriculo
de Educação Fisica no Colégio de Aplicação da U.F.PE",
apresentado no I Congresso Sergipano de Educação Física e
Desporto. Promovido pela Universidade Federal de Sergipe.
Aracaju-SE.
"Novo enfoque para as aulas de Educação Fíeica no Colégio de
Aplicação da UFPE", apresentado no IV Seminário Nacional de
Educação Comparada. Promovido pelo Centro de Educação da U.F.PE.
Recife-PE.
Produções escritas nos anos de 88/89/90:
"Longe das quadras, perto da natureza". São Paulo-SP.
Publicado na revista Nova Escola da Fundação Victor Civita.
"0 Esporte na Escola"; "Planejar participativamente as aulas
•
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1/
•
Física escolar; a favor de quem?", apresentado no VI Congresso
Brasileiro de Ciências do Esporte. Promovido pelo Colégio
Brasileiro de Ciências do Esporte. Brasília-DF. Publicados na
Revista Brsileira de Ciências do Esporte.
"Jogos de Salão e Jogos com sucata: Uma experiência com
discentes de 5a e 6a séries"; "Experiências pedagógicas sobre
atividades aquáticas"; "Expressões rítmicas: Uma experiência com
• -
discentes de Io e 2o graus"; "Contribuição pedagógica para a
Ginástica na Escola"; e "Educação Física em éreas de lazer",
apresentado no I Encontro Pernambucano de Educação Física.
Promovido por entidades locais. Recife-PE.
"Jogos populares: Uma alternativa pedagógica para aulas de
Educação Física"; "O esporte na escola" e "Educação Física em
áreas de lazer", apresentado no III Encontro Nacional de Escolas
de Io e 2o graus ligadas às Universidades (ENEU). Promovido pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre-RS.
"Jogos populares: Uma alternativa pedagógica para o ensino
de Io e 2o graus"; e "Jogos de salão: Uma experiência com
discentes das 5as e 6as séries", apresentado no I Simpósio da
prática de alfabetização dos Municípios. Promovido pela
Secretaria de Educação do Município de Jaboatão dos Guararapes.
Jaboatão-PE.
"O esporte na escola"; "Educação Física em éreas de lazer";
e "Jogos populares; Uma alternatina pedagógica para as aulas de
Educação Física", apresentado no I Encontro pernambucano de
pesquisa em Educação Física. Promovido pela Escola Superior de
Educação Física (FESP). Recife-PE.
Produções escritas nos anos 91/92/93:
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20
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destacada a indicação da necessidade da criação de "um novo tipo
de intelectual".
Com a necessidade da criação de um "novo tipo de
intelectual" para a formação de "um tipo novo de trabalhador e de
homem", Gramsci (1991) coloca para a "filosofia da praxis" a
tarefa de "Combater as ideologias modernas em sua forma mais
refinada, a fim de poder constituir o próprio grupo de
intelectuais e educar as massas populares, cuja cultura é
medieval" (Gramsci, 1991, p.104). Neste sentido abrem-se novas
perspectivas para a Educação e para os educadores na organização
de uma nova cultura.
AM./VVI
24
sua carreira escolar. Neste sentido, esta escola deveria ter uma
organização semelhante ã de um colégio, "com vida coletiva diurna
e noturna"» distante das formas disciplinares hipócritas e
mecânicas... Esta escola também contribuiria com a
responsabilidade e a autonomia dos alunos, pois ela seria
•
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(1989) já propõe desenvolver pedagogias e modelos curriculares
alternativos para o enriquecimento deste processo. A articulação
destas alternativas socialistas, consideradas sérias, não devem
ser interpretadas de forma leviana. Devem-se somar também a esta
proposta os pais dos alunos, os sindicatos progressistas e
outros, tendo em vista a articulação de um programa coletivo.
•
A l ,/tv7
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interpretando e dimensionando "o conteúdo histórico vivido".
Nesta direção, Neidson Rodrigues (1986) analisa a função social e
-
política da escola, subsidiada na realidade hoje vivida. Para
ele, a escola deve levar os estudantes a dominar os instrumentos
da cultura letrada, a produzir o conhecimento cientifico e a
estarem preparados para a vida política e para o trabalho.
Tarefas compreendidas de forma universal, tendo por meta atingir
todos os cidadãos de classe e grupos sociais diferentes com o
mesmo instrumental técnico, político e cultural.
(Rodrigues, 1986, p . 8 7 ) .
./tví
28
•
experiência de vida dos educandos, introduzí-loB "na compreensão
do mundo e das coiBas feitas pelo homem, educando-os para a
responsabilidade social e política" (Rodrigues, 1986, p. 88).
Ao procurar argumentos para melhor explicar esta realidade
escolar, Penin (1989) baseou-se em autores como Gramoci, Kosik,
Lefebvre, Heller, Ezpeleta e Rockwell que analisavam a escola a
partir do cotidiano. Na leitura destes estudiosos Penin ratificou
sua posição relacionada às explicações microssociais para melhor
equacionalizar os problemas que as escolas enfrentam; constatou
que é estudando o cotidiano que se podem entender melhor ae ações
das pessoas que participam da escola e, assim, atingir a
realidade escolar, tendo como perspectiva a sua transformação.
"Não é possível conhecer a sociedade (global) sem conhecer a vida
cotidiana (...)» e não é possível conhecer a cotidianidade sem o
conhecimento crítico da sociedade (global)" (Lefebvre apud Penin,
1989, p-13). Ao investigar este "cotidiano escolar", Penin
(1989) procurou orientação na análise crítlco-dialética para uma
maior riqueza conceituai do cotidiano; encontrou conceitos
valiosos em diversos estudiosos, entretanto foi Lefebvre o
primeiro a tratar a vida cotidiana como "obáeto de uma reflexão
filosófica sistemática". Seus estudos e formulações
desenvolveram-se, inicialmente, considerando o Marxismo, uma vez
que este, por ser "um conhecimento crítico da vida cotidiana",
descreve e analisa esta vida em sociedade, apontando meios de
transformá-la.
-
AVÍ
*
É no cotidiano que surgem as grandes decisões e os
momentos dramáticos desta decisão. "As atividades superiores doe
homens nascem de germes contidos na prática cotidiana" (Lefebvre
apud Penin, 1989, p.16). Lefebvre afirma ainda que tudo aquilo
que é construído e produzido nas esferas superiores da prática
social apresenta sua verdade no cotidiano, tendo uma relação com
a arte, a filosofia, ou a política. "As criações devem vir à vida
cotidiana para verificar e confirmar a validade da criação"
(Heller apud Penin, 1989, p.17). A transferência desta análise
para a escola sugere que as decisões nestas instituições de
controle burocrático ou pedagógico só acontecerão se apresentarem
sua "verdade" na prática cotidiana, junto a um grupo específico
de professores (Penin, 1989).
É no confronto da escola com esta prática cotidiana que
Snyders (1988) coloca em evidência os conflitos das culturas,
pois se aprende na maioria das escolas a humilhar e a
desconsiderar a cultura dos Jovens. A "Escola" é o lugar das
divergências entre as pessoas que dela participam; e o professor
apresenta dificuldade em aceitar a cultura dos jovens, não
considerando a vida deles fora dela, como também seus valores e
modos de vida. Em razão disso, para os alunos a escola é o lugar
da proibição de falar sua língua habitual, de ler as histórias em
quadrinhos... Verifica-se, então, que, mesmo sem fazer um esforço
para conhecer a cultura dos jovens, os professores a rejeitam; em
decorrência dos conflitos culturais, os alunos rejeitam de alguma
forma o mundo escolar, buscando satisfações intermediárias, mesmo
correndo risco de fracasso.
Snyders (1968), na busca da escola alegre, alega a
necessidade de o professor ajudar os alunos a progredirem em
direção è satisfação cultural, possibilitando-lhes ousar o
difícil e também propiciar-lhes elaborar, explicitar e elucidar
seus próprios valores, para, com isto, realizar saltos
AM.
30
• •
•
Ao apresentar argumentos para uma escola ideal e alegre,
Snyders (1988) amplia os traços inerentes da escola tradicional
(o sistemático, o difícil* o obrigatório), onde considera que as
•
MA 'VV7
•31
-
--
estejam atentos para as culturas dos jovens, tentando reconhecer
os seus gostos e a sua maneira de viver; é não rejeitando a sua
•
AM* AM
•
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Fisica.
Esta disciplina, componente curricular da escola, vem
teórica critica.
Segundo Bracht (1992), para consubstanciar uma teoria da
• '
• •
b) Apoiar uma concepção de currículo que defina a função
da escola na sociedade. Para tanto será preciso definir
e selecionar os critérios dos conteúdos a serem
trabalhados;
c) Lançar uma proposta fundamentada para uma metodologia
do ensino;
M^)
da Educação Fisica articulado com o "meio-ambiente" é tarefa de
todos os profissionais da Educação Fisica. Estes profissionais da
Educação Fisica, ao trabalharem na escola o Jogo, um dos
conteúdos da disciplina, precisam superar a visão
comportamentalista e apontar elementos que contribuam para a
consolidação do corpo teórico da Educação Física fundamentado na
teoria crítica.
0 ensino do Jogo, hoje, nas aulas de Educação Física vem
apre Bent ando uma gr ande influênc ia da concepção
comportamentalista (behaviorista) que, historicamente, tem
prevalecido nas escolas brasileiras. Esta concepção, naBcida
através de um movimento de oposição ao estrutural ismo do século
XIX, tem em Skinner seu representante mais expressivo. Tal
concepção, e sua expressão na Educação Física, segundo Oliveira
(1985), reduz o homem ã matéria-prima para os objetivos do
campo esportivo, tendo como consequência, entre outras, a
iniciação esportiva prematura. Procura-se encontrar os "talentos"
infantiB - futuros campeões -, relegando-se a um segundo plano a
educação de base, ou "gramática do movimento" (Oliveira, 1985» p.
24). 0 movimento natural é codificado e quantificado, em nome de
um melhor desempenho, que levará à vitória e ao recorde. Esta
relação dominante do esporte na escola constituiria o
instrumento de reprodução das relações de produção do tipo
capitalista. Trata-se de uma tendência que poderá refletir o
mecanismo de nossa sociedade, inclusive dos interesses político-
ideológicos reinantes, a qual toma a si todas as crianças de
todas as classes sociais e lhes inculca saberes prontos e
acabados envolvidos na ideologia dominante:
»»•
importância na sociedade transforma-se em elemento de reforço,
AM ^AAS\
• •
./i/vi
-
MA-M/l
3B
prazer-alegria.
seres humanos.
AM.M/í
39
vivem?
Para Bracht (1992), a aprendizagem destas técnicas
*
uma abordagem comportamentalista?
Para Bracht (1992), as contradições na Educação Física
persistem no interior da escola, e os espaços existentes para
uma ação tranformadora ainda são restritos. Para este processo de
transformação social, ele mostra a importância de a Educação
Física estar incluída no contexto mais amplo da Educação, para
com isso se pensar na concretização de uma sociedade mais justa e
livre. Neste sentido Bracht (1992) corrobora a posição de Saviani
(1984) de que os caminhos para a contribuição da Educação, neste
A/M.AI/1
40
AA/j -M/i
41
aptidão fisica.
É preciso superar a visão de infância que enfatize um
processo natural, desconsiderando o social. Fala-se da criança
nela mesmo e não socialmente e historicamente situada.
1
E preciso superar o equivoco de que se deve ignorar a
dominados.
MA ,*AA
4
T
43
Al/1 <AAS\
4
44
tristeza.
0 professor, ao trazer para as aulas de Educação Física a
alegria e o prazer, resultantes do resgate da história de vida
das crianças e do confronto com o cotidiano em que elas vivem,
possibilita um novo repensar para o ensino do Jogo na escola. Ao
defendermos o ensino do Jogo por este caminho, faz-se necessário
refletirmos sobre práticas comportamentalistas que,
ideologicamente, contribuem para a alienação dos educandos nas
aulas de Educação Física, dificultando OB espaços de inovações
pedagógicas para o ensino do Jogo nestas instituições. É nelas
que as inovações pedagógicas devem ocorrer, pois, segundo Snyders
(1988), elas são introduzidas na escola para designar atividades
variadas, algumas dentre as quais são utilizadas por pedagogos
com uma viaão mais progressista para transformá-la:
fiM-**A
4T:
Wl.AA/l
Superar as influências comportamentalistas nas aulas de
Educação Física, indo em busca desta práxis revolucionária, é
acreditar num homem novo para uma nova sociedade. Transformação
social que poderá ter impulso, também, nas aulas de Educação
Física dentro das escolas, onde os professores possam levar os
alunoB a se conscientizarem da sua própria história, resgatando o
passado pensando no futuro, perspectiva que exige outras
abordagens metodológicas para o ensino do Jogo na escola e que,
tendo em seu eixo a relação teoria-prética, contribua para que
as crianças resgatem esta história em seu próprio mundo,
possibilitando-lhes viver o Jogo com prazer e alegria, tanto
dentro quanto fora da escola. Esta abordagem metodológica
possibilitará aos professores consubstanciar outros temas
presentes nas aulas de Educação Física, contribuindo assim para
que esta disciplina na escola possa dar saltos de qualidade no
processo de ensino-aprendizagem.
.M/1
II PARTE
1- O CONTEXTO DA EXPERIÊNCIA
•DAGÓGICA - O COLÉGIO DE
APLICAÇÃO.
48
II PARTE
Wj.
50
/Hi .wi/i
51
M/\ ,*AA
Neste mesmo ano foi iniciada a elaboração de diversos
projetoe e foram implementados outros, com a aprovação da
Reitoria. Os professores de Educação Física, com os eeus projetos
aprovados e com o regime de trabalho de Dedicação exclusiva,
passaram a investigar mais de perto a prática pedagógica da
Educação Física naquela escola:
Projeto 01 "A co-educação: um enfoque alternativo nas aulas
de Educação Física";
Prometo 02 "Inovações pedagógicas para reestruturaçao do
currículo de Educação Física do Colégio de Aplicação
da UFPE -um relato de experiências com a 5a série";
Projeto 03 "Planejar participativamente as aulas de Educação
-<^V\
1
r
parques e praias. E é da rua que os alunos
trazem uma série de informações sobre Jogos e
danças populares quase esquecidos pelo tempo.
Essas informações passam a ser temas de
• •
M/I.Av'1
Educação Fisica, do Colégio de Aplicação, com a rede
pública".
avaliação.
Dentre os vários posicionamentos dos alunos destacaram-se aqueles
em relação à metodologia do professor. A partir desteB dados,
acentuou-se a necessidade de aprofundar as investigações no
Mestrado em Educação da U.F.PE,
•
"... Na opinião da 5a "B", o professor sempre
faz ia com que todos partic ipassem das
atividades, explicava tudo muito bem e sempre
avaliava a sua participação e a dos alunos.
Era dado espaço para posicionamentos, no
sentido de contribuir para o planejamento e
para as avaliações das aulas. O professor
atendia as necessidades dos alunos e sempre,
nas avaliações, colocava críticas que
contribuíam para a aprendizagem. Deixava,
também, no início das aulas, sempre claros os
objetivos. As temáticas eram articuladas com a
sociedade, para utilizá-las na vida,
extrapolando para as necessidades do
cotidiano"; "... os alunos da 6a "B" afirmaram
que, na vivência das unidades, o professor
articulou o conteúdo com o dia a dia... 0
-
professor oportunizou a todos o direito da
fala, tornando o trabalho mais criativo e
participativo. Elaboraram tarefas em grupo e
•
M/), AVI
1.2. A PROPOSIÇÃO METODOUOGICA PARA O ENSINO DO JOGO.
• •
acompanhadas nesta experiência pedagógica do ensino do Jogo, a
saber: o planejamento, a pesquisa escolar e a avaliação.
•
59
fW\ .A*^1
60
culturas.
É importante deixar claro que a pesquisa escolar aqui
tratada (Consulta aos livros, às revistas, aos trabalhos dos
próprios alunos da escola; consulta fora da escola à família e
aos amigos; e à produção escrita dos alunos na escola)
WA
òi
Av\ ,
qualitativa como a abordagem mais qualificada para este estudo.
'Hl *n/i
Destaca-se que os dois auxilares de pesquisa-observadores
/Hi.A*X1
64
AM ."Vi
descrição de toda a experiência de campo. Este texto obedeceu a
AV| .
6 o
O JOGO-
A^l ./Vv7
6/
MA . *VJ
68
um saber do grupo.
/Hi-^IXI
1
71
faA <*^1
Ao considerar ainda o conviver juntos, no decorrer das aulas,
foram relembrados aos alunos questões das aulas iniciais: Que no
final da unidade o aluno, baseado nos trabalhos dos grupos, tanto
durante a pesquisa escolar quanto na vivência dos Jogos, deverá
ter mantido contato com os 34(trinta e quatro) colegas da turma.
I
73
Mo./iv,
74
•
ainda mais o planejamento da unidade.
A^I . M^\
Ampliou-se com isso a participação, o resgate do dia-a-dia e o
senso da coletividade.
M/1. M^\
76
Al/1 .M/7
78
M/l. *A/\
79
MA .A*XI
•• ••
ao
encontrados:
fala:
anteriormente vividas.
Antes de iniciar a vivência dos Jogos esportivos com o
Basquetebol, seguindo o cronograma exposto no planejamento, foram
apresentados, de maneira sintética, os objetivos, a metodologia
e a avaliação. (Planejamento de ensino - ANEXO 0 5 ) . Em seguida
dividiu-se a turma em 6 (seis) pequenos grupos para analisar e
avaliar se no cronograma daquele planejamento estavam
contemplados os conteúdos sugeridos pelos alunos. Neste momento
foram relembrados os critérios para a divisão dos grupos. A
orientação dos alunos quanto a este procedimento enriqueceu a
participação, galgando saltos qualitativos o ensino da Educação
Física. EKirante o momento da leitura e da análise do cronograma
nos pequenos grupos, professor e alunos trocaram algumas
ideias. Destacou-se um crescimento dos grupos frente ao
procedimento utilizado, em relação às aulas anteriores, pois
durante o trabalho dos grupos todas as crianças, estavam atentas,
participando ativamente da tarefa. É importante salientar que
algumas crianças mesmo na leitura do cronograma, jé comentavam a
realização das atividades, enquanto discutiam sobre o que era
cronograma: "Ele traz parte por parte daquilo que vamos fazer na
unidade; 0 cronograma é importante porque a gente sabe o que vai
acontecer..." (Alunos).
AAA . fv\/\
83
A M . rt^i
•
Avi -
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86
Ml. AM
S8
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39
aulas.
Os alunos ao vivenciarem nos grupos um pequeno Jogo
esportivo, os alunos eram envolvidos nas regras, nas técnicas e
nas táticas dentro dos limites do seu próprio conhecimento,
considerando a ludo-motricidade e a riqueza de suas experiências
motrizes. Neste momento o professor passou nos grupos tentando
contribuir com novos conhecimentos, mediante as suas
competências, tirando as dúvidas relativas às dificuldades que
iam sendo colocadas por eles. Este procedimento foi importante,
porque eram identificadas as dificuldades e as contribuições dos
alunos como um todo, contribuindo para o enriquecimento da
aprendizagem nos grupos. Esta relação professor-alunos só
enriqueceu oe Jogos esportivos realizados nas aulas. Os
conhecimentos, quando trazidos pelo professor, eram somados com
aqueles dó existentes nos grupos. Na apresentação de novos
conhecimentos, eram respeitadas a realidade e a história motriz
de cada grupo; mesmo aqueles de ordem técnica não eram
demonstrados através de gestos e, sim, verbalizados. Isto
possiblitou novas contribuções a partir da cultura vivida de
cada grupo, evitando a repetição de conhecimentos.
•
tais discriminações nos pequenos Jogos esportivos, os alunos eram
• •
A V I . /MXi
91
,,
"Isso acontece! Lembram-se de que eu falei na
sala de aula: a discriminação vai ocorrer
sempre nas aulas dos Jogos esportivos, porque
existe uma concepção muito forte presente no
ensino da Educação Fisica que estimula a
discriminação, o mais forte , a vitória? Em
contrapartida, existe outra, que eu defendo, a
de que todos devem participar durante o Jogo,
o forte ajudando o fraco; por isso é preciso
ambos ajudarem mutuamente, participando
durante todo o Jogo. Discordo de
encaminhamento metodológico que discrimine
seres humanos" (Prof.).
A
Vi./^i
93
seguinte:
ÍAA ./*t/1
94
Ati <M^
vida?" (Prof.). Inicialmente eles alegaram que aprenderam novas
-
regras, novas técnicas, novas táticas e também tomaram
conhecimento da história dos Jogos esportivos (muitos alunos
desconheciam), comprovando que, na sua origem, assemelhavam-se
aos Jogos populares. Mostraram ainda as contribuições sociais
recebidas, nas discussões, quando tratavam das violências e das
discriminações;
A v i .*-i---i
97
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- •
99
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101
confrontados e aprofundados.
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102
monitor.
Com o dialogo professor-alunos nos pequenos grupos de
alunos, as dúvidas eram retiradas e novas contribuições, a partir
da realidade, eram evidenciadas.
Durante esta relação profesor-alunos/aluno-aluno, os
procedimentos encaminhados e discutidos, tanto nos pequenos Jogos
populares quanto nos grandes Jogos populares, eram vividos com
muito prazer e com muita allegria. Haja vista que o Jogo pião foi
contextuaiizado nas travessuras vividas pelos alunos fora da
escola: "Vocês, quando estião na rua Jogando, nunca pularam o muro
do vizinho ou andaram sobre um muro com um cachorro latindo
embaixo?" (Prof.)- Os alunos riam e relatavam as suas
experiências, ao mesmo tempo que tentavam enrolar ou lançar o
pião: "Eu, quando estava Jogando pião lá na rua, Já passei por
dentro de um bueiro, para esconder-me de um cachorro.
(Alunos).
Ao resgatar a cultura vivida, vivendo os Jogos populares,
evidenciou-se ainda um grande prazer dos alunos tanto na
construção quanto no empinar a pipa. Mesmo identificando-se que
algumas das pipas não conseguiram voar, por problema técnico, os
alunos evidenciaram alegria por terem sido co-participantes de
todo o processo.
Avi A^^I
103
MA ,A^Í
104
. . .
serem trabalhados nas aulas.
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10!
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106
seguinte:
vivências corporaes.
f\A .A^S\
107
.-
dos trabalhos estava atrelado à sistematização e discussão com os
alunos das considerações, realizadas pelo professor, a respeito
da qualidade dos trabalhos.
AAA -AO^I
•
108
•
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110
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aulas de Educação Física":
tAA .A4S\
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n:
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113
t*\A .
115
pesquisa).
Na avaliação da aul*t foi ratificado pelo grupo-classe que
as contribuições dadas por este semimário para a vida eram muito
importantes.
0 profesaor encerrou o debate parabenizando os alunos
pelas produções realizadas, não somente nesta unidade, mas também
nas unidades anteriores, e acrescentou que o crescimento dos
grupos culminou, nesta unidade, com as 08(oito) produções
escritas. Aproveitou ainda para relembrar, aos alunos, do
conteúdo da aula a posteriori.
•
unidade quanto com a metodologia do professor.
AVJ. /nxi
117
A^-I
11S
segundo grupo:
O terceiro grupo:
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119
O quarto grupo :
Nós aprendemos a história, algumas
• táticae e técnicas, como: ponto ficão, ponto
de moça, como enrolar o pião e como jogá-lo,
•
como pegá-lo no chão etc... Algumas pessoas
da classe não sabiam muita coisa sobre como
jogar o vôlei, mas após a gente discutir aB
suas regrais básicaB. . . , as peBsoaa começaram a
aprender o Jogo... Aprendemos a construir a
pipa... e aprendemos a empiná-la... Com esse
conhecimento, nós poderemos construir a pipa
no Colégio de Aplicação ou em outros
lugares. . . 0 professor cumpriu as suas
obrigações (não chegar atrasado ao Colégio).
Cumpriu com a sua responsabilidade (trazendo o
que prometeu aos alunos). Dá vez aos alunoB
que querem falar a respeito do que está sendo
discutido na aula... O professor está de
parabéns pelo seu modo de ensinar e de tratar
os alunos corretamente," (Alunos).
O quinto grupo:
O último grupo:
r
21
•
em dia, com as devidas análises do conteúdo. 7. Detectou-se um
bom relacionamento profeseor-alunos, provavelmente devido è
articulação sistemática dos conteúdos, vividos em aula, com a
•
-
vividas no decorrer da etapa. E 9. Ficou explicita nas aulas a
necessidade de competências humanas comunicativas, por parte dos
part ic ipantes.
to/i. *w
123
•
Estas posições foram ratificadas tanto verbalmente pelos
Pais dos alunos, ao final da terceira unidade (Reunião do
conselho de pais), quanto por escrito, na avaliação, ao final do
•
ano letivo:
!
-
III PARTE
í- LIMITES E POSSIBILIDADES DE
UMA ABORDAGEM METODOLÓGICA.
125
III PARTE
A M AT^I
126
M/\ . /wt^i
127
Av? -ivi
128
-
•
ensino. Faz~se necessário salientar que no momento destas
•
/M/1. AA^I
130
J vida.
Ao considerarem a relação teoria-prática, os alunos
poderão viver diversos Jogos de seu próprio conhecimento e
poderão ser- alegres por isso; nestas situações vividas eles
sentirão tanto a realidade fisica quanto a social, dentro de suas
próprias exigências e possibilidades; "é verdadeiro para o
verdadeiro, em verdadeira grandeza; resistência, consistência,
sabor do real" (Snyders, 1988, p.259). É nos debates, durante
esta fase do planejamento, que eles» com alegria, se abrem para o
mundo, personagens que trabalham e vivem a vida cotidiana e, ao
invés de divergirem, aliam^-se.
/
131
-
comunitária. Grupos que devem criar suas
regras de trabalho e de acordo com a vida
cotidiana" (Snydere, 1988, p.260).
. . .
-
as experiências vividas fofa da escola pelos alunos.
-
•
alunos resultará uma grande quantidade dos Jogos Populares, dos
JogOB de salão e dos Jogoe esportivos, os quais estão presentes
na cultura dos alunos tio ensino fundamental do Colégio de
Aplicação - UFPE:
Jogos esportivos - São aqueles Jogos realizados em locais
—
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132
regras predeterminadas.
de ensino.
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133
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134
*<^\
.... 135
—
a pesquisa escolar junto aos alunos, tendo os mesmos informações
sobre um determinado Jogo até mesmo antes de jogá-lo. Aesim, a
relação teoria-prática consubstanciará a vivência do grupo-classe
durante a realização dos Jogos.
-
I *
Nae discussões do grupo-classe, as contribuições do
professor serão importantíssimas, mediante as suas competências,
pois ele deve procurar esclarecer ae dúvidas, complementar as
falas dos alunos e apresentar informações novas a respeito dos
conteúdos. Assim sendo, o processo de ensino-aprendizagem cada
vez mais Bera enriquecido.
'-
Para Ghiraldelli (1990), quando se tratar do conteúdo
••
corporal.
" -
- -
r
— 136
—
— nas aulas de Educação Física.
Este resgate propiciará às crianças apreenderem outras
r
informações por ocasião da troca das experiências vividas no
AAS\
"*
137
AVI .^i^7
r 138
- escolas.
Consubstanciado noe estudos de Dietrich (1984),
aconselha-se que o ensino dos Jogos esportivos seja iniciado com
•
oe pequenos grupos de alunos (pequenos Jogos esportivos),
apropriando-se da história, das regras, das técnicas e das
táticas dentro dos limitee do próprio conhecimento dos alunos,
considerando, além da ludo-motricidade, a riqueza das
experiências motrizes.
• -
oficial, mas também nos caihpos, nas praças, nas ruas etc...
1992, p.22
~
O professor diante aos problemas experimentados na
prática dos Jogos esportivos, deve levar os alunos a refletirem,
buscando contextualizá-los, articulando o problema vivido no Jogo
com a vida em sociedade, numa atitude que leva a uma aprendizagem
mais reflexiva, na qual faz-se necessário sempre contextualizar
respeito da interdisciplinaridade.
Ao final da vivência dos pequenos Jogos (esportivos, populares e
salão), a avaliação mais uma vez deve-se fazer presente, por
considerar importante ai sua sistematização. Aconselha-se,
entretanto, ao professor q|ue resgate, nas experiências vividas na
escola, as contribuições para a vida dos alunos.
•
mesmo tempo do Jogo, momento em que se devem buscar, na relação
teoria-prática, possibilidades para o conhecimento da história,
• -
.A^I
>-
141
... cultura vivida dos alunos,, pois a escola deve também propiciar
este espaço, atualizando-os de acordo com o que há de mais novo
dentro do desenvolvimento tecnológico.
1
Já para os grar des Jogos populares (Esconde-esconde,
-
queimado e barra-bandeira...), sugere-se como critério para a
participação: Existir solidariedade e construção coletiva
durante todo o tempo que durar a vivência destes Jogos.
Na vivência doe grandes Jogos na escola, aconselha-se a
visita sistemática do professor aos grupos, problematizando as
situações vividas pelos alunos. Os diálogos na relação
professor-alunos enriquecem as informações a respeito da
história, das técnicas, das regras e das táticas dos grandes
Jogos. Nesta vivência é importante incentivar aqueles alunos com
mais experiência a orientarem aqueles de menor experiência.
-
Quanto às dúvidas apresentadas pelos alunos, devem ser
esclarecidas nos intervalos dos Jogos, estratégia esta que
enriquece o processo de aprendizagem, porque ao mesmo tempo que
os Jogos ocorrem, OB alunos recebem novas informações,
alicerçando assim a articulação sistemática reflexâo-pesquiea
eBcolar-açSo.
Logo após um determinado tempo de vivência dos grandes Jogos, no
caso de as mesmas dúvidas voltarem a aparecer, aconselha-se ao
professor uma retomada das discussões Junto aos alunoB, com o
cuidado de não demonstrar os gestos técnicos:
"0 excesso de aprendizagem de modelos, de taxionomias e
o supertecnicismo são osi perigos mais graves do esporte educativo
de nosso tempo" (Bracht, 1992, p.82).
142
- - •
conhecimentos apreendidos são extrapolados para fora da escola.
11
143
MA tsxsx
144
•
serem vivenciados neste seminário. 0 professor, antes de
encaminhar os temas por escrito, antecipadamente, aos alunos,
deve apresentar os critérios de que se utilizou. Sugerem-se os
•
• -
distanciando-se daquelas concepções alienantes na Educação
Física.
145
•
Aw
146
Avi . M»n
- •
.147
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
M/j ./M^l
149
MA .
150
AvO.
151
.Mxi
ANKXO 02
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
COLÉGIO DE APLICAÇÃO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO DA U.F.PE
TRABALHO DE GRUPO
. A EXPERIÊNCIA DO GRUPO
. OS AMIGOS
. A FAMÍLIA
. A MÍDIA (JORNAIS, REVISTAS, RADIO E TELEVISÃO)
. OS LIVROS
Atenciosamente,
Recife, 10/08/93
.AVI
ANEXO 03
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.
COLÉGIO DE APLICAÇÃO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO.
Marcelo Tavares
Marcelo Tavares
A-I^\
r
ANEXO 04
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.
COLÉGIO DE APLICAÇÃO DO CEWTRQ DE EDUCAÇÃO.
01- INTRODUÇÃO-
Este planejamento de unidade toma por base,
inicialmente, o programa da disciplina Educação Física,
apresentado e aprovado no pleno do Colégio de Aplicação da
U.F.PE,, no ano de 1990. Neste ano darei continuidade ao referido
programa, diante do resultado da avaliação pela 5a série "A", ao
final do ano de 1992, momento em que a maioria dos alunos
consideraram relevante a metodologia encaminhada pelo professor e
a vivência das temáticas abordadas no respectivo programa.
Faz-se necessário ressaltar que o programa em questão é resultado
de pesquisas realizadas no próprio Colégio, com a aprovação da
Reitoria - U.F.PE, desde o ano de 1988, 0 mesmo está estruturado
para atender uma carga horária de 04 (quatro) horas-aulas
semanais para os alunos da 5a série do primeiro grau.
02- OBJKTIVOS.
2.1- Instrumentalizar os alunos, com os jogos ligados
as suas raízes cuturaie através, dos livros, das produções
escritas dos próprios alunos da escola e da mídia (Jornais,
revistas, rádio e televisão).
2.2- Vivenciar jogos articulando-os teoria-prática com
as relaçÕeB sociais.
2.3- Propiciar espaços em todas as aulas para
resolução de problemas, na perspectiva de despertar e enriquecer,
no grupo-classe, a criticidade e a criatividade, considerando as
categorias da participação, da cultura e do trabalho.
2.4- Propiciar espaços de discussões que abordem
sobre as dificuldades, as contradições, as inovações e as
perspectivas a respeito do jogo na escola..
•/^x^i
2.5- Propiciar informações a respeito doe fundamentos técnicos,
das táticas, das regras e da história daqueles jogos que serão
vivenciados no decorrer na unidade.
2.6- Realizar avaliações sistemáticas, na perspectiva de
enriquecer os conteúdos trabalhados na unidade.
03- CONTEÚDOS.
3.1- Jogos de salão na escola que se articulam
outras disciplinas: Xadrez, viajando pelo Brasil, forma palavras,
ligue letras, tesouro do faraó, mercado imobiliário, banco de
imóveis, como é meu corpo...
3.2- Jogos populares na escola: Queimado, Pipa, Pião,
esconde-esconde e Barra Bandeira.
3.3- Jogos esportivos na escola: Basquetebol, Futebol de
Salão, handebol e Voleibol.
3.4- Estudos e pesquisas: Origem, evolução, técnicas, téticae
e regras dos jogos vivenciados no decorrer da etapa.
3.5- Seminário: Debate para tratar a respeito das dificuldades,
das contradições, das inovaçSÕes e das perspectivas sobre o jogo
na escola.
04- METODOLOGIA.
0 eixo central de todas ae aulas será a
articulação teoria-prática, com este procedimento levantaremos
inovações para a prática pedagógica.
Procurar-se-ã resgatar permanentemente a vivência
doe alunos, considerando a cultura vivida, a participação e o
trabalho como principio pedagógico.
Os conteúdos serão vivenciados, em grupos,
participando nas pesquisas, nos debates, na recriação dos jogos,
na confecção de recursos materiais, como também na vivência de
formas tradicionais de movimento.
/Vi ,/vw-l
No início de todas as aulas ficará claro para os
06- AVALIAÇÃO.
Será realizado um processo permanente de
avaliação, ou seja, durante todas as aulas o professor questinará
aos alunos a respeito dos conteúdos tratados, momento em que será
verificado: 0 nível de participação; o nível de compreensão e o
nível de contextualizaçao e de extrapolação.
A^-l
07- CRONOGRAMA.
08. BIBLIOGRAFIA.
.
AVI -
- DIETRICH, Knut et ai. Os grandes jogos : metodologia e
09. OBSERVAÇÃO.
AM. A^^I
-
ANEXO 06
COMUNICAÇÃO AOS ALUNOS DA 5a SÉRIE "A" DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.
COLÉGIO DE APLICAÇÃO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO.
ASSUNTO: Comunicação
Prezados alunos
Atenciosamente,
Recife, 20 de setembro de 1993.
ANEXO 07
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO.
COLÉGIO DE APLICAÇÃO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO
ASSUNTO: SEHINARIO: "O JOGO NA ESCOLA".
Prezados alunos,
Atenciosamente,
Recife, 28 de setembro de 1993.
.Avn
r
• •
ANEXO 08
-
Prezados alunos,
Agradece,
Recife, 05 de outubro de 1993.
.t-vi