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SAIBA COMO REALIZAR ADAPTAÇÕES

NEUROPSICOMOTORAS PARA ALUNOS COM


DEFICIÊNCIAS

Professora Juliana Montenegro Seron


@profjumontenegro
DNPM e pessoas
com deficiência
É certo que desordens psicomotoras fazem
parte das características da pessoa com
deficiência. O grau de comprometimento
que elas irão provocar vai depender da
condição biológica e social do sujeito.
Seja qual for o potencial intelectual da PCD,
as perturbações e insuficiências da conduta
motora ou neuromotora sempre perturbam
e paralisam as manifestações da
inteligência.
O profissional da escola ao
identificar o atraso na
aprendizagem dos alunos com
deficiências, relacionado a sua
dificuldade motora e assim,
proporcionar atividades lúdicas
diferenciadas, propondo jogos
para melhorar seu desempenho
na escrita, leitura e postura
corporal.
Dicas para brincadeiras inclusivas
• Respeite o tempo de cada um
• Respeite o ritmo de aprendizagem da criança
• Pergunte diretamente à criança se ela precisa de ajuda
• Respeite se ela não aceitar a ajuda
• Trate-a conforme a idade dela
• Nunca subestime as capacidades da criança
• Pergunte à família se a criança tem alguma restrição para
brincadeiras
CUIDADOS
NECESSÁRIOS
• Se a dinâmica precisar do uso de tesouras, elas devem ser de ponta
arredondada
• Preste atenção a peças pequenas ou ímãs que possam se soltar dos
brinquedos
• Sempre olhe ao redor do lugar que a brincadeira será realizada. Veja
se não há nada que pode causar um acidente, como pregos, vidro ou
objetos pontiagudos
• É sempre importante que haja um adulto responsável
acompanhando a brincadeira
• Dê preferência para locais acessíveis, com pisos regulares, rampas de
acesso e antiderrapante
Para adaptar uma brincadeira para crianças com
deficiência, é preciso conhecer as necessidades
específicas de cada criança e pensar em maneiras de
modificar a atividade para que ela possa participar.

Por exemplo, uma brincadeira de pega-pega pode ser


adaptada para crianças com deficiência visual,
utilizando um sino ou apito para indicar a posição do
pegador.
BRINCADEIRAS ACESSÍVEIS
Brincadeiras que exploram os sentidos
Adivinhar objetos pela cor, textura, tamanho, cheiro ou barulho é um
ótimo exercício para crianças com ou sem deficiência. Da mesma forma,
explorar diferentes tipos de comunicação, como desenhos e mímicas,
com placas e sinalizações, é diversão garantida para a criançada. Além de
prepará-las para lidar com interações em outros momentos da vida.

Cores
Brinquedos com cores chamativas são extremamente estimulantes para
qualquer criança. Mas, quando falamos sobre acessibilidade, os
brinquedos que apresentam cores com maior saturação e contraste
facilitam a visualização daqueles que têm baixa visão.
Brinquedos com som
Além das cores vibrantes, um guizo torna a
brincadeira com bola também sonora e acessível
àqueles que têm baixa visão.

Brinquedos com palavras


Brinquedos com palavras escritas facilitam muito os
processos cognitivos de associação e alfabetização.
No entanto, quando o assunto é inclusão e
acessibilidade, é muito importante que essas
palavras também estejam escritas em braile.
Brincadeiras de associação de palavras como essa
podem ser também uma ótima oportunidade para
introduzir o aprendizado de libras!
Brincadeiras inclusivas – Deficiência
auditiva
• O mestre mandou: brincadeiras como essa,
que seguem comando de voz, podem contar
com plaquinhas com as orientações por
escrito ou por gestual.
• Pular corda: ajuda a desenvolver o equilíbrio
corporal, níveis de vibração e ritmo dos
movimentos.
• Quebra-cabeças e blocos de montar: dá pra
brincar individualmente ou em grupo,
fortalecendo a concentração e a cooperação
de todos.
Brincadeiras inclusivas – Deficiência
visual
• Esconde-esconde sonoro: é semelhante ao esconde-esconde normal, mas com cada criança que
vai se esconder usando um brinquedo que emita sons. Pode ser um chocalho, um guizo, um
apito ou um brinquedo eletrônico. Quem procura deve se guiar pelos sons. Como forma de
estimular a empatia, pode-se combinar também que todas as crianças usem uma venda na hora
de procurar os amigos.
• Futebol adaptado: trocando a bola comum por uma com guizos, que emite um som ao se mover,
as crianças cegas podem participar da brincadeira. Uma opção é a modalidade de dois times
(nesse caso, os goleiros precisam emitir sons, para orientar os chutes). Também é possível
brincar de troca de passes, com as crianças formando uma roda, peça que elas passem a bola aos
amigos usando os pés.
• O que é, o que é? Entregue objetos às crianças vendadas (vai uma de cada vez) e peça que
adivinhem o que é, usando outros sentidos que não a visão para explorar.
Pega-pega sensorial
Nesta brincadeira, todo mundo deve estar com uma
venda nos olhos. A pessoa escolhida para ser a
“pegadora” também estará vendada e deverá usar os
sons emitidos pelas outras crianças para encontrá-
las. As próprias crianças podem decidir os sons
usados, como palmas, sons com a boca, apito,
brinquedo de apertar, entre outros. Mas a atividade
deve ser supervisionada por um adulto e em lugar
seguro, sem quinas pontiagudas e sem risco de
tropeções e quedas.
Caixa tátil
Essa brincadeira tem o objetivo de estimular a
imaginação e os sentidos da meninada. É
muito simples! Basta colocar em uma caixa
grande de papelão vários objetos de diferentes
tamanhos, texturas e sons, e deixar um espaço
na tampa as para que caibam as mãos da
criança. Para os pequenininhos, a atividade
pode ser uma forma de trabalhar as diferentes
sensações e sons. Para os mais velhos, a graça
pode ser descobrir quem acerta o maior
número de objetos da caixa só pelo toque e
pelo som!
Estimulando o brincar...
Reconhecimento do outro:
Use toques e voz suaves ao se comunicar com a criança que tem deficiência
01 visual, aproximando sua face do rosto dele para que ela possa percebê-lo e
tocá-lo.

Conhecendo o próprio corpo


02 Auxilie a criança a conhecer o próprio corpo com toques
enquanto nomeia cada parte tocada.

Imitando sons
03 Imite os sons que seu bebê faz e crie estímulos para que ele possa
imitá-lo. Isso auxiliará na comunicação.
Jogo de orientação
Dê objetos à criança nomeando-os e relacionando às
possíveis ações que poderão ser feitas com este item.
Exemplo: “A bola. Pegue a bola. Chute a bola. Jogue a bola
para cima”.

Brincadeiras com miniatura de objetos


Elas possibilitam que a criança tenha uma melhor
compreensão de objetos muito grandes ou impossíveis de
serem alcançados (casinha com telhado, elefante, caminhão,
avião, fogão, geladeira, entre outros).
Estratégias de adaptação de brinquedos
convencionais para torná-los acessíveis

- Adicionar texturas ou materiais táteis aos brinquedos para


crianças com deficiência visual;

– Adicionar cores vibrantes ou luzes piscando para crianças


com deficiência auditiva;

– Adicionar alças ou suportes para facilitar o manuseio para


crianças com deficiência motora
- Incluir jogos cooperativos, em que as crianças
trabalham juntas para alcançar um objetivo comum;

– Incentivar a comunicação entre as crianças, seja


por meio de gestos, linguagem de sinais ou outros
recursos;

– Valorizar as habilidades de cada criança e


incentivar a troca de conhecimentos.
Sugestões
https://laramara.org.br/brincadeiras-inclusivas-e-adaptadas-para-criancas-com-
deficiencia-visual/

https://watplast.com.br/descubra-10-brincadeiras-inclusivas-para-fazer-no-mes-
da-crianca/

https://www.vlibras.com.br/como-criar-brincadeiras-adaptadas-para-criancas-
com-deficiencia/

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