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DA POLÍTICA URBANA

Arts. 182 e 183 CF/88


Regulamentados pela Lei 10.257/01

Objetivo da política urbana art. 182, CF : Ordenar o pleno desenvolvimento das


funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

•Pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade: significa dizer que a função
social da cidade é cumprida quando esta proporciona a seus habitantes o direito à vida,
à segurança, á igualdade, ´a propriedade e à liberdade (art. 5º, caput, CF), bem como
quando garante a todos o piso vital mínimo (art. 6º, CF)

•O Pleno desenvolvimento exige a participação municipal intensa cf. art. 30, VII, CF,
que atribui ao Município a competência de promover o adequado ordenamento
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do
solo urbano.

•A função social da cidade é cumprida quando possibilita aos seus habitantes uma
moradia digna.

•Garantia do bem-estar dos seus habitantes:não há padrões fixados pela lei, porém
exigi-se do Poder Público , de forma permanente, a busca desses valores aos habitantes.

•A cidade é o bem ambiental.


• O poder público deve proporcionar aos habitantes da cidade, para que tenhamos e
vivamos em uma cidade sustentável.

O art. 2º, I do Estatuto da Cidade, elenca uma série de direitos para vivermos numa
cidade sustentável:
•Direito à terra urbana
•Direito a moradia;
•Direito ao saneamento ambiental;
•Direito a infra-estrutura urbana;
•Direito ao transporte
•Direito ao trabalho;
•Direito ao lazer;

Meio ambiente artificial :


•Tutela mediata: art. 225 CF
•Tutela imediata: arts. 182 e 183 CF - Regulamentados pela Lei 10.257/2001 -
Chamado de ESTATUTO DA CIDADE.

A cidade que tiver mais de 20 mil habitantes deve elaborar o Plano Diretor – conf. Lei
10257/01- arts. 4º, III, a; e 39 a 42. O PD é um instrumento básico da política de
desenvolvimento da expansão urbana.
A propriedade deve cumprir sua função social, e cumpre quando atende as exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no PD.
Mediante lei específica, é facultado ao Poder Público municipal exigir, do proprietário
do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova
aproveitamento adequado, sob pena, sucessivamente de: parcelamento ou edificação
compulsórios, IPTU progressivo no tempo (Lei 10257/01- art. 7º) e desapropriação com
pagto em títulos divida publica (Lei 10257/01- art.8º) , prazo de 10 anos ,em parcelas
iguais e sucessivas, assegurado valor real e juros legais.
Usucapião urbano (Lei 10257/01- art. 9º a 14): área 250 m., pz 5 anos posse ininterrupta
e sem oposição ,desde que não proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Homem e
mulher podem receber o titulo de domínio e a concessão de uso. Somente será
reconhecido este direito uma vez. Imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.

DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA


Arts. 184-191 CF/88
Regulamentados pela Lei 8629/93

Leis infraconstitucionais
• Lei 4504/64 - Estatuto da Terra
• Lei 5764/71- Política nacional do Cooperativismo no Brasil
• Lei 8174/91 – Princípios da Política Agrária
• Lei 9393/96- dispõe sobre pagto da divida representada por Titulo da Dívida Agrária
• LC n. 76/93- Procedimento contraditório especial para processo de desapropriação de
imóvel rural por interesse social, com alterações da LC n. 88/96;
• LC n. 93/98- fundo de terras e da reforma agrária;
• Lei 11326/06 – diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura familiar
e Empreendimentos Familiares Rurais.

Cumpre função social o imóvel rural que, simultaneamente, atende aos seguintes
requisitos (art .186):
I- aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

O imóvel rural que não cumpre função social (arts .3º, 5º, XXIII; e 170 ,II e III), está
sujeito a Desapropriação, com pagto em títulos da divida agrária, resgatáveis em 20
anos, a partir do 2º ano da emissão, com preservação do valor real, com utilização
prevista em lei. Sendo que as benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em
dinheiro.
O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como
o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins da reforma agrária,
autoriza a União a proporá ação de desapropriação (LC n. 76/93 alt. LC n. 88/96).
Após publicação do decreto – pz de 2 anos para ação (pz. decadencial), a petição cf.
CPC +art. 5º da LC 76/93.; citação- art. 7º LC; recebimento da inicial –art. 6º LC –
despacho 48 hs – imissão de posse para a União.
São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: a pequena e média
propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; e a
propriedade produtiva. Sendo que a A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e
fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.

Usucapião rural: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não
superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Sendo que os imóveis públicos
não serão adquiridos por usucapião.

A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do
setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de
comercialização, de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
I - os instrumentos creditícios e fiscais;
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
VIII - a habitação para o trabalhador rural.

Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias,


pesqueiras e florestais.
A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola
e com o plano nacional de reforma agrária.
A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior a
dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que por interposta
pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional. Excetuam-se as
alienações ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrária.
Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos
de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos. Sendo que o
título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.
São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência
de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária

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