i= bijaoy me!
Sociedade & Cidadania
ALFREDO BOULOS JUNIOR
Doutor em Educacéo (Brea de concentracao Historia da
Equcacio) pela Pontificia Universidade CatOlce de Sao Paulo.
Mestre em Ciencias (area de concentrasao: Historia Social)
pela Universidade de S60 Paulo. Lecionou 1 rede publica €
particular e em cursinhos pré-vestibulares £ autor de colecdes
paradidaticas. Assessorou a Ditetoria Tecnica da Fundacdo pare
ee esenvolvimento da Educacéo ~ Sa0 Paulo
ester FTD FTD
Copyright © Alfredo Boulos Kier, 2018.
Ditetor editorial
Diretora editorial adjunta
Gerente editorial
Eslitor
Editores assistentes
‘Assistente editorial
Assessoria
Gerente de producio editorial
Coordenador de producto editorial
Gerente de arte
Coordenadora de arte
Projeto gréfico
Projeto de capa
Foto de capa
Supervisor de arte
Editor de arte
Diagramacio
Tratamento de imagens
(Coordenadora de iustragées e catografia
ustragses
Cartografia
‘Coordenadora de preparacio e revisto
Supervisora de preparasao e reviess
Revisio
Stperisora de iconogratia¢licenciamento de textos
‘Antonio Luiz da Siva Rios
Silvana Rossi Icio
Flivia Renata P A, Fugita
40k Carios Ribeiro i
Chtbar Berges, Maiza Garcia Barientos Agua Rui C. Dias
Carolina Bussolare Mareiano
Claudio A.V. Cavaleant,
‘Mariana Milan
Marcelo Henrique Ferrera Fontes
Ricardo Borges
Daniela Maximo
Sergio Candide
Carolina Ferra
Juca Martns/Othar Imagem
Vinicius Fernandes
Felipe Borba
Lima Estilo Grafeo
‘Ana Isabela Pithan Maraschin, Equi! Rachett
Marca Berne
Lian Semenichin
Viviam Moreira
‘Aaiana Pico, Camila Cipoloni, Carina de Luca, Célia Camargo, Felipe Bio,
raceme ¢fatclno Femanda Rodngues, Fernando Cactoa’ Heloisa Beraldo,
Vesa Fanta, Paulo Andrade, Pedro Fan Ra Sénia Cervantes,
Veridiana Maenaka
Elaine Bueno
tconograla Amanda Loos Von Losimfeld, Caio Masel,
Daniel Cymbalta, Prslla Liberato Nosed
a cencamento de textos Erea Brambia, Vanesa Teese
reer pee autos de seguanga Siva Rega ee
Ditto de operasies« producio grifice Reginge nec Damasceno
™ = Imagem de capa:
Dados intemacionais de Catalogacao na Publica (Cie) A Soe decd
rafa de capa é imagem da Cavalhada
(Cama Bras do tive, ras) ds tindn 60) a see ae
Boulos Janie, alfredo Populares do Brasil. As Cavalhadasfazem pare ca
atria Sociedade & cidadania: 6 ano ening §G3% 40 Divino Espito Santoe consstemomranee
— Sto Pale FID, 2078
“’Componente curricular: Hist,”
ISBN 976-85-96-01974.3 faluno)
'SBN 978-85-96-01975.0 (profesor)
1. Historia (Ensino fundamental) 1
18-20754 00-372.85
Indi
ices para catélogo sistemdtica,
1. Historia Ensine fundamental
Cibele Maria Dias —
eats acs: A 104 Ceo ret ete 9610
era de on asses ee 8
DIToRA ero,
us Ru arose 156 Bela Vist = io Paulo sp
‘SEP O1526-010~ Tal camo 7S ese
(ta Postal 65149 ~ Ce Cana Pot 950570
‘won fd combe
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camental: anos nals / Alfredo Boulos lana
Biblitecéria- cRe_g/9427
‘corre disputas,
Titulo, idem, S80 carver:
37289
coors conte
esc aar
cpt
selena
Sere APRESENTAGAO
Caro aluno, cara aluna,
Quero the dizer algo que para mim importante e por isso gostaria que
voce soubesse: para que este lio chegasse as suas maos, foram necessarios
o trabalho ea dedicacao de muitas pessoas: 0S profissionais do mundo do livro.
(© autor é um deles. Sua tarefa € pesquisar e escrever © texto € as
atividades, além de sugerir as imagens aue ele gostaria que entrassem no
livro. A esas paginas produzidas pelo autor damos o nome de originais.
© editor e seus assistentes lem @ avaliam 0s originais. Em seguida,
solicitam ao autor que melhore ou corrija 0 que 6 preciso no texto. Por vezes,
pedem que o autor refaca uma Ou outra parte, Dai entram em cena outros
trabalhadores do mundo do livre: os profissionals da Iconografia, da Arte,
da Revisdo e do Juridico, entre outros.
Os profissionais da Iconografia pesquisa selecionam, tratam &
negociam as imagens (fotografia, desenhos, gravuras, pinturas etc) que
serao aplicadas no livro. Algumas dessas imagens so os mapas, feitos por
especialistas (os cartografos), € desenhos baseados em pesquisas historicas,
feitos por profissionais denominados ilustradores.
Os profissionais da Arte criam um projeto grafico (planejamento visual da
obra), preparam e tratam as imagens € diagramam 0 liv, isto é, distribuem
textos e imagens pelas paginas para que a leitura se torne mais compreensivel
e agradavel.
0s profissionais da Preparacao Reviso corrigem palavras € frases,
ajustam e padronizam 0 texto.
‘A equipe do Juridico solicita @ autorizacio legal para 0 uso de textos de
outros autores e das imagens que irao ‘compor 0 livro.
Todo esse trabalho ¢ acompanhado pela Geréncia Editorial
Em seguida, esse material todo, aue € um arquivo digital, segue para 2
grafica, onde € transformado em livro por tecnicos especializados do setor
Grafico. Depois de pronto, 0 livre chega as maos da equipe de Divulgacao,
que o apresenta aos professores, personagens que dao vida 20 livre, objeto
go mesmo tempo material e cultural
Meu muito obrigado do fundo do coracao @ todos esses profissionals,
gem os quais esta Colecdo néo existirial E obrigado também a voce, leitor.
O autor SUMARIO
UNIDADEI
HISTORIA E TEMPO
O que a Historia estuda?.
Tempo.
O calendario cristao
© tempo histérico
Uma periodizacao.
ATIVINADES.
IAP FONTES E CONHECIMENTO
EM HISTORIA
As fontes da Historia
© conhecimento histérico
A.colaboracao de outros profissionais
Quem faz a Historia?
ATIVIDADES
c OS PRIMETROS POVOADORES
DA TERRA
Sobre a origem do ser humano
© ctiacionismo,
© evolucionismo
Os primeiros hominideos.
© Homo sapiens sapiens
Cacadores e coletores
© dominio do togo
Aaricultores e pastores,
Idade dos metais
ATIVIDADES
PRIMEIRUS HABITANTES
DA AMERICA
Da Africa para outros continentes
Como chegaram?.
Descobertas sobre a
Presenca humana na América
Os estudos de Ni&de Guidon
Os habitantes das terras americanas
Cacatiores e coletores
Agricultores da Amazénia
ATIVIDADES.
UNIDADE 11
cal EGITO E KUSH
Africa: organizagdes politicas
Cotidiano no Antigo Egito
© Império egipcio
Periodizacso
11
12
14
18
20
23
24
26
27
28
31
38
37
37
38
40
41
42
43
a4
47
48
56
67
68.
70
70
Sociedade e poder.
© farac, ‘
5 altos funcionarios e os sacerdotes
Artesios, comerciantes e militares
Os camponeses e os escravos,
A religiosidade egipcia
O Reino de Kush
Caracteristicas do Reino de Kush
Aeescolha do rei
Candace, @ mulher na poitica
Economia e sociedade
ATIVIDADES,
MESOPOTAMIA
Os sumérios e os acédios
A escrita @ as leis,
Os amoritas
0s assirios
5 caldeus
Sociedade e poder
Economia: 0 campo e a cidade
ATIVIDADES
c POVos INDIGENAS
DA AMERICA
Espaco e diversidade cultural
O Império Asteca: conceito e localizacao
A cidade de Tenochtitian
Esporte e sade
Os maias
AS cidades-Estado maias
©s incas
As cidades incas,
Indigenas das terras onde hoje & 0 Brasil
Conhecendo os povos indigenas
Diferencas entre os indigenas
Semelhancas entre os indigenas,
ATIVIMADES
72
72
3
75
76
77
79
80
81
82
a3
87
81
93
93
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100
101
103
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108
109
110
m1
112
113
115
116
118
119
120
122
123 ‘UNIDADE III
cariruios 0 MUNDO GREGO
EADEMOCRACIA
CO conceito de Antiguidade classica
Impactos do uso do termo
“Amtiguidade cléssica sobre Outros PovOSs
Grécia antiga: localizagso
Grecia: primeiros tempos.
Do alkas é cidade-Estado.
Acidade-Estado
© que levou os gregos ase expandirem?
Atenas
‘A democracia ateniense
O século de Pericles.
Escravos, mulheres e estrangelros.
Esparta .
Politica em Esparta.
Sociedade espartana
Os deuses e os herdis gregos
Uma religido civica
Os Jogos ‘Olimpicos
ATIVIDADES.
capivuia 8 ROMA: MONAROUIA,
REPUBLICA E IMPERIO
Roma antiga
Localizacao e povoamento
Versao hist6rica da fundagao de Rome
‘Asociedade no tempo da monarauia
‘A politica no tempo da monarquie.
‘A Republica Romana
‘Os magistradas romnanos
As lutas sodas .
Roma conguista a Italia.
Roma se expande pelo Mediterraneo...
Escravismo e grande propriedade
Aluta pela terra
‘A ascensao dos militares
Joli César contra 0 Senado
tavio e o Império
ATIVIDADES
UNIDADE IV
capirenos0 O IMPERIO ROMANO
(0 governo do imperador Otavio Augusto
nal, 0 que era 0 Império Romano? ~
’As bases do Império Romane.
irculagao de pessoas, produtos
© culturas no Mediterraneo
Contribuicées romanas
ung. -
Engenharia rornani
Direite romano
ATIVIDADES
127
128
129)
130
130
131
132
133
134
135
2136
136
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137
138
139
140
141
142
146
147
147
148,
149
149
150
150
151
153
155
157
158
159
160
161
162
capiruyo 11 POVOS E CULTURAS
NAS TERRAS BANHADAS
PELO MEDITERRANEO aga
‘A desagregacao do Império. 183
© processo de ruralizaca0 184
fm busca de solugdes para a crise 185
‘ascensso do cristianismo 186
'A perseguica0 aos cristo. 187
Germanos: onde viviam e quem eram 189
‘Guerra, razao de ser do germane 190
Contatos, adaptacdo ¢ excluséo. 190
Migracoes e invasoas no Império 192
os bizantinos 193
‘A politica ei 193
‘Areligiosidade bizantina 195
(0s muculmanos. 197
Oisiamismo.. 198
‘A expansao islamic 198
Mediterraneo: espaco de
jnteracdo entre povos e culturas 199
ATIVIDADES se 201
caniruvoi2 0 FEUDALISMO: SOCIEDADE,
CULTURA E RELIGIAO 208
(0s dominios germanos 209
(© Reino dos francos 209
0s carolingios ait
(© Império Carolingio 213
‘Administracao do Imperio. 24
‘A divis8o do imperio de Carlos Magno 215
‘A formacéo da Europa medieval 216
(© feudalismo 216
suramento de fidelidade. 217
Osenhorio 218
A sociedade feudal 220
‘0 clero 220
A nobreza. 21
Os trabalhadores 222
COssenhorio e as obrigagoes dos servos 223
Tgfeja ecrstianismo na dade Media 224
‘rise no erstianismo e roves ordens relgiosas 225
‘cultura na Idade Média 226
‘ATIVIDADES 231
BIBLIOGRAFIA 234
MAPAS 288
esse vécino
Sacra
eexeuiran Os uA
‘O camaro PARR
7 gotta, @ 10705 OF
Gee eesvonvenen:
*rop0s CAPiroLo
HISTORIA
E TEMPO
it vaya
=
Observe esta imagem com atencdo.
Copa do Mundo: vocé esta na torcida e o seu time ests
Ganhando. O relégio informa que faltam cinco minutos para
damente? © que é tempo para voce? Qual € a importancia do
relégio na sua vida? Vocé temo habito de consultar o calendério?
6
i
:
§
a
Jogadores da
selegao brasileira
de futebol
comemorando um
gol. Rissia, 2018, Observando as imagens desta pagina, € pos-
sivel perceber que o mundo em que vivemos hoje
é muito diferente daquele em que viveram nossos
bisavés. De la para c4, muita coisa mudou.
5
a
Ei
a
el
Retrato de uma menina. Retrato de uma menina.
Cerca de 1885. Cerca de 1910.
=
‘as mudancas, porém, nao ocorreram apenas no modo de se vestir; ocorreram
mudancas também no modo de brincar, jogar, estudar ¢ de conversar a distancia.
Jovem aotelefone.
4 | Note queelausaum
‘telefone sem fio. 1990.
Filha, acompanhada
damie,conversa
Fao nnuOH CET ORES
4
F
comopaiemuma | &
Menina conversando chamadadevideo, |) 2
ade emumafotografia | 5
1930. atual. i O que a Historia estuda?
Bem, vocé deve estar se Perguntando aonde queremos chegar apresen-
‘tando todas essas Mudancas. Afinal, o que a Historia estuda?
A Historia estuda justamente o Processo de mudangas ocorridas nas
sociedades. Incluem-se af as mudancas no campo da comunicacao, da
moda, da alimentacao, da construgdo de moradias, do lazer, entre outras,
Mas a Histéria nado estuda apenas as mudancas. Estuda também as
Permanéncias, ou seja, aquilo que, mesmo com o Passar dos anos, ndo
mudou ou mudou pouco. Exemplos disso sao as construgées presentes em
algumas cidades brasileiras, como Ouro Preto, So Luis, Olinda, Goids e
Salvador. Repare que elas si0 muito antigas; foram construidas hé muito
tempo e preservadas até hoje,
lestaque para a Catedral daSé, 3 direita, construcao.
Squerda, Farol inaugurado em 194, situado no alto do Morro do Serapiio,
Olinda (PE), 2013. 0 Brasiltem 19 sitios considerados como Patrim6nio Mundial da Unesco, dentre
oe quals est80 os centros histéricos das cidades de Ouro Preto, So Luis, Olinda, Golds e Salvador, As permanéncias também podem ser percebidas nas brincadeiras
antigas que continuam sendo praticadas hoje. Pular corda, brincar de
peteca, de boneca, de carrinho, de esconde-esconde e de amarelinha
so exemplos de permanéncia.
‘Menina brincando de amarelinha.
Estados Unidos, 2016.
Criangas brincando de
amarelinha. Franca, 1956.
Concluindo, a Hist6ria estuda as mudancas ¢ também as perme
nencias. Procura perceber o modo como as pessoas viviam NOP tempos
antigos e como vivem hoje, bem como a relagao entre aqueles tempos e
os tempos atuais. Ou seja, a Historia estuda o tempo passado e também
© presente. Por isso, pode-se dizer que a Histéria 6 0 estudo dos seres
humanos no tempo. Leia 0 texto a seguir com atencao,
O que é histéria
Diz-se algumas vezes: “A historia é
a ciéncia do passado.” £ [no meu modo
APOLOGIA de ver] falar errado [..J
DA HISTORIA Ha muito tempo [...] Michelet ¢
Fustel de Coulanges nos ensinaram a
Teconhecer: 0 objeto da Historia é .. 0
homem. Digamos melhor: os homens,
[..] Por trés dos grandes vestigios [..] da
paisagem, |. por tras dos escritos [..]
€ das instituigées [..] so os homens
que a histéria quer capturar, pale
Do carater da Histéria como
conhecimento dos homens decorre
sua posicao especifica [..].
Ciéncia dos homens, dissemos.
E ainda vago demais. £ preciso acres.
Fac-simile da capa do centar: “dos homens, no tempo”.
livro Apologia da Histéria
0u 0 oficio de historiador.
BLOCH, Marc. Apologia da Histéria ou 0 oficio
de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
2001. p. 52-54,
Michelet e Fustel de Coulanges:
importantes historiadores
franceses do século XIX.
Que ideia 0 autor do texto critica?
Para 0 autor do texto o que é a Historia?
Com base neste texto e no que vocé aprendeu sobre 0 assunto, qual a
importancia do tempo para a Historia?
Vocé tem conseguido usar bem o seu tempo? Tem conseguido conciliar
estudo e lazer?
10 Tempo
Para escrever a Histéria, 0s seres humanos
tiveram de resolver o problema de situar os
acontecimentos no tempo. Por isso, a0 longo
do tempo, criaram diferentes calendarios, isto
6, diferentes modos de contar e dividir 0 tempo.
Para dar inicio 4 contagem do tempo, cada povo
escolheu uma data que é importante para ele.
0s judeus, por exemplo, comegam a contar
© tempo a partir da criagéo do mundo, que para
eles se deu no ano 3760 antes do nascimento
de Cristo.
Menina lendo a Tor§, o livre sagrado
dos judeus. lsrael, 2017
J os Mucuimanos contam © tempo a
partir da ida do fundador da sua religiao,
Maomé, da cidade de Meca para Medina
(na atual Arabia Saudita). Esse fato ocorreu
no ano 622 depois de Cristo.
Religiao: é um conjunto de crencas,
normas e valores partilhados por um
grupo, comunidade ou povo; ¢ impertante
fembrar que a religiao é sempre coletiva.
rn
Menina lendo 0 Corde, olivro sagrado
dos mugulmanos. Malésia, 2018.
Os cristdos, por sua vez, escolheram
‘© nascimento de Cristo para dar inicio
& contagem do tempo. Por isso, 0 ano
de 2020, para os cristaos, corresponde
ao ano de 1441 para os muculmanos,
e de 5780 para os judeus.
Menino catélico rezando
‘ajoelhado. rlanda, 2015.
it O calendario cristao
© calendario cristéo € o mais usado no Brasil. Contamos o tempo a partir do
hascimento de Jesus Cristo. Para nés, portanto, hd os fatos ocorridos antes e depois
de Cristo nascer. No caso dos acontecimentos anteriores ao nascimento de Cristo, ao
lado da data colocamos a abreviatura a.C. Um exemplo: os seres humanos apren-
deram a produzir 0 fogo por volta de 10000 a.C. 44 a penicilina foi descoberta em
1928. Isto quer dizer que quando se reslizou essa importante descoberta tinham-se
Passado 1928 anos do nascimento de Cristo. GI
Ao escrever a data dos fatos ocorridos depois de Cristo, ndo
€ necessério colocar a abreviatura d.C. Coloca-se apenas 0 ano. mas
© Rosso calendario divide 0 tempo em dia, més, ano, ‘eusensite?,
década (10 anos), século (100 anos) e milénio (1000 anos). mapa
Assim, dizer que estamos em 2020 significa que jé se passaram ncn ranowiwson
dois milénios e 20 anos do nascimento de Cristo. Memeo TAS ea
© século € uma unidade de tempo muito utilizada pelos historiadores.
Geralmente, escrito em algarismo romano: século |, século Il, culo XX e assim por
diante. Ha duas regras praticas para saber a que século pertence determinado ano:
Outro exemplo: observe a linha do tempo com os acontecimentos importantes
da vida de uma pessoa que chamaremos de Kauan,
Ingresso no 6 ano 1°) Quando o ano terminar em 00, é sO elimina-los e 0 numero que sobrar
indicara 0 século. Exemplos:
1200 — século XII (século doze)
1980 — século XIX (século dezenove)
24) Quando 0 ano nao terminar em 00, é so eliminar os dois Ultimos algarismos
e somar 1 ao ntimero que sobrou e vocé tera o século. Exemplo:
1995, 19+1=20 século XX (século vinte)
E preciso observar ainda que estas regras sao validas para calcular tanto os
séculos anteriores quanto os posteriores ao nascimento de Cristo. Para representar e
ordenar os fatos numa sequéncia cronoldgica, utiliza-se a linha de tempo. Esta linha
pode ser construida usando-se qualquer unidade de tempo: anos, décadas, séculos.
Veja um exemplo de uma linha do tempo que utiliza anos. Perceba como a con-
tagem dos anos aumenta em direcGes opostas a partir do ano em que Jesus nasceu.
= Nascimento:
a J aR a
da escrita de Roma Império Romano relagio de bolso
Nesta colecdo as linhas do tempo nao estao em escala.
Aniversario de 30 anos ‘Aniversario de 70 anos
Aniversario de 18 anos O tempo histdrico
Como se vé, 0 tempo cronologico criado pelos seres humanos é 0
resultado de uma convensao, isto 6, de um acordo entre eles, Mas os
historiadores nao se interessam apenas em situar os acontecimentos
no tempo. Interessam-se também pelas mudancas e permanéncias que
ocorreram nas sociedades humanas ao longo do tempo. Esse tempo rela-
cionado as mudancas e permanéncias na trajetéria dos seres humanos na
Terra é chamado de tempo historico.
Mas atencao: as mudancas nao ocorrem do mesmo jeito e nem no
mesmo ritmo em todo lugar; 6 que cada povo tem um tempo e um
ritmo que Ihe s8o préprios. Os brasileiros que habitam cidades com
muitos prédios, avenidas largas e luminosos por toda parte vivem de um
jeito e num ritmo muito parecido. Eles vivem no mesmo tempo histérico.
Com a informatica,
acomunicagao
acontece hoje num
ritmo muito mais
répido daquele de
poucas décadas
atrés. Observando
‘e8sa5 pessoas que
estdorecarregando
bihete de
transporte pablico
por meio de um
totem, é possivel
percebera
presenga marcante
dainformética nas
nossas vidas hoje.
Sao Paulo (SP),
2012.
14 feo
Tempo histérico e espaco
Os historiadores, além de se preocuparem em situar as agoes humanas
no tempo, tém a tarefa de situd-las no espago. Nao se pode conceber um
“fazer humano” separado do lugar onde esse fazer ocorre. O ambiente
natural ou urbano, as paisagens, |. as trajet6rias, os caminhos por terra
¢ por mar s4o necessariamente parte do conhecimento hist6rico,
BITTENCOURT, Circe M. F, Ensino de Historia: fundamentos e métodos. So Paulo:
Cortez, 2004. p. 207-208, (Colecdo Docéncia em Formas
Estrada em
Salvador, (BA),
2018.
Segundo 0 texto, os historiadores se preocupam em localizar as acoes
humanas:
somente no tempo, pois 0 fazer humano nao depende do lugar em
que esse fazer ocorre.
b) somente no espaco, pois 0 fazer humano s6 depende do lugar em que
ele ocorre.
©) no tempo e no espaco, pois esses termos s&o sindnimos.
4) notempo eno espaco, pois ambos sao importantes no estudo da Historia.
Mas nem todos os habitantes do Brasil vivem do mesmo jeito € nem no mesmo
ritmo. Os Kayabi (indigenas do Rio dos Peixes, no norte do Mato Grosso), por exemplo,
vivern em um tempo histérico diferente do dos habitantes de cidades brasileiras.
Observando o calendario dos Kayabi, percebe-se que eles organizam sua vida com
hase nos acontecimentos naturals, sto é, guiam-se pelo tempo da naturez3.
15 y
Os Kayabi vivem no tempo da natureza.
Festa indigena, colheita de arroz.
————
Baixada do rio, Primavera, Dia das Maes, Pescaria de linhada, Festa.
EEE
16 Primeira chuva, plantagao.
ae
Mitho-verde, melancia, castanha.
—_———eee
Desbroto das rogas, coleta de castanhas e frutas
silvest
‘¢ tempo na afirmacao da identidade kayabi. S30 Leopoldo: Oikos,
poves indigenas 2006). Disponivel em: . Acesso em: 16 ago. 2018,
Fonte: TREIN, Hans (Org). Territér
2008. p. 12-13. (Caderno para a Semana dos
‘staticlarquivos-publicacao/semana-dos-po\
17 Uma periodizacao
Para facilitar 0 estudo da Historia, os historia
dores do século XIX dividiram a longa trajetoria
humana sobre a Terra em cinco grandes periodos,
que esto representados a seguir.
SE VUAGREA eM
rate
bl
Do surgimento do género De 3500 a,C. até a queda do De 476 até a invasio da
Homo, ha cerca de Império Romano do Ocidente, cidade de Constantinopla
2 milhdes de anos, até.a em 476 4.C. (atual Istambul) pelos
invencao da escrita, ocorrida turcos, em 1453,
por volta de 3500 a.C
Repare que essa periodizacgo considera as sociedades sem escrita
(égrafas) sociedades sem historia.
Os historiadores atuais ndo aceitam essa diviséio entre Pré-Historia
€ Historia, porque consideram que:
* as conquistas humanas anteriores a escrita (como o dominio
do fogo, a invencao da roda, a pratica da agricultura) sao tao
importantes quanto as posteriores;
* 95 Povos que nao desenvolveram a escrita também possuem uma
historia movimentada, que precisa e pode ser mais bem conhecida.
18 i
i
;
De 1453 até 0 inicio da De 1789 até 05 dias atuais.
Revolucao Francesa, em 1789,
A divisdo da Historia em quatro periodos também é criticada pelos
historiadores atuais, porque:
19) essa divisdo valoriza os fatos importantes para os povos da Europa
e desconsidera o que se passava, por exemplo, na Africa ou na Asia;
28) os criadores dessa periodizacdo (Antiga, Média, Moderna e
Contemporanea) consideravam a fonte escrita (uma carta, um decreto, um
testamento) muito mais importante do que as outras fontes, como uma
imagem, o resto de uma escultura, uma pintura em cavernas, entre outras.
Para os historiadores atuais, as fontes nao escritas (fotografias, pintu-
ras, restos de moradias, entrevistas) s40 tao importantes quanto as escritas
para o conhecimento da Historia.
Entdo, por que estudar essa periodizacao? Essa periodizacao é muito
usada em textos de livros, revistas, jornais, por isso é importante conhecé-la.
19 ATIVIDADES
| Retomando
1. © que se pode concluir observando as imagens a seguir?
2. Observando as fotografias dessa importante construcao situada na cidade de
Ouro Preto, em Minas Gerais, o que é possivel concluir?
Acima, edificio da Camara
‘Municipal de Ouro Preto (MG), em
1853.Ao lado, omesmo edificio,
em 2010. Hoje, ele abriga 0
Museu da Inconfidéncia,
3. Aatividade 1 mostra imagens de mudancas ocorridas na historia; jé a atividade 2
mostra exemplo de lugares que, mesmo com o passar do tempo, continuam
muito parecidos com o que eram ha décadas. Afinal, o que a Historia estuda?
20 4.
Analise as afirmagées e a imagem a seguir.
Centro histérico de Salvador (BA), 2017.
L.A Historia estuda as mudangas e as permanéncias ocorridas nas sociedades
humanas. No caso da imagem do centro histérico de Salvador, pode-se perceber
que muitas construgées continuam como antes, o que indica uma permanéncia.
ll. O historiador age como um detetive, constréi uma versdo da Histéria a
partir dos vestigios deixados pelos seres humanos.
Ill. Para construir um conhecimento sobre determinado povo ou episddio, 0
historiador necessita do saber elaborado por profissionais de outras areas,
a exemplo dos arquedlogos.
Das afirmagées anteriores:
a) apenas | e Il est&o corretas. ©) apenas |e Ill esto corretas.
b) apenas Ile Ill estao corretas. d) todas estao corretas.
Como vimos, ha sobre a Terra uma variedade de povos, de culturas e de
calendérios. Com base no que vocé estudou, responda:
a) O que é um calendario?
bb) Quais as datas usadas por judeus e mugulmanos como marco inicial de seus
calendarios?
©) O ano 2022, no calendario cristo, corresponde a qual ano no calendario
judeu? E no calendario muculmano?
21
t 6.
22
Sobre o calendario cristéo, responda:
a) Qual evento é usado para dar inicio 4 contagem do tempo?
b) Como registramos os fatos ocorridos antes de Cristo? E os ocorridos depois?
©) A que século pertence o ano em que estamos?
d) A que séculos pertencem os seguintes anos?
° 2016 +1453 +476 «+ 27aC. + 507aC. +1347 + 1789 » 2020
e) Organize as datas do item anterior em ordem cronolégica.
Para situar os fatos historicos no tempo e registrar sua duracdo, sucessdo e
simultaneidade, usamos anos, décadas, séculos, milénios ete. Retome as expli-
cages sobre as formas de contar e dividir tempo e escreva em seu caderno:
a) Ha quantos anos se deu o nascimento de Cristo?
b) Ha quantas décadas se deu este fato?
©) Ha quantos séculos? d) Ha quantos milénios?
Usando uma cartolina branca construa duas linhas do tempo; uma com fatos
da sua vida; outra, com fatos da vida de um adulto importante para voce (mae,
Pai, avé, avé etc). Ilustre suas linhas do tempo com fotografias e desenhos.
Dicas para elaborar linhas do tempo:
* Faca duas linhas ocupando toda a largura da cartolina.
* Divida essas linhas em partes iguais; em uma delas comece a contagem do
tempo no ano de seu nascimento e, na outra, inicie com a idade que o adulto
tinha quando vocé nasceu.
* Pesquise e assinale os fatos mais importantes ocorridos na sua vida e na dele.
* Compare as linhas do tempo feita por vocé com a de seu colega e aponte
uma semelhanga e uma diferenca entre elas. © FONTES E
@e@= CONHECIMENTO
EM HISTORIA
Observe a imagem a seguir e descubra sete pistas que podem ser usadas para
identificar os assaltantes da joalheria e prender a quadrilha. As fontes da Historia
O trabalho do historiador é semelhante ao
do detetive. Ao investigar um caso, o detetive
usa os vestigios deixados pelos envolvidos,
como, por exemplo, um fio de cabelo, um
brinco, uma lata vazia... O historiador age da
mesma forma: utiliza todos os vestigios ou
pistas disponiveis para construir um conheci-
mento sobre a Histéria. Os vestigios (escritos,
imagens, objetos etc.) produzidos pelas pessoas
na sua passagem pela Terra so chamados de
fontes historicas.
As fontes histéricas podem ser escritas,
visuais, orais ou da cultura material.
Cédulas de identidade, didrios, leis etc.
so exemplos de fontes escritas.
Fotografias, pinturas, desenhos, cartoes-
-postais so exemplos de fontes visuais.
Uma fotografia é um exemplo de fonte visual.
24
DO DIREITO A LIBERDADE,
‘AO RESPEITO E A DIGNIDADE
Art, 15. A crianca e 0 adolescente tém
direito & liberdade, ao respeito e
dignidade como pessoas humanas em
rocesso de desenvolvimento [..)
Art, 16, 0 direito a liberdade compre-
ende os seguintes aspectos
I=ir, vir e estar nos logradouros pibli-
cos e espacos comunitarios, ressalvadas
as restrigdes legais;
1 -opiniao e expresso;
IL crenga e culto religioso;
IV = brincar, praticar esportes e
divertir-se;
\V—participar da vida familiar e comu-
nitéria, sem discriminagao;
\Vi-participar da vida politica, na forma
dalek;
| Vil-buscarreftigio, auxilio e orientagio,
_—
Trecho do Estatuto da Crianca edo
Adolescente, aprovado em 13 de julho
de 1990. Cantigas, lendas, entrevistas sd exemplos de fontes orais.
Nas sociedades que nao usam a escrita é quase sempre pelos
mais velhos que 0s mais novos ficam sabendo da histéria de
seu povo. As lembrangas dos mais velhos sao, portanto, uma
fonte para o conhecimento da Historia.
Aentrevista é um
exemplo de fonte
oral. 0 menino grava
e depois transcreve
aentrevista, S20
Paulo (SP), 2017.
Brinquedos, méveis, vestimentas etc. sao objetos da cultura material de um
grupo ou povo e, como tal, também sao importantes fontes historicas.
‘Abombacha (calga larga
presa ao tornozelo por
botdes),abotaeacuiade
beber o chimarrao (bebida
feita com as folhas da
erva-mate) sa0exemplos
de objetos da cultura
material dos gatichos.
Podemos usé-los como
fonte para 0 estudo sobre
eles. Guatba (RS), 1999. O conhecimento historico
© termo histéria vem do grego antigo e significa “procura”, “pes-
quisa”. Portanto, para os antigos gregos, historiador é aquele que
pesquisa, investiga, procura saber. Hoje, Historia é 0 nome dado a uma
disciplina que estuda os seres humanos no tempo e no espaco. E a
palavra historiador passou a significar profissional formado em universi-
dade cujo trabalho é pesquisar e escrever sobre o passado eo presente
e as relacdes entre um e outro.
De um modo simplificado, 0 conhecimento histérico é construido
por meio dos seguintes passos:
Passo 1: 0 historiador escolhe o assunto que quer conhecer e deli-
mita 0 tempo. Um exemplo: ele quer conhecer como viviam as jovens
em cidades brasileiras nos anos 1980: o dia a dia, o estudo, a diversao,
© namoro etc.
Passo 2: 0 historiador reine
as fontes histéricas que ira utilizar:
textos, revistas, jornais, fotografias,
objetos, entrevistas com senhoras que
naquele tempo eram adolescentes.
Passo 3: lé, ouve, vé e organiza
esse material todo e verifica se as
fontes sdo confiaveis.
Passo 4: usando 0 método his-
t6rico, constréi uma interpretacio
sobre como viviam as adolescentes
brasileiras nos anos 1980.
Ao final do trabalho, o histo-
riador n&o constréi uma verdade
completa ou definitiva; 0 que ele
constrdi € uma versdo da Historia,
que pode ser criticada e/ou superada
por novas pesquisas.
a
|
|
Adolescente
dos anos 1980. a
Dica!
Profissdes: arqueéloge,
O video apresenia
possibilidades de
atuagao do arquedlogo.
Duragao: ? min,
Disponivel em: .
‘Acesso em: 17 jul. 2018.
Gedgrafo:
denominacao
do especialista
formado em
Geografia; que
estuda o espaco
geografico.
Arque6logo matinho:
no momento da
descoberta de um
tesouro que inclui
moedas de ouro.
Mar Mediterraneo,
Turquia, 2014.
a
A colaboracao
profission
Para construir um conhecimento sobre determinado povo
ou episddio, o historiador necessita do saber elaborado pelos
profissionais de outras areas, como os geog 5 @ arquedlo-
gos. Os arquedlogos estudam os povos por meio dos vestigios
materiais deixados por eles, como restos de casas, instrumen-
tos de trabalho, pinturas feitas em rochas, vasos, entre outros.
O pedaco de um machado de pedra escavado por um arqued-
logo e examinado em laboratério pode nos contar sobre a
idade daquela pedra e o modo de vida do povo que utilizou
aquele machado. Vasos, potes e jarros para beber agua esto
entre os achados mais comuns nas escavacées arqueolégicas,
porém s&o poucos os encontrados inteiros. =
Assim, incorporando os saberes acumulados por outros
estudiosos, o historiador vai aumentando seu conhecimento.
sobre os seres humanos e sua trajetoria ao longo do tempo. faz a Historia?
A Historia nao € feita apenas pelos grandes personagens |
(reis, generais, presidentes), mas por todos nés; isto é, por |
pessoas como eu, vocé, sua professora, a diretora, o prefeito
etc.; grupos, como o dos artesaos, 0 dos idosos, o dos soldados,
0 dos ricos, o das mulheres, o das criangas etc.; instituigées sociais
como a Igreja, a Camara dos Deputados, o Exército etc.
Assim, pode-se dizer que vocé, eu, sua professora, seus
parentes, os artistas, os politicos, a Igreja e 0 Exército... todos
1nés, portanto, somos sujeitos da Histéria.
A ESCOLA
E A COMUNIDADE Peace =
Criangas no combate as doengas!
Em Pereira Barreto, nos ultimos dias, alunos da EMEI
“Assumpta Scatena Garcia” realizaram uma passeata de
combate ao mosquito Aedes aegypti.
A passeata percorreu a area central da cidade e fez
uma parada no Calcadao Municipal, além de passar
também nos semAforos do cruzamento entre as Avenidas
Jonas Alves de Mello e Avenida Brasil. As criancas entre-
garam folhetos de alerta com orientagdes de combate ao
mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chi-
kungunya e febre amarela. |...
Todo o evento foi apoiado pela Policia Militar garan-
tindo assim a seguranca de todos os envolvidos, em
especial as criancas. Além da passeata, uma palestra com
apoio de videos educativos foi ministrada aos alunos. [...]
SECRETARIAS Municipais de Satide e Educacao fazem parceria em acdes,
de combate & dengue. Prefeitura da Estancia Turistica de Pereira Barreto,
8 jun. 2018. Disponivel em: . Acesso em: 7 ago. 2018.
a) O que o texto conta? ‘hs
b) Pode-se dizer que os manifestantes (mulheres, homens e
criangas) fizeram historia?
| 0) Osujeito histérico pode ser individual ou coletivo. Vocé seria
capaz de dar um exemplo de sujeito historico individual e um
| exemplo de sujeito histérico coletivo?
WT
ELIMINE os
FOCOS DE AGUA
PARADA :
, a Sujeitos da Historia
Por Histéria entende-se o estudo da acdo dos seres humanos ao longo
do tempo. Em outras palavras, nao existe Histéria sem sujeito, sem uma
pessoa ou um grupo social responsavel pelas acées. Veja, por exemplo, esta
cena de trabalho, em Salvador, na Bahia. Observe a imagem, leia a legenda
e reflita sobre ela. Depois, monte uma ficha em seu caderno como a do
modelo abaixo.
\Vendedor ambulante e sua barraca. Salvador (BA), 2013.
Tee
Local e data
Cena retratada
Sujeito principal
30
Sua importancia na historia
do trabalho, na Bahia ATIVIDADES
| Retomando
1. Observe as imagens a seguir e classifique-as como fontes escritas, visuais, orais
ou materiais.
a)
Retrato antigo de garota,
o@
Registro de entrevista,
4) Presidéncia da Republica
Casa Cit
Bobehcle par Asn Jkdoe
Bras, 10 de margo de 2008.1
inne 11s, De 0 5E MARGD De 2008
tl
Ari. 26°A. Nos estabelecimentos de
ensino fundamental e de ensino meédio, piblicas
® privados, toina-se obrigatério 0 estudo da
ist6riae cultura afro-brasiera e indigena
6
Trecho da Lei n® 11.645/08.
f)
Semcsucr no
Grafite préximo aos Arcos
da Lapa, Rio de Janeiro (RJ).
31 32
Assinale a op¢do abaixo que apresenta apenas exemplos de fontes
escritas:
a) Jornais, diarios e leis.
b) Pinturas, celulares e leis.
©) Revistas, livros e vestimentas.
d) Brinquedos, leis e méveis.
e) Fosseis, pinturas e livros.
Assinale a correta.
a) As imagens sao fontes visuais. Elas podem ser fotografias, pinturas,
desenhos, entre outras.
b) As imagens podem ser utilizadas pelos historiadores desde que
tenham licenga do governo.
©) Apesar de serem utilizadas pelos historiadores em suas pesquisas,
as imagens sdo uma fonte historica menos importante que as
fontes orais.
d) As imagens fazem parte da cultura imaterial de um povo.
e) As imagens, jornais, musicas e entrevistas sao fontes secundarias no
estudo do pasado. Os registros escritos continuam sendo as mais
importantes fontes historicas.
No caderno, aplique V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
A seguir, corrija as falsas.
a) A Historia é uma ciéncia exata que chega a verdades definitivas.
b) Em seus trabalhos, os historiadores consultam diferentes fontes his-
‘tOricas: documentos escritos, como leis e cartas; documentos visuais,
como fotografias e filmes; fontes orais, como entrevistas e depoi-
mentos; fontes materiais, como armas e utensilios; enfim, tudo o que
puder servir de pista sobre 0 passado.
©) O resultado do trabalho do historiador depende das fontes que
selecionou, de seu modo de pensar, da época em que esté vivendo
e das perguntas que faz.
d) A Historia é feita somente por reis, generais e politicos importantes. 5. Otrecho a seguir é de uma noticia veiculada no site Tecmundo. Leia-a com atengao,
Como drones esto ajudando arq
a fazer uma revolugao na 4
Esqueca o pincel e os clichés quando ouvir falar de arqueologia: os
profissionais da drea estdo contando agora com uma ajuda que vem dos
céus. Um estudo conduzido pela Faculdade de Dartmouth revelou que 0
uso de imagens |..] obtidas com a ajuda de drones esta resultando numa
verdadeira revolucdo na drea.
Os robés voadores estdo oferecendo uma abordagem muito mais
abrangente para que os arqueélogos consigam fazer 0 reconhecimento
das areas que esto sendo pesquisadas e também para coleta de dados. [..] |
NAPOL, Igor. Como drones estao ajudando arquedlogos a fazer uma revolucgdo na area.
Tecmundo, 24 nov. 2017. Disponivel em: . Acesso em: 15 ago. 2018.
a) Qual 0 trabalho dos arquedlogos?
b) © autor afirma que os arqueslogos contam agora com uma ajuda que vem
dos céus. O que ele quis dizer com isso?
©) Que vantagem o uso de drones traz para os arquedlogos?
d) Um dente humano, um vaso, um esqueleto achados por um arquedlogo
s80 que tipo de fonte histérica?
6. Observe esta fotografia com atengao.
a) O que a fotografia mostra?
b) Com base na imagem, é pos-
sivel perceber que todos nés
estamos fazendo Histéria?
Justifique.
©) Em dupla. Debatam a frase
escrita na faixa e elaborem
um comentario sobre a im-
portancia de manifestacdes
como esta no mundo atual.
i
3
H
33 Il e escrita em Historia
© texto a seguir é trecho de uma entrevista com o historiador Stuart B.
Schwartz. Leia-o com aten¢ao.
{ Pergunta: [..] O que de fato mudou no oficio do his-
| toriador nos tiltimos cinquenta anos, do ponto de vista
da pesquisa? Hé mudangas significativas?
Resposta: Sim, a digitalizagao. Comecei na época
| da mAquina de escrever, depois passei para a maquina
| de escrever elétrica e depois para os primeiros com-
putadores. Tenho acompanhado essas transformacées
tecnolégicas, e vejo o seu impacto na pesquisa. [..]
Tudo alterou completamente o nosso modo de
trabalhar. Os estudantes agora fazem pesquisa com _ Historlador
laptops e vao para o arquivo fazer um scan. Lembro que 2 ee es
quando fui aos arquivos portugueses havia um senhor, — fotografiade 2015,
no Arquivo da Biblioteca da Ajuda em Lisboa, que vivia
de copiar documentos & mao, porque nao havia sequer uma maquina de
fotocépia. Ento esse senhor, o Sr. Balheiro, fazia as copias a mao e eu pagava
tantos escudos por pagina. Isso tudo mudou [..
TREE CECE
KANTOR, Iris; DANTAS, Monica. O oficio do historiador hoje:
entrevista com Stuart B. Schwartz. Novos estudos, Sao Paulo, n. 89,
mar. 2011. Disponivel em: . Acesso em: 15 ago. 2018.
Segundo o professor Stuart B. Schwartz, o que mudou no oficio do historiador?
Quais mudangas Stuart B. Schwartz aponta nas pesquisas historicas dos
dias atuais?
Em dupla. Debatam, reflitam e respondam: qual ¢ a importancia da pes-
quisa cientifica para um pais como o Brasil?
34 ia Vocé cidadao!
Leia a noticia a seguir com atencao.
Os mantos tupinambas sao resquicios exuberantes do povo que domi-
nava a costa do Brasil hé 500 anos. Ha apenas seis exemplares preservados
no mundo que ainda trazem quase intactos os trancados de fibras naturais
e penas vermelhas de guaras e azuis de ararunas.
Mas, apesar de eles terem sido confeccionados em territério nacional,
os brasileiros que queiram conhecé-los terdo de viajar ao exterior: todos os
exemplares de mantos tupinambés de que se tem noticia estao em acervos
da Europa.
O mais conhecido e conservado deles esta
Copenhague, capital da Dinamarca.
O exemplar foi exposto no Brasil em 2000,
nas comemoragées dos 500 anos do desco-
brimento pelos portugueses.
Foi nessa ocasifo que povos que reivindi-
cam ser herdeiros dos tupinambés, em especial
os Tupinambé de Olivenca, na Bahia, passaram
a requerer o retorno do manto. Desde entao,
porém, apesar de contarem com 0 apoio de
universidades e outras organizacédes, nao
tiveram sucesso em reaver os objetos.
Ld
ALVIM, Mariana. Das pecas indigenas a fésseis: os itens,
culturais brasileiros que esto ou correm risco de ir parar
no exterior. BBC Brasil, $80 Paulo, 3 fev. 2018.
Disponivel em: . Acesso em: 15 ago. 2018.
uN DR Eo RD ENR ELD
‘Manto tupinamba, c. 1600, Museu
Nacional da Dinamarca, Copenhague.
a) Que tipo de fonte histérica s4o mantos tupinambas?
b) Esses mantos podem ser considerados parte do nosso patrim6nio material?
©) Em sua opiniao, é correta a atitude dos herdeiros dos Tupinamba de pedir
‘© retorno do manto para o Brasil?
35 _ CAPITULO
“ 0S PRIMEIROS
- POVOADORES
DA TERRA
0s personagens mostrados nesta imagem foram criados pelo artista brasileiro
Mauricio de Sousa. Vocé 0s conhece? Sabe 0 nome completo do Piteco? E sobre o
Hordcio, 0 que vocé sabe? O que eles esto fazendo? Se Piteco e Horacio fossem de
carne e 0ss0, a cena que vocé vé na imagem poderia ter acontecido? O que vocé
sabe sobre o tempo em que se passaram as aventuras desses dois personagens?
36 Sobre a origem do ser humano
A origem dos seres humanos é um tema fascinante. Descobrir de
onde viemos, como viemos e o que somos provocou e continua provo-
cando a curiosidade das pessoas. Sobre esse assunto, ha duas explicacSes
muito conhecidas: uma de base religiosa, chamada criacionismo; e outra
de base cientifica, denominada evolucionismo,
O criacionismo
O criacionismo defende que a vida e toda matéria existente sdo
resultados da aco direta de um Criador. A perspectiva criacionista esta
Presente em varias culturas e religides, como 0 judaismo, o islamismo
€ 0 cristianismo. A versao crist do criacionismo est no primeiro livro
da Biblia, o Génesis, palavra que significa “origens”. Leia um trecho
deste relato:
Também disse Deus: Facamos 0 homem a nossa
imagem, conforme a nossa semelhanca, tenha ele
dominio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a
terra e sobre todos os répteis que rastejam
pela terra.
E criou Deus o homem & sua
imagem; & imagem de Deus 0 criou;
homem e mulher os criou.
E Deus os abengoou e Ihes disse:
Frutificai e multiplicai-vos |...
E viu Deus tudo quanto tinha
feito, e eis que era muito bom; e foi
a tarde e a manhi, o dia sexto.
GENESIS 1, 26-31. In: BIBLIA on-line.
bibliaonline.com.br/act/gn/1>.
Acesso em: 3 out. 2018.
Réplica da Arca de Noé
no Parque Temético Ark
Encounter em Williamstown,
Estados Unidos, 2017.
|
I Ursos-polares.
O evolucionismo
© principal tedrico do evolucionismo, o cientista inglés
Charles Darwin, afirmou, no século XIX, que todos os seres vivos
so resultado de um longo processo de evolucao. Para ele, os
seres vivos originaram-se de formas mais simples de vida e estao
em permanente mudanca (evolusao).
‘Ao longo do tempo, ocorreram alteracées no ambiente.
‘Assim, individuos que apresentavam caracteristicas favoraveis
a sobrevivéncia nesses ambientes viviam mais tempo. E, a0 se
reproduzirem, transmitiam essas caracteristicas aos seus des-
cendentes. JA os individuos que nao apresentavam adaptacoes
que favoreciam a sobrevivéncia nesses ambientes morriam antes
de se reproduzir. Esse processo de selegdo recebe o nome de
selegao natural.
Para vocé entender melhor a selecéo natural, vamos tomar
como exemplo 0 urso-polar. Essa espécie de urso teria conseguido
sobreviver em seu ambiente por apresentar caracteristicas como
pele espessa e pelagem branca. A espessura da pele permitiu
que esses animais suportassem as baixas temperaturas do Artico;
ja a cor clara da pelagem, que se confunde com a da neve, per-
mitiu que esses animais quase nao fossem notados no ambiente,
possibilitando a eles atacar suas presas com mais facilidade. Outras espécies animais nao apresen-
tavam caracteristicas para enfrentar
as mudangcas que, de tempos em
tempos, ocorriam no ambiente.
E, como no conseguiam chegar a
fase de reproducao, foram desapa-
recendo, Este pode ter sido 0 caso,
por exemplo, dos mamutes e das
Preguicas-gigantes.
Dica!
Video sobre as
caracteristicas dos
mamutes @ as razdes para
seu desaparecimento,
Durago: 13 min,
Disponivel em:
.
Acessoem: 25 jul. 2018,
Esqueleto de uma preguica-gigante
exposto no Museu de Hist6ria Natural
de Londres, na Inglaterra, 2010. Esse
animal chegava ater 6 metros de altura. Os primeiros hominideos
Segundo o evolucionismo, os seres humanos pertencem a ordem dos primatas,
isto 6 mamiferos com capacidade de agarrar objetos e de perceber visualmente a
distancia em que eles se encontram. Acredita-se que um grupo de primatas deu
origem aos primeiros homin{deos, individuos com algumas caracteristicas humanas.
Os mais antigos fésseis de hominideos sao os de Australopithecus. Esses homini-
deos viveram na Africa, ao sul do deserto do Saara, ha cerca de 5,5 milhdes de anos
¢ andavam eretos sobre os dois pés. Com o tempo, algumas espécies sobreviveram,
e outras se extinguiram. Cerca de 2 milhées de anos atrés surgi outro grupo mais
semelhante aos seres humanos atuais. Esse grupo, chamado de Homo, pertence &
espécie humana.
O que sao fésseis?
Fésseis siio vestigios ou restos petrificados de seres vivos, tanto animais
quanto vegetais, que viveram ha muito tempo. Um dente, um osso, um
pedaco de cranio de um individuo que viveu ha milhares ou milhées de
anos podem fornecer importantes informagées sobre ele e seu grupo.
(eo
4.0 tamanho do cranio pode informar a espécie do género Homo.
2. Apélvis ajuda a identificar 0 sexo. Apélvis masculina costuma ser mais pesada e mais estreita
que a da mulher. A pélvis feminina é larga e achatada para permitiro parto.
3, Um dente pode indicar se
leite e definitivos ajudam a estimar aidade em esqueletos de crianga.
4,0 tamanho de um osso pade nos dizer se o esqueleto era de um adulto ou de uma crianga.
So ae 0 Homo sapiens sapiens
Os cientistas acreditam que, por ter um cérebro maior que o das outras espé-
cies de Homo, 0 Homo sapiens sapiens era também mais inteligente. Foi gracas 4
sua inteligéncia que desenvolveu a fala, além de outras habilidades, como costurar,
tocar, esculpir, desenhar. Assim, conseguiu sobreviver.
Muitos livros apresentam esquemas
que dao a impressdo de que a evolucao
do ser humano teria ocorrido de forma
linear. Nao foi isso, porém, o que acon-
teceu; cada espécie de hominideo tem
sua historia, Nao ha indicios de que uma
espécie tenha gerado a outra. O Homo
sapiens sapiens, por exemplo, surgiu ha
cerca de 100 mil anos e chegou a convi-
ver com o homem de Neandertal, que
por sua vez desapareceu ha cerca de
40 mil anos. Por isso, a maneira exata
como teria ocorrido a evolucao conti-
nua sendo um mistério.
Os cientistas ainda nao conseguiram
fazer a arvore genealdgica completa da
nossa espécie. Com base nas técnicas
e nos materiais utilizados pelos nossos
ancestrais, os cientistas dividem a cha-
mada Pré-Historia em dois periodos: 0
Paleolitico, da pedra antiga ou pedra
lascada, e 0 Neolitico, da pedra nova ou
pedra polida, Observe a linha do tempo.
Menino tocando sanfona.
Serra Talhada (PE), 2015.
F
Surgimento do género Homo Invenggo da agriculture Descoberta —_Invengdo da escrita
©. 2 mithdes de anos ‘10 mil ac. de metais, 3,5 mil a.c.
S mil ac.
Nesta colecgo as linhas do tempo nao estao em escala.
41 Cagadores e coletores
© Paleolitico foi um perfodo muito longo da historia da | Arps0
humanidade, no qual os homens sobreviveram da caca, da pesca | Sresgaum.
eda coleta de frutas, sementes, raizes e folhas, por isso ficaram | cabo e com
conhecidos como cacadores e coletores. Para fazer seus instru- | 2POge™
mentos de trabalho, os homens do Paleolitico batiam pedras | flecha, usado
duras em pedras menos resistentes até conseguir os objetos para pescan.
desejados: pontas de projétil (langas, por exemplo), machados,
pedras cortantes e arpées. Com essas ferramentas, eles abatiam
animais, coletavam frutos e raizes, pescavam e faziam suas
roupas. Cagavam animais grandes, como 0 mamute, e perigosos,
como 0 tigre-dentes-de-sabre.
Os homens do Paleolitico eram némades, isto é,
no tinham moradia fixa; sempre que a caca, os peixes
€ os frutos de uma regido comecavam a rarear, eles
se mudavam para outra area em busca de alimentos.
‘Duso de arcoe flecha (conquista do Paleolitico)
permitia ao cacador acertar o animal de longe,
como neste desenho, em que um cagador
‘enfrenta um tigre-dentes-de-sabre. 0 dominio do fogo
Desde muito tempo o ser humano obtinha o
fogo mergulhando galhos em incéndios florestais
causados por raios. Ha cerca de 500 mil anos, des-
cobriu como produzir o fogo. Veja, a seguir, duas
ilustragdes representando técnicas para obter fogo
desenvolvidas naquele perfodo.
Uma das técnicas (veja & direita) consistia em girar bem depressa um
bastao de madeira dura e seca dentro de uma cavidade de madeira. O
atrito produzia calor, com o qual se acendia um punhado de gravetos ou
palha ja deixados por perto. Outra técnica (veja a esquerda) era bater
uma pedra contra a outra para conseguir a faisca e produzir 0 fogo.
Com 0 dominio do fogo, a vida dos seres humanos mudou muito:
tornou-se possivel sobreviver em regides geladas, ter luz 4 noite, afu-
gentar animais e cozinhar os alimentos. Cozida, a carne tornava-se
mais saborosa e de facil digestao.
AQ Agricultores e pastores
No periodo Neolitico, os humanos passaram a polir a pedra
aumentando com isso a eficiéncia e a durabilidade de suas ferra-
mentas e armas, Entre as grandes conquistas deste periodo estao
a agricultura e a domesticacao de animais; por isso os grupos
humanos daqueles tempos ficaram conhecidos como agricultores
e pastores.
No inicio do Neolitico (10000 a.C.) a Terra passou por uma
grande mudanga climatica. Nas regides de clima temperado as
temperaturas se elevaram e as camadas de gelo que cobriam
parte da superficie terrestre recuaram. Os animais acostumados
a climas frios como os bis6es e os mamutes desapareceram, e a
carne tornou-se menos abundante; intensificou-se, entdo, a busca
por outras fontes de alimentos. Nessa busca, os seres humanos
desenvolveram a agricultura, e, ao mesmo tempo, comegaram a
domesticar e criar animais como cabras, ovelhas e bois.
‘Acredita-se que a agricultura foi desenvolvida pelas mulheres.
Por meio da observacdo, provavelmente, elas perceberam que
as sementes transportadas pelos passaros germinavam e davam
origem a uma nova planta. Assim, tiveram a ideia de elas proprias
semearem e regarem a terra para depois colherem os frutos.
eel ey)
Cite um exemplo atual da participacao
das mulheres na Historia.
AA
| Agricultura:
| cultivo
intencional.
ltustragao
feitacombase
‘em pesquisa
representando
mulheres
doNeolitico
cultivando 0
‘rigo; homens
dedicando-se
a0 pastoreio.
——— i
‘BEBE 'd ‘S661 ‘sto0g sewiLyyoinea's ap eyjo4
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