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Gabarito 3º Mini PMPB - (Pré-edital)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B D C A D C A B C D

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B C D A A C B C A C

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A C B A D A B D C A
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PROJETO CAVEIRA
DIREITO CONSTITUCIONAL
1) A empresa Dados Confidenciais, entidade da
administração pública federal, ficou responsável por
divulgar os dados estatísticos decorrente da
pandemia causada pelo COVID-19. Ao encontrar
dificuldades no rastreamento de dados de cidadãos
do território nacional, convoca a empresa de
telefonia Star Call para fornecer os dados de todos
os seus clientes (relação de nomes, números de
telefone e endereços) para realização de entrevistas
telepresenciais. Contudo, a empresa Dados
Confidenciais não apresentou mecanismos técnicos
para proteger, evitar o vazamento acidental ou
utilização indevida dos dados pessoais. De acordo
com o entendimento atual do STF, assinale a
alternativa correta quanto ao direito fundamental
violado.
a) Direito à segurança.
b) Direito à privacidade.
c) Direito à vida.
d) Direito à liberdade.
Gabarito: B
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
O direito à segurança diz respeito ao poder de punição
do Estado, visando à proteção dos indivíduos. O caso
em tela não aborda o referido tema.
Alternativa B – correta.
O direito à privacidade abrange os direitos a
inviolabilidade de dados das comunicações telefônicas.
Sendo assim, com a divulgação de dados pessoais de
seus clientes, a empresa telefônica estaria ferindo o
direito à privacidade deles. Mesmo que a “ordem” tenha
sido dada por empresa Federal, tendo em vista que a
mesma não apresentou mecanismo de proteção desses
dados, ela acaba extrapolando os princípios da
proporcionalidade e razoabilidade.
Alternativa C – incorreta.
O direito à vida garante a proteção à vida, ele não
engloba somente o direito de existir, mas de existir de
modo digno, além da integridade física e moral. Isso
implica a vedação a práticas humilhantes e de tortura,
por exemplo. O caso em tela não aborda o referido
tema.
Alternativa D – incorreta.
O direito à liberdade é o direito de ir e vir do indivíduo,
além da liberdade de crença e liberdade de expressão.
O caso em tela não aborda o referido tema.
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
2) Após aprofundada investigação sobre tráfico de
drogas em uma região, a Polícia Civil representou
pela captação ambiental de sinais acústicos, tendo
em vista informações de que haveria um encontro
entre os criminosos. O conteúdo da conversa
poderia ser a prova cabal para a efetivação da
denúncia. Realizada a captação, vários membros
foram presos, sendo certo que também foram
apreendidos drogas e utensílios para traficância.
Sobre o caso, assinale a afirmativa correta.
a) O Delegado de Polícia só poderia pedir a quebra do
sigilo telefônico, não havendo previsão legal para a
captação de sinal acústico.
b) A privacidade dos sons em um ambiente é inviolável,
protegida por dispositivo constitucional, sendo cláusula
pétrea, não sendo possível tal meio de prova.
c) O Delegado de Polícia não tem competência para
requerer ao juiz a captação ambiental, sendo restrita
apenas ao membro do Ministério Público.
d) A captação ambiental, bem como as prisões e
apreensões, são validas e efetivas, podendo ser usadas
como meios de provas.
Gabarito: D
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
A lei 13.964/2019 (pacote anticrime) trouxe o artigo 8-A
a lei 9.296/96, possibilitando a captação ambiental de
sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, desde
que preenchidos os requisitos trazidos ao longo do
artigo.
Alternativa B – incorreta.
Nos termos do artigo 5º, inciso XII, da CF/88, apesar de
ser inviolável o sigilo de correspondência e
comunicações, o próprio artigo constitucional possibilita
a quebra de tal inviolabilidade por meio de ordem
judicial. Ademais, direitos protegidos pelo manto da
clausula pétrea não são imunes a restrições, não
podendo, entretanto, serem abolidos.
Alternativa C – incorreta.
O artigo 8-A da lei de interceptação telefônica
(L.9.296/96) determina que tanto o Delegado de Polícia
quanto o membro do Ministério Público são
competentes para requerer judicialmente a captação
ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou
acústicos.
Alternativa D – correta.
Trata-se de prova lícita, possibilitada pela lei de
interceptação telefônica, bem como pelo regramento
constitucional, podendo embasar a prisão, a busca e
apreensão, bem como, a denúncia.
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PROJETO CAVEIRA
3) Consoante à Segurança Pública, assinale a
alternativa incorreta.
a) Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de
carreira, incumbem, ressalvada a competência da
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares.
b) As polícias militares e os corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as
polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
c) Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador
do sistema penal da unidade federativa a que
pertencem, cabe ao policiamento ostensivo e repressivo
dos estabelecimentos penais.
d) A polícia ferroviária federal, órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Conforme o disposto na Constituição Federal de 1988, a
saber:
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.”
Alternativa B – correta.
Conforme o previsto na Constituição Federal de 1988, a
saber:
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do Exército
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as
polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.”
Alternativa C – incorreta.
A alternativa encontra-se equivocada, pois não cita em
momento algum que seria incumbência da polícia penal
o policiamento ostensivo e repressivo, conforme
podemos extrair da Carta Magna, que assim dispõe:
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão
administrador do sistema penal da unidade federativa a
que pertencem, cabe a segurança dos
estabelecimentos penais.”
Alternativa D – correta.
Conforme o disposto na Constituição Federal de 1988, a
saber:
“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
(...)
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente,
organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.”
4) Acerca dos Direitos e Garantias Fundamentais em
espécie, assinale a alternativa incorreta.
a) A dimensão positiva do direito à vida consiste no
direito assegurado a todo e qualquer ser humano de
permanecer vivo.
b) Homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações.
c) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei.
d) É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado
o anonimato.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Na realidade, estamos diante da dimensão negativa do
direito à vida, que consiste no direito assegurado a todo
e qualquer ser humano de permanecer vivo. Trata-se,
aqui, de direito de defesa que confere ao indivíduo
status negativo (em sentido amplo), ou seja, direito à
não intervenção em sua existência física por parte do
Estado e de outros particulares. A proibição da pena de
morte é uma posição jurídica específica que o integra
em sua acepção negativa.
Alternativa B – correta.
De acordo o texto normativo da CF/88, que dispõe:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e
obrigações, nos termos desta Constituição;”
Alternativa C – correta.
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PROJETO CAVEIRA
Conforme a Constituição Federal de 1988, a saber:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude de lei.”
Trata-se do princípio da legalidade.
Alternativa D – correta.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a seguir:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo
vedado o anonimato.”
5) No que se refere aos Direitos e Garantias
Fundamentais em espécie, assinale a alternativa
incorreta.
a) É plena a liberdade de associação para fins lícitos,
vedada a de caráter paramilitar.
b) Lei estadual pode exigir que servidor more no
Município onde atua, mas não pode exigir que ele peça
autorização todas as vezes em que for sair da
localidade.
c) É livre a locomoção no território nacional em tempo
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
d) Não é possível que a Receita Federal compartilhe,
com a Polícia e o Ministério Público, os dados bancários
que ela obteve em procedimento administrativo fiscal,
para fins de instrução processual penal.
Gabarito: D
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Conforme a Constituição Federal de 1988, a saber:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
XVII – é plena a liberdade de associação para fins
lícitos, vedada a de caráter paramiliar;”
Alternativa B – correta.
Lei estadual pode exigir que servidor more no
Município onde atua, mas não pode exigir que ele
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
peça autorização todas as vezes em que for sair da
localidade.
A regra que estabelece a necessidade de residência do
servidor no município em que exerce suas funções é
compatível com a Constituição de 1988, a qual já prevê
obrigação semelhante para magistrados, nos termos do
seu art. 93, VII.
Por outro lado, viola a Constituição a lei estadual que
proíba a saída do servidor do Município sede da
unidade em que atua sem autorização do superior
hierárquico. Essa previsão configura grave violação da
liberdade fundamental de locomoção (art. 5º, XV, da
CF/88) e do devido processo legal (art. 5º, LIV).
STF. Plenário. ADPF 90, Rel. Luiz Fux, julgado em
03/04/2020 (Info 977).
Alternativa C – correta.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a seguir:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
XV – é livre a locomoção no território nacional em
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens;”
Trata-se do direito de locomoção.
Alternativa D – incorreta.
Na verdade, é possível, sim, que a Receita Federal
compartilhe, com a Polícia e o Ministério Público, os
dados bancários que ela obteve em procedimento
administrativo fiscal, para fins de instrução processual
penal.
Os dados do contribuinte que a Receita Federal obteve
das instituições bancárias mediante requisição direta
(sem intervenção do Poder Judiciário, com base nos
arts. 5º e 6º da LC 105/2001), podem ser
compartilhados, também sem autorização judicial, com
o Ministério Público, para serem utilizados como prova
emprestada no processo penal. Isso porque o STF
decidiu que são constitucionais os arts. 5º e 6º da LC
105/2001, que permitem o acesso direto da Receita
Federal à movimentação financeira dos contribuintes
(RE 601314/SP, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em
24/2/2016. Info 815). Este entendimento do STF deve
ser estendido também para a esfera criminal.
É lícito o compartilhamento promovido pela Receita
Federal dos dados bancários por ela obtidos a partir de
permissivo legal, com a Polícia e com o Ministério
Público, ao término do procedimento administrativo
fiscal, quando verificada a prática, em tese, de infração
penal.
STF. 1ª Turma. RE 1043002 AgR, Rel. Min. Roberto
Barroso, julgado em 01/12/2017.
STF. 2ª Turma. RHC 121429/SP, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 19/4/2016 (Info 822).
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1.601.127-SP, Rel. Min.
Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Felix Fischer, julgado em
20/09/2018 (Info 634).
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PROJETO CAVEIRA
STJ. 6ª Turma. HC 422.473-SP, Rel. Min. Sebastião
Reis Júnior, julgado em 20/03/2018 (Info 623).
6) Acerca dos Direitos e Garantias Fundamentais em
espécie, assinale a alternativa incorreta.
a) É inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal.
b) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
c) A determinação judicial para identificação dos
usuários que operaram em determinada área geográfica
ofende a proteção à privacidade e à intimidade.
d) São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Conforme dispõe a Constituição Federal de 1988, que
aduz:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das
comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso,
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal.”
Alternativa B – correta.
Nos moldes da Constituição Federal de 1988, que
assevera:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou, para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;”
Alternativa C – incorreta.
A determinação judicial para identificação dos usuários
que operaram em determinada área geográfica,
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suficientemente fundamentada, não ofende a proteção
à privacidade e à intimidade.
A quebra do sigilo de dados armazenados não obriga a
autoridade judiciária a indicar previamente as pessoas
que estão sendo investigadas, até porque o objetivo
precípuo dessa medida é justamente de proporcionar a
identificação do usuário do serviço ou do terminal
utilizado.
Logo, a ordem judicial para quebra do sigilo dos
registros, delimitada por parâmetros de pesquisa em
determinada região e por período de tempo, não se
mostra medida desproporcional, porquanto, tendo como
norte a apuração de gravíssimos crimes, não impõe
risco desmedido à privacidade e à intimidade dos
usuários possivelmente atingidos por tal diligência.
STJ. 3ª Seção. RMS 61.302-RJ, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, julgado em 26/08/2020 (Info 678).
Alternativa D – correta.
Nos termos da Constituição Federal de 1988, a seguir:
“Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;”
DIREITO PENAL
7) Junior, policial civil, aproveitando-se da facilidade
que possui por conta do seu cargo, pegou para si
um rádio transmissor que estava na delegacia onde
trabalha e não mais restituiu o aparelho.
Considerando-se a situação hipotética, bem como o
ordenamento jurídico vigente, é correto afirmar que
Junior responderá por:
a) Peculato apropriação.
b) Peculato furto.
c) Peculato desvio.
d) Peculato estelionato.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
O crime de peculato apropriação está disposto no art.
312, caput, 1ª parte, do CP, e ocorre quando o
funcionário público se apropria de dinheiro, valor ou
qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que
tem a posse em razão do cargo, ou o desvia, em
proveito próprio ou alheio, se adequando perfeitamente
à situação hipotética narrada na questão.
Alternativa B – incorreta.
Para que pudesse estar configurado o crime de peculato
furto – art. 312, § 1°, do CP, o agente deveria ter
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subtraído o rádio transmissor da repartição, ou seja, não
deveria estar o rádio sob sua posse, como no caso em
questão.
Alternativa C – incorreta.
Não ocorreu o peculato desvio – art. 312, caput, 2ª
parte, do CP, pois o objeto do crime não foi desviado
em proveito próprio ou alheio, mas sim apropriado por
Junior.
Alternativa D – incorreta.
Para que se configure o peculato estelionato – art. 313,
caput, do CP, o agente deve se apropriar de dinheiro ou
qualquer utilidade, no exercício do cargo, recebido
mediante erro de outrem, o que não ocorreu no caso
concreto.
8) Quanto aos crimes contra ao patrimônio,
considerando a jurisprudência dos Tribunais
Superiores, assinale a alternativa correta.
a) Para o STJ, adulterar o sistema de medição da
energia elétrica para pagar menos que o devido
configura furto mediante fraude.
b) Para o STJ, a causa de aumento de pena pela prática
de furto no período noturno não incide na forma
qualificada do crime.
c) Para o STJ, adotando-se a teoria objetivo-formal, o
rompimento de cadeado e destruição de fechadura da
porta da casa da vítima, com o intuito de, mediante uso
de arma de fogo, efetuar subtração patrimonial da
residência, não consumada por circunstância alheias à
vontade do agente, configura tentativa de roubo
circunstanciado.
d) Para o STJ, na hipótese em que o crime de furto
qualificado pelo arrombamento à residência ocorreu
quando os proprietários não se encontravam no imóvel,
aplica-se a agravante genérica pelo crime ter sido
cometido contra maior de 60 (sessenta) anos, em razão
da condição de fragilidade da vítima.
Gabarito: B
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Segundo decidiu o STJ no AREsp 1.418.119-DF (Info
648), a alteração do sistema de medição, mediante
fraude, para que aponte resultado menor do que o real
consumo de energia elétrica configura estelionato pois a
medição da energia elétrica é alterada, como forma de
burla ao sistema de controle de consumo – fraude – por
induzimento em erro, da companhia de eletricidade. Tal
conduta se adequa à figura descrita no tipo elencado no
art. 171, do Código Penal (estelionato). Quando o
agente desvia a energia elétrica por meio de ligação
clandestina (“gato”) é que teremos o crime de furto (há
subtração e inversão da posse do bem). Vejamos:
“Art. 171, CP. Obter, para si ou para outrem, vantagem
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento.”
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Alternativa B – correta.
Fique atento a essa mudança de entendimento do STJ
ocorrida no julgamento do REsp 1.890.981-SP em sede
de Recurso Repetitivo (Info 738): A causa de aumento
prevista no § 1º do art. 155 do Código Penal (prática do
crime de furto no período noturno) não incide no crime
de furto na sua forma qualificada (§ 4º), tendo em vista
sua inserção pelo legislador antes das qualificadoras
(critério topográfico). Vejamos:
“Furto Simples
Art. 155, CP. Subtrair, para si ou para outrem, coisa
alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é
praticado durante o repouso noturno. (...)
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa,
se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à
subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude,
escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.”
Alternativa C – incorreta.
O STJ no AREsp 974.254-TO (Info 711) adotou a teoria
objetivo-formal, considerando que o rompimento de
cadeado e destruição de fechadura da porta da casa da
vítima, com o intuito de, mediante uso de arma de fogo,
efetuar subtração patrimonial da residência, configuram
meros atos preparatórios que impedem a condenação
por tentativa de roubo circunstanciado. Como já vimos,
a corrente objetivo-formal exige o início de prática do
verbo correspondente ao núcleo do tipo penal para a
configuração da tentativa.
Alternativa D – incorreta.
Segundo entendimento do STJ no HC 593.219-SC (Info
679), está ausente qualquer nexo entre a ação do réu e
a condição de vulnerabilidade da vítima, quando o furto
qualificado pelo arrombamento à residência ocorreu
quando os proprietários não se encontram no imóvel,
com a escolha da residência de forma aleatória, nada
indicando a condição de idoso do morador da casa
invadida. Configurada a excepcionalidade da situação,
deve ser afastada a agravante relativa ao crime
praticado contra idoso, prevista no art. 61, II, ‘h’, do
Código Penal”.
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9) No que tange ao concurso de agentes, afirma-se
que:
a) Na autoria colateral, os agentes agem em acordo de
vontades.
b) Os autores, coautores e partícipes responderão pelo
mesmo crime e sempre nas mesmas condições em
razão da teoria monista adotada pelo Código Penal.
c) Admite-se coautoria nos crimes comissivos por
omissão.
d) Não se admite coautoria em crimes culposos.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
A autoria colateral ocorre quando mais de um agente
pratica o núcleo de um tipo penal, mas sem agir em
acordo de vontades. Por isso, o item errou em
mencionar que há acordo de vontades quando da
autoria colateral.
Alternativa B – incorreta.
Em regra, o Código Penal adota a teoria monista ou
unitária, a qual impõe a mesma imputação criminal aos
autores, coautores e partícipes que praticaram
determinada infração penal. Contudo, desconfie quando
as alternativas trouxerem termos como “sempre” ou
“absoluto”, pois há grande chance de estarem erradas.
Nesse caso, não foi diferente. O art. 29, caput e § 1°, do
CP traz em seus textos legais exceções à regra quando
mencionam que os agentes responderão na medida de
sua culpabilidade e quando prevê a possibilidade de
diminuição de pena no caso de a participação do agente
ter sido de menor importância.
Alternativa C – correta.
Os crimes comissivos por omissão ou omissivos
impróprios são assim definidos no caso de o agente
possuir o dever legal de enfrentar o perigo ou, em razão
de alguma circunstância, tornar-se um agente
garantidor, nos termos do art. 13, § 2°, do CP. Desse
modo, é possível que haja coautoria quando dois
agentes garantidores deixarem de agir quando
deveriam.
Alternativa D – incorreta.
Não há óbice legal para admissão da coautoria em
crimes culposos, motivo pelo qual a alternativa está
equivocada.
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
10) No que toca o erro de tipo, as disposições legais
e os entendimentos jurisprudenciais, é correto o
que se afirma em:
a) O agente que atua com falsa percepção da realidade
e se equivoca sobre a tipificação legal de sua conduta
incorre em erro de proibição.
b) O erro de tipo recai sobre um elemento da
culpabilidade.
c) O agente que mata um homem em uma floresta,
acreditando ter atirado em um animal selvagem, está
em erro de proibição.
d) Para que um agente responda por crime doloso, é
necessário que ele tenha vontade e conhecimento a
respeito de todos os elementos do tipo.
Gabarito: D
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
O conceito apresentado pela assertiva corresponde ao
erro de tipo, tipificado no art. 20, CP. Essa espécie de
erro se configura com o equívoco do agente a respeito
da realidade que o cerca.
Alternativa B – incorreta.
O erro de tipo recai sobre o elemento do dolo, pois o
agente não tem conhecimento ou se equivoca a respeito
do fato típico.
Alternativa C – incorreta.
No caso, o erro do agente se deu sobre um dos
elementos constitutivos do tipo penal de homicídio.
Portanto, o agente está em erro de tipo e não em erro
de proibição.
Alternativa D – correta.
Todas as elementares do tipo devem ser de
conhecimento do agente. O dolo deve abarcar todos os
elementos do tipo. A ignorância quanto a um dos
elementos do tipo afastará o dolo e configurará erro de
tipo.
11) Considerando as hipóteses abaixo, assinale a
alternativa que indica uma hipótese correta de lesão
corporal de natureza gravíssima:
a) Aceleração de parto.
b) Enfermidade incurável.
c) Debilidade permanente de membro.
d) Perigo de vida.
Gabarito: B
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
A aceleração de parto de fato é uma consequência
prevista no delito de lesão corporal, mas é uma
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PROJETO CAVEIRA
consequência classificada como de natureza grave, vide
art. 129, §1º, IV, do CP.
Alternativa B – correta.
A enfermidade incurável gerada pelo crime de lesão
corporal é modalidade do crime de lesão corporal de
natureza gravíssima, conforme art.129, §2º, II, do CP.
Alternativa C – incorreta.
Em relação à debilidade permanente, é onde muito
candidato vai se confundir; em caso de debilidade,
estamos falando de lesão corporal de natureza grave,
vide art. 129, §1º, III, do CP. Já em caso de deformidade
permanente, a classificação será de lesão corporal de
natureza gravíssima, conforme art.129, §2º, IV, do CP.
Alternativa D – incorreta.
O perigo de vida, previsto no art. 129, §º1, II, do CP, se
configura como modalidade de lesão corporal de
natureza grave.
12) Com relação ao peculato, é possível dizer que:
a) Será consumado com a apropriação de dinheiro,
valor ou qualquer outro bem móvel ou imóvel público ou
particular de que tem a posse em razão do cargo.
b) O agente deve praticar o fato no exercício da função.
c) No peculato culposo, se o dano for reparado antes da
sentença irrecorrível, extingue-se a punibilidade; se lhe
é posterior, reduz da metade a pena imposta.
d) Qualquer modalidade admite extinção da punibilidade
se o dano for reparado antes da sentença.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
O art. 312 do CP, referente ao peculato, não se refere a
bem imóvel, apenas dinheiro, valor ou bem móvel.
Alternativa B – incorreta.
O agente não deve praticar o fato no exercício da
função, pode praticá-lo no exercício da função, em
razão dela, ou valendo-se da facilidade que a função lhe
proporciona, conforme art. 312 do CP.
Alternativa C – correta.
É a literalidade do art. 312, §3º, do CP, referente ao
peculato culposo, se o dano for reparado antes da
sentença irrecorrível, extingue-se a punibilidade, se lhe
é posterior, reduz da metade a pena imposta.
Alternativa D – incorreta.
De acordo com o art. 312, §3º, do CP, apenas o
peculato culposo admite a extinção da punibilidade se o
dano for reparado antes da sentença.
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
DIREITO PROCESSUAL PENAL
13) No que se refere ao inquérito policial, assinale a
alternativa correta.
a) O ato de indiciamento é, em regra, atribuição do
delegado de polícia. Excepcionalmente tal poder poderá
ser conferido ao promotor de justiça.
b) Em consonância com os estritos termos do art. 13 do
CPP, sem prejuízo das demais funções, incumbirá à
autoridade policial fornecer às autoridades judiciárias as
informações necessárias à instrução e ao julgamento
dos processos, realizar as diligências requisitadas pelo
juiz ou pelo Ministério Público, cumprir os mandados de
prisão expedidos pelas autoridades judiciárias, apenas.
c) O inquérito policial é indispensável para o
oferecimento da denúncia; o promotor de justiça não
poderá denunciar o réu sem esse procedimento
investigatório prévio.
d) Durante o inquérito, o advogado pode ter delimitado,
pela autoridade competente, o acesso aos elementos de
prova relacionados a diligências em andamento e ainda
não documentadas nos autos, quando houver risco de
comprometimento da eficiência, da eficácia ou da
finalidade das diligências.
Gabarito: D
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
O MP pode até realizar investigações, mas o ato de
indiciamento é privativo do delegado de polícia.
Vejamos:
“Art. 2º § 6º: O indiciamento, privativo do delegado de
polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante
análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a
autoria, materialidade e suas circunstâncias.”
“(...) Sendo o ato de indiciamento de atribuição
exclusiva da autoridade policial (Delegado de Polícia),
não existe fundamento jurídico que autorize o
magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao
Delegado de Polícia o indiciamento de determinada
pessoa (...)”.
Alternativa B – incorreta.
Além das atividades mencionadas, caberá ainda à
autoridade policial representar acerca da prisão
preventiva. Vejamos o teor do art. 13 do CPP, que é de
suma importância por se tratar de atividades de
incumbência da autoridade policial, total pertinência
temática com o cargo. Vejamos:
“Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações
necessárias à instrução e julgamento dos processos;
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo
Ministério Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas
autoridades judiciárias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.”
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PROJETO CAVEIRA
Alternativa C – incorreta.
O inquérito policial possui entre outras características, a
dispensabilidade. Desse modo, é possível que seja
instaurada ação penal sem inquérito policial prévio,
desde que haja outros elementos hábeis a substanciar a
ação penal. Nesse sentido, vejamos a legislação:
“Art. 39, § 5º. O órgão do Ministério Público dispensará
o inquérito, se com a representação forem oferecidos
elementos que o habilitem a promover a ação penal, e,
neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze
dias.”
Alternativa D – correta.
É o teor da Súmula Vinculante 14. É direito do defensor,
no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em
procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.
14) A conclusão do inquérito policial é precedida de
relatório final, no qual é descrito todo o
procedimento adotado no curso da investigação
para esclarecer a autoria e a materialidade. Sobre a
fase de encerramento de inquérito policial, é correto
afirmar:
a) Nos crimes em que caiba ação penal de iniciativa
privada, concluído o inquérito policial, a autoridade
policial deverá encaminhar os autos ao juízo
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido.
b) A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
apurado e enviará os autos ao Ministério Público.
c) Não é possível, no momento do relatório, a
autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido
inquiridas durante as investigações.
d) O inquérito policial deverá terminar no prazo de 15
dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou
estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de
prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto,
mediante fiança ou sem ela.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Em conformidade com o artigo 19 do CPP: “Nos crimes
em que não couber ação pública, os autos do inquérito
serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão
a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal,
ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante
traslado”.
Alternativa B – incorreta.
De acordo com a literalidade do artigo 10, §1°, do CPP,
“A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido
apurado e enviará autos ao juiz competente'', e não ao
membro do Ministério Público (MP).
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
Alternativa C – incorreta.
Conforme previsão no artigo 10, §2º, do CPP: “No
relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que
não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde
possam ser encontradas”.
Alternativa D – incorreta.
O prazo para encerramento do inquérito policial, em
regra, é de 10 dias, se o indiciado estiver preso em
flagrante ou preso preventivamente, a partir da
execução da ordem de prisão, e de 30 dias, se
indiciado estiver solto, mediante fiança ou sem ela,
conforme previsão no artigo 10, do Código de Processo
Penal (CPP). Importante ressaltar que, no prazo do
indiciado preso, da regra do CPP, não há que se falar
em preso temporário, uma vez que o prazo da prisão
temporária é específico e está previsto no artigo 2º da
Lei n.º 7.960/89. Além disso, há previsão do prazo de
prisão temporária para os crimes hediondos, previsto no
artigo 2º, §4º, da Lei n.º 8.072/90.
15) Assinale a alternativa correta no que diz respeito
à ação penal privada.
a) Cabe ao Ministério Público o aditamento da queixa,
mesmo nos casos de ação penal de iniciativa privada.
b) A ação penal de iniciativa privada pode ser oferecida
pelo Ministério Público, caso não concorde com o não
oferecimento da queixa pelo ofendido.
c) Admite-se a ação penal privada subsidiária da pública
quando a vítima discorda do posicionamento assumido
pelo Ministério Público.
d) O ofendido menor de 21 anos só poderá oferecer
queixa mediante seu representante legal.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Mesmo nos casos de ação penal de iniciativa privada,
existe a possibilidade de atuação do ente ministerial
para aditamento da queixa, conforme art. 45 do CPP.
Vejamos:
“Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for
privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo Ministério
Público, a quem caberá intervir em todos os termos
subsequentes do processo.”
Alternativa B – incorreta.
Ocorrendo um crime de ação penal de iniciativa privada,
apenas o ofendido ou seu representante legal possuem
a titularidade para oferecimento da queixa, é o que diz
art. 30 do CPP. Vejamos:
“Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para
representá-lo caberá intentar a ação privada.”
Alternativa C – incorreta.
A ação penal privada subsidiária da pública é possível
nos casos de mora ministerial para oferecimento da
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PROJETO CAVEIRA
denúncia, mas não é possível nos casos em que o
ofendido simplesmente discorda do posicionamento
adotado pelo Ministério Público, conforme art. 29 do
CPP. Vejamos:
“Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação
pública, se esta não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-
la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os
termos do processo, fornecer elementos de prova,
interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência
do querelante, retomar a ação como parte principal.”
Alternativa D – incorreta.
No caso do ofendido menor de 21 anos e maior de 18
anos, a queixa pode ser oferecida diretamente por ele
ou por meio de um representante legal, vide art. 34 do
CPP:
“Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18
anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou
por seu representante legal.”
16) A respeito da ação penal pública, assinale a
alternativa correta.
a) A representação será irretratável, depois de recebida
a denúncia.
b) No caso de morte do ofendido, o direito de
representação passará apenas ao cônjuge, ascendente
ou descendente.
c) A ação penal pública será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir,
de requisição do Ministro da Justiça, ou de
representação do ofendido ou de quem tiver qualidade
para representá-lo.
d) Nem todo crime praticado em detrimento do
patrimônio ou interesse da União, Estado e Município
será de ação penal pública.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Fiquem atentos aos detalhes do texto legal, vejamos:
“Art. 25, CPP. A representação será irretratável, depois
de oferecida a denúncia.”
Alternativa B – incorreta.
Vejamos o que diz o CPP:
“Art. 24, § 1o: No caso de morte do ofendido ou quando
declarado ausente por decisão judicial, o direito de
representação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.”
Alternativa C – correta.
A alternativa está em consonância com o previsto no
CPP:
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
“Art. 24 Nos crimes de ação pública, esta será
promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou
de quem tiver qualidade para representá-lo.”
Alternativa D – incorreta.
Vejamos o disposto no Código de Processo Penal, a
saber:
“Art. 24, § 2º, CPP: Seja qual for o crime, quando
praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da
União, Estado e Município, a ação penal será pública.
17) Segundo a doutrina, o flagrante delito pode ser
classificado em três modalidades: flagrante próprio,
impróprio e presumido. A respeito do tema, assinale
a alternativa correta.
a) Caracteriza-se o flagrante próprio quando o agente
está cometendo a infração penal, porém não quando
acabou de cometê-la.
b) Configura-se o flagrante próprio quando o agente
está cometendo a infração penal ou acabou de cometê-
la.
c) Ocorre o flagrante impróprio quando o agente é
surpreendido cometendo a infração penal, perseguido
de forma ininterrupta, localizado e preso.
d) Denomina-se flagrante impróprio quando o agente
não é surpreendido cometendo a infração penal, porém
é perseguido, de forma interrupta, localizado e preso.
Gabarito: B
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
O flagrante próprio caracteriza-se quando o agente está
cometendo a infração penal ou acabou de cometê-la.
Alternativa B – correta.
Este é justamente o conceito do flagrante próprio: o
agente está cometendo a infração penal ou acabou de
cometê-la.
Alternativa C – incorreta.
Ocorre o flagrante impróprio quando o agente, muito
embora não tenha sido surpreendido cometendo a
infração ou acabando de cometê-la, é perseguido, logo
após esses atos, de forma ininterrupta, localizado e
preso.
Alternativa D – incorreta.
De fato, conforme vimos, no flagrante impróprio o
agente não é surpreendido cometendo a infração penal.
Porém, logo após, ele é perseguido de forma
ininterrupta, localizado e preso.
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PROJETO CAVEIRA 3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL

18) Quanto à liberdade provisória, com ou sem DIREITO PENAL MILITAR

fiança, indique a opção correta.
a) Quando o crime praticado for hediondo, não é
possível admitir a liberdade provisória, bem como é
vedado o relaxamento da prisão processual por excesso
de prazo.
b) A fiança deverá ser imposta pela autoridade judicial
competente, não afastando a possibilidade de
concessão da fiança por parte do delegado de polícia
quando o crime praticado não tiver pena mínima
superior a quatro anos de reclusão.
c) A concessão de liberdade provisória ao agente que
cometeu uma infração penal afiançável não é exclusiva
da autoridade judicial.
d) A fiança, que poderá ser definitiva ou provisória,
consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou
metais preciosos, títulos da dívida pública, federal,
estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em
primeiro lugar.
19) No que se refere ao Estatuto dos Policiais
Militares da Paraíba (Lei n° 3.909/77), assinale a
alternativa incorreta.
a) Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos Oficiais PM são
denominados, tão somente, Praças.
b) A hierarquia e a disciplina são a base institucional da
Polícia Militar. A autoridade e a responsabilidade
crescem com o grau hierárquico.
c) A cada cargo policial militar corresponde um conjunto
de atribuições, deveres e responsabilidades que se
constituem em obrigações do respectivo titular.
d) Os Aspirantes a oficial PM são hierarquicamente
superiores às demais praças.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:

Gabarito: C Caveiras,

COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Alternativa A – incorreta.

Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Embora os crimes hediondos sejam inafiançáveis, isso
não impede a concessão da liberdade provisória sem
fiança ao agente criminoso, pois vedar por completo a
liberdade provisória é conduzir a persecução penal às
cegas, fazendo pouco caso da presunção de inocência.
Nesse sentido, a Súmula n° 697, do STF, aduz que: “A
proibição de liberdade provisória nos processos por
crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão
processual por excesso de prazo”.
Alternativa B – incorreta.
É possível que o delegado de polícia imponha fiança ao
indiciado, mas a pena de quatro anos que deve ser tida
como referência é a máxima, ao contrário do que foi
mencionado na assertiva, tornando-a equivocada, nos
termos do art. 322, caput, do CPP.
Na realidade o Estatuto dos Policiais Militares da
Paraíba (Lei n° 3.909/77) os denomina de Praças
Especiais, sendo esse, portanto, o erro da alternativa,
vejamos:
“Art. 14 (...)
Parágrafo 3° - Os Aspirantes-a-Oficial e os Alunos
Oficiais PM são denominados PRAÇAS ESPECIAIS.”
Alternativa B – correta.
De acordo o Estatuto dos Policiais Militares da Paraíba
(Lei n° 3.909/77), que disciplina:
“Art. 12 – A hierarquia e a disciplina são a base
institucional da Polícia Militar. A autoridade e
responsabilidade crescem com o grau hierárquico.”
Alternativa C – correta.
Nos termos do Estatuto dos Policiais Militares da
Paraíba (Lei n° 3.909/77), que assevera:

Alternativa C – correta. “Art. 19 (...)

A fiança poderá ser concedida pela autoridade policial, Parágrafo 2° - A cada cargo policial militar corresponde
no caso de infração penal cuja pena privativa de um conjunto de atribuições, deveres e
liberdade máxima não seja superior a 4 anos, ou pelo responsabilidades que se constituem em obrigações do
juiz, nos demais casos, nos termos do art. 322, do CPP, respectivo titular.”
estando a alternativa em perfeita consonância com a
legislação pertinente. Alternativa D – correta.
Conforme o Estatuto dos Policiais Militares da Paraíba
Alternativa D – incorreta. (Lei n° 3.909/77), que aduz:
A fiança sempre será definitiva e, de fato, consistirá em
depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais “Art. 16 – A precedência entre as Praças Especiais e as
preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou demais praças é assim regulada:
municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar, I – Os Aspirantes-a-oficial PM são hierarquicamente
conforme dispõe o art. 330, caput, do CPP. superiores às demais praças;”

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PROJETO CAVEIRA
20) Consoante ao disposto no Estatuto dos Policiais
Militares da Paraíba (Lei n° 3.909/77), assinale a
alternativa incorreta.
a) Em igualdade de posto ou graduação, a precedência
entre os policiais militares de carreira na ativa e os da
reserva remunerada que estiverem convocados, é
definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou
graduação.
b) Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente
superiores aos Subtenentes PM.
c) Cargo policial militar é aquele que pode ser exercido
por militar em serviço ativo ou inativo.
d) A antiguidade de cada posto ou graduação é contada
a partir da data da assinatura do ato da respectiva
promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo
quando estiver taxativamente fixada outra data.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Nos termos do Estatuto dos Policiais Militares da
Paraíba (Lei n° 3.909/77), que assevera:
“Art. 15 (...)
Parágrafo 4° - Em igualdade de posto ou graduação, a
precedência entre os policiais militares de carreira na
ativa e os da reserva remunerada que estiverem
convocados, é definida pelo tempo de efetivo serviço no
posto ou graduação.”
Alternativa B – correta.
De acordo a literalidade do Estatuto dos Policiais
Militares da Paraíba (Lei n° 3.909/77), a seguir:
“Art. 16 – A precedência entre as Praças Especiais e as
demais praças é assim regulada:
I – Os Aspirantes-a-oficial PM são hierarquicamente
superiores às demais praças;
II – Os Alunos-Oficiais PM são hierarquicamente
superiores aos Subtenentes PM.”
Alternativa C – incorreta.
Diverso ao previsto no Estatuto dos Policiais Militares da
Paraíba (Lei n° 3.909/77), vejamos:
“Art. 19 – Cargo policial militar é aquele que só pode
ser exercido por policial militar em serviço ativo.”
Alternativa D – correta.
Nos termos do Estatuto dos Policiais Militares da
Paraíba (Lei n° 3.909/77), que aduz:
“Art. 15 (...)
Parágrafo 1° - A antiguidade de cada posto ou
graduação é contada a partir da data da assinatura do
ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou
inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada
outra data.”
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
21) O Cabo Juvêncio, pertencente ao 54º BPM, ao
adentrar no 6º BPM para tratar de um assunto
particular com o Sargento Sidney, seu irmão, que
servia nesta unidade, estacionou seu veículo em
local não permitido, diante do que o Comandante da
unidade veio a chamar sua atenção. Irritado com a
situação, o Cb Juvêncio agrediu fisicamente o Cmt.
do 6º BPM, pelo que foi preso em flagrante. Ao saber
de tal situação, o Sgt Sidney foi questionar seu
Cmt., terminando por também agredi-lo fisicamente,
sendo também preso em flagrante.
Considerando que as agressões sofridas pelo Cmt.
do 6º BPM não resultaram em lesão corporal,
marque a alternativa correta a respeito das penas a
que estarão sujeitos os dois irmãos:
a) O Cb Juvêncio estará sujeito à pena de detenção, por
praticar violência contra superior, enquanto o Sgt Sidney
estará sujeito à pena de reclusão, em virtude de praticar
violência contra o Cmt. de sua unidade.
b) Ambos estarão sujeitos à pena de detenção, por
praticarem violência contra superior.
c) Ambos estarão sujeitos à pena de reclusão, por
praticarem violência contra superior em função de
comando de unidade.
d) Somente o Sgt Sidney responderá pelo crime
praticado contra seu superior, por ser de hierarquia mais
elevada que a de seu irmão, Cb Juvêncio.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, a situação hipotética apresentada incorre no
crime do art. 157 (violência contra superior), em sua
forma simples e qualificada (art. 157, §1º).
Insta salientar que, no caso em tela, o Cb Juvêncio é
lotado em batalhão diferente daquela de seu irmão, Sgt
Sidney.
Vejamos o disposto no Código Penal Militar:
“Violência contra superior
Art. 157. Praticar violência contra superior:
Pena - detenção, de três meses a dois anos.
Formas qualificadas
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que
pertence o agente, ou oficial general:
Pena - reclusão, de três a nove anos.”
Perante o acima exposto, a Alternativa A é a correta.
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PROJETO CAVEIRA
22) Nos termos do Código Penal Militar, dormir o
militar, quando em serviço, como oficial de quarto
ou de ronda, ou em situação equivalente, ou, não
sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão
às máquinas, ao leme, de ronda ou em qualquer
serviço de natureza semelhante, configura o crime
de:
a) Embriaguez em serviço.
b) Deserção.
c) Dormir em serviço.
d) Descumprimento de missão.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras, trata-se o texto exibido do delito de dormir em
serviço, conforme dispõe o Código Penal Militar, a
saber:
“DORMIR EM SERVIÇO
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como
oficial de quarto ou de ronda, ou em situação
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de
sentinela, vigia, plantão às maquinas, ao leme, de ronda
ou em qualquer serviço de natureza semelhante:
Pena – detenção, de três meses a um ano.”
De acordo o acima exposto, a Alternativa C é a
correta.
23) A respeito da Lei Complementar n° 87/20085
(Dispõe sobre a Organização Estrutural e Funcional
da Polícia Militar do Estado da Paraíba), assinale a
alternativa incorreta.
a) Os órgãos de direção setorial atendem às
necessidades de pessoal e logística de toda a
Corporação, realizam a atividade meio e atuam em
cumprimento às diretrizes e ordens dos órgãos de
direção estratégica.
b) A Polícia Militar será estruturada, tão somente, em
órgãos de direção estratégica e direção setorial.
c) O Comandante-Geral tem honras, prerrogativas,
direitos e obrigações de Secretário de Estado.
d) O GATE é o comando de pronto-emprego do
Comandante-Geral, com um efetivo mínimo de uma
Companhia, especialmente treinado para missões
especiais e gerenciamento de crises, o qual poderá ser
empregado também em outras missões do policiamento
ostensivo geral.
Gabarito: B
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Nos termos da Lei Complementar n.º 87/2008, que
disciplina:
“Art. 7° Os órgãos de direção setorial atendem às
necessidades de pessoal e logística de toda a
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
Corporação, realizam a atividade meio e atuam em
cumprimento às diretrizes e ordens dos órgãos de
direção estratégica.”
Alternativa B – incorreta.
Diverso ao previsto na Lei Complementar n.º 87/2008,
que assevera:
“Art. 5° A polícia Militar será estruturada em órgãos de
direção estratégica, de direção setorial, de execução
e vinculados.”
Alternativa C – correta.
Conforme o disposto na Lei Complementar n.º 87/2008,
que aduz:
“Art. 11 (...)
§2° O Comandante-Geral tem honras, prerrogativas,
direitos e obrigações de Secretário de Estado.”
Alternativa D – correta.
De acordo a literalidade da Lei Complementar n.º
87/2008, que dispõe:
“Art. 14. O GATE é o comando de pronto-emprego do
Comandante-Geral, com um efetivo mínimo de uma
Companhia, especialmente treinado para missões
especiais e gerenciamento de crises, o qual poderá ser
empregado também em outras missões do policiamento
ostensivo geral.”
24) Acerca da Lei Complementar n° 87/20085
(Dispõe sobre a Organização Estrutural e Funcional
da Polícia Militar do Estado da Paraíba), assinale a
alternativa incorreta.
a) A Ajudância Geral tem a seu cargo as funções
administrativas, de segurança e de controle do efetivo
do Quartel do Comando Geral, exceto a administração
do Presídio e do Museu da Polícia Militar.
b) A Corregedoria da Polícia Militar tem a finalidade de
correição das infrações penais militares e do regime
ético-disciplinar, apurando, acompanhando, fiscalizando
e orientando os serviços da Corporação, em articulação
com as Corregedorias Setoriais.
c) A Ouvidoria da Polícia Militar tem por finalidade
receber e registrar denúncias, reclamações e
representações de atos desabonadores praticados por
integrantes da Corporação ou críticas à prestação de
serviço institucional, bem como de encaminhar e
acompanhar a solução das mesmas, funcionando em
estreita articulação com as Ouvidorias Setoriais.
d) Os Comandos Regionais têm por finalidade planejar,
coordenar, controlar e supervisionar, na Região
Metropolitana de João Pessoa e do Interior, as
atividades realizadas pelos Órgãos de Execução, no
que concerne à eficiência nas missões de policiamento
ostensivo, de acordo com as necessidades de
preservação da ordem pública.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
12
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PROJETO CAVEIRA
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Diverso ao previsto na Lei Complementar n.º 87/2008,
que disciplina:
“Art. 16. A Ajudância Geral tem a seu cargo as funções
administrativas, de segurança e de controle do efetivo
do Quartel do Comando Geral, bem como a
administração do Presídio e do Museu da Polícia
Militar.”
Alternativa B – correta.
Nos termos da literalidade da Lei Complementar n.º
87/2008, a saber:
“Art. 18. A Corregedoria da Polícia Militar tem a
finalidade de correição das infrações penais militares e
do regime ético-disciplinar, apurando, acompanhando,
fiscalizando e orientando os serviços da Corporação,
em articulação com as Corregedorias Setoriais.”
Alternativa C – correta.
Conforme o que disciplina a Lei Complementar n.º
87/2008, a seguir:
“Art. 19. A Ouvidoria da Polícia Militar tem por finalidade
receber e registrar denúncias, reclamações e
representações de atos desabonadores praticados por
integrantes da Corporação ou críticas à prestação de
serviço institucional, bem como de encaminhar e
acompanhar a solução das mesmas, funcionando em
estreita articulação com as Ouvidorias Setoriais.”
Alternativa D – correta.
De acordo ao disposto na Lei Complementar n.º
87/2008, que assevera:
“Art. 20. Os Comandos Regionais têm por finalidade
planejar, coordenar, controlar e supervisionar, na
Região Metropolitana de João Pessoa e do Interior, as
atividades realizadas pelos Órgãos de Execução, no
que concerne à eficiência nas missões de policiamento
ostensivo, de acordo com as necessidades de
preservação da ordem pública.”
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE
25) Acerca do Abuso de Autoridade (Lei n.º
13.869/19), assinale a alternativa correta.
a) As condutas tipificadas na Lei 13.869/19 constituem
crime quando praticadas pelo agente com a finalidade
específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, excepcionando-se os casos em
que são praticadas por mero capricho ou satisfação
pessoal.
b) A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou
função pública, pelo período de 1 a 5 anos, está
condicionada à reincidência do agente em crimes
próprios praticados por agentes públicos.
c) Incorre em crime de abuso de autoridade impedir
preso, réu solto ou investigado de entrevistar-se pessoal
e reservadamente com seu advogado ou defensor, por
prazo razoável, no curso do interrogatório ou no caso de
audiência realizada por videoconferência.
d) Todos os crimes praticados na Lei de Abuso de
Autoridade são processados mediante Ação Penal
Pública incondicionada.
Gabarito: D
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Os crimes previstos na Nova Lei de Abuso de
Autoridade (Lei 13.869/19) possuem um elemento
subjetivo específico, que é o de terem sido praticados
com a finalidade específica de:
- Prejudicar alguém;
- Beneficiar a si mesmo a terceiro; ou
- Por mero capricho ou satisfação pessoal.
Vejamos como dispõe a legislação:
“Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de
autoridade, cometidos por agente público, servidor ou
não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de
exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.
§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime
de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente
com a finalidade específica de prejudicar outrem ou
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por
mero capricho ou satisfação pessoal.”
Alternativa B – incorreta.
A inabilitação para o exercício do cargo, bem como a
perda do cargo, são condicionados à ocorrência de
reincidência específica em crime de abuso de
autoridade, e não em crimes próprios, conforme indica a
questão. Tal disposição legal encontra-se no Parágrafo
Único do Art. 4º da Nova Lei de Abuso de Autoridade:
“Art. 4º São efeitos da condenação:
I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado
pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do
ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração,
considerando os prejuízos por ele sofridos;
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PROJETO CAVEIRA
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato
ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco)
anos;
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II
(inabilitação) e III (perda) do caput deste artigo são
CONDICIONADOS à ocorrência de reincidência em
crime de abuso de autoridade e não são automáticos,
devendo ser declarados motivadamente na sentença.”
Alternativa C – incorreta.
O curso do interrogatório e a audiência realizada por
videoconferência consistem justamente em exceções ao
crime trazido pelo parágrafo único do Art. 20 da Lei
13.869/19:
“Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal
e reservada do preso com seu advogado:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
impede o preso, o réu solto ou o investigado de
entrevistar-se pessoal e reservadamente com seu
advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de
audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com
ele comunicar-se durante a audiência, SALVO no
curso de interrogatório OU no caso de audiência
realizada por videoconferência.”
Alternativa D – correta.
Trata-se de previsão legal contida no Art. 3º da Lei
13.869/19:
“Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação
penal pública incondicionada.”
26) O rol dos crimes hediondos presente na Lei
8.072/90 é taxativo (numerus clausus). É
classificado como hediondo:
a) O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso proibido.
b) O roubo qualificado pelo emprego de explosivo ou de
artefato análogo que cause perigo comum.
c) O terrorismo.
d) O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de
uso restrito.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Conforme o art. 1º, parágrafo único, II, da Lei 8.072/90,
é hediondo o crime de posse ou porte ilegal de arma de
fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº
10.826, de 22 de dezembro de 2003. Trata-se de crime
hediondo incluído pela Lei Anticrime.
Alternativa B – incorreta.
Somente o furto qualificado pelo emprego de explosivo
ou de artefato análogo que cause perigo comum é
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
hediondo (art. 1º, IX, da Lei 8.072/90), e não o roubo
nessas circunstâncias.
Alternativa C – incorreta.
O terrorismo juntamente com o racismo e o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins são crimes
equiparados a hediondos. Lembre-se que os crimes
hediondos e equiparados são insuscetíveis de anistia,
graça, indulto e fiança.
Alternativa D – incorreta.
Apenas o crime de posse ou porte ilegal de arma de
fogo de uso proibido é hediondo. Se a arma for de uso
restrito, não será hediondo.
27) No tocante às práticas de ato infracional,
previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei n.º 8.069/90), bem como do entendimento
jurisprudencial, assinale a alternativa incorreta.
a) Atos infracionais pretéritos podem ser utilizados como
fundamento para decretação ou manutenção da prisão
preventiva.
b) Os atos infracionais podem ser valorados
negativamente na dosimetria da pena.
c) A superveniência da maioridade penal não interfere
na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade de
medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade
assistida, enquanto não atingida a idade de 21 anos.
d) São constitucionais os dispositivos do ECA que
proíbem o recolhimento compulsório de crianças e
adolescentes, mesmo que estejam perambulando nas
ruas.
Gabarito: B
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
A prática de atos infracionais anteriores serve para
justificar a decretação ou manutenção da prisão
preventiva como garantia da ordem pública,
considerando que indicam que a personalidade do
agente é voltada à criminalidade, havendo fundado
receio de reiteração.
Não é qualquer ato infracional, em qualquer
circunstância, que pode ser utilizado para caracterizar a
periculosidade e justificar a prisão antes da sentença. É
necessário que o magistrado analise:
a) a gravidade específica do ato infracional cometido;
b) o tempo decorrido entre o ato infracional e o crime; e
c) a comprovação efetiva da ocorrência do ato
infracional.
STJ. 3ª Seção. RHC 63.855-MG, Rel. Min. Nefi
Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz,
julgado em
11/5/2016 (Info 585).
Alternativa B – incorreta.
Atos infracionais não podem ser considerados maus
antecedentes para a elevação da pena-base, tampouco
podem ser utilizados para caracterizar personalidade
voltada para a prática de crimes ou má conduta social.
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PROJETO CAVEIRA
Há impropriedade na majoração da pena-base pela
consideração negativa da personalidade do agente em
razão da prévia prática de atos infracionais, pois é
incompossível exacerbar a reprimenda criminal com
base em passagens pela Vara da Infância.
STJ. 5ª Turma. HC 499987/SP, Rel. Min. Felix Fischer,
julgado em 30/05/2019.
STJ. 6ª Turma. REsp 1702051/SP, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, julgado em 06/03/2018.
Alternativa C – correta.
Nos exatos termos do enunciado de Súmula do STJ,
que dispõe:
“Súmula n.º 605, STJ: A superveniência da maioridade
penal não interfere na apuração de ato infracional nem
na aplicabilidade de medida socioeducativa em curso,
inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a
idade de 21 anos.”
Alternativa D – correta.
São constitucionais os dispositivos do ECA que proíbem
o recolhimento compulsório de crianças e adolescentes,
mesmo que estejam perambulando nas ruas.
São constitucionais o art. 16, I, o art. 105, o art. 122, II e
III, o art. 136, I, o art. 138 e o art. 230 do ECA.
Tais dispositivos estão de acordo com o art. 5º, caput e
incisos XXXV, LIV, LXI e com o art. 227 da CF/88.
Além disso, são compatíveis com a Declaração
Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a Convenção
sobre os Direitos da Criança, as Regras de Pequim para
a Administração da Justiça de Menores e a Convenção
Americana de Direitos Humanos.
STF. Plenário. ADI 3446/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 7 e 8/8/2019 (Info 946).
28) A respeito da prevenção (artigos 70 a 85 da Lei
n° 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente),
assinale a alternativa incorreta.
a) Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca
onde reside, desacompanhada dos pais ou responsável,
sem expressa autorização judicial.
b) Dispensa-se a autorização judicial para viagem da
criança a comarca contígua à de sua residência no
mesmo estado ou dentro da mesma região
metropolitana.
c) A autoridade judicial poderá, a pedido dos pais ou
responsável, conceder autorização de viagem, nos
termos do artigo 83, §2º, válida por dois anos.
d) A viagem ao exterior está regulada pelo artigo 84,
não obstante não alcança os adolescentes, e a
autorização judicial é necessária em todas as hipóteses.
Gabarito: D
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Nos exatos termos do Estatuto da Criança e do
Adolescente, a saber:
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
“Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou
responsável, sem expressa autorização judicial.”
Alternativa B – correta.
Nos moldes do Estatuto da Criança e do Adolescente,
que assevera:
“Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou
responsável, sem expressa autorização judicial.
§1° A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da
criança, se na mesma unidade da Federação, ou
incluída na mesma região metropolitana;”
Alternativa C – correta.
Conforme o disciplinado no Estatuto da Criança e do
Adolescente, a saber:
“Art. 83. Nenhuma criança poderá viajar para fora da
comarca onde reside, desacompanhada dos pais ou
responsável, sem expressa autorização judicial. (...)
§2° A autoridade judiciária poderá, a pedido dos
pais ou responsável, conceder autorização válida
por dois anos.”
Alternativa D – incorreta.
A viagem ao exterior está regulada pelo artigo 84 do
Estatuto da Criança e do Adolescente, vejamos:
“Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a
autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
I – estiver acompanhado de ambos os pais ou
responsável;
II – viajar na companhia de um dos pais, autorizado
expressamente pelo outro através de documento com
firma reconhecida.”
Aqui a disciplina alcança crianças e adolescentes
indistintamente. Há hipóteses em que a autorização
judicial não é necessária, ainda que a viagem seja ao
exterior. É o que ocorre quando a criança ou
adolescente viaja com um dos pais, autorizado
expressamente pelo outro através de documento com
firma reconhecida (art. 84, II).
29) Concernente ao disposto no Estatuto do
Desarmamento (Lei n° 10.826/2003), bem como do
entendimento dos tribunais superiores, assinale a
alternativa incorreta.
a) Compete ao Ministério da Justiça a autorização do
porte de arma para os responsáveis pela segurança de
cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil e,
ao Comando do Exército, nos termos do regulamento
desta Lei, o registro e a concessão de porte de trânsito
de arma de fogo para colecionadores, atiradores e
caçadores e de representantes estrangeiros em
competição internacional oficial de tiro realizada no
território nacional.
b) As armas de fogo utilizadas pelos empregados das
empresas de segurança privada e de transporte de
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PROJETO CAVEIRA
valores, constituídas na forma da lei, serão de
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
empresas, somente podendo ser utilizadas quando em
serviço, devendo essas observar as condições de uso e
de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte
expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.
c) A prerrogativa de porte de arma de fogo deferida aos
magistrados pela Lei Orgânica da Magistratura os
exonera da obrigação de efetivar o registro da arma na
Polícia Federal.
d) Todos os integrantes das guardas municipais
possuem direito a porte de arma de fogo, em serviço ou
mesmo fora dele, independentemente do número de
habitantes do Município.
Gabarito: C
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – correta.
Conforme o disposto no Estatuto do Desarmamento,
que assevera:
“Art. 9° Compete ao Ministério da Justiça a autorização
do porte de arma para os responsáveis pela segurança
de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no
Brasil e, ao Comando do Exército, nos termos do
regulamento desta Lei, o registro e a concessão de
porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores,
atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros
em competição internacional oficial de tiro realizada no
território nacional.”
Alternativa B – correta.
Nos exatos termos do Estatuto do Desarmamento, que
aduz:
“Art. 7° As armas de fogo utilizadas pelos empregados
das empresas de segurança privada e de transporte de
valores, constituídas na forma da lei, serão de
propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas
empresas, somente podendo ser utilizadas quando em
serviço, devendo essas observar as condições de uso e
de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente,
sendo o certificado de registro e a autorização de porte
expedidos pela Polícia Federal em nome da empresa.”
Alternativa C – incorreta.
A prerrogativa de porte de arma de fogo deferida aos
magistrados pela LOMAN (Lei Orgânica da
Magistratura) NÃO os exonera da obrigação de
efetivar o registro da arma na Polícia Federal, bem
como a renovação periódica da certificação.
STJ. Corte Especial. APn 955/DF, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 07/10/2020.
STJ. Corte Especial. APn 686/AP, Rel. Min. João Otávio
De Noronha, julgado em 18/12/2013.
STJ. Corte Especial. APn 657/PB, Rel. Min. João Otávio
De Noronha, julgado em 18/05/2011.
STF. Plenário. AO 2280 AgR, Rel. Min. Edson Fachin,
julgado em 12/03/2019.
3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL
Alternativa D – correta.
Todos os integrantes das guardas municipais
possuem direito a porte de arma de fogo, em serviço
ou mesmo fora de serviço, independentemente do
número de habitantes do Município.
O art. 6º, III e IV, da Lei nº 10.826/2003 (Estatuto do
Desarmamento) somente previa porte de arma de fogo
para os guardas municipais das capitais e dos
Municípios com maior número de habitantes. Assim, os
integrantes das guardas municipais dos pequenos
Municípios (em termos populacionais) não tinham direito
ao porte de arma de fogo.
O STF considerou que esse critério escolhido pela lei é
inconstitucional porque os índices de criminalidade não
estão necessariamente relacionados com o número de
habitantes.
Assim, é inconstitucional a restrição do porte de arma
de fogo aos integrantes de guardas municipais das
capitais dos estados e dos municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes e de guardas
municipais dos municípios com mais de 50.000
(cinquenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil)
habitantes, quando em serviço.
Com a decisão do STF todos os integrantes das
guardas municipais possuem direito a porte de arma de
fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço. Não
interessa o número de habitantes do Município.
STF. Plenário. ADC 38/DF, ADI 5538/DF e ADI
5948/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgados em
27/2/2021 (Info 1007).
30) No que se refere às práticas de ato infracional,
previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente
(Lei n.º 8.069/90), bem como do entendimento
jurisprudencial, assinale a alternativa incorreta.
a) As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do
adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada
máxima de quatro horas semanais, aos sábados,
domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de
trabalho.
b) É possível expedição de mandado de busca e
apreensão para adolescente que descumpriu liberdade
assistida.
c) É cabível dano moral coletivo por conta de
alojamento em estabelecimento impróprio de
sentenciados à internação.
d) É legal a internação de adolescente gestante ou com
o filho em amamentação, desde que assegurada
atenção integral à sua saúde, bem como as condições
necessárias para que permaneça com seu filho durante
o período de amamentação.
Gabarito: A
COMENTÁRIO DO PROFESSOR:
Caveiras,
Alternativa A – incorreta.
Vejamos o que realmente dispõe o texto normativo, a
seguir:
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PROJETO CAVEIRA 3º Mini – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL

“Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste
na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
período não excedente a seis meses, junto a entidades
assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como em
programas comunitários ou governamentais.
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas
conforme as aptidões do adolescente, devendo ser
cumpridas durante jornada máxima de oito horas
semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em
dias úteis, de modo a não prejudicar a frequência à
escola ou à jornada normal de trabalho.”
Não há impeditivo legal para a internação de
adolescente gestante ou com filho em amamentação,
desde que seja garantida atenção integral à saúde do
adolescente, além de asseguradas as condições
necessárias para que a adolescente submetida à
execução de medida socioeducativa de privação de
liberdade permaneça com o seu filho durante o período
de amamentação (arts. 60 e 63, § 2º da Lei nº 12.594/12
- SINASE).
STJ. 5ª Turma. HC 543.279-SP, Rel. Min. Reynaldo
Soares da Fonseca, julgado em 10/03/2020 (Info 668).

Alternativa B – correta.
É possível expedição de mandado de busca e
apreensão para adolescente que descumpriu liberdade
assistida.
A expedição de mandado de busca e apreensão para
localizar adolescente que descumpriu medida
socioeducativa de liberdade assistida não configura
constrangimento ilegal, nem mesmo contraria o
enunciado da Súmula nº. 265 do STJ.
A expedição de mandado de busca e apreensão é feita
para que se localize o adolescente que descumpriu a
medida aplicada em meio aberto a fim de encaminhá-lo
ao Juízo e apresentá-lo em audiência, oportunizando-
lhe a apresentação de justificação.
STJ. 6ª Turma. HC 381127/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro,
julgado em 14/03/2017.

Alternativa C – correta.
É cabível dano moral coletivo por conta de alojamento
em estabelecimento impróprio de sentenciados à
internação, em patente violação ao 123 do ECA.
Segundo os autos, menores custodiados, após
completarem 18 anos, eram transferidos para celas de
presos provisórios e definitivos, obrigados a vestir o
mesmo uniforme vermelho, recebendo idêntico
tratamento dos detentos maiores de idade.
Assim, os jovens infratores, em vez de receberem
orientação, em condições de dignidade, capaz de
prepará-los para retorno à vida em liberdade, foram
tratados como prisioneiros comuns, transformada em
verdadeira universidade do crime a garantia legal
indisponível de "proteção integral" e de
"desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social" (art. 3º, caput, do ECA).
Submeter jovem a tratamento prisional destinado a
adultos, máxime em condições degradantes, equivale a
extirpar a dignidade e a desrespeitar "condição peculiar
de pessoa em desenvolvimento" (art. 121, caput, do
ECA), dotada de carências e garantias especiais –
absolutas e indisponíveis – em decorrência da sua
inimputabilidade etária.
STJ. 2ª Turma. REsp 1793332-MG, Rel. Min. Hermain
Benjamin, julgado em 05/05/2019.

Alternativa D – correta.
É legal a internação de adolescente gestante ou com o
filho em amamentação, desde que assegurada atenção
integral à sua saúde, bem como as condições
necessárias para que permaneça com seu filho durante
o período de amamentação.

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