Letras em dia, Português, 11.

° Fichas de verificação de leitura

ano

Ficha de verificação de leitura de Os Maias

1 De acordo com a tua experiência de leitura de Os Maias,

classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que
se seguem e corrige devidamente as que considerares falsas.

a. O título e o subtítulo do romance de Eça de Queirós –

Os Maias – Episódios da Vida Romântica – remetem
para a crónica de costumes desenvolvida na obra.

b. A ação de Os Maias inicia-se em 1875, ano em que Carlos

e o avô, Afonso, se instalam no Ramalhete.

c. A longa analepse que ocupa os capítulos I a IV do

romance recupera acontecimentos passados que
recuam até à juventude de Pedro da Maia.

d. A intriga principal articula-se com os episódios de crítica

social essencialmente através das personagens de
Carlos e Ega.

e. Em Os Maias, o tempo da história relaciona-se com o tempo histórico, associando-se os

acontecimentos das intrigas principal e secundária a momentos políticos e sociais do
país, ao longo do século XIX.

f. Através da descrição da educação de Pedro e Eusebiozinho, desenvolve-se uma crítica

ao modelo educativo britânico, tradicional, conservador e marcado pelo contacto com o
ambiente natural.

g. Os protagonistas da intriga principal apresentam características trágicas, nomeadamente

a superioridade física e moral e a sujeição a um destino que os conduz à catástrofe:
desco– berta do incesto e morte de Afonso.

2 Identifica as personagens de Os Maias a que se refere cada um dos excertos.

A insistência com que impunha a sua companhia a Carlos, o exibicionismo [...], a

indiscri- ção nos contactos com Maria Eduarda, o recurso fácil à calúnia [...], o
comportamento titubeante e a cobardia [...], tudo se conjuga para confirmar que o que (a)
sobretudo repre-
senta é a própria imoralidade em estado bruto.
REIS, Carlos, 1998. Introdução à leitura d’ Os Maias. 6.ª ed. Coimbra: Almedina (p. 63) (adaptado)

(b) [...] herdou da mãe o seu temperamento nervoso, as suas crises de

melancolia, os seus sentimentos exagerados. Educado sob influência de um «romantismo
torpe» deixou-se encandear por um amor à primeira vista que o conduziu a um casamento,
de estilo romântico [...]. Este enlace precipitado levá-lo-ia mais tarde ao suicídio – após a
fuga da mulher – por carecer de sólidos princípios morais [...] e de força de vontade.
COSTA, José Ribeiro da, 2008. Os Maias em análise. Porto: Porto Editora (p. 31) (adaptado)

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(c) funciona como o Sancho Pança de Carlos, ou seja, é aquele amigo

que o traz de volta à realidade, que o faz pôr os pés no mundo. É também aquele que nos
momentos mais difíceis e mais dolorosos o ampara e ajuda, não só em termos
psicológicos, mas também na resolução dos problemas práticos [...].
É, de igual modo, o símbolo da pura irreverência, do sarcasmo, da ironia, da crítica
pela crítica, do prazer de chocar e de questionar [...].
BRAGA, Zaida, e RAMOS, Auxília, 2009. Os Maias – Eça de Queirós. Porto: Ideias de ler (pp. 53-54)
(adaptado)

Descrita como uma mulher com a beleza de uma figura da Renascença, (d)
é loura, com uma brancura de marfim e olhos azuis; admirada pelos homens, distingue-se
também pelas suas toilettes e joias exageradas. Revela-se dominadora [...] e
aparentemente calculista nas suas relações e objetivos.
REIS, Carlos, 2016. Os Maias. Eça de Queirós. Porto: Porto Editora (p. 91) (adaptado)

Vive de uma forma exacerbada e intensa a sua paixão [...], interessando-se por tudo
e por nada ao mesmo tempo. (e) é o diletante culto, por excelência, que acaba por
se deixar submergir pela modorra da sociedade lisboeta em que vive, desistindo, um a um,
de todos os seus projetos de vida, inclusive da sua paixão, embora esta última por razões
que [...] não consegue controlar.
BRAGA, Zaida, e RAMOS, Auxília, 2009. Os Maias – Eça de Queirós. Porto: Ideias de ler (p. 52)
(adaptado)

Na ação do romance, (f) aparece sobretudo como o patriarca afável e

sereno, com uma vida regrada, atraído por tudo o que é são e generoso; ao mesmo tempo,
é zeloso da sua linhagem e deveres de classe. [...]
Na intriga principal, ele surge como vítima impotente, perante o incesto acontecido
entre os dois únicos descendentes da família.
REIS, Carlos, 2016. Os Maias. Eça de Queirós. Porto: Porto Editora (p. 87) (adaptado)

(g) é sempre apresentada [...] como um ser superior que se destaca no

meio das mulheres lisboetas. [...] Encarna a heroína romântica, perseguida pela vida e pelo
destino, mas que acaba por encontrar, ainda que momentaneamente, a razão da sua vida, na
paixão e no amor.
BRAGA, Zaida, e RAMOS, Auxília, 2009. Os Maias – Eça de Queirós. Porto: Ideias de ler (p. 49)
(adaptado)

3 Ordena os episódios da crónica de costumes de acordo com a sequência por que surgem em
Os Maias.
(A) Corridas no Hipódromo de Belém.
(B) Jantar no Hotel Central.
(C) Acontecimentos relacionados com o jornal A Tarde.
(D) Jantar em casa dos Gouvarinho.
(E) Sarau no Teatro da Trindade.
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(F) Eventos associados ao jornal A Corneta do Diabo.

Ficha de verificação de leitura de Os Maias

1. a. F. O título do romance alude à intriga (principal e secundária, associadas ambas à família Maia) e apenas o
subtítulo remete para a crónica de costumes.
b. V.
c. F. A analepse recupera acontecimentos que recuam até à juventude de Afonso da Maia.
d. V.
e. V.
f. F. Crítica ao modelo educativo português, tradicional, conservador e marcado pela ausência de contacto com
o ambiente natural.
g. V.

2. (a) Dâmaso Salcede.

(b) Pedro da Maia.
(c) Ega.
(d) Maria Monforte.
(e) Carlos da Maia.
(f) Afonso da Maia.
(g) Maria Eduarda.

3. (B), (A), (D), (F), (C), (E).

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