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NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Ivanir de Jesus Henemberg
Fevereiro/2005
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e
modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como
fundamentos:
(grifo nosso)
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de
licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como
formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal.
Parágrafo 4o – Até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível
superior ou formados por treinamento em serviço.
Decreto 3276/99
Dispõe sobre os Cursos de Formação de Professores
Dispõe sobre a formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, da
Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 61 a 63 da Lei ri' 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
DECRETA:
Art. 1o A formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, observado o disposto nos
arts. 61 a 63 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, far-se-á conforme o disposto neste Decreto.
Art. 2o Os cursos de formação de professores para a educação básica serão organizados de modo a atender
aos seguintes requisitos:
II - possibilidade de complementação de estudos, de modo a permitir aos graduados a atuação em outra etapa
da educação básica;
III - formação básica comum, com concepção curricular integrada, de modo a assegurar as especificidades
do trabalho do professor na formação para atuação multidisciplinar e em campos específicos do
conhecimento;
Art. 3o A organização curricular dos cursos deverá permitir ao graduando opções que favoreçam a escolha
da etapa da educação básica para a qual se habilitará e a complementação de estudos que viabilize sua
habilitação para outra etapa da educação básica.
§ 2o Qualquer que seja a vinculação institucional, os cursos de formação de professores para a educação
básica deverão assegurar estreita articulação com os sistemas de ensino, essencial para a associação teoria-
prática no processo de formação.
Art. 5o 0 Conselho Nacional de Educação, mediante proposta do Ministro de Estado da Educação, definirá
as diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da educação básica.
§ 1o As diretrizes curriculares nacionais observarão, além do disposto nos artigos anteriores, as seguintes
competências a serem desenvolvidas pelos professores que atuarão na educação básica:
I - comprometimento com os valores estéticos, políticos e éticos inspiradores da sociedade democrática;
II - compreensão do papel social da escola;
III - domínio dos conteúdos a serem socializados, de seus significados em diferentes contextos e de sua
articulação interdisciplinar;
IV - domínio do conhecimento pedagógico, incluindo ás novas linguagens e tecnologias, considerando os
âmbitos do ensino e da gestão, de forma a promover a efetiva aprendizagem dos alunos;
V - conhecimento de processos de investigação que possibilitem o aperfeiçoamento da prática pedagógica;
VI - gerenciamento do próprio desenvolvimento profissional.
§ 2o As diretrizes curriculares nacionais para formação de professores devem assegurar formação básica
comum, distribuída ao longo do curso, atendidas as diretrizes curriculares nacionais definidas para a
educação básica e tendo como referência os parâmetros curriculares nacionais, sem prejuízo de adaptações
às peculiaridades regionais, estabelecidas pelos sistemas de ensino.
(Retificação publicada no DOU no 234 E, Seção 1, 8/12/99, p. 16)
No campo institucional
Segmentação da formação dos professores e descontinuidade na formação dos alunos da educação básica
No campo curricular
Desconsideração das especificidades próprias dos níveis e/ou modalidades de ensino em que são atendidos
os alunos da educação básica
As competências tratam sempre de alguma forma de atuação, só existem "em situação" e, portanto, não
podem ser aprendidas apenas pela comunicação de idéias. Para construí-las, as ações mentais não são
suficientes - ainda que sejam essenciais. Não basta a um profissional ter conhecimentos sobre seu trabalho; é
fundamental que saiba fazê-lo.
A simetria invertida
Concepção de aprendizagem
Concepção de conteúdo
Concepção de avaliação
DIRETRIZES GERAIS
A formação de professores para a educação básica deverá voltar-se para o desenvolvimento de competências
que abranjam todas as dimensões da atuação profissional do professor
Competências referentes ao domínio dos conteúdos a serem socializados, de seus significados em diferentes
contextos e de sua articulação interdisciplinar.
Na formação de professores para a educação básica devem ser contemplados os diferentes âmbitos do
conhecimento profissional do professor.
Conhecimento pedagógico
Conhecimento experiencial
A seleção dos conteúdos das áreas de ensino da educação básica deve orientar-se por, e ir além daquilo que
os professores irão ensinar nas diferentes etapas da escolaridade.
Os conteúdos a serem ensinados na escolaridade básica devem ser tratados de modo articulado com suas
didáticas específicas.
A avaliação deve ter como finalidades a orientação do trabalho dos formadores, a autonomia dos futuros
professores em relação ao seu processo de aprendizagem e a habilitação de profissionais com condições de
iniciar a carreira
Os cursos devem ser organizados de forma a propiciar aos professores em formação estímulo e condições
para o desenvolvimento das capacidades e atitudes de interação e comunicação, de cooperação, autonomia e
responsabilidade.
Os cursos devem ser organizados de forma a propiciar aos professores em formação vivenciar experiências
interdisciplinares.
O tempo destinado pela legislação à parte prática (800 horas) deve permear todo o curso de formação, de
modo a promover o conhecimento experiencial do professor.
Parecer CNE nº 05/97
A organização dos currículos de formação deve incluir uma dimensão comum a todos os professores de
educação básica
Formação comum a todos os professores de atuação multidisciplinar