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A HIGIENE
OCUPACIONAL
-FUNDAMENTOS
BÁSICOS
Professor :

Esp. Edinei Ap. Furquim dos Santos

Objetivos de aprendizagem
• Proporcionar aos acadêmicos os conhecimentos básicos relativos ao ambiente de trabalho e às práticas da higiene ocupacional.

• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre os principais aspectos históricos relativos à segurança e à medicina do
trabalho.

• Proporcionar aos acadêmicos um conhecimento mais amplo sobre a segurança do trabalho e a relação com a higiene
ocupacional.
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• O Ambiente e a Higiene do Trabalho

• Histórico da Segurança e Medicina do Trabalho

• Introdução à Segurança do Trabalho

Introdução
Caro(a) aluno(a), quando falamos sobre os aspectos históricos, observamos que o desenvolvimento tecnológico, em relação à
humanidade, demonstrou alguns perigos, como o período marcado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que a indústria
bélica começou a demonstrar avanços tecnológicos em função do investimento dos países envolvidos na disputa, assim como na
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e, também, na chamada Guerra Fria (1947-1991), que, por sua vez, não trouxe combates,
mas sim, uma grande disputa em relação às ideologias (capitalismo e comunismo), momento em que os países buscaram, por meio
do desenvolvimento bélico, a proteção sob o desenvolvimento tecnológico, desenvolvendo as indústrias química, biológica e física,
além de impulsionar avanços na medicina, mesmo que à custa de muitas vidas e de muita destruição.

É possível perceber, porém, que esses avanços trouxeram enormes benefícios, assim como conforto para o ser humano nesse
mesmo século XX, período no qual se observou inúmeras transformações quanto aos sistemas produtivos, às suas formas de
distribuição e de consumo, e também, nas relações sociais. Ou seja, a grande dinâmica aconteceu na observação sobre o modo de
vida urbanizado. Entretanto, como todo o benefício, também surgiram agentes potenciais de nocividade e riscos, assim, expondo
os trabalhadores a diversos desses agentes, que, sob certas condições, podem provocar doenças ou desajustes em seus
organismos, e, até mesmo, levar a óbito.

Sendo assim, você, acadêmico(a), conhecerá aspectos introdutórios em relação à higiene ocupacional, a sua estrutura como ciência
prevencionista, e como ela está aperfeiçoando-se dia a dia, com o objetivo fundamental de atuar no ambiente de trabalho, a fim de
detectar o tipo de agente prejudicial, de quantificar a sua intensidade ou concentração, e tomar as medidas de controle
necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores durante toda a sua vida produtiva.

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O AMBIENTE E A HIGIENE DO
TRABALHO

O ambiente de trabalho
Neste encontro, passaremos a apresentar, a você, acadêmico(a), o entendimento em relação ao ambiente de trabalho quanto à
higiene ocupacional, sendo que é relevante conhecermos boa parte dos processos de produção pelos quais o ser humano
transforma e modifica as matérias-primas extraídas da natureza em produtos úteis, e, conforme as necessidades tecnológicas
atuais, promovendo o crescimento e sustentabilidade. Porém, muitas vezes, esses processos são capazes de dispersar nos
ambientes laborais inúmeras substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar
diversas moléstias ou danos à saúde, levando a óbito em alguns casos específicos. Os processos de fabricação e manuseio dessas
substâncias podem originar condições físico-químicas e biológicas de intensidade inadequada para o organismo humano, se
manuseadas por determinado tempo e em determinadas concentrações.

O ser humano possui um organismo extremamente complexo, e o seu total bem-estar não está ligado somente às condições
ambientais dos locais de trabalho, nem tampouco à presença de agentes agressivos, e devemos compreender que a organização do
trabalho tem grande importância sobre os trabalhadores, ou seja, o ambiente, somado às condições de execução das atividades,
mais o fator humano, isto é, a suscetibilidade individual de cada trabalhador, irão, por muitas vezes, quando não apreciados, causar
transtornos, ocasionando um ambiente desconfortável para ambos, trabalhadores e empregadores.

Um fato relevante, e muito importante para a nossa disciplina, é: meio ambiente de trabalho é diferente de meio ambiente, como
veremos a seguir.

Segundo Gonçalves (2010), o meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo aquilo que rodeia e influi sobre esse ser. É
constituído por fatores bióticos e fatores abióticos. Os fatores bióticos são os outros seres vivos com quem esse ser compartilha o
meio ambiente, tanto os da mesma espécie como os de outras espécies. Os fatores abióticos são os fatores do ambiente físico que
influem sobre o ser vivo: a temperatura, a umidade, o relevo do terreno etc.
Segundo Vieira (2012), o meio ambiente do trabalho, dentro da conceituação de meio ambiente, está inserido no meio ambiente
artificial. É o local onde o trabalhador exerce suas funções laborativas e passa grande parte de sua vida. Não necessariamente o
ambiente de uma empresa ou fábrica, mas o local onde se trabalha, que pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou entre
máquinas, como carros e ônibus.

Estas definições, entre outra muitas que existem, podem nos balizar sobre aquilo que realmente precisamos chegar, ou seja, o que
é o ambiente laboral, conceito no qual concentraremos os nossos estudos.

A higiene do trabalho
Compreendendo agora as diferenças quanto ao meio ambiente e ao meio ambiente do trabalho, passaremos a estudar a higiene do
trabalho ou a higiene ocupacional. É a parte da saúde e da segurança do trabalho que desenvolve estudos sobre o meio ambiente
laboral, o local onde se executam atividades no dia dia de trabalho.

A higiene ocupacional é, portanto, a ciência que estabelece antecipação, reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de
todos os agentes ambientais que estejam ou possam estar presentes, ou que sejam originados dos ambientes laborais, e que têm
potencial de prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores, e/ou, até mesmo, da comunidade. A higiene ocupacional nada mais
é do que o conjunto das ciências e tecnologias que busca, constantemente, a prevenção e o controle da exposição humana no
âmbito ocupacional aos possíveis riscos ambientais. Ela tem como principal característica a ação multidisciplinar, e, em sua
essência básica, identificar, estudar, avaliar e gerenciar os riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho.

Principais conceitos
Para a ABHO, Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (2017), a higiene ocupacional é

A ciência e a arte dedicada ao estudo e ao gerenciamento das exposições ocupacionais aos agentes físicos,
químicos e biológicos, por meio de ações de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle das
condições e locais de trabalho, visando à preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores,
considerando ainda o meio ambiente e a comunidade (ABHO, 2017, on-line).

Para a AIHA, American Industrial Hygiene Association (2017), a higiene ocupacional se define como “A ciência que trata da
antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos originados nos locais de trabalho e que podem prejudicar a saúde e
bem-estar dos trabalhadores, tendo em vista, também, o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente” (AIHA,
2017, on-line, tradução nossa).

Conforme a ACGIH, American Conference of Governmental Industrial Hygienists (2017), a higiene ocupacional é

A ciência e arte do reconhecimento, avaliação e controle de fatores ou tensões ambientais originados do ou


no local de trabalho, e que podem causar doenças, prejuízos para a saúde e bem-estar, desconforto e
ineficiência significativos entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade (ACGIH, 2017, on-
line, tradução nossa).

O estudo da higiene ocupacional visa a proporcionar ambientes saudáveis na sua melhor forma, proporcionando aos trabalhadores
condições dignas de um ambiente sem risco laboral, por meio de fundamentos próprios e estudos específicos que envolvem as
seguintes fases.
Antecipação: momento em que se procura identificar os potenciais riscos que poderão ocorrer no ambiente laboral. Esta fase,
preferencialmente, deve se iniciar na fase de concepção do projeto, de instalação, de ampliação, de modificação ou de substituição
de equipamentos ou processos, para que seja possível prever os riscos futuros que possam ser gerados no processo como um todo.
Para esta etapa, damos a classificação da etapa qualitativa, em que, por meio da análise pormenorizada, verificamos o ambiente e
os possíveis riscos associados ao tipo de trabalho executado, aplicando as técnicas de análise de riscos.

Reconhecimento: momento cuja preocupação se concentra nos riscos presentes que foram antecipados na fase anterior, passando
a avaliar, com maior profundidade, os processos, as matérias-primas, os produtos intermediários e finais, as condições do processo,
os métodos de trabalho e os equipamentos utilizados. Nesta etapa, necessitamos de um trabalho mais elaborado, ou seja,
necessitamos qualificar ainda mais, e de forma mais detalhada, os possíveis riscos, além de realizar um estudo a fundo junto às
documentações do tipo PPRA, Programa de Prevenção de Acidentes do Trabalho (NR 09), do mapa de riscos ambientais (NR 05), e,
até mesmo, das várias metodologias existentes de técnicas de análise de riscos.

Avaliação e monitoramento: momento em que devemos nos preocupar com o estudo dos riscos elencados nas fases anteriores, e,
assim, temos uma base que está contida na avaliação de agentes de riscos (NR 15), sendo ela diretamente ligada a esta etapa, pois,
a partir dela, se inicia a fase de trabalhos no sentido de quantificar, periodicamente, os agentes agressivos identificados nas fases
anteriores, por meio do estudo e da utilização de instrumentos e metodologias, próprias e adequadas, que possam ajudar no
devido enquadramento, para que, desta forma, possamos concluir se a exposição do trabalhador está acima dos limites de
tolerância estabelecidos pela legislação vigente.

Controle e aplicação: momento em que, após as avaliações, é importante estabelecer procedimentos necessários para garantir que
o agente de risco não chegue aos valores mais agressivos. Nesta fase, se deve, também, procurar a melhoria do processo a fim de
identificar valores bem menos agressivos, ou seja, que devem ser tratados como valores de nível de ação, e assim, devemos ter
sempre em mente os princípios de controle. Em primeiro lugar, o controle na fonte, eliminar o riscos, e depois, o controle na
trajetória e proteção por barreiras. Em último caso, e de maneira temporária, implantar o controle no trabalhador, ou seja, o EPI,
Equipamento de Proteção Individual.

HISTÓRICO DE SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO
História da segurança do trabalho
No mundo

As questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhadores têm seus primeiros indícios no século XVIII, na primeira
Revolução Industrial, em que o ser humano passou, de uma relação sociedade-natureza, ao estabelecimento de novas técnicas e
formas de produção em grande escala. Porém, a partir do século XIX, essas questões se intensificaram em função de observações e
relatos de alguns estudiosos sobre as práticas laborais, conforme veremos a seguir.
Em 1802: foi instituída, na Inglaterra, a primeira lei de proteção ao trabalhador, a Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que
estabelecia a jornada de trabalho em 12 horas diárias, proibia o trabalho noturno e estabelecia a obrigatoriedade de
medidas de melhoramento no ambiente de trabalho, sendo obrigatório um ambiente arejado, limpo e seguro aos
funcionários. Dadas as condições perigosas e insalubres das práticas laborais, se instalou, no final do século XIX, uma
situação de crise.
Em 1833: foi instituída a Lei da Fábrica, na Inglaterra. Proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e limitava as
jornadas de trabalho para 12 horas.
Em 1862: na França, ocorreu a regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho.
Em 1865: na Alemanha, surgiu a Lei de Indenização Obrigatória dos Trabalhadores, que responsabilizava o empregador a
pagar o empregado pelo acidente de trabalho.
Em 1884: na Alemanha, surgiram as primeiras leis que tratavam sobre o assunto segurança do trabalho.
Em 1886: ocorreu a Revolução Trabalhista de Chicago, nos Estados Unidos. Houve o fortalecimento das correntes
comunistas, das organizações trabalhistas e, posteriormente, dos movimentos sindicais.
Em 1919: foi criada a OIT, a Organização Internacional do Trabalho, por meio do capítulo XIII do Tratado de Versalhes.

Você sabia que a OIT foi criada em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira
Guerra Mundial? Esse tratado foi fundado sobre a convicção primordial de que a paz universal e
permanente somente pode estar baseada na justiça social. É a única das agências do Sistema das Nações
Unidas com uma estrutura tripartite, composta por representantes de governos e de organizações de
empregadores e de trabalhadores. A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas
internacionais do trabalho (convenções e recomendações). As convenções, uma vez ratificadas por decisão
soberana de um país, passam a fazer parte de seu ordenamento jurídico. O Brasil está entre os membros
fundadores da OIT e participa da Conferência Internacional do Trabalho desde sua primeira reunião. Na
primeira Conferência Internacional do Trabalho, realizada em 1919, a OIT adotou seis convenções.

Fonte: OIT (2017, on-line).

No Brasil

As questões relacionadas à saúde e à segurança do trabalhadores já despertavam preocupação no final do século XIX. Porém, a
partir do século XX, a classe trabalhadora, inconformada com tal situação, iniciou os movimentos sociais de luta por seus direitos,
sendo deflagradas grandes greves nos anos de 1907, 1912, 1917 e 1920. A partir desta última greve, começaram a surgir, no Brasil,
as primeiras leis objetivando a regulamentação da questão da higiene e segurança do trabalhador, porém, um pouco antes, já de
forma prevencionista, algumas leis começaram a ser criadas objetivando a proteção e a prevenção do trabalho.
Em 1891: a preocupação prevencionista teve início com a lei que tratava da proteção ao trabalho dos menores de idade, em
23 de janeiro do mesmo ano.
Em 1919: foi regulamentada a Lei nº 3.724, de 15 de janeiro do mesmo ano, que compreendia a intervenção do Estado nas
condições de trabalho no Brasil.
Em 1923: o Decreto nº 16.027, de 30 de abril, criou o Conselho Nacional do Trabalho, cuja função é o controle e a supervisão
no que diz respeito à Previdência Social.
Em 1930: o Decreto nº 19.433, de 26 de novembro, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, e teve como área
de atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 200 da Constituição Federal de 1988.
Em 1934: foi criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, atualmente Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho, órgão fiscalizador e controlador do cumprimento das leis referentes à segurança e à medicina do trabalho.
Em 1943: houve a criação, por meio do Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),
Capítulo V (artigos 154 a 201), referentes à segurança e à medicina do trabalho:
normas referentes à inspeção prévia, embargo ou interdição;
órgãos de segurança e medicina;
equipamentos de proteção individual (EPIs);
medidas preventivas;
edificações;
iluminação;
conforto térmico;
atividades insalubres e perigosas, entre outros.
Em 1944: houve a criação do Decreto-lei n° 7.036, de 10 de novembro, que promoveu a reforma da Lei de Acidentes de
Trabalho (um desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT).
Em 1953, foi baixada a Portaria nº 155/53, de 21 de julho, que regulamenta a atuação das Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes, CIPAS, proporcionando a participação dos funcionários em treinamentos e palestras que contribuem para o
conhecimento de ações que beneficiem sua segurança e bem-estar no local de trabalho.

A CIPA no mundo

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho, CIPA, surgiu em 1921. Devido à Revolução
Industrial, o aumento de máquinas dentro das indústrias tornou frequente a ocorrência de acidentes e de
doenças ocupacionais. Surgindo, assim, a necessidade de um grupo que pudesse apresentar sugestões para
corrigir possíveis riscos de acidentes de trabalho, sendo os colaboradores as pessoas mais preparadas para
orientar o que pode ser melhorado dentro das atividades para evitar esses possíveis acidentes. No Brasil, a
CIPA surgiu em 1944, durante o governo de Getúlio Vargas, período em que os primeiros passos foram
dados para a implantação da segurança do trabalho, a partir do artigo 82 do Decreto-lei nº 7.036, de 10 de
novembro de 1944.

Fonte: Gonçalves (2016, on-line).

Em 1960: a Portaria n° 319/60, de 30 de dezembro, regulamentou o uso dos EPIs.


Em 1966: foi criada, conforme a Lei n° 5.161, de 21 de outubro, a Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao
seu primeiro presidente.
Em 1972: a Portaria nº 3.237 do Ministério do Trabalho, de 27 de julho, criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina
do Trabalho nas empresas. Foi o divisor de águas entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Essa
Portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área.
Em 1974: foram iniciados, enfim, os cursos para a formação dos profissionais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
Em 1977: a Lei n° 6.514, de 22 de dezembro, modificou o Capítulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que essa
modificação reformulou a CIPA, pois estabeleceu obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços.
Em 1978: houve a criação das NRs, as Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria n° 3.214, de 8 de junho, do
Ministério do Trabalho, aproveitando e ampliando as portarias existentes e os Atos Normativos, adotados, até mesmo, na
construção da Hidrelétrica de Itaipu. Na ocasião, foram criadas 28 NRs.
Em 1983: a Portaria n° 33, de 27 de outubro, alterou a Norma Regulamentadora 5, introduzindo nela os riscos ambientais.
Em 1985: a Lei n° 7.410, de 27 de novembro, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a
categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, até então, eram os únicos profissionais prevencionistas
não reconhecidos legalmente.
Em 1985: a Lei n° 7.410, de 27 de novembro, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a
categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, pois, até então, eram os únicos profissionais prevencionistas
não reconhecidos legalmente.
engenheiro de segurança do trabalho;
médico do trabalho;
enfermeiro do trabalho;
auxiliar de enfermagem do trabalho;
técnico em segurança do trabalho.

Segundo Camisassa (2016), a história da segurança e da saúde do trabalho no Brasil e no mundo começa a partir do conhecimento
sobre o conceito de trabalho, quanto a sua contextualização desde a Antiguidade e as relações existentes entre trabalho-saúde-
doença, como veremos a seguir. A palavra trabalho surgiu a partir do vocábulo latino tripaliu, denominação de um instrumento de
tortura formado por três (tri) paus (paliu). Desde a Antiguidade até a Idade Média, o trabalho sempre esteve aliado a um sentido
negativo, de castigo e sofrimento. Aristóteles dizia que a escravidão de alguns indivíduos era necessária para que outros pudessem
se dedicar à virtude (CAMISASSA, 2016). Em outras palavras, o indivíduo deveria ser livre para se dedicar à própria perfeição, e o
trabalho o impedia de conseguir tal objetivo. Só a vida contemplativa, e não a vida ativa, levava o indivíduo à dignidade.

Percebemos, então, que a ociosidade era o valor, e o trabalho, o desvalor. Somente a partir do Renascimento, a noção negativa
associada ao trabalho vai, aos poucos, tomando uma feição positiva, quando surgiram as ideias de valorização do trabalho como
manifestação da cultura, e o trabalho começou, timidamente, a ser visto como um valor da sociedade e do próprio homem. Se sabe
que a relação existente entre trabalho-saúde-doença já era percebida desde a Antiguidade. Porém, como somente os escravos
trabalhavam (considerados não-cidadãos), eram eles que estavam expostos aos riscos laborais. Por este motivo, não havia uma
preocupação efetiva no sentido de garantir proteção ao trabalho, já que a mão de obra era abundante.

História da medicina do trabalho


Temos, historicamente, que, por volta de 1700, surgiu a extraordinária obra de Bernardino Ramazzini, um médico que atuava na
região de Módena, na Itália, e, com uma visão clínica diferenciada e impressionante para a época, em que não existiam muitos
recursos introdutórios de maior ênfase na área de saúde, ele descreveu as doenças que ocorriam em mais de 50 profissões. Sua
obra, conhecida como De Morbis Artificum Diatriba, contribuiu de forma muito importante, e, até hoje contribui, pois, por meio
dela, é possível encontrar, além de profundas observações, uma crítica sutil aos costumes trabalhistas da época. Fato este que, em
função da extrema importância dada ao seu trabalho, lhe foi concedido, para a posteridade, o título de pai da Medicina do Trabalho.

Alguns aspectos, também relevantes dentro da História, nos mostra que outros estudiosos, muito antes de Ramazzini, porém, sem
tão profunda astúcia e empenho, começaram alguns estudos e descobrimentos de doenças originárias do ambiente de trabalho.
Vejamos alguns fatos relevantes sobre isto, até os dias atuais.
Em 384-322 (a.C.): Aristóteles estudou as enfermidades dos trabalhadores nas minas e, principalmente, a forma de evitá-las.
No século IV, em 460-375 (a.C.): Hipócrates fez o reconhecimento e a descrição de envenenamento por chumbo.
No século I (d.C.): Plínio I e Galeno, em Roma, fizeram referência ao envenenamento decorrente do trabalho com enxofre,
zinco e vapores ácidos.
Em 1473: Ulrich Ellenbog, na Alemanha, escreveu sobre a doença do ourives provocada pelos gases usados no seu trabalho.
Em 1556: Georgius Agricola, na Alemanha, já lidava com doenças dos mineiros.
Em 1567: Paracelsus deixou uma monografia sobre as doenças dos trabalhadores das minas.
Em 1713: Bernardino Ramazzini, na Itália, escreveu o tratado de referência no campo da medicina ocupacional.
Em 1775: Percival Pott, na Inglaterra, descreveu o câncer dos limpadores de chaminés.
Em 1801: Thomas Beddoe, na Inglaterra, descreveu as condições de higiene do trabalho.
Em 1831: Charles T. Thackrah, também na Inglaterra, descreveu as doenças relacionadas ao trabalho em geral.
Em 1833: a promulgação do Ato das Fábricas passou a considerar evitáveis doenças como:
cólica do pintor (absorção de chumbo das tintas e que provocava cãimbras e dores abdominais);
tísica ou silicose (mineiros que inalavam poeira de sílica e se enfraqueciam seriamente);
tremedeira dos chapeleiros (exposição a vapores de mercúrio do nitrato de mercúrio, usado na atividade dos
chapeleiros).
Em 1840: o médico Louis René Villermé realizou um estudo sobre as condições de saúde dos trabalhadores têxteis,
preocupando-se, também, com a relação entre o ambiente social, a mortalidade e a morbidade diferencial, fato que motivou
estudos como o de Bernoiston Chateauneuf sobre as influências de diferentes ocupações na tuberculose pulmonar.
Em 1842: Edwin Chadwick e John Simon fizeram importantes relatórios sobre as condições sanitárias da classe
trabalhadora na Inglaterra.
Em 1867: Karl Marx, em O Capital, denuncia o trabalho de crianças e o número excessivo de horas trabalhadas.
Em 1897: introduzido o Workmen’s Compensation Act, lei de indenização devida ao trabalhador em caso de incapacidade
por motivo de acidente de trabalho.
Em 1898: Thomas M. Legge foi nomeado o primeiro Medical Inspector of Factories.
Em 1911: se começou a implementar, com maior amplitude, o tratamento médico industrial.
Em 1948: foi fundada a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em 1986: a Lei n° 7.498 regulamenta as profissões de enfermeiro, técnico em enfermagem e auxiliar de enfermagem.
Em 1990: o quadro do SESMT NR 4 foi atualizado.

Sendo assim, foram apresentados fatos e aspectos relevantes em relação à medicina do trabalho e seus principais fatos históricos,
encontrados na mais diversas enciclopédias e acervos digitais disponíveis à consulta pública no mundo.

INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO
TRABALHO

A segurança do trabalho trata-se de um conjunto de ciências e tecnologias que visam à preservação da saúde e da integridade
física do trabalhador em seu local de trabalho. A diminuição dos riscos laborais é o seu principal objeto. Por consequência, também
há a diminuição dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais.

Normas regulamentadoras (NRs)


As Normas Regulamentadoras, ou NRs, são aprovadas pela Portaria nº 3.214/78, que fornece base e instrumentos sobre saúde e
segurança no trabalho. Devem ser cumpridas pelas empresas, pessoas jurídicas, públicas ou privadas que possuam empregados, e
também podem ser equiparadas a quem admite empregado. Vale ressaltar, as NRs são aplicáveis, no que couber:
aos trabalhadores regidos por legislação própria, a quem não se aplica a CLT, como os trabalhadores avulsos ou temporários
(Lei nº 6.019/74 e regulamento nº 73.841/74);
aos empregados dos sindicatos patronal e laboral;
aos autônomos que estejam prestando serviço nos estabelecimentos e são considerados empregados:
pessoas físicas, nunca jurídicas (pessoalidade);
prestador de serviços contínuos ao empregado (habitualidade ou continuidade);
que estejam sob dependência ou direção do empregador (subordinação);
que recebam um salário pelo trabalho realizado (assalariado - onerosidade).

Características gerais sobre o SESMT:


regido pela NR 4;
empresas que possuam empregados regidos pela CLT são obrigadas a manter o SESMT;
composição variável de acordo com o Grau de Risco (Quadro I) e com o Número de Trabalhadores (Quadro II).

Atribuições do SESMT (pontos principais):


aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança do Trabalho (EST) e Medicina do Trabalho (MT);
reduzir os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho e em todos os seus componentes;
determinar o uso de EPIs;
orientar tecnicamente em projetos e na implantação de novas instalações físicas;
orientar os atores sobre o disposto nas NRs e em outros dispositivos;
se inter-relacionar com a CIPA;
conscientizar, educar e orientar no sentido de prevenir acidentes e neutralizar os riscos ocupacionais;
registrar e arquivar as ocorrências (acidentes e doenças ocupacionais);
ser agente de articulação entre a empresa e as Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs);
atender aos casos de emergência, quando necessário.

Atualmente, existem 36 NRs aprovadas. Estas NRs compõem a Portaria nº 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
vigente desde 6 de julho daquele ano, relativa à segurança e medicina do trabalho. Essas normas estão previstas no Capítulo V da
CLT.

Percebemos que a saúde e a segurança do trabalho estão totalmente interligadas e são dependentes de uma equipe
multidisciplinar, composta por profissionais específicos ligados à higiene ocupacional, atuando em prol dos trabalhadores e das
empresas, com o intuito de manter os ambientes laborais adequados. Entre as Normas Regulamentadoras, e não menosprezando
as demais, porém, de grande relevância, está a NR 09, Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. Além de ser uma Norma
Regulamentadora, é um programa de higiene ocupacional, pois segue os preceitos da antecipação, reconhecimento, avaliação e
controle de ocorrências ou riscos ambientais, estando ela totalmente voltada a garantir a integridade física e mental do
trabalhadores, assim como garantir que os ambientes laborais permaneçam livres desses agentes prejudiciais.

As Normas Regulamentadoras, portanto, são as bases pelas quais temos as orientações técnicas de procedimentos relacionados à
segurança do trabalho, sendo algumas de cunho geral, e outras, específicas, atribuídas a determinados segmentos, porém, com
uma única finalidade: a busca incessante para garantir, nos ambientes laborais, a integridade física e mental dos trabalhadores.

A história da segurança do trabalho começa com a informação mais antiga sobre a preocupação relacionada
ao assunto, que está registrada num documento egípcio. O papiro Anastacius V fala da preservação da
saúde e da vida do trabalhador e descreve as condições de trabalho de um pedreiro. Também no Egito, no
ano 2.360 a.C., uma insurreição geral dos trabalhadores, deflagrada nas minas de cobre, evidenciou ao faraó
a necessidade de melhorar as condições de vida dos escravos.

O Império Romano aprofundou o estudo da proteção médico-legal dos trabalhadores e elaborou leis para
sua garantia. Os pioneiros do estabelecimento de medidas de prevenção de acidentes foram Plínio e
Rotário, que, pela primeira vez, recomendaram o uso de máscaras para evitar que os trabalhadores
respirassem poeiras metálicas.

Fontes: Brasil (2004), Ferreira; Peixoto (2012).

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ATIVIDADES
1. Quanto às questões relacionadas à higiene ocupacional, temos vários aspectos a serem observados, para o bom andamento das
atividades prevencionistas. Diante do exposto, analise as assertivas a seguir.

I.Um fato relevante é conhecermos que boa parte dos processos de produção pelas quais o ser humano transforma e modifica
as matérias-primas extraídas da natureza em produtos úteis, e, conforme as necessidades tecnológicas atuais, promove o
crescimento e sustentabilidade. Porém, muitas vezes, esses processos são capazes de dispersar nos ambientes laborais
inúmeras substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos trabalhadores, podem acarretar inúmeras moléstias
ou danos à saúde, e, até mesmo, levando a óbito em alguns casos específicos.

Os processos de fabricação e manuseio dessas substâncias poderão originar condições físico-químicas e biológicas de
II.

intensidade inadequada para o organismo humano, se manuseadas por determinado tempo e em determinadas concentrações.

O ser humano possui um organismo extremamente complexo, e o seu total bem-estar não está ligado somente às condições
III.

ambientais dos locais de trabalho, tampouco à presença de agentes agressivos.

IV.A organização do trabalho exerce grande importância sobre os trabalhadores, ou seja, o ambiente, somado às condições de
execução das atividades, mais o fator humano, ou seja, a suscetibilidade individual de cada trabalhado irá, por muitas vezes,
quando não apreciada, causar transtornos, ocasionando um ambiente desconfortável para ambos, trabalhadores e
empregadores.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I, II, III e IV.

d) II e III, apenas.

e) III e IV, apenas.

2. Fato relevante e muito importante para a higiene ocupacional é a compreensão clara do que significa meio ambiente de trabalho
e meio ambiente, compreendendo a diferença entre ambos e o que se aplica às questões ocupacionais. Sendo assim, quanto ao
meio ambiente ocupacional, assinale a alternativa correta.
a) O meio ambiente de um ser vivo é representado por tudo aquilo que o rodeia e influi sobre ele. É constituído por fatores bióticos
e fatores abióticos.

b) O meio ambiente é composto por fatores bióticos, que são os outros seres vivos com quem um ser compartilha o meio ambiente,
tanto da mesma espécie, como de outras espécies. Os fatores abióticos são os fatores do ambiente físico que influem sobre o ser
vivo: a temperatura, a umidade, o relevo do terreno etc.

c)O meio ambiente de trabalho, dentro da conceituação de meio ambiente, está inserido no meio ambiente artificial. É o local onde
o trabalhador exerce suas funções laborativas e onde passa pouca parte de sua vida.

d)O meio ambiente de trabalho não é, necessariamente, o ambiente de uma empresa ou fábrica, mas o local onde se trabalha, que
pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou entre máquinas, como carros e ônibus.

e) O meio ambiente e o meio ambiente de trabalho são a mesma coisa, apenas diferenciando- se pelo contexto natureza e artificial.

3. Compreendendo as diferenças quanto ao meio ambiente e ao meio ambiente do trabalho, estudamos, assim, a higiene do
trabalho/higiene ocupacional, que é a parte da saúde e da segurança do trabalho que desenvolve estudos sobre o meio ambiente
laboral, o local onde se executam atividades no dia dia de trabalho. Em relação às palavras que completam o sentido das frases a
seguir, assinale a alternativa correta.

A higiene ocupacional é, portanto, a ____________ que estabelece à antecipação,________________, avaliação, monitoramento e controle
de todos os agentes ambientais que estejam ou possam estar presentes, ou que sejam originados nos ambientes laborais, e que
têm ______________ de prejudicar a saúde e bem-estar dos trabalhadores e/ou até mesmo da ______________ Higiene ocupacional nada
.

mais é do que o conjunto da ciências e tecnologia que busca _______________ a prevenção e o controle da exposição humana no
âmbito ocupacional aos possíveis riscos ambientais. Tem como principal característica a ação _______________, e, em sua essência
básica, identificar, estudar, avaliar e gerenciar os riscos químicos, físicos e biológicos presentes nos locais de trabalho.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:

a) área, conceituação, natureza, vizinhança, sempre, prevencionista.

b) ciência, conceituação, potencial, vizinhança, constantemente, prevencionista.

c) área, reconhecimento, natureza, comunidade, sempre, prevencionista.

d) ciência, reconhecimento, potencial, comunidade, constantemente, multidisciplinar.

e) ciência, conhecimento, capacidade, empresa, necessariamente, individual.

4 Compreendendo a evolução histórica no mundo e no Brasil quanto à higiene do trabalho e à segurança do trabalho, temos
.

alguns aspectos históricos extremamente relevantes, quanto às datas e ao que foi realizado, diante dos vieses de informação
técnico e histórico. Analise as afirmativas a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F).

( Em 1802, na Inglaterra, a primeira lei de proteção ao trabalhador, Lei de Saúde e Moral de Aprendizes, que estabelecia a
)

jornada de trabalho em 12 horas diárias, proibia o trabalho noturno e estabelecia, a obrigatoriedade, de medidas de melhoramento
no ambiente de trabalho, sendo obrigatório um ambiente arejado, limpo e seguro aos funcionários. Dadas as condições perigosas e
insalubres das práticas laborais, se instalou, ao final do século XIX, uma situação de crise.

( Em 1833, foi criada a Lei da Fábrica, na Inglaterra: proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos
) e limitava as jornadas de
trabalho para 12 horas.

( Em 1930, o Decreto nº 19.433, de 26 de novembro, cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, tendo como área de
)

atuação a Higiene e a Segurança do Trabalho, conforme o artigo 200 da Constituição Federal de 1988.

( Em 1934, foi criada a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho, atualmente Secretaria de Segurança
) e Saúde no Trabalho,
órgão fiscalizador e controlador do cumprimento das leis referentes à segurança e à medicina do trabalho.

A sequência correta para a resposta da questão, é:


a) V, F, V, F.

b) F, V, F, V.

c) V, V, V, V.

d) F, F, F, F.

e) V, V, V, F.

5 Ao estudarmos os principais aspectos relevantes quanto à saúde ocupacional e à segurança do trabalho, passamos a entender
.

que elas se tratam de um conjunto de ciências e tecnologias que visam à preservação da saúde e da integridade física do
trabalhador em seu local de trabalho. A diminuição dos riscos laborais é seu principal objeto. Por consequência, também há a
diminuição dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais. Sobre as áreas do conhecimento que compõem a saúde e a
segurança do trabalho, assinale a alternativa correta.

a) Biológicas, saúde, secundárias, exatas e da terra, econômicas, sociais aplicadas.

b) Astronômicas, saúde, agropecuárias, exatas e da terra, artísticas, sociais aplicadas.

c) Biológicas, saúde, agrárias, exatas e da terra, humanas, sociais aplicadas.

d) Astronômicas, saúde, secundárias, exatas e da terra, econômicas, sociais aplicadas.

e) Arqueológicas, saúde, agropecuárias, exatas e da terra, humanas, sociais.

Resolução das atividades

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RESUMO
Estudamos, neste espaço de aulas, os aspectos históricos em relação ao desenvolvimento tecnológico da humanidade, foi marcado
pela Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, em que a indústria bélica começou a demonstrar seus avanços tecnológicos em
função do conflito que se estendia entre os países envolvidos na disputa. Contudo, verificamos que, na Segunda Guerra Mundial,
entre 1939 e 1945, assim como na chamada Guerra Fria, período em que não houve combate, mas sim, uma grande disputa em
relação às ideologias capitalista e comunista, o movimento em busca do desenvolvimento bélico foi ainda maior em função do
desenvolvimento tecnológico de cada país. Isto trouxe o crescimento também de outros segmentos, como as indústrias química,
biológica, física, impulsionando grandes avanços na medicina, haja vista que essas guerras proporcionaram a perda de muitas vidas
e grandes destruições.

Nestas aulas, ainda, foi possível perceber que tais avanços trouxeram enormes benefícios e também conforto para as pessoas a
partir do século XX, um período em que se observaram inúmeras transformações em relação aos sistemas produtivos, as suas
formas de distribuição, de consumo, e as relações sociais vividas à época, compreendendo a dinâmica do modo de vida urbanizado.
Compreendemos que, com todo o benefício, também surgiram outros agentes potenciais quanto à nocividade e aos riscos, assim,
acabando por expor os trabalhadores a diversos agentes potencialmente nocivos nos ambientes de trabalho. Sob certas condições,
eles provocavam doenças ou desajustes em seus organismos, e até mesmo, levando os trabalhadores a óbito.

Diante do que foi estudado nestes nossos encontros, você, acadêmico(a), teve o prazer de conhecer aspectos introdutórios em
relação à higiene ocupacional, às suas estruturas acerca da ciência prevencionista, e como se busca, de forma constante, a melhoria
dos ambientes laborais, com um único propósito: detectar o tipo de agente prejudicial, quantificar sua intensidade ou
concentração e tomar as medidas de controle necessárias para resguardar a saúde e o conforto dos trabalhadores durante toda a
sua vida de trabalho.

Esperamos que você tenha se entusiasmado e que lhe sirva de motivação aos próximos estudos.

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Material Complementar

Leitura
Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional

Autor: Tuffi Messias Saliba

Editora: LTr

Sinopse: esta obra aborda, de forma didática e objetiva, vários temas de


segurança e saúde do trabalhador, tais como: ergonomia, higiene
ocupacional, insalubridade, periculosidade, aposentadoria especial,
acidente do trabalho, espaço confinado, áreas classificadas, entre outras.

Comentário ótimo livro, com linha didática muito importante para a


:

formação de critérios técnicos relevantes às boas práticas da higiene


ocupacional.

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REFERÊNCIAS
AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS - ACGIH. ACGHI Defining the Science of :

Occupational and Environmental Health. Cincinnati. Disponível em: http://www. acgih.org/home Acesso em: 29 ago. 2017.
.

AMERICAN INDUSTRIAL HYGIENE ASSOCIATION - AIHA. AIHA Protecting Worker Health. Falls Church. Disponível em:
:

https://www.aiha.org/Pages/default.aspx Acesso em: 29 ago. 2017.


.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS - ABHO. Definição de higiene ocupacional. ABHO São Paulo. .

Disponível em: http://www.abho.org.br/abho/ Acesso em: 29 ago. 2017.


.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Introdução à higiene ocupacional São Paulo: Fundacentro, 2004.
.

CAMISASSA, Mara. História da Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil e no Mundo. GenJurídico São Paulo, 23 mar. 2016. .

Disponível em: http://genjuridico.com.br/2016/03/23/historia-da-seguranca-e-saude-no-trabalho-no-brasil-e-no-mundo/ Acesso .

em: 29 ago. 2017.

FERREIRA, Leandro Silveira; PEIXOTO, Neverton Hofstadler. Segurança do trabalho I Santa Maria: UFSM, CTISM, Sistema Escola
.

Técnica Aberta do Brasil, 2012. Disponível em: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca


/tec_seguranca/seg_trabalho/151012_seg_trab_i.pdf Acesso em: 29 ago. 2017.
.

GONÇALVES, Antonio Gabriel Cerqueira. Definição de Meio Ambiente e Ecologia. Diário do Verde São Paulo, 30 maio 2010. .

Disponível em: http://diariodoverde.com/definicao-de-meio-ambiente-e-ecologia/ Acesso em: 29 ago. 2017.


.

GONÇALVES, Igor. Como a CIPA surgiu no mundo. Blog da CIPA On-line Rio de Janeiro, 21 mar. 2016. Disponível em:
.

http://www.cipaonline.com.br/blog/como-a-cipa-surgiu-no-mundo/ Acesso em: 29 ago. 2017.


.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO - OIT. História da OIT. Organização Internacional do Trabalho Brasília. .

Disponível em: http://www.ilo.org/brasilia/conheca-a-oit/hist%C3%B3ria/lang--pt/index.htm Acesso em: 29 ago. 2017.


.

VIEIRA, Paulo de Tarso Souza de Gouvêa. O meio ambiente do trabalho e os princípios da prevenção e precaução. Âmbito Jurídico.
1 maio 2012. Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11566&
revista_caderno=5 Acesso em: 29 ago. 2017.
.

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APROFUNDANDO

Histórico e atual

Prof. Giuliano Franco, da Universidade de Módena, estuda a obra de Bernardino Ramazzini há muitas décadas

Doutor em Medicina, especialista em Medicina Interna, Cardiologia e Medicina do Trabalho, o professor italiano Giuliano Franco é
diretor da Unidade de Saúde Ocupacional e consultor do Hospital de Módena, na Itália. Em 1993, foi nomeado titular da cadeira de
Medicina do Trabalho na Universidade de Módena, instituição na qual lecionou Bernardino Ramazzini (1633-1714) por 19 anos.
Ele fala ao Jornal da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) sobre as contribuições históricas do mestre para a
Saúde Pública e a Medicina do Trabalho atuais.

Jornal ANAMT: Faça uma relação entre sua posição acadêmica e a posição histórica de Bernardino Ramazzini.

Prof. Giuliano Franco: Não é fácil encontrar uma relação entre a posição do fundador e um dos dois professores de Medicina da
renomada Escola de Medicina de Módena, em 1682, e o papel acadêmico do professor de Medicina do Trabalho, na mesma
instituição hoje. Apesar de seu trabalho ter sido apreciado e citado na Europa durante o século XVIII, foi esquecido no século
seguinte e redescoberto apenas no início do século XX, quando Luigi Devoto – fundador da Clínica do Trabalho, em Milão – se
inspirou na mensagem humanitária e científica de Ramazzini. Somente na década de 1980, devido à elevada importância atribuída
à saúde dos trabalhadores, foram estabelecidos na Itália diversos posicionamentos acadêmicos sobre Medicina do Trabalho.

Jornal ANAMT: Como o senhor avalia a contribuição de Ramazzini para a Saúde Pública?

Prof. Giuliano Franco: Suas mensagens são importantes para a prática da Saúde Pública porque Ramazzini previu diversos
aspectos da clássica definição de Winslow: “A arte e a ciência de prevenir a doença e a incapacidade, prolongar a vida e promover a
saúde física e mental mediante os esforços organizados da comunidade”. Não podemos esquecer que ele viveu na segunda metade
do século XVII, quando o poder soberano era absoluto e a Inquisição estava muito ativa. Apesar disso, Ramazzini mostrou claros
valores éticos e uma extraordinária independência de pensamento.

Jornal ANAMT: Em sua opinião, quais são as mensagens mais relevantes para os médicos em geral?
Prof. Giuliano Franco:
Entender a relação entre risco ambiental e doença;
Suspeitar da origem ocupacional ou ambiental, em todos os casos de doença ou distúrbio de saúde;
Fazer um histórico ocupacional;
Dar conselhos para um comportamento mais saudável;
Sugerir moderação;
Ser prudente e adotar algum tratamento;
Adotar práticas médicas baseadas em evidências;
Mostrar uma atitude humanitária.

Jornal ANAMT: E quais são os tópicos mais relevantes e contemporâneos relativos à saúde dos trabalhadores?

Prof. Giuliano Franco:


Abordar os problemas sob uma perspectiva coletiva ou de grupo: transferir o interesse do individual para o coletivo;
O compromisso com pessoas vulneráveis;
A preocupação com os problemas comunitários;
O interesse para com o meio ambiente;
A iniciativa de visitar os locais de trabalho;
A observação dos processos de trabalho;
O esforço de fornecer aos trabalhadores informações sobre os fatores de riscos;
A promoção do comportamento saudável;
Sugerir precauções para prevenir riscos;
A habilidade de cooperar com outros profissionais;
O valor de uma comunicação eficaz;
O conceito de inaptidão para certas atividades;
A argumentação dos benefícios para os indivíduos e para o Estado.

REFERÊNCIA
Fonte: FRANCO, Giuliano. Histórico e atual. [set. 2014]. Jornal da ANAMT Entrevista concedida ao Jornal da ANAMT a. XXVII, p.
. ,

13. Disponível em: < http://www.anamt.org.br/site/upload_arquivos/jornal_da_anamt_24102014756167055475.pdf >. Acesso em:


29 ago. 2017.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância;

SANTOS Edinei Aparecido Furquim dos.


,

Introdução à Higiene Ocupacional. Jonatas Marcos da Silva Santos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

33 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Higiene. 2. Ocupacional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 540

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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A HIGIENE OCUPACIONAL -
NORMAS REGULAMENTADORAS E
NORMAS DE HIGIENE
OCUPACIONAL X NORMAS
INTERNACIONAIS

Professor :

Esp. Edinei Ap. Furquim dos Santos

Objetivos de aprendizagem
• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre uma das principais Normas Regulamentadoras, a NR 15, segundo a Portaria
n° 3.214/78.

• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre as principais Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), segundo a
Fundacentro.

• Proporcionar aos acadêmicos um paralelo entre as normas nacionais e as normas internacionais.


Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• A NR 15, seus Aspectos e Aplicações

• As NHOs, seus Aspectos e Aplicações

• As Normas Internacionais, seus Aspectos e Aplicações

Introdução
Conhecendo mais os aspectos introdutórios e a base histórica da higiene ocupacional, passamos a compreender melhor os fatos e
dados relativos a esta arte de avaliar o ambiente laboral. Assim, neste estudo, passaremos a conhecer e a compreender um pouco
mais sobre as bases técnicas que oferecem aos profissionais da saúde e segurança do trabalho o conhecimento para avaliar,
reconhecer, analisar e tomar ações preventivas, protegendo os ambientes laborais.

A partir deste estudo, você, acadêmico(a), compreenderá que a higiene ocupacional é um segmento da saúde e segurança do
trabalho que serve de apoio às tomadas de decisões importantes para um novo empreendimento, para a continuidade de um
empreendimento, e até mesmo, para a definição de interrupção de um processo ou produto. Tudo dependerá das aplicações e dos
resultados obtidos, e o profissional da saúde e segurança do trabalho terá, portanto, que saber utilizar de forma adequada as
informações, além das normas técnicas e legais, para que a sua aplicação seja a mais assertiva possível. Afinal, ela poderá impactar
positiva ou negativamente pessoas, empresas e a sociedade como um todo.

Agora, iniciaremos um estudo básico que lhe proporcionará aprendizagem para aprimorar os seus conhecimento nas demais
disciplinas que irá estudar, partindo do princípio do conhecimento legal de nossa legislação, a sua hierarquia e funcionalidades, a
aplicação do estudo da Norma Regulamentadora NR 15 e seus anexos quanto às avaliações qualitativas e quantitativas. Da mesma
forma, compreenderemos como as Normas de Higiene Ocupacional podem contribuir para os aspectos prevencionistas, além de
alguns aspectos fundamentais relacionados às normas internacionais, haja vista que, em algumas Normas Regulamentadoras, já
existem referências ao seu uso e aos seus padrões. Por exemplo, a NR 09, que referencia a American Conference of Governmental
Industrial Hygienists (ACGIH).

Aproveite o que estudaremos agora, pois fortalecerá a sua base conceitual, facilitando as suas tomadas de decisão futuras. Bons
estudos!
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A NR 15, SEUS ASPECTOS E


APLICAÇÕES

Norma Regulamentadora 15 e a hierarquia das leis


Antes de mais nada, devemos compreender alguns aspectos relevantes e importantes antes de realizarmos o estudo da Norma
Reguladora 15 (NR 15), ou seja, devemos compreender como funcionam as leis no Brasil. Assim, partimos do princípio de que a
Constituição é a lei máxima de um país, e todas as demais leis devem estar em conformidade com ela.

Diante deste prefácio, segundo Soares (2011, on-line)¹, cada estado tem uma constituição própria e um conjunto de leis estaduais,
que devem se enquadrar nas federais. Desta mesma forma, os municípios, ao elaborarem as suas leis orgânicas e as demais leis,
devem conformá-las de modo a não contrariar a Lei Estadual e a Federal. Diante do exposto pela autora, veja a hierarquia das leis
seguidas no Brasil.
Sendo assim, temos que, de acordo com o Decreto-lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprovou a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), e posterior à Lei n° 6.514, de 22 de dezembro de 1977, por meio do artigo 200 da CLT, alterou o Capítulo V do
Título II da CLT, relativo à segurança e à medicina do trabalho e dá outras providências. Entre elas, a criação da Portaria no 3.214,
de 8 de junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras em acordo com o Capítulo V, Título II da CLT. Em primeiro
momento, com as seguintes normas.
NR 1 - Disposições Gerais.
NR 2 - Inspeção Prévia.
NR 3 - Embargo e Interdição.
NR 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
NR 6 - Equipamento de Proteção Individual (EPI).
NR 7 - Exames Médicos.
NR 8 - Edificações.
NR 9 - Riscos Ambientais.
NR 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade.
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
NR 12 - Máquinas e Equipamentos.
NR 13 - Vasos Sob Pressão.
NR 14 - Fornos.
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres.
NR 16 - Atividades e Operações Perigosas.
NR 17 - Ergonomia.
NR 18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos.
NR 19 - Explosivos.
NR 20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis.
NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto.
NR 22- Trabalhos Subterrâneos.
NR 23 - Proteção Contra Incêndios.
NR 24 - Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho.
NR 25 - Resíduos Industriais.
NR 26 - Sinalização de Segurança.
NR 27 - Registro de Profissionais.
NR 28 - Fiscalização e Penalidades.

Em 1977, o Congresso Nacional editou a Lei n° 6.514, alterando todo o Capítulo V, do Título 11, da CLT, que
trata da Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. Uma das modificações importantes foi a introdução, na
CLT, da exigência de adoção aos limites de tolerância para os agentes ambientais. O engenheiro civil
Arnaldo Prieto, à época, ocupante do cargo de Ministro do Trabalho, determinou que a Fundacentro
elaborasse um projeto de Portaria para regulamentar essa lei. Ele deu ampla liberdade para que se
introduzisse, nesse novo instrumento legal, o que de melhor existisse na área de higiene, segurança e saúde
ocupacional.

Fonte: Soto et al . (2010).

Passados quase 40 anos da sua criação, hoje, a Portaria no 3.214, de 8 de junho de 1978, conta com 36 Normas Regulamentadoras,
que servem de balizadoras para a higiene ocupacional em todos os segmentos da agricultura, indústria, comércio e serviços.

A NR 15: atividades e operações insalubres


Com Publicação pelo D.O.U. Portaria MTb n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 e com as alterações/atualizações D.O.U.
Portaria SSMT n.º 12, de 12 de novembro de 1979, Portaria SSMT n.º 01, de 17 de abril de 1980, Portaria SSMT n.º 05, de 09 de
fevereiro de 1983, Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983, Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983, Portaria GM
n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990, Portaria DSST n.º 01, de 28 de maio de 1991, Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de
1992, Portaria DNSST n.º 09, de 05 de outubro de 1992, Portaria SSST n.º 04, de 11 de abril de 1994, Portaria SSST n.º 22, de 26 de
dezembro de 1994, Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995, Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004, Portaria SIT
n.º 43, de 11 de março de 2008 (Rep.), Portaria SIT n.º 203, de 28 de janeiro de 2011, Portaria SIT n.º 291, de 08 de dezembro de
2011 e a atual Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014, está em vigor a norma regulamentadora NR 15, que tem como
base legal os artigos 189 e 190 da CLT, com os seguinte dizeres:

Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições
ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus
efeitos.

Art. 190 - O Ministério do Trabalho irá aprovar o quadro das atividades e operações insalubres e adotará
normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes
agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes (BRASIL,
1977, on-line).
Desta forma, a NR 15 possui a descrição de atividades, operações e agentes insalubres, definindo os seus limites de tolerância e as
características de trabalhos que, sendo realizados nos ambientes de trabalho, irão caracterizar o exercício em atividade insalubre,
assim, trazendo sugestões para a devida proteção dos trabalhadores às exposições nocivas à saúde, por meio da eliminação ou
neutralização do agente insalubre nos ambientes laborais.

Fato extremamente importante é que a insalubridade está sempre relacionada com a conjugação de três
elementos presentes à forma de exposição, quais sejam: agente, tempo de exposição, e concentração ou
intensidade desse agente. Assim, os estudos científicos buscam a condição ideal desse trinômio que, se
cumprido, não deveria causar danos à saúde do trabalhador. Trata-se do conhecido “Limite de Exposição
Ocupacional” (LEO). A terminologia antiga, usada pela Lei 6.514/77 e, consequentemente, pela NR-15, é
“Limite de Tolerância” (LT).

Fonte: Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais.

A NR 15, assim compreendida, nos traz em seu contexto 14 anexos, que, individualmente, tratam de cada risco como potencial
gerador da situação insalutífera. Esses anexos possuem características próprias de avaliação por meio da qualificação e, alguns, por
meio da quantificação, conforme estabelecido na norma, sendo assim distribuídos.
A definição de agente insalubre, conforme determina a NR 15, proporciona ao trabalhador o direito a receber um adicional de
insalubridade no importe de 40, 20 ou 10% sobre o salário mínimo nacional vigente, desde que constatada a exposição do
trabalhador segundo os critério de exposição, em função da concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao agente no ambiente de trabalho.
AS NHOS, SEUS ASPECTOS E
APLICAÇÕES

NHOs - Normas de HigieneOcupacional (Fundacentro)


A Fundacentro, Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, é uma instituição criada oficialmente no
ano de 1966, e que, inicialmente, se chamava Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, e teve a
sua história concebida no início da década de 1960, em virtude da preocupação dos poucos prevencionistas em relação aos altos
índices de acidentes e de doenças originárias dos ambientes de trabalho. Preocupação estendida entre o governo e a sociedade da
época, período este em que o Brasil, filiado à OIT, a Organização Internacional do Trabalho, já refletia acerca dos conceito de saúde
e segurança dos trabalhadores.

Inicialmente, a partir da década de 1980, foram criadas pela Fundacentro as Normas de Higiene do Trabalho (NHTs),
posteriormente transformadas, a partir do ano de 2001, em Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), distribuídas da seguinte
forma.
NHO 01 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído (2001).
NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa de Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por
Cromatografia Gasosa (2001).
NHO 03 - Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana
(2001).
NHO 04 - Método de Ensaio: Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho (2001).
NHO 05 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia (2001).
NHO 06 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (2001).
NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão (2002).
NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho - (2009).
NHO 09 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro (2013).
NHO 10 - Procedimento Técnico - Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração em Mãos e Braços (2013).

As NHOs e as avaliações quantitativas


Ao identificarmos a presença de um agente ocupacional, muitas vezes, é necessário que seja realizada uma avaliação para, enfim,
saber o quanto esse determinado risco estará prejudicando os trabalhadores durante a execução de sua jornada de trabalho.
Assim, temos que existem duas formas de avaliação: qualitativas e as quantitativas, sendo que a avaliação qualitativa é realizada
para se identificar o tipo de risco ocupacional que está presente no ambiente laboral, porém, não é possível saber o quanto desses
agentes estão presentes, ou seja, neste primeiro momento, não lhes é atribuído um valor que servirá como prova de que eles
realmente estão no ambiente.

Por outro lado, a avaliação quantitativa já nos permite avaliar o risco ocupacional qualificado, por meio do uso de instrumentos
apropriados, e assim, poder atribuir valores às concentrações ou à exposição dos trabalhadores aos agentes identificados. Essa
avaliação também nos serve como fonte de monitoria, pois, por meio das medições periódicas realizadas por instrumentos
apropriados, conseguimos verificar se as condições melhoraram, estabilizaram ou pioraram, e assim, podemos adotar medidas de
controle e prevenção. Em condições diversas encontradas no ambiente de trabalho, portanto, necessitamos avaliar de forma
quantitativa os agentes ocupacionais, e, neste contexto, nos deparamos com a leitura e a interpretação da NR 15 e seus anexos, em
que temos algumas diretrizes que nos servem de balizadoras para a investigação e a avaliação dos riscos ocupacionais.
A NR 15 simplesmente nos proporciona as diretrizes básicas, não nos direciona para as técnicas e os tipos de instrumentais que
serão necessários, ficando, assim, o profissional de saúde e segurança do trabalho desprovido do conhecimento, e tendo que
buscar outras fontes técnicas para esclarecer essas dúvidas e fazer a sua investigação técnica. Passamos a compreender, desta
forma, que, para se avaliar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho de forma quantitativa, devemos buscar amparo em
normas técnicas, principalmente sobre quais instrumentos utilizar e como os utilizar no ambiente ocupacional.

Desta forma, as NHOs da Fundacentro surgem com este viés de informar e estabelecer quais tipos de equipamentos de medição
devem ser utilizados em cada caso e como devem ser utilizados, além de informar sobre as boas práticas de higiene ocupacional e
sobre o comportamento dos envolvidos no processo de avaliação (avaliador e avaliado). Assim, com a base da NR 15, juntamente
com as práticas proporcionadas pelas NHOs, podemos ter avaliações consistentes e condizentes com a realidade de exposição do
trabalhador, podendo, caso necessário, mitigar os riscos encontrados e provar que eles estão sob controle.

O uso das NHOs tem objetivos distintos para cada situação, e na sua concepção, busca orientar os profissionais da saúde e
segurança do trabalho sobre a correta aplicação das normas para se chegar a resultados concretos. Sendo essa uma linha de
pensamento prevencionista, o bom uso dessas normas, em acordo com seus objetivos propostos, proporcionará ótimos resultados
para as análises ocupacionais, conforme proposto pela Fundacentro. Vejamos os objetivos propostos por cada NHO.
NHO 01 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacionalao Ruído (2001).

Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao
ruído, que implique risco potencial de surdez ocupacional.

NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa de Fração Volátil (Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por
Cromatografia Gasosa (1999).

Esta norma estabelece procedimento padronizado para análise qualitativa da fração volátil de colas, tintas e vernizes à base
de solventes, em especial os componentes mais tóxicos e mais comuns, tais como: benzeno, n-hexano, tolueno, álcool
metílico e butanona, com a finalidade de se identificarem as substâncias voláteis que possam estar presentes no ar de um
ambiente de trabalho.

NHO 03 - Método de Ensaio: Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados sobre Filtros e Membrana -

2001

Este método de ensaio estabelece um procedimento padronizado para análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos
coletados sobre filtros de membrana, com a finalidade de determinar a massa de poeira coletada do ar de um ambiente de
trabalho.

NHO 04 - Método de Ensaio: Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho (2001).

Esta norma prescreve um método padronizado de coleta e análise de fibras, incluindo todos os tipos de amianto/asbesto,
fibras vítreas (MMVF, Man Mineral Vitreous Fibers) e fibras cerâmicas. Tem a finalidade de estimar a concentração de fibras
respiráveis em suspensão no ar.

NHO 05 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de Radiologia (2001).

Estabelece procedimentos para a realização de levantamento radiométrico das salas de equipamentos emissores de raios-X
diagnóstico e para a medição da radiação de fuga do cabeçote desses equipamentos.

NHO 06 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (2002).

Esta norma técnica tem por objetivo o estabelecimento de critérios e procedimentos para a avaliação da exposição
ocupacional ao calor que implique sobrecarga térmica ao trabalhador, com consequente risco potencial de dano à saúde.

NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método da Bolha de Sabão (2002).
Esta norma estabelece um procedimento padronizado de calibração da vazão de bombas de amostragem individual, por
meio do método da bolha de sabão.

NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho (2009).

Estabelece um procedimento padronizado para coleta de material particulado sólido em filtros de membrana, com a
finalidade de obter amostras representativas das partículas suspensas no ar dos ambientes de trabalho.

NHO 09 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração de Corpo Inteiro (2013).

Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional às
vibrações de corpo inteiro (VCI) que implique possibilidade de ocorrência de problemas diversos à saúde do trabalhador,
entre os quais, aqueles relacionados à coluna vertebral.

NHO 10 - Procedimento Técnico: Avaliação da Exposição Ocupacional à Vibração em Mãos e Braços (2013).

Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para avaliação da exposição ocupacional às
vibrações em mãos e braços que implique risco à saúde do trabalhador, como a ocorrência da síndrome da vibração em mãos
e braços (SVMB).

Apesar de podermos utilizar as metodologias de avaliações de riscos propostos pelas NHOs da Fundacentro, devemos respeitar e
seguir os limites de tolerância estabelecidos pela Norma Regulamentadora NR-15, sempre e em primeiro lugar. Porém, quando os
parâmetros dela não forem suficientes, ou seja, quando eles não se encontrarem na NR 15, é interessante utilizar as metodologias
das NHOs, ou, até mesmo, a norma internacional da ACGIH (Association Advancing Occupational and Environmental Health),
balizadora da higiene ocupacional em diversos países. O fundamental é fazer sempre a melhor avaliação ocupacional possível, pois,
desta forma, a unificação da NR 15 com suas bases legais, e das NHOs com sua base técnicas, proporciona, sem dúvida, um melhor
resultado para um maior controle do risco.
AS NORMAS INTERNACIONAIS, SEUS
ASPECTOS E APLICAÇÕES

Normas internacionais do trabalho


De fundamental importância para a concepção do entendimento técnico profissional, é o entendimento e unificação de
parâmetros, assim como das normas e leis sobre saúde e segurança dos trabalhadores. Com este intuito, percebemos que uma das
principais funções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é o estabelecimento e a adoção do uso de normas
internacionais de trabalho, apresentadas sob a forma de convenções ou recomendações técnicas. Sabendo que esses instrumentos
são parametrizados e posteriormente adotados pela Conferência Internacional do Trabalho (CIT), levando em conta a participação
de representantes dos trabalhadores, dos empregadores e dos governos.

Estas convenções da OIT, depois de elaboradas de forma tripartite, se tornam tratados internacionais que, posteriormente
ratificados por todos os países membros da OIT, passam a integrar de forma conjunta a legislação nacional de cada um deles. Um
fato importante e relevante quanto às normas internacionais relativas à OIT, é que elas seguem um trâmite: se examinadas por
uma comissão de peritos quanto à aplicação de convenções e recomendações da OIT, esses recebem e avaliam possíveis queixas,
as quais são submetidas a uma análise minuciosa, essa comissão lhes seguimento, produzindo relatórios técnicos de memórias
para posterior discussão, publicação e difusão aos países membros (OIT, 2009, on-line).

No ano de 1998, foi adotada pelos países membros a Declaração da OIT sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e
seu Seguimento, sendo um marco histórico, pois tais diretrizes são uma reafirmação universal do compromisso dos Estados
membros e da comunidade internacional geral em respeitar, promover e aplicar um patamar mínimo de princípios e direitos no
trabalho, e que estes são, de certa forma, reconhecidamente fundamentais para os trabalhadores executarem as suas atividades
nos ambientes laborais.

Uma das funções fundamentais da Organização Internacional do Trabalho (OIT) é a elaboração, adoção,
aplicação e promoção das Normas Internacionais do Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos,
recomendações, resoluções e declarações. Todos estes instrumentos são discutidos e adotados pela
Conferência Internacional do Trabalho (CIT), órgão máximo de decisão da OIT, que se reúne uma vez por
ano.

Fonte: OIT Brasília.

Entidades internacionais e as normas internacionais de saúde e


segurança do trabalho
Como parâmetro, possuímos, tal qual a Fundacentro no Brasil, entidades de saúde e segurança do trabalho espalhadas por
diversos países, onde também são produzidos estudos e criadas normas técnicas para avaliações ocupacionais. Esses países, por
meio de suas entidades, criam, aperfeiçoam e desenvolvem novos métodos e aplicações dos conceitos de higiene ocupacional que,
posteriormente, são convencionados pela OIT e passam a ser adotados pelos países participantes. Essas são algumas das principais
entidades internacionais balizadoras da higiene ocupacional.
Cada uma destas instituições trabalha o contexto da higiene ocupacional das mais diversas formas, estudando e analisando o dia
dia de trabalho em diversos segmentos, assim, podendo desenvolver métodos, técnicas e formas de atuar na proteção dos
trabalhadores, evitando as moléstias proporcionadas por um ambiente não adequado e com riscos. Muitas dessas instituições
criam e desenvolvem parcerias mundiais com outros países, na busca constante de parâmetros que possam tornar o ambiente
ocupacional o mais adequado possível e erradicar o trabalho sob condições adversas. Esses parâmetros se traduzem em normas e
procedimentos, como vimos, anteriormente, traduzidos em convenções pela OIT.

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ATIVIDADES
1. Quanto às questões relacionadas à higiene ocupacional, no tocante às Normas Regulamentadoras, compreendemos que as
mesmas são frutos de uma lei maior, sem ofender e/ou deixar de garantir aos trabalhadores o que a Constituição Federal já lhes
havia proporcionado. Sendo assim, baseando- se nos estudos realizados, podemos dizer que, segundo as hierarquias das leis
brasileiras, a instituição e a aprovação das Normas Regulamentadoras ocorreram por um meio ou uma forma. Sobre isto, assinale a
alternativa correta .

a) Decreto Legislativo.

b) Decreto.

c) Instrução Normativa.

d) Lei Complementar.

e) Portaria.

2. Com a publicação das Normas Regulamentadoras em 8 de junho de 1978, uma série de 28 NRs foram criadas para garantir a
saúde e a segurança dos trabalhadores, entre elas, a NR 15, Atividades e Operações Insalubres, sendo ela balizada pelo capítulo V
da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Sobre os artigos da CLT relativos à aplicação a todas as empresas públicas ou privadas,
assinale a alternativa correta .

a) Artigos 160 e 161.

b) Artigos 170 e 171.

c) Artigos 180 e 191.

d) Artigos 189 e 190.

e) Artigos 198 e 200.

3. Ainda sobre a NR 15, Atividades e Operações Insalubres, estudamos que ela possui 14 anexos que servem para a determinação
do direito ao adicional de insalubridade, e que, de fato, avaliando o ambiente laboral e constatando a presença desses agentes
insalutíferos, o trabalhador tem direito a receber os seguintes percentuais: 10% para grau mínimo, 20% para grau médio e 40%
para grau máximo, incidentes sobre o salário mínimo nacional. Sobre os anexos que determinam o direito do trabalhador de
receber o adicional quando diagnosticado, no ambiente laboral, o grau máximo, assinale a alternativa correta .

a) Anexos 1, 6, 10, 12, 13 e 14.

b) Anexos 1, 2, 10, 12, 13 e 14.

c) Anexos 5, 6, 11, 12, 13 e 14.

d) Anexos 6, 7, 10, 12, 13 e 14.

e) Anexos 7, 9, 11, 12, 13 e 14.

4 Com a criação da Fundacentro em 1966, diante de toda uma preocupação dos poucos, porém, aplicados prevencionistas da
.

época em relação aos acidentes de trabalho, ações de conscientização e desenvolvimento de programas de saúde e de segurança
do trabalho foram criados para reduzir os índices de acidentes e doenças. Assim, também foram ampliadas, anos depois, as boas
práticas de avaliação ocupacional com o desenvolvimento de ações em prol da higiene ocupacional, principalmente no
desenvolvimento de Normas de Higiene do Trabalho, as conhecidas NHTs, que, a partir de 2001, foram transformadas em Normas
de Higiene Ocupacional, as NHOs. Sobre as NHOs desenvolvidas no ano de 2001, assinale a alternativa correta .

a) NHOs 1, 2, 3, 4 e 5.

b) NHOs 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

c) NHOs 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

d) NHOs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.

e) NHOs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.

5 Compreendendo a evolução das NHTs, Normas de Higiene do Trabalho, quando transcritas e transformadas em NHOs, Normas
.

de Higiene Ocupacional, passamos a um estágio em que identificamos, tecnicamente, que a presença de determinados agentes de
risco será conhecida de forma efetiva quando avaliada, em local de trabalho, durante a execução desse trabalho no ambiente
laboral idêntico ao que o trabalhador se encontra diariamente, para definir o nível de risco a que ele se encontra exposto. Analise
as afirmativas a seguir, e assinale verdadeiro (V) ou falso (F).

( A avaliação qualitativa é realizada para que se possa identificar o tipo de risco ocupacional que está presente no ambiente de
)

trabalho, porém, não é possível saber o quanto desse agente está presente, ou seja, em um primeiro momento, não é possível saber
valores de concentrações ou intensidades etc., para se efetivar resultados.

( A avaliação quantitativa nos permite avaliar o risco ocupacional qualificado e obter resultados de concentração e/ou
)

intensidade, por meio do uso de instrumentos apropriados, podendo atribuir valores de exposição dos trabalhadores ao agente
identificado.

( As NHOs da Fundacentro surgem para informar e estabelecer quais tipos de equipamentos de medição devem ser utilizados
)

em cada caso, e também, como devem ser utilizados, orientando quanto às boas práticas de higiene ocupacional, relacionadas ao
comportamento do trabalhador avaliado durante a inspeção.

( Para a avaliação de ruído ocupacional, utilizamos


) a NHO 01, que estabelece os procedimentos técnicos e os critérios de
avaliação desses riscos.

A sequência correta para a resposta da questão, é:

a) V, V, F, V.

b) F, V, F, V.

c) V, F, V, V.

d) F, F, F, F.
e) V, V, V, V.

Resolução das atividades

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RESUMO
Contemplamos, neste estudo em continuidade aos aspectos introdutórios, o estudo da NR 15. Quanto às suas aplicações,
verificamos que os conceitos embutidos nos remetem a uma análise aprofundada da higiene ocupacional como fator de tomada de
decisão, e, nesse mesmo viés de informações, estudamos a relação direta da NR 15, por meio de seus anexos, com a definição dos
direitos ao adicional de insalubridade quando devido. Porém, nos deparamos com situações em que a NR 15 não oferece suporte
essencial para que o profissional da saúde e segurança do trabalho possa avaliar de forma condizente, e assim, consiga tomar
medidas protetivas adequadas ao trabalhador, sendo necessário passar a observar de um modo mais refinado detalhes de outras
normas.

Passamos a estudar as NHOs, Normas de Higiene Ocupacional, quanto aos aspectos, aplicações, e também, quanto ao nível de
conhecimento indispensável sobre elas, evitando falhas ou interpretação equivocada. Mesmo com todas estas diretrizes legais,
nos falta amparo técnico adequado, as nossas normas estão, de certa forma, desatualizadas, e necessitam de correções e reformas.
Assim, passamos a buscar amparo em normas internacionais para nos auxiliar em nossas avaliações ocupacionais, e munidos de
todos essas informações, começamos a fazer a diferença.

Este estudo lhe demonstrou a higiene ocupacional na forma de segmento da segurança do trabalho, e que este serve para tomadas
de decisões importantes, partindo do princípio do conhecimento legal de nossa legislação, sua hierarquia e funcionalidades, e
também, com a aplicação do estudo da Norma Regulamentadora NR 15 e seus anexos para as avaliações qualitativas e
quantitativas, foi possível você compreender as Normas de Higiene Ocupacional e em que elas podem contribuir para os aspectos
prevencionistas. Assim como em relação às normas internacionais e às suas referências, ao seu uso e aos seus padrões,
proporcionando- lhe amplo conhecimento e instigando- lhe a buscar sempre mais.

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Material Complementar

Leitura
Manual de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho

Autor: Adalberto Mohai Szabó Júnior

Editora: Rideel

Sinopse: com o propósito de melhorar a saúde, a higiene e a segurança


dos trabalhadores, a obra traz a íntegra das Normas Regulamentadoras
de 1 a 36 comentadas, além de exercícios, Legislação Complementar,
Súmulas dos Tribunais Superiores, Orientações Jurisprudenciais e
Precedentes Normativos do TST criteriosamente selecionados, e um
capítulo dedicado aos Primeiros Socorros. Indispensável para
profissionais, empresários, estudantes, professores e atuantes na área.

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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977 Altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo
. a
segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6514.htm .

Acesso em: 30 ago. 2017.

_______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 01 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído. Brasília: 2001.
Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/publicacao/detalhe/2012/9/nho-01-
procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-ao-ruido Acesso em: 30 ago. 2017.
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______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 02 - Método de Ensaio: Análise Qualitativa da Fração Volátil
(Vapores Orgânicos) em Colas, Tintas e Vernizes por Cromatografia Gasosa/Detector de Localização de Chama. Brasília: 1999.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 03 - Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados
sobre Filtros de Membrana. Brasília: 2001. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/3/nho-03-metodo-de-ensaio-analise-gravimetrica-de-aerodispersoides-solidos-coletados-
sobre Acesso em: 30 ago. 2017.
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______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 04 - Método de Coleta e Análise de Fibras em Locais de Trabalho:
Análise por Microscopia Ótica de Contraste de Fase. Brasília: 2001. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca
/normas-de-higiene-ocupacional/publicacao/detalhe/2013/3/nho-04-metodo-de-ensaio-metodo-de-coleta-e-a-analise-de-fibras-
em-locais-de-trabalho Acesso em: 30 ago. 2017.
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______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 05 - Avaliação da Exposição Ocupacional aos Raios X nos Serviços de
Radiologia. Brasília: 2001. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/publicacao
/detalhe/2013/3/nho-05-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-aos-raios-x-nos-servicos Acesso em: 30
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ago. 2017.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 06 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor. Brasília: 2002.
Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/publicacao/detalhe/2013/3/nho-06-
avaliacao-da-exposicao-ocupacional-ao-calor Acesso em: 30 ago. 2017.
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______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método
da Bolha de Sabão. Brasília: 2002. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional
/publicacao/detalhe/2013/3/nho-07-calibracao-de-bombas-de-amostragem-individual-pelo-metodo-da-bolha-de-sabao Acesso .

em: 30 ago. 2017.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de
Ambientes de Trabalho. Brasília: 2009. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional
/publicacao/detalhe/2013/3/nho-0-coleta-de-material-particulado-solido-suspenso-no-ar-de-ambientes-de-trabalho . Acesso em:
30 ago. 2017.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 09 - Avaliação da Exposição Ocupacional às Vibrações de Corpo
Inteiro: Procedimento Técnico. Brasília: 2013. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/4/nho-09-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-a-vibracao-de-
corpo-inteiro Acesso em: 30 ago. 2017.
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______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 10 - Avaliação da Exposição Ocupacional às Vibrações em Mãos e
Braços: Procedimento Técnico. Brasília: 2013. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/4/nho-10-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-a-vibracao-em-
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______. Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Portaria n° 3.214, de 8 de junho de 1978 Aprova as
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Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina
do Trabalho. Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/839945.pdf Acesso em: 30 ago. 2017.
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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO - OIT. Centro Internacional de Formação da OIT. Departamento de Normas
Internacionais do Trabalho. Guia das Normas Internacionais do Trabalho Genebra: 2009. Disponível em: http://www.ilo.org
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/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/pub_guianormas.pdf Acesso em: 30 ago. 2017.


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______. Normas Internacionais do Trabalho. OIT Brasília Disponível em: http://www.ilo.org/brasilia/temas/normas/lang--


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pt/index.htm Acesso em: 30 ago. 2017.


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SOTO, José Manuel Gana et al. Norma Regulamentadora (NR)-15, da Portaria n. 3.214, de 8.6.1978, do Ministério do Trabalho
(atual Ministério do Trabalho e Emprego): um pouco de sua história e considerações do grupo que a elaborou. Revista ABHO São.

Paulo, n. 21, p. 6-17, set. 2010. Disponível em: http://www.abho.org.br/wp-content/uploads/2014/02


/artigo_normaregulamentadora_21_6a17.pdf Acesso em: 30 ago. 2017.
.

Referência on-line:
¹Em: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/15967-15968-1-PB.pdf Acesso em:30 ago. 2017.
.

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Entenda como funcionam os adicionais de insalubridade e


periculosidade

Saiba quem tem direito ao adicional e como é feito o cálculo do benefício. Uma das questões que mais geram dúvidas para os
trabalhadores são os adicionais de insalubridade e periculosidade. Gisele Accarino Martins, coordenadora da área trabalhista do
escritório De Vivo, Whitaker e Castro Advogados, explica que “a legislação trabalhista brasileira prevê condições protetivas, para o
empregado que executa suas funções em uma atividade insalubre ou perigosa”. Tire suas dúvidas sobre esses adicionais e saiba
como eles são calculados.

O que é o trabalho insalubre?

Atividades e operações insalubres são aquelas que “por sua natureza, condições ou métodos de trabalho exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde”, define Gisele Accarino Martins. As limitações e condições estão listadas na Norma
Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho. Lá, estão as condições que caracterizam a insalubridade e os limites legais para
cada condição.

Alguns exemplos de agentes considerados insalubres são ruído excessivo, calor ou frio, radiação ou agentes químicos. "Um
empregado que atua no setor de limpeza, utilizando produtos químicos considerados insalubres, e não utiliza equipamentos de
proteção individual, como luva, bota de borracha, poderá receber adicional de insalubridade", diz Gisele. Para ter direito ao
adicional de insalubridade, o trabalhador precisa estar exposto ao agente insalubre durante toda a jornada de trabalho? Não. Para
ter direito ao adicional, o profissional pode ter contato permanente ou intermitente. “Se ele tiver contato todos os dias da semana,
por 10 minutos, será devido o adicional. O contato não precisa ser durante toda a jornada e nem durante toda a semana, mas, caso
haja habitualidade, será devido”, diz Marcelo Mascaro Nascimento, sócio do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista.
“Só não será devido o adicional em caso de contato eventual, por caso fortuito. São aquelas situações em que não se esperava que
o contato do trabalhador fosse necessário”.

O que é trabalho perigoso?

É considerado trabalho perigoso aquele em que o trabalhador está em contato permanente com explosivos, materiais inflamáveis,
substâncias radioativas ou radiação ionizante. Ele também ocorre quando há exposição a roubo ou violência física nas atividades
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial, atividades de trabalhador em motocicletas, operações perigosas com energia
elétrica e em condições de risco acentuado. Para ser classificada como trabalho perigoso, a condição a que o trabalhador está
sujeito precisa estar listada na Norma Regulamentadora 16, do Ministério do Trabalho. Entre os trabalhadores que podem receber
o adicional de insalubridade, estão aqueles que operam bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos, em postos de gasolina,
seguranças patrimonial ou pessoal, trabalhadores de laboratórios de ensaios para materiais radioativos e laboratórios de
radioquímica. Para ter direito ao adicional de periculosidade, o trabalhador precisa estar exposto ao agente perigoso durante toda
a jornada de trabalho? Essa é uma questão que não está determinada com clareza na legislação. Mas, para resolver algumas
situações, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) emitiu a súmula nº 364. De acordo com ela, o empregado terá direito ao adicional
de periculosidade quando exposto permanentemente ou com regularidade às condições de risco. O profissional não poderá
recebê-lo se o contato ocorrer de forma eventual ou se, mesmo sendo habitual, for por tempo extremamente reduzido, explica
Gisele.

Quem verifica se há, de fato, insalubridade e periculosidade?

A caracterização e classificação da insalubridade e da periculosidade são definidas por meio de perícia, que deverá ser realizada
por um médico ou engenheiro do trabalho registrado no Ministério do Trabalho. Caso a discussão ocorra na esfera judicial,
obrigatoriamente o juiz deverá designar o perito habilitado para a elaboração de parecer técnico e apuração da caracterização dos
adicionais. Se o trabalhador deixar de exercer a atividade insalubre ou perigosa, ele perde o adicional? Sim. O direito do
empregado ao recebimento do adicional de insalubridade ou de periculosidade terminará com a eliminação do risco à sua saúde ou
integridade física...

REFERÊNCIA
Fonte: FRABASILE, Daniela. Entenda como funcionam os adicionais de insalubridade e periculosidade. Revista Época São Paulo,
,

10 fev. 2017. Disponível em: < http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/02/entenda-como-funcionam-os-


adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade.html >. Acesso em: 30 ago. 2017.

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância;

SANTOS Edinei Aparecido Furquim dos.


,

Introdução à Higiene Ocupacional. Jonatas Marcos da Silva Santos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

32 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Higiene. 2. Ocupacional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 540

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HIGIENE OCUPACIONAL, NORMAS


BRASILEIRAS (NBR/ABNT) X
NORMAS REGULAMENTADORAS
(NRS) E APLICAÇÃO DAS NORMAS
DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHOS)

Professor :

Esp. Edinei Ap. Furquim dos Santos

Objetivos de aprendizagem
• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre as normas brasileiras (NBR/ ABNT) relacionadas à saúde e segurança do
trabalho.

• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre as principais aplicações das Normas de Higiene Ocupacional (NHOs)
segundo a Fundacentro.

• Proporcionar aos acadêmicos um paralelo entre as normas brasileiras (NBRs) e as Normas Regulamentadoras (NRs).
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• A Norma Brasileira (NBR/ABNT) X A Norma Regulamentadora (NR)

• As Normas Brasileiras Aplicáveis à Higiene Ocupacional

• Aplicações Fundamentais das Normas de Higiene Ocupacional (NHOs 01, 03, 06, 08)

Introdução
Realizamos o estudo sobre a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), seus aspectos e aplicações, com uma passagem pelas Normas
de Higiene Ocupacional (NHOs) da Fundacentro, observando suas aplicações e as características técnicas para a boa prática da
higiene ocupacional, além de conhecer um pouco mais sobre alguns pontos fundamentais relacionados às utilizações de padrões e
normas internacionais, sua sistemática, e a sua padronização via Organização Internacional do Trabalho (OIT). Veremos, a partir
deste momento, outras comparações normativas nacionais e que também servem para esclarecer dúvidas, e até mesmo, auxiliar na
implantação de um sistema de gestão eficaz. Faremos um pequeno estudo das Normas Brasileiras (NBR/ABNT) e suas aplicações,
diretrizes e sistemática de consulta e aplicação, inclusive, que elas podem auxiliar no dia dia da saúde e segurança do trabalho.

Você, acadêmico(a), perceberá que as normas da NBR/ABNT não devem ser deixadas de lado, pois somam e agregam valores que
são fundamentais para as possíveis tomadas de decisão, e nos trazem algumas características mais voltadas às situações
administrativas e têm cunho de gestão nas operações técnicas.

Munido(a) com a base teórica, você será inserido(a) em um contexto mais aprofundado sobre o bom uso das NHOs mais usuais e
seus principais conceitos, definições e metodologia, proporcionando, assim, uma ideia mais consistente de quando e como fazer o
uso delas para a constatação de fatos e levantamento de dados. O uso das Normas Regulamentadoras e a utilização da Normas
Brasileiras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), bem como das NHOs e das normativas internacionais, lhe
proporcionarão o conhecimento necessário à prática da higiene ocupacional no seu dia dia, na prestação de serviços ou na
utilização em perícias técnicas especializadas.

Aproveite o que estudaremos agora, pois fortalecerá a sua base conceitual facilitando as suas tomadas de decisão futuras. Bons
estudos!

Avançar
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A NORMA BRASILEIRA (NBR/ABNT) X A


NORMA REGULAMENTADORA (NR)

As normas da NBR/ABNT e as NRs


Para os profissionais da área de saúde e segurança do trabalho, estarem atentos a tudo que acontece ao seu redor é extremamente
importante, sendo assim, estarem atentos quanto a tudo que diz respeito às normas e procedimentos que envolvem os mais
diversos aspectos que, por sua vez, norteiam e balizam as avaliações ocupacionais, é fundamental. Neste viés, passaremos a
conhecer um pouco mais sobre as Normas Brasileiras da ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR/ABNT) e as
principais características que as diferenciam das Normas Reguladoras (NRs).

Dia do Engenheiro e do Técnico de Segurança do Trabalho, criado em 27 de novembro de 2016

Seguir as normas de segurança e aderir ao uso correto dos equipamentos de proteção é a melhor forma de
obter um ambiente seguro. Por este motivo, essa data serve como alerta para que todos os profissionais se
atentem e evitem acidentes de trabalho.

As normas técnicas da ABNT auxiliam nesse processo, por meio do Comitê Brasileiro de Equipamentos de
Proteção Individual (ABNT/CB-032), são desenvolvidas normas que atuam no campo de equipamentos de
proteção individual, compreendendo vestimentas e equipamentos individuais destinados à proteção de
pessoas contra riscos, tais como: proteção respiratória, proteção auditiva, capacete, luvas, óculos e
cinturões de segurança, além de tudo que concerne a respeito da terminologia, requisitos, métodos de
ensaio e generalidades. Para saber mais, acesse: www.abnt.org.br .

Fonte: ABNT (2017, on-line).


A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é um órgão responsável pela normalização por meio da resolução nº 07 do
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade (CONMETRO), de 24 de agosto de 1992. Ou seja, a ABNT é o órgão
responsável pela normalização técnica no país, é o foro nacional de normalização, reconhecido desde a sua fundação, em 28 de
setembro de 1940, e, posteriormente, confirmado pelo governo federal por meio de diversos instrumentos legais. Haja vista que a
legislação brasileira garante que, na falta de normalização técnica sobre determinado assunto, é possível a utilização de normas
técnicas estabelecidas e emitidas por organismos internacionais do tipo ISO, NFPA, IEC, ANSI, BSI, entre outros.

As Normas Brasileiras (NBRs) são elaboradas por instituições públicas e privadas e posteriormente normalizadas pela ABNT, e, em
seguida, comercializadas para servir como parâmetros de gestão, também servindo com balizadoras no momento de revisão das
Normas Regulamentadoras no momento da reunião da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) do governo para
elaboração e/ou atualização das normas. Já as Normas Regulamentadoras (NRs) são elaboradas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, juntamente com uma comissão composta de membros do governo, representantes dos empregados e representantes
dos empregadores, também chamados de Comissão Tripartite Paritária Permanente, e tem como objetivo regulamentar e detalhar
disposições presentes na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e nas demais leis trabalhistas vigentes.

Apesar de muito semelhantes, e, muitas vezes, de uma sigla remeter a outra, tais normas são diferentes, e possuem, cada uma, as
suas características próprias e formas de aplicação. Outra questão muito importante quanto a estas duas normativas é que o não
cumprimento do disposto nas NBRs irá, de certa forma, apenas prejudicar a empresa quanto ao seu desempenho, ou seja, quanto a
sua gestão. Porém, o não cumprimento do disposto na Portaria n° 3.214/78, as NRs, que têm força de lei, poderá gerar sanções, tais
como: multas, ou até mesmo, podendo o auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego interditar o estabelecimento. De
acordo com os itens 1.7 e 1.9 da NR no 1, cabe ao empregador determinadas funções, como visto a seguir.

1.7. Cabe ao empregador:

a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do


trabalho; (101.001-8 / I1)

b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos. (101.002-6 / I1) (Alterado pela
Portaria SIT 84/2009).

c) informar aos trabalhadores: (101.003-4 / I1)

I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os


III -

próprios trabalhadores forem submetidos;

IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.

d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos


legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (101.004-2 / I1)

e)determinar os procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença


relacionada ao trabalho. (Redação dada pela Portaria SIT 84/2009)

1.9. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação
pertinente (GUIA TRABALHISTA, 2017, on-line).

Sendo esta uma diferença importante entre as normas, temos a relevância de cada uma delas. As NRs como força de lei e as
NBRs/ABNT como procedimentos técnicos. As normas propostas e aprovadas via ABNT são importantes por suas características
voltadas à indicação de parâmetros e padrões de qualidade a fim de melhorar a produtividade de um modo geral, mitigando falhas,
evitando defeitos e acidentes, além de proporcionar economia e redução de desperdícios. A partir do momento em que adotamos
padrões, reduzimos as nossas chances de falhas, aumentando a confiabilidade.

AS NORMAS BRASILEIRAS APLICÁVEIS


À HIGIENE OCUPACIONAL

Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBRs/ABNT)


Em relação à saúde e segurança do trabalho, a ABNT, hoje, possui excelentes normativas que colaboram para a aplicação das
questões relacionadas à higiene ocupacional nos ambientes laborais. Essas normativas vêm de encontro aos anseios de muitos
profissionais para questões técnicas e esclarecimentos no dia dia. Como um dos seus primeiros atos, o conselho deliberativo da
ABNT aprovou, em sua reunião ordinária, a criação, em 17 de dezembro de 1996, do Comitê Brasileiro de Equipamentos de
Proteção Individual (CB-32) para atender ao anseio e às proposições da Associação Nacional da Indústria de Material de
Segurança e Proteção ao Trabalho (ANIMASEG), fundada em 1978, e que abrigou, de forma estrutural, o funcionamento do
Comitê e da ABNT/CB-32, visando à agilização da elaboração e da revisão das normas de Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs), iniciando uma série de normativas que se voltaram às questões de segurança nos ambientes de trabalho.

De forma geral, temos várias NBRs que se aplicam à saúde e à segurança do trabalho, algumas mais usuais, outras com
características apenas informativas, como veremos a seguir em caráter ilustrativo.
Percebemos a existência de inúmeras NBRs que podem nos auxiliar, como as vistas anteriormente, que, de certa forma, podem
ajudar na avaliação ocupacional, pois possuem padrões técnicos apurados e avaliados por vários profissionais das áreas de saúde e
segurança do trabalho. Compete a cada profissional buscar e fazer o bom uso delas, porém, ainda não saiu do papel uma NBR
exclusiva para a gestão de saúde e segurança do trabalho, amplamente desejada e esperada pelos profissionais da área. Hoje, como
parâmetro, temos a Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional (OHSAS 18001), publicada pela British Standards Institution (BSI),
publicada em 2007, e que será substituída pela ISO 45001.

Hoje, temos apenas uma tradução da OHSAS 18001 para utilizarmos como parâmetro de gestão. A sua aplicação está condizente
com cada realidade de cada ambiente de trabalho e de cada empresa, assim como as suas características e riscos ocupacionais. As
demais NBRs também estão prestes a aumentar a confiabilidade do sistema, e assim, podemos compreender melhor o trabalho a
ser realizado e os possíveis resultados que queremos alcançar.
APLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DAS
NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL
(NHOs 01, 03, 06, 08)
Diante da necessidade de procedimentos de avaliação que servissem de base aos profissionais da saúde e segurança do trabalho,
em complementação aos anexos constantes da NR 15 e seus anexos, foram desenvolvidas um total de 10 NHOs, que serviram
como base para esclarecer muitas das dúvidas durante as diligências investigativas nos ambientes laborais, tornando os trabalhos
técnicos mais confiáveis e com melhores resultados.

Sendo assim, passaremos a compreender melhor algumas destas NHOs quanto às suas aplicações, referências normativas,
definições, abreviaturas e símbolos, na seguinte sequência: NHO 01, avaliação da exposição ocupacional ao ruído; NHO 03, análise
gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana; NHO 06, avaliação da exposição ocupacional ao
calor; NHO 08, coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambiente de trabalho.

NHO 01 - Avaliação da exposição ocupacional ao ruído


Aplicação
A norma aplica-se à exposição ocupacional a ruído contínuo ou intermitente, e a ruído de impacto, em quaisquer situações de
trabalho, contudo, não está voltada para a caracterização das condições de conforto acústico.
Referências normativas
As edições das normas relacionadas a seguir, referidas ao longo do texto, se encontravam em vigor durante a elaboração da
presente norma. Os usuários da versão antiga devem estar atentos às edições mais recentes referendadas.
ANSI S 1.25 (1991) - Specification for personal noise dosimeters.
ANSI S 1.4 (1983) - Specification for sound level meters.
ANSI S 1.40 (1984) - Specification for acoustical calibrators.
IEC 804 (1985) - Integrating-averaging sound level meters.
IEC 651 (1993) - Sound level meters.

Definições, símbolos e abreviaturas


Ciclo de Exposição: conjunto de situações acústicas aos quais é submetido o trabalhador, em sequência definida, e que se
repete de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho.
Critério de Referência (CR): nível médio para o qual a exposição, por um período de oito horas, corresponderá a uma dose de
100%.
Dose: parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao ruído, expresso em porcentagem de energia
sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora diária admitida, definida com base em parâmetros
preestabelecidos (q, CR, NLI).
Dose Diária: dose referente à jornada diária de trabalho.
Dosímetro de Ruído: medidor integrador de uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído.
Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o
resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os
trabalhadores que compõem o mesmo grupo.
Incremento de Duplicação de Dose (q): incremento em decibéis que, quando adicionado a um determinado nível, implica a
duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo permitido.
Limite de Exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a
maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos a sua capacidade de ouvir e de
entender uma conversação normal.
Limite de Exposição Valor Teto (LE-VT): corresponde ao valor máximo, acima do qual não é permitida a exposição em
nenhum momento da jornada de trabalho.
Medidor Integrador de Uso Pessoal: medidor que pode ser fixado no trabalhador durante o período de medição,
fornecendo, por meio de integração, a dose ou o nível médio.
Medidor Integrador Portado pelo Avaliador: medidor operado diretamente pelo avaliador, que fornece, por meio de
integração, a dose ou o nível médio.
Nível de Ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de as
exposições ao ruído causarem prejuízos à audição do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
Nível Equivalente (Neq): nível médio baseado na equivalência de energia.
Nível de Exposição (NE): nível médio representativo da exposição ocupacional diária.
Nível de Exposição Normalizado (NEN): nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de oito horas diárias, para
fins de comparação com o limite de exposição.
Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados na integração para fins de
determinação de nível médio ou da dose de exposição.
Nível Médio (NM): nível de ruído representativo da exposição ocupacional relativo ao período de medição, que considera os
diversos valores de níveis instantâneos ocorridos no período e os parâmetros de medição predefinidos.
Ruído Contínuo ou Intermitente: todo e qualquer ruído que não está classificado como ruído de impacto ou impulsivo.
Ruído de Impacto ou Impulsivo: ruído que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a um segundo, com
intervalos superiores a um segundo.
Situação Acústica: cada parte do ciclo de exposição na qual o trabalhador está exposto a níveis de ruído considerados
estáveis.
Zona Auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 mm ± 50 mm, medido a partir da entrada do canal auditivo.
Um estudo realizado pelo Instituto Nacional para a Segurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), nos Estados
Unidos, mostrou que 15% dos trabalhadores que foram expostos ao ruído ocupacional em algum momento
de suas carreiras têm zumbido.

O zumbido pode ser constante ou intermitente, e parecer com um assobio, rangido ou um som pulsante.
Pode ser muito leve em intensidade e só perceptível em uma sala silenciosa, ou ser extremamente alto e
irritante, de modo que o paciente não ouve nada além dele. “O zumbido é muito comum entre os
trabalhadores expostos ao ruído, mas ainda são poucos os gestores de saúde e segurança que estão cientes
das consequências deste problema para a empresa e para os funcionários”, diz Elizabeth Masterson,
epidemiologista do NIOSH em Cincinnati. “O zumbido é um sintoma e pode causar perda auditiva. E assim
como qualquer outra forma de perda auditiva ocupacional, é passível de indenização pela companhia.”

Fonte: Juliana Tavares.

As análises de ruído ocupacional, realizadas seguindo as metodologias demonstradas pela NHO 01, trazem resultados muito
precisos do que realmente acontece nos ambientes laborais, porém, quando bem empregadas, devemos nos ater às questões
relativas do que está explícito na NR 15, anexos 1 e 2, e dos parâmetros adotados pela NHO, que possuem algumas divergências,
cabendo ao profissional a interpretação e o uso consciente desses parâmetros.

NHO 03 - Análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos


coletados sobre filtros de membrana
Aplicação
A análise gravimétrica de aerodispersóides presentes nos ambientes de trabalho tem como campo de aplicação a prevenção de
doenças ocupacionais originadas da exposição dos trabalhadores a poeiras, fornecendo subsídios para a proposição de medidas de
controle ou para a verificação de sua eficiência.

Referências normativas
As normas relacionadas a seguir estavam em vigor no momento desta publicação. Se recomenda a utilização das edições mais
recentes, tendo em vista o fato de toda norma estar sujeita à revisão. Na aplicação deste método de ensaio, poderá ser necessário
consultar as seguintes normativas.
NHT-02 A/E/1985: norma para avaliação da exposição ocupacional a aerodispersóides (Fundacentro), em fase de revisão.
NHT-03 A/E/1984: determinação de vazão de amostragem pelo método da bolha de sabão (Fundacentro), em fase de
revisão.
NBR 10562/1988: calibração de vazão, pelo método da bolha de sabão, de bombas de baixa vazão utilizadas na avaliação de
agentes químicos no ar (ABNT).
MB-3422/1991: agentes químicos no ar - coleta de aerodispersóides por filtração (ABNT).

Definições, símbolos e abreviaturas


São aplicadas as seguintes definições, para efeito deste método de ensaio.
Aerodispersóide: reunião de partículas sólidas e/ou líquidas suspensas em um meio gasoso por tempo suficiente para
permitir sua observação ou medição. Estão incluídas nessa categoria as partículas menores que 100 mm.
Poeira: toda partícula sólida, de qualquer tamanho, natureza ou origem, formada por ruptura de um material original sólido,
suspenso ou capaz de se manter suspenso no ar. Essas partículas geralmente possuem formas irregulares e são maiores que
0,5 mm.
Filtro de membrana: filtro de malha rígida, uniforme e contínua, de material polímero, com tamanhos de poros determinados
precisamente durante a fabricação.
Suporte do filtro: disco de celulose usado para suportar o filtro de membranadentro do porta-filtro.
Porta-filtro (cassete): conjunto de duas ou três peças feito em plástico transparente, com 37 mm de diâmetro, que abriga e
sustenta o filtro de membrana e o suporte utilizados para retenção da amostra.
Filtro testemunho: filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e diâmetro do filtro a ser utilizado para a coleta. É um
filtro usado exclusivamente em laboratório, como branco analítico, e deve acompanhar todos os tratamentos dados aos
filtros do mesmo lote destinados à coleta de amostras.
Caixa de estabilização: caixa utilizada para proteção dos filtros de membrana durante o período de estabilização, construída
em madeira ou alumínio de forma a permitir que haja equilíbrio das condições de umidade e temperatura entre o seu
interior e o ambiente em que se encontra, sem que haja depósito de poeira desse ambiente sobre as amostras. As dimensões
da caixa devem ser definidas de acordo com o espaço disponível no local de utilização.
Suporte de pesagem: triângulo de vidro sobre o qual o filtro é depositado para a pesagem em balança analítica. O vidro ajuda
a eliminar parte da eletricidade estática do filtro de membrana e facilita o seu manuseio durante o processo de pesagem.

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.


MA: Método Analítico.
MB: Método Brasileiro.
mg: miligramas.
mm: milímetros.
mmCA: milímetros de coluna de água.
NBR: Norma Brasileira.
NHT: Norma de Higiene do Trabalho.
PVC: cloreto de polivinila.
μm: micrômetros.

Outra fonte de informação extremamente importante e relevante para o estudo da higiene ocupacional é a questão relacionada à
avaliação de aerodispersóides, portanto, o estudo da NHO 03 traz muitos e importantes parâmetros relevantes ao nosso dia dia,
para que possamos monitorar de forma adequada e adotar as medidas de controle condizentes às realidades vividas pelos
trabalhadores.

NHO 06 - Avaliação da exposição ocupacional ao calor


Aplicação
Esta norma se aplica à exposição ocupacional ao calor em ambientes internos ou externos, com ou sem carga solar direta, em
quaisquer situações de trabalho, não sendo, no entanto, voltada para a caracterização de conforto térmico.

Definições, símbolos e abreviaturas


Ciclo de Exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o trabalhador é submetido, conjugadas às diversas atividades
físicas por ele desenvolvidas, em uma sequência definida, e que se repete de forma contínua no decorrer da jornada de
trabalho.
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio (IBUTG): média ponderada no tempo dos diversos valores de IBUTG
obtidos em um intervalo de 60 minutos corridos.
Taxa Metabólica Média (M): média ponderada no tempo das taxas metabólicas, obtidas em um intervalo de 60 minutos
corridos.
Ponto de Medição: ponto físico escolhido para o posicionamento do dispositivo de medição onde serão obtidas as leituras
representativas da situação térmica objeto de avaliação.
Situação Térmica: cada parte do ciclo de exposição onde as condições do ambiente que interferem na carga térmica a que o
trabalhador está exposto podem ser consideradas estáveis.
Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, tanto do ponto de
vista das condições ambientais como das atividades físicas desenvolvidas, de modo que o resultado fornecido pela avaliação
da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.
Limite de Exposição: valor máximo de IBUTG. Médio, relacionado à M, Taxa de Metabolismo Média que representa as
condições sob as quais se acredita que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, durante toda a sua
vida de trabalho, sem sofrer efeitos adversos a sua saúde.

As análises de calor ocupacional devem ser realizadas seguindo as metodologias demonstradas pela NHO 06, que possui
parâmetros mais dedicados a elucidar, da melhor forma, as dúvidas oriundas do processo de avaliação do meio ambiente laboral.
Se corretamente seguida, a NHO 06 traz resultados mais eficientes sobre a exposição real que de fato acontece nos ambientes
laborais. Apenas devemos nos atentar ao seguinte: as questões relativas ao que está explícito na NR 15, anexo 3, e os parâmetros
adotados pela NHO, possuem algumas divergências, cabendo ao profissional a interpretação e o uso consciente da Norma de
Higiene Ocupacional.

NHO 08 - Coleta de material particulado sólido suspenso no ar de


ambiente de trabalho
Aplicação
Este procedimento se aplica à coleta de partículas de origem mineral, metálica, vegetal e animal, de negro de fumo e de partículas
insolúveis não especificadas de outra maneira. Não se aplica para as partículas na forma de fibras.

Como as poeiras são classificadas? De maneira resumida, como podemos classificar as poeiras quanto ao
seu tamanho e aos efeitos sobre o sistema respiratório?

Referências normativas

Na aplicação deste procedimento, poderá ser necessário consultar (BRASIL, 2009, p. 12-13) as seguintes normativas.
MB 3422: Agentes químicos no ar: coleta de aerodispersóides por filtração.
NHO 03/2000: Análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados sobre filtros de membrana.
NHO 07/2002: Calibração de bombas de amostragem individual pelo método da bolha de sabão.
NR 15/1978: Atividades e operações insalubres.
NR 9/1994: Programa de prevenção de riscos ambientais.
ISO 7708. Air Quality: particle size fraction definitions for health-related sampling.
CEN EN-481. Workplace Atmospheres: size fraction definitions for measurements of airborne particles in the workplace.

Nota: havendo edições mais recentes, se recomenda a sua utilização.

Definições, símbolos e abreviaturas

Para efeito deste procedimento técnico, se aplicam as seguintes definições e conceitos (BRASIL, 2009, p. 13-16).
Bomba de amostragem; instrumento portátil e leve, que forneça uma vazão de até 6,0 L/min, com bateria recarregável e
blindada contra explosão. A bomba deve possuir um sistema automático de controle de vazão com capacidade para mantê-la
constante, dentro de um intervalo de ± 5%, durante o tempo de coleta.
Dispositivo de coleta: conjunto composto por porta-filtro, suporte do filtro, filtro de membrana, e, quando necessário, um
separador de partículas.
Exposição ocupacional: situação em que um ou mais trabalhadores podem interagir com agentes ou fatores de risco no
ambiente de trabalho.
Filtro de membrana: filtro de malha rígida, uniforme e contínua, de material polímero, com tamanhos de poros determinados
precisamente durante a fabricação.
Grupo de exposição similar (GES): grupo de trabalhadores que experimentam situações de exposição semelhantes de forma
que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador desse grupo seja representativo da
exposição dos demais trabalhadores.
Jornada de trabalho: se refere ao período durante o qual o trabalhador exerce, efetivamente, a sua atividade. Exemplos:
jornada diária de oito horas; turno noturno de seis horas; jornada semanal de 48 horas.
Local de trabalho: corresponde à área onde o trabalhador desenvolve suas atividades.
Material particulado: partículas sólidas, produzidas por ruptura de um material originalmente sólido, suspensas ou capazes
de se manterem suspensas no ar.
Particulado inalável: é a fração de material particulado suspenso no ar constituído por partículas de diâmetro aerodinâmico
menor que 100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato respiratório durante a inalação. É
apropriada para a avaliação do risco ocupacional associado com as partículas que exercem efeito adverso quando
depositadas no trato respiratório como um todo.
Particulado torácico: é a fração de material particulado suspenso no ar, constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico
menor que 25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e penetrar nas vias aéreas dos pulmões. É
apropriada para a avaliação do risco ocupacional associado com as partículas que exercem efeito adverso quando
depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases.
Particulado respirável: é a fração de material particulado suspenso no ar, constituída por partículas de diâmetro
aerodinâmico menor que 10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região de troca de
gases dos pulmões, causando efeito adverso nesse local.
Particulado total: é o material particulado suspenso no ar coletado em porta- filtro de poliestireno de 37 mm de diâmetro,
de três peças, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4 mm de diâmetro, conhecido como cassete. A coleta de
particulado total deve ser utilizada somente quando não houver indicação específica para coleta de particulado inalável,
torácico ou respirável.
Partículas não especificadas de outra maneira (PNOS): partículas para as quais ainda não há dados suficientes para
demonstrar efeitos à saúde em concentrações geralmente encontradas no ar dos locais de trabalho. Esta definição se refere
às partículas que não tenham um limite de exposição estabelecido; que sejam insolúveis ou fracamente solúveis em água ou
nos fluidos aquosos dos pulmões; não sejam citotóxicas, genotóxicas ou quimicamente reativas com o tecido pulmonar; não
emitam radiação ionizante; causem imunossensibilização ou outros efeitos tóxicos que não a inflamação ou a deposição
excessiva.
Porta-filtro: componente do dispositivo de coleta que abriga e sustenta o suporte do filtro e o filtro de membrana.
Registro de campo: é o registro de todos os dados ou ocorrências observados durante a avaliação do ambiente de trabalho.
As informações devem ser tomadas de maneira organizada e anotadas em formulários apropriados de modo que possam
contribuir para as conclusões da avaliação.
Risco ocupacional: é a possibilidade de um trabalhador sofrer um determinado dano à saúde em virtude das condições de
trabalho. Para qualificar um risco de acordo com a sua gravidade, se avaliam conjuntamente a probabilidade de ocorrência e
a severidade do dano.

Separador de partículas: componente do dispositivo de coleta utilizado para separar partículas dentro de uma faixa de
tamanhos predeterminada.
Sistema de coleta: sistema composto por bomba de amostragem, dispositivo de coleta e mangueira.
Suporte do filtro: disco de celulose, metal ou outro material adequado ao tipo de porta-filtro em uso. Sua função é facilitar a
distribuição do fluxo de ar e sustentar o filtro de membrana impedindo que o mesmo se rompa.
Vazão de ar: volume de ar, em litros, que passa através do dispositivo de coleta, por unidade de tempo, em minutos.
Zona respiratória: região hemisférica com um raio de 150 ± 50 mm, medido a partir das narinas do trabalhador.
ACGIH American Conference of Governmental Industrial Hygienists.
:

CEN: Comité Européen de Normalisation.


CMPT: Concentração Média Ponderada pelo Tempo
GES: Grupo de Exposição Similar.
ISO: International Organization for Standardization
L/min: litros por minuto.
m3: metro cúbico.
μm: micrômetro.
mm: milímetro.
NHO: Norma de Higiene Ocupacional.
NHT: Norma de Higiene do Trabalho.
NIOSH: National Institute for Occupational Safety and Health.
NR: Norma Regulamentadora.
OSHA: Occupational Safety & Health Administration.
PNOS: particles (insoluble or poorly soluble) Not Otherwise Specified.

O estudo da NHO 08 complementa a NHO 03, esclarecendo as demais dúvidas quanto à coleta de aerodispersóides, suas formas e
maneiras adequadas de uso de equipamentos e acessórios, referências normativas, entre outros esclarecimentos necessários à
boa prática da higiene ocupacional, haja vista que a higiene ocupacional tem a finalidade de reconhecer, avaliar e controlar os
fatores de riscos ambientais presentes no ambiente de trabalho, e, também, levando em conta o próprio meio ambiente e os seus
recursos naturais.

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ATIVIDADES
1. As Normas Regulamentadoras (NRs), são fundamentais à boa prática de higiene ocupacional, mas todo higienista, ou candidato a
higienista, ao estudar a segurança do trabalho, perceberá que são necessários alguns conhecimentos complementares e
específicos para que seja possível realizar as avaliações necessárias ao dia dia do expert. Assim, uma fonte confiável e aceita são as
Normas Brasileiras (NBRs) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Conhecendo a importância da ABNT para as
questões de saúde e segurança do trabalho, relembre o ano da fundação da instituição e assinale a alternativa correta.

a) 1941.

b) 1940.

c) 1939.

d) 1938.

e) 1937.

2. Sabemos que as NBRs são apoio às NRs, e, neste sentido, também as NHOs da Fundacentro, para tratar de quesitos técnicos
legais na hora da aplicação e avaliação em campo, assim como a NR 15, por si só, não consegue nos oferecer parâmetros suficientes
para que possamos praticar a boa higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao ruído
ocupacional, utilizarmos a NHO 01. Sobre o significado da sigla (q) utilizada na NHO nas avaliações ocupacionais, assinale a
alternativa correta.

a) Quantidade de dose.

b) Qualificação de dose.

c) Incremento de duplicação de dose.

d) Incremento de quantificação de dose.

e) Qualificação e quantificação de dose.

3.Sabendo que as NRs possuem diferenças quanto às Normas Brasileiras (NBRs), porém, sabendo que hoje, para as revisões das
NRs são utilizadas as NBRs como base, isto nos remete a alguns fatos importantes quanto às padronizações e ao uso dessas duas
normas. Com base nesta afirmação, analise as assertivas a seguir.
I.As Normas Regulamentadoras são elaboradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, via Comissão Tripartite Paritária
Permanente (CTPP), e tem como objetivo propiciar a regulamentação das ações de saúde e segurança dos trabalhadores.

As NBRs são elaboradas por instituições públicas ou privadas, e, posteriormente, normalizadas pela ABNT, sendo
II.

comercializadas a quem julgar necessário, servindo como fonte de orientação às boas práticas.

Quanto ao uso das NBRs e NRs, quanto à fiscalização, podemos dizer que a não utilização das NBRs apenas acarretará
III. à
empresa possíveis prejuízos ou falhas no desempenho, enquanto a não utilização das NRs pode gerar sanções aplicadas à
empresa, como multas, ou até mesmo, o embargo ou interdição da empresa.

IV.O uso das NBRs, portanto, está vinculado ao uso das NRs, porém, o uso das NRs não está vinculado ao uso das NBRs por
parte das empresas.

Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II e III, apenas.

d) I, II e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

4 O parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto às avaliações e à análise gravimétrica de aerodispersóides sólidos coletados
.

sobre filtros de membrana, utilizarmos a NHO 03. Sobre o significado da sigla PVC, segundo a NHO, utilizada nas avaliações
ocupacionais, assinale a alternativa correta.

a) Cloreto de polivinila.

b) Policloreto de vinila.

c) Cloreto de vinila.

d) Policloreto de vinil.

e) Pressão venosa central.

5 Sabemos que o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao calor ocupacional, utilizarmos
. a NHO 06. Sobre o significado da
sigla M, utilizada na NHO nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.

a) Taxa Metabólica.

b) Metabolismo Geral.

c) Metabolismo Médio.

d) Média de Calorimetria.

e) Taxa Média de Calorimetria.

Resolução das atividades


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RESUMO
Neste estudo, foi possível demonstrar as diferenças e também as necessidades complementares que as Normas
Regulamentadoras (NRs) têm em função das Normas Brasileiras (NBR/ABNT), orientando o estudo ao fato de uma complementar
a outra no sentido de informações e direcionamento. Porém, as NRs são e têm força de lei, enquanto as NBRs são orientações de
procedimentos, o que nos leva a estudar as NBRs, pois elas também se aplicam à higiene ocupacional, de forma que
complementam as linhas de pensamento e de análises a fim de facilitar, em campo, a compreensão do ambiente laboral e o que
ocorre nele.

Da mesma forma, estudamos de forma oportuna a aplicação da NHO 01, ruído ocupacional, NHO 03, método de ensaio e análise
gravimétrica de aerodispersóides, e também a NHO 08, coleta de material particulado sólido suspenso no ar de ambientes de
trabalho. Metodologias estas que nos ajudam a caracterizar o ambiente laboral como salubre ou insalubre.

Assim, em nossas aulas, adquirimos conhecimentos que nos estimulam a buscar ainda mais o aprendizado profundo que envolve a
NR 15, em todos os seus aspectos e em suas aplicações, bem como as NHOs da Fundacentro, que, como vimos, nos norteiam por
meio de suas aplicações quanto às boas práticas da higiene ocupacional. Quando essas normas não forem suficientes para a nossa
expertise, devemos buscar algo a mais, que, por sua vez, encontraremos nas utilizações de padrões e normas internacionais,
quanto a sua sistemática e a sua padronização via Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Vimos comparações normativas nacionais e que também servem para esclarecer dúvidas e nos auxiliar na implantação de sistema
de gestão eficaz, as NBR/ABNT, que nos oferecem as diretrizes e a sistemática de consulta e aplicação no dia dia para as boas
práticas da higiene ocupacional.

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Material Complementar

Leitura
Manual Prático de Avaliação e Controle do Ruído - PPRA

Autor: Tuffi Messias Saliba

Editora: LTr

Sinopse: a nova edição do Manual Prático de Avaliação e Controle de


Ruído foi toda revisada e atualizada. Todos os capítulos foram
examinados e corrigidos os eventuais erros materiais. Além disso, foram
incluídos exemplos práticos com o objetivo de melhorar a compreensão
dos leitores, especialmente nos parâmetros de avaliação ocupacional de
ruído.

Comentário: alguns leitores e os participantes dos cursos de treinamento


de Tuffi Messias Saliba enviam comentários e sugestões a respeito dos
temas abordados no livro. Essas sugestões são importantes para a
melhoria contínua da obra. Vale ressaltar que esta obra e as outras do
mesmo autor visam, principalmente, a contribuir com o aperfeiçoamento
profissional dos leitores. Sendo assim, com base nas manifestações
recebidas de vários profissionais, se presume que esse objetivo foi
plenamente alcançado. Outro fator importante desse êxito é a parceria
de muitos anos com a LTr Editora, o que fez a obra alcançar a atual nona
edição.

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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Dia do Engenheiro e do Técnico de Segurança do Trabalho .

Disponível em: http://www.abnt.org.br/noticias/5014-dia-do-engenheiro-e-do-tecnico-de-seguran%C3%A7a-do-trabalho . Acesso


em: 30 ago. 2017.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 01 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído. Brasília: 2001.
Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/publicacao/detalhe/2012/9/nho-01-
procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-ao-ruido Acesso em: 30 ago. 2017.
.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 03 - Análise Gravimétrica de Aerodispersóides Sólidos Coletados
sobre Filtros de Membrana. Brasília: 2001. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/3/nho-03-metodo-de-ensaio-analise-gravimetrica-de-aerodispersoides-solidos-coletados-
sobre Acesso em: 30 ago. 2017.
.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 06 - Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor. Brasília: 2002.
Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional/publicacao/detalhe/2013/3/nho-06-
avaliacao-da-exposicao-ocupacional-ao-calor Acesso em: 30 ago. 2017.
.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 08 - Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de
Ambientes de Trabalho. Brasília: 2009. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional
/publicacao/detalhe/2013/3/nho-0-coleta-de-material-particulado-solido-suspenso-no-ar-de-ambientes-de-trabalho Acesso em:
.

30 ago. 2017.

GUIA TRABALHISTA. Norma Regulamentadora 1 - NR1 Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao


.

/nr/nr1.htm Acesso em: 30 ago. 2017.


.

TAVARES, Juliana. Ruído ocupacional pode causar zumbido. Deficiência Auditiva. 7 dez. 2016. Disponível em:
http://deficienciaauditiva.com.br/ruido-ocupacional-pode-causar-zumbido/ Acesso em: 30 ago. 2017.
.

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APROFUNDANDO

Leia esta reportagem sobre a avaliação na concausa das doenças


ocupacionais.

O estabelecimento ou não do nexo de concausa na Justiça do Trabalho tem sido um grande desafio e motivo de discussões
acaloradas, angústias e frustrações em peritos, assistentes técnicos e magistrados. Conforme o novo Manual de Acidentes de
Trabalho, publicado pelo INSS em maio de 2016, configurar-se-á o nexo causal, quando existir a ação direta do agente como causa
necessária à produção do dano. O nexo também estará caracterizado, quando o agente não for a causa necessária para o
estabelecimento do dano, mas contribuir para o seu aparecimento ou agravamento. Assim, o agente será considerado como
concausa, sendo estabelecido um nexo de concausalidade.

A Lei 8.213 em seu artigo 21 relata que "equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei, o acidente ligado ao
trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda
da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação".

O manual supracitado vai ao encontro do artigo "Os 5 critérios de Penteado para análise da concausa", divulgado desde 2014 nas
redes sociais. Esclarece o referido manual previdenciário que "concausa" é o conjunto de fatores, preexistentes ou supervenientes,
suscetíveis de modificar o curso natural do resultado de uma lesão. Trata-se da associação de alterações anatômicas, fisiológicas
ou patológicas que existiam ou possam existir, agravando um determinado processo. O manual informa que devem ser
considerados, para estabelecimento, a presença de modificação da história natural da doença, o fato da doença ou agravo ser, de
fato, multicausal, a existência real do fator de risco ocupacional e que este seja capaz de levar ao dano; e a possibilidade ou a
própria existência de atos contrários às normas de proteção à saúde do trabalhador.

Definição

Pode-se dizer que concausa preexistente é a existência de patologias ou alterações funcionais prévias ao evento lesivo ou à
exposição ao risco, que interferem direta ou indiretamente na doença ou na sequela. Estas situações podem ser conhecidas,
desconhecidas (estavam ainda em estágio assintomático), não diagnosticadas (já existiam sintomas, mas ainda não havia
diagnóstico médico efetivo) ou dissimuladas (o paciente sabia da doença, mas omitiu propositadamente). As do­enças mais comuns
encontradas em trabalhadores são, por exemplo, doenças discais em coluna vertebral, agravadas pela exposição ao risco de
levantamento de peso. São exemplos também doenças como o diabetes ou hipotireoidismo que sabidamente são causas de
diversas patologias, atuando então como concausas.

As concausas concorrentes ou concomitantes são aquelas que atuam de maneira simultânea ao agente lesivo. Exemplo clássico são
gestantes expostas a movimentos repetitivos de mãos e que apresentam síndrome do túnel do carpo ou tenossinovite de De
Quervain, aumentando a possibilidade de adoentar-se.

REFERÊNCIA
Fonte: PENTEADO, José Marcelo de Oliveira. A avaliação de concausa nas doenças ocupacionais pode ser feita de forma objetiva.
Revista Proteção Novo Hamburgo. 9 maio 2017. Disponível em: < http://www.protecao.com.br/noticias/leia_na_edicao_do_mes
,

/a_avaliacao_de_concausa_nas_doencas_ocupacionais_pode_ser_feita_de_forma_objetiva/JyyJJ9jyAQ/11357 >. Acesso em: 1 set.


2017.

PARABÉNS!

Você aprofundou ainda mais seus estudos!

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância; SANTOS ,

Edinei Aparecido Furquim dos.

Introdução à Higiene Ocupacional. Jonatas Marcos da Silva Santos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

34 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Higiene. 2. Ocupacional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 540

CIP - NBR 12899 - AACR/2

Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar

Diretoria de Design Educacional

Equipe Produção de Materiais

Fotos Shutterstock
:

NEAD - Núcleo de Educação a Distância

Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900

Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360

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HIGIENE OCUPACIONAL -
APLICAÇÃO DAS NORMAS DE
HIGIENE OCUPACIONAL (NHOS),
ANÁLISE DE RISCOS
OCUPACIONAIS, REGISTROS
OCUPACIONAIS

Professor :

Esp. Edinei Ap. Furquim dos Santos

Objetivos de aprendizagem
• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre as principais aplicações das Normas de Higiene Ocupacional (NHOs)
segundo a Fundacentro.

• Proporcionar aos acadêmicos conhecimentos sobre as análises de riscos ocupacionais.


• Proporcionar aos acadêmicos o conhecimento sobre as formas de coleta e de registros em campo.

Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:

• Aplicações Fundamentais das Normas de Higiene Ocupacional (NHOs 07, 09, 10)

• Aplicações e Análise de Riscos Ocupacionais

• Registros Ocupacionais

Introdução
O conhecimento sobre os aspectos importantes da higiene ocupacional, referente às normativas e leis nacionais, às normativas e
leis internacionais, capacita você, acadêmico(a), para, juntos, realizarmos o estudo introdutório sobre como cada um desses
elementos interage dentro da higiene ocupacional e qual é o efeito do uso de cada um deles. Passamos, a partir deste encontro, a
compreender que as avaliações ocupacionais são muito mais do que ir a um ambiente de trabalho e realizar um diagnóstico,
precisamos conhecer as nossas leis e normas, saber aplicá-las durante os nossos levantamentos, ou seja, saber aplicar toda essa
gama de conhecimento adquirido para coletar informações que sejam relevantes e representativas da realidade que o trabalhador
vivencia no seu dia dia.

Poderemos desenvolver metodologias de mitigação destes possíveis agentes prejudiciais que encontramos no dia dia laboral.
Nesta aula, seremos capazes de verificar metodologias relevantes de higiene ocupacional (NHOs) da Fundacentro, observando as
suas aplicações e as características técnicas, além de conhecer mais sobre as análises de riscos e a forma de documentação que
deve ser utilizada em campo para os registros ambientais. Também seremos capazes de desenvolver as nossas próprias
metodologias e a aplicar nossos conhecimentos a fim de realizar um bom trabalho, seja no sentido de levantamento ocupacional,
seja no treinamento e na divulgação de informações.

Você, acadêmico(a), aproveite o que estudaremos agora, fortaleça ainda mais a sua base conceitual, facilitando as suas tomadas de
decisão futuras. Bons estudos!

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APLICAÇÕES FUNDAMENTAIS DAS


NORMAS DE HIGIENE OCUPACIONAL
(NHOs 07, 09, 10)
Diante da necessidade de procedimentos de avaliação que servissem de base aos profissionais da saúde e segurança do trabalho,
em complementação aos anexos constantes da NR 15 e seus anexos, foram desenvolvidas um total de 10 Normas de Higiene
Ocupacional (NHOs) que serviram como base para esclarecer muitas dúvidas durante as diligências investigativas nos ambientes
laborais, tornando os trabalhos técnicos mais confiáveis e com melhores resultados.

Sendo assim, passaremos a compreender melhor algumas destas NHOs, quanto às suas aplicações, referências normativas,
definições, abreviaturas e símbolos, na seguinte sequência: NHO 07, calibração de bombas de amostragem individual pelo método
da bolha de sabão; NHO 09, procedimento técnico - avaliação da exposição ocupacional a vibração de corpo inteiro e NHO 10,
procedimento técnico - avaliação da exposição ocupacional a vibração em mãos e braços.

NHO 07 - Calibração de bombas de amostragem individual pelo


método da bolha de sabão
Aplicação
Este procedimento se aplica às vazões de até 6 litros por minuto (ℓ/min).

Definições, símbolos e abreviaturas


Bomba de amostragem individual: instrumento portátil e leve que forneça uma vazão de até 6 ℓ/min, provido de um sistema
de controle de vazão constante, que funciona com bateria recarregável e blindada para utilização em ambientes onde se
presume que exista risco de explosão e um sistema automático de controle de fluxo que lhe permita regular, de maneira
instantânea, as variações no fluxo do ar aspirado, com uma precisão de ± 5%.
Dispositivo de coleta: conjunto de materiais necessários para a coleta de um determinado contaminante presente no ar dos
ambientes de trabalho. Na figura 1, estão ilustrados alguns exemplos de dispositivos de coleta.

Figura 1 - Dispositivo de
coleta

Fonte: Brasil (2002).

Vazão de ar: volume de ar, em litros, que passa pelo dispositivo de coleta por unidade de tempo, em minutos.
Faixas de vazão
Alta vazão: acima de 500 mililitros por minuto (mℓ/min).
Baixa vazão: abaixo ou igual a 500 mililitros por minuto (mℓ/min.)
Calibração: operação que tem por objetivo levar o instrumento de medição a uma condição de desempenho e ausência de
erros sistemáticos adequados ao seu uso.
Sistema de calibração: sistema composto por bureta, mangueiras, dispositivo de coleta e bomba de amostragem (conforme
ilustrado na figura 2).
Figura 2 - Sistema de calibração

Fonte: Brasil (2002).

Bolha de sabão: é a película de água e sabão que se forma no interior da bureta durante a calibração da bomba de
amostragem.

Assim como todos os instrumentos que realizam leituras diretas ou indiretas, as bombas de amostragem
são passíveis de calibração. Na calibração de campo, é necessária a utilização de um calibrador de fluxo
digital de leitura direta ou do conjunto formado por um cilindro graduado (bureta) e um cronômetro, ambos
devidamente acoplados e calibrados com rastreabilidade ao INMETRO. Esta opção de calibração contempla
a perda de carga devido ao meio de coleta utilizado, mas não contempla a calibração do sistema de baixo
fluxo responsável pela desativação da amostragem em casos de obstrução.

Fonte: DP Union.

A calibração pelo método da bolha de sabão ainda é um método válido, porém, dependendo do local onde é realizada, o tempo
empregado para a calibração é muito grande. Hoje podemos substituir esse método por outras metodologias, como a mecânica e a
eletrônica.

NHO 09 - Procedimento técnico - avaliação da exposição


ocupacional à vibração de corpo inteiro
Aplicação
Segundo as definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 09 (BRASIL, 2013, p. 11), a norma se aplica à exposição ocupacional
de vibrações de corpo inteiro, independente da situação laboral e da posição em que a atividade é realizada, tanto em pé quanto
sentada.

Referências normativas
Segundo as definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 09 (BRASIL, 2013, p. 11), as edições das normas relacionadas a
seguir vigoravam, ainda, durante a elaboração da NHO 09. Os usuários devem estar atentos às edições mais recentes ou àquelas
que venham a substituí-las.
ISO 2631-1 (1997) - Mechanical vibration and shock. Evaluation of human exposure to whole-body vibration. Part 1:
General requirements.
ISO 8041 (2005) - Human response to vibration. Measuring instrumentation.

Definições, símbolos e abreviaturas


Segundo estipulado nas definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 09 (BRASIL, 2013, p. 11-17):
Aceleração instantânea [a (t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de tempo
ⱼ t, expressa em m/s²,
segundo um determinado eixo de direção j, sendo que corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z.
j

Aceleração instantânea [aj(t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de tempo t, expressa em m/s²,
segundo um determinado eixo de direção j, sendo que corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z.
j

Aceleração média (amj): raiz média quadrática dos diversos valores da aceleração instantânea ocorridos em um período de
medição, expressa em m/s², na direção j, definida pela expressão que segue:

Sendo que aⱼ(t) corresponde aos valores aₓ(t), a ᵧ (t)


ou a ᴢ (t), em m/s², segundo os eixos ortogonais x, y e
z, respectivamente, e t₂ – t₁ ao intervalo de

medição.

Aceleração média resultante (amr)*: corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados das acelerações médias, medidas
segundo os três eixos ortogonais x, y e z, definida pela expressão que segue:

Sendo:

am = aceleração média;

f = fator de multiplicação em função do eixo


considerado (f = 1,4 para os eixos x e y e f = 1,0


para o eixo z);

* -Este parâmetro amr pode ser obtido


diretamente em um medidor integrador
utilizando-se um acelerômetro triaxial.
Aceleração resultante de exposição parcial (arep ᵢ): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição
ocupacional relativa à componente de exposição i, ocorrida em uma parcela de tempo da jornada diária, considerando os
três eixos ortogonais. Este parâmetro poderá ser resultado de uma média aritmética das acelerações obtidas cada vez que o
componente de exposição é repetido, conforme expressão que segue:

Sendo:

amrᵢₖ = aceleração média resultante relativa à


k-ésima amostra selecionada dentre as repetições
da componente de exposição i;

s= número de amostras da componente de


exposição que foram mensuradas.
i

Aceleração resultante de exposição (are): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição
ocupacional diária, considerando os três eixos ortogonais e as diversas componentes de exposição identificadas, definida
pela expressão que segue:

Sendo:

arepᵢ = aceleração resultante de exposição parcial;

n = número de repetições da componente de


exposição ao longo da jornada de trabalho;


i

T = tempo*[a1] de duração da componente de


exposição i;

m = número de componentes de exposição que


compõem a exposição diária;

T = tempo de duração da jornada diária de


trabalho.

* Para fins desta norma, o parâmetro tempo pode


ser expresso em horas, minutos ou segundos em
função da conveniência de cálculo, desde que seja
mantida a coerência na análise dimensional.

Aceleração resultante de exposição normalizada (aren): corresponde à aceleração resultante de exposição (are) convertida
para uma jornada diária padrão de oito horas, determinada pela seguinte expressão:

Sendo:

are = aceleração resultante de exposição;

T = tempo de duração da jornada diária de


trabalho expresso em horas ou minutos;

T₀ = oito horas ou 480 minutos.


Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único valor de aceleração
resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser decorrente de uma única operação ou
consequência de duas ou mais operações executadas de forma sequencial.
Fator de crista (FC): módulo da razão entre o máximo valor de pico de a (t) e
ⱼ o valor de am ambas ponderadas em
ⱼ,

frequência.
Grupo de exposição similar (GES): corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de
forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte deste grupo seja representativo da exposição de todos
os trabalhadores que o compõem.
Limite de exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a
maioria dos trabalhadores possa estar exposta repetidamente sem sofrer efeitos adversos que possam resultar em dano à
sua saúde.
Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições à vibração causem danos à saúde do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
Ponto de medição: ponto(s) localizado(s) na zona de exposição, ou próximo(s) a está, cujos valores obtidos sejam
representativos da exposição da região do corpo atingida.
Valor da dose de vibração (VDV ): corresponde ao valor obtido a partir do método de dose de vibração à quarta

potência*[a2] [g3] determinado na direção j, sendo que corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z, expresso em m/s1,75,
j

definido pela expressão que segue:

Sendo:

= aceleração instantânea ponderada em


a (t)

frequência;

t = tempo de duração da medição.

* Aceleração à quarta potência terá a dimensão de


[m⁴/s⁸]. A integração no tempo resulta em [m ⁴ /s⁷].
Extraindo a raiz quarta do resultado, tem-se:
[m/s¹,⁷⁵].

Valor da dose de vibração (VDV ): corresponde ao valor de dose de vibração, determinado na direção
ⱼᵢ j, relativo às s

amostras da componente de exposição que foram mensuradas, definido pela expressão que segue:
i

Sendo:

VDVⱼᵢₖ = valor de dose de vibração relativa à


k-ésima amostra selecionada dentre as repetições
da componente de exposição i;

s= número de amostras da componente de


exposição que foram mensuradas.
i

Valor da dose de vibração da exposição parcial (VDVexpⱼᵢ): corresponde ao valor de dose de vibração representativo da
exposição ocupacional diária no eixo j, relativo à componente de exposição i, que pode ser obtido por meio da expressão que
segue:
Sendo:

VDVⱼᵢ = valor da dose de vibração medido no eixo j,

relativo à componente de exposição i;

Tₑₓₚ= tempo total de exposição à vibração, ao


longo de toda a jornada de trabalho, decorrente da
componente de exposição em estudo.
i

Corresponde ao número de repetições da


componente vezes o seu tempo de duração;

Tₐₘₒₛ = tempo total utilizado para a medição das s

amostras representativas da componente de


exposição i, em estudo:

T ₖ = tempo de medição relativo à k ésima amostra


selecionada dentre as repetições da componente
de exposição i;

s= número de amostras da componente de


exposição que foram mensuradas;
i

f = fator de multiplicação em função do eixo


considerado (f = 1,4 para os eixos x e y e f = 1,0


para o eixo z).

Valor da dose de vibração da exposição (VDVexp ): corresponde ao valor de dose de vibração representativo da exposição

ocupacional diária em cada eixo de medição, que pode ser obtido por meio da expressão que segue:

Sendo:

VDVexp = valor da dose de vibração da exposição


ⱼᵢ

representativo da exposição ocupacional diária no


eixo j, relativo à componente de exposição i;

m = número de componentes de exposição que


compõem a exposição diária.

Valor da dose de vibração resultante (VDVR): corresponde ao valor da dose de vibração representativo da exposição
ocupacional diária, considerando a resultante dos três eixos de medição, que pode ser obtido por meio da expressão que
segue:

Sendo:

VDVexp = valor da dose de vibração da exposição


ⱼ ,

representativo da exposição ocupacional diária no


eixo j, sendo igual a x, y ou z.
j
Zona de exposição: interface entre a fonte de vibração e a região do corpo

As amostragens de vibração de corpo inteiro são adotadas a fim de avaliar operadores que ficam expostos a equipamentos
cujas vibrações acabam por atingir partes do corpo e irradiar para o restante do corpo, por isso, a importância de se
compreender cada detalhe para a melhor análise dos resultados.

NHO 10 - Procedimento técnico - avaliação da exposição


ocupacional às vibrações em mãos e braços
Aplicação
A norma aplica-se à exposição ocupacional às vibrações em mãos e braços em quaisquer situações de trabalho.

Referências normativas
Segundo as definições da Norma de Higiene Ocupacional NHO 10 (BRASIL, 2013, p. 12-17), as edições das normas relacionadas a
seguir vigoravam, ainda, durante a elaboração da NHO 10. Os usuários devem estar atentos às edições mais recentes ou daquelas
que venham a substituí-las.
ISO 5349-1 (2001): Mechanical vibration - Measurement and evaluation of human exposure to hand-transmitted vibration -

Part 1: General requirements.


ISO 5349-2 (2001): Mechanical vibration - Measurement and evaluation of human exposure to hand-transmitted vibration -

Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace.


ISO 8041 (2005): Human response to vibration - Measuring instrumentation.

Definições, símbolos e abreviaturas


Aceleração instantânea [a (t)]: valor da aceleração ponderada em frequência, no instante de tempo
ⱼ t, expressa em m/s ²,

segundo um determinado eixo de direção j, sendo que corresponde aos eixos ortogonais x, y ou z.
j

Aceleração média (am ): raiz média quadrática dos diversos valores da aceleração instantânea ocorridos em um período de

medição, expressa em m/s ² na direção “j”, definida pela expressão que segue:
,

Sendo que a (t) corresponde aos valores a ₓ (t), a (t)


ⱼ ᵧ

ou a z (t), em m/s ² segundo os eixos ortogonais “x”,


,

“y” e “z”, respectivamente, e t₂ – t₁ ao intervalo de


medição.

Aceleração média (am ⱼᵢₖ )*: corresponde à aceleração média relativa à késima amostra obtida durante as repetições da
componente de exposição “i”, medida segundo um determinado eixo de direção “j”, sendo que “j” corresponde aos eixos
ortogonais “x”, “y” ou “z”.

* Este parâmetro am ⱼᵢₖ pode ser obtido diretamente em um medidor integrador utilizando-se um acelerômetro monoaxial
usado para medições em ferramentas percussivas, conforme subitem 6.3.7
Aceleração média resultante (amr)**: corresponde à raiz quadrada da soma dos quadrados das acelerações médias, medidas
segundo os três eixos ortogonais “x”, “y” e “z”, definida pela expressão que segue:

Sendo:

am = aceleração média;

f ⱼ = fator de multiplicação em função do eixo


considerado (f = 1,0 para os três eixos);

** Este parâmetro amr pode ser obtido


diretamente em um medidor integrador
utilizando-se um acelerômetro triaxial.

Aceleração média de exposição parcial (amep ): corresponde à aceleração média representativa da exposição ocupacional
ⱼᵢ

relativa à componente de exposição “i”, ocorrida em uma parcela de tempo da jornada diária, obtida segundo um
determinado eixo de direção “j”, sendo que “j” corresponde aos eixos ortogonais “x”, “y” ou “z”. Este parâmetro poderá ser
resultado de uma média aritmética das acelerações médias (am ⱼᵢₖ ) obtidas cada vez que a componente de exposição é
repetida, conforme expressão que segue:

Sendo:

am ⱼᵢₖ = aceleração média relativa à késima amostra


selecionada dentre as repetições da componente
de exposição “i” no eixo de direção “j”;

s= número de amostras da componente de


exposição “i” que foram mensuradas.

Aceleração resultante de exposição parcial (arepᵢ): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição
ocupacional relativa à componente de exposição “i”, ocorrida em uma parcela de tempo da jornada diária, considerando os
três eixos ortogonais. Este parâmetro poderá ser resultado de uma média aritmética das acelerações médias resultantes
(amr ᵢₖ ), obtidas cada vez que a componente de exposição é repetida, ou poderá ser obtido pela raiz quadrada da soma dos
quadrados das acelerações médias de exposição parcial (amep ), medidas segundo os três eixos ortogonais “x”, “y” e “z”,
ᵢⱼ

conforme expressões que seguem:

Sendo:

amep = aceleração média de exposição parcial,


ᵢⱼ

sendo “j” igual a “x”, “y” ou “z”;

amr ᵢₖ = aceleração média resultante relativa à


késima amostra selecionada dentre as repetições
da componente de exposição “i”;

s= número de amostras da componente de


exposição “i” que foram mensuradas.

Aceleração resultante de exposição (are): corresponde à aceleração média resultante representativa da exposição
ocupacional diária, considerando os três eixos ortogonais e as diversas componentes de exposição identificadas, definida
pela expressão que segue:

Sendo:

arep = aceleração resultante de exposição parcial;


n = número de repetições da componente de


exposição “i” ao longo da jornada de trabalho;


T = tempo* de duração da componente de

exposição “i”;

m = número de componentes de exposição que


compõem a exposição diária;

T = tempo de duração da jornada diária de


trabalho.

* Para fins desta norma, o parâmetro “tempo” pode


ser expresso em horas, minutos ou segundos em
função da conveniência de cálculo, desde que seja
mantida a coerência na análise dimensional.

Aceleração resultante de exposição normalizada (aren): corresponde à aceleração resultante de exposição (are) convertida
para uma jornada diária padrão de 8 horas, determinada pela seguinte expressão:

Sendo:

are = aceleração resultante de exposição;

T = tempo de duração da jornada diária de


trabalho, expresso em horas ou minutos;

T ₀ = 8 horas ou 480 minutos.

Componente de exposição: parte da exposição diária que pode ser representada por um único valor de aceleração
resultante de exposição parcial (arep). A componente de exposição pode ser decorrente de uma única operação ou
consequência de duas ou mais operações executadas de forma sequencial.
Forças de preensão: forças exercidas pelo trabalhador para segurar a ferramenta ou a peça que está sendo trabalhada.
Grupo de exposição similar (GES): corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de
forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de parte do grupo seja representativo da exposição de todos os
trabalhadores que compõem o grupo.
Limite de exposição (LE): parâmetro de exposição ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a
maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos ao sistema mão-braço que
possam resultar em danos à saúde do trabalhador.
Nível de ação: valor acima do qual devem ser adotadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições à vibração causem danos à saúde do trabalhador e evitar que o limite de exposição seja ultrapassado.
Ponto de medição: ponto(s) localizado(s) na zona de exposição, ou próximo(s) a essas, cujos valores obtidos sejam
representativos da exposição da região do corpo atingida.
Síndrome da vibração em mãos e braços (SVMB): corresponde à terminologia utilizada para se referir ao conjunto de
sintomas de ordem vascular, neurológica, osteoarticular, muscular e outros, ocasionados pela exposição ocupacional à
vibração em mãos e braços.
Zona de exposição: interface entre a fonte de vibração e a região do corpo.

As avaliações de vibração de mãos e braços, são mais perceptíveis, porém, não menos danosas. Os detalhes da norma são
interessantes para conhecimento e aplicação, devendo o profissional ficar atento.
“Ministro Dias aprova Anexo 1 da NR 9 - Brasília/DF - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias,
assinou nesta quarta-feira (13) a Portaria nº 1.297, publicada na Seção 1 do Diário Oficial da União do dia
14 de agosto de 2014, que institui o Anexo 1 (Vibração) da NR 9 (Programas de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA). O texto aprovado pelo ministro lista as medidas de prevenção e controle que os
empregadores devem tomar para evitar doenças e distúrbios de seus funcionários devido à exposição
ocupacional às Vibrações em Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI). Na ocasião também
foi assinada alteração no Anexo 8 (Vibração) da NR 15 (Atividades e Operações Insalubres), estabelecendo
critérios para caracterização da condições de trabalho insalubre decorrentes da exposição às VMB e VCI”.

Fonte: Revista Proteção (2014, on-line).

APLICAÇÕES E ANÁLISE DE RISCOS


OCUPACIONAIS
Em nossa área, estudamos os riscos ocupacionais em três categorias: os riscos ocupacionais oriundos de agentes físicos, os riscos
ocupacionais oriundos de agentes químicos e aqueles oriundos de agentes biológicos, cada um tratado de uma forma e
caracterizado conforme resultados de campo. Agentes esses capazes de causar agravos à saúde do trabalhador em função:
da natureza, concentração ou intensidade do agente;
do tempo de exposição do trabalhador;
da hipersensibilidade do trabalhador.

Classificação do agentes de riscos


Observamos, assim, que não basta a exposição ao agente considerado agressivo, temos que analisar muito além, buscando
verificar nos ambientes laborais características importantes, tais como: o tempo, a natureza e o trabalhador. Veja que, para isso,
temos que conhecer os riscos ocupacionais e como são classificados, para podermos analisar cada um da melhor forma possível
para a devida caracterização. Vejamos a classificação dos agentes conforme especificado anteriormente.
Riscos físicos: são causadores em potencial de doenças profissionais e provenientes de uma determinada fonte de energia.
Exemplo: ruído, vibrações, calor, frio, radiações ionizantes etc. Vejamos cada um mais detalhadamente.

a.Ruído: entende-se por ruído um barulho ou som desagradável, frequentemente produzido por máquinas, equipamentos
ou processos, cujos efeitos no organismo são:
distúrbios gastrointestinais;
irritabilidade;
vertigens;
nervosismo;
aceleração do pulso;
elevação da pressão arterial;
contração dos vasos sanguineos e músculos;
surdez;
impotência sexual.

b. Vibrações são oscilações, balanços, tremores, movimentos vibratórios e trepidações por máquinas e equipamentos
:

motorizados em funcionamento. Por exemplo: mangote vibrador de concreto; martelete pneumático, compactador
pneumático, motosserra, tratores, máquinas de terraplanagem, martelete pneumático, rebitadeiras pneumáticas,
perfuratrizes, compactador, serras manuais e etc. Caso a exposição seja por tempo prolongado, as vibrações podem produzir
danos físicos no organismo, tais como:
alterações musculares e ósseas;
problemas nervosos;
patologias ortopédicas;
problemas nas articulações;
distúrbios na coordenação motora;
enjoo e náuseas;
diminuição do tato.

c. Calor: uma das definições de calor é que ele se apresenta como uma forma de energia em trânsito, decorrente da
diferença de temperatura entre dois corpos, ou seja uma sensação que é produzida exteriormente pelo contato do corpo por
meio da pele com matéria aquecida ou proporcionada pelo ambiente. Paralelamente ao calor, podemos acrescentar as
chamadas radiações ultravioletas, que estão presentes, principalmente, nas operações de fusão de metais a altas
temperaturas, em soldas, siderurgia, indústria de vidro etc. Seus efeitos podem causar sérios problemas de saúde aos
trabalhadores, tais como:
insolação;
cãimbras;
problemas com o cristalino do globo ocular (catarata) e inflamação nos olhos (conjuntivite);
queimaduras;
fadiga;
queda de rendimento;
erros de percepção;
perturbações psicológicas.

d. Frio podemos dizer que é uma sensação produzida em função da perda de calor em um corpo, causada pela baixa
:

temperatura do meio em relação a esse corpo, que, por sua vez, dizemos que sente o frio. Os principais efeitos destacados
pela ação do frio são:
queimaduras;
gripes;
inflamações das amídalas;
resfriados;
algumas alergias;
congelamento dos pés e mãos;
problemas circulatórios.

Observação: estes tipos de ocorrências predominam, geralmente, em empresas como: frigoríficos (bovinos, aves,
suínos); alimentos congelados; industrialização de pescados, fábricas de gelo etc.

e. Radiação não ionizante: esta radiação é do tipo eletromagnético e se apresenta na forma de raios infravermelhos,
ultravioletas, micro-ondas e laser. Se apresenta com relevante importância, haja vista que os seus efeitos sobre a saúde
podem implicar em lesões e doenças. Esta radiação é oriunda, principalmente, de fornos; siderurgia; processo de solda; fusão
de metais; caldeiras e fornalhas etc. Podem produzir diversas alterações no organismo, tais como:
cefaleia;
vertigem;
debilidade;
alterações do tato e do olfato;
anorexia;
náuseas;
vômitos;
diarreia;
taquicardia;
arritmia;
queda de pressão sanguínea;
leucopenia;
trombocitopenia;
aumento do índice de sedimentação;
irritabilidade;
fobias;
insônia;
forte propensão a infecções;
estomatites;
gengivites;
faringites;
amidalites;
gastrite;
abscessos pulmonares;
broncopneumonias.

2. Riscos químicos: Caracterizam-se pela absorção pelo organismo de substâncias que produzem ação tóxica ou venenosa. Suas
vias de penetração podem ser digestiva, respiratória e/ou cutânea, nas formas de poeiras; fumos; névoas; neblinas; gases ou
vapores. Uma grande parte destas substâncias possuem características tóxicas e se constituem uma ameaça à saúde do
trabalhador e podem ser encontradas sob os estados físicos da matéria, ou seja, sólidos, líquidos e gasosos. Vejamos cada um
desses riscos mais detalhadamente.

a. Poeiras: são partículas sólidas em suspensão no ar, originadas de operação, tais como: esmerilhamento; trituração;
lixamento; impacto. E em outros processos ou manejo de variedades de materiais, tais como: metais; madeira; grãos;
minerais e outros.
b. Névoas: são partículas líquidas em suspensão no ar produzidas mecanicamente: pintura por pistola; spray. São presentes
também em processo de lubrificação.

c. Fumos: são partículas sólidas suspensas no ar, geradas pelo processo de condensação de vapores metálicos, produzidas
pela sublimação (passagem diretamente do sólido para o gasoso) de um metal. Geralmente, são produto de reação dos
vapores metálicos com o oxigênio do ar. Os fumos são produzidos em operações como: fundição; corte com oxigênio;
desbaste com esmeril e solda.

d. Fumaças: partículas sólidas ou líquidas combinadas com gases que se originam de combustões incompletas de materiais
orgânicos. Por exemplo: queima de madeira; carvão; produtos derivados de petróleo; líquidos inflamáveis; vegetais etc. As
fumaças contêm gases, gotículas e partículas secas.

e. Gases substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão, estão no estado gasoso. Por exemplo:
:

hidrogênio; nitrogênio; ar argônio; acetileno; dióxido de carbono; monóxido de carbono; dióxido de enxofre; G. L. P.; amônia
etc.

f.Vapores: são a fase gasosa de uma substância que, normalmente, é sólida ou líquida em condições normais de temperatura
e pressão. É possível encontrar concentrações de vapores quando se empregam solventes orgânicos; diluentes de tintas;
agentes de limpeza; álcool; xileno; tetracloreto de carbono; benzeno; tolueno; cloreto de etila; gasolina etc.

3. Riscos biológicos: representados pela ação de microorganismos patogênicos no organismo humano, como: bactérias; fungos;
bacilos; parasitas protozoários; vírus etc. Eles podem ser geradores de várias afecções à saúde dos trabalhadores. Sendo assim,
os casos mais comuns de manifestações são:
ferimentos;
lesões e machucaduras que podem provocar infecção por tétano;
hepatite;
tuberculose;
micoses de pele;
diarreias causadas pela falta de higiene em ambientes de alimentação;
falta de apetite;
mal-estar;
dores de estômago;
febre, entre outros.

Da mesma forma os agentes constantes das NR 15, anexo 14, agentes biológicos estão classificados nesta categoria em função
do trabalho ou de operações em contato permanente com:
pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso não previamente esterilizados;
carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e excrementos de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);
esgotos (galerias e tanques);
lixo urbano (coleta e industrialização); hospitais; serviços de emergência; enfermarias; ambulatórios; postos de vacinação
e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (se aplica unicamente ao pessoal que tenha
contato com os pacientes, bem como àqueles que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente
esterilizados);
hospitais; ambulatórios; postos de vacinação e outros estabelecimentos destinados ao atendimento e tratamento de
animais (se aplica apenas ao pessoal que tenha contato com tais animais);
contato em laboratórios; com animais destinados ao preparo de soro; vacinas e outros produtos;
laboratórios de análise clínica e histopatologia (se aplica somente ao pessoal técnico);
gabinetes de autópsias; de anatomia e histoanatomopatologia (se aplica somente ao pessoal técnico);
cemitérios (exumação de corpos);
estábulos e cavalariças e resíduos de animais deteriorados.

Conhecendo as categorias de riscos, as particularidades, tipos e possíveis ações geradoras de doenças aos trabalhadores,
passamos à fase de análise, para posterior tomada de decisão, sendo que as análises de risco devem ser realizadas a fim de
conhecer e registrar dados que comporão laudos, documentos de saúde e de segurança do trabalho de um modo geral.
Para a análise de riscos, possuímos diversas ferramentas que nos auxiliam no dia a dia, sendo a escolha de livre acesso aos
profissionais, e de tal maneira que, cada um dentro de sua expertise, possa realizar a análise da melhor forma. A classificação dos
riscos é um fator crítico em qualquer situação que envolva a segurança do trabalho, porém, o uso de uma das diversas técnicas, que
serão apresentadas na sequência deste material, permitirão a determinação dos riscos com uma exatidão cada vez maior e melhor.
Assim, qualquer risco poderá ser calculado e otimizado para o bem da empresa e de seus trabalhadores.

Técnicas de análise de riscos ocupacionais


Análise Preliminar de Riscos (APR)
Técnica que também é chamadas de Análise Preliminar de Perigos (APP), porém, é mais conhecida como Análise Preliminar de
Riscos (APR) e consiste em um estudo realizado durante a fase de concepção ou desenvolvimento de forma prematura de um novo
sistema ou serviço. A sua finalidade é determinar os riscos que poderão estar presentes na sua fase operacional,
preferencialmente.

A APR é, portanto, uma análise inicial de forma qualitativa, é desenvolvida na fase de projeto e desenvolvimento de um processo
qualquer, um produto ou um sistema. A APR possui especial importância na investigação de novos sistemas, sejam eles de alta
inovação e/ou poucos conhecidos. Ou seja, avaliando e investigando quando a experiência em riscos nas suas operações são
carentes ou deficientes. Esta técnica tem características básicas de análise inicial, mas também pode ser muito útil como
ferramenta de revisão geral de segurança em qualquer sistema operacional, pois pode revelar vários aspectos que, às vezes,
podem passar despercebidos em algumas circunstâncias.

A APR, portanto, não é uma técnica aprofundada de análise de riscos e geralmente precede outras técnicas mais detalhadas de
análise, já que o seu objetivo é determinar os riscos e as medidas preventivas antes da fase operacional. No estágio em que é
desenvolvida, podem existir, ainda, poucos detalhes finais do projeto e, neste caso, a falta de informações quanto aos
procedimentos é ainda maior, já que eles são geralmente definidos mais tarde.

Os princípios e metodologias da APR consistem em proceder uma revisão geral dos aspectos de segurança de forma padronizada,
descrevendo todos os riscos e fazendo a sua categorização de acordo com a norma internacional (MIL-STD-882). A partir da
descrição dos riscos, são identificados as causas (agentes) e efeitos (consequências) desses riscos, o que permitirá a busca e a
elaboração de ações e medidas de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas.

A priorização das ações é determinada pela categorização dos riscos, ou seja, quanto mais prejudicial ou maior for o risco, mais
rapidamente ele deve ser solucionado.

Desta forma, a APR tem a sua importância maior no que se refere à determinação de uma série de medidas de controle e
prevenção de riscos desde o início operacional do sistema, o que permite revisões de projeto em tempo hábil, no sentido de
oferecer mais segurança, além de definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos.

O desenvolvimento de uma APR passa por algumas etapas básicas.

a. Revisão de problemas conhecidos: consiste na busca de analogia ou de similaridade com outros sistemas, para a
determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema que está sendo desenvolvido, tomando como base as
experiências passadas.

b. Revisão da missão a que se destina: atentar para os objetivos, exigências de desempenho, principais funções e
procedimentos, ambientes onde se darão as operações etc. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e delimitar o
sistema que a missão irá abranger, a quem se destina, envolve quem, o quê, além de como será desenvolvida.

c.Determinação dos riscos principais: identificar os riscos com potencialidade para causar lesões diretas e imediatas, perda de
função (valor), danos aos equipamentos e perda de materiais.

d. Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: elaborar séries de riscos, determinando para cada risco principal
detectado, além dos riscos iniciais e contribuintes associados.

e.Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: elaborar um brainstorming dos meios possíveis de eliminação e de
controle de riscos, a fim de estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as exigências do sistema.
f. Analisar os métodos de restrição de danos: pesquisar os métodos possíveis que sejam mais eficientes para restrição geral, ou
seja, para a limitação dos danos gerados caso ocorra perda de controle sobre os riscos.

g.Indicação de quem levará a cabo as ações corretivas e/ou preventivas: indicar claramente os responsáveis pela execução de
ações preventivas e/ou corretivas, designando, também, para cada unidade, as atividades a desenvolver.

A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi enfatizado, necessita ser complementada por técnicas
mais detalhadas e apuradas. Em sistemas já bastante conhecidos, cuja experiência acumulada conduz a um grande número de
informações sobre riscos, esta técnica pode ser colocada em bypass e, neste caso, pode se partir diretamente para a aplicação de
outras técnicas mais específicas.

Técnicas de identificação de incidentes


Técnica de Incidentes Críticos (TIC)
A Técnica de Incidentes Críticos (TIC), também conhecida em português como Confessionário, e, em inglês, como Incident Recall, é
uma análise operacional, qualitativa, de aplicação na fase operacional de sistemas, cujos procedimentos envolvem o fator humano
em qualquer grau. É uma método para identificar erros e condições inseguras que contribuem para a ocorrência de acidentes com
lesões reais e potenciais, em que se utiliza uma amostra aleatória estratificada de observadores-participantes, selecionados
dentro de uma população.

A TIC possui grande potencial, principalmente naquelas situações em que se deseja identificar perigos sem a utilização de técnicas
mais sofisticadas, e ainda, quando o tempo é restrito. A técnica tem como objetivo a detecção de incidentes críticos e o tratamento
dos riscos que esses incidentes representam.

Os observadores-participantes são selecionados dentro dos principais departamentos da empresa, procurando representar as
diversas operações dela dentro das diferentes categorias de risco. Um entrevistador os interroga e os incita a recordar e a
descrever os incidentes críticos, ou seja, os atos inseguros que tenham cometido ou observado, e, ainda, as condições inseguras
que tenham lhes chamado a atenção. Os observadores-participantes devem ser estimulados a descrever tantos incidentes críticos
que possam recordar, sendo necessário, para tal, colocar a pessoa à vontade, procurando, entretanto, controlar as divagações. A
existência de uma setor de apoio psicológico é de grande utilidade durante a aplicação da técnica.

Os incidentes pertinentes, descritos pelos entrevistados, devem ser transcritos e classificados em categorias de risco, definindo, a
partir daí, as áreas problemáticas, bem como a priorização das ações para a posterior distribuição dos recursos disponíveis, tanto
para a correção das situações existentes como para a prevenção de problemas futuros. A técnica deve ser aplicada
periodicamente, reciclando os observadores- participantes a fim de detectar novas áreas problemáticas, e, ainda, para aferir a
eficiência das medidas já implementadas.

Estudos revelam que a TIC detecta fatores causais, em termos de erros e condições inseguras, que conduzem tanto aos acidentes
com lesão como aos acidentes sem lesão, além de identificar as origens de acidentes potencialmente com lesão.

Assim sendo, a técnica descrita, por analisar os incidentes críticos, permite a identificação e o exame dos possíveis riscos de
acidentes antes do fato, e não depois dele, tanto em termo das consequências com danos à propriedade como na produção de
lesões.

Técnicas de identificação de perigos


What-if (WI)
O processo What-if (WI) é uma técnica de análise qualitativa, que é muito simples e útil para um nível de detecção exaustiva de
riscos, tanto no processo quanto no projeto, não limitado às demandas das empresas.

O objetivo deste objetivo é testar possíveis omissões em projetos, procedimentos e padrões, bem como conselhos, qualificações,
etc., em ambientes de trabalho com o objetivo de identificar e abordar riscos.
A técnica é desenvolvida através de reuniões e questões entre as duas equipes. Os aspectos relacionados à situação da situação. O
questionário da equipe está bem informado e familiarizado com o sistema que está sendo avaliado, e esta equipe deve formular um
conjunto de requisitos antecipadamente, é o propósito do guia de discussão. Para a aplicação do What-if (WI), o requisito técnico e
administrativo que inclui os princípios do grupo dinâmico é usado e deve ser usado periodicamente. O uso periódico do
procedimento é o que torna seus resultados satisfeitos no processo de avaliação de risco.

What if – descrição da ferramenta

What if é uma técnica qualitativa de cunho geral, de simples aplicação e muito útil como primeira
abordagem, na identificação e detecção de riscos, em qualquer fase do projeto ou processo.

A aplicação da ferramenta consiste em reuniões de uma equipe especializada, conhecedora do processo,


que avalia o fluxo o processo, os subprocessos envolvidos, as entradas e saídas, e, com base no
conhecimento de cada integrante, são levantadas questões do tipo “What if?”, ou, em Português, “E se?”

Fonte: Stonner (2014).

A aplicação do What-if, resulta em uma avaliação de um amplo espectro de riscos, bem como a geração de possíveis soluções para
os problemas levantados, além disso, o consenso entre as áreas de atuação, como produção, processamento e segurança da
maneira mais segura de operar a planta. O procedimento de relatório também fornece um material fácil de entender que serve a
fonte de treinamento e uma base para futuras revisões.

Nas culturas empresariais mais eficientes no controle de riscos, os procedimentos dos departamentos técnicos e das equipes de
análise produzem revisões rápida e eficientemente. Diversos autores sugerem, ainda, alguns passos básicos quanto à sua
aplicação.

a. Formação do comitê de revisão: montagem das equipes e seus integrantes.

b. Planejamento prévio: planejamento das atividades e dos pontos a serem abordados na aplicação da técnica.

c. Reunião organizacional: com a finalidade de discutir procedimentos, programação de novas reuniões, definição de metas
para as tarefas e informações aos integrantes sobre o funcionamento do sistema sob análise.

d. Reunião de revisão de processo: para os integrantes ainda não familiarizados com o sistema em estudo.

e. Reunião de formulação de questões: formulação de questões do tipo “o que/e se”, começando do início do processo e
continuando ao longo dele, passo a passo, até o produto acabado colocado na planta do cliente.

f.Reunião de respostas às questões (formulação consensual): em sequência à reunião de formulação de questões, cabe à
responsabilidade individual o desenvolvimento das respostas escritas às questões. As respostas serão analisadas durante a
reunião de respostas às questões, sendo cada resposta categorizada como: resposta aceita pelo grupo tal como submetida ou
grupal, em que a análise de riscos tende a se fortalecer.

g. Relatório de revisão dos riscos do processo: o objetivo é documentar os riscos identificados na revisão, bem como registrar
as ações recomendadas para a eliminação ou o controle desses riscos.

Técnicas de análise detalhadas


Análise de Modos de Falha e Efeito (AMFE) ou Failure Modes and Effects Analysis (FMEA)
A Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) é uma análise detalhada, podendo ser qualitativa ou quantitativa, e permite analisar
as maneiras pelas quais um equipamento ou sistema podem falhar e os efeitos que poderão advir, estimando, ainda, as taxas de
falha e propiciando o estabelecimento de mudanças e alternativas que possibilitem uma diminuição das probabilidades de falha,
aumentando a confiabilidade do sistema.

De acordo com Hammer (1993, apud ALBERTON, 1996), a confiabilidade é definida como a probabilidade de uma missão ser
concluída com sucesso dentro de um tempo específico e sob condições específicas. A AMFE foi desenvolvida por engenheiros de
confiabilidade para permitir a eles determinar a confiabilidade de produtos complexos. Para isto, é necessário o estabelecimento
de como e quão frequentemente os componentes do produto podem falhar, e então, a análise é estendida para avaliar os efeitos de
tais falhas.

Apesar de sua utilização ser geral, a AMFE é mais aplicável às indústrias de processo, principalmente quando o sistema em estudo
possui instrumentos de controle, levantando necessidades adicionais e defeitos do projeto, definindo configurações seguras para
ele quando ocorrem falhas de componentes críticos ou suprimentos. A técnica auxilia, ainda, na determinação e no encadeamento
dos procedimentos para contingências operacionais, quando o sistema é colocado em risco e a probabilidade de erro devido às
ações não estruturadas é alta, dependendo da ação correta dos operadores.

A AMFE é realizada, primeiramente, de forma qualitativa, especialmente na revisão sistemática de modos de falha de
componentes, cujas falhas têm efeito crítico na operação do sistema, sempre procurando garantir danos mínimos ao sistema como
um todo. Posteriormente, pode se proceder à análise quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou probabilidade de falha do
sistema ou subsistema, por meio de seus componentes, bem como na determinação de como poderiam ser reduzidas essas
probabilidades, inclusive pelo uso de componentes com confiabilidade alta ou pela verificação de redundâncias de projeto.

Para proceder ao desenvolvimento da AMFE ou de qualquer técnica, é primordial que se conheça e se compreenda o sistema em
que se está atuando e quais são a função e os objetivos dele, as restrições sob as quais irá operar, além dos limites que podem
representar sucesso ou falha. O bom conhecimento do sistema em que se atua é o primeiro passo para o sucesso na aplicação de
qualquer técnica, seja ela de identificação de perigos, de análise ou de avaliação de riscos.

Conhecido o sistema e suas especificidades, se passa do seguimento à análise, cabendo à empresa idealizar o modelo que melhor
se adapte a ela. Um procedimento proposto para o preenchimento de várias colunas é o seguinte:

a. dividir o sistema em subsistemas que podem ser efetivamente controlados;

b. traçar diagramas de blocos funcionais do sistema e subsistemas, para determinar os inter-relacionamentos existentes;

c. preparar um check list dos componentes de todos os subsistemas e sua função específica;

d.determinar, por meio de análise de projetos e diagramas, os modos possíveis de falha que possam afetar outros componentes.
Os modos básicos de falha devem ser agrupados em quatro categorias:

I. falha em operar no instante prescrito;

II. falha em cessar de operar no instante prescrito;

III. operação prematura;

IV. falha em operação.

e. Indicar os efeitos de cada falha sobre outros componentes e como ela afeta a operação do mesmo;

f.estimar a gravidade de cada falha específica de acordo com as categorias de risco, para possibilitar a priorização de
alternativas;

g. indicar os métodos usados para detecção de cada falha específica;

h. formular possíveis ações de compensação e reparos que podem ser adotados para eliminar ou controlar cada falha específica
e seus efeitos;

i. determinar as probabilidades de ocorrência de cada falha específica para possibilitar a análise quantitativa.

Como descrito, a AMFE analisa de forma geral os modos de falha de um produto. Porém, em um produto podem existir certos
componentes ou um conjunto deles que sejam especificamente críticos para a missão a que se destina o produto ou para a
segurança do operador. Portanto, de acordo com Hammer (1993, apud ALBERTON, 1996), a esses componentes críticos deve ser
dada especial atenção, sendo mais completamente analisados do que outros. A análise, similar à AMFE, que se preocupa com a
análise detalhada desses componentes críticos, é conhecida como Modos de Falha e Análise de Efeitos (FMEA, Failure Modes and
Effects Analysis).
Tanto a AMFE como a FMEA são bastante eficientes quando aplicadas a sistemas mais simples e de falhas mais singelas, porém,
quando a complexidade é maior, se recomenda o uso de outras técnicas, por exemplo, a Análise de Árvore de Falhas.

Análise de Árvore de Falhas (AAF), Fault Tree Analysis (FTA)


A Análise de Árvore de Falhas (AAF) foi primeiramente concebida por H.A. Watson, dos laboratórios Bell Telephone em 1961, a
pedido da Força Aérea Americana para a avaliação do sistema de controle do Míssil Balístico Minuteman.

A AAF é um método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha) e encontra sua melhor
aplicação no estudo de situações complexas. Ela determina a frequência de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação
lógica das falhas de diversos componentes do sistema.

O principal conceito na AAF é a transformação de um sistema físico em um diagrama lógico estruturado (a árvore de falhas), em
que são especificadas as causas que levam à ocorrência de um específico evento indesejado de interesse, chamado evento topo.

O evento indesejado recebe o nome de evento topo por uma razão bem lógica, já que na montagem da árvore de falhas, esse
evento é colocado no nível mais alto. A partir deste nível, o sistema é dissecado de cima para baixo, enumerando todas as causas ou
combinações delas que levam ao evento indesejado. Os eventos do nível inferior recebem o nome de eventos básicos ou primários,
pois são eles que dão origem a todos os eventos de nível mais alto.

A AAF é uma técnica dedutiva que se focaliza em um acidente particular e fornece um método para determinar as causas deste
acidente, é um modelo gráfico que dispõe várias combinações de falhas de equipamentos e de erros humanos que possam resultar
em um acidente. O método é considerado uma técnica de pensamento-reverso, ou seja, o analista começa com um acidente ou
evento indesejável que deve ser evitado, e, identificadas as causas imediatas do evento, cada uma é examinada até que o analista
tenha identificado as causas básicas de cada evento. Portanto, é certo supor que a árvore de falhas é um diagrama que mostra a
inter-relação lógica entre essas causas básicas e o acidente.

A diagramação lógica da árvore de falhas é feita utilizando símbolos e comportas lógicas, indicando o relacionamento entre os
eventos considerados. As duas unidades básicas ou comportas lógicas envolvidas são os operadores E e OU, que indicam o
relacionamento causal entre eventos dos níveis inferiores que levam ao evento topo. As combinações sequenciais desses eventos
formam os diversos ramos da árvore.

A AAF pode ser executada em quatro etapas básicas: definição do sistema, construção da árvore de falhas, avaliação qualitativa e
avaliação quantitativa.

Embora tenha sido desenvolvida com o principal intuito de determinar a probabilidade, como técnica quantitativa, a AAF é
comumente usada também por seu aspecto qualitativo, porque, desta forma e de maneira sistemática, os vários fatores, em
qualquer situação a ser investigada, podem ser visualizados. Segundo Hammer (1993), os resultados da análise quantitativa são
desejáveis para muitos usos, contudo, para proceder à análise quantitativa, deve ser realizada, primeiramente, a análise
qualitativa, sendo que muitos analistas creem que, deste modo, obter resultados quantitativos não requer muitos esforço
adicionais.

Assim, a avaliação qualitativa pode ser usada para analisar e determinar quais combinações de falhas de componentes, erros
operacionais ou outros defeitos podem causar o evento topo. Já a avaliação quantitativa é utilizada para determinar a
probabilidade de falha no sistema pelo conhecimento das probabilidades de ocorrência de cada evento em particular. Desta forma,
o método AAF pode ser desenvolvido por meio das seguintes etapas:

a. seleção do evento indesejável ou falha, cuja probabilidade de ocorrências deve ser determinada;

b. revisão dos fatores intervenientes: ambiente, dados do projeto, exigências do sistema etc., determinando as condições,
eventos particulares ou falhas que possam vir a contribuir para a ocorrência do evento topo selecionado.

c.montagem, por meio de diagramação sistemática, dos eventos contribuintes e falhas levantadas na etapa anterior, mostrando
o inter-relacionamento entre esses eventos e as falhas em relação ao evento topo. O processo se inicia com os eventos que
poderiam, diretamente, causar tal fato, formando o primeiro nível, o nível básico. À medida que se retrocede, passo a passo, até
o evento topo, são adicionadas as combinações de eventos e falhas contribuintes. Desenhada a árvore de falhas, o
relacionamento entre os eventos é feito por meio das comportas lógicas;

d. por meio de Álgebra Booleana são desenvolvidas as expressões matemáticas adequadas, que representam as entradas da
árvore de falhas. Cada comporta lógica tem, implícita, uma operação matemática, podendo ser traduzida, em última análise, por
ações de adição ou multiplicação.
e. determinação da probabilidade de falha de cada componente, ou seja, a probabilidade de ocorrência do evento topo será
investigada pela combinação das probabilidades de ocorrência dos eventos que lhe deram origem.

Para proceder ao estudo quantitativo da AAF, é necessário conhecer e relembrar algumas definições da Álgebra de Boole. A
Álgebra Booleana foi desenvolvida pelo matemático George Boole para o estudo da lógica. Suas regras e expressões em símbolos
matemáticos permitem simplificar problemas complexos. É principalmente usada em áreas de computadores e outras montagens
eletromecânicas, e também, em análise de probabilidades, em estudos que envolvem decisões, e, mais recentemente, em
segurança de sistemas.

Para a árvore de falhas, as probabilidades dos eventos, calculadas obedecendo as determinações das comportas lógicas, resultam
em:

E = A intersec. D

D = B união C

E = A intersec. B união C

P(E) = P(A intersec. B união C).

Vejamos, a seguir, o esquema de uma árvore de falhas.

Figura 3 - Esquema de uma árvore de falhas

Fonte: o autor.

A AAF, não necessariamente, precisa ser levada até a análise quantitativa, entretanto, mesmo ao se aplicar o procedimento de
simples diagramação da árvore, é possível a obtenção de um grande número de informações e conhecimentos muito mais
completo do sistema ou da situação em estudo, propiciando uma revisão bastante clara da questão e das possibilidades imediatas
de ação no que se refere à correção e à prevenção de condições indesejadas.

O uso da árvore de falhas pode trazer, ainda, outras vantagens e facilidades: a determinação da sequência mais crítica ou provável
de eventos, dentro dos ramos da árvore, que levam ao evento topo; a identificação de falhas singulares ou localizadas importantes
no processo; o descobrimento de elementos sensores (alternativas de solução) cujo desenvolvimento possa reduzir a
probabilidade do contratempo em estudo. Geralmente, existem certas sequências de eventos centenas de vezes mais prováveis na
ocorrência do evento topo do que outras e, portanto, é relativamente fácil encontrar a principal combinação ou combinações de
eventos que precisam ser prevenidas, para que a probabilidade de ocorrência do evento-topo diminua.

Além dos aspectos citados, a AAF encontra aplicação para inúmeros outros usos, como: solução de problemas diversos de
manutenção, cálculo de confiabilidade, investigação de acidentes, decisões administrativas, estimativas de risco etc.
REGISTROS OCUPACINAIS

Formulários ocupacionais de levantamento de dados


Quando tratamos dos registros ocupacionais, devemos levar em conta que são documentos tão importantes quanto os
documentos oficiais que serão elaborados após toda a coleta de dados em campo, não devendo esses serem tratados como meros
rascunhos, pois sua importância é muito grande. Os registros de dados se referem a tudo que fará parte do documento base, são
compostos de relatórios de antecipação ou de reconhecimento de risco, que, posteriormente, servirão de amparo técnico e legal
para compor os laudos técnicos de avaliação quantitativa dos agentes ambientais. Um fato extremamente relevante é que as
normas de saúde e segurança do trabalho definem alguns tempos para guardar e conservar os documentos principais, levando em
conta que o registro de dados deverá ser mantido por um período mínimo de 20 anos, já que este é o prazo para a prescrição das
ações cíveis.

Sendo assim, conforme exposto anteriormente, um bom levantamento de campo, em bons formulários, poderá fazer toda a
diferença, mas é o prevencionista que deve, diante dos inúmeros modelos existentes, definir qual é o melhor que lhe convier, sendo
este adotado e modificado da melhor forma possível, e que lhe atenda às expectativas na hora da elaboração dos documentos de
saúde e segurança do trabalho.

Alguns exemplos de formulários serão, a partir deste momento, apresentados, porém, em caráter informativo e ilustrativo, sendo
conferida a decisão de uso ou não ao profissional da saúde e segurança do trabalho.

Modelos de levantamento de ruído ocupacional


Figura 4 - Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional ao ruído, métodos e efeitos
combinados

Fonte: o autor.
Figura 5 - Modelo de formulário de exposição ocupacional ao ruído, análise de frequências

Fonte: o autor.
Figura 6 - Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional ao ruído,
método da dose acumulada

Fonte: o autor.

Modelo de levantamento de estresse térmico


Figura 7 - Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional ao calor

Fonte: o autor.

Modelo de levantamento de aerodispersóides - poeiras


Figura 8 - Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional à poeira

Fonte: o autor.

Modelos de levantamento de aerodispersóides - gases e vapores


Figura 9 - Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional aos gases e
vapores

Fonte: o autor.
Figura 10 - Modelo de formulário de avaliação de exposição ocupacional aos gases e
vapores, método tubo de carvão ativado

Fonte: o autor.

Todos estes modelos são elaborados de acordo com as boas práticas da higiene ocupacional, podendo ser utilizados tanto quanto
coleta de dados, como também anexados aos laudos, e contêm muitas informações de extrema relevância para o profissional
durante suas diligências. Como dito em outras oportunidades, cada profissional deverá, dentro de sua necessidade, elaborar seus
formulários da melhor forma que lhe convier.

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ATIVIDADES
1. Sabemos que as normas brasileiras (NBRs) são apoio às Normas Regulamentadoras (NRs), e, neste sentido, também o são as
Normas de Higiene Ocupacional (NHOs) da Fundacentro, para tratar de quesitos técnicos legais na hora da aplicação e da
avaliação em campo. Sabemos que a NR 15 somente não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos
praticar a boa higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e, quanto à calibração de bombas de
amostragem individual pelo método da bolha de sabão, utilizarmos a NHO 07. Analise as afirmativas a seguir e assinale
verdadeiro (V) ou falso (F).

( A bomba de amostragem utilizada para realizar as coletas individuais deve fornecer uma vazão de até 5 litros/minuto, sendo as
)

variações de fluxo do ar aspiradas com precisão de 6%.

( Para a vazão de ar, temos que ela se refere ao volume de ar que


) é medido em litros e que passa por um dispositivo de coleta,
tendo, como unidade de tempo, os minutos.

( O sistema composto por bureta, mangueiras, dispositivo de coleta e bomba de amostragem pode ser chamado de sistema de
)

calibração.

( Bolha de sabão é o nome simplista dado ao equipamento por onde passa o ar para calibrar o equipamento chamado bomba de
)

fluxo de ar, sendo assim, simplesmente, um nome representativo para o equipamento.

A sequência correta para a resposta da questão, é:

a) V, F, V, F.

b) F, V, V, F.

c) V, V, V, V.

d) F, F, F, F.

e) F, F, V, V.

2. Sabemos também que a NR 15, somente, não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos praticar a boa
higiene ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao procedimento técnico - avaliação da
exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro, utilizarmos a NHO 09. Em relação ao significado da sigla (GES) segundo a NHO,
utilizada nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.
a) Grupo especializado em saúde.

b) Guia de experimento similar.

c) Guia de exposição à saúde.

d) Grupo de exposição similar.

e) Grupo exposto simultâneo.

3. Sabemos que a NR 15, somente, não consegue nos oferecer parâmetros suficientes para que possamos praticar a boa higiene
ocupacional. Sendo assim, o parâmetro principal é usar as NHOs, e quanto ao procedimento técnico - avaliação da exposição
ocupacional às vibrações em mãos e braços, utilizarmos a NHO 10. Em relação ao significado da sigla (SVMB) utilizada pela NHO
nas avaliações ocupacionais, assinale a alternativa correta.

a) Símbolo da vibração em mãos e braços.

b) Simetria da vibração em mãos e braços.

c) Semelhante vibração em mãos e braços.

d) Síndrome da vibração em mãos e braços.

e) Semelhança da vibração em mãos e braços.

4 Os riscos ocupacionais são amplamente estudados na higiene ocupacional, com grande ênfase aos riscos oriundos de agentes
.

biológicos, agentes físicos e agentes químicos. Os tratamos para a caracterização de formas individuais e os subdividimos
conforme a sua categoria distribuída em relação aos agentes agressores. Porém, os maiores grupos de estudos quanto às
avaliações estão relacionados aos agentes químicos e físicos. Quanto às categorias em relação ao estudo dos agentes de risco,
analise as assertivas a seguir.

I. Estudo relativo à natureza, à concentração e à frequência de exposição ao agente.

II. Estudo em relação ao tempo de exposição do trabalhador ao agente.

III. Estudo em relação à hipersensibilidade do trabalho em função do risco.

IV. Estudo em função da natureza, da concentração ou da intensidade do agente no ambiente.

Está correto o que se afirma em:

a) I e II, apenas.

b) II e III, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

5 Ao avaliarmos a higiene ocupacional, passamos a gerar um histórico ocupacional, dados fundamentais para toda uma vida do
.

trabalhador, bem como da empresa, dados esses que representam a realidade exposta e como se desenvolvem as atividades em
determinadas épocas e/ou períodos. Portanto, esses registros são fundamentais e de extrema importância e relevância para o
preenchimento de documentos legais quanto ao histórico laboral. Sobre a importância do registro e da guarda desses documentos
por um determinado período de tempo, assinale a alternativa correta.

a) 5 anos.
b) 10 anos.

c) 15 anos.

d) 20 anos.

e) 25 anos.

Resolução das atividades

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RESUMO
Nestas aulas finais, foram expostos itens e dados de extrema relevância para as boas práticas da higiene ocupacional, sendo apenas
uma base de tudo o que é importante em relação ao conhecimento que o profissional de saúde e segurança do trabalho deve ter.
Os estudos proporcionados nesta introdução à higiene ocupacional foram destinados a aguçar o seu interesse, portanto, foram
abordados temas relacionados às aplicações fundamentais da Normas de Higiene Ocupacional em relação às NHOs (07, 09, 10), e,
também, as aplicações e análise de riscos ocupacionais por meio de modelos usuais e das suas bases teóricas, além de alguns
modelos para a formalização dos registros ocupacionais, complementando, assim, os aspectos importantes e relevantes ao seu
estudo da higiene ocupacional.

Agora que conhecemos com maior profundidade tais aspectos referente às normativas e leis nacionais, assim como às normativas
e leis internacionais, no momento em que realizamos o estudo introdutório sobre cada um desses elementos e como eles se
interagem dentro da higiene ocupacional, e o efeito do uso de cada um, aprendemos o quanto é importante ter a disciplina de
observar mais e compreender que as avaliações ocupacionais são muito mais do que simplesmente ir a um ambiente de trabalho e
realizar um diagnóstico do que existe e do que não existe. Você, acadêmico(a), descobriu que é necessário conhecer nossas leis e
normas, porém, muito mais do que isso, é necessário aplicar a realidade que o trabalhador vivencia no seu cotidiano.

Outro fato importante é que, em nossos encontros, aprendemos que os registros ocupacionais são de fundamental importância e
que não devemos descartá-los ou tratá-los como simples rascunho, pois, quando bem realizados, servem como memória de tudo
que aconteceu, devendo ser colocados junto à documentação oficial ou a uma cópia dela para servir como base para outras
avaliações, ou até mesmo, para esclarecer dúvidas futuras em momentos oportunos.

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Material Complementar

Leitura
Higiene ocupacional (agentes biológicos, químicos e físicos)

Autor: Ezio Brevigliero, José Possebon, Robson Spinelli

Editora: Senac

Sinopse: reunindo especialistas das ciências biológicas, químicas e físicas,


este livro apresenta detalhadamente as normas, diretrizes e indicações
de segurança das áreas citadas, demonstrando, por exemplo, como evitar
doenças ocupacionais, qual a forma ideal de armazenamento de produtos
químicos e como as temperaturas extremas de calor e frio afetam o
desempenho e a saúde do profissional. Temas como enclausuramento,
riscos de sabotagem, tipos de radiação e seus efeitos, acidentes de
mergulho, entre diversos outros, também são abordados.

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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS - ABHO. Ministro Dias aprova Anexo 1 da NR 9. In: Revista
Proteção Novo Hamburgo. 14 jul. 2014. Disponível em: http://www.protecao.com.br/noticias/legal
,

/ministro_dias_aprova_anexo_1_da_nr_9/AQyAJyjy/7019 Acesso em: 30 ago. 2017.


.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 07 - Calibração de Bombas de Amostragem Individual pelo Método
da Bolha de Sabão. Brasília: 2002. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-ocupacional
/publicacao/detalhe/2013/3/nho-07-calibracao-de-bombas-de-amostragem-individual-pelo-metodo-da-bolha-de-sabao Acesso .

em: 30 ago. 2017.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 09 - Avaliação da Exposição Ocupacional às Vibrações de Corpo
Inteiro: Procedimento Técnico. Brasília: 2013. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/4/nho-09-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-a-vibracao-de-
corpo-inteiro Acesso em: 30 ago. 2017.
.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Fundacentro. NHO 10 - Avaliação da Exposição Ocupacional às Vibrações em Mãos e
Braços: Procedimento Técnico. Brasília: 2013. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/biblioteca/normas-de-higiene-
ocupacional/publicacao/detalhe/2013/4/nho-10-procedimento-tecnico-avaliacao-da-exposicao-ocupacional-a-vibracao-em-
maos-e Acesso em: 30 ago. 2017.
.

DP UNION. Entenda o que são bombas de amostragem Disponível em: http://www.dpunion.com.br/blog/entenda-o-que-sao-


.

bombas-de-amostragem/ Acesso em: 31 ago. 2017.


.

HAMMER, Willie. Occupational Safety Management and Engineering. Englewood: Prentice Hall, 1993 apud ALBERTON, Anete.
Uma metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos e na seleção de alternativas de investimentos em segurança 1996. .

193f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1996. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/76462/104023.pdf?sequence=1 .

Acesso em 31 ago. 2017.

STONNER, Rodolfo. What if - ferramenta para identificação de riscos. BlokTek by Stonner 09 fev. 2014. Disponível em:
.

http://blogtek.com.br/what-if-ferramenta-identificacao-riscos/ Acesso em: 31 ago. 2017.


.

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APROFUNDANDO

Entidades destacam a importância do planejamento para o uso do


medidor em todas as etapas da obra.

As atividades com exposição à vibração ocupacional merecem uma atenção especial no setor da construção civil. Saber dos riscos
que envolvem a atividade é crucial na prevenção de acidentes, principalmente para os profissionais que manuseiam britadeiras,
compactadores de solo, marteletes, retroescavadeiras, entre outros equipamentos que produzem vibrações. “As empresas devem
sempre avaliar medidas para reduzir, eliminar ou controlar os riscos em todas as etapas das obras e, principalmente, manter o
trabalhador bem orientado sobre quais efeitos podem ocorrer se ele não estiver com uma proteção adequada”, diz o engenheiro de
Segurança do Trabalho, Michel Sotelo.

Segundo Sotelo, as consequências da vibração no corpo dependem de quatro fatores: pontos de aplicação no corpo, frequência das
oscilações, aceleração das oscilações e duração da exposição. Ao contrário de outros agentes de riscos, a vibração ocupacional
requer contato. “Ninguém fica exposto passivamente, como ocorre no ruído, por exemplo. No caso da vibração, o contato faz parte
do processo”, diz.

De acordo com o engenheiro, os agentes de vibração no corpo humano podem ter efeitos crônicos que dependem da intensidade e
do tempo de exposição do trabalhador e, muitas vezes, levam a problemas irreversíveis. “Se não houver proteção adequada, as
doenças podem ser de ordem vascular, neurológica, osteoarticular e muscular”, afirma.

Um problema comum é o da Síndrome de Raynaud, popularmente conhecida como doença dos “dedos brancos”. “Com a
continuidade da exposição ao movimento vibratório nas mãos, o trabalhador passa a ficar com as pontas dos dedos brancas, e
começa a perder a capacidade manual, controle e sensibilidade em seus dedos. É geralmente apenas nesse estágio que alguns
trabalhadores passam a se cuidar, pois não conseguem mais exercer suas atividades corriqueiras”, explica.

O engenheiro reforça a importância da medição em todas as etapas da obra. “As empresas devem se planejar para analisar em
quais atividades os trabalhadores estão expostos a riscos de vibração, por meio de avaliações técnicas no local de trabalho”, diz.

Sotelo relata que os riscos devem estar descritos no LTCAT (Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho) o qual servirá de
embasamento para o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). A identificação destes riscos deve estar incluída no PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e no PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional). Por meio
dessas medidas, é possível se antecipar e controlar os efeitos da saúde do trabalhador antes que surjam doenças”, diz.
Legislação
Existem no Brasil procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho, regidos pelas Normas
Regulamentadoras, também conhecidas como NRs. Citadas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), as NRs são de observância
obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT e são periodicamente revisadas pelo Ministério do Trabalho. As
regras que dizem respeito aos níveis de vibração ocupacional que o trabalhador pode ficar exposto, são previstas pela NR-15 em
seu Anexo 8.

“Até o ano de 1983, os laudos técnicos de insalubridade para pessoas expostas à vibração eram realizados qualitativamente.
Naquela época, não existia norma para definir os limites de tolerância para exposição à vibração. Em 6 de junho de 1983, a Portaria
12 do Ministério do Trabalho deu nova redação ao anexo 8 da NR-15, determinando então a avaliação quantitativa para
caracterização da insalubridade por vibração. A norma ISO 5349 estabelece detalhes sobre a avaliação da vibração de mãos e
braços ou localizada. Já a norma ISO 2631 detalha a avaliação de corpo inteiro”, diz.

O profissional destaca que a legislação brasileira prevê, por meio da NR-15 Anexo 8, que atividades que exponham os
trabalhadores sem proteção adequada a vibrações localizadas ou de corpo inteiro serão caracterizadas como insalubres por meio
de avaliação técnica realizada no local de trabalho. “Se houver constatação de atividade ou operação insalubre, é assegurado ao
trabalhador o adicional de insalubridade de grau médio, com percentual de 20% sobre um salário mínimo da região. A metodologia
utilizada para as avaliações deve seguir as descrições da Norma de Higiene Ocupacional (NHO-09), para Vibrações de Corpo
Inteiro e a NHO-10, para Vibrações de Mãos e Braços, ambas da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do
Trabalho (Fundacentro), e sempre considerando os limites de exposição estipulados no Anexo 8 da NR-15”, afirma o engenheiro.

“A empresa que não tomar os devidos cuidados, arrisca-se a criar um passivo trabalhista. Atendendo às leis, o empresário previne
processos judiciais. Por isso, a importância de medir, quantificar e atestar seus riscos ocupacionais existentes”, diz.

REFERÊNCIA
Fonte: FREITAS, Ariane. Vibração ocupacional exige medição, alerta SECONCI SP. SEGS - Portal Nacional. 10 abr. 2017.
Disponível em: < http://www.segs.com.br/demais/59821-vibracao-ocupacional-exige-medicao-alerta-seconci-sp.html >. Acesso em
1 set. 2017.

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EDITORIAL

DIREÇÃO UNICESUMAR

Reitor Wilson de Matos Silva

Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho

Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva

Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin

Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ Núcleo de Educação . a Distância; SANTOS ,

Edinei Aparecido Furquim dos.

Introdução à Higiene Ocupacional. Jonatas Marcos da Silva Santos;

Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.

60 p.

“Pós-graduação Universo - EaD”.

1. Higiene. 2. Ocupacional. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 540

CIP - NBR 12899 - AACR/2

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Equipe Produção de Materiais

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