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Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 09 a 11 de outubro de 2007
1. Introdução
Atualmente, as companhias que atuam no mercado internacional vêm sofrendo restrições ao
uso do palete de madeira. Como exemplo, podemos citar dois principais fatores limitantes. O
primeiro, após a publicação da NORMA INTERNACIONAL DE MEDIDA
FITOSSANITÁRIA (NIMF) N.o 15 editada pela Convenção Internacional de Proteção
Fitossanitária (FAO) estipulada pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, é obrigatória a fumigação dos paletes como forma de eliminar riscos de
doenças e contaminações ligadas às pragas endêmicas existentes na madeira (FAO, 2002). O
segundo fator limitante é a descartabilidade do palete de madeira, ou seja, devido ao baixo
custo de produção o palete de madeira é facilmente descartável.
Mesmo com o baixo custo do palete de madeira em comparação com outros tipos de materiais
(plástico, papelão), o mesmo vem sendo mal utilizado, pois apenas 10% dos paletes são
reutilizados gerando custos para o descarte. O aspecto ambiental é um ponto relevante na
utilização do palete de madeira, pois impacta diretamente no desmatamento, causando
necessidade imediata de reflorestamento.
Levando-se em conta todas as adversidades que existem na utilização dos paletes de madeira,
o palete de plástico para sua substituição enfrenta algumas barreiras, tais como:
a) A necessidade de uma eficiente logística reversa e a ausência de parceiros no exterior para
sua viabilização;
b) O alto investimento inicial faz com que as empresas busquem outras alternativas de
paletização, descartando sequer a análise sobre a viabilidade do uso de paletes de plástico;
c) A dificuldade de customização do palete de plástico para um tipo específico de carga a ser
unitizada é quase sempre um fator impeditivo para seu uso, uma vez que esta opção
acarreta em altos custos;
Por que utilizar os paletes de plástico em detrimento a outras alternativas? Qual o impacto
sanitário no uso dos paletes de plástico? Quais são os tipos de produtos indicados à utilização
de paletes de plástico?
Quais as vantagens e desvantagens no uso de paletes de plástico nas operações de comércio
exterior? Seria possível obter vantagens ou até mesmo ganhos em logística reversa com
paletes de plástico? Ou desvantagens? Qual o impacto no custo no processo logístico? Qual a
logística ideal para a utilização de paletes de plástico?
O uso de paletes é essencial em diversas operações de manuseio e transporte de cargas e a
utilização do material plástico em substituição ao de madeira pode representar significativas
vantagens não só em relação ao custo-benefício estimado, mas também em benefícios
consideráveis ao meio ambiente principalmente devido ao tipo de material, não biodegradável
e reciclável.
O objetivo do estudo é viabilizar o uso do palete de plástico, onde o principal foco está em
buscar uma logística economicamente viável para a utilização deste tipo de material nas
operações de comércio exterior, incluindo a criação de parcerias com operadores logísticos
através de operações triangulares com o uso da logística reversa.
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2. Referencial teórico
2.1. Conceitos de logística
Conforme Ballou, a Administração de materiais e a distribuição física integram-se para
formar o que se chama de logística empresarial. Muitas companhias desenvolveram novos
organogramas para melhor tratar das atividades de suprimento e distribuição, freqüentemente
dando status de alta administração para a função, ao lado do marketing e da produção
(BALLOU, 2001, p. 38).
O enfoque logístico atual implica em vencer as condicionantes espaciais, ou seja, o
deslocamento dos produtos das fontes de produção para os centros de consumo, e temporais
que envolvem o cumprimento de prazos para entrega dos produtos e, entre outros, a exigência
de níveis de confiabilidade operacional (NOVAES, 1989). A logística deve ser a interface
entre as áreas responsáveis por essas atividades. É dessa integração que surge o Supply Chain,
o moderno conceito de logística integrada que permite o sincronismo entre as estratégias das
diversas áreas da empresa e de seus fornecedores (CHING, 1999).
2.2. Conceito sobre condições internacionais de compra e venda - INCOTERMS
Conforme Lunardi (2000), representados por meio de siglas (3 letras), os termos
internacionais de comércio tratam-se efetivamente de condições de venda. Definem os
direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador quanto a fretes, seguros,
movimentação em terminais, liberações em alfândegas e obtenção de documentos de um
contrato internacional de venda de mercadorias. São também denominados cláusulas de
preços. Cada termo determina os elementos que compõem o preço da mercadoria. Após
agregados ao contrato de compra e venda, passam a ter força legal com seu significado
jurídico preciso e efetivamente determinado. A redação sumária do costume internacional em
matéria de comércio busca simplificar e agilizar a elaboração das cláusulas dos contratos de
compra e venda.
O INCOTERM empregado neste estudo foi o EXW - Ex Works [a partir do local de produção
(... local designado)]. Nesse termo, o exportador encerra sua participação no negócio quando
acondiciona a mercadoria na embalagem de transporte (caixa, saco, etc.) e a disponibiliza no
prazo estabelecido, no seu próprio estabelecimento (SILVA, 2003).
2.3. Ciclo de vida
Um dos objetivos operacionais diferenciais a ser atingido simultaneamente numa empresa em
termos de projeto e gerenciamento de sistema logístico moderno deve ser o apoio ao ciclo de
vida (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 51-52). Refere-se ao prolongamento do fluxo direto
dos materiais e à consideração necessária dos fluxos reversos de produtos em geral.
Em algumas ocasiões, poderá ocorrer fluxo invertido (logística reversa) do fluxo direto
normal de trânsito de um produto em direção aos seus clientes, tais como:
a) Product recall - a capacidade de retirada de produto de circulação depende da
competência crítica resultante de padrões de imposição cada vez mais rígidos referentes à
qualidade, ao prazo de validade do produto e à responsabilidade por conseqüências
negativas;
b) Em decorrência do crescente número de leis proibindo o descarte indiscriminado, medida
fitossanitária e incentivo à reciclagem de recipientes de bebidas e materiais de
embalagem;
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c) Possível responsabilidade por danos à saúde (um produto contaminado) com necessidade
de controle máximo - o programa de retirada do mercado se assemelha a uma estratégia de
serviço máximo ao cliente a ser executado independentemente do custo;
d) Situações de busca do menor custo total a situações críticas de retirada de um produto do
mercado, e;
e) No comércio de produtos de consumo duráveis ou equipamento industrial, onde o
compromisso com o apoio ao ciclo de vida impõe exigência operacional versátil e
essencial e um dos maiores custos das operações logísticas.
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A principal motivação deste estudo baseia-se na necessidade de uma logística adequada e seu
gerenciamento de forma que viabilizaria a utilização do palete de plástico, contribuindo de
maneira significativa para a otimização da cadeia como um todo. Em muitos países, a busca
por novas alternativas à unitização e movimentação de cargas cresce de forma exponencial,
principalmente após a publicação da Norma Internacional de Medida Fitossanitária - NIMF
N.o 15 em 2002 (S.D.A.S., 2006), que obriga tanto importadores como exportadores a dar o
tratamento correto ao palete de madeira, não só em relação ao seu uso, como por meio dos
processos de fumigação e higienização, mas também ao seu correto descarte no meio
ambiente.
Devido às características peculiares de cada segmento do mercado, cada um contando com
uma logística apropriada, buscou-se demonstrar neste estudo alguns modelos logísticos que
visam a correta adequação a cada necessidade específica. Tais modelos foram fundamentados
nas diversas possibilidades que poderiam otimizar tempo e recursos, reduzir custos a médio e
longo prazo e consequentemente gerar os resultados esperados.
3.2 O Gerenciamento do processo logístico do fluxo de paletes de plástico
Devido à grande diversidade de produtos e certa peculiaridade logística para cada segmento,
procurou-se apresentar alguns modelos logísticos e de seu gerenciamento, o qual poderia ser
adaptado a cada segmento. Os modelos de gerenciamento logístico dos paletes de plástico
propostos, estão distribuídos de forma em que a posse e o gerenciamento do palete podem ser
feitos por um agente de cargas (freight forwarder), por uma empresa exportadora ou por uma
multinacional com fluxo de material inter-company, onde os paletes teriam identificações de
posse bastante expressivas.
O primeiro modelo proposto seria um agente de cargas fazer todo o gerenciamento do fluxo
de paletes, sendo o proprietário dos mesmos ou não. Portanto, tem-se o seguinte modelo
operacional em que se leva em consideração que, para a viabilização do uso de paletes de
plástico, seria necessária a reutilização do mesmo, diluindo assim o alto valor unitário pelo
número de utilizações. Assim, vê-se a necessidade de um rígido controle da localização dos
paletes, que no caso seria um agente de cargas o responsável. Através da utilização de um
agente de cargas com estrutura global, o qual possui rotas entre praticamente todos os países,
possibilita-se a interação de empresas que não comercializam entre si, mas que têm
exportações para a mesma rota, no sentido inverso.
O fluxo logístico do palete poderia assumir três modelos operacionais, da seguinte forma:
Exemplo 1: O exportador AAA, situado São Paulo, Brasil, tem um volume de exportação de
15 paletes aéreo para o importador BBB em Nova Iorque, EUA (o qual não exporta para o
Brasil). Em NI temos um exportador CCC que exporta aproximadamente o mesmo número de
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paletes para um importador DDD, situado em São Paulo (o qual não exporta para o EUA). À
base de contratos, onde os importadores têm a responsabilidade de disponibilizar os paletes
para a coleta por parte do agente de cargas ou pelo exportador do mesmo país, ficaria com o
seguinte fluxo:
O agente de cargas seria o proprietário dos paletes de plástico e trabalharia com contratos de
aluguel dos mesmos.
As empresas exportadoras fazem uma estimativa anual e por embarque da necessidade de
paletes em suas exportações. O agente de cargas entrega a quantidade solicitada para a
empresa requisitante, no caso a empresa AAA, que efetua a exportação para o importador
BBB. O importador BBB após o recebimento da carga, deve despaletizá-la e solicitar coleta
dos paletes vazios para que o agente de cargas entregue os paletes para o exportador CCC;
que por sua vez exporta para o importador DDD, o qual deve disponibilizar os paletes para a
coleta por parte do agente de cargas e que irá entregar até o exportador AAA, que irá
reinicializar todo o ciclo. Para otimização dos custos de transporte local, deve-se trabalhar
com um lote mínimo para coleta dos paletes vazios.
Quantificando-se o exemplo 1 proposto têm-se os seguintes números a seguir na tabela 4.1
(vide modelo 1), onde a partir do segundo ciclo já se obteria um custo menor por lote.
O segundo modelo proposto neste trabalho teria o exportador responsável por todo o fluxo,
coordenação e posse dos paletes de plástico. Obtém-se o seguinte cenário:
O exportador deve ter uma quantidade de paletes de plástico que atenda a demanda de
exportação da mercadoria até o termino do ciclo da logística reversa dos paletes. No momento
em que efetua a venda de sua mercadoria, deve-se incluir na negociação a responsabilidade de
devolução ou disponibilizar os paletes para uma importação Ex Works.
Exemplo 2: O exportador AAA envia sua mercadoria paletizada para o importador BBB, que
deve disponibilizar os paletes para que sejam reexportados para o país de origem, amparado
pela IN N.o 115/01 (SRF, 2001), onde não pagará nenhum imposto de internação do material.
Para otimizar os custos de devolução dos paletes vazios, deve-se trabalhar com uma
quantidade mínima de pick-up. Quantificando-se o modelo proposto têm-se os seguintes
números a seguir na tabela 4.1 (vide modelo 2), onde a partir do segundo ciclo já se obteria
um custo menor por lote.
Outro modelo proposto, terceiro modelo (Exemplo 3), seria a utilização de paletes de plástico
por empresas multinacionais as quais tem movimentação de material inter-company; ou seja:
Se a empresa XXX tem sede no Brasil e um volume de exportação de 1000 paletes/mês para
outra filial nos EUA e a filial dos EUA também tem fluxo de material para a sede do Brasil,
pode-se otimizar a utilização dos paletes de maneira a transitarem, na maioria das vezes,
sempre cheios. Caso o volume de exportação das empresas seja diferente, deve-se armazenar
o excedente até que chegue a uma quantidade mínima para a devolução. Quantificando-se o
modelo proposto têm-se os seguintes números dispostos na tabela 4.1 (vide modelo 3), onde a
partir do segundo ciclo já se obteria um custo menor por lote.
4. Conclusão
O estudo do projeto proposto mostrou que, para o uso do palete de plástico ser viabilizado no
processo logístico, deve-se sempre trabalhar com uma operação casada, sendo que somente
desta forma o alto custo inicial poderá ser diluído através de ciclos logísticos, como podem
ser vistos nas tabelas 4.1 e 4.2. Este tipo de palete adequa-se a diversos segmentos de mercado
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que devem abolir o uso de paletes de madeira, como os setores alimentício, farmacêutico e
eletroeletrônico. Desta forma, pode se observar que do ponto de vista econômico é viável a
utilização deste tipo de material para as operações de movimentação de cargas,
principalmente se o fluxo de cargas entre importação e exportação entre dois países for
extremamente regular. É muito importante também ressaltar a importância da logística reversa
neste processo, pois a cooperação dos elos desta cadeia é fundamental para que esta iniciativa
se torne economicamente viável. Nos modelos logísticos apresentados mostra-se o quanto é
importante a sinergia no fluxo de informações para que haja tanto a rastreabilidade dos paletes
como sua disponibilização em tempo hábil para o uso nas operações do comércio exterior.
O projeto, que apresenta diversos tipos de paletes, demonstra especialmente o modelo de
plástico como a alternativa mais viável para empresas que trabalham com alto volume e um
fluxo constante de cargas para importação e exportação.
Alguns pontos podem ser considerados como representantes de notáveis melhorias de custo-
benefício como sua vida útil, que é de pelo menos dez anos enquanto o mesmo material de
madeira dura de dois a três anos ou são até mesmo descartáveis em sua grande maioria.
Destacam-se também a higienização, reutilização e reciclagem deste tipo de produto e até
mesmo a possibilidade de ganho na venda dos paletes avariados para o próprio fabricante para
posterior reciclagem.
Além disso, possíveis vantagens podem ser citadas tais como o peso, que impacta na redução
de frete, seja marítimo, aéreo ou rodoviário. São mais higiênicos, o que os tornam aceitáveis
em outros países, não havendo restrições em nenhuma nação, como ocorre hoje com os
paletes de madeira, que já não são aceitos em diversos países, devido a propagação de pragas
e doenças que podem ser transportadas junto à madeira.
TABELA ESPAÇAMENTO – ESTA LINHA EM BRANCO
Comparativo de Custo
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Custo Total Palete de Palete de Palete de Palete de Palete de Palete de
(R$) / Ciclo Madeira Plástico Madeira Plástico Madeira Plástico
1.o Ciclo R$ 2.015,00 R$ 4.607,50 R$ 1.565,00 R$ 4.790,00 R$ 1.565,00 R$ 4.890,00
2.o Ciclo R$ 4.030,00 R$ 4.715,00 R$ 3.130,00 R$ 5.080,00 R$ 3.130,00 R$ 5.280,00
3.o Ciclo R$ 6.045,00 R$ 4.822,50 R$ 4.695,00 R$ 5.370,00 R$ 4.695,00 R$ 5.670,00
4.o Ciclo R$ 8.060,00 R$ 4.930,00 R$ 6.260,00 R$ 5.660,00 R$ 6.260,00 R$ 6.060,00
5.o Ciclo R$ 10.825,00 R$ 5.037,50 R$ 7.825,00 R$ 5.950,00 R$ 7.825,00 R$ 6.450,00
6.o Ciclo R$ 12.990,00 R$ 5.145,00 R$ 9.390,00 R$ 6.240,00 R$ 9.390,00 R$ 6.840,00
7.o Ciclo R$ 15.155,00 R$ 5.252,50 R$ 10.955,00 R$ 6.530,00 R$ 10.955,00 R$ 7.230,00
8.o Ciclo R$ 17.320,00 R$ 5.360,00 R$ 12.520,00 R$ 6.820,00 R$ 12.520,00 R$ 7.620,00
9.o Ciclo R$ 19.485,00 R$ 5.467,50 R$ 14.085,00 R$ 7.110,00 R$ 14.085,00 R$ 8.010,00
10.o Ciclo R$ 21.650,00 R$ 5.575,00 R$ 15.650,00 R$ 7.400,00 R$ 15.650,00 R$ 8.400,00
Economia Financeira Gerada pelo 74,25% 52,72% 46,33%
Palete de Plástico (%)
Tabela 4.1 – Comparativo de Custo entre palete de plástico e palete de madeira
Compensação N.o Total ciclos [Comp. de Inv.] = Custo Total [Palete Madeira (ciclo) - Palete Plástico
de (ciclo)] > +1
Investimento Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
(Ciclos) 3 4 4
Tabela 4.2 – Total de ciclos necessários para compensação de investimento
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http://www.eps.ufsc.br/labs/grad/disciplinas/GerenciaDeMateriais/99.1/unitizacao.doc >. Acesso em:
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31/12/2001. Disponível em: < http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/ins/2001/in1152001.htm >. Acesso
em: 10/08/2006.
STOCK, J.R. Reverse Logistics programs. Illinois: Council of Logistics Management, 1998.
ANEXO
Entrevista com Sr. Juarez Almeida, proprietário da empresa JPS – Paletes e Estrados
Ltda.
Em 06 de maio de 2006 foi realizada entrevista com o Sr. Juarez Almeida, proprietário e
representante comercial de paletes de madeira e plástico da empresa J.P.S. Paletes e Estrados
Ltda., situada à Rua João Delgado, 97 – Freguesia do Ó – São Paulo – SP / Brasil
(ALMEIDA, 2006) de forma a obter opinião, fundamentos sobre a pesquisa relativa ao
gerenciamento logístico de paletes de plástico e idéias de processos logísticos eficazes. A
entrevista foi realizada com perguntas abertas, as respostas foram objetivas com visão
imparcial do entrevistado, pois o mesmo comercializa diversos tipos paletes. Atua no mercado
como revendedor de diversos produtos. Seu principal canal de comercialização é a internet,
na qual anuncia todas as ofertas através de descritivos e fotos de todos os itens, mencionando
o preço com ICMS já embutido. Em relação aos negócios ligados a paletes, ele tem como
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principais estratégias:
a) Palete de madeira – considera este tipo de material mais lucrativo, pois os clientes que
utilizam este material não possuem logística adequada de descarte do mesmo ao fim do
uso. Desta forma consegue obtê-los a preços muito baixos e os revende a preços maiores.
Em muitas ocasiões, ganha paletes em bom estado, conserta-os e reaproveita os que estão
em mau estado de conservação, colocando-os novamente no mercado.
b) Palete de plástico – devido ao custo maior de aquisição, estimula os usuários deste
material a possuírem uma logística mais eficiente, sendo o retorno financeiro obtido
através da logística integrada dos paletes de plástico. A JPS organiza a logística reversa
para diversas empresas, onde cobra pela organização de um fluxo logístico que atenda às
necessidades de seus clientes.
A empresa acredita que há muito mercado em potencial a ser explorado na troca dos paletes
de madeira por plástico e trabalha em diversas frentes (junto aos clientes, fornecedores, além
de órgãos governamentais) a fim de buscar novas oportunidades neste segmento de mercado.
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