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Bebidas com alto teor de cafeína, com nomes como Red Bull, Monster, Full Throttle e Amp, cresceram em
popularidade na última década. Cerca de um terço dos jovens entre 12 e 24 anos dizem que fazem uso
regular desse tipo de bebida, que gera US$3 bilhões em vendas anuais nos Estados Unidos.
A moda é fonte de crescente preocupação entre pesquisadores e autoridades escolares. Ao redor do país,
as bebidas foram ligadas a relatos de náusea, arritmia cardíaca e visitas ao pronto-socorro.
Em Colorado Springs, diversos estudantes do ensino médio ficaram doentes no ano passado depois de
beber Spike Shooter, uma bebida energética, levando o diretor a proibir. Em março, quatro estudantes do
ensino fundamental em Broward County, foram ao pronto-socorro com palpitações e suor depois de beber
o energético Redline. Em Tigard, professores enviaram mensagens de e-mail aos pais dos alunos
alertando que portavam bebidas do gênero e estavam "literalmente bêbados de cafeína e caindo pelos
cantos".
Novas pesquisas sugerem que as bebidas são associadas à questões de saúde muito mais prejudiciais
do que os efeitos da cafeína - a decisão na tomada de riscos.
Em março, o Jornal de Saúde do Colégio Americano publicou um relato sobre a ligação entre as bebidas
energéticas, atletismo e comportamento de risco. A autora do estudo, Kathleen Miller, pesquisadora de
vícios da Universidade de Buffalo, disse que sugere que o alto consumo de bebidas energéticas é
associado com o comportamento "tóxico", uma constelação de comportamentos arriscados e agressivos
que incluem sexo sem proteção, abuso de substâncias ilegais e violência.
A descoberta não significa que as bebidas tenham causado o comportamento. Mas os dados sugerem
que o consumo regular de energéticos pode ser um sinal para os pais de que seus filhos estejam mais
propensos a correr riscos. "Parece que os jovens que gostam de beber energéticos estão mais propensos
a assumir riscos", disse Miller.