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Petição - Sugestão Restaurar IRB - Crise Norte-americana

Casa Civil da Presidência da República


Palácio do Planalto - 4º Andar
70150-900 - Brasília – DF
Carta Registrada RO554010150BR postada em 29/10/2008

Excelentíssimo Presidente da República Federativa do Brasil.

Com Base na CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE


1988, TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais, CAPÍTULO I - DOS
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, Art. 5º Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXIV - são a todos
assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição
aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder.

Venho, MUI RESPEITOSAMENTE, SUGERIR, que a Presidência da República


Federativa do Brasil, envida TODOS os esforços, utilizando de TODOS os meios
que dispõe, para alinhar a participação do IRB, bem como, a política de
Resseguros no Brasil, ao compatível a "vontade política" existente quando da
criação do Esquema Institucional de ADMINISTRAÇÃO CENTRALIZADO do
Resseguro produzido pelo Mercado Segurador Brasileiro, na época, cristalizado
pelo IRB - Instituto de Resseguros do Brasil, uma vez que, entendemos ser o
EPCENTRO da crise norte-americana as dificuldades das Seguradoras em
HONRAR compromissos assumidos através do Seguro de Crédito
Imobiliário, tendo em vista, que a inadimplência norte-americana tem raízes na
supervalorização dos financiamento frente a realidade do bem financiado.

Aproveitamos para reafirmar nossa crença de que esta sugestão será objeto de
avaliação e considerações resultantes, se não em Respeito a Mim, pelo menos à
Constituição da República Fedrativa do Brasil. Afinal, o mínimo possível,
premente, necessário, seria a manifestação do Poder Constituído, representado por
Esta Presidência, sobre, e com base, no Direito Constituído, relacionado ao,
intrinsecamente, provocado, pela formalização da Sugestão em defesa de direitos
ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

1ª. Premissa Motivacional da Sugestão: Tendo em vista que outras


Petições encaminhadas, anteriormente, ao Ministério da Fazenda, foram, de
imediato repassadas para Órgãos Institucionais, Vinculados, e NÃO Subordinados,
ao Ministério, bem como. por concordar que ao Ministério da Fazenda, não cabe,
qualquer questionamento ao Legal Constituído, sinto ser necessário que a
Presidência da República, através de algum de seus Órgãos de Assessoramento
Político e Técnico, avalie, e se achar pertinente, que provoque as
alterações legais, que, entendo, serem prementes e necessárias.

2ª. Premissa Motivacional da Sugestão: Embora estejamos, todos,


creditando a irresponsabilidade da "crise norte-americana" aos Bancos, devemos
reconhecer, que os mesmos estavam, no mínimo, "pseudamente", respaldados no
Seguro de Crédito Imobiliário, portanto, a crise se instalou, na medida, que se
constatou, que tal respaldo, efetivamente, não existia, ou mesmo, era
induficiente, frente ao volume de "sinistros" (PURA INADIMPLÊNCIA), mesmo
que motivada, pela super valorização da dívida frente a realidade do bem
financiado.

Tal afirmação tem como base, por exemplo, a notícia Reserva Federal intervém
para salvar AIG, constante da página http://www.bbc.co.uk/portugueseafrica/
news/story/2008/09/080917_euafinanceslv.shtml , uma vez que, o banco central
dos Estados Unidos interveio para evitar um colapso da maior companhia de
seguros da América, o AIG, portanto, o grupo, que passa por uma grave crise de
numerário, foi salvo por um empréstimo da Federal Reserve de 85 mil milhões de
dólares, que em troca, vai ficar com uma quota de 80% do grupo, o que na prática
corresponde a uma verdadeira nacionalização.O grupo segurador AIG foi atingido
porque de fato garantia seguros contra emprestadores, incluindo compradores de
casas, que falhassem os pagamentos.

Estas poucas palavras, tem a pretensão, de fazer um relacionamento com a


História do Resseguro no Brasil, uma vez que, estamos prestes a DESATIVAR o
Esquema Institucional de Administração CENTRALIZADA do Resseguro do
Mercado Brasileiro, genialmente, criado por Getúlio Vargas. Entendemos que
será a sua pura extinção, pelo fato concreto, de que o IRB nunca foi um "mero
Ressegurador", razão pela qual, não deverá ser privatizado, tendo em vista, que
não haverá interessado.

Qual a relação do IRB e o EPCENTRO acima mencionado ?

Simples, na década de 80, o IRB realizou IMENSOS prejuízos, em Londres


(Escriório do IRB) e em New York (UAIC), causados por "aceitações de
resseguros", efetuados por elementos contratados nestes mercados, que,
efetivamente, utilizaram o IRB para se promoverem, o que o levou a responder
significativamente por sinistros , previsíveis, ao ponto de serem "sinistros certos",
em função de serem "riscos podres aceitos".

O seguro e o resseguro, são intrinsecos, sistemas similares a "bomba de efeito


retardado", isto é, enquanto em implantação, o volume de prêmios (receita) é
significativamente maior que o volume de indenização (despesa), apenas após
sua implantação, algo em torno de 5, ou mesmo 10 anos, será, possível
mensurarmos seu sucesso ou insucesso, pois, os parâmetros de avaliação, bem
como, os resultados da "carteira de seguros/resseguros" estarão consistentes.
Algo, que pode nos apresentar, como fato, durante o período de implantação, o
Prejuízo a REALIZAR, sem qualquer possibilidade de "correção de rumo, ou
mesmo prumo", pelo menos, no curto prazo.

A desativação/extinção do IRB, vem sendo implementada, a partir de um


processo político lento, como O foi a sua criação, que tem em seu bojo, a
presumível (pura falácia) necessária DESREGULAMENTAÇÂO do Setor,
colocando a existência do IRB, com um entrave, ao crescimento do seguro no
Brasil. Algo, que a própria História (antes da quebra do monopólio) do IRB, de
forma inquestionável e irrefutável, desmente.

Aqui, tento fazer, uma pequena relação com a desregulamentação do setor de


resseguros, e seu impacto na balança de pagamentos, isto é, os contratos de
resseguro cedidos pelo Mercado Brasileiro são efetuados em moedas
estrangeiras, bem como, que quando aceitos pelo Mercado Brasileiro, tem como
objeto bens e serviços especificados no mercado de origem, tambem, em
moedas estrangeiras, portanto, a proposta desregulamentação do setor, poderá
permitir um "TSUNAMI interno", a despeito de qualquer outro fator, como os
exemplos vividos pelo IRB, em Londres e New York, uma vez que, suas carteiras
não estavam em sintonia com os interesses do Mercado Interno, algo como, a
utilização de "braços" de resseguradores externos, sem qualquer controle, no
mercado interno. Devemos chamar a atenção para o volume de recursos
envolvidos, que podemos denominar de uma "poupança interna" que sendo bem
ADMINISTRADA se reverterá em benefícios para a Economia Brasileira.

Espero, ter sido claro. até aqui, com relação a importância de se administrar,
BEM, o Resseguro (interno e externo) do Mercado Brasileiro, uma vez que, este
pode colocar em risco toda a economia brasileira. Quando então, me lembro da
figura do "coelho" em uma corrida de média e longa distância, isto é, aquele
corredor que participa da corrida, com a única finalidade, de provocar um rítmo
mais intenso, sem a preocupação de finalizá-la. Algo que nos foi percebível, no
Mercado Brasileiro, com relação ao seguro automóveis, após a saída do IRB deste
segmento, onde algumas Seguradoras (coelho) chegaram a utilizar taxas
suicidas, uma vez que, eram menores que as próprias taxas de Reservas Técnicas.

3ª. Premissa Motivacional da Sugestão: Aproveito a oportunidade para


apresentar, sob minha ótica, algumas das plausíveis justificativas, descritas de
forma reduzida, que embasaram a "vontade política" da criação do Esquema
Institucional de Administração CENTRALIZADA do Resseguro do Mercado
Brasileiro, representado na figura, em extinção, do IRB - Instituto de Resseguros
do Brasil :

- Justificativas Internas

-Coibir, ou mesmo evitar, a remessa de lucros disfarçada em Prêmios


de Seguros.
-Solidificar e expandir o Mercado Segurador Brasileiro.
-Regulamentar e Fiscalizar as operações de Resseguro no Mercado
Brasileiro.
-Representar os interesses, no Mercado Brasileiro, do(s) Segurado(s),
das Seguradora(s), do(s) Ressegurador(es) e do Governo nas Apólices
de Seguro e Regulações de Sisnistros, com Resseguros cedidos ao, ou
aceitos do, Exterior.
-Garantir a participação do Mercado Segurador Brasileiro na MAIOR
FATIA POSSÍVEL de TODO o Resseguro produzido pelo Mercado
Brasileiro, razão pela qual, historicamente, o Mercado Brasileiro é o
MAIOR RESSEGURADOR com a denominação de
RETROCESSIONÁRIO.
-Representar o Governo Brasileiro em participações, que fôssem de
interesse Institucional, através da denominação EURE, ou mesmo
Governo Federal.
-Representar o Mercado Brasileiro em políticas de fomento através
do Seguro, como o seguro a exportação na década de 70/80.
-Gerir INSTITUCIONALMENTE as Reservas Técnicas oriundas do
Volume de Resseguro.

- Justificativas Externas

-Efetuar contratos de colocação automática com o Mercado


Internacional, representando TODO o Mercado Brasileiro, de tal forma,
que em função de seu volume, e de seu MONOPÓLIO, fosse possível
ajustar taxas mais condizentes com esta REALIDADE.
-Garantir o equilíbrio de critério nas conversões das várias moedas,
garantido pela utilização de critério único, quando do recebimento dos
prêmios e do pagamento de sinistros.
-Efetuar colocações específicas, em função da identificação de
particularidades, refletidas em taxas diferenciadas, em conveniência
do Mercado Brasileiro.
-Representar os interesses, no Mercado Internacional, do(s)
Segurado(s), das Seguradora(s), do(s) Ressegurador(es) e do Governo
nos Seguros e Regulações de Sisnistros com Resseguros cedidos ao,
ou aceitos do, Exterior.
-Representar os interesses do Mercado Brasileiro no Exterior, como
por exemplo, a criação do Escritório do IRB em Londres, e a UAIC em
NEW YORK, na década de 80.
-Avaliar e Aceitar, em nome do Mercado Brasileiro, Resseguros
Externos.
-Negociar contratos de resseguro AVULSOS (excedentes de
Resseguro) frente a capacidade do Mercado Brasileiro (inclusa as
colocações automáticas, negociadas anualmente).
Em princípio, a criação do IRB, por Getúlio Vargas, pode ser considerada como,
em perfeita sintonia, com a propalada "globalização", isto é, ao reunir TODO o
Mercado Segurador Brasileiro num Esquema Institucional, em um único Bloco
Negociador com o Mercado Externo, simplesmente, aumentava a potencialidade
de negociação dos elementos integrantes do Mercado Brasileiro com o Mercado
Internacional. Devo ressaltar, que esta aglutinação, em determinados períodos, não
alcançava, em volume de participação, a 10ª. Seguradora Norte-americana.

4ª. Premissa Motivacional da Sugestão: Aqui devo chamar a atenção para


o fato, concreto, de que o IRB, não é do Governo Federal, e sim, do Fundo de
Previdência Público Privado, que é o INSS, do qual o Governo é apenas
Administrador, Aqule que é resultado da aglutinação dos diversos IAPs, para o
qual, os Empregados da Iniciativa Privada pagam, para terem direitos aos
Benefícios. O que nos remete à questão premente, e necessária, QUEM
INDENIZARÁ O INSS pela extinção do IRB ?

1ª. Sugestão: Que a Presidência do Brasil, avalie, e reavalie, a desativação, em


curso, do IRB, bem como, reflita sobre a restauração do IRB, em suas premissas
básicas, que são Institucionais e extrapolam as compatíveis a um mero
Ressegurador, quando então, proponho que sua LOGO volte a ser, pura e
simplesmente, IRB - Instituto de Resseguros do Brasil, um Órgão Estatal,
Monopolista de Direito, mas, Parceiro do Mercado Brasileiro de FATO, com as
prerrogativas históricas de Regular e Fiscalizar as operações que envolvam
Resseguro no País (Interno ou Externo).

2ª. Sugestão: Tendo em vista, que o MERCOSUL, tende a eliminar barreiras


econômicas, comerciais e legais entre seus participantes, proponho que o Modelo
Histórico IRB seja utilizado a nível de MERCOSUL, o que implicaria, na
participação AUTOMÁTICA do Mercado Brasileiro, através do IRB, nos volumes
de Resseguros produzidos nos Países Membros, bem como, asseguraria como
contra-partida a participação, através de seus Resseguradores Centralizados, de
TODO o Mercado Segurador dos Países Membros no Volume de Resseguro
produzido pelo Mercado Brasileiro. Quando então, chamo a atenção, para o fato
de que, em participando de TODO o Volume de Resseguro de um Mercado a nível
nacional, a possibilidade de prejuízo fica condicionada a uma possibilidade de
sinistralidade inconcebível no Mercado em questão.

Atenciosamente,

Plinio Marcos Moreira da Rocha


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